QUARTA-FEIRAUDE SETEMBRO DE
1SB4"¦"'^•^J^ ^tmítãa.
FORTAIEMANNO II
W. IÒ5.
JORNAL POLÍTICO, MTTERARIO E CRITICO.A redacção só toma a responsabilidade dos seus arli-
gos; todos os mais para serem publicados de-verão vir competentemente legalizados.i Aimuneios a SO réis por linha, com abatimentopara os que forem repetidos por mais deuma vez. Numero avulso 120 réis.
ASSlü-muRi PABA A CIDADE. r l*IO,H M 1 so dizef-n; mas éum fac-to, que só por outro facto pode ser con-testado—rs homens perderão a razão,e embriagados t o ma*s louco fanatismoesquecerão não só deveres como di-reitos perfeitos, em que tem acção areslilueão legal: forão poucos os in$-tanles, porém muito menos constitueverdadeiro — dilirium. mentis !
_ E^ta cidade ainda estava por presen-ciar um eónflicto em que p.rcpón d orassemenos razào c direito ! Foi uma scenamais própria de selvagens, do que dehomens illnminados pela luz do evan-gelho social e religioso !
Que quer dizer dous grupos, por oc-casião de pleitearem o mais sagradodos direitos, e por isso mesmo clignode todo o acatamento e respeito—muni-dos com páo e pedra acnmmelterem-se re-ciprocamente seminais direito nem aves-so,^ conculcando deveres dc reciprocacaridade, cummuns e necessários a todoo homem quanto mais a um povo, quese diz regido pelas formulas políticasporque felizmente nos governamos?
Onde a razão da superioridade do
turpado, ou que lh'o denegavão.E por quem ? Qual o poder invasor?A mesa parochial !...Pois essa rne?a já não é competentehoje, tendo sido até hontem e por espaçode I f annos o bordão do partido conser-vador, como—negotium oí.dos grainma-ticos? Oh. Têmpora! Oh mores!Tambem o tempo muda a essência
das leis? iVíuito mal as circumstanciaspelo d irei Io da igreja, por uma cousaquo se chama epychéa; e no temporal,força maior, ou outra lei que as der-rogue ou abrogue.
As circumstancias são as mesmas dchontem ; salvo se o numero de contada epocha tambem influo na politica ,porque sendo isso causa accidental —subsistindo intacta a mesma fonte don-ne dirnana todo o poder; qual a razãoern contrario? Maldito caprixnhumano!A quantos desatinos não impei les o ho-mem e os partidos !
Eis toda a resposta—eis lodo o funda-mento justo e rasoavel para uma fac-ção investir contra outra com páo e pe-dra, para por esse meio desaffrontar-see apossar-se do terreno que á olhosvistos lhe escapava do poder II.! Não sepode justificar um absurdo deste lote.
A mesa (dizem os diários) abusou dodireito dc decidir sobre a identidade doente racional sobre os demais viventes? votante:—a mesa tornou-se parcial: masE esse povo vive debaixo de um resi-men philosophico, social c politico? Decerto ninguém o crera.Bem nos custa descer a enunciação
de factos de semelhante natureza; masdepois do que os jornaes hão esrripto epublicado sem mais escrúpulo nemreserva—depois do facto dado dentrodo período da eleição, em pleno d ia ea vista da população de uma cidade deonze mil habitantes , já não cabe noslimites da modéstia deixar de confes-sai-o, apesar do horror que nos rrerater de referir factos, que deverão" tersido lançados immedialamenfe no Iethes,para não darmos do próprio punho mai?!
a isso protesta-se com pedradas e outrasofTensas physicas ? Se fossem arremes-sadas contra a causa effieiente ou autorada deturpação do direito do votante,seria um attentado, e até certo pontojustificável para aquelles que assim pen-são e assim procederão; mas nada d'is-so se deu ; o conflicto foi de um contra]outro povo, ou de um grupo contra ou-1tro, depois de um aceno dado por um idos chefes c fiel sequaz até hontem, por 'bem dizer, do principio da soberania Jda mesa.
