UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
INSTALAÇÕES PREDIAIS
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS
ATMOSFÉRICAS
ADRIEL CARLOS BATISTA DOS SANTOS
ÍTALO HARRY CUNHA CHITLAL
RICARDO DE MELO ROCHA
Boa Vista – RR
2010
ADRIEL CARLOS BATISTA DOS SANTOS
ÍTALO HARRY CUNHA CHITLAL
RICARDO DE MELO ROCHA
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS
ATMOSFÉRICAS
Projeto de sistema de proteção contra
descargas atmosféricas apresentado à
Professora Draª Ofélia de Lira Carneiro
Silva, da disciplina de Instalações Prediais.
Boa Vista – RR
2010
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA – UFRR
DISCIPLINA: INSTALAÇÕES PREDIAIS
PROJETO: SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
CALCULISTAS: ADRIEL CARLOS, ÍTALO HARRY, RICARDO ROCHA
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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 2
2. JUSTIFICATIVA ................................................................................................................ 3
3. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................... 4
4. MEMORIAL DESCRITIVO E DE CÁLCULO ............................................................... 10
5. CADERNO DE ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS ........................................................... 13
6. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 15
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 16
ANEXOS .................................................................................................................................. 17
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DISCIPLINA: INSTALAÇÕES PREDIAIS
PROJETO: SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
CALCULISTAS: ADRIEL CARLOS, ÍTALO HARRY, RICARDO ROCHA
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1. INTRODUÇÃO
A descarga elétrica atmosférica (raio) é um fenômeno da natureza absolutamente
imprevisível e aleatório, tanto em relação às suas características elétricas (intensidade de
corrente, tempo de duração, etc), como em relação aos efeitos destruidores decorrentes de
sua incidência sobre as edificações. Mediante a isso, o sistema de proteção contra
descargas atmosféricas se torna imprescindível, pois além de minimizar danos estruturais e
danos a rede elétrica, o mesmo –quando corretamente dimensionado- guarda vidas.
Um SPDA não impede a ocorrência das descargas atmosféricas;
Um SPDA projetado e instalado conforme norma não pode assegurar a proteção
absoluta de uma estrutura, pessoas ou objetos, entretanto reduz os riscos de danos;
O tipo e o posicionamento do SPDA devem ser estudados no projeto da edificação
para máximo proveito dos elementos condutores da estrutura.
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2. JUSTIFICATIVA
O sistema de proteção contra descargas atmosféricas é justificável para um edifício,
pois quando tal sistema é corretamente instalado, reduz consideravelmente os perigos e
riscos de danos, pois pode captar os raios que iriam –fatalmente- cair nas proximidades de
sua instalação, proporcionando um caminho seguro e de baixa resistência ao escoamento
das correntes elétricas das descargas atmosféricas.
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3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1. Terminologia
1. Descarga atmosférica: Descarga elétrica de origem atmosférica entre uma nuvem e a
terra ou entre nuvens, consistindo em um ou mais impulsos de vários quiloampères.
2. Raio: Um dos impulsos elétricos de uma descarga atmosférica para a terra.
3. Ponto de impacto: Ponto onde uma descarga atmosférica atinge a terra, uma estrutura
ou o sistema de proteção contra descargas atmosféricas.
4. Volume a proteger: Volume de uma estrutura ou de uma região que requer proteção
contra os efeitos das descargas atmosféricas conforme a Norma NBR 5419:2001.
5. Sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA): Sistema completo
destinado a proteger uma estrutura contra os efeitos das descargas atmosféricas. É
composto de um sistema externo e de um sistema interno de proteção.
6. Sistema externo de proteção contra descargas atmosféricas: Sistema que consiste em
subsistema de captores, subsistema de condutores de descida e subsistema de
aterramento.
7. Sistema interno de proteção contra descargas atmosféricas: Conjunto de dispositivos
que reduzem os efeitos elétricos e magnéticos da corrente de descarga atmosférica
dentro do volume a proteger.
8. Ligação eqüipotencial: Ligação entre o SPDA e as instalações metálicas, destinada a
reduzir as diferenças de potencial causadas pela corrente de descarga atmosférica.
9. Subsistema captor (ou simplesmente captor): Parte do SPDA externo destinada a
interceptar as descargas atmosféricas.
10. Subsistema de descida: Parte do SPDA externo destinada a conduzir a corrente de
descarga atmosférica desde o subsistema captor até o subsistema de aterramento. Este
elemento pode também estar embutido na estrutura.
11. Subsistema de aterramento: Parte do SPDA externo destinada a conduzir e a dispersar
a corrente de descarga atmosférica na terra. Este elemento pode também estar
embutido na estrutura.
