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DJ GLUEALMADA

O GIG PERFEITO

“MUDA PORQUE QUEREM QUE MUDES”

COFFEE BREAK

06142430

RUI MURKA

DINO

VANESSA OLIVEIRA& NUNO EIRÓ

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“É muito melhor arriscar coisa gran-diosas, alcançar triunfos e glórias,mesmo expondo-se a derrota, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota.”Theodore Roosevelt

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capaMarkus [email protected]

#002 Maio 2009Revista Gratuita de Música, Festas, Eventos e Conteúdos SPIN

SPIN - Hino ao Talento UnipessoalNIF: 508 485 410

SPIN ManagementRua José Elias Garcianº611 2Dto2775-218 Parede, Portugal

00351 913 382 56900351 214 454 386

João [email protected]

João [email protected]

Dj Glue myspace.com/glue2099Mike Stellar myspace.com/mikestellarDj Kwan myspace.com/deejaykwanRui Murka myspace.com/ruimurkaDj Maskarilha myspace.com/djmaskarilhaButterfliesoul Flow myspace.com/butterfliesoulflowVirgulDino Soul myspace.com/dinosoulInvaders myspace.com/invaders_dubVanessa OliveiraKamala myspace.com/kamalathedj

Markus Ley [email protected]

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Copyright (c) 2009 SPIN

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direçãode arte

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editorial

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capa

dj glue virgul

mike stellar dino

dj kwan invaders

dj maskarilha vanessa oliveira & nuno eiró

rui murka agenda spin

butterfliesoul flow kamala

almada number one

ipod “mudas porque

digital vs analógico chat room@spin

my people coffee break

o gig perfeito

o concerto 1º aniv. spin

editorial índice

06 220810 26

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querem que mudes”24

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myspace.com/glue2099

almada

dj glue

home sweet home

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Decidi escrever sobre a minha ci-dade, Almada! Acho que poucas são as pessoas que gostam muito da cidade onde vivem, ou pelo menos que gostem tanto como eu gosto de viver em Almada. Vivo em Almada desde pequenino, foi e continua a ser a cidade que me en-sinou a gostar da rua, de estar na rua e disfrutar da rua. Posso parecer meio louco a falar desta maneira mas a verdade é que tenho mesmo orgulho em ser de Almada. Não sei se será fácil de compreender esta “fixação”, mas sempre foi uma cidade com muita cultura. Falando agora no campo da música, é uma cidade com um historial de bandas incrível e isso foi uma das coisas que me ensinou a gostar ainda mais de música. Tive

uma banda de hardcore quando em Almada a cena do hardcore es-tava em força e este percurso acho que não teria sido possível noutro sítio senão aqui.Fora do campo musical sempre conheci aqui um grande número de pessoas ligadas às mais variadas áreas, nomeadamente nas artes, no desporto, etc... Pessoas que nessas mesmas áreas se destacam no panorama nacional e internacio-nal, pessoas essas que me fizeram enriquecer como pessoa. Acho que ainda posso falar muito mais sobre a minha cidade, sobre o que faço nela e as coisas intressantes que cá acontecem, mas vai ficar para uma próxima edição (ahah). Não sou muito bom a expressar-me por palavras, deixo isso para o Kwan

que ele gosta de escrever... Só uma curiosidade, no proximo mês o cristo rei faz 50 anos ,

Parabens Almada e obrigado!

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MENU

myspace.com/mikestellarmike stellaro iPod de

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Pajaro Sunrise

Toquinho & Vinicius

Quantic y Su Combo Bárbaro

The Invisible

Peder

Michael Nyman

Stonephace

Mulatu Astatke

Detroit Escalato

Portico Quartet

Detroit Blue

Kruder&Dormfmeister

Martyn

Jamie Woon

Menahan Street Band

Essa MEnina

TradiTion in TransiTion

ThE invisiblE

and hE JusT PoinTEd To ThE sky...

drowning by nuMbErs

sTonEPhacE

Tuga booTlEg rMxs

313

caras chrisTMas crackErs

giPsy brEw

aikon

grEaT lEnghTs

Tudo

MakE ThE road by walking

Lovemonk 2009Done/Undone

Aczid Keep Dancing16 Bit ToxicPiston Kawaii Girl6 Blocc Haile Selassie I RemixCybass Japonica

Gosto de canções. Gosto de Folk. É um disco quente que me tem acompan-hado este ano (apesar de só ser lançado em Portugal em Junho). Em casa com um chá, no ipod num dia de chuva ou bem alto na varanda num dia de sol. Dá para tudo! Recomendo...

Seleção Maio2009

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djkwan

myspace.com/deejaykwan

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digital

“serato scratch live” é um sofware que permite queum dj toque ficheiros de música em formato mp3 ewave como se fosse um disco de vinil

