1
FACULDADE DE ARACRUZ
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO
ERILDO JOÃO FÁVARO
LUCIANDER FALCÃO CANICALI
NIRLLANIA SOUZA BOZZI
RUBIENE CALLEGARIO
DIAGNOSTICO URBANISTICO E PROPOSTAS DE INTERVENÇÕES:
Bairro Carlos Germano Naumann – Colatina/ES
ARACRUZ
2011
2
ERILDO JOÃO FÁVARO
LUCIANDER FALCÃO CANICALI
NIRLLANIA SOUZA BOZZI
RUBIENE CALLEGARIO
DIAGNOSTICO URBANISTICO E PROPOSTAS DE INTERVENÇÕES:
Bairro Carlos Germano Naumann – Colatina/ES
Trabalho apresentado ao curso de
Arquitetura e Urbanismo na disciplina de
Urbanismo IV na Faculdade de Aracruz
como requisito para avaliação.
Orientador: Fabiano Dias e Douglas
Cerqueira
ARACRUZ
2011
3
LISTA DE MAPAS
Mapa 1 – Mapa localização do bairro Carlos Germano Naumann ................... 31
Mapa 2 – Mapa Identificação do morros. ......................................................... 32
4
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Espaço construído e espaços vazios .............................................. 39
Figura 2 – Trajeto do transporte coletivo .......................................................... 62
Figura 3 – Limites do bairro Carlos Germano Naumann .................................. 69
Figura 4 – Localização dos pontos nodais ....................................................... 70
Figura 5 – Zoneamento do bairro ..................................................................... 71
Figura 6 – Projeto da nova Rodova Gether Lopes de Faria ............................. 83
Figura 7 – Calçada acessível ........................................................................... 83
Figura 8 – Detalhe da calçada acessivel .......................................................... 84
Figura 9 – Detalhe mobiliário urbano ............................................................... 84
Figura 10 – Detsque para os canteiros ............................................................ 85
Figura 11 – Visão Frontal dos canteiros pluviais .............................................. 85
Figura 12 – Visão Lateral dos canteiros ........................................................... 86
Figura 13 – Detalhe rampa de veículos ............................................................ 86
Figura 14 – detalhe rampa de pedestre ........................................................... 87
Figura 15 – Detalhe travessia elevada ............................................................. 87
Figura 16 – Perfil travessia elevada ................................................................. 88
Figura 17 - Calçada com faixas de percurso e serviço. .................................... 89
Figura 18 - Acessibilidade no projeto da praça. ............................................... 89
Figura 19 - Academia popular com deck de madeira. ...................................... 90
Figura 20 – Planta baixa da praça e da área de lazer ...................................... 91
Figura 21 – Planta baixa escadaria .................................................................. 92
Figura 22 – Detalhe guarda corpo .................................................................... 92
Figura 23 – Vista da escadaria com destaque para a biovaleta ....................... 92
5
Figura 24 – Planta baixa área preservação ...................................................... 93
6
LISTA DE FOTOS
Foto 1 – Morro Liberato. ................................................................................... 32
Foto 2 – Morro do Café .................................................................................... 32
Foto 3 – Morro Azul .......................................................................................... 32
Foto 4 – Morro Capa Preta ............................................................................... 32
Foto 5 – Parte rural do bairro ........................................................................... 33
Foto 6 – Pasto encontrado no bairro ................................................................ 33
Foto 7 – Curral encontrado no bairro ............................................................... 33
Foto 8 – Campo de Futebol .............................................................................. 34
Foto 9 – Quadra Poliesportiva a esquerda da Escola Atilio MOrelato .............. 34
Foto 10 – Farmácia Ouro Farma ...................................................................... 34
Foto 11 – Supermercado Martinelli .................................................................. 35
Foto 12 – Pontos comerciais diversos .............................................................. 35
Foto 13 - Pontos comerciais na rodovia .......................................................... 35
Foto 14 – Farmácia Corrego do Ouro .............................................................. 35
Foto 15 – Padaria Nogueira na Rodovia .......................................................... 35
Foto 16 – Maria Guerra .................................................................................... 36
Foto 17 – Reinaldo Guerra ............................................................................... 36
Foto 18 – Antiga sede da Igreja São Vicente de Paula .................................... 37
Foto 19 – Atual Igreja São Vicente de Paula .................................................... 37
Foto 20 – Lar Irma Scheila ............................................................................... 40