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12. Eletrodo de aterramento: Elemento ou conjunto de elementos do subsistema de
aterramento que assegura o contato elétrico com o solo e dispersa a corrente de
descarga atmosférica na terra.
13. Eletrodo de aterramento em anel: Eletrodo de aterramento formando um anel fechado
em volta da estrutura.
14. Eletrodo de aterramento de fundação: Eletrodo de aterramento embutido nas
fundações da estrutura.
15. Resistência de aterramento de um eletrodo: relação entre a tensão medida entre o
eletrodo e o terraremotoea corrente injetada no eletrodo.
16. Tensão de eletrodo de aterramento: Diferença depotencial entre o eletro do de
aterramento considerado e o terra de referência.
17. Terra de referência (de um eletrodo de aterramento): Região na terra, suficientemente
afastada do eletrodo considerado, na qual a diferença de potencial entre dois pontos
quaisquer, causada pela corrente nesse eletrodo, é desprezível.
18. Componente natural de um SPDA: Componente da estrutura que desempenha uma
função de proteção contra descargas atmosféricas, mas não é instalado especificamente
para este fim.
19. Instalações metálicas: Elementos metálicos situados no volume a proteger, que podem
constituir um trajeto da corrente de descarga atmosférica, tais como estruturas,
tubulações, escadas, trilhos de elevadores, dutos de ventilação e ar-condicionado e
armaduras de aço interligadas.
20. Massa (de um equipamento ou instalação): Conjunto das partes metálicas não
destinadas a conduzir corrente, eletricamente interligadas, e isoladas das partes vivas,
tais como invólucros de equipamentos elétricos.
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21. Ligação eqüipotencial (LEP ou TAP): Barra condutora onde se interligam ao SPDA as
instalações metálicas, as massas e os sistemas elétricos de potência e de sinal.
22. Condutor de ligação eqüipotencial: Condutor de proteção que assegura uma ligação
eqüipotencial.
23. Armaduras de aço (interligadas): Armaduras de aço embutidas numa estrutura de
concreto, que asseguram continuidade elétrica para as correntes de descarga
atmosférica.
24. Centelhamento perigoso: Descarga elétrica inadmissível, no interior ou na
proximidade do volume a proteger, provocada pela corrente de descarga atmosférica.
25. Distância de segurança: Distância mínima entre dois elementos condutores no interior
do volume a proteger, que impede o centelhamento perigoso entre eles.
26. Dispositivo de proteção contra surtos - DPS: Dispositivo que é destinado a limitar
sobretensões transitórias.
27. Conexão de medição: Conexão instalada de modo a facilitar os ensaios e medições
elétricas dos componentes de um SPDA.
28. SPDA externo isolado do volume a proteger: SPDA no qual os subsistemas de
captores e os condutores de descida são instalados suficientemente afastados do
volume a proteger, de modo a reduzir a probabilidade de centelhamento perigoso.
29. SPDA externo não isolado do volume a proteger: SPDA no qual os subsistemas de
captores e de descida são instalados de modo que o trajeto da corrente de descarga
atmosférica pode estar em contato com o volume a proteger.
30. Estruturas comuns: Estruturas utilizadas para fins comerciais, industriais, agrícolas,
administrativos ou residenciais.
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31. Nível de proteção: Termo de classificação de um SPDA que denota sua eficiência.
Este termo expressa a probabilidade com a qual um SPDA protege um volume contra
os efeitos das descargas atmosféricas.
32. Risco de danos: Expectativa de danos anuais médios (de pessoas e bens), resultantes
de descargas atmosféricas sobre uma estrutura.
33. Freqüência de descargas atmosféricas (Nd): Freqüência média anual previsível de
descargas atmosféricas sobre uma estrutura.
34. Freqüência admissível de danos (Nc): Freqüência média anual previsível de danos, que
pode ser tolerada por uma estrutura.
35. Eficiência de intercepção (Ei): Relação entre a freqüência média anual de descargas
atmosféricas interceptadas pelos captores e a freqüência (Nd) sobre a estrutura.
36. Eficiência de dimensionamento (Es): Relação entre a freqüência média anual de
descargas atmosféricas interceptadas sem causar danos à estrutura e a freqüência (Nd)
sobre a estrutura.
37. Eficiência de um SPDA (E): Relação entre a freqüência média anual de descargas
atmosféricas que não causam danos, interceptadas ou não pelo SPDA, e a freqüência
(Nd) sobre a estrutura.
38. Condutor de aterramento: Condutor que interliga um eletrodo de aterramento a um
elemento condutor não enterrado, que pode ser uma descida de pára-raios, o LEP/TAP
ou qualquer estrutura metálica.
