Transcript

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE MATEMÁTICA

LANTE – Laboratórios de Novas Tecnologias de Ensino

A EMPATIA COMO FACILITADORA NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

QUANTO A SÓCIO-AFETIVIDADE

ROSSANA VIRGILIO DE BARROS

ITAGUAI/RJ

2011

2

ROSSANA VIRGILIO DE BARROS

A EMPATIA COMO FACILITADORA NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

QUANTO A SÓCIO-AFETIVIDADE

Trabalho Final de Curso apresentado à Coordenação do Curso de Pós-graduação da Universidade

Federal Fluminense, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista Lato Sensu em

Planejamento, Implementação e Gestão de EAD.

Aprovada em JULHO de 2011.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________________

Dr.ª, Profª Vera Lucia Martins Sarubbi - Orientadora

ISEBJI/FAETEC

______________________________________________________________

Prof. Nome

Sigla da Instituição

______________________________________________________________

Prof. Nome

Sigla da Instituição

3

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu único Deus, pois Dele vem o querer e o efetuar.

4

AGRADECIMENTOS

À Prof.ª Dr.ª Vera Lucia Martins Sarubbi, pela paciência, ensinamentos,

orientação e amizade.

À Prof.ª Dr.ª Vânia Laneuville Teixeira, diretora do Polo CEDERJ/UAB de

Niterói-RJ.

Aos alunos do Polo CEDERJ/UAB de Niterói que se dispuseram a responder minha pesquisa.

Ao meu filho Daniel Resida Virgilio pelo incentivo nessa caminhada.

A todos que direta ou indiretamente colaboraram para realização deste trabalho.

5

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo estudar a relação afetiva entre tutor e aluno na educação à distância. Através do desenvolvimento desse projeto, foi possível relacionar a importância da afetividade como uma das competências do tutor, para o melhor desempenho do aluno nessa modalidade de ensino, mostrando o diferencial quando essa competência é exercida ou não no dia a dia da tutoria. Para isso foi proposta uma análise do papel do tutor, através de um questionário que relaciona várias ações da afetividade dentro da tutoria. Estudos comprovam que a empatia facilita as relações, e que para desenvolvê-la é preciso autoconhecimento e autocontrole, de saber trabalhar as emoções, e como é importante o tutor se colocar no lugar dos alunos para compreende-los melhor. A proposta principal desse trabalho, foi de demonstrar que a função do tutor vai muito além de somente esclarecer dúvidas através fóruns de discussão pela Internet, mas da signicância de um tratamento individualizado, indo de encontro com as verdadeiras necessidades de cada alunos.

Palavras-chave: Afetividade, Tutoria, Educação a distância.

6

SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO 07

1.1 – Justificativa 09

1.2 – Objetivos 10

1.2.1 – Objetivo Geral 10

1.2.2 – Objetivos Específicos 10

1.3 – Metodologia 10

2 – PRESSUPOSTOS TEÓRICOS 13

2.1 – Educação a Distância: implicações e possibilidades 13

2.2 – O aluno e a Educação a Distância 16

2.3 – A Empatia Como uma das Competências da Tutoria 18

2.4 – A Empatia como facilitadora na Educação a Distância quanto à Sócio-afetividade

19

3 – RESULTADOS E DISCUSSÕES 21

3.1 – A Empatia como facilitadora na Educação a Distância quanto a sócio –afetividade

21

4 – CONCLUSÕES 27

5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 28

6 – APÊNDICE 31

7

1 – INTRODUÇÃO

O sistema de tutoria em cursos de Educação a Distância (EaD) surge como tema bastante

relevante e requer boa dose de estudo e investigação. Ao longo da existência da EaD foram surgindo

diferentes concepções de tutorias, sendo elas: concepção fordista de ensino; concepção baseada no

autodidatismo; concepção de tutoria como conversação dialógica e concepção de tutoria como

mediação. Todas elas apresentam aplicabilidade na prática, porém cada uma com suas peculiaridades e

foco na estruturação de apoio ao estudante, com vistas à interação no processo de ensino-

aprendizagem, envolvendo professor / tutor / especialista e outros profissionais multidisciplinares da

EaD.

É importante ressaltar a especificidade de cada concepção de tutoria, para entender a

contribuição de cada uma no processo de ensino-aprendizagem. Na concepção fordista, o ensino é

comparado com o modo de produção fordista, por tratar-se de um processo em larga escala, ou seja,

planejar para atender grande contingente de estudantes. Já na concepção de autodidatismo, por

entender que o adulto é capaz de decidir o que estudar, torna-se mais fácil o processo de apoio ao

estudante. Nesse contexto entra em cena a Teoria da Autonomia e da Independência. É esperada, por

parte do aluno, uma atitude autônoma para os estudos e o tutor atua como facilitador no processo,

orientando o estudante. Na concepção dialógica o material didático estabelece um meio de

conversação com o estudante, no sentido de desafiá-lo a construir conhecimentos e na concepção de

tutoria por mediação o sujeito constrói conhecimento através da interação sujeito-objeto, sujeito-

sujeito. Assim, a consolidação da aprendizagem ocorre na medida em que o sujeito é capaz de

estabelecer relações e entender o seu entorno.

Tendo em vista a sociedade do conhecimento, a velocidade e volume da informação e a

necessidade de formação profissional capaz de atender às exigências educacionais contemporâneas, a

EaD, como oportunidade de escolarização destinada às pessoas que não dispõem de tempo organizado

no modelo tradicional de educação, torna-se o grande diferencial para o desenvolvimento educacional

das pessoas, visando à formação permanente do profissional.

E por sermos os construtores de nosso conhecimento, seja de forma individual ou coletiva,

recebemos a informação, processamos, interpretamos e tiramos a própria conclusão a respeito. Esse

fato vale para todo tipo de aprendizagem, seja ela presencial ou à distância. O que se busca na

educação é formar pensadores críticos e, dessa forma, construir uma sociedade socialmente mais justa.

Ao nosso lado está tecnologia que apóia o processo de ensino-aprendizagem proporcionando maior

interação entre as partes envolvidas no processo, através da comunicação. Logo, professores, tutores e

alunos podem e devem estreitar sua relação, tornando-se mais próximos, mesmo num ambiente virtual.

8

A partir desses princípios, os Referenciais de Qualidade para Educação Superior a Distância

(2007) argumenta que eis a importância da educação superior ser baseada em um projeto pedagógico e

em uma organização curricular inovadora, para que, desse modo, seja promovida a integração entre os

conteúdos e suas metodologias. É preciso que haja uma sintonia entre as partes para o efetivo

desenvolvimento da educação.

O estudo, para ser bem aprendido, deve envolver todas as dimensões que o torna realidade.

Para isso é necessário entender quais os conteúdos que podem colaborar no processo de aprendizagem,

e também perceber como eles se combinam e se interpenetram (Referenciais de Qualidade para

Educação Superior a Distância, 2007).

