Departamento de Ciências da Saúde
PLANO DE ENSINO de MORFOLOGIA HUMANA I
CONTEÚDO DE AULA PRÁTICA
Curso: Enfermagem
1º Semestre
2011
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INFORMAÇÕES GERAIS
NOME DO ALUNO:
DOCENTES
Prof.: e-mail:
Prof.: e-mail:
LABORATÓRIO DE ANATOMIA
Horário de funcionamento
Segundas às sextas-feiras: 07hs – 23hs.
Sábados: 08hs – 17hs.
ESTUDO LIVRE (horário reservado para o aluno estudar com os colegas):
Segundas às sextas-feiras: 13hs – 17hs.
Sábados: 08hs – 17hs. Intervalo para o almoço 12hs – 13hs.
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NORMAS DE LABORATÓRIO
- Normas de segurança
É obrigatório o uso de avental (de tecido branco, de mangas longas e comprimento abaixo do joelho) em todas as atividades realizadas
no interior dos laboratórios. O avental deverá estar abotoado e sempre por cima de outra roupa, deve ser branco, liso ou com logotipo e ou
dizeres relacionados apenas à Universidade Nove de Julho.
É expressamente proibida a troca de aventais entre alunos ou mesmo passar de um aluno para o outro durante as provas.
Não será permitida a entrada e permanência de alunos, nas dependências dos laboratórios, trajando roupas ou calçados que deixem partes
do corpo desprotegidas, como bermudas, mini-saias, shorts e calçados abertos (sandálias, chinelos, tamancos, pró-pés).
Cabelos longos devem ser mantidos presos e não é permitido o uso de bonés.
- Normas de convivência/Normas sociais
É proibido fumar, comer ou beber nas dependências dos laboratórios.
É proibido utilizar ou deixar ligados telefones celulares e bips, durante as aulas.
É proibido o uso de câmeras fotográficas e filmadoras, em quaisquer dependências dos laboratórios.
O aluno deverá permanecer no laboratório somente com o material necessário às aulas. Bolsas, mochilas, sacolas e outros objetos deverão
ficar no escaninho (guarda-volumes).
A entrada e permanência dos alunos nos laboratórios só é permitida nos horários de aula, acompanhados dos respectivos professores, ou
no horário de estudo livre destinado ao seu curso.
O aluno deve ter sempre um comportamento cuidadoso, zelando por sua segurança e dos colegas. Em caso de dúvida não deve realizar
nenhum procedimento sem perguntar ao técnico ou ao professor.
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É proibida a saída de qualquer material pertencente aos laboratórios.
Ao término dos experimentos/procedimentos, o aluno deve conferir os materiais utilizados e mantê-los limpos e organizados nas
bancadas.
Equipamentos ópticos (microscópios e estereomicroscópios), materiais e vidrarias não devem (em hipótese alguma) serem arrastados
sobre as bancadas.
O aluno não deve manipular nenhuma substância, vidraria ou equipamento que não esteja relacionado com a sua aula prática, sem o
prévio consentimento do professor ou técnico.
Zelar pela limpeza e ordem.
É vedado qualquer tipo de brincadeira ou atitude que corrobore contra o bom andamento das aulas.
BIBLIOGRAFIA: utilizada nas disciplinas de Morfologia Humana I e II durante as aulas práticas
AULAS PRÁTICAS – ATLAS DE ANATOMIA HUMANA
YOKOCHI, Atlas de Anatomia Fotográfico. Ed. Manole.
SOBOTTA, Atlas de Anatomia. Ed. Guanabara Koogan (2 volumes).
TANK & GEST, Atlas de Anatomia Humana. Ed. Artmed.
NETTER, Atlas de Anatomia. Ed. Elsevier.
WOLF-HEIDEGGER, Atlas de Anatomia Humana. Ed. Guanabara Koogan (2 volumes).
SPALTEHOLZ, Atlas de Anatomia Humana. Ed. Roca.
PROMETHEUS, Atlas de Anatomia Humana. Ed. Guanabara Koogan (3volumes).
GILROY, Atlas de Anatomia. Ed.Guanabara Koogan.
THOMAS, Manual de anatomia humana para colorir. Ed. Guanabara Koogan (livro complementar).
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HOMENAGEM AO CADÁVER DESCONHECIDO
“Ao curvar-te com a lâmina rija de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido,
lembra-te que este corpo nasceu do amor de duas almas;
cresceu embalado pela fé e esperança daquela que em seu seio o agasalhou,
sorriu e sonhou os mesmo sonhos das crianças e dos jovens;
por certo amou e foi amado e sentiu saudades dos outros que partiram,
acalentou um amanhã feliz e agora jaz na fria lousa, sem que por ele tivesse derramado
uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece.
