1REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14
ANO XVII DEZ/14 EDIÇÃO 177
PÁGINA 12
TORNOU-SE COMO NÓS
PARA QUE FÔSSEMOS COMO ELE
COMUNICAÇÃO E RELACIONAMENTOUMA ARTE A SER APRENDIDA
PÁGINA 26
SOU CATÓLICO, MAS NÃO MUITOPÁGINA 8
2 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14
3REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14 3REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14
SUMÁRIO/ DEZEMBRO 201404 Editorial
06 Notas e Registros
08 Sou católico, mas não muito.
10 O nascimento do Redentor:
Reflexões do coração cristão.
12 A espiritualidade do natal:
Segundo Santo Afonso.
15 O natal e a humanização: Boas práticas para o bom
convívio.
18 Vocação: Qual a sua,
religiosa ou sacerdotal?
22 Palavra do Papa.
24 Obra Social:
A cruz que santifica.
26 Comunicação
e relacionamentos:
Uma arte a ser aprendida.
28 Papo com a psicóloga.
29 Perpetóleo.
30 Carta de agradecimento:
Atitude do bem.
4 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14
Filhinhos! No fim do ano é comum trocarmos desejos de “Boas Festas!”, entre outras felicitações. Destaco esta para refletirmos o que significa para nós hoje termos boas festas. A festa do Natal é um presen-te de Deus; é tão preciosa, tão rica. Trata-se de uma riqueza espiritual infinita. Deus que faz menino e nasce, de uma mulher, numa família humilde. Deus vem ao mundo para nos salvar, para unir de novo o ho-mem a Deus Pai Criador.
A festa do Natal, o nas-cimento de Cristo, é um mo-mento de luz tão intensa para o mundo que dividiu para sem-pre a história da humanida-de. Como viver e reviver isso? Pergunto-me: como aproveitar intensamente esse momento?
E chego à conclusão que só existe um jeito de receber esse presente de Deus. Ele mesmo nos dá pistas: a simplicidade do Seu nascimento; a huma-nidade que assumiu ao nascer como todos os outros homens do mundo. Viver o Natal com simplicidade, sem agitação.
O mundo nos agita nesta época, mas Deus se manifesta na simplicidade e no silêncio.
A Novena de Natal, em sua sim-plicidade extrema, é uma das melhores formas de preparar nossos corações e termos Boas Festas. A Novena aproxima as pessoas, promove a partilha material, espiritual e humana, promove a visita ao lar do vizi-nho, do amigo, parente ou cole-gas de trabalho. É uma oração pura e que traz pureza às rela-ções humanas. Traz paz e leva à busca, e depois, à aproxima-ção imediata de Deus. Pois Ele disse: “Buscai e achareis”.
E depois, parar para prepa-rar o coração nos leva a buscar os Sacramentos da Confissão e Comunhão. A missa de Na-tal terá outro sentido, terá um gosto especial.
Queridos amigos e leito-res, temos então um grande desafio no Natal, que é o de vencer a agitação, buscar Deus na simplicidade e silêncio, co-memorar o Natal acolhendo o Deus-menino em nós, para assim ser (um) presente para o irmão. Cada cristão ser um presente e estar presente. Esta seria uma Boa Festa!
Feliz Natal e “Boas Festas”! Deus te abençoe e boa leitura!
Reitor: Pe. Primo Hipólito. Conselho editorial: Pe. Primo Hipólito, Pe. Gelson Mikuszka, Pe. Lourenço Kearns, Pe. Rodrigo Augusto, Irmão Adilson Schamme,
Pe. Jaime Araújo Figueiredo, Giovani Ferreira e Ana Paula Rodrigues Ferreira. Jornalista responsável: Ana Paula Rodrigues Ferreira – MTB 4198/17/38
Proj. gráfico e diagramação: Parresia Comunicação Católica – (33) 3279-007. Essa produção conta com a participação da Pastoral da Comunicação Contato
e sugestões: [email protected] - (41) 3253 2031. Contato Comercial: [email protected] | Willerson Soares (41) 9638.6673.
EXPEDIENTE
Padre Primo Aparecido Hipólito, CSsR/Reitor do Santuário
BOASFESTAS
EDITORIAL
ESPAÇO DO LEITOREste espaço é feito com a sua participação,caro leitor. Mande sua carta ou e-mail para nós com comentários, críticas ou sugestões de temas: [email protected] ou Caixa Postal 20.013 CEP.: 80.062-980 Curitiba/PR
[ SALMOS ]
“Gostaria de saber mais sobre
cada salmo e em qual situação deverei
ler ou fazer a oração. Por exemplo:
Salmo 142 - quando estiver angustiado,
triste, o nosso padre falou. Então gostaria
de saber qual Salmo indicado para
cada momento. Obrigada!
Luciane Maria Przybyloviecz Basso
Centro - Curitiba
“Olá! Gostaria de ler sobre o ensino
religioso nas instituições de ensino.
Desde os primeiros ensinamentos até
os mais complexos, para todo as etapas
de ensino. Obrigada. “
Elisandra A. de O. Santos
São José dos Pinhais - PR
[ ENSINO RELIGIOSO ]
5REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14
Seja um voluntário para vigiar o Presépio do Santuário durante uma noite. Você também montar um grupo para esta vigília. Inscreva-se na secretaria do Santuário!
Árvore da Solidariedade - Pegue seu anjinho na árvore de Natal do Santuário e doe um presente! Inauguração no dia 29/11.
PRESÉPIO NATALINO NOVENA DE NATAL!
APRESENTAÇÕES CULTURAIS
Inauguração e bênção 30/11, após Santa Missa das 19h.
Durante o Advento, sempre após a Missa das 19h.
29/11 - Grupo Tau de Teatro (após a Missa das 19h30)
30/11 - Arautos do Evangelho
07/12 - Grupo Samba e Canção
14/12 - Programação Cultural
21/12 - Rock Natalino
PROGRAMAÇÃO
Missa de Natal e Ano Novo24/12 - Missa da Vigília de Natal às 20h (Novenas até as 19h)
25/12 - Missas de Natal às 9, 12, 15 e 19h30
31/12 - Missa da Vigília do Ano Novo às 20h (Novenas até as 19h)
01/01 - Missas de Ano Novo às 9, 12, 15 e 19h30
GUARDIÕESDO PRESÉPIOAÇÃO SOCIAL
PREPARE SEU CORAÇÃO! NO ADVENTO, VENHA REZAR CONOSCOAS NOVENAS DE NATAL NO PRESÉPIO DO SANTUÁRIO.
A PARTIR DE 01/12, TODAS AS SEGUNDAS, TERÇAS E SEXTAS-FEIRAS, APÓS A MISSA DAS 19H30.
6 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14
CEIA DO POVO DE RUANo dia 19 de dezembro faremos uma Ceia de Natal para o povo de rua, aqui no Presépio do Santuário. Você pode colaborar, doando um prato de carne para partilha. Informe-se na secretaria do Santuário e muito obrigado!
RÁDIO PERPÉTUO SOCORRO NO CELULAR Agora os devotos podem acompanhar mais de perto o Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, baixando grátis o aplicativo para celular (plataforma Android) da Radio Web Perpétuo Socorro. Acesse a página em seu celular: www.perpetuosocorro.org.br e baixe o aplicativo.
CALENDÁRIO E AGENDA 2015Os Missionários Redentoris-tas e suas equipes preparam lindos calendários e agendas 2015, com destaque para datas litúrgicas e celebrações da Igreja, liturgia diária e men-sagens de fé. À venda na loja do Santuário.
Apresentações musicais e peças de teatro marcaram a abertura da programação de Natal do Santuário e a inauguração do Presépio, com Grupo Tau de Teatro e os Arautos de Evangelho. O Presépio foi feito com palets, materiais reciclados, 13 mil luzes e muita criatividade. Parabéns à equipe, liderada pela Irmã beneditina Maria José, IBDP. Veja algumas imagens:
Fo
tos:
Yas
min
Sto
lf G
asp
arin
i
PEREGRINAÇÃO NO AMAZONAS
A equipe de Peregrinação com o Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro daqui do Santuário, desta vez foi longe. Em novembro eles levaram o Ícone à cidade de Tefé, no estado do Amazonas. Foi uma incrível jornada, na companhia de Padre Primo Hipólito, reitor, até a Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, onde padre Ademar e a comunidade dedicaram aos peregrinos uma colorosa acolhida. Os Missionários Redentoristas agradecem a todos que estão fazendo este importante trabalho de divulgação do Ícone e da devoção.