Foto 21 – Casa Vovo Simeão ........................................................................... 40
Foto 22 – Escola Joao Elias Pancoto ............................................................... 41
Foto 23 – Escola Ferrucio Forrechi .................................................................. 41
7
Foto 24 – Cemitério na Rua Ellem Mansur....................................................... 41
Foto 25 – cemitério na Rua Um ........................................................................ 41
Foto 26 – Sede da Associação de Moradores.................................................. 42
Foto 27 – Unidade de Saude Atual .................................................................. 42
Foto 28 – Nova sede da unidade de saúde do bairro ....................................... 42
Foto 29 – Residencias precárias em situações de risco .................................. 43
Foto 30 – Área com risco de desabamento ...................................................... 43
Foto 31 – Visao Geral do morro capa preta ..................................................... 44
Foto 32 – Residencia em madeira na Rua Vicente Guerra .............................. 44
Foto 33 – Residencias na rua Willian Cunha.................................................... 44
Foto 34 – Residencia sem acabamento ........................................................... 44
Foto 35 – Residencias em locais inapropriados ............................................... 45
Foto 36 – Casa de madeira no morro do café .................................................. 45
Foto 37 – Poste no meio do cruzamento das ruas ........................................... 46
Foto 38 – Residencia precária .......................................................................... 46
Foto 39 – Residência com falta de acabamento .............................................. 46
Foto 40 – Parede de residência degradada ..................................................... 46
Foto 41 – Residencias com dois pavimentos ................................................... 47
Foto 42 – Casa encontrada no morro azul em boas condições de conservação
......................................................................................................................... 47
Foto 43 – Único predio encontrado no morro azul ........................................... 47
Foto 44 – Tipologia das residências encontradas na Rua Ellem Mansur ......... 47
Foto 45 – Residencia mista encontrada no morro azul .................................... 48
Foto 46 – Residencias próximas a encostas .................................................... 48
Foto 47 – Tipologia da Rua Joao Meneguelli ................................................... 48
Foto 48 – Residencias com padrão construtivo homogêneo ............................ 49
8
Foto 49 – Residencia em área de encosta ....................................................... 49
Foto 50 – Residencia com erros construtivos................................................... 50
Foto 51 – Residencia de madeira em situação precária .................................. 50
Foto 52 – Construção mista em área de risco .................................................. 50
Foto 53 – Residencias encontradas na rodovia ............................................... 51
Foto 54 – Exemplo de residência com ponto comercial ................................... 51
Foto 55 – Situação da via arterial ..................................................................... 52
Foto 56 – Trecho da Rodovia Gether Lopes de Faria ...................................... 52
Foto 57 – Rua Willian Cunha............................................................................ 53
Foto 58 – Rua Vicente Guerra .......................................................................... 53
Foto 59 – Rua Sebastião Gonçalves Dias ........................................................ 53
Foto 60 – Rua Ignacio Nunes Gregorio ............................................................ 53
Foto 61 – Rua Ellem Mansur ............................................................................ 54
Foto 62 – Rua Fioravante Rossi ....................................................................... 54
Foto 63 – Rua Oscar Schaide no morro azul ................................................... 55
Foto 64 – Rua Ilda Violetti no morro liberato .................................................... 55
Foto 65 – Beco projetado na Rua Vicente Guerra ............................................ 55
Foto 66 – Beco Willian Cunha no morro do café .............................................. 55
Foto 67 – Escadaria sem infra estrutura na Rua Jacarandá que da acesso a
Rua Um ............................................................................................................ 56
Foto 68 – Escadaria na Rua Jacaranda que dá acesso a Rua Victoria Romanha
......................................................................................................................... 56
Foto 69 – Calçada na rua Willian Cunha .......................................................... 57
Foto 70 – Calçada não trafegável .................................................................... 57
Foto 71 – Espaço destinada a calçada sem nenhuma infra estrutura .............. 57
Foto 72 – Ausencia de calçada ........................................................................ 58
9
Foto 73 – Construção invadindo calçada ......................................................... 58