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3.2. Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas
3.2.1. Pára-raio tipo Franklin
Consiste em uma haste captora em forma de ponta que é fixada em mastros elevados, à
qual é ligado um ou mais cabos de descida que se interligam ao eletrodo de aterramento,
proporcionando o caminho de escoamento da descarga. É o método universalmente aceito,
bastante usual em proteção de edifícios.
3.2.2. Gaiola de Faraday
Utiliza como captores, condutores instalados em malha de formato quadricular,
convenientemente fixados de forma a envolver toda a estrutura a ser protegida,
proporcionando um campo magnético nulo em seu interior. Oferece uma proteção total,
porém devido ao seu alto custo, tem maior utilização em instalações de grande
responsabilidade e elevado grau de risco.
3.3. Componentes do sistema de proteção contra descargas
atmosféricas
3.3.1. Captores
Têm a função de receber os raios , reduzindo ao Maximo a probabilidade da estrutura
ser atingida diretamente por eles e deve ter a capacidade térmica e mecânica suficiente para
suportar o calor gerado no ponto de impacto, bem como os esforços eletromecânicos
resultantes. A corrosão pelos agentes atmosféricos também deve ser levada em conta no
seu dimensionamento, de acordo com o nível de poluição e o tipo de poluente da região.
3.3.2. Descidas
Tem a função de conduzir a corrente do raio recebida pelos captores ate o aterramento,
reduzindo ao mínimo a probabilidade de descargas laterais e de campos eletromagnéticos
perigosos no interior da estrutura; deve ter ainda capacidade térmica suficiente para
suportar o aquecimento produzido pela passagem da corrente, resistência mecânica para
suportar os esforços eletromecânicos e boa suportabilidade a corrosão.
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3.3.3. Aterramento
Tem a função de dispersar no solo a corrente recebida dos condutores de descida,
reduzindo ao mínimo a probabilidade de tensões de toque e de passo perigosas; deve ter
capacidade térmica suficiente para suportar o aquecimento produzido pela passagem da
corrente e , principalmente, devem resistir a corrosão pelos agentes agressivos encontrados
nos diversos tipos de solos.
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4. MEMORIAL DESCRITIVO E DE CÁLCULO
4.1. Nível de proteção
Inicialmente, faz-se necessário classificarmos o nosso edifício conforme um dos níveis
de proteção. Segundo a Norma NBR 5419:1993 (Tabela B.6) e LIMA FILHO (2004), o
nosso edifício, que é comercial, necessita um nível de proteção II, que corresponde a uma
eficiência de 95% de proteção.
4.2. Tipo de SPDA e localização do Captor
O sistema de proteção utilizado será um pára-raios tipo Franklin, instalado em haste
metálica (eletrodo de aço de 4,50 metros de comprimento) fixada no ponto central da laje
superior da caixa d’água do edifício.
4.3. Zona de proteção
O volume protegido pelo pára-raios é considerado a zona de proteção e deve abranger
toda a estrutura. O raio que cair em qualquer ponto deste volume, o pára-raios será o
caminho preferido por ele. A zona de proteção do pára-raios tipo Franklin é um cone. O
vértice do cone é a ponta do captor e o ângulo de inclinação é o ângulo de proteção
definido em função da altura do captor ao solo e do grau de proteção da estrutura.
4.4. Captores
A adequada instalação de captores reduz consideravelmente a probabilidade de
penetração de uma descarga atmosférica no volume protegido. Os captores são constituídos
por:
a. Hastes;
b. Cabos esticados;
c. Condutores em malha;
d. Elementos naturais.
Desnível entre o topo dos captores e o solo:
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Desnível entre o topo dos captores e a superfície a ser protegida:
O nível de proteção da estrutura é II e a altura está entre 0 e 20 m, dessa forma, o ângulo
de proteção ( ), conforme tabela 1 da Norma NBR 5419:1993, será:
A tabela também nos fornece a largura do módulo da malha, encontramos: 10 m.
Com os dados obtidos anteriormente é possível calcular o raio de proteção de uma
haste:
Conforme verificação em planta e cortes da edificação, para que toda estrutura fique
protegida serão utilizados:
12 captores de cobre com seção de 35 mm².
4.5. Condutores de descida
O perímetro (P) da edificação -conforme verificação em planta- é de:
Segundo a Norma NBR 5419:1993 (Tabela 2) e LIMA FILHO (2004), o espaçamento
médio dos condutores de descida para o nível de proteção II é de 15 metros.
Dessa forma o número de condutores de descida é de:
Serão utilizados 8 condutores de descida de cobre com seção nominal de 35 mm².
