7/27/2019 Tcc Pericia Contabil - Interessante
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO SCIO - ECONMICO
CURSO DE CINCIAS CONTBEIS
PERCIA CONTBIL CLCULO DE FINANCIAMENTO: ESTUDO DE CASO
SOBRE RECLCULO DE UM FINANCIAMENTO BANCRIO
ANDRESSA LARIOS
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FLORIANPOLIS, 10 DE JUNHO DE 2010.
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ANDRESSA LARIOS
PERCIA CONTBIL CLCULO DE FINANCIAMENTO: UM ESTUDO DE CASO
SOBRE RECLCULO DE UM FINANCIAMENTO BANCRIO
Monografia apresentada ao Curso de CinciasContbeis, da Universidade Federal de SantaCatarina, como requisito parcial para a obteno dottulo de Bacharel em Cincias Contbeis.
Orientador: Prof. Dr. Srgio Murilo PetriCo-orientador: Joo Henrique Costa
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FLORIANPOLIS, 10 DE JUNHO DE 2010.
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ANDRESSA LARIOS
PERCIA CONTBIL EM UM RECLCULO DE FINANCIAMENTO
Esta monografia foi apresentada como trabalho de concluso de curso de
Cincias Contbeis da Universidade Federal de Santa Catarina, obtendo a nota
mdia de ........., atribuda pela banca de constituda pelos professores abaixo
mensionados.
___________________________________
Professora Valdirene Gasparetto, Dra.Coordenadora de Monografias do Departamento de Cincias Contbeis
Professores que compuseram a banca examinadora,
____________________________
Professor Sergio Murilo Petri, Dr.Orientador
_____________________________
Professor Fernando Murcia, Dr.Membro
_____________________________
Professor Joo Henrique Costa, EspMembro
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Florianpolis, 2010
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LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - HONORRIOS PROPOSTOS PELA FECONTESC (2010) ................ 30
TABELA 2 - VALOR FINANCIADO E EFETIVAMENTE PAGO PELO CLIENTE NO
FINANCIAMENTO HABITACIONAL ........................................................................ 48
TABELA 3 - VALOR FINANCIADO E EFETIVAMENTE PAGO PELO CLIENTE NO
FINANCIAMENTO HABITACIONAL ........................................................................ 49
TABELA 4 - DEMONSTRATIVO DA DIFERENA EFETIVAMENTE PAGA PELO
CLIENTE (TABELA 2) SUBTRAIDO OS VALORES QUE DEVERIAM SER PAGOS(PLANILHA 3) NO FINANCIAMENTO...................................................................... 50
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RESUMO
LARIOS, Andressa. PERCIA CONTABIL EM UM RECLCULO DE FINANCIAMENTO.2010, 75 pginas. Curso de Cincias Contbeis. Universidade Federal de Santa Catarina,Florianpolis.
O objetivo geral do presente trabalho foi abordar as fases do reclculo de financiamento eas fases de atuao profissional contbil atravs de uma caso prtico na rea de percia, nafase de execuo da sentena, demonstrando o papel do perito contbil, suas tcnicas elegislao pertinente matria. A contabilidade possui, entre seus vrios ramos de atuao,a Percia contbil. Esta, por sua vez, investiga, analisa, examina os fatos contbeis, afim dese obter uma prova ou opinio sobre o litgio. O processo metodolgico ultilizado foi umestudo de caso, os procedimentos que envolvem a instruo processual que geralmente seinicia com petio reclamante na vara cvel ao juiz e esse muitas vezes faz uso do perito
contador para auxiliar com conhecimentos tcnicos e especficos a respeito da matriagerando a prova para que possa sentenciar o processo. Este trabalho apresenta um casoprtico de um processo de litgio onde o reclamante pleiteia junto a vara cvel a diferena dosaldo devedor que a reclamada alega no existir. Neste caso prtico so abordadas asfases de um processo de litgio desde a petio inicial at a sentena definitiva, com ademonstrao do reclculo dos valores que liquidou os valores sentenciados. A perciacontbil judicial uma forma de dirimir as controvrsias postas em juzo, possibilitando queo magistrado julgue as aes impetradas de uma forma mais justa e segura.
Palavras-chave: Percia. Perito Contador. Reclculo de financiamento.
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LISTA DE ABREVIAES E SIGLAS
Art. Artigo
CFC Conselho Federal de Contabilidade
CPC Cdigo do processo Civil
CRC Conselho Regional de Contabilidade
CFC Conselho Federal de Contabilidade
FECONTESC Federao de Contadores do Estado de Santa Catarina
NBC T13 Normas Brasileiras de Contabilidade T13
NBC P2 Normas Brasileiras de Contabilidade P2
TCC Trabalho de Concluso de CursoCUB Custo Unitrio Bsico
INPC ndice Nacional de Preo ao Consumidor
IBGE Instituto Brasileiro Geografia e Estatstica
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SUMRIO
1 INTRODUO ...................................................................................................... 15
1.1 INTRODUO .................................................................................................... 15
1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 16
1.3 PROBLEMA ........................................................................................................ 17
1.4 OBJETIVOS ........................................................................................................ 17
1.4.1 Objetivos Gerais ............................................................................................ 17
1.4.2 Objetivos Especficos ................................................................................... 18
1.5 DELIMITAO DA PESQUISA ........................................................................... 18
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO ............................................................................ 18
2 CONTABILIDADE ................................................................................................ 20
2.1 CONTABILIDADE .............................................................................................. 20
2.2 PERCIA ............................................................................................................. 21
2.3 OBJETIVOS DA PERCIA .................................................................................. 22
2.4 ESPCIES DE PERCIA .................................................................................... 222.5 TIPOS DE PERCIA ........................................................................................... 23
2.5.1 Percia extrajudic ial ....................................................................................... 23
2.5.2 Percia Judicial .............................................................................................. 24
2.5.3 Percia Arbi tral ............................................................................................... 24
2.5.4 Perc ia Administ rativa ................................................................................... 25
2.6 PROVA PERICIAL.............................................................................................. 25
2.6.1 Modalidade da Prova Peric ial ....................................................................... 262.8 LAUDO PERICIAL .............................................................................................. 26
2.9 PARECER TCNICO-CONTBIL ..................................................................... 28
2.9.1 Diferena entre laudo contbi l e parecer contbil ..................................... 28
2.10 HONORRIOS ................................................................................................. 29
2.10.1 O valor e preo do servio ......................................................................... 30
3 PERCIA CONTABIL ............................................................................................ 31
3.1 PERCIA CONTABIL .......................................................................................... 31
3.2 APLICAES DA PERICIA CONTABIL JUDICIAL............................................ 32
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3.3 PERITO-CONTADOR JUDICIAL........................................................................ 32
3.4 PERITO-CONTADOR ASSISTENTE TCNICO ................................................ 33
3.5 DIFERENAS ENTRE PERITO CONTADOR JUDICIAL E ASSISTENTE
TCNICO .................................................................................................................. 33
3.6 VARA CVEL ...................................................................................................... 34
3.7 TRAMITES DO PROCESSO .............................................................................. 35
3.8 EXECUO DA PERCIA NA VARA CVEL ...................................................... 36
3.3.1Clcu lo do valor das parcelas ....................................................................... 36
3.3.2 Atualizao Monetria sobre as parcelas ................................................... 37
3.3.3 Juros Remuneratrios Contratuais ............................................................. 38
3.3.4 Juros de mora ................................................................................................ 384 METODOLOGIA DA PESQUISA .......................................................................... 39
4.1 CARACTERIZAO DA PESQUISA ................................................................. 39
4.2 ESTUDO DE CASO ........................................................................................... 39
4.3 UNIDADE DE ANLISE ..................................................................................... 40
4.3.1 Instrumento ................................................................................................... 40
4.3.2 Procedimentos Metodolgicos .................................................................... 40
5 ESTUDO DE CASO .............................................................................................. 415.1 FASE DE INSTRUO ...................................................................................... 41
5.1.1 Da petio inic ial .......................................................................................... 41
5.1.2 Da contestao .............................................................................................. 42
5.2 RECLCULO DE FINANCIAMENTO ................................................................. 42
5.3 CRITRIOS UTILIZADOS PARA EXECUTAR A PERCIA ................................. 43
5.3.1 Juros Contratuais ........................................................................................... 43
5.3.2 Juros de Mora ................................................................................................. 435.3.3 Correo da Parcela ....................................................................................... 43
5.3.4 Valor Atual CUB .............................................................................................. 43
5.3.5 Valor Atual INPC ............................................................................................. 44
5.3.6 Diferena a restituir ....................................................................................... 44
5.3.7 ndice acumulado pelo INPC at maro 2010 em porcentagem ................. 44
5.3.8 Diferena atual INPC (R$) .............................................................................. 44
5.3.9 Valor da diferena a restituir mais a di ferena atual (R$) .......................... 44
5.3.10 Juros de Mora Acumulado ......................................................................... 44
5.3.11 Juros de mora corrig ido (R$) ................................................................... 44
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5.3.12 Laudo Peric ial ............................................................................................... 45
5.4 LAUDO PERICIAL ............................................................................................... 45
6 CONSIDERAES FINAIS .................................................................................. 57
6.1 GENERALIDADES .............................................................................................. 57
6.2 QUANTO AO ALCANCE DOS OBJETIVOS ....................................................... 58
6.3 LIMITAES DA PESQUISA ............................................................................. 58
6.4 RECOMENDAES PARA A FUTURA PESQUISA .......................................... 59
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1 INTRODUO
Este captulo aborda a contextualizao, o tema e o problema, posteriormenteo objetivo geral e os objetivos especficos, justificativa da pesquisa, delimitao da
pesquisa, metodologia, e por fim a estrutura do trabalho.
1.1 INTRODUO
A percia contbil constitui-se de tcnicas e mtodos cientficos destinados a
levar justia elementos que iro compor as provas, necessrios a subsidiar justasoluo do litgio utilizando o laudo pericial contbil, em concordncia e harmonia
com as normas jurdicas e profissionais e a legislao especfica no que for
pertinente.