Alguns aspectos são fundamentais para o desenvolvimento da EaD, entre eles: material

didático, ambiente virtual de ensino, fórum de debate pela Internet e o processo pedagógico

diferenciado. E neste contexto, faz-se necessário, definir a atuação dos novos atores educacionais: o

tutor à distância e o presencial. O tutor a distância atua a partir da instituição, dando auxílio ao aluno

pelo telefone, pela plataforma, em fóruns de discussão, videoconferência, chat entre outros. Esse tipo

de tutoria é normalmente utilizado pelo aluno que não possui tempo hábil ou mora longe do seu

respectivo Pólo de atendimento. A principal atribuição do tutor é o esclarecimento de dúvidas. Já a

tutoria presencial atende os estudantes nos pólos, em horários preestabelecidos de cada disciplina.

Segundo os Referenciais de Qualidade para Educação Superior a Distância (2007), cabe a esse

profissional:

auxiliar os estudantes no desenvolvimento de suas atividades individuais e em grupo, fomentando o hábito da pesquisa, esclarecendo dúvidas em relação a conteúdos específicos, bem como ao uso das tecnologias disponíveis. Participa de momentos presenciais obrigatórios, tais como avaliações, aulas práticas em laboratórios e estágios supervisionados, quando se aplicam. O tutor presencial deve manter-se em permanente comunicação tanto com os estudantes quanto com a equipe pedagógica do curso (2007, p. 21).

Para fundamentar a pesquisa será utilizada a metodologia qualitativa e quantitativa, ou seja,

um questionário será aplicado, como ferramenta de cunho pedagógico, de modo a levantar o perfil dos

alunos, visando a identificar o impacto das tutorias presenciais e a distância na aprendizagem dos

alunos de curso da EaD, comparando os que utilizam ou não esse recurso.

Os aspectos a serem abordados com os alunos serão através de itens analisados do

desempenho, qualidades e características desejáveis do tutor, dentro de uma escala de valores que

validariam a atuação dos diferentes papéis dos tutores presenciais e a distância. Como fonte para a

elaboração das perguntas do questionário será utilizada a estrutura proposta por Salmon (2003), a qual

aborda os três níveis de atuação de um tutor online, identificando competências diferenciadas para o

seu desempenho, delineando o perfil ideal deste profissional da EaD (SALMON, 2003).

9

Assim sendo, o estudo tem como objetivo principal analisar a importância das tutorias

presencial e a distância em cursos na modalidade à distância, tendo como parâmetro um comparativo

entre os que utilizam ou não esse apoio. Para isso, será necessário: comparar o desempenho dos alunos

que utilizam a tutoria com aqueles que não utilizam esse apoio, tendo como enfoque avaliar a

viabilidade do processo de tutoria; identificar as principais dificuldades dos alunos e como o tutor

pode atuar de modo a facilitar o processo de aprendizagem do aluno; definir ações do tutor que

proporcionem ao aluno um ambiente de aprendizagem mais harmonioso e autônomo; identificar os

fatores limitadores da atuação do tutor e possíveis alternativas para superar essas barreiras.

A presente pesquisa se limita a observar a amostra sob análise, não podendo ter os resultados

extrapolados para o todo, permitindo, porém, uma reflexão sobre como as tutorias presencial e a

distância podem contribuir para o melhor desempenho dos alunos em seu processo de ensino-

aprendizagem . Desse modo será analisado por Eveliane Maria Soares Teixeira, o perfil dos alunos do

polo CEDERJ/UAB Barra do Piraí; Alice Batista de Souza Brandão, o perfil do aluno e sua percepção

no polo de Resende; Patrycia Scavello Barreto Pinto, a frequencia com que os alunos procuram pelas

tutorias presencial e a distância nos cursos EaD nos polos de Angra dos Reis, São Fidélis, Saquarema,

Magé, Piraí, Resende-Centro, Quatis, Rio das Flores, Itaperuna e São Gonçalo e Rossana Virgilio de

Barros, a relação sócio-afetiva entre tutor e aluno no polo de Niterói. Caberá, na apreciação, a cada

membro, ler, argumentar, criticar e acrescentar o que, em conjunto, julgar válido e conveniente.

O questionário para coleta de dados será aplicado nos alunos da EaD nos Pólos:

CEDERJ/UAB Barra do Piraí (cinqüenta e dois alunos do Curso de Graduação de Pedagogia) e de

Resende (vinte e seis alunos do Curso de Graduação Licenciatura em História), dos Pólos de Angra

dos Reis, São Fidélis, Saquarema, Magé, Piraí, Resende-Centro, Quatis, Rio das Flores, Itaperuna e

São Gonçalo (Pólos aonde há o curso de Administração de Empresas - 38 alunos) e de Niterói (trinta

alunos do Curso de Graduação de Pedagogia).

Assim sendo, esse estudo pretende contribuir para melhoria do processo ensino-aprendizagem

dos alunos em cursos de EaD e espera-se, com isso, melhorar a dinâmica das tutorias, bem como

aperfeiçoar o relacionamento entre tutor e aluno, visando melhor resultado do processo educativo,

minimizando as desistências do curso.

1.1 – Justificativa

Tendo em vista a sociedade do conhecimento, a velocidade e volume da informação e a

necessidade de formação profissional que seja capaz de atender ao cenário contemporâneo, faz-se

necessário propiciar novos modelos de educação. E nesse sentido, surge a Educação a Distância como

10

oportunidade de escolarização destinada às pessoas que não dispõem de tempo sistematizado para os

estudos e precisam de atualização permanente. Entretanto, ao optar para um modelo de educação

diferente do que está posto é necessário cuidar da operacionalização de todo o processo educativo, em

especial, do instrumento que viabilizará um contato mais próximo com o aluno, no caso as tutorias

tanto presenciais como a distância.

Esse estudo torna-se necessário e imprescindível no sentido de abordar de modo geral aspectos

da Educação a Distância a importância das tutorias presenciais e a distância. Espera-se poder

evidenciar, o impacto da tutoria presencial e a distância na aprendizagem do aluno, e o nível de

produtividade que se obtém pela sua utilização, ou não. Através dos resultados será investigada a

importância do papel de cada um, segundo os entrevistados, e se suas funções têm correspondido ao

esperado pelos alunos.

1.2 – Objetivos

1.2.1 – Objetivo Geral

Compreender a importância das tutorias presencial e à distância na aprendizagem dos alunos

de cursos de EAD tendo como parâmetro um comparativo entre os que utilizam ou não esse apoio.

1.2.2 – Objetivos Específicos

Identificar o perfil do aluno que estuda na Educação a Distância; comparar o desempenho dos

alunos que utilizam a tutoria com aqueles que não utilizam esse apoio, tendo como enfoque avaliar a

viabilidade do processo de tutoria; identificar as principais dificuldades dos alunos e como o tutor

pode atuar de modo a facilitar o processo de aprendizagem do aluno; avaliar a importância das tutorias

presenciais e a distância na vida acadêmica dos alunos da EAD, em uma comparação dos alunos que

utilizam esse apoio ou não.

1.3 – Metodologia

A educação a distância está se consolidando no cenário educacional numa velocidade

impressionante, e por isso, faz-se necessário atentar para o documento norteador dessa modalidade de

educação, os Referenciais de Qualidade para Educação Superior a Distância. Apesar desse referencial

não possuir força de lei, ele subsidiará atividades específicas de regulação, supervisão e avaliação de

cursos no contexto EaD. Cabe ressaltar que esse documento retrata a intencionalidade da Lei de

11

Diretrizes e Base 9394/96, dos Decretos 5.622/2005 e 5.773/2006 e das Portarias Normativas 1 e 2 de

janeiro de 2007 no que tange a modalidade EaD.