Até aqui nãoaggressão parido signal dado,
ha defesa possivel; e se Ii da opposição, depoisque se tornou \isive. r
reconhecido por todos, tanto mais pelafuga d'entre os aggrcssorcs dc dois co-ripheus para detraz da matriz, não pa-dece dtpida que o sangue derramado,com óbusode confiança, peza todo sobrea consciência talvez já letharg/osa dealguém, que não é a primeira vez que porventura se tem visto nessas safurnaes.
Ainda não queremos aflirmar nem darinteiro credito a tudo quanto se nos temreferido, porque nestes casos toda a cri-tica é pouca para descriminar o real doapparente, o certo do provável; e ain-da procurando attenuar o facto em proldos aggressores, a razão diz, que o fimtrágico e miserável do drama não foisenão provar a necessidade de ostentaressa apparente resistência, p,ira tirar ailíação do estado de conflagração em quese acha a provincia pelo peso enormee desmedido da política dominante; e aprova está, que ond e a opposição puderdispor de algum elemento, aguarda-seo mesmo desfecho.
Infeliz estratégia ! Misera\el meio deopposição 1De feito: um plano tão pérfido, e deuma má fé mais requintada, attentos os
meios levados a acção, com sacrifíciode miseráveis, que por compadresco eoutras aíTcições se deixarão levar aomatadouro pelo dourado da pílula ; decerlo é um requinte de perversidade!
Lamentamos de todo o coração quedeste modo se abuse da bôa fe do povo—sentimos, mui especialmente por sero facto dado entre nós, membros deuma mesma familia; ao passo que foiuma lição mestra, para que de outravez o povo não se deixe arrastar porseducções nem fementidas promessas dclucro para o matadouro, que não pas-sando de uma pequena escaramuça depedradas, podia resultar em grande mor-ticinio, se á prudência e á energia dogoverno não se devesse o prompto res-
/tabelceimento da ordem, mandando dis-persar esse grupo de assalariados sócom o fito de derramarem o susto e aconsternação no seio das famílias damais pacifica cidade do littoral!
Mas o que é a perda das vidas dcuma ou duas dusias dc pães de fami-lias para homens que, para terem osatânico prazer de rir, recostados auma poltrona, ao som do pranto e dasdores de incautos quo sacrificarão asanhudaambição de governar, jactarem-se depois : desmoralizamos o governoc a actualidade?!
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- ,. -,,.,. Jiífllosjfleylemno cometem Io dia oaUliçffl-Bnrtipolilif^fiiQjJ$rn (loslbfSiüPa||enjoutro onde procnraiQrcgÀipi axLp&lefitarismo" fDdo 6 .justo o honesto—aindaque para subir ao poder se faça ue-cessario trepar sobre ossadas dò iner-me e ignònmté.¦¦\íqxd+_ rugado..,e,.sedii-zido sob '¦ás pa/ivras mm seduetorasdo coração humano,!'
Provera á Deus, que estas poucas cdolorosas verdades, que acabamos de
^proferir, possão apprõvèitar álguem,'senão uo presente ao menos no futu-ro, repellindo com desdém a todo oconvite para perturbar a ordem publi-ca por meio de offensas physicas e in-sultos a seus semelhantes, e até a pa-rentes e amigos nas vésperas!
Não devendo findar este artigo semrender as nossas mais sinceras home-nagens as auetoridades que intervierãona pacificação dos ânimos, pela ener-gia e dedicação com que se houverão;•corre-nos não menos o dever de agra-decer por parte da população da capi-tal e quiçá da provincia inteira ao no-bre, illustrado, prudente !e enérgicoadministrador as bem acertadas provi-dencias pela manutenção da ordem epaz da eleição.
Mil louvores a todo o alto funcciona-rio que, nas mais apertadas evéntua-lidades não sabe trepidar pela própriadignidade* salvação dos seus governa-dos, amor e respeito as instituições dopaiz; o Sr. Br. Laffayete já hoje temum jnz immenso a gratidão de toda aprovincia, que lhe foi confiada pelomais justo dos monarchas do séculoXIX.