Já perdi algum tempo a pensar no tema cada vez mais recorrente do Serato vs Vinil, ou Digital vs Analógico, se preferirem. Aliás já perdi bastante tempo! Inicialmente era muito céptico em relação ao uso de tecnologias digitais no dee-jaying. É claro que já tinha visto o Afrika Bambaataa a usar o Final Scratch, uma primeira versão do Serato Scratch Live, da Rane, e já tinha perdido algum do cepticismo. Afinal ele é só um dos padrinhos da cultura Hip-Hop! Na altura três as-pectos levaram-me a não optar por essa ferramenta digital: Em primei-ro lugar, essa primeira versão tinha algumas limitações no manuse-amento do disco e essencialmente no que ao scratch diz respeito - calhou cócó, como diz o outro. Em segundo lugar, achei que o som era inferior e em terceiro que o seu uso só se justificava para os dj´s que viajavam bastante para fora do seu país. O constante carregar de “crates” de vinil para aqui e para ali pode tornar-se muito cansativo, já para não falar nos valores exorbi-tantes de uma coisa que se chama excesso de bagagem - umas das expressões mais temidas para os dj´s que viajam de avião e emigran-tes a voltar para França por meios aéreos, cheios de presuntos e gar-rafas de azeite está claro. Hoje em dia tornou-se mais simples para os dj´s, uma vez que podemos ter par-te da nossa colecção de discos (ou mesmo toda dependendo das col-ecções) dentro do portátil. Antes de mais é preciso explicar como isto se tornou possível, ou seja, explicar

afinal o que é isto do Serato e do digital.Partindo do princípio que o carís-simo leitor está familiarizado com o uso do vinil, que é como quem diz dos discos, por parte dos dj´s, este software permite tocar fichei-ros de música em formato mp3 e wave como se fosse um disco de vinil. Basta termos um laptop, de preferência com uma boa memória, bom processador e disco rígido com muito espaço livre, instalar-mos o software Serato Scratch Live e ligarmos os gira-discos (ou cd´s, porque isto também funciona para cd´s), laptop e mesa de mis-tura à caixa do Serato. O software todos podem obtê-lo através de download, mas o que realmente in-teressa aqui é a caixinha onde liga-mos tudo, que não é mais que um interface com uma placa de som. Não querendo entrar por campos demasiado técnicos, basta dizer que temos 2 discos que se asse-melham a discos de vinil mas que não têm informação, não têm nada gravado, têm apenas time codes, permitindo tocar os mp3 ou waves que nos chegam aos ditos discos através da caixa. Essa caixa, por sua vez, está ligada à nossa mesa de mistura e assim podemos tocar e manusear ficheiros de música em formato mp3 ou wave como se fosse um disco de vinil. Para mim é importantíssimo que assim seja, que mantenha alguma relação com o vinil, caso contrário seria o mesmo que tocar cd´s, e isso não me interessa. Há que dizer tam-bém que existem outros softwares

que fazem o mesmo, como o Trak-tor Pro, com algumas diferenças é certo.

digital vs

R L

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R L

“vantagens do serato scratch live” o dj torna-semuito mais versátil, tendo em conta a constantedinâmica e utilização de um computador

vs analógicoPara além de poder tocar estes formatos como se fossem vinil, as vantagens de usar o Scratch Live são imensas: Conseguimos to-car muito mais músicas no nosso set, o que com vinil exigiria que levássemos infindáveis sacos com discos; Graças aos cues (utiliza-mos os botões dos F´s do laptop) conseguimos aceder aos temas de forma mais rápida e mais fácil do que se estivéssemos a tirar os discos das capas e mesmo a procurar as capas; Conseguimos juntar temas em diferentes pastas (os crates) tendo assim diferen-tes sets para diferentes situações; Temos a possibilidade de tocar as nossas remisturas, temas que não foram editados em vinil, acapellas ou temas acabadinhos de produzir sem termos que prensar vinil - para quem faz scratch numa banda, por exemplo, isto é importantíssimo; O acesso às novidades é também mais rápido, graças aos vários sites on-line onde podemos com-prar temas em mp3; A vantagem mais óbvia é a monetária, uma vez que poupamos muito dinheiro ao comprar em mp3 e não em vinil. No fundo estamos a falar de mais fácil, mais rápido, menos dispen-dioso, e se usarmos bem o tempo que ganhamos com esta ferramen-ta podemos enriquecer os nos-sos sets com outros elementos e podemos também falar em melhor! Como em quase tudo, também há desvantagens: A qualidade de som é inferior à do vinil, e isto é discutív-el, mas é a minha opinião; Podem ocorrer problemas com o software,

com o laptop ou com a caixa e al-guns são mesmo graves quando estamos a tocar para um club cheio!; A pior desvantagem é que corremos o risco de deixar de com-prar vinil e podemos perder o gosto pelo crate digging, pela procura do vinil. Tenho tentado não me deixar cair nesta “armadilha” do Serato e continuo a comprar vinil porque há que perpetuar a tradição e não deixar morrer as rodelas pretas que tanto me deram e dão. Tam-bém continuo a tocar vinil, porque é possível tocar ambos com este software. A diferença é que actual-mente compro os discos que gosto mesmo sem a preocupação de os poder tocar na pista ou não.Como em tudo na vida há que co-locar na balança as vantagens e desvantagens e tirar as devidas conclusões. Eu concluí que as van-tagens são maiores e por isso aderi a este software, mas o conselho que deixo para quem se está a ini-ciar no deejaying é: comecem por tocar vinil, vão procura-lo às lojas de discos, feiras das velharias, lojas da Remar ou Cash & Carry e perce-bam de onde as coisas evoluíram, sintam a cultura do vinil e sintam o vinil como algo frágil e precioso, e não descartável e comum como um mp3. É que correm o risco de percepcionar a música da mesma forma, como algo comum e des-cartável se não o fizerem. Depois, e gradualmente, façam a transição para o formato digital e as coisas farão mais sentido. Comigo resul-tou! Go and Spin!

vs analógico

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“vantagens do serato scratch live” o dj torna-semuito mais versátil, tendo em conta a constantedinâmica e utilização de um computador

vs analógico vs analógico

maiosábaadoquinta

MIGUEL

CIARA

SEMANAACADÉMICA

SETÚBAL

ANIVERSÁRIO

APRESENTAÇÃO NOVO ÁLBUM

PARADISE GARAGE

GALÃO

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“as pessoas dançavam sem preocupações.