Outros aspectos relevantes a serem relembrados quando se pretende discorrer sobre alguma

especificidade da modalidade de educação a distância é o histórico da EaD, no mundo e a idéia central

de educação a distância.

Educação a distância é o aprendizado planejado que ocorre normalmente em um lugar diferente do local do ensino, exigindo técnicas especiais de criação do curso e de instrução, comunicação por meio de várias tecnologias e disposições organizacionais e administrativas especiais, MOORE e KERSLEY (2007, p. 02)

Sendo educação a distância um modelo educacional em que os estudantes e professores não

estão juntos no mesmo espaço e tempo, demandam então, de aportes tecnológicos, organização e

administração bastante relevantes para que ocorra o aprendizado que se pretende. Nesse contexto

encontram-se os sistemas de tutoria tanto presencial como a distância que merecem atenção

O tutor deve ser compreendido como um dos sujeitos que participam ativamente da prática

pedagógica. Suas atividades desenvolvidas a distância e/ou presencialmente devem contribuir para o

desenvolvimento dos processos de ensino e de aprendizagem e para o acompanhamento e avaliação do

projeto pedagógico. Sua atitude profissional é importante para despertar nos alunos a consciência de

que por meio da troca com outros colegas, das pesquisas nas mais diversas mídias, das perguntas, dos

erros, eles vão enriquecendo o próprio processo de construção do conhecimento. Neste contexto, o

tutor precisa ajudar seus alunos a saírem da passividade no ensino e orientá-los no novo processo

educacional que estamos vivendo, no qual o enorme desenvolvimento tecnológico atual nos exige

outro olhar, não só sobre a educação, mas também sobre as relações humanas. Cabe a ele, portanto,

incentivar, ouvir, acolher, esclarecer as dúvidas com atenção e respeito, mostrar a importância da

pesquisa, ensinando o discente a caminhar nessa nova etapa de sua história.

O estudante é o centro do processo educacional e um dos pilares que garantem a qualidade de

um curso à distância. Nesse processo, a interatividade entre professores, tutores e estudantes deve ser

levada em consideração, pois, por meio dela, se fará o processo de construção do conhecimento,

dentre outros aspectos. Hoje, um processo muito facilitado pelo avanço das TIC (Tecnologias de

Informação e Comunicação). Diante disso, a proposta de pesquisa do grupo consiste em mostrar a

importância que tem o tutor na EAD – seja sua atuação a distância ou presencial – para a

aprendizagem do aluno.

A pesquisa a ser desenvolvida neste trabalho é descritiva, uma vez que visa a observar,

registrar, analisar e classificar os fatos sem que o pesquisador interfira sobre eles (ANDRADE, 2001).

Pode-se dizer que ela está interessada em descobrir e observar fenômenos, procurando descrevê-los,

12

classificá-los e interpretá-los. Além disso, ela pode se interessar pelas relações entre variáveis e, desta

forma, aproximar-se das pesquisas experimentais.

A pesquisa descritiva expõe as características de determinada população ou de determinado

fenômeno, mas não tem o compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base

para tal explicação (VIEIRA, 2002).

Quanto ao tipo de metodologia da pesquisa, esta pode ser delineada como um estudo de caso,

pois, foca no entendimento da dinâmica presente. E, conforme enfatiza Gil (2000, p. 58): “o estudo de

caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um, ou de poucos objetos, de maneira a

permitir seu conhecimento amplo e detalhado”.

Este trabalho tem como população os alunos que fazem diferentes cursos a distância no Estado

do Rio de Janeiro. Dentro dessa população será extraída uma amostra de forma aleatória, portanto, a

amostra pode ser considerada como probabilística (MALHOTRA, 2007, p. 325). Cervo e Bervian

(2002) referem-se a um instrumento para obter respostas às questões por um método que o próprio

informante consiga preencher. Deve ter caráter impessoal para assegurar uniformidade na avaliação da

situação pesquisada. As indagações podem ser feitas por meio de perguntas fechadas que serão

padronizadas, objetivas, de fácil explicação, codificação e análise; ou por meio de perguntas mistas,

onde se abrem as perguntas para obtenção de esclarecimentos às respostas. De acordo com OLIVEIRA

et al. (2003, p.71) o questionário “é uma das formas mais utilizadas para obtenção de dados, por

permitir mensuração mais exata”.

Para Collis e Hussey (2005), o método de coleta de dados pode ser considerado de caráter

quantitativo quando se preocupa com a freqüência de ocorrência de um determinado fenômeno ou

variável, ou seja, envolve coletar e analisar dados numéricos e aplicar testes estatísticos. Sendo assim,

para o instrumento de coleta de dados, será utilizado um questionário, como uma ferramenta de cunho

pedagógico, onde o perfil dos alunos será delineado, segundo o que se é esperado para a qualificação

ideal dos mesmos, visando a identificar o impacto das tutorias presenciais e a distância na

aprendizagem dos alunos de curso da EaD, comparando os que utilizam esse apoio ou não.

Os aspectos abordados com os alunos serão observados por meio de itens sobre o

desempenho, qualidades e características desejáveis do tutor, em uma escala de valores que validam a

atuação dos diferentes papéis dos tutores presenciais e a distância. Como fonte para a elaboração das

questões do questionário, será utilizada a estrutura proposta por Salmon (2003). Esta pesquisa se

limita, assim, a observar a amostra que está sendo analisada, permitindo uma reflexão sobre como a

tutoria presencial e a distância podem contribuir para o melhor desempenho dos alunos em seu

processo de aprendizagem.

13

2 – PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

2.1 – Educação a Distância: implicações e possibilidades

Hoje, mais do que nunca, a educação e o acesso a ela estão determinados pelo acesso à

informação. O ensino a distância não é algo novo; ele aparece atualmente de forma instrumentalizada

pelo uso dos computadores e da Internet.

Há uma constante necessidade de se trabalhar a cultura de alunos e docentes em relação às

novas formas de ensino e aprendizagem. Porém o uso adequado de tecnologias não se firma por si só.

A inserção, no processo ensino-aprendizagem, das tecnologias da informação e da comunicação não

garantem um ensino melhor, visto que os meios podem ser usados de maneira conservadora. Portanto,

faz-se necessário que, por trás dessa tecnologia haja uma instituição de ensino que possua um projeto

intencional e deliberado de mudanças, e que paralelamente, haja um processo pedagógico, no qual, o

princípio da interdisciplinaridade, da aprendizagem colaborativa e da autonomia do aluno sejam

implementados e assegurados pelo uso de processos interativos.

Nesse novo cenário, as atenções se voltam para a identificação das melhores estratégias

pedagógicas e também para reconhecer qual o conjunto de meios de comunicação e informação

favorece a melhoria da qualidade dos processos educativos. Sem dúvida, essas escolhas devem variar

em função da proposta pedagógica do curso, do perfil discente que se pretende formar e do conteúdo a

ser trabalhado. Segundo Peters (2001) apud Silva (2010, p.32), não se está lidando com um processo

de transição no campo da educação, mas com transformações rápidas e abruptas que envolvem

mudanças de paradigma. Portanto, observa-se que o principal desafio da educação a distância é o

mesmo que enfrenta a educação presencial, ou seja, elevar o nível de formação acadêmica para que

seja possível contribuir na formação dos indivíduos da sociedade contemporânea, ou seja, primar por

uma formação capaz de estimular a pesquisa e o uso das novas tecnologias.