Segundo Silva (1999, p.605) perito, tambm conhecido em linguagem
forense como louvado, a pessoa que, nomeado pelo juiz ou escolhido pelas
partes, em um litgio vai participar ou realizar uma percia considerando a utilidade
de seus conhecimentos especficos sobre matria da qual versa o juiz".
A funo pericial baseia-se no conhecimento de uma pessoa especialista em
entender determinados assuntos ou fatos, pela sua tcnica ou cincia, verificando a
veracidade das informaes pela correta interpretao da matria examinada.
No mbito do Conselho Federal de Contabilidade, somente em 1992, atravs
da Resoluo 731, foi aprovada a primeira norma sobre percia contbil (NBC.T.13)
cuja conceituao foi transcrita em seu item 13.1.1, assim: A percia contbil o
conjunto de procedimentos tcnicos que tem por objetivo a emisso de laudo sobre
questes contbeis, mediante exame, vistoria, indagao, investigao,
arbitramento, avaliao ou certificao .
O objetivo principal da percia contbil buscar a verdade examinando os
fatos, fazendo com que se transcreva a verdade contbil para o ordenamento
jurdico, materializando-se na forma de laudo pericial.
A funo principal da percia a preparao de forma correta da informao,
para que se tenha uma opinio transparente e verdica do reclculo de
financiamento, facilitando a tomada de deciso do juiz, pois o mesmo ter respaldo
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maior atravs do laudo pericial, diminuindo consideravelmente a chance de erros na
sentena.
O perito nomeado para auxiliar e amparar o juiz no que lhe for pertinente,utilizando os procedimentos e conhecimentos adequados para a confeco dos
documentos, seguindo os padres exigidos pelas Normas Brasileiras de
Contabilidade e as Normas Brasileiras de Percia para a elaborao de Laudo
Pericial.
Contudo, em alguns casos, amparado pela lei 5869/73 do art. 366, consta no
Cdigo de Processo Civil que todo meio de prova tem valor relativo, ou seja, mesmo
utilizando a percia como base o juiz pode desconsiderar a opinio do perito.O laudo pericial uma prova dentro do processo judicial em que o perito
expe sua opinio e concluso depois de examinar todos os fatos pertinentes e
envolvidos, emitindo um laudo que o juiz utilizar para que possa clarear as provas e
emitir uma sentena justa.
Ento, entende-se que o perito contador a pea necessria ao judicirio,
afim de, transformar os dados em informaes transparentes e fidedignas para
melhor deciso pelas pessoas que dependem de sua competncia profissional.
1.2 JUSTIFICATIVA
Devida a pouca bibliografia especfica sobre Percia Contbil, pesquisa foca
como uma forma de demonstrar que a profisso pericial pode ser mais abrangente,
unida e de compreensiva aplicao prtica.
As informaes repassadas pelo Perito so de grande responsabilidade
baseando-se na legislao vigente, podendo o mesmo vir a ser julgado caso seu
parecer seja equivocado, sendo que, dependendo do resultado do julgamento,
poder at mesmo perder a licena para exercer a profisso.
Todo profissional que se prope a praticar a profisso de perito deve
responsabilizar-se e ser tico, mantendo o embasamento tcnico, metodolgico e
cientfico, e ainda gostar de atuar na rea de Percia Contbil.
A partir do estudo de um processo judicial, observa-se necessidade de
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conhecer as normas, as tcnicas e as metodologias envolvidas na percia contbil
aplicadas ao estudo de caso reclculo de financiamento, para a elaborao de um
laudo pericial referente ao caso em questo.Visando o requisito acadmico, a escolha do tema foi adequada obteno
do ttulo de bacharel em Cincias Contbeis, porm, focando o vis profissional,
vislumbrou-se propiciar conhecimento para atuar como perito judicial no Estado de
Santa Catarina.
1.3 PROBLEMA
Pretende-se, com este trabalho, saber as fases e conhecer como executado
um litgio de reclculo de financiamento e mostrar como o perito atuar nesse
processo. Com o problema apresentado, surge o seguinte questionamento:
Como a percia, por meio do reclculo de financiamento de um
apartamento e aplicao de um modelo de planilha, pode auxiliar num processo de
litgio?
1.4 OBJETIVOS
Esta pesquisa tem como finalidade resolver o solucionar o conflito formulado
na seo anterior, considerando os seguintes objetivos:
1.4.1 Objetivos Gerais
O objetivo deste trabalho elaborar os procedimentos para a execuo de
uma percia envolvendo reclculo de financiamento de um apartamento, a partir de
um estudo de caso, baseando os clculos em um modelo de planilha eletrnica e
apresentando um laudo pericial.
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1.4.2 Objetivos Especficos
Levantar a legislao que envolve a percia e o perito;
Estudar do processo judicial selecionado como estudo de caso desta
pesquisa, considerando o pedido formulado pelo reclamante da ao;
Elaborar os clculos, de acordo com a legislao e Deciso Judicial;
Apresentar o laudo pericial do estudo de caso, totalizando os valores areceber pelo reclamante dentro dos parmetros.
1.5 DELIMITAO DA PESQUISA
A pesquisa ser realizada no estado de Santa Catarina, municpio de
Florianpolis, onde sero realizados os procedimentos periciais para execuo da
deciso judicial no reclculo de financiamento.Realizar-se- o desenvolvimento dos clculos atravs das informaes
retiradas da deciso e dos autos do processo, sendo aplicado um estudo de caso,
verificando os procedimentos, reavaliando e recalculando os valores em divergncia.
A delimitao ser um processo judicial, no Juizado Especial de Santa
Catarina, sobre reclculo de financiamento, com perodo inicial de clculo em
05/06/2005 at 05/05/2009, com atualizao at maro 2010.
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO
Este trabalho procura contextualizar o problema no qual referenciado no
objetivo geral e especfico, para confirmar ou refutar hiptese estabelecida na seo
interior. Para tanto, composto por seis captulos, sendo abordados de acordo com
o descrito a seguir:O primeiro captulo traz uma apresentao sucinta e objetiva do trabalho,
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destacando a natureza e a importncia do tema e como ser elaborada a pesquisa.
O segundo captulo aborda a questo da contabilidade e percia,
evidenciando seu conceito e seu funcionamento do conjunto de seus procedimentos.O terceiro captulo aborda a questo da percia contbil, evidenciando o
funcionamento do conjunto de seus procedimentos.
O quarto captulo expe a metodologia utilizada na pesquisa
J no quinto captulo, expe a percia, o reclculo de financiamento, a
aplicao prtica do estudo de caso presente no trabalho de pesquisa, concluindo
com um laudo pericial.
O sexto captulo expe as consideraes finais do tema abordado, avaliandoo alcance dos objetivos propostos, apresentando recomendaes de acordo com os
resultados alcanados e listando as referncias utilizadas na pesquisa.
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2 CONTABILIDADE
Neste captulo ser abordado a importncia da contabilidade, percia, sua
funo, objetivo, e sua finalidade dentro desta Cincia Social.
2.1 CONTABILIDADE
A histria da Contabilidade acompanha a histria da humanidade. A mesma
remonta a necessidade social de proteo e preservao da posse e interpretao
dos fatos ocorridos objetivando a mensurao do patrimnio , colheitas e a criao
de animais.
Contabilidade a cincia social que tem por objetivo estudar o patrimnio das
entidades e suas variaes, nos aspectos qualitativo e quantitativo, fazendo o
registro dos fatos de natureza econmico-financeira, assim apurando o resultado e
prestando informaes sobre o patrimnio das empresas.
Contabilidade a cincia que permite atravs de suas tcnicas manter um
controle permanente do Patrimnio da empresa (Ribeiro, 1997 p.15).
Alguns autores da Contabilidade no evidenciam de forma clara e objetiva afuno da contabilidade. Porm evidenciaremos aqui alguns conceitos:
A funo registrar, classificar, demonstrar, auditar e analisar todos osfenmenos que ocorrem no patrimnio das entidades, objetivando fornecerinformaes, interpretaes e orientao sobre a composio e asvariaes do patrimnio, para a tomada de decises de seusadministradores (FRANCO, 1997, p. 19).
Franco coloca a Contabilidade como uma forma eficiente de fornecerinformaes, atravs dos demonstrativos contbeis, das mutaes patrimoniais e
ainda fornecendo dados para a tomada de deciso do administrador.
A contabilidade vista por diferentes aspectos, porm sua funo principal
ainda gerar a informao correta para a tomada de deciso do administrador,
atravs da anlise correta e registros para a elaborao das demonstraes
contbeis, facilitando assim a anlise do desenvolvimento da empresa.
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Segundo a viso cientfica da Resoluo 774 do CFC (2000:33) o objetivo
cientfico da Contabilidade manifesta-se na correta apresentao do patrimnio, no
estudo e analise das causa e mutaes patrimoniais .Os autores em geral acordam que a aplicao da contabilidade em uma
entidade, busca promover aos usurios informaes sobre os aspectos de natureza
econmica, financeira e fsica do patrimnio e suas mutaes, sob a forma de
registros, demonstraes, anlises, explcitos sob a forma de relatos, pareceres,
tabelas, planilhas.
O presente trabalho focado em um dos ramos da contabilidade que a
percia contbil, enfatizando a figura do contador para o poder Judicirio, pois esteauxilia o Magistrado na deciso judicial.
2.2 PERCIA
Com o passar dos tempos sociedade evoluiu e o surgimento de litgios a
serem resolvidos tambm. Por esse motivo, sentiu-se a necessidade de um
profissional ou moderador, denominado juiz, pessoa capacitada para arbitrar os
fatos, de ndole imparcial e responsvel por solucionar as divergncias da melhor
forma possvel.
Percia uma prova admitida no processo, objetivada a encaminhar ao Juiz
elementos pertinentes aos fatos que caream de conhecimentos tcnicos
especficos, consistindo numa declarao de cincia, na ratificao de um juzo, ou
em ambas ao mesmo tempo (S, 1996 e ORNELAS, 2000).