Á tf !.PT"
Devemos aos nossos amigos políticos,e ao grande partido liberal uma dividade honra, que antes de ser protestadajulgamos dever solvel-a, si bem que ácQntra-gosfo nosso, e debüixo da mesmapwsão cóm que fomos impellido a con-tçahij-a.
Elítre a escolha de occasião si natr^naprovincialou pela imprensa pre-fe&irwps.a segunda, tanto porque o cam-p&jjg majs vasto, como por não convirenqhertai! i os discursos cfassembléacomei^iç/jc^es;, que nem sempre podemgpnítornto devida conveniência.•iGqníftçmKinjs por dizer, que desde ocli$)q&fr;>pMnfataJidade aportamos a es-ta&^piflâpe..que encontramos encabe-ça^sr,imrípoili.tka local e geral o nossoamigo. ákwnltotnpêo' e seus Cyrinèos,in^amfd^^íiaiàiar frieza de alguém anossQ rflfçwNtaj » ponto de, vindo comoaij^jftj^miíbsiGasa^iiPalguns visinhos, sópqjbaigtMn^iiiítóicootemos gozado a dis-íii#t& (h©fiTaodierre(.eiber em nosso hu-mjlfle {togimiâ enlSdacfes futuras, e quecom o cotar, rid tefnpò se tornarão nãosóoRer^fflV.?P}.^ í;W#|Spzeranos de ba-
orÈrmílímomM o^r^cendo-me aonom WB(\M oPrAo§i-Wrl.r o vácuoWf ^)f^m%fi^P_nmm^ compro-^'^.VhfVi^^niW^^ íflpíw^maóa; porufna,.ípünr!!\(1l;;,q^^;.p^r^^ni!a da cias
,;ke njúisiida kfreseiípVimas érp p/wneinis .uV, .
A LIBERDADE. s
•4na hypothese de bem servir a pátria;quando bem pensado o caso, nada maistem feito que a elevação do esperto,que projecta desde logo nullifical-a eantes que se aperceba do trama quese lho prepara no futuro.
Isso é doloroso; isso excede a todaperversidade humana; mas em verda-de é esse o caminho certo e invariávelde todas as classes e associações quenão tem em seu seio homens indepeu-dentes e amestrados nessas estratégiasde todos os tempos, é de todos os par-tidos.
Desenganemo-nos. Não ha fidelidadedo poderoso para com o fraco—nãoha lealdade no áulico para com o p< -vo ou qualquer classe, tanto mais se nu-merosa, valente e de convicções since-ras ; porque é da natureza humana opouco reçeiar do muito, começando pornegar-lhe a iniciativa nas grandes quês-toes de inleresse próprio, que o áulicoou os poucos teem a habilidade de qua-liíicarem de públicos, ou em favor dopovo.
A sociedade artística, que até aquinão se lhe pôde contestar os seus es-forços e valor pela causa da liberdade;tem merecido muito da pátria; e porisso mesmo ainda mais temível paraaquelles que íbbrigãõ em sua existen-cia um collosso a" debellar, como cau-sa necessária para sua conservação nopoder.
Assim exprimindo-nos, não temos em\istá senão chamar a attenção de umaclasse, cujos brilhantes feitos lhe po-dem servir para mais e mais disper-tar o insidioso a tomar as
'devidas ave-nidas ao gigante, que cresce, e delata oseu poder por todas as camadas dasociedade.
Com effeito, não é possivel que a li-vre classe, ramificando-se por toda pro-vincia, não possa deixar de excitar se-rios receios a aquelle, que todo o seuanhelo é diclar como suzerano sobretodos e sobre tudo.
Nós já descobrimos a ponta da meia-(lá; e quiçá até ò meio do caminho dasperfidias e traições que o tempo se en-carregará de comprovar—nós já divi-samos no semblante áulico signaes deverdadeira reprovação a influencia quea classe artística tem exercido nos des-tinos públicos á custa dos mais nobressacrifícios de sua vida: Deus permittaque nos enganemos ; mas ha de sermuito difficil.