Foto
s: Marco
s Marin
ho
NOTAS E REGISTROS
Natal no Santuário
7REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14
RODA DA JUVENTUDE #F5+ SAMBA E CANÇÃO
A Roda da Juventude do Santuário ganhou reforço do Grupo Samba e Canção, ministério de música missionário de Curitiba. Já realizaram diversas atividades como ação social ao povo de rua e dia de missão em Paranaguá. Jovem, venha participar da Roda da Juventude! Reuniões ao sábados, às 18 horas, aqui no Santuário. Informações: (41) 3253-2031.
HOMENAGEM
Padre Primo Hipólito, reitor do Santuário, recebeu em dezembro homenagem da Câmara Municipal de Curitiba, pelos serviços prestados à Curitiba, no Santuá-rio Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, proposto pelo vereador Tico Kuzma.
CAFÉ COM FORMAÇÃO
VENHA REZAR NO SANTUÁRIO
Grupo de Oração Fonte de Misericórdia/RCC segunda às 15 horas
Oração do Santo Rosário terça às 15 horas
Hora Santa das Famílias terceira sexta do mês, às 15 horas
Terço das Almas segunda às 19 horas
Missa pelas Almas segunda às 19h30
Terço das famílias terça às 19 horas
Missa pelas famílias terça às 19h30
Missa do Santíssimo quinta às 9, 15 e 19h30
Missa da Misericórdia sexta às 19h30
Missa do meio-dia com bênção da Saúde todos os dias
Ofício da Imaculada primeiro sábado do mês, às 11h30
Apostolado da Oração Primeira sexta do mês, Hora Santa às 15 horas, seguida de Missa do Sagrado Coração de Jesus às 16 horas.
Legião de Maria terça às 15 horas
Vigília ao Santíssimo Sacramento primeira sexta do mês, após Missa das 19h30
Missa das Capelinhas último sábado do mês às 12 horas.
foto: Ayron Rocha
CASAMENTO COMUNITÁRIO O tradicional Casamento Comunitário, realizado duas vezes por ano no Santuário, foi celebrado no início de dezembro, reunindo e abençoando famílias com o Sacra-mento do Matrimônio. Felicidades!
Foto: Simone Travinski
8 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14 IGREJA EM FOCO
“SOU CATÓLICO,
MAS NÃO MUITO”
Natal é momento propício para
conversão, deixando o que era velho.
Jesus renova o convite e podemos
aceitá-lo, mudando nossa mentalidade
de desconfiados e mornos, para
abandonados plenamente em Deus
Papa Francisco disse esta frase em uma de suas homi-
lias (04/11/2014), referindo-se à nossa recusa aos convites
que Jesus nos faz. Deus dá seu amor com gratuidade e este
é nosso maior presente, não precisamos ficar correndo atrás
de recompensas. A busca desenfreada do ter, do prazer, do
poder é em vão, pois Deus nos dá gratuitamente tudo o que
precisamos para ser felizes. “Às vezes, o homem confia em
Deus mas não muito”, completa o papa, porque é egoísta ou
tem muita sede de poder, olha muito para si.
Lemos no evangelho de Lucas (14,16-24) sobre um ho-
mem que oferece um banquete, mas seus convidados recu-
sam o convite e inventam muitas desculpas para não irem.
Tiveram medo de aceitar pela gratuidade, “pois quando a es-
mola é demais, até o santo desconfia” e procuraram então
não se envolverem.
Bruno André Souza Colodel
Discípulo da Comunidade Católica Shalom
9REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14
Assim também acontece conos-
co, Jesus faz inúmeros convites para
participarmos de grandes banquetes,
mas pela gratuidade, temos medo de
aceitar, achamos que temos que pa-
gar por tudo. Mas também é cômodo
e seguro permanecer no pecado, é
tranquilo ficar em casa, pois ali nada
nos tira do comodismo. “Somos ca-
tólicos, mas não muito; confiantes no
Senhor, mas não muito”.
Jesus então faz o convite aos po-
bres, os mais vulneráveis, aqueles dó-
ceis à sua voz e dispostos a participa-
rem do seu banquete gratuito. Jesus
nos oferece a salvação sem nada nos
pedir em troca, não havendo motivos
para recusarmos seu convite, entre-
tanto, somos contaminados com a
mentalidade que “a santidade se faz
com nossos esforços, mas esta é gra-
tuita”. Jesus pagou a festa com sua
morte na Cruz, humilhado pelos nos-
sos pecados. Por estes motivos que
somos generosos com Deus.
Nossa aceitação ao convite para
participar do banquete de Cristo é
temerosa e nos comportamos como
imaturos diante desse convite tão va-
lioso e honrado. Vivemos na mornidão,
na indecisão para sermos de Cristo,
estamos sempre divididos entre dois
caminhos distintos.
São muitos os convites que Jesus
nos faz. Vamos à missa, por exemplo,
para fazer um social, emburrados,
nem sequer entendemos a beleza do
Sagrado, não agimos com piedade,
comungamos sem confessar, como
se estivéssemos em um lugar qual-
quer ou nos honramos com o convite
de Jesus de estarmos em Sua Casa,
celebrando a Ressurreição, Deus
que está vivo na Eucaristia, onde
podemos glorificá-lo e adorá-lo? Mi-
nhas posturas dentro da Igreja, mi-
nhas vestes, comportamentos estão
adequados com o encontro pessoal
com Cristo e com os irmãos?
Somos convidados ainda ao res-
peito aos irmãos, aos padres, bispos,
autoridades; para bem vivermos a
festa celeste é necessária uma har-
monia de boa convivência, respeitar
cada um dos irmãos como merecem,
amá-los sem medida.
Ao entrar no banquete do Senhor
é preciso também deixar as reclama-
ções e murmurações de lado. O mun-
do de hoje foi contaminado com uma
mentalidade relativista e subjetivista,
na qual pretende o homem que a Igre-
ja se adapte a seu modo de pensar.
Tudo queremos reclamar e manipu-
lar. Muito pelo contrário. O homem
necessita se adequar à vontade de
Deus. Precisamos viver com intensi-
dade o Evangelho, a doutrina, o ma-
gistério da Igreja para caminharmos
para a Santidade à qual Deus nos
chama e não querer adaptar as coisas
conforme nosso querer. Não é possí-
vel somente aceitar o que me convém
e descartar o que não me convém. A
Igreja é um todo e o que o Senhor nos
oferece é para nosso sumo bem, para
nossa felicidade eterna.
É possível elencar muitos outros
convites, seja a vivência na família,
na juventude, onde todos devem ser
testemunhos de Cristo; o chamado
à pobreza, obediência, castidade; ter
a clareza da maturidade humana, da
perfeita identidade cristã; o chama-
do essencial à santidade que é para
todos os batizado (Questionar-se:
Quem é meu modelo de santidade:
o mundo ou Jesus?); adentrar em
intimidade com Deus na oração para
descobrirmos suas riquezas, ou seja,
sermos bons amigos do anfitrião do
banquete, isto é essencial.
E assim vamos deixando de ser
'católicos mais ou menos' e começa-
mos a viver de forma profunda o Evan-
gelho, sendo imitadores de Cristo Je-
sus na simplicidade, na gratuidade da
vida ordinária, principalmente amando
ao irmão. Sejamos os felizes tercei-
ros, onde Jesus é o primeiro, o irmão
é o segundo e eu sou o feliz terceiro,
sem disputas, porque Jesus já nos deu
tudo gratuitamente, nos deu a carida-
de como regra.
Neste tempo de Natal é momento
propício para tomarmos posturas de
conversão, deixando o que era velho.
Jesus renova o convite para cada um
de nós e podemos aceitá-lo com amor
e convicção, mudando nossa mentali-
dade de desconfiados e mornos, para
abandonados plenamente em Deus,
sujeitos a sermos 'extremamente ca-
tólicos', aceitando a festa como ela foi
preparada e não como achamos que
ela deve ser.
Que Maria, Mãe do Perpétuo So-
corro, nos ajude a dizermos sim ao
banquete do Cordeiro.
“Precisamos viver com intensidade o Evangelho, a dou-trina, o magistério da Igreja para ca-minharmos para a Santidade à qual Deus nos chama.
10 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14 A BÍBLIA EM PRÁTICA
O NASCIMENTO DO REDENTOR
Pe. Gelson Luiz Mikuszka, C.Ss.R
Missionário Redentorista
Deus se apresentou humilde na manjedoura. Por isso, o cristão tem sempre um coração humilde e sereno. “
11REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14
Com este artigo continuamos nos-
sa seção bíblica especial. São reflexões
com a Palavra de Deus a partir de fatos
da vida e ilustram as alegrias e sofri-
mentos, lutas e vitórias vividas por nós
a partir dos relatos bíblicos. Recomen-
damos que você utilize deste material
para refletir com seus familiares, ami-
gos e vizinhos. Se possível, reúna pes-
soas que você conhece, ou mesmo sua
família, as crianças, para isso. Nosso
desejo é que a sua fé e a das pessoas
que estão próximas de você seja mais
viva e mais firme, para que a esperança
e o amor sejam mais presentes entre
todos. Desde já pedimos que a paz rei-
ne em seu lar. Amém.