Rui Murka

rui murkaogigperfeitode

não importava o que vestiam. não importava

quem estava a seu lado”

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rui murka

Surgiu de forma inesperada o con-vite para aquela que viria a ser a minha actuação mais marcante. Um mês antes do evento uma produtora resolveu organizar uma festa de regresso de férias. O ob-jectivo era reunir vários djs portu-gueses de diversos estilos numa maratona de 16 horas. Das 2 da tarde às 6 da manhã. As pessoas dançavam sem preocupações. Não importava o que vestiam. Não im-portava quem estava a seu lado.Não importava se era horas de ir para outro local. E sobretudo não se preocupavam com o dj.Os djs actuavam num palco veda-do por uma cortina translúcida. O único interesse era a música.

Os djs alternavam sem nenhuma ordem específica e as pessoas re-agiam aos diversos estímulos so-noros.

As condições de trabalho eram simples, mas perfeitas. O P.A. tinha a qualidade ideal para o espaço.Os pratos, leitores de cd, mesa de mistura e a monição não falharam uma única vez. As pessoas que trabalhavam na organização, nos bares e na segurança mostravam sempre um sorriso.

A festa ocorreu em Setembro de 2014. Ainda era Verão e real-izou-se na praia.

Do alinhamento faziam parte Afon-so Macedo, António Alves, Anto-ny Millard, Bruno Safara, Dj Al, Dj Dinís, Dj Ride, Gonçalo Siopa, Dj Johnny, John Waynes, Kamala, Kaspar, João Maria, Magazino, Mr Cheeks, Pedro Ricciardi, Pe-dro Tenreiro, Rui Murka, Rui Var-gas, Social Disco Club, Stereo Adiction, Tiago Miranda, Zé Pe-dro Moura e Yen Sung.

myspace.com/

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MSKRLH

MYSPACE.COM/DJMASKARILHA

MYPEOPLEDJ MASKARILHA

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PART 1“uma crónica de protesto sobre o panorama que vivemos neste momento”

Olá a todos aqueles que acompanham esta maravilhosa fanzine ou pequena magazine. Antes de mais peço des-culpa pela linguagem, mas gosto de escrever de uma forma clara, não ofen-siva, e quase tão clara como a minha maneira de falar, o que por vezes poderá parecer complexa para aqueles que a compreensão da minha complex-idade não será um dom, pois todos es-ses estarão perdoados. Não leiam este texto e interpretem como uma queixa, denuncia ou lamentação, é apenas a minha directa e sincera opinião, mas de uma forma reduzida, pois teria como se diz por cá “Pano para mangas” e muitas maratonas de escrita nestas folhas de papel electrónico.Pediram-nos para escrever um texto, a mim e aos meus colegas da Spin, no meu caso o tema seria sobre o trabalho que faço com crianças e jovens mais desfavorecidos, algo que já me tinha pedido para a primeira edição, mas pa-rece que se esqueceram de me avisar

que o prazo limite para entregar esse mesmo texto seria algo como o dia a seguir, claro que não iria dar tempo. Bem mas na verdade é que não me apeteceu falar do meu lado mais so-ciável e compreensivo, e aproveito esta oportunidade para realmente escrever o

que sinto e penso, fazendo disto uma crónica de protesto sobre o panorama que vivemos neste momento, falo ob-viamente da situação deste pais, por palavras que facilmente todos nós po-deremos entender, estão cansados de ouvir que estamos em Crise, pois para falar a verdade eu também estou, não me quero focar apenas nesse tema, pois espero mais á frente poder também exprimir o meu sentimento como jovem envolvido na pintura e na música e a viver em Portugal. Falando da “Crise”, pessoalmente acho que é mais uma es-tratégia global de fazer com que as pes-soas sintam menos segurança em tudo o que elas fazem, medo de investir de agir ou até de confiarmos nas nossas capacidades ou no próximo, claro que nem tudo é bonito vendo a situação em que estão a maior parte das empresas em Portugal que simplesmente se limi-tam a abrir falência, muitos proprietári-os nem chegam a perder com isso, pois a batata quente passa para as mãos do estado que tem de achar soluções para centenas, perdão pois neste mo-mento são milhares de desempregados que se encontram no pais, ainda agora ouvi dizer que em cada uma hora que passa 3 pessoas ficam desemprega-das, o estado não pode ser ilibado ddas suas responsabilidades, visto que eles próprios conspiram para o sentimento

