Traçagem
Traçagem Acessórios: desempenos
Cantoneiras e cubos de traçagem Morsas
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• INTRODUÇÃO:
• A traçagem é sempre empregada quando se fabrica uma ou um numero de peças em todas as oficinas, nas usinagem de máquinas pesadas etc...
• OBJETIVO:
• Guiar o operador nas diversas operações de usinagem e controle de dimensão das peças.
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O que é traçagem
• A traçagem é uma operação executada antes de se proceder à operação de usinagem, e consiste em marcar na peça os seus contornos e também inserções de retas (centro dos furos).
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• O traçado consiste em marcar, sobre a superfície exterior de uma peça de metal, linhas para indicar o limite de desbaste, ou então os eixos de simetria de furos, ranhuras, etc. É uma operação prévia do ajuste e usinagem .
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• O traçado se divide em duas classe:
1. no plano;
2. no espaço.
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Tipos de traçado
• Traçado no plano. Chama-se assim ao traçado no qual todas as linhas assinaladas estão sobre uma única superfície plana e reproduzem os contornos e detalhes de uma peça;
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Tipos de traçado
• Traçado no espaço. Chama-se assim ao traçado em peças nas três dimensões.
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Materiais de traçagem
• Tintas para traçagem: Tinta azul para traçagem para facilitar a predominância dos traçados numa superfície. É um líquido preparado para uma grande variedade de superfícies, sendo também muito útil na verificação do ajuste de peças das máquinas e outros deslizantes.
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• Tipos de traçagem:
Contornos exatos de peças acabadas.
Localização dos centros dos furos.
Planos de orientação para fixação da peça.
Pontos, linhas e planos de referência para verificação da usinagem.
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• Traçagem segundo a forma da peça
• Em duas dimensões ou bi-dimensional
• Todas as linhas assinaladas estão sobre uma única superfície plana e reproduzimos contornos e detalhes de uma peça.
• Ex: Traçado de molde de chapa.
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• Em três dimensões ou tri-dimensional
• Traçado em peças considerando suas três dimensões, sendo executado necessariamente sobre uma superfície de referência.
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• Principais Instrumentos ou Ferramentas • Riscador • Régua de traçagem • Punção de marcar • Compassos • Cintel • Mesa de traçagem • Esquadros • Calibre de altura • Graminho
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Características:
• tonalidade azul opaca que elimina reflexos evitar forçar as vistas; contraste do azul proporciona legibilidade total do traçado; suporta refrigerantes de corte sem desgastar; suporta calor produzido durante a usinagem; solúvel em álcool.
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Materiais de traçagem
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Tinta de traçagem
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Tinta de traçagem
• Sulfato de cobre: Solúvel em água, o que proporciona à peça uma impressão de cobre.
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Instrumento de medição
• paquímetros (calibres); graminho (traçadores); micrômetros, blocos padrões e relógio comparador.
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Riscador
• Pode ser reto ou comum a extremidade dobrada em ângulo reto comprimento de 100 a 400mm com diâmetro de 2 a 6mm, fabricado em aço carbono temperado.
• Próprio para a traçagem de linhas retas ou curvas na peça. As linhas geralmente são traçadas na peça bruta e servirão para definir os contornos da peça acabada.
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Riscador
• É uma haste de aço, de ponta aguda endurecida pela têmpera.
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(1). Haste (cilíndrica ou prismática)
(2). Cabo (recartilhado)
(3). Ponta
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Riscador
• Os tipos mais usados estão nas figuras. Deslizando-o, com ligeira pressão, sobre uma superfície de material mais macio, será riscada ou traçada uma linha.
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RECOMENDAÇÕES:
A)Os traços devem ser feitos com o auxílio de uma régua ou esquadro;
B)Inclinar ligeiramente o riscador durante a traçagem;
C)Ao armazenar, manter as pontas fincadas em cortiça.
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Como segurar o riscador
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Régua de Traçagem
• Instrumento auxiliar nos trabalhos de traçagem;
• Serve como apoio ou guia para traçagem de linhas retas.
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RECOMENDAÇÕES
• A) Verificar sempre se as bordas estão devidamente conservadas e retilíneas;
• B) Não utilizar réguas graduadas (escalas) para apoiar o riscador;
• C) Para peças cilíndricas, utilizar réguas cantoneiras.
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Esquadro
• O esquadro é um instrumento com lâmina de aço que serve para o traçado de retas perpendiculares, isto é, de retas que tenham entre si um ângulo de 90°.