A lição da Bíblia para nossa vida
(Lucas 2, 1-14)
“Naqueles dias, o imperador Augus-
to publicou um decreto, ordenando o
recenseamento em todo o império.
Esse primeiro recenseamento foi fei-
to quando Quirino era governador da
Síria. Todos iam registrar-se, cada um
na sua cidade natal. José era da famí-
lia e descendência de Davi. Subiu da
cidade de Nazaré, na Galiléia, até à
cidade de Davi, chamada Belém, na Ju-
déia, para registrar-se com Maria, sua
esposa, que estava grávida. Enquanto
estavam em Belém, completaram-se
os dias para o parto, e Maria deu à luz
o seu filho primogênito. Ela o enfaixou,
e o colocou na manjedoura, pois não
havia lugar para eles dentro da casa.
O Messias veio para os pobres -
Naquela região havia pastores, que
passavam a noite nos campos, to-
mando conta do rebanho. Um anjo
do Senhor apareceu aos pastores; a
glória do Senhor os envolveu em luz,
e eles ficaram com muito medo. Mas
o anjo disse aos pastores: «Não te-
nham medo! Eu anuncio para vocês
a Boa Notícia, que será uma grande
alegria para todo o povo: hoje, na
cidade de Davi, nasceu para vocês
um Salvador, que é o Messias, o Se-
nhor. Isto lhes servirá de sinal: vocês
encontrarão um recém-nascido, en-
volto em faixas e deitado na man-
jedoura». De repente, juntou-se ao
anjo uma grande multidão de anjos.
Cantavam louvores a Deus, dizen-
do: «Glória a Deus no mais alto dos
céus, e paz na terra aos homens por
ele amados»."
A lição da vida: Senhor Antônio,
o pacificador.
O senhor Antônio mora num bair-
ro bem pobre da cidade de São Pau-
lo. Ele é uma pessoa muito estimada
na vizinhança. Todo mundo sabe que,
quando precisa, pode contar com ele.
Outro dia, ele estava num bar conver-
sando com seus amigos, quando sur-
giu uma discussão entre dois sujeitos.
Como a coisa estava esquentando e
virando em briga séria, o pessoal já se
preparava para ir embora. O ambiente
ficou péssimo. Mas, o senhor Antônio
tomou coragem e foi conversar com
os briguentos, conseguiu acalmá-los
e fazer com que acertassem suas di-
ferenças sem brigas. Ele demonstrou
que pelo diálogo tudo é possível de
ser resolvido. O senhor Antônio tinha
consciência de que as brigas geram
violência, machucam pessoas e po-
dem prejudicar os dois envolvidos du-
rante toda a vida. O diálogo e o perdão
ajudam todos a ficarem bem e em paz.
Refletindo a lição
da Bíblia e da vida
1) A atitude do senhor Antônio tem
algo a ver com o nascimento de Jesus,
o Filho de Deus?
2) Porque Jesus quis nascer pobre
e num ambiente humilde?
3) Como esse evangelho e a his-
tória do senhor Antônio podem nos
ajudar a ser cristãos hoje?
Deus se apresentou humilde na
manjedoura. Por isso, o cristão tem
sempre um coração humilde e sereno.
A vida de Jesus mostra ao ser humano
que o perdão e o amor precisam ser
vividos na prática. Que todas as pes-
soas de fé busquem promover a paz,
para que não haja guerra nem violên-
cia. Quando acolhemos os conselhos
de Jesus trabalhamos para que todas
as pessoas vivam melhor e com amor.
Isso exige aproximar-se dos irmãos,
como fez o senhor Antônio ao evitar
uma briga. Que Deus nos abençoe e
nos guarde. Deus nos mostre seu ros-
to e tenha piedade de nós. Deus volva
seus olhos para nós e nos conceda a
paz. Amém.
12 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/1412 ESPECIAL
A encarnação de Jesus Cristo se
revela um mistério maravilhoso que
une céu e terra. O Verbo se faz car-
ne e diviniza a humanidade, pene-
tra-a com seu amor. Natal significa
que Deus se abaixou, condescendeu
com o homem para que o homem
transcendesse até Deus. A fronteira
entre o divino e o humano se tor-
nou permeável. E isso acontece por
amor: Deus não tem nenhuma obri-
gação de tratar assim o homem. O
homem não tem nenhum direito de
ser tratado assim por Deus. O Natal
se explica pela gratuidade do amor.
O Filho de Deus, gerado eterna-
mente no seio Pai, no poder do Espí-
rito Santo, é gerado no seio de Maria
no poder do mesmo Espírito para
nossa salvação. Natal não é somen-
te o nascimento de um homem que
é Deus. Não. O Natal nos remete ao
próprio mistério da Trindade eterna
que emerge na história para elevar
a si toda a humanidade. A graça de
Deus se manifesta como a essên-
cia do Natal. E a graça não é uma
coisa da qual o ser humano possa
se apropriar. Graça é o gesto divino
que, quando acolhido pelo homem,
o transforma, o regenera, o liberta
do pecado e o torna capaz de viver
em comunhão com Deus e com os
irmãos. Essa graça chega a nós atra-
vés da fragilidade do menino Jesus.
Uma graça que, ao comunicar-se e
doar-se, revela toda sua grandeza.
“Um menino nos foi dado”; “o verbo
se fez carne e veio habitar no meio de
nós”; “nasceu-nos um salvador”.
Jesus nasceu para nós, no meio
de nós, em nós. Deus-Pai presenteia
a humanidade com a vida do que
lhe é mais próprio, o Filho. Jesus,
Filho de Deus, veio ao mundo para
anunciar o Reino e introduzir no seu
mistério todos os homens, eis a sua
missão. Ela não é extrínseca ao seu
próprio ser. Ser e fazer coincidem em
Jesus. Humanizou-se para que ho-
mens e mulheres pudessem divini-
zar-se. Fez-se um de nós, tornou-se
como nós para que fôssemos como
ele e fizéssemos como ele fez. Ele é
o Filho que se entrega ao Pai e a nós
por amor. Eis a nossa missão: filhos
no Filho, nos entregar a Deus e aos
irmãos, construindo a fraternidade, o
Reino que ele veio inaugurar.
Santo Afonso se encantava com
o mistério do Natal e o via como
um transbordamento de amor: “Je-
sus quis nascer não só para ganhar
de nós esta forma de amizade a que
chamamos estima, mas também
um amor de ternura. Pois se todos
os meninos sabem conquistar o ca-
rinhoso afeto daqueles que cuidam
dele, quem não se comoverá de amor
vendo um Deus indefeso, tiritando
de frio e carente?”. Deus-Pai mostra-
-nos todo seu amor em Jesus, mas
espera o nosso amor em troca, per-
doa-nos e usa de misericórdia co-
nosco se estivermos unidos a Jesus.
Para Santo Afonso, a encarnação
de Jesus revela e manifesta o gran-
de amor de Deus por nós. Natal é
mistério de graça incompreensível.
Loucura de amor de um Deus que se
aniquila para atrair a si a humanida-
de inteira, de um Deus que não tem
medo do pecado do homem, mas sai
de si para buscá-lo, atraí-lo, conquis-
tá-lo, para comunicar-lhe a sua pró-
pria vida na vida entregue do Filho.
Esse grande mistério faz Santo
Afonso afirmar que nenhuma de-
voção se compara àquela do Verbo
Pe. Paulo Sérgio Carrara, C.Ss.R
Missionário Redentorista
A ESPIRITUALIDADE DO NATAL SEGUNDO
SANTO AFONSOFez-se um de nós, tornou-se como nós para que fôssemos
como ele e fizéssemos como ele fez
13REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14
encarnado. “Muitos se dedicam a
tantas devoções e esquecem exa-
tamente esta. Os pregadores falam
pouco do amor a Jesus, a principal,
a única verdadeira devoção dos cris-
tãos”. Santo Afonso quer que os
cristãos centrem suas vidas em Je-
sus. Eis o sentido da devoção, seu
ponto crucial se encontra no amor
a Jesus. Nosso Santo não critica as
devoções, as novenas, os exercícios
de piedade. Tudo isso faz parte da
experiência de fé. Mas explica que
a verdadeira devoção aprofunda
nossa intimidade com Jesus, nos faz
entrar em comunhão com a sua vida
entregue por nós desde a encarna-
ção, aí se esconde o segredo do que
chamamos salvação. Portanto, tem
razão nosso doutor: “o amor a Je-
sus é a principal, a única verdadeira
devoção dos cristãos”.