Nesse contexto, o papel do professor é re-configurado e esse passa a atuar como mediador e

estimulador do processo de aprendizagem. Por fim, existe uma lamentável confusão entre o emprego

das tecnologias da informação e da comunicação como um conjunto de ferramentas da educação à

distância, e com relação à prática da educação a distância em si. O acesso à informação não é

equivalente ao acesso ao conhecimento e às oportunidades de educação, e isso se deve não apenas à

educação à distância, mas também ao ensino presencial, que deve abordar as novas formas de

comunicação como oportunidades estimulantes para o uso da linguagem, com a finalidade de pensar

conjuntamente e com as novas oportunidades para a construção do conhecimento dos estudantes no

uso da linguagem como instrumento do pensamento (MERCER; ESTEPA, 2001, p.33).

14

Portanto, não é a modalidade de ensino que determina a efetividade do aprendizado.

Lévy afirma que:

é preciso superar-se a postura ainda existente do professor transmissor de conhecimentos. Passando, sim, a ser aquele que imprime a direção que leva à apropriação do conhecimento que se dá na interação. Interação entre aluno/professor e aluno/aluno, valorizando-se o trabalho de parceria cognitiva. [...] elaborando-se situações pedagógicas onde as diversas linguagens estejam presentes. As linguagens são, na verdade, o instrumento fundamental de mediação, as ferramentas reguladoras da própria atividade e do pensamento dos sujeitos envolvidos. [...] é preciso buscar o desenvolvimento de um espírito pesquisador e criativo entre os docentes, para que não sejam reprodutores, incapazes de refletir e modificar sua prática profissional. [...] este processo criativo é sempre coletivo, na medida que a memória e a experiência humana são patrimônio social. (1999, p.169)

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 educação a distância é uma modalidade de

educação diferenciado, tanto pelo suporte de aprendizagem, como pelo público a que se destina. Assim

como no ensino presencial, na EaD vê-se que há uma oportunidade distinta para o estabelecimento de

novas e outras relações entre educador-educando-conhecimento, bem como para a socialização do

conhecimento científico. Porém, é notório lembrar que caberá ao professor buscar adaptar o conteúdo

produzido ao ambiente virtual e à nova concepção de educação a distância, procurando entender como

o aluno constrói conhecimentos fora do ambiente presencial de ensino, ao deparar-se com os recursos

oferecidos para auxiliá-lo no processo.

Oliveira; Costa; Moreira (2001) reforçam o exposto acima, afirmando que o uso de diferentes

mídias educacionais, as pesquisas na Internet e a pedagogia de projetos podem ser utilizados pelo

professor como ferramentas didáticas, de forma a embasar o processo de ensino-aprendizagem. Esses

recursos, juntamente com a mediação eficaz do professor, ajudam os alunos na resolução de

problemas, na análise de hipóteses, na experimentação e na busca de melhores soluções, constituindo-

se assim em um novo paradigma educacional.

Na EaD, o trabalho docente é diferenciado e justifica-se, segundo García , por dois motivos

que chamam a atenção. O primeiro refere-se ao fato de o trabalho docente estar focado no trabalho

conjunto de professor e tutor. O segundo é o fato de a educação a distância ser definida como uma

modalidade de ensino peculiar em suas características, pela utilização das tecnologias de comunicação

e informação (TICs) para mediação didático-pedagógica. Ela surge, então, como oportunidade de

escolarização destinada às pessoas que não dispõem de tempo sistematizado para os estudos e

precisam de atualização permanente. Na construção dos saberes que se articulam no espaço virtual,

como ocorre na EaD, cabe ao tutor, portanto, auxiliar e motivar o aluno na busca contínua da

15

aprendizagem. Nesse contexto, como se pode constatar frente ao número de desistências de discentes

em cursos nessa modalidade de ensino, é primordial uma investigação acerca do desenvolvimento dos

alunos que utilizam ou não a tutoria, seja ela presencial ou a distância, para avaliar o desempenho dos

mesmos e poder relacionar, se há ou não algo que comprove a real utilidade da tutoria frente ao

resultado final do aluno.

O tutor deve ser compreendido como um dos sujeitos que participam ativamente da prática

pedagógica. Suas atividades desenvolvidas a distância e/ou presencialmente devem contribuir para o

desenvolvimento dos processos de ensino e de aprendizagem e para o acompanhamento e avaliação do

projeto pedagógico. Sua atitude é importante, para despertar nos alunos a consciência de que, por meio

da troca com outros colegas, das pesquisas nas mais diversas mídias, das perguntas, dos erros e

acertos, eles vão enriquecendo o próprio processo de ensino e aprendizagem. Assim, ele precisa ajudar

seus alunos a saírem da passividade no processo de construção de conhecimento e orientá-los no novo

procedimento educacional, onde o enorme desenvolvimento tecnológico atual exige outro olhar, não

só sobre a educação, mas também sobre as relações humanas. Cabe a ele, ainda, incentivar, ouvir,

acolher, esclarecer as dúvidas com atenção e respeito, além de mostrar a importância da pesquisa, para

esse percurso do aluno.

Dessa forma, pode-se evidenciar que o trabalho do professor-tutor, nesta modalidade de

ensino, começa a ganhar novos significados e contornos, visto que ele precisa interagir com o aluno

através da tecnologia. Logo, o trabalho diversifica-se, amplia-se. Ainda nas palavras de García, o

professor em EaD, no Brasil, é uma construção histórica em andamento e as nuanças de suas

atividades são representadas pelo embate entre formas de ser professor presencial e ser professor em

EaD.

Segundo Burnham e Souza (2010), nessa modalidade de ensino evidencia-se a correlação

entre a colaboração, a produção e o compartilhamento do conhecimento tácito e explícito e completa:

Ou seja, ao contrário do que alguns pensam, a produção do conhecimento nestes cursos deve basear-se, prioritariamente, na interação entre os conhecimentos dos alunos e professores e não no estudo, predominantemente, individualizado e unidirecional (professor como emissor e aluno como receptor). Neste contexto foi desenvolvida uma metodologia, denominada Compondo, para apoiar o desenvolvimento de atividades didático pedagógicas para cursos oferecidos totalmente ou parcialmente à distância, levando em consideração o processo de criação, transformação e compartilhamento do conhecimento. (Burnham e Souza, 2010, p. 70)

Nesse contexto o trabalho em questão tem como objetivo principal mostrar a importância das

tutorias presencial e a distância para o bom desempenho da aprendizagem do aluno.

16

2.2 – O aluno e a Educação a Distância

Em várias situações diferentes, movidos pelo desejo de aprender ou por alternativas propostas

pelas instituições de ensino, cada vez mais os alunos utilizam cursos não presenciais como alternativa

de ensino-aprendizagem. Esses cursos mesclam recursos educacionais tradicionais com modernos

meios de comunicação e informação, como o caso do projeto desenvolvido no CEDERJ.