Seu nome só Deus o sabe; mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir a humanidade
que por ele passou indiferente”
Karel Rokitansky (1876)
Ao cadáver, respeito e agradecimento.
Homenagem ao Cadáver Desconhecido encontrada
nos centros anatômicos de várias Universidades Brasileiras,
como prova de reconhecimento ao mesmo.
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POSIÇÃO ANATÔMICA
Corpo ereto;
Cabeça voltada para frente;
Olhos na linha do horizonte;
Membros superiores estendidos ao lado do corpo e palmas das mãos voltadas para frente;
Membros inferiores unidos com as pontas dos dedos voltadas para frente.
TERMOS DE POSIÇÃO E DIREÇÃO DO CORPO HUMANO
MEDIANO = situado ao longo do plano sagital mediano
MEDIAL = voltado para o plano sagital mediano
LATERAL = afastado do plano sagital mediano
INTERMÉDIO = entre uma estrutura lateral e uma estrutura medial
SUPERIOR = voltado para o plano superior
INFERIOR = voltado para o plano inferior
INTERNO = no interior de uma cavidade
EXTERNO = por fora de uma cavidade
ANTERIOR = voltado para o plano anterior
POSTERIOR = voltado para o plano posterior
MÉDIO = usado quando temos estruturas dispostas no eixo longitudinal
PROXIMAL = próximo do tronco
DISTAL = afastado do tronco
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SISTEMA TEGUMENTAR
Prática de microscopia
PELE
Observar o epitélio estratificado pavimentoso queratinizado (camada de queratina). Presença de tecido conjuntivo frouxo nas papilas dérmicas;
restante é do tipo denso não modelado. Os núcleos presentes no conjuntivo são principalmente dos fibrócitos e fibroblastos.
TECIDO CONJUNTIVO DENSO MODELADO
Observar o tecido conjuntivo denso modelado (núcleos fusiformes de fibrócitos intercalados por fibras colágenas).
TECIDO CONJUNTIVO DENSO NÃO MODELADO
Observar a presença de fibras colágenas em grande quantidade dispostas aleatoriamente e de fibroblastos dispersos entre as fibras.
TECIDO ADIPOSO
Observar o tecido adiposo unilocular (apresenta células com uma grande gota de lipídeo, ocupando quase todo o espaço intracelular e adipócitos
com núcleos periféricos). Observar o tecido adiposo unilocular (é caracterizado por ter células preenchidas por várias gotas pequenas de
lipídeos).
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SISTEMA ÓSSEO
Prática de microscopia
OSSO COMPACTO
Observar o Osteônio (Sistema Harvesiano), a presença do canal central (Havers), dos canais perfurantes (Volkmann) e os osteócitos em volta dos
canais centrais. No interior dos canais são encontrados arteríolas, vênulas e nervos.
OSSO ESPONJOSO
Durante a formação óssea observa-se os osteócitos no interior das lacunas na porção rosada, e os osteoblastos em sua periferia.
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TERMINOLOGIA USADA EM OSTEOLOGIA
LINHA: Margem óssea suave;
CRISTA: Margem óssea proeminente;
TUBÉRCULO: Pequena saliência arredondada;
TUBEROSIDADE: Média saliência arredondada;
TROCANTER: Grande saliência arredondada;
MALÉOLO: Saliência óssea semelhante à cabeça de um martelo;
ESPINHA: Projeção óssea afilada;
PROCESSO: Projeção óssea;
RAMO: Processo alongado;
FACETA: Superfície articular lisa (plana);
FISSURA: Abertura óssea em forma de fenda;
FORAME: Abertura óssea arredondada;
FOSSA: Pequena depressão óssea;
CAVIDADE: Grande depressão óssea;
SULCO: Depressão óssea estreita e alongada;
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MEATO: Canal ósseo;
CÔNDILO: Proeminência que se articula com outro osso;
EPICÔNDILO: Pequena proeminência óssea localizada superior ao côndilo;
CABEÇA: Extremidade arredondada de um osso longo geralmente separada do corpo do osso através de uma região estreita denominada
colo.
Prática de macroscopia
ESQUELETO AXIAL
1. Ossos da Cabeça: (Crânio)
Osso Frontal – corte sagital mediano
- Seio frontal
Osso Parietal
Osso Temporal
- Processo mastóide do osso temporal
- Processo estilóide do osso temporal
- Poro acústico externo
Osso Occipital
- Forame Magno
- Côndilo do occipital
- Protuberância occipital externa
Osso Esfenóide
- Sela turca do osso esfenóide
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- Seio esfenoidal - corte sagital mediano
Osso Etmóide
- Lâmina cribriforme do osso etmóide
- Lâmina perpendicular do osso etmóide
Osso Maxila
- Alvéolos dentais da maxila
Osso Nasal
Osso Lacrimal
Osso Palatino
Osso Vômer
Osso Zigomático
Osso Mandíbula
- Ângulo da mandíbula
- Alvéolos dentais da mandíbula
2. Ossos do Pescoço e da Coluna Vertebral:
Osso Hióide (Osso encontrado no pescoço. Não faz parte da coluna vertebral, porém pertence ao esqueleto Axial).