de insegurança que atravessamos, não tenho dúvidas que não passa de uma má gerência do mesmo. Voltando aos donos das empresas que fecham as portas , mas que daqui a 6 meses 1 ano, enquanto beneficiam das vanta-gens de fechar a mesma, voltam com outro nome mas com uma fábrica no mesmo ramo que a anterior. E os donos de grandes empresas? Esses senhores Doutores com grandes vantagens fis-cais e ligações perigosas ao Estado ou melhor, aos velhos amigos de escola e infância, que limpam a mão uns aos outros, o que não tem mal, mas é triste quando se mexe com dinheiros públi-cos que serviriam para acabar com os piores índices de “Tudo”, refiro tudo, porque quando vejo no telejornal a dizerem que Portugal é o pais com o maior índice das mais vastas e piores coisas e o menos avançados nas situa-ções que ajudariam a lançar-nos para frente, tanto na nossa mentalidade como na nossa maneira de viver e isto falo num geral, não me refiro apenas a dinheiro, esse que se diz ser menor, mas nem por isso se deixa de renovar a frota de automóveis topos de gama dos senhores ministros e altos postos políticos neste pais, que imagem vai ter na cabeça uma criança que vai para a escola com fome?? Crise??Triste é pensar, porque é que estamos sempre atrás e porque é que somos sempre os piores neste “Tudo”, até cansa, atira-me a moral abaixo, será que é esta imagem que passamos lá para fora? Somos pouco nacionalis-tas, devíamos investir no nosso produto e dizer com orgulho lá fora que fomos nós que fizemos e inventamos, fomos nós que descobrimos e ensinamos, ve-jam o nosso país vizinho, experiment-em dar um salto aqui ao lado e tentar comprar qualquer coisa, mas façam o pedido em Português para ver se eles vos entendem, é até ridículo como eles não se esforçam para entender a língua estrangeira, talvez pela segurança que têm em ser Espanhóis, mas o contrário nunca aconteceria.

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PART 1

Quando recebemos Espanhóis aqui, qualquer informação que nos pedem lá estamos nós com a nossa humil-dade a tentar ajudar, e como eles não entendem a nossa língua até palavras inventamos para nos sentirmos úteis. Falando no nosso produto, ou produ-tos, esses tais que cada vez mais são menores e qualquer dia vão estar como alguns animais na selva em via de ex-tinção. Basta entrar num supermercado e ver quantas marcas são nacionais, ou mesmo sem falar em marcas, quantos legumes ou frutas que compramos são produzidos cá?? Só falta mesmo en-tregar isto aos espanhóis e adaptarmo-nos ao galego ou ao catalão. Triste é ver os anos a passar e a lenta evolução das coisas, não é por termos telemóveis de 3ª geração e bilhetes electrónicos de metro que considero o pais avançado, e a mentalidade dos portugueses não deve evoluir?? Temas como a imigração, racismo, políticas de prevenção da criminali-dade, a educação, emprego, saúde, reforma etc. Numa lista infindável de coisas parece que paramos, por ex-emplo, preocupam-se tanto em reciclar e economizar os recursos naturais e depois quando chego a uma máquina para tirar um bilhete no metro obrigam-me a pagar por um cartão verde e no chão vejo montes de papeis brancos, ao que eles chamam comprovativos de venda, algo que para a maioria dos comuns mortais não serve para nada, mesmo que reclamem pelos seus di-reitos como já aconteceu comigo numa estação, mas dessa forma já con-seguiram nos sacar mais 0,50€ com a venda desse cartão, que provavelmente estará desmagnetizado no próximo uso daqui a uns dias, obrigando-me a com-prar outro, tudo isto com o pretexto de continuarmos a investir em câmaras de vigilância que supostamente nos “protegem” e vigiam dos assaltantes de bombas de gasolina, ourivesarias e bancos, de que tanto vocês têm medo, tudo uma estratégia sensacionalista aproveitada pelos Media que adoram alimentar-nos na televisão e jornais, a maior parte de nós consome isso como verdade, fazendo com que eles con-

trolem os nossos medos, e com muito respeito pelo trabalho dos jornalistas, mas já repararam que desde que vocês deram mais atenção á onda de roubos ás bombas de gasolina que de repente surgiram ainda mais assaltos?? Da ma-neira que são retratados na TV parece tão fácil que até uma criança pode fazê-lo. Mas e o homem de fato que rouba descaradamente? Desvia do estado, favorece sua família e amigos, vai a tri-bunal e sai ilibado?? Com milhares de euros investidos na segurança, em câmaras e companhias de vigilância, não me parecem que vá parar, pois esse dinheiro devia era ser investido na prevenção e não na res-olução do problema, aliás problema que o próprio governo ajudou a alimen-tar não dando a devida importância quando parecia grave a situação de desemprego e criminalidade que o país estava atravessar à alguns anos atrás, pois agora à que resolver as conse-quências desse desleixo, da pobreza e das necessidades básicas que muitas famílias atravessam, talvez se tivesse sido evitado não estávamos a investir cada vez mais para sermos controlados como Robots. Eu pessoalmente não penso que pôr mais policias na rua sig-nifica segurança, pois qualquer dia che-gamos ao exagero de cada 5 habitantes 1 é polícia, e ai, quem é que nos protege deles? As leis aí seriam a vontade de cada homem fardado e quem seriam os bandidos?? Mas isso é outro tema quem sabe para outra edição...Bem agora voltando ao assunto inicial e um pouco mais agradável, poderei falar dos jovens e crianças com que trabalho, e como grande parte dos jo-vens da minha idade e com capacid-ade para fazer algo pelos mais novos encontro-me em situação precária, ou seja, o meu dia de amanha não está ga-rantido, e o depois de amanhã também não, aliás aprendi que nada é garantido nesta vida, mas devemo-nos manter fortes e de cabeça erguida, com tanta pancada que já levei nesta vida.O trabalho que faço com jovens e cri-anças tende a ser uma espécie de pas-sagem de informação, diria que é como passar um testemunho, sou um deles,