O Natal nos conduz ao coração do
mistério da fé, que é adesão à pessoa
do Filho. Para celebrá-lo, não basta en-
feitar a nossa casa, dar e receber pre-
sentes, preparar uma ceia farta. Tudo
isso faz parte da celebração do natal,
mas nós, cristãos, vamos além. Sabe-
mos que Cristo estará ausente de mui-
tas ceias. O “aniversariante” perma-
necerá esquecido, enquanto, lá fora,
Herodes continuará a matança dos
inocentes. Deus-Pai espera que enfei-
temos o nosso coração para receber o
menino-Deus, seu Filho.
O “aniversariante” permanecerá esquecido, enquanto, lá fora, Herodes continuará a matança dos inocentes. Deus-Pai espera que enfeitemos o nosso coração para receber o menino-Deus, seu Filho.
“
14 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14 ESPECIAL
Celebrar o Natal exige acolher
Jesus no nosso coração, assumir em
nossa vida aquela orientação funda-
mental que caracterizou a sua vida:
solidariedade ilimitada e desinteres-
sada. Cristo nasce para salvar a huma-
nidade, sobretudo os mais pobres e
indefesos. O próprio Jesus resumiu as-
sim a sua missão: “Pois o próprio Filho
do homem não veio para ser servido,
mas para servir e dar a vida para resga-
tar a multidão” (Mc 10,45). Então Natal
não é receber, é dar. Não são presen-
tes, é a “presença” de Jesus em nós,
no meio de nós, reconciliando-nos uns
com os outros e com Deus. A celebra-
ção do Natal nos obriga a proclamar
que, apesar de todos os problemas e
desilusões do mundo, nada nos faz
esquecer que o Filho de Deus visitou
seu povo e se mostrou aos homens e
mulheres de seu tempo. E nós perpe-
tuamos esta visita, sonhando o sonho
de Jesus e acreditando que, apesar de
tudo, vale a pena apostar na Boa Nova
do Reino, porque só ela salva o mundo
de todas as suas contradições.
Tudo isto acontecerá se Jesus,
Filho de Deus, nascer em nós.
Como dizia um místico medieval:
“Cristo pode nascer mil vezes em
Belém, se ele não nascer pelo me-
nos uma vez em nosso coração, ja-
mais saberemos o que é o Natal”.
Somos convidados a viver este misté-
rio maravilhoso de amor e graça dei-
xando-nos transformar pelo mistério
de Deus, que se faz presente em nos-
sa vida no mistério de seu Filho en-
carnado. Façamos nossa a oração de
Santo Afonso:
“Desce do céu para ser nosso amigo e companheiro, mas quem te acompanha?
Quem te acolhe em Belém? São José e Maria. Manifesta-nos tua graça
salvadora, mas poucos querem acolhê-la. És para nós um irmão, mas te consideramos
estrangeiro. Ó Palavra de Deus feita carne por mim! Embora te veja pobre e desvalido,
hoje te confesso, meu Senhor. Aqui tens o meu ser, toma-o por presépio e trono.
Ó rei da humildade! Toma o comando do meu coração e não deixes que outro me domine”.
Oração
15REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14
O Natal e a humanizaçãoQuem humaniza se coloca no lugar do outro e sempre
pensa que a forma como trata o outro é o que faria para si mesmo
Pe. Gelson Luiz Mikuszka, C.Ss.R
Missionário RedentoristaHumanizar no sentido de acolher bem os outros,
seja no campo profissional, religioso, político, familiar ou
social. Respeitar as características e diferenças alheias, em
qualquer situação. Quem humaniza se coloca no lugar do
outro e sempre pensa que a forma como trata o outro é o
que faria para si mesmo. Quem desumaniza trata os outros
como lixo, mas sempre quer ser tratado como rei. Quem
humaniza trata os outros como rei, pois nunca se vê como lixo.
A humanização olha o ser humano de modo integral, nun-
ca as peculiaridades. Quem separa cor de pele, condição
social, situação religiosa ou moral jamais conseguirá
humanizar, pois sempre estará pronto para julgar.
Quem julga, fala mal, mente e profere calúnias contra os
outros, desumaniza. A humanização quebra a raiz do mal
que está plantada no ser humano. Uma pessoa que aprende
a vencer o mal dentro de si age humanamente. Fazer isso é
trilhar por um caminho novo, tornando-se uma pessoa nova.
Assim como Deus se revestiu de humanidade e deu início
ao Natal, nós também, filhos de Deus, somos chamados a
continuar o Natal, humanizando os outros e a nós mesmos.
Para os evangelhos, Jesus foi concebido pela ação
do Espírito Santo. Todo processo de humanização vi-
vido por Deus foi obra do Espírito. Assim também, todo
processo de humanizar a si mesmo e ao outro é sempre
obra do Espírito Santo. Portanto, o ato humanizar aconte-
ce pelo esforço humano, mas com a força e orientação do
Espírito Santo. Feliz Natal humano!
16 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/1416 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14
Missionários Redentoristas/Núcleo Social
SUA PARTICIPAÇÃO FOI ESSENCIAL!
Centro Redentorista de Ação Social – CRAS
Rua Amâncio Moro, 135, próximo ao Santuário.
Telefone: (41) 3352-6216 [email protected]
Querido devoto de Nossa Senhora do Perpétuo
Socorro, doadores e voluntários do Centro Redentorista de
Ação Social, graças a vocês realizamos grande obras nes-
te ano de 2014. A resposta sempre imediata e solidária de
todos os que participam deste Santuário se transformou
em ajuda a muitas famílias, seja por meio de doações, ação
voluntária de profissionais, ações específicas como Dia
das Crianças, Páscoa, Árvore da Solidariedade, doação de
alimentos, Bazar, cursos de capacitação, tratamento na
Comunidade Terapêutica Perpétuo Socorro e muito mais.
Muito obrigado, que Deus te abençoe e retribua em
graças, paz, união e felicidade para você e toda a sua família!
Feliz Natal e um 2015 cheio de paz!
Agenda fim de ano
O Centro Redentorista encerrou suas
atividades de atendimento ao público
no dia 12 de dezembro, retornando no
dia 02 de fevereiro.
Bazar
O Bazar Beneficente informa que
estará em recesso de 18 de dezembro
a 3 de fevereiro, retornando as ativida-
des normais na quarta-feira, dia 4 de
fevereiro de 2015.
Doe nas férias
Durante as férias do CRAS e do Bazar
você pode continuar fazendo as suas
doações de roupas, acessórios, ali-
mentos, etc.. na secretaria do Santuá-
rio. Obrigado!
Voluntários
Gostaria de fazer parte deste projeto,
atuando como um profissional volun-
tário? Informe-se: (41) 3352-6216.
Árvore da Solidariedade
A comunidade acolheu com muita
generosidade a ação de Natal Árvore
da Solidariedade, trazendo presentes
para crianças e enfermos de diversas
instituições cadastradas no CRAS.
Se você deseja acompanhar alguma
entrega de presente entre em contato
com o Centro Redentorista e informe-
-se sobre as datas.
17REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14
18 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/1418 VOCAÇÃO
Há pessoas que acham que um
jovem tem vocação porque nunca
gostou de jogar, nunca gostou de sair
de casa, ou só frequentava a igreja,
não tinha amizades, etc. Ideia com-
pletamente equivocada.
Há dois anos escrevi sobre as
dúvidas durante o processo de
acompanhamento vocacional. Res-
pondendo às perguntas de alguns
vocacionados que estão inquietos e
sempre se perguntando se realmen-
te Deus está lhes chamando, escre-
vo este texto para ajudá-los. Uma
das perguntas é: Como posso saber
se eu tenho vocação? Há uma for-
ma clara de saber? Não é fácil dar
uma resposta rápida, simples que
sirva para todos. Talvez os seguin-
tes elementos ajudem:
O que não é vocação?
A vocação não consiste, ao me-
nos necessariamente, em uma incli-
nação espontânea, num sentimento
ou gosto mais ou menos simples
ou espiritual, nem num atrativo por
parte do sujeito. Esta inclinação ou
atração pode dar-se ou pode faltar.
Mas sua presença ou ausência não
é critério seguro, nem muito menos
determinante, pra julgar a existência
ou a falta de vocação num sujeito. A
vocação não se sente. É uma certeza
interior que nasce da graça de Deus
que toca minha alma e pede uma
resposta livre. Se Deus te chama, a
certeza irá crescendo na medida em
que tua resposta vá sendo generosa.
Há pessoas que por medo de
equivocar-se, não tomam nunca
uma determinação acerca de qual
será a vocação para qual Deus lhes
chama. Este defeito é uma danosa
equivocação, que pode vir da falta de
confiança em si mesmo e em Deus,
sendo que nosso Senhor prometeu:
“Eu nunca te abandonarei” (Dt 31,6).