Vértebras cervicais
- C1 – Atlas
- C2 – Áxis
- Dente do áxis
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- Identificar os acidentes ósseos abaixo em todas as vértebras cervicais (C1 à C7)
- Corpo da vértebra cervical (exceto na vértebra Atlas)
- Processo transverso da vértebra cervical
- Processo espinhoso da vértebra cervical (característica exclusiva: bífido, exceto na vértebra C7)
- Forame da vértebra cervical
- Forame transversário (característica exclusiva das vértebras cervicais)
Vértebras Torácicas (T1 à T12)
- Corpo da vértebra torácica
- Forame da vértebra torácica
- Processo transverso da vértebra torácica
- Processo espinhoso da vértebra torácica
- Fóvea costal superior e inferior (característica exclusiva das vértebras torácicas)
Vértebras Lombares (L1 à L5)
- Corpo da vértebra lombar
- Forame da vértebra lombar
- Processo espinhoso da vértebra lombar
- Processo costiforme (característica exclusiva das vértebras lombares)
Osso Sacro (Formado por 5 vértebras fundidas)
- Base
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Osso Cóccix
3. Ossos do Tórax:
Costelas
- Verdadeiras (I a VII) *Apenas identificadas no esqueleto articulado
- Falsas (VIII a X) *Apenas identificadas no esqueleto articulado
- Flutuantes (XI e XII) *Apenas identificadas no esqueleto articulado
Osso Esterno
- Manúbrio do esterno
- Corpo do esterno
- Processo xifóide do esterno
ESQUELETO APENDICULAR
1. Ossos do membro superior:
Cíngulo do Membro Superior: (Formado pelos ossos: Escápula e Clavícula)
Escápula
- Espinha da escápula
- Cavidade glenoidal da escápula
- Acrômio da escápula
- Processo coracóide da escápula
Clavícula
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Osso do Braço:
Úmero
- Cabeça do úmero
- Tubérculo maior do úmero
- Tubérculo menor do úmero
- Corpo do úmero
- Epicôndilo lateral do úmero
- Epicôndilo medial do úmero
- Fossa do olécrano
Ossos do Antebraço:
Rádio (Osso lateral)
- Cabeça do rádio
- Corpo do rádio
- Processo estilóide do rádio
Ulna (Osso medial)
- Olécrano da ulna
- Corpo da ulna
- Processo estilóide da ulna
Ossos da Mão: (*Apenas identificados no esqueleto articulado)
- Ossos carpais : trapézio, trapezóide, captato, hamato, psiforme, piramidal e escafóide
- Ossos metacarpais: I-V
- Falanges – proximais, médias e distais
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2. Ossos do membro Inferior:
Cíngulo do Membro Inferior: (Formado pelo osso do Quadril)
Osso do Quadril
- Osso Ílio
- Osso Ísquio
- Osso Púbis
- Acetábulo
Osso da Coxa:
Fêmur
- Cabeça do fêmur
- Corpo do fêmur
- Côndilo lateral do fêmur
- Côndilo medial do fêmur
- Face patelar
- Face poplítea
Patela (Osso encontrado na região anterior do Joelho; * identificado no esqueleto articulado e isolado)
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Ossos da Perna:
Tíbia (Osso medial)
- Côndilo medial da tíbia
- Côndilo lateral da tíbia
- Corpo da tíbia
- Maléolo medial da tíbia
Fíbula (Osso lateral)
- Cabeça da fíbula
- Corpo da fíbula
- Maléolo lateral da fíbula
Ossos do Pé (Tarso): (*Apenas identificados no esqueleto articulado)
- Ossos do tarso: calcâneo, tálus, cubóide, navicular, cuneiforme lateral, intermédio e medial
- Ossos metatarsais: I-V
- Falanges proximais, médias e distais
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SISTEMA ARTICULAR
Prática de microscopia
TECIDO CARTILAGINOSO HIALINO
Observar os condrócitos no interior das lacunas, condroblastos e pericôndrio.
TECIDO CARTILAGINOSO ELÁSTICO
Observar as lacunas e as fibras elásticas.
