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SÃO PAULO, 30 DE DEZEMBRO DE 2015.

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São Silvestre inicia retirada de kits para a prova do próximo dia 31

Edição de 2015 terá cerca de 30 mil competidores

Com cerca de 30 mil competidores, a 91ª edição da Corrida Internacional de São

Silvestre abriu neste domingo a retirada de kits para os seus participantes. Muitos

inscritos na tradicional prova paulistana, marcada para o próximo dia 31, marcaram

presença no Ginásio do Ibirapuera já pela manhã.

A entrega dos kits, que contêm camiseta, chip e número de peito, além de alguns

brindes, começou às 9 horas e irá até às 19h deste domingo. A retirada dos kits seguirá

aberta neste mesmo período do dia na segunda-feira e na terça, enquanto na quarta o

participante só poderá apanhá-lo até no máximo 16h. O Ginásio do Ibirapuera fica na

rua Manoel da Nóbrega, 1361.

Último grande evento esportivo do ano no Brasil, a São Silvestre terá a largada da elite

feminina da prova às 8h40 do dia 31, enquanto a elite masculina e os atletas em geral

partem às 9 horas na tradicional corrida.

O Brasil, por sua vez, tentará encerrar um longo jejum de vitórias na São Silvestre.

Entre os homens, o último a vencer foi Marilson Gomes dos Santos, em 2010,

enquanto a última ganhadora do País foi Lucélia Peres, em 2006.

Melhores brasileiros da edição passada da prova, Giovani dos Santos (quinto colocado

em 2014) e Joziane Cardozo (oitava entre as mulheres) estão confirmados na corrida

deste ano. Os etíopes Dawit Admasu e Ymer Ayalew, atuais detentores do título entre

homens e mulheres, respectivamente, também estão entre os inscritos.

Outras presenças de destaque são os quenianos Stanley Biwott (campeão da Maratona

de Nova York de 2015), Edwin Kipsang (ganhador da São Silvestre de 2012 e 2013) e

Maurine Kipchumba (vencedora da São Silvestre de 2012).

O QUE É PRECISO LEVAR

É necessário levar o protocolo de retirada de kit, juntamente com um documento com

foto.

ONDE RETIRAR

Na rua Manoel da Nóbrega, 1361. A entrega de kits ocorre das 9h às 19h neste

domingo, segunda e terça-feira. Na quarta, último dia, apenas das 9h às 16h.

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Todas as paredes podem ser vivas com o concreto verde

Além de serem sinais de sofisticação e consciência ambiental, atualmente telhados

verdes e jardins verticais são alvos de políticas públicas e subsídios nas grandes cidades

globais. É o caso em São Paulo, Nova York e Paris, onde já há lei que obriga os prédios

comerciais a instalarem essas estruturas, além de placas solares, como parte do

esforço para uma transição energética sustentável. As vantagens nisso são mais que

estéticas e vão desde a mitigação da poluição atmosférica até a redução do consumo

de energia com ar condicionado por conta do resfriamento natural das edificações. Um

telhado verde, por exemplo, pode diminuir a temperatura interna de um projeto em

até 30%.

O futuro em certa medida é otimista e a tendência é que a natureza seja cada vez mais

incorporada ou introduzida nas skylines. Mas o que está sendo desenvolvido hoje na

vanguarda da arquitetura e da engenharia civil é ainda mais promissor. Grupos

multidisciplinares de pesquisa na Espanha e na Inglaterra estão numa corrida para

lançar materiais de construção biorreceptivos, que, graças à sua composição física, são

capazes de receber e estimular o crescimento de musgos, microalgas e fungos

liquenizados em seus interiores, tornando qualquer estrutura em um jardim vertical.