Porque continuar duvidando tanto?
O simples medo e até certa re-
pugnância à vocação não são tam-
pouco critério normal e seguro para
achar que não existe vocação. Mais
ainda, o medo de ter vocação e o de-
sejo de não tê-la é, com frequência,
um sinal de que se tem. Recordemos
o exemplo de Santa Tereza de Ávila,
que certa vez disse que era “inimiga
de ser monja”. Em numerosos casos
evita-se em responder, não quer se
comprometer e facilmente se refu-
gia numa dúvida sobre a existência
do chamado vocacional. Duvidar da
vocação é melhor maneira de tran-
quilizar a consciência ante uma de-
cisão que, muitas vezes, não passa
de uma infidelidade.
Pe. Antonio Carlos de Mello, C.Ss.R
Missionário Redentorista - Telêmaco Borba-PR
TENHO VOCAÇÃO RELIGIOSA OU SACERDOTAL ?
19REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14 19
Não é aceitável que Deus desista
daquele que ele chama. Deus não vai
deixar a pessoa numa perpétua incer-
teza. Deus dá sempre as graças neces-
sárias para desempenhar bem a mis-
são que confia a uma pessoa.
Outras vezes, a excessiva con-
vicção demonstra a necessidade de
análise minuciosa, sobretudo, por par-
te da Igreja e da pessoa responsável
pelo acompanhamento. É importante
evitar ideias espetaculares de como
cremos que Deus deve nos chamar.
Isso é manipulação. E, infelizmen-
te, temos esta tendência. Dizemos:
“seja feita a vossa vontade”, mas no
fundo que Ele faça a nossa vontade.
Há pessoas que, inconscientemente,
esperam que Deus lhes comunique a
vocação à vida sacerdotal e religiosa
através de visões, aparições de anjos
e de santos. Outras pessoas acham
que o jovem tem vocação porque
nunca gostou de jogar, nunca gostou
de sair de casa, ou só frequentava a
igreja, não tinha amizades, etc. Ideia
completamente equivocada.
As opções importantes exigem
reflexão e requerem conhecimentos
sérios para serem opções livres e não
meramente instintivas e condicio-
nadas. Por isso, a vocação não é um
destino irrevogável. É um processo
que, aos poucos, vai amadurecendo e
o chamado de Deus vai ficando mais
claro. Exige paciência. A vocação tam-
pouco é um refúgio para o que tem
medo da vida. Quem pensa assim, não
persevera. Não é uma carreira para
qualquer outra. Ninguém se chama a
si mesmo, nem que seja só para estu-
dar. Ninguém se chama a si mesmo
para a missão (Hb 5,4). É um grande
equívoco reduzir a vocação consa-
grada às dimensões da vida ordinária,
sem sacrifício, sem obrigações.
Mas, então: O que é vocação?
Antes de ser uma resposta do ho-
mem, é chamado de Deus. Iniciativa
de Deus (Rm 9,12; Jo 15,16). Hoje, al-
guns acrescentam: Chamado de Deus.
Escuta, acolhida e resposta do ho-
mem, em vista da missão. Então po-
demos esquematizar assim: Chama-
do, escuta, acolhida, missão. Deus é o
agente principal de toda vocação, ain-
da que se sirva de nossa colaboração.
É um mistério insondável.
É uma declaração de amor, mas
esta declaração requer uma respos-
ta de amor por parte do escolhido.
Ele não se cansa de chamar, mas não
usa de violência. Respeita a liberda-
de de cada um de seus eleitos. Cha-
ma suavemente, no mais profundo
da consciência, mas quer que alma
responda com plena liberdade e com
amor autêntico. A verdadeira respos-
ta ao chamado é obra de amor, por-
que a vocação é essencialmente um
ato de amor antes que uma renúncia
e o amor vence qualquer dificuldade.
Para descobrir a vocação e como
a iniciativa é sempre divina, devemos
recorrer sempre à oração e perguntar
ao Senhor: Que queres que eu faça?
Para que me envias? A pessoa reza,
medita, lê, compara prós e contras,
fala com seu orientador e logo o Espí-
rito Santo vai inspirando e iluminan-
do acerca do que se deve fazer. Em
cada um dos que sentem o chamado
de Deus para a vida religiosa ou sa-
cerdotal se repete a história daqueles
discípulos a quem Cristo disse: “Não
foram vocês que me escolheram, mas
escolhi vocês... (Jo 15,16). Efetivamen-
te, algum dia, de diversos modos, ou-
viram uma voz interior que lhes dizia:
Segue-me” (Mc 10,21).
“Por isso, a vocação não é um destino irrevogável. É um processo que, aos poucos, vai ama-durecendo e o cha-mado de Deus vai ficando mais claro.
Os vencedores da duas Bíblias do Mês de Setembro foram:Nilza Camargo Andretta, de São Bento do Sul/SC e José Carlos Santos, Bairro Alto - Curitiba/PR.
Os vencedores da Agenda 2015 do Santuário, de novembro, foi: Barbara Emanuelli de Almeida de Oliveira Novo Mundo / Curitiba
20 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/1420
PROMOÇÃO
VOCÊ É QUEM FAZOlá caros leitores! Você que nos escreve e
manda sugestões torna esta Revista mais evan-
gelizadora e mais viva. Você que partilhou suas
situações e com isso focou um problema que
atingia a muitos. Você que enviou seu testemu-
nho e com ele fez crescer a fé de milhares de
outras pessoas. Muito obrigado! Com vocês par-
tilhamos o sucesso deste canal de evangelização.
Neste mês de dezembro, você que nos
enviar sugestões concorre a duas Agendas do
Santuário 2015, e assim simbolicamente pre-
senteamos a todos os que colaboram conosco.
Participe, veja como é fácil:
1. Responda a pergunta: “Qual tema você gostaria de ler na Revista Perpétuo Socorro?”;
2. Envie por e-mail para: [email protected], com o assunto: “Promoção Você é que faz”;
3. Inclua no e-mail seu nome, endereço completo e telefone, para receber uma lembrança especial em sua casa.
Atenção leitores, as mensagens enviadas podem ser publicadas tanto neste espaço da Promoção,
quanto na coluna “Espaço do leitor”, da página 2. Já os assuntos podem ser abordados nos artigos
da RPS de maneira geral, em diversas edições. Por isso fique atento!
[ Depressão ]
“Gostaria de ler mais artigos sobre depressão.
Obrigada.”
Gerusa A. Charnesky Novo Mundo
Curitiba
[ Racismo ]
“Gostaria de ver o tema ‘diga não ao racismo’.”
Bárbara Emanuelli de Almeida de Oliveira
Novo Mundo Curitiba
Paz e esperança em Cristo Jesus. O Natal é a presença de Jesus em nossos corações, não representa so-mente a fé, mas a vida, o nascimento do Filho de Deus!
Neste tempo do Advento, reze em família, abrindo o coração para falar e viver as graças de ter fé, de perdoar e de viver o amor. Busque acolher o menino Deus no seu coração. Ali, onde às vezes se cultiva maus pensamentos, desânimos e frustrações, esse menino Deus certamente te mostrará como ser mais feliz.
Que o sentido do Natal seja sempre a consciência de família, o amor, a paz, a felicidade e a caridade. Que estes senti-dos estejam sempre presentes em seu dia a dia, e que a esperança e a devoção em nossa Mãe do Perpétuo Socorro es-tejam sempre presentes. A luz do Meni-no Jesus percorra todos os lares levando alegria a todos os corações! Um Feliz e abençoado Natal, Mãe do Perpétuo So-corro, rogai por nós!
Benção para você!“Dá-me, Senhor, a graça de te amar com todo o meu ser.” (Santo Afonso)
Pe. Joaquim Parron, C.Ss.R.
Família do Devoto Perpétuo
Missionários Redentoristas
PRESTIGIE NOSSOS PARCEIROS NA EVANGELIZAÇÃO
Assessoria e consultoria em importação e exportação
Busca de fornecedores no exterior
Desembaraço aduaneiro
Habilitação do RADAR
Estudo de viabilidade
Registro SISCOSERV
Classificação fiscal
~´ ~
(41) 3569-0800
22 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14 PALAVRA DO PAPA
TERRA, TETO E TRABALHO
“Vocês vieram colocar na presença de Deus, da Igreja, dos povos,
uma realidade muitas vezes silenciada. Os pobres não só padecem a injustiça,
mas também lutam contra ela!”
Entre os dias 27 e 29 de outubro de 2014, aconteceu
em Roma o Encontro Mundial dos Movimentos Populares,
promovido pelo Pontifício Conselho Justiça e Paz, em cola-
boração com a Pontifícia Academia das Ciências Sociais.