Atualmente, a percia tem o papel de suprir as tcnicas desconhecidas pelos
Magistrados, o litgio ser verificado por profissional qualificado, que ir analisar a
situao e emitir um laudo sobre a divergncia estudada, opinando de forma
imparcial e expondo a sua interpretao, sempre amparado pela lei.
Alberto (2002, p.19) tambm afirma que, percia um instrumento especial
de constatao, prova ou demonstrao, cientfica ou tcnicas, da veracidade de
situaes, coisas ou fatos .
A percia, atravs da sua evoluo ao longo dos tempos, moldou-se de formauniforme e consistente, visando perfeio na soluo dos problemas entre o
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reclamante e o reclamado, assessorando nas decises a serem tomadas pelo
magistrado.
2.3 OBJETIVOS DA PERCIA
O objetivo central da percia baseia-se em fatos contbeis relacionados ao
patrimnio das entidades, que so submetidas avaliao tcnica pelo perito, que
considerando fatores essenciais, independente dos procedimentos adotados:
Limitao da matria;
Procedimento adstrito questo proposta;
Meticuloso e eficiente exame de campo prefixado;
Escrupulosa referncia matria periciada;
Imparcialidade absoluta de pronunciamento;
Segundo S (1999 p.63): Percia contbil judicial a que visa servir de prova,
esclarecendo o juiz sobre assuntos em litgio que merecem seu julgamento,
objetivando fatos relativos ao patrimnio jurdico ou de pessoas".
A percia judicial pode atuar pela Justia Federal, Justia Estadual e Justia
do Trabalho. dever do CRC Conselho Regional de Contabilidade fiscalizar os
contadores, se os mesmos esto realizando de forma adequada os procedimentos
de percia, seguindo os padres tcnicos estabelecidos, bem como proibir a atuao
de pessoas no habilitadas.
2.4 ESPCIES DE PERCIA
A percia divide-se em espcies como a Trabalhista, Criminais, Comerciais,
Fiscais e Civis, sendo que as mesmas subdividem de acordo com suas
peculiaridades, como por exemplo, a percia civil que exercida em diferentes varas
que abrange o direito das pessoas, obrigaes, direito das sucesses e direito das
coisas.
Quanto s espcies as percias podem ser de cinco tipos, segundoInteraminense (2004), a saber:
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Percia civil: exercida em uma ou mais Varas que abrangem: Direito de
pessoas, Direito de famlia, Direito das coisas, Direito das obrigaes e Direito das
Sucesses. Percia criminal: pode ser civil ou militar e exercida para assuntos de
natureza criminal em face da ocorrncia de certo ou pressuposto ilcito penal.
Percia fiscal: de natureza pblica e emanada da autoridade
competente, cujos fins implicam na apurao ou no de certas ou supostas
irregularidades fiscais.
Percia trabalhista: exercida junto justia do Trabalho, iniciadas nas
Juntas de Conciliao e Julgamento, embora o caso possa chegar ao SuperiorTribunal do Trabalho, e versa sobre questes entre empregados e empregadores. A
maior parte das questes na percia trabalhista se refere assuntos de salrios ou
ordenados, horas extras, frias, avisos prvio, indenizaes, comisses e dispensa.
Percia comercial: abrange questes referentes a atos e fatos de
natureza comercial, mas tramitam pelas Varas Cveis.
Perante o Cdigo de Processo Civil (lei 5.869/73, art.420), temos que a
percia constitui-se em exame, vistoria ou avaliao. Como o foco do trabalho
contbil, apresentaro na seo seguinte aplicaes no campo da percia contbil
judicial.
2.5 TIPOS DE PERCIA
O CFC (10/1992), atravs da NBC-T-13, item 13.1.2, afirma que a percia
contbil judicial, extrajudicial e arbitral de competncia exclusiva do Contador
registrado no Conselho Regional de Contabilidade, denominado de Perito Contbil.
2.5.1 Percia extrajudicial
Percia extrajudicial caracteriza-se pela voluntariedade, pois no est ligada a
nenhuma ao que corre em juzo, mais pelas partes no litigantes judicialmente.
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Exemplificaremos como no caso de esclarecimento de dvidas entre os scios, os
mesmos entrando em acordo no ter a necessidade do litgio ser levado ao
judicirio.Magalhes (2004, p.22) cita: "a percia extrajudicial opera-se principalmente,
por acordo entre partes. Estas convencionam que a questo pendente seja
solucionada tendo por base a informao pericial"
A percia extrajudicial pode ser usada para avaliao de bens, clculos
indenizatrios, compra e venda de bens, entre outros.
2.5.2 Percia Judicial
A percia judicial se caracteriza quando uma das partes interessadas ou no
entendimento do Juzo, no caso do processo no apresentar indcios satisfatrios
para convencimento das partes.
Alberto (2002,p.53) " a percia judicial aquela realizada dentro dos
procedimentos processuais do Poder Judicirio, por determinao, requerimento ou
necessidade de seus agentes ativos, e se processa segundo regras legais
especficas".
A diferena entre a percia extrajudicial da judicial o fato de no se tornar
pblica, podendo permanecer em sigilo, sendo essas consideraes exigidas pelas
Normas Brasileiras de Contabilidade, tcnicas e profissionais.
2.5.3 Percia Arbitral
Esse tipo de percia pode ser classificado, ou seja, evidenciado como soluo
por mediao, onde a figura do perito torna-se pea fundamental no acordo entre as
partes, tentando no utilizar de um processo judicial para a definio dos autos,
porm podendo haver processo judicial.
Para Alberto (1996, p. 54) existe a percia arbitral, aquela... realizada no
juzo arbitral instncia decisria criada pela vontade das partes -, no sendo
enquadrado em nenhuma das anteriores por suas caractersticas especialssimas de
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atuar parcialmente como se judicial e extrajudicial fosse .
A percia arbitral pode acontecer dentro ou fora da esfera judicial e subdivide-
se em probante e decisria. A probante caracteriza-se quando utilizada como provapelo juzo arbitral. Porm a decisria quando o prprio rbitro decide sobre a
divergncia.
2.5.4 Percia Adminis trativa
A percia administrativa utilizada especialmente na gesto das empresas,
onde a pea que precisa das informaes o gestor, auxiliado pelo trabalho doperito-contador.
Segundo Magalhes (2004, p.22):
A percia administrativa o exame decisivo de situaes, em carteradministrativo, quando o responsvel pelos negcios de uma empresa(entidade econmica) se depara com uma questo em que ele prprio temdvidas da situao da sua empresa perante aos seus auxiliares, entosolicita subsdios do contador para dirimi-las.
Quando o administrador de uma entidade tem alguma dvida, ou acha que
est acontecendo irregularidades dentro de sua empresa, solicita ao Perito Contador
que tem propsito de investigar e detectar equvocos ou supostas irregularidades
dentro de sua empresa.
2.6 PROVA PERICIAL
O Conselho Federal de Contabilidade (10/1992), por meio da NBCT-T-13,
item 13.1.1, nos afirma que a percia contbil o conjunto de procedimentos
tcnicos que tem por objetivo a emisso de laudo sobre questes contbeis,
mediante exame, vistoria, indagao, investigao, arbitramento, avaliao ou
certificao.
A Prova Pericial um dos elementos mais importantes para a anlise do
caso, pois deve conter informaes confiveis para a elaborao do laudo pericial,
verificando, analisando e avaliando os documentos apresentados.
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Segundo apresenta S (2000, p.18): Vrios so os fins para os quais se pode
requerer a percia, mas, como prova que ela vai ser, preciso que se baseie em
elementos verdadeiros e competentes .A prova pericial considerada pelos juristas, a principal das provas. O
magistrado pode indeferir e inquirir testemunhas, para que os fatos sejam provados
mediante exame pericial.
Para Silva (Revista Brasileira de Contabilidade, n 113:34): a prova pericial
o meio de se demonstrar nos autos, por documentos, peas ou declaraes de
testemunhas, tudo que se colheu nos exames efetuados .
Portanto o perito mostra a verdade atravs dos fatos, pois ele o profissionalescolhido pelo magistrado para transcrev-la aos autos do processo, sendo
imparcial sobre o que questionado nos autos do processo.
Cabe a uma das partes litigantes de acordo com os meios legais por meio de
provas convencerem o julgador. No caso se a outra parte no est de acordo,
dever fundamentar e provar sua defesa visando ser vitoriosa no processo.
Em suma o laudo deve apresentar o parecer do perito acerca dos fatos
examinados e analisados tecnicamente, sendo que por este documento, o juiz
apreciar os fatos formando sua opinio sobre o est sendo questionado.
2.6.1 Modalidade da Prova Pericial
Nos termos disposto no Art. 420 do Cdigo do Processo Civil c/c Art. 136, VII
do Cdigo Civil, so quatro as modalidades de prova pericial: a) Exame; b) Vistoria;
c) Arbitramento; d) Avaliao;
a) O Exame Pericial consiste em inspecionar, analisar e investigar pessoas
ou coisas com o objetivo de verificar determinados fatos relacionados com o objeto
da percia.
b) A Vistoria Pericial o trabalho desenvolvido pelo perito com objetivo de
verificar no local o estado ou situao de determinada coisa.
c) O Arbitramento Pericial a parte pericial de fixar valor para coisas,
direitos e obrigaes. a estimao do valor em moeda.
d) A Avaliao Pericial implica atribuir-se, valor a bens mveis ou imveis,inventrios, partilhas, penhores e etc.
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A prova pericial dentro da percia contbil importante, pois baseado nela
que o perito formular sua opinio para fundamentar o laudo pericial.
2.8 LAUDO PERICIAL
O laudo pericial o documento que lavra a palavra do perito nomeado para a
ao formalizando seu trabalho. Esse documento pode ser exigido por
determinao judicial, arbitral ou ainda por contratao sendo considerado prova
pericial.
De acordo com a Resoluo 858/99 de 21/10/99 do CFC, NBC T 13. DaPercia Contbil - 13.5 Laudo Pericial Contbil.