Para integrar-se adequadamente à modalidade de educação à distância, o aluno deve ter

consciência de que desempenhará um papel diferenciado da função do aluno no ensino presencial, pois

ele precisa ter características necessárias para estimular a sua percepção e a cognição, com a finalidade

de prender sua atenção por longos períodos de estudo.

A autonomia concede aos estudantes a possibilidade de tomarem iniciativas no planejamento e organização de seu espaço físico, tempo e métodos de estudo, que irão seguir para pesquisar conhecimentos correlatados de seu interesse, acompanhar o programa proposto, seguir o roteiro e cronograma pré-determinados pelo curso. (TONIETO e MACHADO, 2005, p. 3)

Atualmente a autonomia e a auto-aprendizagem são características que devem se destacar nas

pessoas que buscam inserir-se na sociedade. O profissional, hoje, precisa ser versátil e estar sempre

ligado às novas tendências, aprimorando seu aprendizado em prol do seu trabalho e até mesmo da sua

realização pessoal.

Por suas características intrínsecas, por sua própria natureza, a EaD, mais do que as instituições convencionais de ensino superior, poderá contribuir para a formação inicial e continuada destes estudantes mais autônomos, já que a autoaprendizagem é um dos fatores básicos de sua realização. (BELLONI, 2008, p. 39)

O conceito de aprendizagem autônoma implica uma dimensão de autodireção e

autodeterminação no processo educativo, que não é facilmente realizada por muitos estudantes típicos

de EaD. O uso da internet permite ao aluno acesso direto a conteúdos, bancos de dados, atividades de

aprendizagem, exercícios com correção quase automática, hipertexto, hipermídia e informações em

tempo real. A sociedade, hoje, expõe aos sistemas de educação uma clientela amplamente

diversificada, e em especial, no que tange EaD. A transmissão e construção de conhecimentos devem

estar voltadas ao aprendente, cabendo ao professor ou ao tutor1 a posição daquele que aprende.

1 Figura resgatada nas relações de ensino-aprendizagem em EaD, requerido como um profissional, que por estar mais próximo do produto final do processo ensino-aprendizagem – o aluno seja mais completo, mais bem formado e informado, capaz de suprir as necessidades, dúvidas variadas dos alunos que estão sob sua responsabilidade. Um profissional que ao emitir um conceito de valor sobre os que o cercam, e sabendo utilizar positivamente estes conceitos, concorre para uma educação de melhor qualidade, posto que, ao

17

Neste contexto, as experiências dos envolvidos no processo configuram outros aspectos a

serem levados em conta no entendimento acerca da posição do aluno da EaD. Assim, o

desenvolvimento da filosofia educacional e a postura do sistema devem valer-se da maturidade e

motivação dos alunos no desempenho de sua prática educativa, caracterizada por uma constante

reflexão e criticidade, já que são mais conscientes da importância da educação e da formação contínua

na sociedade globalizada. Os adultos, em geral, aprendem para uma aplicação imediata nas atividades

que executam, no sentido de resolver problemas e os jovens com a finalidade de estocar

conhecimentos para o futuro.

Mais exigentes em termos de qualidade e liberdade de escolha, os alunos da EaD tendem a

fugir da aprendizagem passiva, com seu papel de absorção do conhecimento, processo e re-processo

dos conteúdos assimilados nas avaliações, muito embora, a imagem que se tem comumente do

estudante a distância não parece corresponder a este ideal.

É comum a adequação dos sistemas educacionais à distância, para que sejam consideradas as

características, condições de estudo e necessidades dos aprendentes, pois,

O estudante em EaD é o indivíduo abstrato da educação tradicional, imaginado em locais distantes, o estudante neste esquema é uma abstração mental, exatamente como o estudante tradicional é uma abstração real. O estudante é o fantasma da EaD, uma criação do discurso de design instrucional. Porque a EaD enfoca o ‘como’ ao invés do ‘porquê’, a concepção dos cursos postula que uma vez que todos os estudantes têm o mesmo processo de pensamento podemos falar de o ‘estudante’. (MERDSEN apud BELLONI, 2008, p. 41).

Considerando o público adulto e usando os princípios básicos da andragogia2, entendendo

também o modelo de curso adotado e observando as necessidades individuais de cada sujeito, os

sistemas de ensino devem elaborar processos efetivos que respeitem: a necessidade de saber do

estudante; o seu autocontrole; a sua experiência anterior; a sua prontidão e orientação para aprender; e,

principalmente, a sua motivação.

O desenvolvimento da EaD requer, portanto, um modelo pedagógico específico que objetive a

manutenção da motivação do estudante, em detrimento da sensação de isolamento que, a princípio, a

modalidade impõe ao aluno, que propicie a valorização do trabalho em grupo, já que se percebe que a

cada dia, trabalhar e aprender são uma coisa só. Ou seja, um modelo que leve o aluno a perceber sua

contribuição para o aprendizado do grupo de pessoas, do qual faz parte e a compreender a importância

da inteligência coletiva e da combinação de competências no mercado de trabalho contemporâneo.

conhecer, ao estar próximo, ao criar um vínculo afetivo com seus alunos, permite uma troca constante, além de ser a pessoa que o aluno vai ter uma melhor empatia.

2 Define-se andragogia como a arte e a ciência de ajudar adultos a aprenderem, partindo das diferenças básicas entre o Ser-adulto e o Ser-criança.

18

Vários fatores extracurriculares podem interferir no comportamento e no desempenho do

aluno à distância como: trabalho (estabilidade, responsabilidades), família, saúde, interesses e

obrigações sociais, influenciando-o positiva ou adversamente. Ao assumir a responsabilidade de

estudar longe das salas de aula presenciais, o aluno se obriga a ter um ambiente e tempo para estudar,

sendo que os mesmos são flexíveis e o ritmo é estabelecido pela capacidade individual. Mas, para a

diversidade de possibilidades que o estudante encontra em adquirir novos conhecimentos o tempo de

estudo é fundamental. No aprendizado presencial ou à distância, determinação e disciplina são fatores

motivadores, pois o não entendimento dos conteúdos e a perda da sequência do andamento do curso

são desestimuladores que podem levar ao isolamento e ao abandono dos mesmos.

2.3 – A Empatia Como uma das Competências da Tutoria.

Aretio (apud SILVA, 2008), em suas pesquisas sobre o perfil de um tutor, destaca três

qualidades essenciais à boa ação tutorial, cordialidade (capacidade de fazer com que o aluno sinta-se

bem recebido e respeitado, e sutileza no trato, gestos, expressões, tom de voz etc.); aceitação

(capacidade de acolher e aceitar seu aluno e suas dificuldades e problemas, estar sempre presente,

fisicamente ou por telefone e e-mail, e convencimento de que o aluno é visto com respeito e que é

merecedor de atenção), e integridade e autenticidade (atitude honesta e verdadeira sobre as

expectativas do aluno quanto ao curso e aos conteúdos, não demonstrando saber o que não sabe e

mantendo uma relação de troca, na qual alunos e tutor pesquisam e aprendem em parceria).