Foto 74 – Calçada sem infra estrutura e acessibilidade ................................... 58
Foto 75 – Condições do asfalto na rua Joao Meneguelli .................................. 59
Foto 76 – Rua Derci Souza Mello no morro liberato ......................................... 60
Foto 77 – Rua Um no morro do café ................................................................ 60
Foto 78 – Rua Ilda Violetti Chicoski no morro liberato ...................................... 60
Foto 79 – Rua Vicente Guerra no morro do capa preta ................................... 60
Foto 80 – Situação de risco encontrada na Rua Santa Luzia no morro do café
......................................................................................................................... 61
Foto 81 – Pavimentação degradada na Rua Sete no morro do café ................ 61
Foto 82 – Parte pavimentada da Rua Angelica Paganine ................................ 62
Foto 83 – Parte sem pavimentação da Rua Angelica Paganine ...................... 62
Foto 84 – Visão panorâmica do morro do capa preta (a direita) e do morro do
café (a esquerda) – novo trajeto do ônibus ...................................................... 62
Foto 85 – Placa indicativa encontrada na Rua Jacarandá no morro capa preta
......................................................................................................................... 63
Foto 86 – Placa indicando nome da rua ........................................................... 63
Foto 87 – Placa com indicação de quebra-mola na rodovia ............................. 63
Foto 88 – Placa na rodovia indicando ponto de ônibus .................................... 64
Foto 89 – Faixa de pedestres na rodovia em péssimas condições de
visualização ...................................................................................................... 64
Foto 90 - Veículos estacionados na rodovia ................................................... 65
Foto 91 – Estacionamento privado (a direita) da fabrica de roupas incovel ..... 65
Foto 92 – Interior da Igreja São Vicente de Paula ............................................ 67
Foto 93 – Atual córrego do ouro ....................................................................... 68
Foto 94 – Esgoto jogado no córrego existente no local .................................... 68
10
Foto 95 – Exemplo de escadaria existente no local. ........................................ 80
Foto 96 – Exemplo de habitação de má qualidade. ......................................... 81
Foto 97 – Espaço mal utilizado no bairro Carlos Germano Naumann. ............. 82
Foto 98 – Por falta de um local adequado, as crianças brincam na rua. ......... 82
11
LISTA DE TABELA
Tabela 1 – Tabela de árvores nativas .............................................................. 94
12
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................... 18
2.1 ORIGEM DA HABITAÇÃO SOCIAL E POPULAR NO BRASIL .................. 18
2.2 INFRA ESTRUTURA .................................................................................. 19
2.2.1 Vias Públicas ......................................................................................... 19
2.2.2 Drenagem Pluvial .................................................................................. 20
2.2.3 Sistema de Abastecimento ................................................................... 20
2.2.4 Sistema Elétrico .................................................................................... 22
2.3 EQUIPAMENTOS COMUNITÁRIOS E ÁREAS VERDES .......................... 22
2.4 INTERVENÇÕES URBANAS PÓS OCUPAÇÃO ....................................... 24
2.5 DESENHO URBANO ................................................................................. 26
2.6 LEGISLAÇÃO ............................................................................................. 27
2.6.1 Código Florestal ...................................................................................... 28
2.6.2 O PDM ..................................................................................................... 29
3 CARACTERIZAÇÃO DO BAIRRO CARLOS GERMANO NAUMANN ........ 31
4 HISTÓRICO .................................................................................................. 36
5 MORFOLOGIA URBANA ............................................................................. 39
5.1 LINGUAGEM FIGURA FUNDO - OCUPAÇÃO .......................................... 39
5.2 USO DO SOLO .......................................................................................... 40
5.3 ÁREAS DE RISCO ..................................................................................... 42
5.4 TIPOLOGIA CONSTRUTIVA DAS EDIFICAÇÕES .................................... 43
5.4.1 Morro Capa Preta .................................................................................. 43
5.4.2 Morro do Café ........................................................................................ 45
13
5.4.3 Morro Azul .............................................................................................. 46
5.4.4 Morro Liberato ....................................................................................... 49
5.4.5 Rodovia Gether Lopes de Faria ........................................................... 50
5.5 HIERARQUIA VIÁRIA ................................................................................ 51