talvez por ter vivido situações idênticas, originários de sítios socialmente desfa-vorecidos, ou esquecidos, algunsdescriminados pelas suas origens, e pela sua maneira de falar, agir e pen-sar, mas que pensar?? Tudo está rela-cionado com as tuas origens, e com o que aprendeste durante o tempo que vagueias neste mundo. Agora um aparte: (dou graças ao facto de sempre ter tido interesse em viajar e conhecer outras realidades e culturas, o facto de ter trabalhado muito, mas muito mesmo para isso ter acontecido e que me levou a experiências pelo mundo fora e hoje talvez possa ter uma visão para além do que vejo sempre, pois acho que me fez abrir os olhos em muitas situações e claro aceitar outras tantas). Faço-o porque sinto que é uma tarefa ao qual me foi incutida na passagem por este mundo, o facto de passar a mensagem, valores, hábitos, costumes e vivências, para que mais tarde essas crianças pos-sam optar em seguir caminhos que lhes permitam abrir portas para o seu futuro, pois não serei dono de nenhuma razão sem ser da minha própria, mas sim um repórter de episódios vividos e partilha-dos, pois o caminho a tomar será claro uma decisão feita por cada indivíduo em seu livre pensamento e vontade, se assim for, pena que por vezes escol-hemos o caminho mais fácil e tentador, que será provavelmente, mais para a frente, o caminho errado. Não falo de todos os casos pois casos de sucesso acontecem, optam pelo melhor, não através da escola mas sim no des-porto ou numa actividade que seja ela mais tarde a sua profissão, no teatro, na escrita, no seu próprio negócio, na dança, na música, pois na música, era uma boa!! Não estivéssemos nós num pais que deve consumir perto de 90% de música estrangeira, está por todo o lado, óbvio que a música nacional difi-cilmente vinga lá fora, nós próprios não ouvimos e apoiamos...

TO BE CONTINUED...

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suíte

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FLOWO Concerto

BUTTERFLIESOUL

MYSPACE.COM/BUTTERFLIESOULFLOW

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BURAKAClube Mercado

Qual foi o concerto?Acho que os concertos que nos marcaram mais às três e que ía-mos quase sempre juntas, foram os primeiros dos Buraka no Clube Mercado. Na altura, à uns dois anos ou três talvez (o tempo passa...), os Buraka começaram, pela altura da Primavera, a dar um concerto por mês no Mercado (que infelizmente já não existe). A Piny trabalhava lá e foi a nossa casa para dançar até fechar. Esses concertos ficaram para sempre na nossa memória. Eram a loucura total sempre! Acho que nem eles próprios tinham noção quando começaram!!! A casa ao 3º ou 4º, já ficava compos-ta e toda a gente dançava e suava até cair para o lado!!!! Era lindo!

Quem eram as Butterflies (na altura)? Que tipo de sonoridade andavam a ouvir nessa fase?O que cada uma andava a ou-vir, passado tanto tempo, é dificil de lembrar. O mesmo de sempre provavelmente... Hip Hop, Soul, alguma música electrónica. Mas a cena do Kuduro, o calor e garra que aquilo passava era incrível. E o sítio onde se realizavam os concer-tos ajudava, porque sentia-mo-nos mesmo em casa.

Repercursões que esse concerto teve na vossa actuaçãoDepois dessa fase ainda dançámos com os Buraka no Lux; foi muito bom.

Falem-nos um pouco sobre o concer-to; que música mais gostaram, porm-enores interessantes, etc...Acho que o melhor era a interacção entre eles e o público, e entre o próprio público. As pessoas per-diam vergonhas e preconceitos e divertiam-se apenas. Como se naquele tempo em que durava o concerto, fossemos todos uma “big happy crazy family”.

SOM SISTEMA

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Eu não sou muito de álbuns, sou mais de ar-tistas; aliás já há algum tempo que não se fazem álbuns completos, ou melhor, é tanto o fácil acesso que temos à imensa música que se cria pelo Mundo, que nem tempo te-mos de apreciar um álbum como deve ser, acabando por se banalizar um pouco o que de bom se faz realmente. Andamos todos um pouco na fast lane ou highway, querendo acompanhar tudo e todos, acabando por perder coisas maravilhosas; mas não é só na música... também é algo um pouco inevi-tável; não querer ficar para trás!!!Meu álbum nº1 e o que mudou não só a minha vida como a de muita gente; ”Thriller” Michael Jackson. É dos álbuns que me lem-bro de ouvir até o disco não dar mais, co-piando todas as coreografias dos vídeos e sonhando um dia ser artista. Bem, vou um pouco mais longe e assim falar dos meus ar-tistas e inspirações. Muitos deles ouvia pelo meu pai, que sempre adorou música. The One, claro, MJ, Bob Marley, Lionel Richie, Culture Club, The Police, Black Box, Jorge Ben, Seu Jorge, K-OS, The Roots, 2Pac, Snoop Dog, B.I.G, Prodigy, N.E.R.D, Justin Timberlake, Timbaland, Justice, System of a Down... nunca acabaria a infindável lista de música e os vários géneros que aprecio.

I LUV MUSIC!!!