(...) nesse processo de construção do conhecimento, que envolve diferentes atores e tem no tutor um personagem fundamental, é necessário entender a aprendizagem como pessoal, potencializada pelo grupo, com interferência da ação dos orientadores acadêmicos, visando a obter objetivos bem marcados e definidos. (AZEVEDO, 2008, p. 25)

Como orientador, pode apresentar estratégias de estudo, ajudar o aluno a organizar seu tempo

para a realização dos trabalhos e atividades, estimular a autonomia, a busca por novas fontes de

pesquisa. E, como avaliador, deve dar o feedback sobre o desempenho do aluno, apontar seus avanços

e indicar em que e como pode melhorar em certos aspectos (MOULIN et al., 2004). Todos esses

enfoques quando bem desenvolvidos são fundamentais, facilitando a aprendizagem e levando,

consequentemente, o aluno ao sucesso. A afetividade também está envolvida nessa relação e é

facilitadora do aprendizado.

Além das capacidades pessoais e técnicas, é necessário saber utilizar de forma competente as

tecnologias de informação e comunicação, que, certamente, contribuem para desenvolver

competências dos alunos e para gerar colaboratividade entre o grupo. É o entendimento sobre a

19

estrutura e a dinâmica do material de apoio a ser utilizado que melhor orientará o tutor no processo de

aprendizagem dos alunos, auxiliando e colaborando em possíveis dificuldades.

Segundo Schlosser (2010), considerando-se as várias teorias existentes atualmente sobre o

trabalho do tutor, o perfil desse profissional e as caracterizações sobre suas diferentes funções no

campo da educação, em particular, na modalidade à distância, encontramos semelhanças que o

aproximam das funções desempenhadas por um professor-orientador. Indo além, como ressalta Silva,

O tutor é um facilitador, que ajuda o estudante a compreender os objetivos do curso. O tutor torna-se um observador que reflete constantemente junto ao aluno a sua possível trajetória acadêmica, é um conselheiro e também um psicólogo, capaz de compreender as questões e as dificuldades do aprendiz e de ajudá-lo a responder de maneira adequada. É também um especialista em avaliação formativa e administrador para dar conta de certas exigências da instituição. (2008, p. 47)

2.4 – A Empatia como facilitadora na Educação a Distância quanto à Sócio-afetividade.

A empatia é uma habilidade que, segundo conceito utilizado na Psicologia (VEDOVE, 2010)

significa perceber o outro e identificar suas necessidades. Está diretamente relacionada com a

afetividade que se desenvolve e que precisa ser trabalhada para que possa se manifestar. Ela precisa ser

constantemente aplicada nas relações interpessoais, moldando as interações sócio-afetivas, pois

somente é possível ser empático se forem trabalhadas adequadamente a afetividade e as emoções,

especialmente o autoconhecimento, haja vista que, para saber o que o outro está sentindo e

compreendê-lo, é preciso saber o que representa esse sentimento em si. Logo, é a capacidade de se

colocar no lugar do outro e ser despertado por emoções que a própria pessoa sentiria se estivesse nesse

lugar.

Ser tutor é ser professor que se encarrega de atender diversos aspectos que não são tratados nas aulas. O tutor também é o professor, o educador integral de um grupo de alunos. A tutoria é uma atividade inerente à função do professor, que se realiza individual e coletivamente com os alunos em sala de aula a fim de facilitar a integração pessoal nos processos de aprendizagem; é a ação de ajuda ou orientação ao aluno que o professor-tutor pode realizar além de sua própria ação docente e paralelamente a ela. Lázaro e Asensi (apud Silva, 2008, p.37).

Ela faz parte das competências pessoais e da capacidade de atuar em equipe, que o tutor deve

apresentar para desenvolver um bom trabalho com os alunos, valorizando sempre seus sentimentos,

criando um ambiente de confiança que, uma vez estabelecido, precisa ser praticado continuamente,

para ser constantemente aprimorado. Para isso, é necessário que o tutor tenha autocontrole,

autoconhecimento e auto-motivação, reagindo de forma adequada nas mais diversas situações

pedagógicas.

20

Quando o tutor, em algum momento de sua vida acadêmica foi aluno à distância, fica mais

fácil para ele dar o pontapé inicial em um relacionamento mais empático com o aluno, devido ao

enfrentamento, ao longo de sua vida acadêmica, com as inúmeras adversidades, e desafios enfrentados

na EAD. Sendo assim, é mais simples ser o tutor quem conduza as emoções, facilitando a

aprendizagem e estreitando os laços afetivos, ao mesmo tempo em que torna a relação permeável a

uma prática voltada para a discussão de valores, tomada de decisões e, consequentemente, ajudando

no desenvolvimento da autonomia do aluno.

A tutoria pode ser entendida como uma ação orientadora global chave para articular a instrução e o ato educativo. O sistema tutorial compreende, dessa forma, um conjunto de ações educativas que contribuem para desenvolver e potencializar as capacidades básicas dos alunos, orientando-os a obterem crescimento intelectual e autonomia e para ajudá-los a tomar decisões em vista de seus desempenhos e suas circunstâncias de participação como aluno (SOUZA, et al, 2007, p. 2).

Sendo assim, a modalidade de Educação a Distância está se consolidando como possibilidade

de escolarização para todos. Apesar de suas implicações, como: necessidade de planejamento,

gerenciamento e acompanhamento, sistema de avaliação, recursos didáticos com linguagem adequada;

ambientes virtuais de aprendizagem, sistemas de tutoria presencial e a distância; equipe

multidisciplinar e outros, é sabido que a EaD vem contribuindo para o crescimento educacional do

país de modo bastante significativo. Há comprovação de que os alunos da EaD têm apresentado

excelentes desempenhos nos concursos públicos e como ponto positivo evidencia-se a metodologia

adotada que tende a tornar o aluno independente e organizado para com os estudos.

O cuidado com o planejamento e seleção dos recursos didáticos para a EaD tem colaborado

exponencialmente para o bom desempenho do estudante dessa modalidade de educação, assim como a

organização das tutorias presenciais e distância também, são fatores relevantes para o sucesso do

aprendiz. Os cursos que disponibilizam esse suporte demonstram melhor aproveitamento no processo

ensino-aprendizagem.

Entretanto, o grande desafio da educação na sociedade contemporânea é definir que tipo de

pessoa se pretende formar e a partir da reflexão, lançar mão da contribuição da educação à distância,

como possibilidade de acelerar o acesso à educação para todos e ao longo da vida. Percebe-se que a

sociedade contemporânea e as do futuro, nas quais vão atuar as gerações que agora ingressam na

escola, requerem pessoas com múltiplas habilidades e competências, tendo em vista a pluralidade

social, econômica, cultural e tecnológica ao redor. Para isso, será necessário um indivíduo com

embasamento nas múltiplas competências, organizado, autônomo nos estudos, consciente do trabalho

em equipe de modo colaborativo e pouco hierarquizado, com capacidade de aprender a aprender, de

adaptar-se a novas situações, de resolver problemas e estar conectado com o mundo tecnológico

globalizado.

21

3-RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1- A Empatia como facilitadora na Educação a Distância quanto a sócio-afetividade

Algumas pesquisas recentes sobre as competências da tutoria têm mostrado um grande

interesse pela investigação da afetividade nas práticas pedagógicas do tutor. Através de um

questionário aplicado em uma turma de pedagogia do Polo CEDERJ/UAB de Niterói, foi feito o

levantamento de 10 categorias relacionadas à afetividade da tutoria. Com exceção da categoria Faixa

Etária, as demais categorias foram diagnosticadas através das opções: ótimo, bom, regular, fraco.