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Esquadro
• Existem vários tipos de esquadros de acordo com sua finalidade e com o grau de precisão, conforme as figuras abaixo.
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Graminho e ou traçadores
• É uma das ferramentas mais utilizadas para traçar. É utilizada também para verificar superfícies paralelas.
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Transferidor (goniômetro)
• É um instrumento utilizado para a medição, verificação e traçado de um ângulo qualquer numa peça. Ajustando-se a régua e a base do goniômetro ao ângulo desejado podemos traçar com o riscador o ângulo.
• Este instrumento possui graduações adequadas que indicam a medida do ângulo formado pela régua e pela base.
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Transferidor (goniômetro)
• A unidade prática de medida angular é o grau e no corpo está o traço de referência zero (0). Quando a base é perpendicular à borda da régua, a referência “0°” do arco coincide com o “90°” do disco.
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Transferidor (goniômetro)
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Compasso divisor
• O compasso divisor é geralmente um compasso de mola, tendo na extremidade das duas pernas pontas finas para riscar.
• Para servir bem, estas pontas tem que ter o mesmo comprimento de modo que a bissetriz do ângulo formado pelo comprimento esteja vertical à superfície que se risca.
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Compasso divisor
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Mesa de desempeno.
• A mesa de desempeno é uma mesa de ferro fundido retificada, usada para traços e verificações de planos ou retas paralelas.
• Para que o graminho possa deslizar sobre a superfície da mesa, esta deve estar lisa e limpa. Após o uso deve-se deixar a mesa com uma ligeira camada de óleo.
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Régua de traços
• É uma lâmina de aço de faces planas e paralelas. Suas bordas ou seus fios são retos.
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Calços (elementos de fixação)
• São utilizados no traçado e servem para proteger a mesa de desempeno das rebarbas, ranhura, etc. De acordo com o seu destino os calços tem construção diversa, conforme a figura abaixo.
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Punção
• Ferramenta para marcação de pontos sobre uma linha traçada de modo a tornar tais posições visíveis.
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• TIPOS:
• Punção de marcar. Ângulo do bico = 30 a 60º.
• Punção de centrar. Ângulo do bico = 90 a 120º
• Punção automático.
• Peça cônica.
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Punção de centrar e punção de marcar
• São confeccionados em aço fundido com a ponta temperada a 800° e revenida a 225°.
• Não se deve confundir o punção de centrar com o de marcar, que tem o ângulo da ponta medindo de 30 a 60°. Este serve para marcar pontos sobre uma linha já riscada.
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Punção de centrar e punção de marcar
• Já o punção de centrar serve para indicar o centro em que se coloca uma broca para iniciar um furo (furação com máquinas portáteis).
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• Punção Automático
• Dispensa o uso do martelo, marca pela pressão de uma mola;
• A pressão da mola pode ser regulada, para aumentar ou diminuir a profundidade da marca.
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Adaptador Cônico para Punção
• O punção também pode ser adaptado a uma peça cônica que possibilita a marcação de centro(eixo) de peças com seção transversal circular.
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• RECOMENDAÇÕES DE USO:
A)Sempre verificar se a ponta do punção não está muito desgastada.
B)Inclinar o punção para verificar se a ponta está posicionada em cima da linha.
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C) Posicionar o punção perpendicular à peça quando for executar a marcação;
D) Para pequena correções de marcação, “empurrar” o ponto inclinando o punção em direção à posição correta;
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Acessórios: desempenos
• O desempeno é usado para indicar as regiões defeituosas de uma peça. As imperfeições são materializadas por regiões coloridas. Também serve para a traçagem de peças.
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Verificação de peças utilizando-se desempenos
1. Um tubo de zarcão ou similar deve estar à mão.
2. Utilize um pano limpo para esfregar o desempeno e a peça a ser verificada.
3. Cubra o desempeno com uma camada fina e regular de zarcão. Se a espessura da camada for excessiva, a verificação da peça será falsa.
4. Deslize a peça suavemente sobre a superfície do desempeno sem iniciá-la, mesmo que haja empenamento ou abaulamento.
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Verificação de peças utilizando-se desempenos
• 5. Remova a peça do desempeno. Os pontos altos são brilhantes e circundados por uma região colorida; as regiões ocas são de cor clara; e o desempeno indica as regiões defeituosas de uma peça. As imperfeições são materializadas por regiões coloridas.
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• O ajustador mecânico deve simplesmente limar os pontos brilhantes, até que se obtenha uma superfície plana.