O laudo pericial contbil a pea escrita na qual o perito-contadorexpressa, de forma circunstanciada, clara e objetiva, as snteses do objetoda percia, os estudos e as observaes que realizou, as dilignciasrealizadas, os critrios adotados e os resultados fundamentados, e as suasconcluses.
Finalizando a fase de coleta de dados, provas e informaes pertinentes aoprocesso chegasse a fase de elaborao do laudo pericial contbil.
Considerando o laudo como um trabalho tcnico anexando aos autos do
processo, ele ser formado por comentrios e crticas do perito.
Segundo S (1997, p 43), "o laudo , de fato, um pronunciamento ou
manifestao de um especialista, ou seja, o que ele entende sobre uma questo ou
varias, que se submetem a sua apreciao
O laudo de certa forma deve apresentar todos os dados possveis, como onome das partes, datas, nmeros do processo, o nome do perito, e do perito
assistente (caso seja nomeado por uma das partes), dependendo do tipo de percia,
o nome do juiz, do arbitro, e todas as informaes necessrias para comprovao da
veracidade do laudo.
Porm como prova tcnica serve como auxlio ao magistrado, sendo que o
mesmo no tem formao, tcnica, suficiente para dar a certeza jurdica quanto ao
fato exporto em questo.
O laudo deve ser escrito de forma clara e objetiva, assinado pelo perito, por
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ser um documento formal que agrupar aos autos do processo. Sendo todas as
folhas rubricadas evitando substituio de folhas garantindo a excelncia do
documento perante a justia.O laudo a pea fundamental para liquidao de um processo, ela
demonstrar de forma consistente, verdica e responsvel, a opinio e parecer final
do perito que auxiliar um juiz, partes litigantes e administradores dependendo da
espcie de pericia, a arbitrar e obter a deciso final.
2.9 PARECER TCNICO-CONTBIL
O parecer tcnico-contbil o documento no qual o perito-contador
assistente expressa de forma clara e objetiva sua pesquisa perante o processo.
Segundo o Conselho Federal de Contabilidade o item abaixo cita: 13.5.1 O
parecer tcnico contbil a pea escrita na qual o assistente tcnico se expressa,
discordando de todo ou parte do laudo contbil subscrito pelo perito do juzo .
O parecer tcnico-contbil so as observaes e as diligncias que realizou e
as concluses fundamentadas do laudo pericial contbil, com a sua concordncia ou
discordncia perante o caso.
Segundo Zanna ...o assistente tcnico faz o seu trabalho com base nas
observaes e provas por ele colhidas durante as diligencias de que participou e,
obviamente, segundo a viso tcnica da parte a quem serve...
A preparao e a redao do parecer tcnico-contbil so de exclusiva
responsabilidade do perito contador assistente.
Havendo divergncias entre o parecer tcnico-contbil e o perito-contador
assistente, o mesmo transcrever o quesito objeto de discordncia, a resposta do
laudo, e finalmente sua resposta devidamente fundamentada.
Caso o perito contador no tenha respondido algum, o perito-contador
assistente a eles responder de forma circunstanciada, no sendo aceitas simples
respostas como "sim," ou "no", ressalvando-se as perguntas que contemplam
especificamente este tipo de resposta.
No havendo quesitos o parecer ser orientado pelo contedo do laudo
pericial contbil.
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2.9.1 Diferena entre laudo contbil e parecer contbil
A diferena entre laudo e parecer contbil consiste, que o laudo contm todo
o trabalho realizado pelo perito, o objetivo da percia, como ocorreu o
desenvolvimento da pesquisa e suas concluses. J o parecer tcnico caracteriza-
se pelas concluses do perito-contador judicial, verificadas e analisadas, em relao
ao fato gerador que envolve a percia, onde o perito assistente argumenta e informa
os pontos do trabalho do perito judicial que podem ter ficados falhos ou
equivocados.
2.10 HONORRIOS
O trabalho do perito contador requer conhecimento especfico e demanda
tempo. Atribuir valores aos honorrios uma parte delicada na relao entre perito,
cliente e juiz.
O perito por meio de petio faz a proposta de seus honorrios esclarecendo
e detalhando os seus quesitos, de um quadro oramentrio.
Seguindo o CFC 1057/NBC P2:
Esta norma profissional tem por objetivo explicitar os critrios a seremconsiderados na elaborao da proposta de honorrios do perito-contadorpara propor seus honorrios mediante avaliao dos servios,considerando-se: a relevncia, o vulto, o risco, a complexidade, aquantidade de horas, o pessoal tcnico, o prazo estabelecido, a forma derecebimento e os laudos inter-profissionais, entre outros fatores.
Conforme a NBC P2 o perito-contador deve elaborar o oramento de
honorrios, observando os disposto no item 2.4.1 e seus subitens, estimando,
quando possvel, o nmero horas para a realizao do trabalho, por etapa e por
qualificao dos profissionais (auxiliares, assistentes, seniores) da seguinte forma:
a) Retirada e entrega dos autos;
b) Leitura e interpretao do processo;
c) Abertura de papeis de trabalho
d) Abertura de peties e/ou correspondncias para solicitar informaes e
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documentos;
e) Realizao de diligncia e exame de documentos;
f) Pesquisa e exame de livros e documentos tcnicos;g) Realizao de clculos, simuladores e anlises de resultados;
h) Laudos inter-profissionais;
i) Preparao de anexos e montagem do laudo;
j) Reunies com peritos contadores assistentes, quando for o caso;
k) Reunies com as partes e/ou com terceiros, quando for o caso;
l) Redao do laudo;
m) Reviso final.O perito contador deve seguir os subitens relacionados e dever estabelecer
para quem ele est prestando servio, de uma forma clara, detalhada, consistente e
formalizando os critrios que usou para transformar seu trabalho em valores.
2.10.1 O valor e preo do servio
O Valor dos servios prestados pelo Perito varivel, pois cada processopossui suas caractersticas nicas, cada tipo de percia seja trabalhista, judicial,
extrajudicial entre outras so diferentes, assim como o valor do profissional, pois
depende de sua experincia, o seu nome no mercado e de quem o indicou.
A FECONTESC Federao de Contabilistas do Estado de Santa Catarina,
fornece uma proposta (tabela). De honorrios de servios prestados pelos
contadores e seus valores.
A tabela abaixo contm o valor do trabalho do Perito Contador que propostoassim:
TABELA 1 - HONORRIOS PROPOSTOS PELA FECONTESC (2010)
TRABALHOS DE PERCIAS JUDICIAIS EEXTRAJUDICIAIS
Valor Mnimo Valor Mximo
CUSTO DE SERVIO PERICIAL MNIMO 922,16 1.588,88
CUSTO PERICIAL HORA TCNICA 125,75 216,67
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3 PERCIA CONTABIL
Nesta seo observaremos a percia contbil, aplicaes da percia judicial, a
funo do perito contbil, conceitos e procedimentos utilizados na percia, litgio e a
legislao vigente.
3.1 PERCIA CONTABIL
A percia contbil considerada uma prova tcnica para esclarecimento de
dvidas contbeis, e serve como prova para determinar fatos contbeis
controversos.A NBC-T-13, item 13.1.1, apresenta a seguinte definio:
A percia contbil constitui o conjunto de procedimentos tcnicos ecientficos destinado a levar instncia decisria elementos de provanecessrios a subsidiar justa soluo do litgio, mediante laudopericial contbil, e ou parecer pericial contbil, em conformidade comas normas jurdicas e profissionais, e a legislao especfica no quefor pertinente.
A percia contbil evoluiu de tal forma utilizando a Tecnologia da Informao
Contbil, que facilitou as pesquisas em relao ao fato em questo, sempre
preservando as formalidades e respeitando as normas tcnicas exigidas pela lei.
A percia contbil inscreve-se num dos gneros de prova pericial, ou seja,
uma das provas tcnicas disposio das pessoas fsicas ou jurdicas, e serve
como meio de prova de determinados fatos contbeis controvertidas (Ornelas, 2003
p.33).
Em suma, a percia contbil vem a ser o relato pessoal sobre a anlise dedocumentos e fatos passados, sendo uma ferramenta para clarear os fatos e
pesquisa sempre respeitando as normas legais, devidamente fundamentada em
provas contundentes, de cunho tcnico com especificidade a pessoa habilitada,
tendo de deixar registrado os passos e os documentos pertencentes ao processo
pesquisado.
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3.2 APLICAES DA PERICIA CONTABIL JUDICIAL
As aes judiciais em geral buscam exercer o direito de beneficiar algo ou
algum, porm a percia contbil tem como objetivo a mensurao monetria, no
qual depois de examinados os fatos, passasse a avaliar qual real monetariedade
do objeto em questo.
Nas aes de litgios verificasse a necessidade de contratao de contador
com registro no Conselho Regional de Contabilidade, para a verificao, vistoria,
anlise e exposio de um laudo pericial para assessorar a deciso a ser tomada
pelo Magistrado, so elas as percias contbeis: Al imentcias (ao ord inria) comprovao da necessidade de
apurao de direitos monetrios entre os cnjuges, para a guarda ou manuteno
do(s) dependente(s) comum(s).
Societrias o tipo de percia que envolve apurao de haveres de
diversos fatos diferentes, como por exemplo, morte de scio, dissoluo de
sociedade, concordatas, falncias, ou seja, nos casos em que haja a necessidade
de apurar direitos de algum em uma massa patrimonial. Trabalhistas (aes) um dos mais valiosos ramos de atuao por parte
do perito a Justia do Trabalho, onde provm de registros de empregados,
vencimentos, e direitos existentes na Consolidao das Leis do Trabalho.
3.3 PERITO-CONTADOR JUDICIAL
O perito contador um profissional que revela atos e fatos que acontecem no
patrimnio de entidades, ele auxilia o Juiz na tomada de deciso.
Sua tica estabelecida sobre o Cdigo de tica profissional do Contador e
das Normas do Conselho Federal de Contabilidade. J sua capacidade moral vem
do compromisso com a sua conduta, carter e da fidedignidade e veracidade com
que executa seus trabalhos.
Segundo S (1997, p.20) o profissional que executa a percia contbil precisa
ter um conjunto de capacidades, que so suas qualidades. Entre elas esto legal;
profissional; tica e moral .