5.5.1 Via Arterial ............................................................................................. 51
5.5.2 Via Coletora ........................................................................................... 52
5.5.3 Via Local ................................................................................................. 54
5.6 MOBILIDADE URBANA ............................................................................. 56
5.6.1 Calçadas ................................................................................................. 56
5.6.2 Pavimentação ........................................................................................ 59
5.6.3 Transporte Coletivo............................................................................... 61
5.6.4 Sinalização Vertical e Horizontal ......................................................... 63
5.6.5 Estacionamentos ................................................................................... 64
6 ESPAÇOS DE USO PÚBLICO ..................................................................... 66
6.1 ESCOLAS .................................................................................................. 66
6.2 ASSOCIAÇÃO DE MORADORES ............................................................. 66
6.3 CEMITÉRIO ............................................................................................... 66
6.4 IGREJA CATÓLICA ................................................................................... 66
6.5 UNIDADE DE SAÚDE ................................................................................ 67
7 PERCEPÇÃO AMBIENTAL .......................................................................... 68
7.1 LIMITES ..................................................................................................... 69
7.2 PONTOS NODAIS ..................................................................................... 69
7.3 SETORES .................................................................................................. 71
7.4 MARCOS E REFERÊNCIAS ...................................................................... 71
7.5 IMAGEABILIDADE ..................................................................................... 72
14
8 DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE – O DESAFIO DO SÉCULO
XXI ................................................................................................................... 74
8.1 SUSTENTABILIDADE SOCIAL .................................................................. 75
8.2 SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA ......................................................... 75
8.3 SUSTENTABILIDADE ECOLÓGICA .......................................................... 76
8.4 SUSTENTABILIDADE CULTURAL ............................................................ 76
8.5 SUSTENTABILIDADE ESPACIAL ............................................................. 76
8.6 SUSTENTABILIDADE POLÍTICA E ADMINISTRATIVA ............................ 77
8.7 SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL ........................................................... 77
9 INTERVENÇÕES .......................................................................................... 79
9.1 PROPOSTAS ............................................................................................. 82
9.1.1 Acessibilidade da Rodovia Gether Lopes de Faria ............................ 82
9.1.2 Área de lazer e praça............................................................................. 88
9.1.3 Escadaria Tipo ....................................................................................... 91
9.1.4 Área de Preservação ............................................................................. 92
10 ANEXOS ..................................................................................................... 95
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................ 96
12 REFERENCIAS ........................................................................................... 97
15
1 INTRODUÇÃO
O desenvolvimento das cidades se dá de uma forma contínua de acordo com a
transformação e evolução de seus cidadãos. As conseqüências benéficas do
progresso são inquestionáveis. Porém, em contrapartida, se este
desenvolvimento se dá de forma desordenada, os danos que poderão causar a
toda uma coletividade, poderão ser irreversíveis, de modo a atingir não
somente as gerações que dele usufruem, e sim comprometendo também as
gerações vindouras que colherão seus frutos.
Segundo Andreoli et al. (2003, p.46), os principais efeitos da ocupação
desordenada, devido a inexistência ou inadequação de planejamento, são:
alteração do regime de produção: a impermeabilização do solo impede a
infiltração da água, acentuando os problemas da erosão urbana e aumentando
os picos de cheia. Por outro lado, a minimização da recarga nos solos, reduz a
disponibilidade de água nos períodos de baixa precipitação;
deficiência de infra-estrutura básica: a carência de coleta e tratamento
de esgotos e a disposição inadequada de resíduos leva contaminantes aos
rios, que têm a qualidade da água comprometida, o que dificulta a potabilização
da água;
desperdício: diferentes usos da água associados ao baixo custo e a
disponibilidade aparentemente abundante torna o recurso natural de uso mais
negligente, mal administrado e desperdiçado pelo homem.