Track list 1. Wanna be startin’ something 2. Baby be mine 3. The girl is mine (feat Paul McCartney) 4. Thiller 5. Beat it 6. Billie Jean 7. Human Nature 8. P.Y.T (Pretty young thing) 9. The lady in my life

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MODELS PEOPLE STARS TALENTSACTORS

WWW.LOFTMODELS.COM

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dino soul

“mudasporquequeremque mudes”

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Oiçam o tema “O que eu sou” da reedição do álbum Pratica(mente) do Sam The Kid.

Eis que a pedido de dois ma-nos meus, Café com Leite (Big e Kamala), vou falar-vos sobre “O Nomeado”, que faz parte do

meu álbum Dino & The Soulmo-tion “Eu e os Meus”. “O Nomeado” é sem dúvidas o tema que melhor relata a força que o super ego tem sobre tudo o que pensamos, dizemos ou fazemos. Provavel-mente será tarde para aparecerem novos iluministas que com as suas ideias e ideais consiguam alterar regras e máximas impostas pela sociedade, porém nunca será tarde

para deixarmos de ser um produto feito e manipulado pelo: “Se eles podem eu também posso” ou o “Se eles fazem eu também faço”. Clones legais de um mundo em que todos dizem ser diferentes. Es-crevo isto e só me vem à cabeça “Eu também fui um selo desses”. A única diferença é que hoje luto para ser eu próprio e não para ser diferente, pois essa diferença não é nada mais do que a eterna busca da semelhança com alguém que admiramos / adoramos por ter esta ou aquela virtude / dom.Todas estas palavras simplesmente para fazer um apelo: limitem-se a ser quem são, procurem por vocês e acima de tudo nunca mudes

porque querem que mudes. Para que quando digas “eu sou” sou o mais verdadeiro possível não para mim…mas para ti!dino soul

“mudasporquequeremque mudes”

“o nomeado é sem dúvidas o tema que melhor relata a força que o super ego temsobre tudo o que pensamos, dizemos ou fazemos”

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INVADERS

AV SET

MYSPACE.COM/

INVADERS_DUB26

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chat room@spinIDInvaders é um projecto áudio-visual do atelier de Multimédia Dub Video Con-nection e é a evolução de uma ideia de João Carrilho (director criativo), o de construir um set autónomo de DJ/VJ, o que aconteceu há alguns anos atrás sob o nome de Advanced Fór-mula. Após alguns anos evoluíu para o actual projecto Invaders, ao qual se juntou Fernando Fadigas, produtor musical e sonoplasta no mesmo atelier e também co-director da editora e pro-motora variz.org e membro dos Tra$h Converters (DJ). Nos Invaders o João Carrilho é o “VJ” e por isso tende a seleccionar as ima-gens, enquanto que o Fernando Fadi-gas “DJ”, fica a cargo da selecção mu-sical, mas no final é um espectáculo construido transversalmente, as ideias misturam-se durante o processo e no que respeita à escolha das imagens e das músicas, elas são o fruto da dis-cussão, pesquisa e experiência dos dois membros deste projecto.

AV SETO AV Set, tal como o nome indica, é um espectáculo áudio-visual de ima-gens e som em sincronia.O que fazemos é uma sequência DJ / VJ, um “set” DJ acompanhado por uma sessão VJ, mas neste caso par-ticular os samples de imagens incluem som e por isso introduzem ao conceito clássico de VJ alguma inovação, na medida em que este passa a ser tam-bém protagonista na criação sonora, provocando uma nova dinâmica nos processos, confundindo por vezes o espectador nos detalhes, sobretudo àcerca da proveniência e origem de determinadas acções sonoras.

SEGREDOSAtendendo a cada situação particular, há uma selecção prévia das músicas e uma ordem natural nos critérios da escolha, mas é um set sobretudo de dança, de música electrónica e por vezes até um pouco experimental. Depois são compostas e criadas as sequências de imagens, são muitas

horas de experimentação e montagem em estúdio, ao vivo utilizamos os mé-todos normais de uma cabine de dj/vj, hardware e software próprio, mas com a particularidade de utilizar o sistema X-1 da Pioneer, ou seja, leitores profis-sionais de DVDs com todas as carac-terísticas técnicas para uma actuação de dj, mas com a possibilidade de ao mesmo tempo enviar sinal de video. Utilizamos mesas de mistura video e o Modul8, um software de VJ que per-mite um excelente desempenho, tam-bém é necessário um bom computa-dor com bastante memória “ram” e quanto aos projectores e telas... nunca podem ficar atrás! As diferentes saídas de video permitem a projecção em 3 telas diferentes, de preferência coloca-das atrás do palco, sendo que a ideia primordial é adaptarmos o espectá-culo a cada espaço diferente, fazendo uma análise prévia do local possibilita diferentes configurações, logo instala-ções e “setups” mais funcionais.