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Ao recorrer para especialistas de outras reas necessrio suplementar a
tarefa ou resolver assuntos que fogem formao cultural do contador.
Judicialmente o perito o profissional responsvel por sua opinio e se para
execuo de trabalhos especficos, recorreu a terceiros, deve, igualmente, assumir a
responsabilidade, pois dividiu a tarefa, mas no a responsabilidade.
Conforme as Normas (NCB-P-2 e NBC-T-13), perito contador para exercer sua
funo dever ter pleno conhecimento e experincia na matria a ser analisada,
tambm deve ser registrado no Conselho Regional de Contabilidade onde sua
profisso regulamentada.
3.4 PERITO-CONTADOR ASSISTENTE TCNICO
O Perito contador assistente no difere do perito contador, porm ele
indicado por umas das partes litigantes, ou seja, indicado devido a sua
confiabilidade.
Para Hoog e Petrenco (2003,p.73) ... o assistente tcnico o profissional de
confiana da parte que o indica livremente, razo pela qual a parte que o indicouarca com seus honorrios, adiantamento das despesas .
Com a resoluo do CFC 857/99 que tirou a obrigao do perito nomeado
pelo juiz de manter contato com o assistente tcnico, fim os papeis se invertem, pois
o perito assistente concordando com sua indicao devero solicitar por um
documento escrito com o interesse de acompanhar o trabalho.
Seguindo a NBC-P-2 o perito assistente deve cumprir os prazos
estabelecidos no processo ou zelar por suas pro rogativas profissionais, dentro doslimites de suas funes, fazendo respeitar e agindo sempre com a seriedade e
descrio .
O perito assistente tcnico tem plena responsabilidade de zelar por seus
trabalhos, sendo discreto e sincero com intuito de ser nomeado pelo juiz, ou ser de
confiana assim aumentando sua clientela.
3.5 DIFERENAS ENTRE PERITO CONTADOR JUDICIAL E ASSISTENTE
TCNICO
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FIGURA 1 - TRAMITIO DO PROCESSO NA REA DA PERCIAFonte: Adaptado de Grandi (2005, p 25)
3.8 EXECUO DA PERCIA NA VARA CVEL
Em se tratando da execuo da percia em processos revisionais de contratos
de financiamento, so definidos, no momento, nesta pesquisa alguns pontos
relevantes, no qual ser abordado e fundamentado neste captulo, abaixo descritos.
3.3.1Clculo do valor das parcelas
Tratando-se do clculo do valor das parcelas, o mesmo ser mensurado pela
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diviso do montante geral financiado, a prazo, dividido pela quantidade de meses
vencer, ou seja, o perodo do financiamento. Incidir sobre as parcelas o indexador
fixado para atualizao monetria e os juros que remuneram esse capital.
3.3.2 Atualizao Monetria sobre as parcelas
Para trazer o valor passado para valor presente podem incidir sobre o valor
da parcela vrios indexadores, mas falaremos um pouco sobre o indexador CUB
(custo unitrio bsico), que o ndice do Custo da Construo, que mensura a
variao do custo dessa construo nacional, expedindo um custo por metragem
mdio.Podem, da mesma forma, incidir o INPC (ndice nacional de preo ao
consumidor), que tem a mesma funo dos outros indexadores, e produzido pelo
IBGE desde maro de 1979.
utilizado como medida de correo do poder de compra dos salrios. J foi
utilizado para reajuste salarial, atravs da Lei No. 6708 de 30/10/1979 e para
correo dos aluguis, atravs da Lei No. 7069 de 20/12/1982. Deixou de ser
indexador oficial de salrios e aluguis em 11/85.Foi utilizado pelo governo para diversos fins, destacando-se as Leis:
8222 de 05/09/9 1 e 8419 de 07/05/92 que identificam a utilizao do INPC
na poltica nacional de salrios at agosto de 1992,
8200 de 28/06/91, que dispe sobre a correo monetria das
demonstraes financeiras para efeitos fiscais e societrios (revogada pela Medida
Provisria No. 312, de 11/02/93);
8212 e 8213, de 24/07/91, que dispe sobre o Plano de Benefcios daPrevidncia Social.
- ajuste dos salrios de contribuio (em vigor at12/92).
Atualmente, o INPC utilizado para reajustar os valores de depsitos recursal
(art. 899 da CLT), de acordo com o pargrafo 4o., art. 8o. da Lei No. 8542 de
23/12/92.
Em relao atualizao monetria, observa-se a correo a partir dos
ndices solicitados pela Vara Cvel, INPC, ajustado devidamente nos meses da
execuo dos clculos periciais, conforme as informaes da planilha eletrnica e
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deciso tomada pelo magistrado.
3.3.3 Juros Remuneratrios Contratuais
So valores informados desde a data em que a obrigao foi pactuada no
contrato, com um valor expresso em porcentagem, determinado at sua forma
clculo e qual o perodo de sua capitalizao.
O valor dos juros remuneratrios mensurado, geralmente, mensalmente, ao
qual o mercado e o tipo de transao efetuado que dizem qual o valor a ser cobrado
sobre cada prestao.
3.3.4 Juros de mora
o tipo de juros cobrado no caso de pagamento em atraso, ou seja,
inadimplncia. Seu valor fixo de 1% (um por cento) ao ms, expedido pelo Cdigo
de Defesa do Consumidor. Nos processos judiciais, esses mesmos juros, podero
der calculados e contados a partir do descumprimento da obrigao ou do mandado
de citao, geralmente demonstrados at a data da formulao dos clculos peloperito na matria em questo.
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4 METODOLOGIA DA PESQUISA
A pesquisa para a monografia envolve teoria e prtica para melhorar e
aprofundar o conhecimento da aluna em percia, tema escolhido para seu
desenvolvimento profissional.
4.1 CARACTERIZAO DA PESQUISA
A pesquisa tem o carter aplicado e fundamentado nos quesitos exigidos nos
autos do processo, atravs dos questionamentos das partes, ao Perito-Contador
Judicial. utilizado na pesquisa dois tipos de abordagens: a forma de abordagem do
problema qualitativa, para resoluo do litgio, complementando a pesquisa,
tambm caracterizada quantitativa, pois tudo ser mensurado monetariamente,
demonstrando a influncia de taxas e ndices.
A pesquisa explicativa e descritiva, mostrando a figura do Profissional
Contbil na rea Pericial, e ainda abordar os procedimentos tcnicos utilizados na
aplicao da percia, anlises documentais, levantamento de dados e ainda umestudo de caso sobre o tema a que ser desenvolvido, reclculo de financiamento
de um imvel, utilizando um processo judicial de exemplo, aplicando a legislao
pertinente e ainda analisando os quesitos processuais abordados.
A pesquisa mostrar a investigao dos fatos e a comprovao da matria em
lide, para que se explane uma coerente explicao sobre o assunto. J a pesquisa
de campo abrange: a) pesquisa bibliogrfica; b) determinao dos clculos para
verificao efetiva e devida da reclamada.
4.2 ESTUDO DE CASO
O estudo de caso caracteriza-se pelo aprofundamento de determinado
assunto. De acordo com Beuren (2003, p. 84) ...estudo de caso caracteriza-se
principalmente pelo estudo de caso concentrado de um nico caso. Esse estudo
preferncia pelos pesquisadores que desejam aprofundar seus conhecimentos a
respeito de determinado caso especfico.
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No estudo de caso ocorre a necessidade de levantar informaes e formular
questionamento que sero estudados e que no foram previstos no incio da
pesquisa, precisando da autorizao prvia do responsvel pelo objeto analisado.
4.3 UNIDADE DE ANLISE
4.3.1 Instrumento
Para a realizao do estudo de caso foram implementados os seguintes
instrumentos para solucionar as questes de pesquisa proposta:
- Levantamento documental do caso;- Utilizao da legislao vigente;
- Utilizao da planilha eletrnica;
- Uso de leitura especifica para o caso.
4.3.2 Procedimentos Metodolgicos
Para solucionar os problemas propostos, foram implementadosprocedimentos durante a realizao do estudo de caso.
- A monografia tem por objetivo mostrar como se um laudo pericial que ser
agregado ao processo como uma das principais provas a ser utilizadas;
- As informaes utilizadas no embasamento do processo sero pesquisadas,
analisadas e interpretadas para compor os autos ou ainda auxiliar uma das partes;
- A pesquisa possui um carter qualitativo, sendo um estudo de caso e
considerando a elaborao da planilha eletrnica;- As informaes e concluses sero demonstradas na forma de planilhas e
tabelas explicativas;
- Para a compreenso dos dados pesquisaremos nos autos do processo ou
por meio de diligencia entre as partes junto a reclamada ou reclamante quando as
informaes no constarem no processo;
- Os mtodos utilizados para os clculos so atuais e dentro da legislao em
vigor para melhor elaborao do laudo pericial, atualizada de acordo com a tabela
do rgo competente;
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5 ESTUDO DE CASO
Neste captulo do trabalho apresentar-se-, de forma prtica, o estudo de
caso de uma percia de reclculo de financiamento julgado na Vara Cvel de
Florianpolis, descrevendo a maneira que o processo foi executado, calculando os
valores questionados, ndices para averiguao e confirmao dos resultados,
juntamente com o laudo.
O reclamante o comprador Ciclano de Tal, autor do processo est
questionando o saldo devedor de seu financiamento imobilirio, e do outro lado a
empresa, denominada r, contestando o pedido sobre o saldo devedor apresentadopelo Sr. Ciclano de Tal.
Para a aplicao prtica no presente trabalho de pesquisa neste captulo, cujo
intuito demonstrar de forma prtica o que foi descrito nos captulos anteriores e os
enquadrados no captulo cinco de Metodologia da Pesquisa.
Prezando a tica profissional, no sero citadas algumas informaes
sigilosas sobre o processo, sendo alterados o nome e informaes sobre as partes e
Magistrado. Porm as informaes sobre o processo so fidedignas, porm operodo de clculo alterado para melhor visualizao do pesquisador.