Um meio existe, que só elle poderápreservar o gigante ha pouco nascidoda sua prematura morte; este consisteno recolhimento a vida domestica, eu-tregando os negócios da classe a umaou mais pessoas livres e independen-tes para não passarem pela decepçãode serem bigodeados em seus nasceu-tes interesses, em proveito de um oude poucos, que possão dispor das gra-ças, e por conseqüência dos meios decorrupção e vandalismo.
Não é possivel que homens sem in-telligencia deixem de ser lezados poruma mão arteira e sagaz; convindoporisso que, entregues a uma vigilante di-rectoria, fáção. abstracçãò da politica,para fortes e compactos se conservaremaos seus postos, ao primeirf- reclamo
da causa pátria. São estes os nossosmais ardentes votos.
A eleiçfto da# pedras.lia certos actos do homem que, ainda
involuntários, rcvellão a» intenções deseu auetor ; o jogo de pedras a que oshomens da opposição se soecorrerão, éo carateristico d'uma .acção toda pedra,toda bronca, pela tenacidade do erro queuma vez adaptarão como dogma de suapoütica.
Petrificado o entendimento, o mo peloseu emperramento se evidencia, nãopo-dião escolher outras armas que maisíymbolisassem o estado do atraso a quohão tocado; e assim, obedecendo aosseus instiiictos, nada mais fízerãodo quecompro1, ar o fim a que hão attingido pelafalta absoluta de idéias, que designemum principio qualquer que não seja olucro.
Folgamos de prazer, sempre que nos-sos adversários procedem similhante-mente, porque o homem sem princípiosé uma verdadeira pedra, e como talsó obedece a lei da matéria ; seus planossão o espelho dc sua alma, que apenastrabalha por discaptivar-se do jugo aque a submetterão ; e nesta lueta con-somem o melhor da vida, sem deixa-rem copia de si, que os recommcnde aprosteridade.
E* mais para lamentar do que rir, veruma facção, que ainda hontem largou opoder, já hoje constituir-se um ele-mento de desordem e anarchia, só pelosimples facto de não prder continuar naobrada desmoronisação do edifício querecebera intacto das mãos do povo, quede sua existência só lhes deixou comorosde ruinas e paredes destruídas até osseus fundamenh s!..
Mas iiada tão rediculo como preten-derem rehaver as posições sociaes pelasvias de facto, e pelo modo com que sehouveram na lueta contra as urnas econlraopovo, que os detestae escarnecede sua vaidade e sinistras pretenções.
Toda esta cidade foi testemunha doplano mais immoral que homens, quese dizem publicistas , pozerão empratica para reconquistar o poder ; opovo jamais nunca esquecerá os manejosignóbeis com que fora illudido em suaboa fé para chegar ao ponto de serperseguido como salteador, na hypothese de haverem defendido os seus di-reitos.
Não importa: a desgraça também ser-ve de eschola na falta de outros meios;Deus permilta que o exemplo de fres-co sirva de lição aquelles que aindavendo duvidão da verdade. O povodeve conservar em memória o proce-dimento fallaz e aleivôso d^quelíes quese dizem seus protectores ; e isto querpara uns, quer para outros, para quenão nos vejamos na dura necessidadede resignar-nos a vontade do esperto,que especula com a ignorância do po-vo, e com as águas turvas para sua ele-vação. _.
Vencemos, é verdade; mas mahcbn-seguiríamos a primeira camada com ''oauxilio de outros pontos; llojG, peloestado actual dc í$ti$$&'} ípóãiwTfâzer
dez on dose camadas de \creadorcs.Isto é triste, isto é lamentável; mas aquem dever-se, de quem o povo qoei-xar-se? Dos homens de pedra, que nãosó perderão-se a si mas ao povo, |ouao seu partido.
Também por tal preço não aceitaria-mos o throno; como porém ha semprehomens que só trabalhão para elevar-se, só desta fôrma poderão representarum cabydc de empregos; mas nuncadc afíeiçõcs sinceras, nem das verda-deiras ova ções do paiz.