“O que acontece normalmente é que as pessoas gastam muito dinheiro com soluções

anti-musgo e afins, pois relacionam o seu surgimento com sujeira e decadência. Mas o

contrário é mais interessante, quando, na verdade, poderiam abraçar essas espécies

insurgentes no concreto como uma pintura ecológica ou adorno natural. Nossa ideia é

aproveitar e integrar a função desses seres vivos como filtros naturais do CO2 e

controladores térmicos nas construções urbanas”, conta Ignácio Segura Pérez, chefe

de pesquisa do Grupo de Tecnologia Estrutural da Universidade Politécnica da

Catalunha. Desde 2010, ele e sua equipe trabalham na criação de painéis de “concreto

verde”.

Os pesquisadores estão utilizando a combinação de dois tipos de materiais conhecidos

na construção civil para obter no concreto verde as propriedades necessárias de pH,

porosidade e rugosidade que facilitam o crescimento das espécies. O primeiro é um

concreto composto de fosfato de magnésio, oMPC, geralmente usado em reparos

estruturais dos prédios por secar rapidamente. O segundo, por sua vez, é o concreto

tradicional de cimento Portland, com o diferencial de ser tratado com dióxido de

carbono (CO2) em um ambiente controlado com 65% de umidade relativa do ar. “Essa

composição é feita para deixar o concreto verde menos ácido, o que acelera o

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crescimento dos musgos, líquens e fungos. Feito isso, nós aplicamos o material nos

painéis, que possuem três camadas específicas para suportar o sistema vegetativo. A

primeira é impermeável para impedir a entrada de umidade no material estrutural. A

segunda capta água para criar um ambiente apropriado para a colonização das plantas

e fungos, enquanto a terceira faz a impermeabilização inversa, ou seja, evita que a

água escape para nutrir esse pequeno habitat dentro do material”, explica Ignacio.

Segundo o pesquisador, o apelo da nova tecnologia vai além da sustentabilidade, a

intenção é permitir que arquitetos, designers e artistas plásticos possam personalizar

suas construções, novas e antigas, com padrões ecológicos que podem variar

conforme o clima, a época do ano e os tipos de organismo e vegetação desejados.

“Isso vai estimular a adoção por paisagistas e arquitetos, criando novos conceitos de

jardins verticais. Já mandamos amostras do material para diversas universidades e

pesquisadores, inclusive no Brasil, para ser testado com espécies locais de plantas e

fungos. O próximo passo é lançar o concreto verde comercialmente, o que não deve

passar de 2016”, comenta o pesquisador. Em 2015, o projeto foi premiado no Beyond

Building Barcelona-Construmat, que reconhece tecnologias inovadoras em construção.

Com o mesmo propósito dos catalães, o BiotA Lab, um laboratório de pesquisa

em arquitetura, engenharia e microbiologia da London College University, está

trabalhando no conceito de materiais biorreceptivos. “Jardins verticais e paredes vivas

precisam de sistemas mecânicos de irrigação e manutenção, que tornam sua

instalação inacessível para a maioria das pessoas. Nossa ideia é que a própria natureza

cuide do sistema fotossintético sem a necessidade de interferência”, afirma Richard

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Beckett, um dos diretores do projeto. “Há um potencial gigantesco para aplicações e

ganho de escala neste momento. A proposta, além de ser mais barata a longo prazo, é

uma resposta para a demanda crescente nas cidades por mais verde e qualidade de

vida no contexto do combate à poluição e àsmudanças climáticas”, ressalta ele.

O Biota Lab está trabalhando com “concreto verde” semelhante ao espanhol, mas a

composição utilizada varia para receber diferentes espécies, que crescem dentro de

desenhos geométricos pré-determinados (foto abaixo) e tornam as futuras fachadas e

paredes mais bonitas e biodiversas. “Esse aspecto certamente torna mais complexa a

nossa pesquisa. Como controlar musgos e fungos que crescem de maneira caótica?

Queremos que os arquitetos e também as pessoas parem de ver essas espécies como

elementos de prédios mal cuidados ou abandonados”, comenta ele, que compara o

concreto verde com a casca dos troncos das árvores. “A casca é mais que uma

proteção, é um hospedeiro. Ela permite que outras espécies cresçam e se integrem a

ela. Qualquer parede pode se tornar um potencial receptáculo da natureza com essa

tecnologia, uma casca protetora”, diz Beckett.