invaders é um projecto áudio-visual do atlire de multimédia

dub video conection

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agendamaio 2009dj’s

pink

mc’s

live

dj glue

mundo complexo

vanessaoliveira

rockymarsiano

rita andrade

nuno eiró nuno pardal

butterfliesoulflow

orsi fehércláudia borges liliana campos sylvie dias

dino & thesoulmotion

virgul

josé belo

maskarilha

dj tony

knowledje

kamala

dino soul

marko roca

mike stellar

invaders

rui murka

jeff

soulflow dj’s

dj kwan

28

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sáb 2gluekwankamalamaskarilhavirgulmc dinoparadise garagelisboa

semana 2 semana 4semana 3 semana 5semana 1sex 1josé belosushi loungelisboa

ter 5soulflow dj’soxigéniocasino lisboalisboa

seg 11liliana camposremax conferencealgarve

qua 20josé belosushi loungelisboa

seg 25d-marsdope on plasticamsterdam

sex 8kwanmaskarilhaestado líquidolisboa

dom 17virgulin7seaslisboa

sáb 23mike stellarmusicboxlisboa

sáb 30kamalaestado líquidolisboa

sáb 9kamalarui murkaestado líquidolisboa

qui 7kamalaoxigéniocasino lisboalisboa

sáb 16glueestado líquidolisboa

sex 22kwanoxigéniocasino lisboalisboa

qui 28kamalaoxigéniocasino lisboa lisboa

sex 8d-marsdope on plasticamsterdam

dom 24maskarilhacasino lisboalisboa

sáb 2kamala + mc dinoestado líquidolisboa

qua 6josé belosushi loungelisboa

qua 13josé belosushi loungelisboa

qui 21kamalaoxigéniocasino lisboalisboa

qua 27josé belosushi loungelisboa

sex 8glueplano bporto

sáb 23josé beloclubissimosetúbal

sáb 30josé beloop artlisboa

sáb 9josé beloeuropalisboa

sáb 2mike stellarw/ jon kennedymusicboxlisboa

qui 7gluekwanvirgulparadise garagelisboa

sáb 16rui murkaluxlisboa

sáb 23kamala + tekillaestado líquidolisboa

qui 28josé beloestado líquidolisboa

sex 8d-marstbaberlin

dom 10mike stellarcasino lisboalisboa

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coffeebreak

30

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Sentada numa cadeira de café com o meu amigo Nuno Eiró, decidi que ele teria que ser o primeiro a partilhar comigo esta página da fanzine da SPIN.Foi em 1974 que nasceu este belo e talentoso rapaz que cresceu nas imedia-ções do Lumiar em Lisboa.É verdade – diz Nuno Eiró – troquei de casa, de estado civil e de emprego mas nunca troquei de código postal.

Sempre que ouço a música “Who Knew” da Pink lembro-me de ti…não sei bem porquê…mas lembro-me sempre.Será porque a cantámos muitas vezes juntos a caminho do palácio do Família Superstar??? Era uma boa forma de acordares, já que o teu amanhecer…vá lá, não é dos mel-hores!!!Já tu a conduzir…adiante!!!Olha quem fala…lá por eu não saber ainda hoje como se vai para aquele palacete, não quer dizer que não saiba conduzir já tu, tens a mania que és a Michele Mouton das estra-das portuguesas!Bem, bem…mudando de assunto que assim a conversa não vai longa, que mais músicas ouves tu no rádio do teu carro?

Eu sou muito eclético. diz Nuno Eiró num tom muito altivo Neste momento tanto ouço Goten Project como Marco Paulo e

sou um grande fã de DJ Tony!

Vários estilos musicais que te inspira-ram para o teu novo projecto Pimba Chic…É verdade. É uma novidade que está a chegar e o facto de ser um adepto de música desde miúdo ajudou mui-to. E como sou o benjamim da famí-lia, acabei por sempre ser habituado a ouvir vários tipos de música como Júlio Iglésias a caminho do Algarve com os meus pais (tinham que ver o ar desgostoso do Eiró neste momen-to!!) O que é certo é que tudo isto me influenciou e hoje posso dizer que sou um ouvinte bastante eclético!!

Muito bem!!! Fala-me então um bo-cadinho deste teu Pimba Chic, o pro-jecto que tens com Nuno Graciano.O conceito de Pimba Chic é juntar uma cultura iminentemente urbana à cultura popular. O objectivo é acabar com o preconceito. A partir daqui o pimba vai ser chique…ai vai vai!!!

Sei que não és um noctívago por excelência mas também gostas das tuas rambóias…fala-me de uma certa noite em que acabaste a dançar na tua cozinha com os phones postos para não acordar ninguém…(Nuno Eiró fica tão vermelho como um tomate)Precisavas de me enxovalhar, Van-essa Oliveira, precisavas?Só para que fique claro, eu sou um amigo verdadeiro e solidário. Numa

noite de rambóia, um amigo nosso sentiu-se mal e tive que o trazer a casa. Como estava cheio de vontade de dançar, olha estive até às 9h30 da manhã a dançar na cozinha!Na cozinha???Olha, ao menos tinha espaço…Não precisas de dizer mais nada…Obrigada por fazeres este Coffee Break comigo!