OSAIGO.Protesto e manifesto.—A
Constituição em seu imbróglio com visosde edital, faltou com o devido tratamentoa augusta pessoa do Monarcha, inliman-do-lhe o conhecimento de um facto, comoque de superior para inferior !
Com effeito, esse Sr. Jaguaribe não diznada que se aproveite : ou hade ser u-ma lengalenga, que só elle lá a entende;ou hade cahir na esparrella de inti-mar ao Imperador as suas ordens.
Por isso, certa pessoa que está ao fac-to dos estylos e etiquetas das cortes excla-mou quando leu o edital: « este Ja-guaribe não aprendeu nada : é um ver-dadeiro vaqueiro, tanto na fôrma co-mo na matéria. » Entende, Sr. Jagua-ribe? Ja euvio ?
deremiada* — Os homens sãode acabar ! O beato da «Constituição»,oii alguém que suas vezes faz, não es-quece nem a pastoral do Sr. bispo; elamentando com a fé do catholico doCredo e infiel dos mandamentos a faltadas reliqnias sagradas da sé por ocea-sião da eleição—pedra, deplora que te-nhamos chegado a este estado pela li-bertinagem da situação!
Perdoando-lhe o imprestimo do apó-do, outro tanto talvez lhe não possafazer S. Exc. Ilvm/, interpretando assuas vistas religiosas contra a politicadominante. Esta gente, esta gente...¦quando não inventa , inverte as maispias e santas intenções. Bem fez o vi-gario de Santa Cruz cedendo ao impenhódo povo, que protestava morrer todo,no dia em que lhe fosse arrancada asúáPadroeira.
Uma das cousas (dizia o povo] paraassim procederem, era a fé que nutriãóde, emquanto sua benta mãi fosse viva,nunca a peste subiria aquella serra.
Distrf umpho. — Logo quechegamos de nosso passeio a cornar-ca dà Imperatriz, tivemos o prazer desaber que o nosso velho amigo Dr.José Lourenço conseguira triumphar pe-Ia constância da mesa dá Santa Casa, doâplanos e urdidurasdoregulete daldeia,em cujo acto o nosso irmão e amigopadre Oyppolito se P^rf^?{}|M|f^dignidade que geralmente,'M lhe1 réço-'O'
j..}ii.-m fiii mnhece. ,....,,. ,,. ...... ,.. ......O mesmo seHã&feaiòrfólVlflfimpW
-v-i £>UI. -üaillIti:JÍ-.5.ÍA'i''iL^rVXL.üWque 0! oigrio' .viL't.-uutxiuLvi-ULK-«ç^uiu,pèIa;,iaèns!_-ãi;ítifítWacteinp..l,(i M{$PM
çanor.20 dias, deixando o díF^
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LEGÍVEL
A LIBERDADE.-_. __. ¦ i*i~í6i
sura, a n. e.n decidiu que não, contra ovoto apenasdo autor da censura !
Nós ternos poucos amigos; mas osque temos sào do jaez do Sr. Paiva elrcliqua.
Não ha nada como associar-se umhomem a uma horda de amigos discre-tos, leaes e tolcraiiles ; a não ser isso,que seriado um pobre peccador? MasDeus ainda está no mesmo lugar para re-compensar esses o outros nítidos, vistoque nesle mundo de misérias não ha Ver-(ladeira recompensa ção.
-. g. ii&ii-O pi.al.iica. — Não haduvida, muito pôde a rainha du uni ver-so. O Sr. substituto de inglez e francez,na influencia e postos do finado botica-rio Ferreira, sem dar um passo —semconcorrer com um vintém—e sern pe-dirá ninguém; quandomenosesperava,entrou-lhe pela porta a dentro, não ou-tro cholcra., mas a patente do Sr. Ma-noel Felix de Àzcvado; eno dia 9 domez que nos rego, a cerlesa de ter sidoaclamado presidente da antiga sumaca,'o que ha muito custo aceitou por amorda pátria!