A primeira categoria estudada foi a faixa etária dos alunos, e as outras dez, foram as categorias

de ação, onde foi analisado o desempenho das competências do tutor, voltadas para o acolhimento do

aluno. As demais categorias, relacionaram às ações de competência voltadas para afetividade dos

tutores. A tabulação de dados gerou além do primeiro, mais 10 gráficos, anexados na sequência a

seguir. Os gráficos aqui apresentados, portanto, mostram análise comparativa entre algumas categorias

relacionadas a afetividade da tutoria.

Após análises dos gráficos apresentados, podemos considerar primeiramente que: A maioria

dos alunos apresentavam mais de 38 anos de idade. Dentre todas as quatro opções avaliadas, a que

prevaleceu em quase todos os gráficos foi a opção “bom”, para quase todas as competências da tutoria.

O gráfico 6 foi uma exceção, o que se justifica, pela opção “ótimo” estar acima desta na hierarquia da

avaliação, e ter sido mais expressada. Somente no gráfico 6, a opção “bom” apresentou um maior

percentual, 40% dentro a competência de atenção. Os gráficos 7, 8, 9, 10 apresentaram um baixo

percentual para a opção “regular”, o que se justifica, pela opção “bom” que está acima desta na

hierarquia da avaliação ter se expressado mais.

Todos os gráficos, apresentavam diagnóstico “regular” para os tutores em suas competências,

mas essa condição foi mais expressiva nos gráficos 2 e 5 para as competências respectivas de

responsabilidade e empatia, com mais de 25% das opiniões. Ao mesmo tempo o gráfico 5, apresentou

o resultado mais significativo para opção “fraco”, dentro da competência de empatia.

As competências mais pontuadas pelos alunos, foram cordialidade e respeito, gráfico 7,

apresentando 56,7 para a opção “bom” e 40% para opção “ótimo”, totalizando 96,7 das opiniões dos

alunos.

Categoria 1-Faixa etária.

A faixa etária foi a primeira categoria estudada nesse trabalho. Através dela podemos analisar

formas de percepção, compreensão e comportamento do indivíduo diante do mundo, embora haja

22

influências que alterem esses padrões. Foi verificado que a maioria dos alunos apresentava mais de 38

anos de idade, como mostra o gráfico 1.

0

2

4

6

8

10

18-22 23-27 28-32 33-37 mais de 38

Idade (anos)

Nº d

e al

unos

Categoria 2-Seus tutores presenciais e a distância são responsáveis pelas atividades que realizam?

10,0%

63,3%

26,7%

0,0%

ótimo

bom

regular

fraco

Categoria 3-Eles agem dentro das normas éticas estabelecidas para os cursos da EAD?

23,3%

53,3%

23,3%0,0%

ótimo

bom

regular

fraco

23

Categoria 4-Eles respondem com paciência às solicitações feitas pelos alunos?

20,0%

60,0%

20,0%0,0%

ótimo

bom

regular

fraco

Categoria 5-Eles são empáticos, ou seja, conseguem se colocar na posição dos alunos?

10,0%

56,7%

26,7%

6,7%

ótimo

bom

regular

fraco

Categoria 6-Seu tutor presencial está sempre atento ao movimento e necessidades da turma?

40,0%

33,3%

23,3%

3,3%

ótimo

bom

regular

fraco

24

Categoria7-Ele é cortês e respeitável? Consegue manter uma postura simpática e de respeito na

comunicação on line e/ou presencial?

40,0%

56,7%

3,3% 0,0%

ótimo

bom

regular

fraco

Categoria 8-Ele evita tomar atitudes autoritárias ou excessivamente permissivas?

36,7%

53,3%

6,7%

3,3%ótimo

bom

regular

fraco

Categoria 9-Ele compartilha com os alunos os seus conhecimentos e experiências em relação aos

temas do curso?

33,3%

53,3%

13,3%

0,0%

ótimo

bom

regular

fraco

25

Categoria 10-Ele tem dedicação e comprometimento com o trabalho e com as pessoas envolvidas no

curso (alunos, administrativo e demais tutores)?

23,3%

66,7%

10,0%

0,0%ótimo

bom

regular

fraco

Categoria 11-Ele é entusiasta e criativo?

10,0%

63,3%

23,3%

3,3%

ótimo

bom

regular

fraco

Acreditamos na relevância do papel do tutor e sabemos que as trocas afetivas, tão necessárias

com os alunos, como eles sinalizaram na pesquisa, proporcionará um feedback positivo à interação

entre tutor e aluno, e um melhor desempenho para ambos.

Desta pesquisa resulta que a afetividade e a empatia, são elementos essenciais na relação entre

o tutor e o aluno; de como é fundamental que o tutor aplique essas competências no contexto

pedagógico, demonstradas nesse trabalho através das categorias da afetividade, responsabilidade,

ética, paciência, atenção, empatia, cordialidade, respeito, democracia, comprometimento, entusiasmo.

Este trabalho demonstrou que, embora o aluno da EaD seja autônomo e independente na

construção de seu aprendizado, ele esta atento e valorizando, a aplicação das competências da

afetividade de seus tutores no dia a dia.

As categorias cordialidade e respeito, no gráfico 7, apresentaram-se com destaque nas

pontuações dos alunos, 56,7% para “bom” e 40% para “ótimo”. Isso prova que o aluno da EaD, quer

26

ser notado, ser individualizado, ser ouvido mesmo dentro de uma modalidade onde pouco ou

raramente se vêem.

Segundo Moran (2007, p. 01), “A educação a distância pode ter ou não momentos presenciais,

mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e/ou no

tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação”.

27

4-CONCLUSÃO

Acredito que a empatia favorece as relações interpessoais, já que, ao saber e entender o que o

aluno está sentindo, é possível dar uma atenção maior e mais completa a ele.

O homem constantemente relaciona-se em sociedade. Logo, a prática de relacionamentos

empáticos não é pertinente somente ao meio acadêmico, mas está contida em todos os segmentos de

convivência do indivíduo. Quanto mais sociável for sua relação com a sociedade, consequentemente

será mais fácil para ele aplicá-las em outros segmentos de sua vida.

Na EaD, em especial, essa relação necessita de um pouco mais de dedicação para se efetivar

adequadamente, mas uma vez estabelecida, torna-se uma ferramenta fundamental para o sucesso da

troca de informações na construção de conhecimento autônomo do aluno.

Segundo os resultados das respostas dos alunos, concluimos que, o tutor tem apresentado

grande capacidade de se colocar no lugar do aluno, despertando em si emoções, como se estivesse no

lugar daquele que no momento é seu aluno.

O presente estudo sugere que, cada vez mais instigue-se sobre as competências das tutorias,

pois foi demonstrado, o quanto as competências pautadas pela afetividade e empatia são suporte a fim

de que o aluno alcance o sucesso na sua vida acadêmica, e tenha mais motivação para aprofundar-se

nos assuntos propostos ao longo do processo acadêmico de construção do conhecimento.

28

5-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, M. M. Como Preparar Trabalhos para Cursos de Pós-Graduação. 4a ed. São Paulo: Atlas, 2001.

AZEVEDO, Adriana Barroso de. Tutoria em EAD para além dos elementos técnicos e pedagógicos. Palestra apresentada no III Seminário EAD – Ufes – Formação de professores, tutores e coordenadores de polos para UAB. 22 a 24 set. 2008.