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Acordo de Paris fecha ciclo iniciado na Eco-92, mas ainda precisa ser

ratificado

O primeiro acordo global sobre clima, aprovado no dia 12 de dezembro na 21ª

Conferência das Partes (COP21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre

Mudanças Climáticas, em Paris, encerrou um ciclo iniciado na Eco-92 – a Conferência

das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, quando foi estabelecida

essa convenção. O acordo entra em vigor em 2020, mas, para passar a valer, precisa

ser ratificado, até 22 de abril de 2016, por pelos menos 55 países responsáveis por

55% das emissões de gases de efeito estufa.

“Ele é legalmente vinculante, não é mera declaração política e cada país vai ratificar. O

grande perigo seria os grandes emissores não ratificarem: China, Estados Unidos e

União Europeia. A chance dos Estados Unidos não ratificarem existe por causa da força

republicana [Partido Republicano] no Congresso daquele país”, disse o

superintendente de Políticas Públicas e Relações Externas do WWF-Brasil, Henrique

Lian.

O novo acordo substitui o Protocolo de Quioto e, para o secretário de Mudanças

Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Klink, ele

será ratificado porque foi muito discutido em Paris e todos os países foram

contemplados. “Paris foi essa virada, para nós e para essas gerações que vêm por aí.

Aqui a coisa ficou mais integrada e esses espírito não vamos perder. É uma conjunção

e, além disso, tem a sociedade cobrando”, disse.

Entretanto, segundo Klink, as metas de redução de emissões não são legalmente

vinculantes, porque muitos países têm dificuldades. “No caso dos Estados Unidos, se

isso vincula, o Congresso não iria aprovar, faz parte da negociação. Na parte vinculante

estão as contribuições individuais, a questão de transparência, a relatoria e a questão

de não voltar atrás. Isso foi um avanço espetacular”, disse o secretário.

A COP21 foi considerada um sucesso pela maioria dos participantes e o texto do

Acordo de Paris, apesar de algumas fragilidades, foi considerado como muito bom,

entendendo que foi uma negociação multilateral entre todos os membros da

convenção: 195 países e a União Europeia. O objetivo é reduzir as emissões de gases

de efeito estufa e manter o aumento da temperatura média global abaixo de 2 graus

Celsius (ºC) em relação aos níveis pré-industriais, garantir esforços para limitar o

aumento da temperatura a 1,5ºC. Assim, de acordo com os especialistas, será possível

frear o aquecimento global e combater os efeitos das mudanças climáticas.

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O superintendente do WWF-Brasil explica que a COP21 foi bem preparada e

conduzida, porque os países apresentaram antes suas Contribuições Nacionalmente

Determinadas Pretendidas (INDCs) e as negociações já partiram de uma proposta de

acordo. Além disso, foi aplicada uma metodologia de colocar todos à mesa de

negociação.

Entre os pontos positivos do acordo, Lian cita a meta de a temperatura do planeta ficar

abaixo de 2ºC, o compromisso de estender o financiamento de US$ 100 bilhões até

2025, o estabelecimento de uma revisão periódica das metas, a cada cinco anos, e a

incorporação de perdas e danos, uma compensação para os países pobres mais

afetados por mudanças do clima.

Por outro lado, para o especialista, o acordo é fraco quanto ao pico das emissões de

gases de efeito estufa e quando não prevê como será o financiamento a partir de

2025. “Se somar a ambição das INDCs, já se sabe que o pico das emissões não será

atingido antes de 2030 e pode ir bem a frente disso. Por último, perdas e danos entrou

no texto, mas não diz quem contribui e com quanto contribui”, afrimou. “Mas aquilo

que não resolveu, abriu caminho para resolver”, acrescentou.