No dia 28, terça-feira, o Papa Francisco proferiu uma confe-
rência aos participantes do encontro. Reproduzimos abaixo
alguns pontos do seu discurso.
“(...) Este encontro de Movimentos Populares é um
sinal, é um grande sinal: vocês vieram colocar na presença
de Deus, da Igreja, dos povos, uma realidade muitas vezes
silenciada. Os pobres não só padecem a injustiça, mas tam-
bém lutam contra ela!”
Os pobres “não se contentam com promessas ilusórias,
desculpas ou pretextos. Também não estão esperando de
braços cruzados a ajuda de ONGs, planos assistenciais
ou soluções que nunca chegam ou, se chegam, chegam
de maneira que vão em uma direção ou de anestesiar ou
de domesticar. (..) os pobres querem ser protagonistas, se
organizam, estudam, trabalham, reivindicam e, sobretudo,
praticam essa solidariedade tão especial que existe entre
os que sofrem”.
A “Solidariedade é (...) pensar e agir em termos de comu-
nidade, de prioridade de vida (...). Também é lutar contra as
causas estruturais da pobreza, a desigualdade, a falta de tra-
balho, de terra e de moradia, a negação dos direitos sociais
e trabalhistas. É enfrentar (...) o tráfico de pessoas, a droga,
a guerra, a violência (...). A solidariedade, entendida em seu
sentido mais profundo, é um modo de fazer história, e é isso
que os movimentos populares fazem”.
“(...) Este encontro responde a um anseio muito concreto,
algo que qualquer pai, qualquer mãe quer para os seus fi-
lhos; um anseio que deveria estar ao alcance de todos, mas
Síntese do discurso do Papa Francisco aos participantes
do Encontro Mundial de Movimentos Populares em Roma.
23REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14 23
que hoje vemos com tristeza cada
vez mais longe da maioria: terra, teto
e trabalho. É estranho, mas, se eu falo
disso para alguns, significa que o papa
é comunista. Não se entende que o
amor pelos pobres está no centro do
Evangelho. Terra, teto e trabalho – isso
pelo qual vocês lutam – são direitos
sagrados. Reivindicar isso não é nada
raro, é a doutrina social da Igreja. Vou
me deter um pouco sobre cada um de-
les, porque vocês os escolheram como
tema para este encontro”.
Terra. “(...) A apropriação de terras,
o desmatamento, a apropriação da
água, os agrotóxicos inadequados são
alguns dos males que arrancam o ho-
mem da sua terra natal. Essa dolorosa
separação, que não é só física, mas
também existencial e espiritual, por-
que há uma relação com a terra que
está pondo a comunidade rural e seu
modo de vida peculiar em notória de-
cadência e até em risco de extinção”.
A fome. “A fome é criminosa, a
alimentação é um direito inalienável.
Eu sei que alguns de vocês reivindicam
uma reforma agrária para solucionar
alguns desses problemas, e deixem-
-me dizer-lhes que, em certos países, e
aqui cito o Compêndio da Doutrina So-
cial da Igreja, "a reforma agrária é, além
de uma necessidade política, uma obri-
gação moral" (CDSI, 300). Não sou só
eu que digo isso. Está no Compêndio
da Doutrina Social da Igreja. Por favor,
continuem com a luta pela dignidade
da família rural, pela água, pela vida e
para que todos possam se beneficiar
dos frutos da terra”.
A Casa. “Uma casa para cada fa-
mília. Nunca se deve esquecer de que
Jesus nasceu em um estábulo porque
na hospedagem não havia lugar, que a
sua família teve que abandonar o seu
lar e fugir para o Egito, perseguida por
Herodes. Hoje há tantas famílias sem
moradia, ou porque nunca a tiveram,
ou porque a perderam por diferentes
motivos. (...) Vivemos em cidades que
constroem torres, centros comerciais,
fazem negócios imobiliários... mas
abandonam uma parte de si nas mar-
gens, nas periferias”.
“É preciso seguir na linha da integra-
ção urbana. (...) Sigamos trabalhando
para que todas as famílias tenham
uma moradia e para que todos os
bairros tenham uma infraestrutura
adequada (esgoto, luz, gás, asfalto e
continuo: escolas, hospitais ou salas
de primeiros socorros, clube de espor-
tes e todas as coisas que criam víncu-
los e que unem, acesso à saúde – já
disse – e à educação e à segurança”.
O trabalho.“Não existe pior
pobreza material – urge-me enfatizar
isto –, não existe pior pobreza material
do que a que não permite ganhar o pão
e priva da dignidade do trabalho. O de-
semprego juvenil, a informalidade e a
falta de direitos trabalhistas (...) são o
resultado de uma prévia opção social,
de um sistema econômico que coloca
os lucros acima do homem. (...) Isso
acontece quando, no centro de um sis-
tema econômico, está o deus dinheiro
e não o homem, a pessoa humana”.
A Paz e a Ecologia.
“É lógico: não pode haver terra, não
pode haver teto, não pode haver traba-
lho se não temos paz e se destruímos
o planeta. São temas tão importantes
que os povos e suas organizações de
base não podem deixar de debater.
Não podem deixar só nas mãos dos
dirigentes políticos. Todos os povos
da terra, todos os homens e mulheres
de boa vontade têm que levantar a voz
em defesa desses dois dons precio-
sos: a paz e a natureza. A irmã mãe
Terra, como chamava São Francisco
de Assis”.
“Os cristãos têm algo muito lindo,
um guia de ação, um programa, po-
deríamos dizer, revolucionário. Reco-
mendo-lhes vivamente que o leiam,
que leiam as Bem-aventuranças que
estão no capítulo 5 de São Mateus e
6 de São Lucas (cfr. Mt 5, 3; e Lc 6, 20)
e que leiam a passagem de Mateus
25. Eu disse isso aos jovens no Rio de
Janeiro. Com essas duas coisas, vocês
têm o programa de ação”.
“Os movimentos populares ex-
pressam a necessidade urgente de
revitalizar as nossas democracias,
tantas vezes sequestradas por inúme-
ros fatores. É impossível imaginar um
futuro para a sociedade sem a partici-
pação protagônica das grandes maio-
rias, e esse protagonismo excede os
procedimentos lógicos da democracia
formal. (...) E isso com ânimo constru-
tivo, sem ressentimento, com amor”.
“não existe pior pobreza material do que a que não permite ganhar o pão e priva da dig-nidade do trabalho.
24 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/1424
Você já parou para pensar de que forma surgiu sua
família? Como ela foi constituída e por que você pertence
a ela? São inúmeros os questionamentos, e nem sempre
buscamos estas respostas. Para se desenvolver, uma famí-
lia passa por inúmeras situações. Somente assim ela tem
sua identidade própria em cujo centro está o amor.
O processo da construção de uma família é perpétuo.
Ela vive um processo que precisa ser melhorado todos os
dias. Como? O amor precisa sempre prevalecer. A paciên-
cia e a compreensão são elementos que não podem faltar,
pois trazem paz. Todas as famílias têm fases de processos
e conquistas.
Para entender este processo, uma das maneiras é fa-
zer a reflexão com uma família que conhecemos fora e de-
pois com a nossa. Quando estamos fora de uma situação
conseguimos observar melhor o todo, e com esse aprendi-
zado fica muito mais fácil aplicar em casa, e trabalhar os
conflitos e ideias que movem sua construção diária.
Deus nos dá hoje mais uma vez a oportunidade de
interagirmos na construção da nossa família. O Natal é um
momento especial para isso. Pensemos em nossa famí-
lia segundo a Família Sagrada de Nazaré. Nossa família
nunca será igual à família de José, Maria e Jesus, mas pode
ser uma família simples, que busca a harmonia e a vivência
do amor. Só podemos fazer isso quando buscamos juntos
a Deus em oração, união e compreensão.
Se você também quer construir sua família a exemplo
da família de Nazaré, não deixe que falte nunca em seus
lares os verdadeiros temperos que formam o resultado fi-
nal: diálogo, alegria, paciência, paz, fé e em especial o amor.
Que todas famílias possam celebrar um Santo e Feliz
Natal, com a força da Família de Nazaré. Boas festas!
Ana Rocha/ Serviço de Animação Vocacional
Construir uma famíliaFAMÍLIA
OBRA SOCIAL
Cada um sabe o quanto pesa sua cruz.
Quantas vezes pensamos em desistir e
deixá-la de lado. Deus conhece cada um
de nós, mesmo antes de virmos ao mundo,
e para cada um ele deu o melhor. A cruz é
um dos presentes que nos foi dado para a
nossa santificação. Cada vez que sentimos
o peso da cruz, nos aproximamos mais de
Deus e experimentamos a grandeza do seu
amor. É através desta certeza que podemos
viver bem todos os dias.