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• Os desempenos possuem superfícies de referência rasqueteadas (tipo de acabamento), sobre as quais qualquer instrumento de traçagem deve ser colocado.
• Aconselha-se a não dar pancadas ou causar impactos violentos à superfície de referência.
• Não deixe cair sobre ela qualquer objeto pesado que possa danificar a superfície perfeitamente plana.
• Após o uso devemos cobrir o desempeno com uma fina película de óleo.
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Verificação de ângulos
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Cantoneiras
• Feitas de ferro fundido, são usinadas no exterior e nas extremidades. Em alguns tipos, as faces são rasqueteadas.
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Cubos de traçagem
• São cubos ocos e de ferro fundido, com faces e extremidades usinadas e rasqueteadas. Possibilitam assim o posicionamento da peça em três direções diferentes, perpendiculares umas às outras no espaço.
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Cantoneiras ajustáveis
• Sua parte superior é móvel. Utilizando-se essas cantoneiras pode-se posicionar uma peça num plano que forma qualquer ângulo com o desempeno.
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Morsas
• Para trabalhar superfícies manualmente, utilizamos também as morsas.
• Existem dois tipos principais:
• Morsa Torninho de base fixa;
• Morsa Torninho de base giratória;
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Morsas
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Morsas
• Essas morsas são feitas de ferro fundido ou aço moldado.
• Visto que os mordentes são paralelos, as peças podem ser fixadas de uma maneira muito mais lógica. Peças largas podem ser fixadas facilmente.
• Os ajustadores mecânicos apreciam muito esse tipo de morsa.
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Mordentes de proteção
• Quando qualquer face de uma peça está acabada, deve-se evitar danificá-la.
• Consequentemente, a face acabada deve ser protegida contra os mordentes da morsa. Para isso, basta inserir entre as faces e o mordente um material mais macio, que pode ser chumbo, alumínio, cobre, latão ou plástico.
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Cintel
• Para traçagem de circunferências, cujos raios superam a capacidade dos compassos.
• T R A Ç A G E M • Componentes principais: • .Barra-suporte • . Ponta de centrar • .Ponta esférica • .Pontas secas intercambiáveis • .Adaptador para traçador de tinta, lapis ou
caneta de traçagem.
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Principais aplicações
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SERRAMENTO
• Serramento significa separar uma peça em mais partes. No processo de serramento faz se uso de serras manuais ou mecânicas.
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Serramento manual
• Para serrar manualmente é necessário adaptar a serra a um arco. O arco é um instrumento ou suporte ao qual se fixa a lâmina de serra. Os arcos para lâminas podem ser fixos ou extensíveis.
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Serramento manual
• A fixação da lâmina é conseguido por meio da borboleta ou porca.
• Para trabalhos comuns são empregados lâminas de 16 e 22 dentes por polegadas e a espessura da lâmina varia de 0,7 a 1,5 mm. As serras manuais devem ser, preferivelmente finas, de 0,7 ou 0,81 mm.
• O comprimento das serras costuma variar de 8 a 24 polegadas medindo-se pela distância entre os centros dos furos.
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• Antes de serrar, deve-se verificar se as pontas dos dentes da serra estão voltadas para a borboleta (direção de corte) e suficientemente tensa, verificando também se a colocação da serra está no plano do arco.
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Serramento manual
• Ao serrar, o cabo deve ser empurrado como a lima. Deve-se tomar o cuidado que mais de um dente trabalhe.
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Serramento mecânico
• Pode ser circular ou contínuo.
• Serramento Circular (Caso 1) - Processo no qual a ferramenta gira ao redor de seu eixo e desloca-se em uma trajetória retilínea avançando transversalmente até a peça ser cortada;
• Serramento Circular (Caso 2) - Processo no qual a ferramenta gira ao redor de seu eixo, em uma posição fixa, e a peça desloca-se em uma trajetória retilínea, guiada, em direção a ferramenta.
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Serramento mecânico
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Serramento contínuo
• Serramento Contínuo - Processo no qual o material a ser serrado fica fixo, a ferramenta
• (serra-fita), se desloca com movimento continuo em um circuito fechado, preso sob tensão
• entre dois volantes e guiada por roldanas; • Serramento Contínuo (Recorte) - Processo no
qual a ferramenta realiza um movimento • continuo e fixo em sua posição, o material a ser
serrado é conduzido livremente, de maneira a • produzir o recorte desejado.
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Serramento contínuo
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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12. Stemmer, C. E. Ferramentas de corte. Ed. da UFSC, Florianópolis, 1987.
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