5.1 FASE DE INSTRUO
Na fase de instruo processual so produzidas as provas requeridas no
processo, nesse caso os clculos, tanto por parte do reclamante e da reclamada,assim instruindo o juiz a cerca dos fatos para tomar as futuras decises.
5.1.1 Da petio inicial
Na petio inicial que o autor (reclamante) por intermdio do seu advogado e
credenciado em seu rgo de classe, indicar contra quem reclama e argumentar o
pedido que seu cliente alega ter sido cumprido.
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O perito contador deve ater-se a essa pea que descrever o que vai se tratar
o objeto da percia.
Com a ao inicial protocolada na da vara cvel, esta notificar o ru enviando
cpia da inicial e informando a data de realizao da audincia inicial.
Na audincia inicial haver uma tentativa de conciliao entre as partes
litigantes, no havendo sucesso o ru apresentar sua resposta em forma de
contestao.
5.1.2 Da contestao
Na contestao a r rebater de forma fundamentada a todos os pedidos
formulados pelo autor (reclamante) em sua petio inicial, sob pena de ser
considerado verdadeiro aquilo que no foi contestado, conforme art. 302 do CPC.
A AML Engenharia ratificou a planilha apresentada pela perita Andressa
Larios, por esse motivo nesse litgio no houve contestao, e perdeu o prazo para
contestao.
5.2 RECLCULO DE FINANCIAMENTO
Nesta seo contextualiza-se o teor do litgio pelo reclculo de financiamento,
e os quesitos para a elaborao do clculo por meio de planilha eletrnica.
A Tabela 2 apresenta o levantamento das prestaes do reclamante dentro
do perodo de 05/06/2005 at 05/05/2009, pela taxa CUB, conforme documento
fornecido pela AML Engenharia, sendo atualizado at a data estipulada maio de2009, sendo devidamente identificados os meses competentes ao perodo inserido
no processo N XXXXX-X.
J a Tabela 3 apresenta o levantamento dos prestaes do reclamante dentro
do perodo de 05/06/2005 at 05/05/2009, pela taxa INPC, esse ndice fornecido
pelo governo, sendo atualizado at a data estipulada Maio de 2009, sendo
devidamente identificados os meses competentes ao perodo inserido no processo
N XXXXX-X.
A Tabela 4 apresenta a diferena entre a Tabela 2 que o levantamento das
prestaes pela taxa CUB e a Tabela 3 o levantamento das prestaes pelo INPC,
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sendo o valor atualizado at Maro de 2010. O financiamento foi quitado em Maio de
2009, porm o processo continuou tramitando at maro 2010, quando o juiz
anunciar o resultado da sentena.
5.3 CRITRIOS UTILIZADOS PARA EXECUTAR A PERCIA
Nesta seo apresentar-se-, discriminadamente, como verificado a
composio da opinio perito contador judicial em sua atuao profissional em um
processo.
5.3.1 Juros Contratuais
Os juros so calculados e contados a partir do mandado de citao at a data
da formulao dos clculos pelo perito.
O valor mensurado mensalmente a 1% ao ms sobre o valor do reajuste
corrigido, conforme ajuizamento da ao, sendo sua capitalizao anual.
5.3.2 Juros de Mora
o tipo de juros cobrado no caso de pagamento em atraso, ou seja
inadimplncia. Seu valor fixo de 1% (um por cento) ao ms.
5.3.3 Correo da Parcela
A correo da parcela a multiplicao do valor da parcela pelo ndice
mensal fornecido pela AML Engenharia ou pelo Governo Federal.
5.3.4 Valor Atual CUB
O valor atual a soma do valor da parcela mais o valor da correo da
parcela pelo ndice CUB mais juros contratuais.
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5.3.5 Valor Atual INPC
O valor atual a soma do valor da parcela mais o valor da correo da
parcela pelo ndice INPC mais juros contratuais.
5.3.6 Diferena a resti tuir
a diferena monetria entre as parcelas calculada e corrigida pelo CUB e
INPC.
5.3.7 ndice acumulado pelo INPC at maro 2010 em porcentagem
o valor referente ao acumulo do ndice at Maro 2010, para que o valor do
saldo devedor seja corrigido at o presente ms.
5.3.8 Diferena atual INPC (R$)
o valor correspondente da lacuna diferena a restituir (diferena do valor do
CUB diferena do valor INPC), multiplicado pelo ndice acumulado INPC 2010 em
(%).
5.3.9 Valor da diferena a restituir mais a di ferena atual (R$)
o valor da diferena a restituir multiplicado pela diferena atual do INPC.
5.3.10 Juros de Mora Acumulado
o acumulo dos juros de mora durante os meses vigentes do contrato definanciamento, no valor de 1% ao ms.
5.3.11 Juros de mora corrig ido (R$)
o valor da diferena a restituir mais a diferena atual entre o CUB e INPCvezes o juros de mora acumulado.
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ndiceCaptulos
I Objetivo-------------------------------------------------------37
II - Breve Histrico do Processo-----------------------------37III Metodologia e Critrios de Trabalho-------------------37IV Quesitos formulado pela parte autora----------------38V Quesitos formulado pelo ru-----------------------------45VI Encerramento----------------------------------------------45
1- OBJETIVO
Responder aos quesitos formulados pelo M.M. Juzo e pelas partes,
verificando a evoluo do encargo mensal e do saldo devedor.
2- BREVE HISTRICO DO PROCESSO
Em 05/05/2005, foi acordado entre as partes um contrato de compra e venda
de uma unidade imobiliria, onde foi financiado diretamente pela construtora AMLEngenharia Ltda., onde seu cliente, Sr. Ciclano de Tal se obriga a pagar
futuramente o valor acordado. Abaixo demonstra-se quadro explicativo dos
valores pactuado entre as partes, inicialmente:
VALOR FINANCIADO MENSAL: 54.866,00
N PREST. MENSAL: 48
VENCIMENTO 1 PREST. MENSAL: 5/6/2005
VALOR FINANCIADO ANUAL: 36.000,00N PREST. ANUAL: 4
VENCIMENTO 1 PREST. ANUAL: 5/5/2006
3- METODOLOGIA E CRITRIOS DE TRABALHO
1 O trabalho de investigao que permitiu produzir esta prova foi conduzido no que
foi possvel e aplicvel, dentro dos limites tcnicos estabelecidos pelas Normas
Brasileiras de Contabilidade NBC T 13 Da Percia Contbil e NBC P 2
NORMAS PROFISSIONAIS DO PERITO CONTBIL, aprovada, pelas Resolues
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n 858/1999 e 857/1999 do CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, ambas
datadas de 21.10.1999. Os procedimentos e tcnicas adotados objetivaram a
elaborao deste Laudo Pericial Contbil, abrangendo, e examinando a
complexidade da matria tratada, o exame, pesquisa, indagao, investigao,
mensurao e certificao, como previsto na NBC-T13 supracitada.
2- Analisou-se todos os documentos entregues pelas partes nos autos, sendo que
alguns foram solicitados atravs de petio protocolada nos autos.
3 Conforme deciso judicial, folha XX5, foram estabelecidos novos critrios para
verificar a divergncia com os anteriormente pactuados. Os novos critrios serodescritos abaixo:
a) O ndice, conforme deciso judicial para utilizar-se o INPC ndice nacional
de preo ao consumidor;
b) Os juros remuneratrios definido pelo juiz foram de 1% ao ms.
c) A capitalizao dos juros remuneratrios anual, ou seja, juro composto.
4- RESPOSTAS AOS QUESITOS FORMULADO PELA PARTE AUTORA
1- Queria o Sr. Perito informar qual o contrato objeto da presente ao, seu
nmero, data de assinatura e prazo.
Resposta: O contrato de financiamento pactuado entre as partes de n 224901,
sendo assinado em 05 de maio de 2005 com prazo de liquidao em 48 (quarenta e
oito) prestaes cujo vencimento inicial ocorreu em 05/06/2005 e o ltimo
pagamento em 05/05/2009.
2- Queira o Sr. expert, demonstrar qual o valor inicial contratado para o
financiamento, bem como, das parcelas vincendas. De que maneira deve ser
feito o clculo da primeira e das seguintes parcelas, considerando os termos
contratuais.
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Resposta O valor inicial pactuado e estipulado no contrato foi de uma parcela de
entrada de R$ 50.000,00 R$ (cinqenta mil reais) mais 48 parcelas de R$ 1.143,04
(hum mil cento e quarenta e trs reais e quatro centavos) corrigida pelo CUB,
mensalmente, somando-se o juros compostos contratuais fornecidos pela AML
ENGENHARIA LTDA, totalizando o valor de R$ 104.902,00.
Segue um demonstrativo da Tabela 2 de como foi calculado as primeiras parcelas
do contrato at chegar ao saldo final dos clculos. Para conferncia da tabela
completa, verificar Anexo A.
TABELA 2 - VALOR FINANCIADO E EFETIVAMENTE PAGO PELO CLIENTE NO FINANCIAMENTOHABITACIONAL
3- Qual o valor do saldo devedor do Autor em Maio de 2009, se respeitadas s
clusulas contratuais?
Resposta: O valor do saldo devedor em maio de 2009 calculado segundo a AML
ENGENHARIA LTDA utilizando o ndice CUB era de R$ 126.112,89. Segue Tabela 2
abaixo. Para conferncia da tabela completa, verificar Anexo A.