4.6. Eletrodos de aterramento
Os eletrodos de aterramento são utilizados em cada descida, interligando o ponto de
medição a um conjunto de três hastes de aterramento de cobre 3/4” x 3,00 metros. Os
eletrodos de aterramento serão interligados entre si e com o terminal de aterramento
principal da instalação elétrica por um condutor de equipotencialidade.
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Serão utilizados 8 eletrodos de aterramento de cobre com seção nominal de 50 mm².
O condutor de equipotencialidade também será de cobre, com seção nominal de 50
mm².
Obs.: As seções dos captores, dos condutores de descida e dos eletrodos de
aterramento respeitaram as seções mínimas dos materiais do SPDA (Tabela 3 da Norma
NBR 5419).
Obs.: Nos anexos, será apresentado em planta e em corte o posicionamento dos
componentes do SPDA.
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5. CADERNO DE ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
5.1. Subsistema de captores
a. O SPDA utilizado no projeto não é isolado do volume a proteger, o subsistema
captor pôde ser instalado diretamente sobre o teto, pois a corrente de descarga não
pode causar qualquer dano à estrutura;
b. No topo da estrutura, foi instalado um captor em forma de anel, disposto ao longo de
todo perímetro. Este captor ficou situado a 0,5 m da borda do perímetro superior da
edificação.
5.2. Condutores de descida
a. O dimensionamento foi realizado de modo que os condutores de descida suportem
térmica e mecanicamente as correntes e os respectivos esforços dinâmicos;
b. O dimensionamento foi realizado de modo que não hajam descargas laterais;
c. O dimensionamento foi realizado de forma que não haja risco para as pessoas
próximas;
d. O dimensionamento foi realizado para que os condutores de descida suportem o
impacto dos raios;
e. Os materiais usados são resistentes às intempéries e a corrosão;
f. Os condutores de descida são espaçados regularmente em todo o perímetro. Com
descidas nas quinas da estrutura;
g. Os condutores de descida serão instalados na superfície da parede, pois a mesma não
é combustível;
h. Os condutores de descida serão retilíneos e verticais, de modo a prover o caminho
mais curto e direto para a terra. Foram evitadas as curvas fechadas;
i. Os condutores de descida serão instalados respeitando uma distancia mínima de 0,5
m de portas, janelas e outras aberturas.
j. Os cabos de descida serão protegidos contra danos mecânicos até 2,5 m do solo.
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k. Foi evitada a proximidade e o paralelismo das descidas do SPDA com os circuitos
das instalações elétricas, comunicações, gás.
5.3. Aterramento
a. A resistência de aterramento em nenhuma época do ano será superior a 10Ω;
b. Os eletrodos de aterramento serão interligados entre si, e com o terminal de
aterramento principal da instalação elétrica, através de condutores de
equipotencialidade;
c. Como eletrodos de aterramento, serão utilizadas hastes verticais;
d. O comprimento dos eletrodos de aterramento será de 5 metros;
e. Os eletrodos de aterramento serão instalados a uma profundidade de 0,50 metros e a
uma distância de 1 metro das fundações da estrutura;
f. As hastes de aterramento quando instaladas em paralelo serão espaçadas entre si por
uma distância não inferior a sua profundidade de cravação.
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6. CONCLUSÃO
O sistema de proteção contra descargas atmosféricas é de extrema relevância para um
edifício, pois é através de tal sistema que podemos proteger uma estrutura de raios, porém
–infelizmente- a proteção não é total, mas pode ser bastante satisfatória.
Com a elaboração do presente projeto podemos aprender como dimensionarmos o
sistema de proteção contra descargas atmosféricas para a nossa edificação, obviamente,
somando-se com as explanações da professora Ofélia e das bibliografias consultadas.
O cálculo do sistema se deu de forma bastante prática, não demandando maiores
transtornos durante a elaboração do projeto.
Vale ressaltar que a elaboração desse projeto foi extremamente gratificante para nós,
pois nunca estamos satisfeitos em se tratando de obtenção de conhecimentos, queremos
sempre mais, principalmente, quando conseguimos perceber a importância dos projetos
que desenvolvemos, fato que ocorreu no presente projeto.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 5419 –
Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas, Rio de Janeiro: 2001.
Notas de aula da professora Drª. Ofélia de Lira Carneiro Silva da disciplina Instalações
Prediais.
CREDER, H. Instalações elétricas. Editora: Livros Técnicos e Científicos (LTC). 6ª
edição: 2004.
LIMA FILHO, D. L. Projetos de instalações elétricas prediais. Editora: Érica. 10ª edição.
São Paulo: 1997.
Knebel, A. J. SPDA. PDF. Junho de 2007.
Bohn. A. R. Projeto de sistema de proteção contra descargas atmosféricas. Universidade
federal de Santa Catarina. Departamento de Engenharia Civil.
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ANEXOS