Para ordenar este crescimento e humanizar as cidades as legislações e
políticas públicas, o Planejamento Urbano adquire um potêncial como uma
resposta aos problemas enfrentados pelas cidades, tanto aqueles não
resolvidos pelo urbanismo moderno quanto aqueles causados por ele. É o
processo de criação e desenvolvimento de programas que buscam melhorar ou
revitalizar certos aspectos dentro de uma dada área urbana tendo como
objetivo dar aos habitantes uma melhor infra estrutura minima possível. O
Planejamento Urbano, segundo um ponto de vista contemporâneo, tanto
quanto disciplina acadêmica como método de atuação no ambiente urbano, lida
16
basicamente com os processos de produção, estruturação e apropriação do
espaço urbano. A interpretação destes processos, assim como o grau de
alteração de seu encadeamento, varia de acordo com a posição a ser tomada
no processo de planejamento e principalmente com o poder de atuação do
órgão planejador. Dentro dessa nova concepção, o planejamento pode ser
definido como o processo de escolher um conjunto de ações considerando as
mais adequadas para conduzir a situação atual na direção dos objetivos
desejados. Seu objetivo é estabelecer normas de ordem pública e interesse
social que regulem o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da
segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como, do equilíbrio e da auto-
sustentabilidade e preservação do meio ambiente.
Seu entendimento como um processo lhe garante a imprescindível
continuidade, em cujo contexto ocorra constantes retroalimentações, o que lhe
confere o necessário dinamismo, sendo baseado na multidisciplinaridade, base
para a devida integração das áreas envolvidas (HARDT e HARDT, 2004).
Nesse contexto o conceito norteador se estabelece através de uma análise e
diagnóstico das condições urbanas do fragmento urbano: bairro Carlos
Germano Naumann, situado em Colatina. Portanto, tem-se como objetivo geral
analisar a situação urbanística do mesmo, propondo uma intervenção urbana
com o intuito de qualificar o espaço para melhor atender a população,
buscando apontar soluçoes as deficiências encontradas.
O bairro em estudo se encontra com uma imagem degradada. O principal
acesso apresenta problemas na pavimentação, falta de acostamento, falta de
sinalização adequada, com calçadas quase que inacessíveis, construções
irregulares, ausência de eficazes sistemas de drenagem pública, insuficiência
de equipamentos urbanos como lixeiras, telefones públicos, abrigo de ônibus,
infra estrutura deficiente.
Em decorrente disso os objetivos específicos são:
Estudar a dinâmica e/ou funcionamento dos espaços urbanos,
analisando teoricamente sua temática;
17
Propor soluções arquitetônicas e urbanísticas que maior atenda a
especificidade da cidadee que tenha menor impacto ambiental;
Atender a demanda de espaços fiscos específicos para a realização das
atividades, de acordo a legislação e o estatuto das cidades;
Essas intervenções são necessárias e se justificam pelo fato do Bairro Carlos
Germano Naumann, objeto de estudo, apresentar algumas situações que
necessitam de alterações.
Dentre essas situações destaca-se o próprio relevo do bairro, que apresenta
áreas de terreno acidentado e de grande aclividade caracterizadas como áreas
de risco, onde são necessários projetos de contenção de encostas e
arborização com a finalidade de criar um espaço reflorestado para evitar a
erosão e os deslizamentos. A reestruturação dessa região pode garantir maior
segurança à população local.
Outra maneira de garantir mais segurança e conforto aos moradores é
melhorar as condições de infra-estrutura, através da inserção de mobiliário
urbano como abrigos de ônibus em todos os pontos, iluminação suficiente em
todas as vias, melhorias na rede sanitária e locais destinados às práticas
esportivas e de lazer, sendo que estas têm um papel muito importante por se
tratar de alternativas comprovadamente eficientes para afastar os jovens das
situações de risco social.
Em relação à mobilidade urbana, o bairro necessita de calçadas acessíveis e,
em alguns lugares, a execução de escadarias integrando toda a região,
promovendo assim, a interação social entre os habitantes em todos os pontos
do bairro.
O Planejamento Urbano, engloba às pessoas no pleno desenvolvimento de
suas atividades, além de indicar atendimento às necessidades básicas da
população, propciando que esta tenha um caminho de bem estar social, além
de promover integração com o entorno propiciando assim, um ambiente urbano
funcional, possível e uniforme.
18
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 ORIGEM DA HABITAÇÃO SOCIAL E POPULAR NO BRASIL
De modo mais específico, os arquitetos organizados através do IAB debateram
e apresentaram projetos para a habitação popular em seus congressos e
inúmeras revistas. Segundo o autor:
Ao contrário do que ocorrera na República Velha, a construção de um modelo
de habitação operária não era apenas um discurso ideológico desvinculado de
estratégias concretas. Houve um esforço visível para dar viabilidade às novas
propostas (...) e tornou-se urgente encontrar soluções habitacionais
compatíveis com o novo ciclo de expansão econômica e com o
desenvolvimentismo (BONDUKI, 2004:76,77).