1 -PARCELA
2 -VENCIMENT
O DAPARCELA
3 - VALORDA
PARCELA
4 -QTDADENDICES
5 -CORRE
O (3x4)
6 - JUROSCONTRATU
AIS
7 - VALORATUAL(3+5+6)
PAGAMENTO
VALORPAGO
ENTRADA 5/6/2005 50.000,00 50.000,00
1 5/6/2005 1.143,04 0,70 44,48 11,88 1.199,40 5/6/2005 1.199,40
2 5/7/2005 1.143,04 0,59 44,46 23,77 1.211,27 5/7/2005 1.211,27
3 5/8/2005 1.143,04 0,62 45,44 35,59 1.224,07 5/8/2005 1.224,07
4 5/9/2005 1.143,04 0,62 49,02 47,68 1.239,74 5/9/2005 1.239,74
5 5/10/2005 1.143 04 0 77 49 05 59 57 1.251 66 5/10/2005 1.251 66
http://www.pdfcomplete.com/cms/hppl/tabid/108/Default.aspx?r=q8b3uige22http://www.pdfcomplete.com/cms/hppl/tabid/108/Default.aspx?r=q8b3uige22http://www.pdfcomplete.com/cms/hppl/tabid/108/Default.aspx?r=q8b3uige227/27/2019 Tcc Pericia Contabil - Interessante
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TABELA 2 - VALOR FINANCIADO E EFETIVAMENTE PAGO PELO CLIENTE NO FINANCIAMENTOHABITACIONAL
4 - Qual o valor do saldo devedor do Autor em Maio de 2009, se respeitadas s
clusulas contratuais, porm utilizando o INPC, como ndice de correo?
Resposta: O valor do saldo devedor em maio de 2009 calculado segundo o perito
utilizando o INPC era de R$ 100.014,66. Para conferncia da tabela completa,
verificar Apndice B.
TABELA 3 - VALOR FINANCIADO E EFETIVAMENTE PAGO PELO CLIENTE NO FINANCIAMENTOHABITACIONAL
1 -PARCELA
2 -
VENCIMENTODA PARCELA
3 - VALOR
DAPARCELA
4 -
QTDADENDICES
5 -
CORREO(3x4)
6-JUROSCONTRATUAIS
7- VALOR
ATUAL(3+5+6)
PAGAMENTO VALORPAGO
43 5/12/20081.143,04
16,12 333,32 632,412.108,77
5/12/20082.108,77
44 5/1/2009 1.143,04 16,41 325,89 648,89 2.117,82 5/1/2009 2.117,82
45 5/2/20091.143,04
17,05 339,99 663,12.146,13
5/2/20092.146,13
46 5/3/20091.143,04
17,36 326,57 681,772.151,38
5/3/20092.151,38
47 5/4/2009 1.143,04 17,56 348,44 698,52 2.190,00 5/4/2009 2.190,00
48 5/5/20091.143,04
18,11 350,21 711,852.205,10
5/5/20092.205,10
4 ANUAL 5/5/20099.000,00
18,11 1139,36 2737,6312.876,99
5/5/200912.876,99
TOTAL 90.866,00 10.739,66 24.507,23 126.112,89 126.112,89
1 -PARCELA
2 -VENCIMENTODA PARCELA
3 - VALORDAPARCELA
4 -QTDADENDICES
5 -CORREO(3x4)
6-JUROSCONTRATUAIS
7- VALORATUAL(3+5+6) PAGAMENTO
VALORPAGO
43 5/12/2008 1.143,04 16,12 184,26 21,47 1.348,77 5/12/2008 1.348,77
44 5/1/2009 1.143,04 16,41 187,57 21,58 1.352,20 5/1/2009 1.352,20
45 5/2/2009 1.143,04 17,05 194,89 21,74 1.359,67 5/2/2009 1.359,67
46 5/3/2009 1.143,04 17,36 198,43 21,89 1.363,36 5/3/2009 1.363,36
47 5/4/2009 1.143,04 17,56 200,72 21,97 1.365,73 5/4/2009 1.365,73
48 5/5/2009 1.143,04 18,11 207,00 22,10 1.372,14 5/5/2009 1.372,144ANUAL 5/5/2009 9.000,00 18,11 1.629,90 42,18 10.672,08 5/5/2009 10.672,08
TOTAL 90.866,00 7.991,29 1.157,37 100.014,66
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5 - Qual o valor do saldo devedordo Autor em Maio de 2009, se respeitadas s
diferenas dos ndices CUB e INPC?
Resposta: O valor do saldo devedor em maio de 2009 calculado segundo o perito
utilizando o INPC era de R$ 28.924,50. Para conferncia da tabela completa,
verificar Apndice C.
Tabela 4 - DEMONSTRATIVO DA DIFERENA EFETIVAMENTE PAGA PELO CLIENTE (TABELA 2)SUBTRAIDO OS VALORES QUE DEVERIAM SER PAGOS (PLANILHA 3) NO FINANCIAMENTO
6- Queira o Sr. Perito responder qual foi a taxa de juros mensal aplicada no
financiamento em questo?
Resposta: A taxa de juros composta utilizada pela AML Engenharia LTDA foi de 1%
(um por cento) ao ms.
1 -PARCELA
2 -VENCIMENTODA PARCELA
3 - VALORTOTALATUAL(CUB)
4 - VALORTOTALATUAL(INPC)
5 -DIFERENAARESTITUIR(3-4)
6 - NDICEACUM.INPC (ATMAR/2010)%
7 -DIFERENAATUALINPC (R$)
8 - VALORDA DIF ARESTITUIR+ DIFATUAL(R$)
43 5/12/2008 2.108,77 1.348,77 760,00 6,33 48,11 808,10
44 5/1/2009 2.117,82 1.352,20 765,62 5,69 43,56 809,19
45 5/2/2009 2.146,13 1.359,67 786,47 5,38 42,31 828,78
46 5/3/2009 2.151,38 1.363,36 788,02 5,18 40,82 828,8447 5/4/2009 2.190,00 1.365,73 824,27 4,63 38,16 862,43
48 5/5/2009 2.205,10 1.372,14 832,96 4,03 33,57 866,53
4 ANUAL 5/5/2009 12.876,99 10.672,08 2.204,91 4,03 88,86 2.293,77
TOTAL 126.112,89 100.014,66 26.098,23 2.826,27 28.924,50
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7 - Queira o Sr. Perito informar se este ndice se refletiu no valor das demais
parcelas.
Resposta: Sim, esse ndice influenciou nas demais parcelas, pois de um ms para o
outro, o valor da parcela foi aumentando gradativamente, conforme planilhas em
anexo.
8 - Queira o Sr. Perito informar qual o montante total da diferena apontada entre as
datas verificadas e demonstrar qual o montante total, atualizado at a presente
data?
Resposta: A r AML ENGENHARIA LTDA dever devolver ao Sr. Ciclano de Tal, de
acordo com o clculo efetuado pelo perito o valor de R$ 35.898,55, atualizado at o
ms de maro de 2010, que lhe foi cobrado a mais no financiamento somando asparcelas mais os juros. Segue planilha abaixo. Para conferncia da tabela completa,
verificar Apndice C.
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ENTREGA DAS CHAVES MANDADO DE CITA O 05/06/2007
25 05/06/2007 1.544,02 1.238,84 305,18 15,49 47,27 352,45 34,00% 119,83 472,2826 05/07/2007 1.659,67 1.242,49 417,18 15,17 63,29 480,47 33,00% 158,55 639,0227 05/08/2007 1.643,62 1.246,24 397,38 14,58 57,94 455,32 32,00% 145,70 601,0228 05/09/2007 1.635,44 1.253,12 382,32 14,33 54,79 437,11 31,00% 135,50 572,6229 05/10/2007 1.664,46 1.256,10 408,37 14,03 57,29 465,66 30,00% 139,70 605,3630 05/11/2007 1.686,88 1.259,61 427,28 13,60 58,11 485,39 29,00% 140,76 626,1531 05/12/2007 1.749,08 1.264,63 484,45 12,63 61,19 545,64 28,00% 152,78 698,4232 05/01/2008 1.749,08 1.275,92 473,17 11,94 56,50 529,66 27,00% 143,01 672,67
33 05/02/2008 1.752,27 1.284,04 468,23 11,46 53,66 521,89 26,00% 135,69 657,5834 05/03/2008 1.770,66 1.289,70 480,96 10,95 52,67 533,63 25,00% 133,41 667,0335 05/04/2008 1.794,01 1.295,67 498,34 10,31 51,38 549,72 24,00% 131,93 681,6536 05/05/2008 1.816,06 1.303,16 512,90 9,35 47,96 560,86 23,00% 129,00 689,86
3 ANUAL 05/05/2008 12.876,99 10.254,57 2.622,42 9,35 245,20 2.867,61 23,00% 659,55 3.527,1637 05/06/2008 1.822,79 1.316,55 506,24 8,44 42,73 548,96 22,00% 120,77 669,7438 05/07/2008 2.039,15 1.327,29 711,86 7,86 55,95 767,81 21,00% 161,24 929,0639 05/08/2008 2.040,67 1.334,16 706,51 7,65 54,05 760,56 20,00% 152,11 912,6740 05/09/2008 2.041,09 1.336,69 704,40 7,50 52,83 757,23 19,00% 143,87 901,1041 05/10/2008 2.055,25 1.338,47 716,78 7,00 50,17 766,96 18,00% 138,05 905,0142 05/11/2008 2.086,75 1.344,29 742,46 6,62 49,15 791,61 17,00% 134,57 926,1943 05/12/2008 2.108,77 1.348,77 760,00 6,33 48,11 808,10 16,00% 129,30 937,4044 05/01/2009 2.117,82 1.352,20 765,62 5,69 43,56 809,19 15,00% 121,38 930,5645 05/02/2009 2.146,13 1.359,67 786,47 5,38 42,31 828,78 14,00% 116,03 944,8146 05/03/2009 2.151,38 1.363,36 788,02 5,18 40,82 828,84 13,00% 107,75 936,5947 05/04/2009 2.190,00 1.365,73 824,27 4,63 38,16 862,43 12,00% 103,49 965,9248 05/05/2009 2.205,10 1.372,14 832,96 4,03 33,57 866,53 11,00% 95,32 961,85
4 ANUAL 05/05/2009 12.876,99 10.672,08 2.204,91 4,03 88,86 2.293,77 11,00% 252,31 2.546,09OTAL 126.112,89 100.014,66 26.098,23 2.826,27 28.924,50 6.974,05 35.898,55
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V - QUESITO DO RU
O ru e seu perito assistente perderam o prazo para efetuar os quesitos, por
causa desse pequeno problema no puderam solicitar perguntas ao Expert do juzo.