Na dependência química, o peso da cruz
é ainda maior, pelo sofrimento que a subs-
tância causa na vida do usuário e de seus
familiares. Ela pode se tornar mais leve se
as pessoas abraçarem a causa e se unirem
pelo mesmo objetivo, que é viver o amor.
Jesus morreu na cruz por cada um de nós,
e nós neste Natal, somos capazes de matar
nossos defeitos de caráter, nossas arrogân-
cias, nossas prepotências, nossos vícios?
Pense nisso, e seja o presente para
Jesus e para sua família neste Natal, ma-
tando tudo aquilo que te afasta e te impe-
de de viver a alegria do nascimento e da
salvação de Cristo. Busque uma vida de
santidade, assumindo sua cruz e se unindo
a outros em suas dificuldades e cruzes.
Que o menino Jesus seja sua fonte de
ânimo, paz e esperança nesta caminhada!
Feliz Natal e um ano novo cheio de paz
e alegria a todos!
A CRUZ QUE
SANTIFICAAna Rocha/ Núcleo Social
25REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14 25
Crianças, vocês sabem por que antes do Natal, durante o tempo do Advento, rezamos a Novena de Natal?
É com se estivéssemos enfeitando nossos corações para receber o Meni-no Jesus, da mesma forma que enfei-tamos nossas casas, comércio, e até as ruas da cidade.
Enquanto esperamos a celebração do Natal, devemos preparar nosso cora-ção, meditando, encontrando-se com os vizinhos, família, amigos ou no trabalho, para orar e pensar em como podemos ser pessoas melhores, com atitudes.
A oração em grupo e atitudes de amor nos aproxima de Deus, e deixa nosso co-ração preparado para passar um Natal de verdade. Pois no Natal, Jesus é nosso maior presente. Ele veio para aproximar Deus dos homens e os homens de Deus.
Participe das Novenas de Natal com sua família. O Primeiros Passos, daqui do Santuário, também preparou e está rezando uma Novena de Natal, especial para crianças. Todos os do-mingos, às 10h30.
FOLHINHA
Novena de Natal
Primeiros Passos
O grupo Primeiros Passos, para crianças de 3 a 8 anos, comemorou em novembro 5 anos de existência. O Grupo trabalha os temas da Missa com os pequenos, todos os domingos, às 10h30. Parabéns pelo lindo trabalho da equipe e das crianças!
Coroinhas
Parabéns também aos novos coroinhas, que foram investidos em novembro. Que Deus abençõe as crianças e suas famílias nesta linda missão!
Fo
tos:
Yas
min
Sto
lf G
asp
arin
i
Participe e um Feliz Natal!
26 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14
COMUNICAÇÃO E RELACIONAMENTOS:
UMA ARTE A SER APRENDIDA
Eliani Fátima Fabian - Psicóloga Clínica
Voluntária do CRAS - CRP 08/04381
Ao nos conscientizarmos que a
comunicação verdadeiramente é o
pilar principal que sustenta um rela-
cionamento, podemos começar a fa-
zer uma reflexão de como realmente
estamos desenvolvendo a comunica-
ção nas nossas vidas e principalmen-
te em nossos relacionamentos.
Se iniciarmos nossa reflexão re-
pensando a forma e interesse que
temos quando alguém esta nos falan-
do, devemos nos questionar se ver-
dadeiramente estamos nos focando
na pessoa e no assunto que ela está
nos relatando, pois quando tenho uma
escuta clara e focada, melhor ouço.
Consequentemente, adquiro um en-
tendimento mais amplo daquilo que
estão tentando me transmitir. Esta
ação evitará muitas brigas, conflitos
e mágoas. Quando prestamos genui-
namente atenção no que o outro está
dizendo temos a oportunidade de en-
tender seus sentimentos. Consequen-
RELACIONAMENTO
27REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14
temente, ele se sentirá ouvido, acolhi-
do e compreendido e você terá mais
chances de ter ações assertivas e po-
sitivas em relação ao seu companhei-
ro/a, resultando em maior satisfação
para ambos. São atitudes que ajudam
a manter a boa saúde de um relacio-
namento. Esses sentimentos são os
responsáveis para a pessoa sentir-se
bem consigo mesmo e consequente-
mente com o seu parceiro.
Acredito que a vida é um eterno
aprendizado e para atingirmos nossos
objetivos e ideais devemos estabele-
cer metas. Se você acredita que seu
relacionamento pode melhorar, por
que não estabelecer formas de como
melhorar a comunicação entre você e
o seu companheiro/a?
Algumas sugestões de como
melhorar a nossa comunicação tanto
em relação ao companheiro/a como
também em relação aos familiares,
amigos e companheiro de trabalho,
pois temos aprendido que a arte de
relacionar-se tem uma íntima relação
com o dar e receber atenção. Portanto,
não há problema algum em melhorar
nossa habilidade de negociação com
as pessoas que convivemos diaria-
mente, pois todos nós sairemos mais
fortalecidos e amadurecidos.
Preparação
Primeiramente faça um mapa men-
tal de que forma imagina que a conver-
sa deverá fluir e de que forma gostaria
de evitar que ela se torne negativa.
Imagine que ela está acontecendo em
sua mente. Quanto mais discussões
puder prever e souber responder com
antecedência, mais confiança haverá.
Olhe a pessoa nos olhos
Demonstrar confiança é funda-
mental para a comunicação se es-
truturar. O contato visual é a manei-
ra mais rápida de passar a alguém a
ideia de honestidade e de que você
tem consciência do assunto que
está falando. Diz o ditado: “Os olhos
são a janela da alma”.
A regra dos sete dias
Há uma frase mágica que sempre
marca o início e o fim de uma conversa:
“Ah, é mesmo? Bom, você se lembra de
quando você…?”. Se começar a tocar
em assuntos de mais de uma sema-
na, parece que está dando o troco em
vez de resolver a situação. Mantenha a
conversa centrada no presente, porque
olhar para trás dificulta o progresso.
Converse não grite
O volume alto da voz não é o me-
lhor aliado quando estamos tentando
negociar. Faça as pessoas se concen-
trarem no conteúdo do que você está
dizendo e não em seu tom de voz.
Sem rodeios, sem atalhos
Converse utilizando as dicas de
como elaborar uma redação: apresen-
te o assunto, faça um comentário e cite
provas que o reforcem. Um argumento
curto e conciso é muito melhor do que
uma explicação cheia de idas e vin-
das. Procure não abreviar a conversa
deixando pontos importantes de lado
na esperança de terminar a discussão
logo. Exponha a sua opinião da manei-
ra mais completa que conseguir. Pois,
se não conseguir o que deseja, não
terá de sentir-se ainda pior fazendo o
jogo do “iria, poderia e faria”.
Admita seus erros
Quando admitimos nossos erros
ganhamos créditos com a pessoa
com quem estamos conversando, nos
mostramos ser razoáveis e honestos.
Se não conseguimos admitir nossos
erros, damos a impressão de sermos
teimosos ou pouco inteligentes.
Quando estiver em dúvida cale-se
Lembre-se de que o silêncio vale
ouro, como também utilizar a estra-
tégia: “Eu preciso pensar um pouco
mais sobre isso”. Pois, de forma al-
guma agir desta forma enfraquecerá
sua opinião, mas sim mostrará o seu
equilíbrio emocional.
Espero que estas dicas possam te
ajudar a se conhecer um pouco mais,
bem como melhorar a comunicação
entre você e as pessoas com quem
você convive!
“...a arte de relacionar-se tem uma íntima relação com o dar e receber atenção.
28 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14
PAPO COM A PSICÓLOGA COMO VAI SEU PORTUGUÊS
Meu filho de quase 3 anos sempre
dormiu em nosso quarto, inclusive em nossa
cama. Esta semana decidimos transferi-lo para
seu quartinho, preparando o espaço com carinho
e capricho. Ele foi feliz e dormiu a noite inteira,
sem nos chamar. Fiquei sentida em perceber
que ele não sentiu a minha falta!
O que está acontecendo comigo?
Minha querida leitora, na maioria das vezes o bebê
dorme no quarto do casal por uma necessidade muito mais
dos pais do que da própria criança. É uma acentuada inse-
gurança, que se instala neste comportamento de medo em
deixar o bebê dormir sozinho, receio que ele precise de você
e não seja ouvido prontamente. Assim você vai adiando esta
ruptura, quer por dificuldade de impor limites, por cansaço,
por culpa em achar que o está rejeitando ou até para en-
cobrir possíveis problemas de relacionamento entre o casal.