BELLONI, Maria Luiza. Educação a Distância. 4ª ed. Campinas, São Paulo: Editores Associados, 2006.

BURNHAM, T. F.; SOUZA, M. C. S. Compondo: uma metodologia para produção colaborativa do conhecimento em educação a distância. Disponível em: http://www.proged.ufba.br/ead/EAD%2069-86.pdf. Acesso em: 12/01/2011.

CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; SILVA, R. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2007.

COLLIS J.; HUSSEY R. Pesquisa em administração: um guia prático para alunos de graduação e pós-graduação. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.

GIL, A. C. Técnicas de pesquisa em economia e elaboração de monografia. São Paulo: Atlas, 2000.

LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: 34, 1999.

MALHOTRA, N. Pesquisa de marketing. Uma orientação aplicada. 4a ed. Porto Alegre: Bookman, 2007.

MERCER, Neil; ESTEPA, Francisco Gonzáles. A educação a distância, o conhecimento compartilhado e a criação de uma comunidade de discurso internacional. In: LITWIN, Edith (Org.) Educação a distância – temas para o debate de uma nova agenda educativa. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA. Referenciais de qualidade para educação superior a distância. Disponível em: www.portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/referenciaisead.pdf. Acesso em 04 de março de 2011.

MOORE, Michel e KEARSLEY, Greg. Educação a distância: uma visão integrada. Editora Thomson Learning. São Paulo. 2007.

MOULIN, N et al. Formação Disponível em: http://www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/018-TC-A2.htm. Acesso em: 28 de do tutor para as funções de acompanhamento e avaliação da aprendizagem

a distancia. maio de 2011.

29

NISKIER, Arnaldo. Educação à Distância – A tecnologia da esperança. Políticas e estratégias para implantação de um sistema nacional de educação aberta e à distância. São Paulo: Edições Loyola, 1999.

OLIVEIRA, Antonio Benedito Silva. Métodos e técnicas de pesquisa em contabilidade. São Paulo: Saraiva, 2003.

OLIVEIRA, C. C. de; COSTA, J. W. da; MOREIRA, M. Ambientes informatizados de aprendizagem: produção e avaliação do software educativo. Campinas – São Paulo: Papirus, 2001.

PALLOFF, Rena M; PRATT, Keith. O aluno virtual: um guia para trabalhar com estudantes on-line. Porto Alegre: Artmed, 2004.

PETERS, O. Didática do ensino a distância. São Leopoldo (RS): Unisinos, 2001.

SALMON, G. E-moderating: The key to teaching and learning online. 2. ed. New York: Routledge/Falmer, 2003.

SILVA, Marinilson Barbosa. O processo de construção de identidades individuais e coletivas do ser-tutor no contexto da educação a distância, hoje. Tese de doutorado – Programa de Pós-graduação em Educação, UFRGS, Porto Alegre, 2008.

SCHLOSSER, R. L. A Atuação dos Tutores nos Cursos de Educação a Distância. Revista digital da CVA – Ricesu, v.6, n.22, fev. 2010. Disponível em: http://pead.ucpel.tche.br/revistas/index.php/colabora/article/viewFile/128/112. Acesso em: 20 de nov. 2010.

SOUZA, C. A.; SPANHOL, F. J.; LIMAS, J. C. O.; CASSOL, M. P. Tutoria na educação a distância. Disponível em: http://www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/088-TC-C2.htm. Acesso em: 12/01/2011.

SOUZA, M. C.; BURNHAM, T. F. Produção do conhecimento: um elo entre professor-curso-aluno. Disponível em: http://www.cinform.ufba.br/v_anais/artigos/mariacarolinasantos.html. Acesso em: 25/02/2011.

SOUZA, M. G. A arte da sedução pedagógica na tutoria em Educação a Distância. Ministério da Educação e Cultura. Abril de 2004. Disponível em: www.abed.org.br/congresso2004/.../001-TC-A1.htm. Acesso em: 12/01/2011.

TONIETTO, Márcia Terezinha; MACHADO, Elian de Castro. A questão do sucesso do aluno em

EAD. Maio/2005. Disponível em http://www.abed.org.br/congresso2005/por/pdf/111tcc5.pdf. Acesso em: 12/01/2011.

VEDOVE, J. C. D.; CAMARGO, R. T. M. A influência da empatia na relação tutor-Aluno. Disponível em: http://intersaberes.grupouninter.com.br/6/3.pdf. Acesso em 20/04/2011.

VIEIRA, V. A. As tipologias, variações e características da pesquisa de marketing. Rev. FAE, Curitiba, v.5, n.1, p.61-70, jan./abr. 2002.

30

Alguns Sites Consultados:

http://www.lante.uff.br/index.php?page=tutoria

http://www.lante.uff.br/index.php?page=tutoria-presencial

http://vivenciapedagogica.com.br/ead_sites

31

6-APÊNDICE

QUESTIONÁRIO PARA A REALIZAÇÃO DA PESQUISA.

Prezado aluno,

Este questionário é parte de uma pesquisa, que está sendo desenvolvido para o Trabalho Final de Curso (TFC), como cumprimento das exigências do curso de Pós-graduação em Planejamento, Implementação e Gestão em Educação a Distância, oferecido pelo LANTE/UFF.

As opções a seguir visam a fazer um levantamento sobre as competências sócio-afetivas na tutoria a distância ou presencial.

Para sua segurança, suas respostas não serão identificadas.

Desde já agradecemos sua colaboração.

1-Idade (em anos) ( )18 a 22 - ( )23 a 27- ( )28 a 32 - ( )33 a 37- ( )mais de 38

2-Seus tutores presenciais e a distância são responsáveis pelas atividades que realizam?

( )ótimo ( )bom ( )regular ( )fraco

3-Eles agem dentro das normas éticas estabelecidas para os cursos da EAD?

( )ótimo ( )bom ( )regular ( )fraco

4-Eles respondem com paciência às solicitações feitas pelos alunos?

( )ótimo ( )bom ( )regular ( )fraco

5-Eles são empáticos, ou seja, conseguem se colocar na posição dos alunos?

( )ótimo ( )bom ( )regular ( )fraco

6-Seu tutor presencial está sempre atento ao movimento e necessidades da turma?

( )ótimo ( )bom ( )regular ( )fraco

7-Ele é cortês e respeitável? Consegue manter uma postura simpática e de respeito na comunicação on

line e/ou presencial?

( )ótimo ( )bom ( )regular ( )fraco

32

8-Ele evita tomar atitudes autoritárias ou excessivamente permissivas?

( )ótimo ( )bom ( )regular ( )fraco

9-Ele compartilha com os alunos os seus conhecimentos e experiências em relação aos temas do curso?

( )ótimo ( )bom ( )regular ( )fraco

10-Ele tem dedicação e comprometimento com o trabalho e com as pessoas envolvidas no curso (alunos, administrativo e demais tutores)?

( )ótimo ( )bom ( )regular ( )fraco

11-Ele é entusiasta e criativo?

( )ótimo ( )bom ( )regular ( )fraco

Observações: (seja bastante objetivo).

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Atenciosamente

Profª Rossana Virgilio

e-mail: [email protected]