SeS.S. tivesse communicado por maist_mpo,como nós,ao enigmaticoBraga,desaudosa memória, havia lel-o ouvido re-pilir a cada instante uma historia de The-reza de Mattos, tambem do Aracaty,por oceasião de um outro facto seme-Jhanle , concluindo por aconselhar :((ineuíiiho, quem mui alio sobe, maiorqueda dá—quem sobe depressa, can-ça. »
Deixando isso de parte, não nos pode-mos furtar ao dever de louvar o nossochefe, por sua abnegação e desinteressecm todas as phases de sua vida politea.
Como isso já hoje é frueta rara cde alto preço; pedimos a S. S., que sedigne, do alto solio.em que se assenta,acceitàr os nossos cordeaes votos e amais subida consideração e estima, pelacarreira feliz que ha feito no curto domi-nio da politica liberal. Os anjos digãoAmen.
A e__.-YÍSIa tle _.oaire§—Cl. a-ma-se a atíenção das auctoridaclcs paraaquelle antigo feudo dos vermelhos, porse acharem ameaçados os dous liberaesque ali alguns seniços prestarão naeleição—o professor Tristão, e o ins-pector Libanio, jurados de serem le-vados ao mesmo fim do infeliz Le-andrão, em S. Francisco, morto publi-camente ao som dos cacetes de dous sica-rios, por mandado do padre Coelho, eseu mano Joaquim, o Ferrabrás do Ar-raiai, pelo qne forão a juizo: se justaou injustamente ignoramos; o caso éque o promotor foi demittido por nãoter appellado da absolvição.
Não se deve fazer pouco d'aquillo quepôde ser muito ; aquella canalha, coma passagem dos Gadelhas para o par-tido liberal, ficou impune de todas asatrocidades que ali commelterão desdeo tempo do infeliz Macahiba; e por issoparece de justiça que se preste a aquel-les nossos Correligionários a protecçãodas leis, que é a única que os poderápreservar do mal emminente que osaguarda, entre tantos satélites do cri-me e assuadas.
Itapigftoca.—A mudança da sededa villa da imperatriz para a povoação
d'aquelle nome pouco ou mula temconcorrido para seu melhoramento;duas ou Ires casas feitas e ou!ras tan-Ias por fazer: eis o incremento materialque se lhe reconhece.
O que achamos de mais extraordina-rio foi o interesse e empenho quer) di-gno juiz de direito da comarca tem to-mado para dólar aquelle paiz com umabem construída cadeia c casa de ca-ruara; só lhe falta amassar o barrocom as próprias mãos.
EXPéSlCJXO CRITICA.DO
PROCESSO DO JULGAMENTODF.
.7ESXJS GI iniSTO.[Continuação do numero 102.)
XLLNinguém queria, pois, condemnar por
criminoso o Divino 1 .ho da Virgem Ma-ria:=nem Herodes que só nelle haviaencontrado um simples objeeto de irri-são nem Pilatos que já solemnernentehavia declarado, qur nem um crime eu-contrava nelle para a condemnação.
A raiva sacerdotal. porém, nào sónão eslava áiuda sanada, senão mesmoque de cada vez se ateava mais nasexacerbações do ódio .outra Jesus. ==Estes aceusadores incarniçados, acom-panhádcis por um grande numero dosseus parciaes, voltarão de novo á pre-sença do «procurador do Gezar, e vol-tarão resolvidos de corpo e alma, comose costuma dizer, a empregar então to-da classe de meios, afim de obrigarema Pilatos a ceder de factos aos seusdesígnios.
JE o malfadado do magistrado da Judca, vendo-se então apertado por ex-tremo, começara de resumir-lhes assim,nestes termos do Padre Pereira, o quan-to até alli havia feito em semelhanteaceusação:=« Vós apresentaste-me eslehomem como sublevador do povo; masexai_inan d o-o eu na vossa presença,não lhe achei crime nenhum dos quelhe imputaes.=i]Sem lambeu. Herodes aquem vos remei li: c nada se provou con-Ira elle porque mereça a morte.—Sol-tal-o-hei logo, depois de o mandarcastigar.» S. Lucas, Cap. XXI11. v. J3a -16..) Pilatus auíem convocatis prin-cipibus sacerdotiun,