A contribuição brasileira – Lian também elogiou a INDC brasileira. “É infinitamente

superior ao de grandes emissores. A diferença é que a nossa mudança de processo

produtivo em direção a uma economia de baixo carbono é mais barata e competitiva

que dos grandes emissores. Nós não temos que mudar processos de base industrial,

que tem um custo enorme, temos que mudar processos de extração e de agricultura. A

base da nossa economia é de commodities e alimentos, nós vamos mais e melhor com

menos água e energia, aumentamos a produtividade e o retorno do custo no longo

prazo é maior que a mudança de uma produção de base industrial”, explicou.

Para o superintendente de Políticas Públicas e Relações Externas do WWF-Brasil, o

momento é de pressionar a fim de que aquilo que foi acordado seja cumprido. “A

economia fóssil tradicional já mostrou seu fracasso, temos novos ativos, como

insolação, biomassa, biodiversidade. O Brasil ainda não transformou sua vantagem

comparativa em vantagem competitiva”, disse Lian.

Segundo ele, a sociedade não está preparada, entretanto, os consumidores e

investidores são atores chaves nesse processo. “É mais rápido trabalhar com os

investidores. Esse acordo globaliza a responsabilidade, dá um sinal positivo para as

boas empresas e elas querem essa segurança jurídica de que podem investir. Já o

consumidor precisa de conscientização, o que, a meu ver, está andando com muita

lentidão”, afirmou.

Já o secretário Carlos Klink entende que houve uma construção forte da INDC do Brasil,

com níveis de decisão política, empresarial, da academia e sociedade civil. “A

construção está muito bem resguardada de capacidade de engajamento e resposta. [O

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acordo] está mexendo com a maneira que pensamos progresso, desenvolvimento,

tecnologia e financiamento, deixou de ser projeto demonstrativo”, disse.

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Cantareira precisa de 0,3 ponto percentual para sair do volume morto

O nível de água do Sistema Cantareira registrou elevação nesta terça-feira (29),

passando de 28,6% para 29%. O reservatório precisa de apenas mais 0,3 ponto

percentual da sua capacidade para sair do volume morto e entrar no volume útil. As

informações são da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

(Sabesp).

No total do mês, as represas receberam 252,8 mm de chuva, volume maior do que a

média registrada para o mês, que é de 219,4 mm . O sistema abastece 5,3 milhões de

pessoas na Grande São Paulo e vive uma crise hídrica que se arrasta há quase dois

anos. O sistema ainda opera no volume morto.

Outros três sistemas que abastecem a Grande São Paulo também tiveram alta.

O índice de 29% do Cantareira desta segunda considera o volume acumulado em

relação ao volume útil. Após ação do Ministério Público (MP), aceita pela Justiça, a

companhia passou a divulgar outros dois índices para o Sistema Cantareira.

O segundo índice leva em consideração a conta do volume armazenado pelo volume

total de água do Cantareira e era de 22,4%. O terceiro índice leva em consideração o

volume armazenado menos o volume da reserva técnica pelo volume útil e era de -

0,3% na manhã de terça-feira.

No mês passado, o sistema registrou 197,6 milímetros de chuva, 23,1% acima da

média histórica, de 160,4 mm. O volume fica atrás apenas do verificado em 2009,

quando a precipitação total no conjunto de represas, considerando os 30 dias do mês,

foi de 237,6 milímetros.

Balanço de primavera – O Sistema Cantareira teve o dobro de chuva nesta primavera

em relação à mesma estação do ano de 2014, segundo levantamento do G1 feito com

base nos dados divulgados diariamente pela Sabesp. A estação, que começou em 23

de setembro, terminou às 2h48 da terça-feira (22). Foi também a primavera com maior

volume de água acumulado desde 2009.

O manancial recebeu 527,2 milímetros de chuva no período, maior marca dos últimos

seis anos. A precipitação é 100% maior que a do inverno do ano passado, quando

choveram 236,1 mm, mas muito menor que a marca de sete anos atrás: 755,9 mm, em

2009.

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As chuvas na primavera seguiram o ritmo de precipitações demonstrados no inverno.

A estação do frio também foi a mais chuvosa desde 2009.