Agora que esta separação aconteceu naturalmente
e sem grandes sofrimentos, tente perceber este aconteci-
mento com orgulho e satisfação: seu bebê cresceu e está
conquistando neste pequeno gesto a sua escalada para
a independência e privacidade, indispensáveis para seu
desenvolvimento saudável. Ao conseguir dormir sozinho
e descansar tranquilamente no seu espaço, ele está de-
monstrando segurança emocional e autonomia. E este é um
grande motivo pra você comemorar e acreditar que o está
preparando para enfrentar seus desafios.
Aproveite a oportunidade para repensar e reorganizar
sua relação como casal e a função de cada um dentro
dela. Muitas vezes o bebê participa desta “cama compar-
tilhada” como uma forma velada de impedir uma maior
intimidade e cumplicidade do casal ou uma desculpa de
adiar escolhas ou tomar decisões! Quem sabe não seja a
hora de desfrutar deste novo tempo e planejar um outro
bebê para esta família? Boa sorte!
Marineide Coelho Martins de Souza
Psicóloga Clínica, voluntária no CRAS
Leitor, se você tem alguma dúvida em relação à área da psicologia,
escreva-nos através do e-mail: [email protected]
Cometemos alguns erros em nossa língua ao falar ou escrever e estes devem ser evitados. Seguem umas dicas para fugir deles:
a. Mal cheiro, mau humorado. Mal opõe-se a bem, e mau a bom. Assim, o correto é: mau cheiro (bom cheiro), mal humorado (bem humorado). Igualmente: mau humor, mal intencionado, mau jeito, mal estar.
b. Nunca lhe vi. Lhe substitui a ele, a eles, a você e a vocês, e por isso não pode ser usado como objeto direto.
O correto: Nunca o vi; Não o convidei.
c. Aluga-se casas. O verbo concorda com o sujeito.
O correto: Alugam-se casas. Compram-se terrenos. Procuram-se empregados.
d. Tratam-se de... O verbo seguido de preposição não varia. Neste caso o correto é: Trata-se dos melhores profissionais. Precisa-se de empregados. Apela-se para todos.
Oração de Dezembro: Senhor, já sentimos nas ruas a agitação do mês que se inicia. Correria no comércio, anúncios na televi-são. A grande graça que pedimos, ó Pai de Bondade, é que possamos viver com muito amor e intensidade o Mistério do Nascimento do Menino-Deus. Que nenhu-ma distração distancie nossos corações da grandeza deste belíssimo gesto de amor de um Deus que se en-carna para estar junto dos seus. Que a ternura de Jesus na manjedoura seja fonte de inspiração para todos nós. E que, fiéis a Jesus Cristo, sejamos perseverantes até o fim. Pedimos, ó Pai, que 2015 seja um ano repleto de graças e bênçãos. Muito obrigado por estar conosco durante todo este ano. Amém!
“Livra-me do sangue, ó Deus, meu Deus salvador, e minha língua aclamará tua justiça.”
Elisabet M. M. Bonafini/Psicomotricidade
( Português - Inglês )
29REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14
Mais uma vez o Cepat – Casa do Trabalhador fez o tra-balho `formiguinha` acontecer. Em menos de dois meses o Cepat se juntou à Escola Municipal - CEI Professor José Cavallin e Escola Municipal Rio Negro em uma ação con-junta. Nesta ação as crianças puderam conhecer mais sobre o Perpetóleo e os professores se empenharam na conscien-tização ambiental e ecológica necessária.
As duas escolas mobilizaram familiares, comunidade local para esse benefício ao meio ambiente e o resulta-do foi surpreendente. Foram mais de 1500 litros de óleo, recolhido e destinado ao Projeto. O Cepat promoveu dois encontros com essas crianças em sua sede, de grande importância na vida delas, pois se sentiram valorizadas. Além de promoverem o meio ambiente, elas também estão ajudando a salvar vidas através do Perpetóleo.
“Para o Cepat esta ação está dentro do objetivo que é formação político-cidadã, começando pelas crianças. Declaro que o posto de coleta Perpetóleo continua per-manente na Casa do Trabalhador e que novas ações am-bientais estão sendo pensadas para o ano de 2015, pois foi muito importante esta ação comunitária, ela vem ao encontro do objetivo principal de nossa instituição”, afir-ma Jonas Jorge da Silva, coordenador do Centro Jesuíta de Cidadania e Ação Social.
O Santuário e o Centro Redentorista de Ação Social agradecem todo empenho e atitude dos professores, coor-denadores do Cepat e o grande esforço que essas crian-ças tiveram na Gincana Ecológica, arrecadando o óleo de cozinha usado. Em gesto de gratidão, essas crianças serão presenteadas com o anjinho da Árvore da Solidariedade.
Obrigado mais uma vez a você querido devoto da Mãe do Perpétuo Socorro, a sua generosidade faz nossos pro-jetos acontecerem. Que o Menino Jesus seja o maior pre-
sente no Natal a todas as crianças. Feliz Natal!
29REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14PERPETÓLEO
GINCANA ECOLÓGICA
Ana Rocha/
núcleo perpetóleo
30 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14
Novenas
Quarta-feira: 6h, 7h*, 8h, 9h, 10h, 11h, 12h*, 13h, 14h, 15h, 16h, 17h, 18h, 19h, 20h, 21h*, 22h. * Novenas com Missas
Missas
Domingo: 8h30, 10h30, 12h e 19h Segunda-feira: 12h e 19h30 (Missa das Almas) Terça-feira: 7h, 12h e 19h30 Quarta-feira: 7h, 12h e 21h Quinta-feira: 9h, 12h, 15h e 19h30 Sexta-feira: 7h, 12h e 19h30 Sábado: 7h, 12h e 19h30
Missas do Santíssimo
Todas as quintas-feiras às 9h, 15h e 19h30
Missas da Misericórdia
Todas as sextas-feiras às 19h30
Bênção da Saúde
Todos os dias nas Missas das 12h e nas Novenas de quarta-feira
Confissões
Das 6h às 22h nas quartas-feiras Nos demais dias, meia hora antes das missas, ou marcar hora na secretaria.
Batizados
Todo primeiro e terceiro sábado do mês às 10h.
Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Praça Portugal, s/n – Alto da Glória 80030-170 Cx Postal 20013 Curitiba/PR Fone/Fax: 41 3253 [email protected] www.perpetuosocorro.org.br
Expediente da Secretaria: Segunda a sexta das 8h às 18h Sábado das 8h às 12h
Campanha do devoto perpétuo Fone: 41 3363 [email protected]
Centro Redentorista de Ação Social Rua Amâncio Moro, 135 Alto da Glória 80.030-220 Curitiba/PR Fone: 41 3352 [email protected]
[email protected]/12/2014
a partir das 19hNO TEATRO POSITIVO
REALIZAÇÃO: APOIO:
PROMOTORA OFICIAL:
SANTUÁRIONOSSA SENHORA DOPERPÉTUO SOCORRO
BANDA RAFAH | GIL MONTEIRO | TONY ALLYSSON | COLO DE DEUS
CURTA A PÁGINA DA ART PX, COMPARTILHE ESTA IMAGEM, COMPRE O INGRESSO PELO DISK-INGRESSOS.COM.BR PAGANDO MEIA ENTRADA.
RECORTE ESTE FLYER E APRESENTE NA ENTRADA DO EVENTO.
QUER PAGAR 50% NA ENTRADA?
HORÁRIOS DO SANTUÁRIO
Projeto: MarcaCliente: Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Atitude do bem
“Senhores Missionários Redentoris-tas e queridos devotos... Sou vendedo-ra de produtos para comércio e atendo panificadoras, cantinas de colégio e bancas. Certo dia fui visitar uma cliente e ela estava muito mal. Vi o sofrimento e a tristeza em seu olhar. Ela me contou que estava muito desanimada e des-contente, com vontade de deixar tudo. Eu lhe disse então para vir à novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socor-ro para pedir que, por Sua intercessão, Deus iluminasse seu caminho. Ela pro-meteu que viria e na semana seguinte, quando voltei, ela já estava mais anima-da e daí em diante só foi melhorando. Fiquei muito feliz porque senti que foi Deus que me pediu para ajudá-la. Para mim foi uma grande graça essa de levar a fé para alguém que precisava. Obriga-
da de coração, meu Deus e minha Mãe!”
Uma devota eternamente agradecida
CARTA DE AGRADECIMENTO
PRESTIGIE NOSSOS PARCEIROS NA EVANGELIZAÇÃO
PRESTIGIE NOSSOS PARCEIROS NA EVANGELIZAÇÃO
PRESTIGIE NOSSOS PARCEIROS NA EVANGELIZAÇÃO
PRESTIGIE NOSSOS PARCEIROS NA EVANGELIZAÇÃO
PRESTIGIE NOSSOS PARCEIROS NA EVANGELIZAÇÃO
36 REVISTA PERPÉTUO SOCORRO DEZ/14
ANÚNCIO