Por fim, diante da efetiva apresentao de documentao comprobatria nos autos,
os trabalhos foram desenvolvidos com clareza, evidenciando o objeto desta ao.
VI - ENCERRAMENTO
Nada mais existindo para ser aclarado, encerramos o presente Laudo de
Esclarecimentos, constitudo de 9 pginas, impressas por processamento eletrnico
de dados, somente no anverso, ao final assinado, e mais 9 Anexos, devidamente
rubricados em todas as suas pginas. Por fim, este auxiliar da Justia coloca-se
disposio para eventuais outros esclarecimentos que se fizerem necessrios,
inclusive em audincia.
Florianpolis, xx de maro de 2010.
T. em que
P.E. Deferimento
Florianpolis, xx de maro de 2010.
_______________________________________Andressa LariosCRC/SC 00000-00
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6 CONSIDERAES FINAIS
O presente trabalho foi desenvolvido para mostrar como executado um
processo de litgio dentro do reclculo de financiamento, dentro dos parmetros
legais que podem ocasionar longas discusses durante anos.
A para elaborao do processo e clculos discutiu-se direito, contabilidade e
matemtica, j na fase da execuo os valores esto liquidados.
Para se obter maior xito no resultado do processo devem-se procurar
assistentes periciais especializados na parte de auxlio e execuo do mesmo,
obtendo o melhor resultado na fase final ou seja o quanto devido ou se algo
devido.
6.1 GENERALIDADES
O Perito Contbil deve ser um profissional aplicado em certas reas como
contabilidade, matemtica financeira, tributos, fiscal e previdenciria.
Essas qualificaes so essenciais e inerentes a atividade contbil e ao perito
contador, que nesta funo denominado assistente tcnico, o profissional
habilitado para assegurar as partes no decorrer da execuo da sentena.
O estudou de caso procurou evidenciar os reflexos provocados pelo trabalho
da assistncia tcnica pericial, de modo a confirmar os argumentos defendido na
parte terica da pesquisa, e assim mostrar a importncia do trabalho do perito
contbil para as partes e para a justa soluo do processo.
O presente trabalho mostrou que a atuao eficaz do perito, fez com que oreclamante comprovasse que a AML Engenharia estava saindo beneficiada pelo
ndice adotado por eles no processo CUB.
O trabalho procurou evidenciar a importncia corretas dos clculos realizados,
seguindo as legislao vigente, mostrando que o perito deve ser uma pessoa
especializada com a matria em lide, assim facilitando o desenvolvimento do
trabalho.
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6.2 QUANTO AO ALCANCE DOS OBJETIVOS
O objetivo geral deste trabalho abordar as fases da percia dentro do
reclculo de financiamento e as fases de atuao profissional contbil na liquidao
da sentena. Esse quesito foi atendido no capitulo 5, onde foi analisado o
demonstrado o reclculo de financiamento, evidenciando tambm o papel do perito
dentro do processo do comeo ao fim.
Aos objetivos especficos, foi atendido com os captulos 2 e 3 atravs dafundamentao terica onde foram conceituados toda a pericia, pericia contbil, as
funes do perito, afim de dar suporte ao processo de litgio em questo facilitando o
entendimento do mesmo.
6.3 LIMITAES DA PESQUISA
Como limitao encontrada para o desenrolar da pesquisa esto
discriminados assim:
- Poucas referncias publicadas na rea de pericia e reclculo de financiamento em
artigos, revistas e livros;
- Dificuldade de acesso aos processos de reclculo de financiamento na Vara Cvel;
- Dificuldade em estabelecer contato com os juzes da Vara Cvel;
- Como a disciplina de percia contbil oferecida na grade curricular oitava fase
encontrou-se a dificuldade de elaborao da monografia, pela falta de embasamento
da disciplina, pois o trabalho de concluso curso tem que ser finalizado antes do
trmino da disciplina.
- - No corpo da monografia no consta o processo, por motivo de ter sido adaptado
de um processo real, e seus valores reais sendo divididos por coeficientes, para
distorcer o valor real do processo.
Apesar das limitaes expostas crem-se ter atingido todos os objetivos
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REFERNCIAS
ALBERTO, Valder Luiz Palombo. Percia Contbil. So Paulo. Atlas: 2000 19 p.
_______ Percia Contbil . So Paulo, Atlas, 1996.
_______ Percia Contbil . So Paulo, Atlas, 2003.
BEUREN, Ilse Maria (org). Como elaborar trabalhos monogrficos emcontabilidade: Teoria e prtica. So Paulo: Atlas, 2003. P 84
BRASIL. Cdigo do Processo Civil. Disponvel em: . Acessoem 12 de Maro 2010.
BRASIL. Constituio Federal de 1988. Disponvel em: .Acesso em 20 janeiro 2010.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Normas Brasileiras deContabilidade: NBC-T-13 Da Percia Contbil e NBC-P-2 - Normas Profissionaisdo Perito Contbil.Braslia, 2000.
_______ Normas Contbeis. Disponvel em: . Acesso em18 fevereiro 2010.
_______ Perito Contbil. Disponvel em: . Acesso em 6fevereiro 2010.
CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DE SANTA CATARINA. NormasContbeis. Disponvel em: . Acesso em 20 fevereiro 2010.
FRANCO, Hilrio. Contabilidade Geral. 23 ed. Ed. Atlas. So Paulo, 1997. 19 p.
GRANDI, Renato. Monografia. Faculdades Bardal. Dezembro 2005.
HOOG, Wilson Alberto. Zappa. Prova Pericial Contbil: Aspectos Prticos &Fundamentais 6 Ed.Juru, Curitiba,2008.
HOOG, Wilson Alberto. Zappa; PETRENCO, Solange Aparecida. Prova PericialContbil: Aspectos Prticos & Fundamentais 3 Ed.Juru, Curitiba,2003
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ANEXOS
ANEXO A VALOR FINANCIADO E EFETIVAMENTE PAGO PELO CLIENTE NO
FINANCIAMENTO HABITACIONAL PELO INDICE CUB (TABELA 2)
ANEXO B VALOR FINANCIADO E EFETIVAMENTE PAGO PELO CLIENTE NO
FINANCIAMENTO HABITACIONAL PELO INDICE INPC (TABELA 3)
ANEXO C DEMONSTRATIVO DA DIFERENA EFETIVAMENTE PAGA PELO
CLIENTE CUB - INPC (TABELA 4)
ANEXO D TERMO ADITIVO COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA
RESIDENCIAL VERSALHES
ANEXO E CONVOCAO
ANEXO F ENTREGA DO LAUDO
ANEXO G REVISO DO CONTRATO ORDINRIO
ANEXO H REVISO DO CONTRATO II
ANEXO I- PROPOSTA DE HONORRIO
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ANEXO A VALOR FINANCIADO E EFETIVAMENTE PAGO PELO CLIENTE NO FINANCIAMENTO HABITACIONAL PEL O INDICE CUB (TABEL A 1)
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CONTRATO 224901 VALOR FINANCIADO MENSAL: 54.866,00 REAJUSTE DA PREST.: CUB
FINANCIADORA: AML ENGENHARIA LTDA N PREST. MENSAL: 48 JUROS REMUNERAT.: 1,00%
CLIENTE: CICLANO DA SILVA VENCIMENTO 1 PREST. MENSAL: 5/6/2005 CAPITALIZAO JUROS: MENSAL
RESIDENCIAL: VERSALHES VALOR FINANCIADO ANUAL: 36.000,00 TIPO: COMPOSTO
APARTAMENTO: 502 N PREST. ANUAL: 4VENCIMENTO 1 PREST. ANUAL: 5/5/2006
PLANILHA 1 - VALOR FINANCIADO E EFETIVAMENTE PAGO PELO CLIENTE NO FINANCIAMENTO HABITACIONAL
1 - PARCELA2 - VENCIMENTODA PARCELA
3 - VALOR DAPARCELA
4 - QTDADENDICES
5 - CORREO(3x4)
6 - JUROSCONTRATUAIS
7 - VALORATUAL (3+5+6) PAGAMENTO VALOR PAGO
ENTRADA 5/6/2005 50.000,00 50.000,00
1 5/6/2005 1.143,04 0,70 44,48 11,88 1.199,40 5/6/2005 1.199,40
2 5/7/2005 1.143,04 0,59 44,46 23,77 1.211,27 5/7/2005 1.211,27
3 5/8/2005 1.143,04 0,62 45,44 35,59 1.224,07 5/8/2005 1.224,07
4 5/9/2005 1.143,04 0,62 49,02 47,68 1.239,74 5/9/2005 1.239,74
5 5/10/2005 1.143,04 0,77 49,05 59,57 1.251,66 5/10/2005 1.251,66
6 5/11/2005 1.143,04 1,35 48,44 71,35 1.262,83 5/11/2005 1.262,83
7 5/12/2005 1.143,04 1,89 46,46 82,93 1.272,43 5/12/2005 1.272,43
8 5/1/2006 1.143,04 2,29 41,18 95,23 1.279,45 5/1/2006 1.279,45
9 5/2/2006 1.143,04 2,67 46,93 107,53 1.297,50 5/2/2006 1.297,50
10 5/3/2006 1.143,04 2,9 50,31 119,34 1.312,69 5/3/2006 1.312,69
11 5/4/2006 1.143,04 3,17 50,83 130,75 1.324,62 5/4/2006 1.324,62
1 ANUAL 5/5/2006 9.000,00 3,29 383,81 1126,06 10.509,87 5/5/2006 10.509,87
12 5/5/2006 1.143,04 3,29 57,11 143,01 1.343,16 5/5/2006 1.343,16
13 5/5/2006 1.143,04 3,42 44,24 159,44 1.346,72 5/5/2006 1.346,72
14 5/7/2006 1.143,04 3,35 109,16 172,9 1.425,10 5/7/2006 1.425,10
15 5/8/2006 1.143,04 3,46 101,9 185,24 1.430,18 5/8/2006 1.430,18
16 5/9/2006 1.143,04 3,44 91,43 198,05 1.432,52 5/9/2006 1.