“O conceito Pimba Chic é juntar uma cultura imi-

nentemente urbana à cultura popular”

pinkspin

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kamala

1º aniversário

spino resumo de 5 dias em festa

Parte I @ Bbc

O primeiro aniversário da SPIN teve uma estratégia recheada de influências populares e ciganas. Foram 5 dias de festa e havia motivo de interesse para qualquer quadrante social, musical, étnico, etário... no fundo “pó menino e pá menina!”. Abrimos as festividades na 4ªFeira dia 1 Abril, com um jantar á beira rio ao som da maturidade mu-sical de Mike Stellar e mais tarde, de um concerto acústico de “Dino & The Soulmotion”. Serviu também para as-sinalar o lançamento da nossa orgul-hosa fanzine que promete dar o que escrever. Foi puro charme e classe... até ás 2 da manhã! A partir daí des-cambou para uma festa sem barreiras de preconceitos nem preciosismos pseudo-sociais, onde os verdadeiros spinners beberam, dançaram, grita-ram, sorriram, brincaram até o nascer de um novo dia. O problema é que não havia tempo para descansar! Já era 5ªFeira dia 2 e havia a “Parte II” do an-iversário para produzir, com uma R&B Session bombástica em fase de ebu-lição. Houve quem procurasse vista para o Tejo como forma de meditação durante um par de horas, houve quem

preferisse a companhia madrugadora de elementos da GNR num animado convívio que durou até à tarde, houve até quem tivesse de recusar horas de sono em troca de trabalho sério, que acabaria por esbarrar num almoço de produção zero envolto em garrafas experientes em enganar ressacas.

Parte II @ Paradise Garage

Marisco, rodadas de imperiais, histórias duvidáveis, piadas secas.. foi assim o momento que antecedeu a segunda festa. O Cumpadre, Cadjú, Galão, Negretti, Eu, Dino + a miúda gira que tem uma voz que nunca mais acaba, o Hulk... + o novo empresário da margem sul que foi capaz de man-dar abaixo duas costeletas de novilho (!), todos a recuperar energias para a noite que prometia ser longa. Passando á frente de uma história com 6 horas de festa e largas centenas de pessoas, ficaram na memória mo-mentos de euforia com vários gritos ao microfone em prol da SPIN, das in-stituídas R&B Sessions, dos dj’s Glue, Kwan, Maskarilha, dos Mc’s Dino e Virgul. É claro que não podíamos de-ixar de acabar a noite em grande para

os lados de santos, a comer cachupa, frango frito, ovos estrelados e a des-vendar quem é que tinha chamado Overule ao Glue. O Galão não foi! Ele, a namorada e a Snake de Almeirim estavam entretidos com uma miúda qualquer que se lembrou de dar espe-ctáculo no fim da festa. Nota em jeito de rodapé com profundo agrado pelas inúmeras fanzines distribuídas na fes-ta que não tiveram o chão escamote-ado de sujidade e copos partidos ou o lixo como destino. Sabem quantas foram? Só todas... todinhas!

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“(...) ficaram na memória momentos

de euforia com vários gritos em

prol da spin (...)”

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Parte III @ Estado Líquido

Nada como um bom sushi para revi-talizar os sinais de vida e preparar a terceira parte do aniversário. Como não podia deixar de ser, casa cheia para receber o ensaio geral de um poderoso dj set preparado minucio-samente pelos dj’s Glue e Kwan. É que a cena da MTV no barreiro era já no dia a seguir e nada como testar o resultado final para ultimar pormeno-res. “Então e eu?” pergunta e bem o Virgul. Bem.. tu hoje tás encurralado na excitação de quem esteve horas a fio a praticar um número de circo com 3 pratos e duas mesas de mistura! O melhor mesmo é ires aperfeiçoar o sotaque brasileiro para... mais tarde recordar. E assim foi! Festa da grossa com direito a piruetas, pinos, muito scratch, boa música e ao que pa-rece... cambalhotas.

Parte IV e V @ Estado Líquido + Eu-ropa

Meus senhores, abram alas ao ecletis-mo musical com profundas influências electrónicas! “Get Lifted” (Kamala + Rui Murka) está de volta para assinalar

a quarta festa da SPIN. Também teve direito a sushi! Afinal de contas havia festa até ás 10 da manhã e como dizia o outro “o corpo é que paga”.Foi em clima de alegria que retornou a “casa” um dos dj’s que mais admiro pela sua cultura musical, pelo seu bom gosto, pelo pragmatismo que confere não só aos sets mas também á identidade de quem não vai a Santa Apolónia para ver os navios a pas-sar. A experiência e a capacidade de quem consegue na mesma noite falar na primeira pessoa com um público difícil que eu me recuso por teimosia a catalogar como comercial, e mais tarde com um público alterado, acel-erado e motivado comprovando que não é preciso azeite para condimentar um bom after-hours. Obrigado Rui!“Oh Zé, back 2 back?” - e foi assim que nasceu o princípio do fim das 5 festas de aniversário. Um misto de movimentações energéticas e braços no ar receberam um dj set espontâ-neo de uma dupla que nunca tinha abordado em conjunto aquele tipo de ambiente matinal intimidante. O re-sultado final e consequentes “props” foram tão gratificantes quanto o des-fecho de 5 dias de velocidade eston-

teante com que conduzimos o primei-ro aniversário da nossa SPIN. Já tem dentinhos! Vamos ver se para o ano que vem já morde...

Agradecimentos:

João Menezes, Miguel Galão, João Matias, Jorge (Europa), Marco Santos, Miguel Vicente, André Santos, Sara Cardoso, Nuno Eiró, Vanessa Oliveira, Nuno Parreira, Hélio Bernardino, Syl-vie Dias, Nuno Pardal, Miguel Bello, Teratron, Nélio Lima, Dino & a sua turma, Kwan, Glue, Rui Murka, Virgul, José Belo, Maskarilha e a todos os que participaram e contribuíram para o sucesso desta iniciativa, o nosso sincero obrigado.

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obrigado

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