Prática de macroscopia
1– ARTICULAÇÕES DA CABEÇA:
Articulação temporomandibular (ATM)
Suturas
- Sutura coronal
- Sutura sagital
- Sutura lambdóidea
- Sutura escamosa
- Sutura esfenoescamosa
- Sutura internasal
- Sutura intermaxilar
- Sutura palatino mediana
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2– ARTICULAÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL:
Sínfise intervertebral
Ligamento longitudinal anterior
Ligamento longitudinal posterior
3– ARTICULAÇÕES DA PELVE:
Sínfise púbica
4– ARTICULAÇÕES DO MEMBRO SUPERIOR:
Articulação do ombro (glenoumeral)
- Cápsula articular
Articulação do cotovelo
- Cápsula articular
Sindesmose radioulnar ou Membrana interóssea do antebraço
5– ARTICULAÇÕES DO MEMBRO INFERIOR:
Articulação do Quadril
- Ligamento da cabeça do fêmur
- Cápsula articular
Articulação do joelho (tibiofemoral)
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- Ligamento colateral tibial
- Ligamento colateral fibular
- Ligamento cruzado anterior
- Ligamento cruzado posterior
- Menisco lateral
- Menisco medial
Sindesmose tibiofibular ou Membrana interóssea da perna
SISTEMA MUSCULAR
Prática de microscopia
MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO
1. Fibra Muscular em corte longitudinal; 2. Presença de vários núcleos periféricos (fibra multinucleada); 3. Fibra Muscular em corte transversal; 4.
Núcleo periférico.
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MÚSCULO LISO
Observar a presença de um núcleo centralizado. Ausência de estriações.
Prática de macroscopia
1. CABEÇA:
- M. orbicular da boca
- M. orbicular dos olhos
- M. masseter
- M. temporal
2. PESCOÇO:
- M. esternocleidomastóideo
- M. trapézio (parte descendente)
3. TÓRAX:
- M. diafragma
- M. intercostal interno e externo
4. DORSO:
- M. trapézio (parte transversa e ascendente)
- M. latíssimo do dorso
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5. ABDOME:
- M. reto do abdome
- M. oblíquo externo do abdome
- M. oblíquo interno do abdome
- M. transverso do abdome
6. MEMBRO SUPERIOR:
- M. deltóide
- M. peitoral maior
- M. peitoral menor
- Músculos do compartimento anterior do braço
- M. bíceps braquial
- M. braquial
- Músculos do compartimento posterior do braço
- M. tríceps braquial
- Músculos do antebraço e mão
- M. braquiorradial (compartimento posterior do antebraço)
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- Grupo dos mm. flexores de punho e dedos (compartimento anterior do antebraço)
- Grupo dos mm. extensores de punho e dedos (compartimento posterior do antebraço)
7. MEMBRO INFERIOR:
- M. glúteo máximo
- Músculos do compartimento anterior da coxa
- M. sartório
- M. quadríceps femoral (grupo muscular), formado pelos seguintes músculos:
– M. reto femoral
– M. vasto lateral
– M. vasto medial
– M. vasto intermédio
- Músculos do compartimento posterior da coxa
- M. bíceps femoral
- M. semitendíneo
- M. semimembranáceo
- Músculos do compartimento anterior da perna
- M. tibial anterior
- Músculos do compartimento posterior da perna
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- M. tríceps sural (grupo muscular), formado pelos seguintes músculos:
– M. gastrocnêmio (cabeça medial e cabeça lateral)
– M. sóleo
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SISTEMA NERVOSO
Prática de microscopia
CEREBELO
Córtex do cerebelo, mostrando a camada molecular, a camada de células de Purkinje e a camada granulosa. Os dendritos das células de Purkinje
assumem a forma de galhos de uma árvore, dispostos em leque, estabelecendo grande número de sinapses que podem atingir até a 200.000.
MEDULA ESPINAL
Observar a nítida distribuição da substância cinzenta (embaixo), constituída por neurônios e células da glia (cujos núcleos são bem visíveis), e
da substância branca (em cima), sem neurônios, poucos núcleos de glia e axônios mielinizados, cortados em várias direções.
Prática de macroscopia
Cérebro
A- Telencéfalo (Não é necessário identificar os giros e sulcos específicos ex. Giro frontal superior, apenas identificar os giros e sulcos de
uma forma geral para cada lobo cerebral).
- Giro do lobo frontal - Sulco do lobo frontal
- Giro do lobo parietal - Sulco do lobo parietal
- Giro do lobo occipital - Sulco do lobo occipital
- Giro do lobo temporal - Sulco do lobo temporal
- Corpo caloso
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B- Diencéfalo
Cerebelo
Tronco Encefálico
- Mesencéfalo
- Ponte
- Bulbo
Medula Espinal
- Cone medular
- Cauda equina
- Filamento terminal
Meninges
- Dura máter