Ainda segundo Bonduki o problema habitacional brasileiro durante o
desenvolvimentismo, fica a certeza de que os limites da intervenção estatal não
seu deu por conta da falta de capacitação técnica, econômica ou financeira,
como se pode ver pela quantidade, tamanho, rapidez de execução e,
sobretudo, pela qualidade e inovação dos projetos. Revendo o modo como
muitos se dedicaram à questão no Brasil, inclusive Getúlio Vargas, pode-se
lembrar o que Henri Lefebvre nos diz sobre os esforços da França da terceira
república em promover a casa proletária no subúrbio, processo em que ele
nota o sincero desejo das classes dominantes de assim moralizar o
proletariado. O que de fato esteve ausente durante todo o tempo foi uma
política habitacional, através da qual se faria a centralização e a coordenação
das diversas iniciativas estatais fragmentadas entre os diversos IAPs, FCP e
outros órgãos estatais, o que, com defasagem, só foi atingido com a ditadura
de 1964 e a criação do BNH. (BONDUKI, 2004:77).
19
2.2 INFRA ESTRUTURA
Constitui-se de áreas edificadas e áreas livres o espaço urbano. Também
fazem parte as redes de infraestruturas que possibilitam seu uso e, de acordo
com sua concepção, se transformam em elementos de associação entre a
forma, a função e a estrutura.
2.2.1 Vias Públicas
As vias urbanas atuais constituem-se, basicamente, de duas partes
diferenciadas pelas funções que desempenham, o leito carroçável, destinado
ao transito de veículos e ao escoamento das águas pluviais através do
conjunto meio-fio – sarjeta até a boca-de-lobo, e dessa para a galeria de águas
pluviais. Os passeios, adjacentes ou não ao leito carroçável, destinados ao
transito de pedestres e limitados fisicamente pelo conjunto meio-fio – sarjeta.
A parte central ou leito carroçável compõe-se de várias camadas, quais sejam,
revestimento, camadas inferiores e conjunto meio-fio – sarjeta.
As vias para pedestres incluem os passeios laterais às ruas e/ou aquelas
exclusivas para pedestres, tais como pista de atletismo, caminhos em parques,
etc. Os percursos a pé para locais turísticos, sendo destinados a uma grande
massa de população, devem ser sempre coordenados com estradas, sistemas
de ciclovia, trechos de ferrovia secundários. Todos estes sistemas de
transporte formam um complexo único. E a vias se apresentam em dois tipos
básicos: com o leito construído em depressão em relação as partes laterais, ou
com o leito construído com uma superelevação em relação as partes laterais.
20
2.2.2 Drenagem Pluvial
O sistema de drenagem de águas pluviais nas cidades de terceiro mundo
constitui-se hoje, basicamente, de três partes: ruas pavimentadas, incluindo as
guias e sarjetas; rede de tubulações e seus sistemas de captação e áreas
deliberadamente alagáveis. As ruas pavimentadas tem uma capacidade de
vazão que permite a condução das águas que deveriam ser aproveitadas. Em
termos econômicos, a preocupação de projetistas e construtores deve-se
centrar na tubulação e em sua colocação, pois ai reside a maior parte do custo
do sistema. A incidência dos elementos acessórios que compõem a rede –
poços de visita, boca-de-lobo – é relativamente pequena no custo total de
implantação da rede.
Os elementos que participam da drenagem de águas pluviais são: meio-fio,
sarjetas, sargentões, bocas-de-lobo, condutos de ligação, caixas de ligação,
poços de visita, e galerias.
Não poderá ser dada uma regra geral a essa variável, pois o tipo de traçado
mais adequado a cada caso dependerá, fundamentalmente, das condições
particulares de cada área a drenar.
O conceito tradicional de drenagem pluvial urbana, consiste em captar água da
chuva, lavá-la até galerias e daí a um corpo de água onde é despejado. Estes
podem ser divididos em absorção de água pelo subsolo, pavimentação de
pátios com pavimentos permeáveis, pavimentos veiculares permeáveis, bacias
de estocagem, integração dos parques das cidades com bacias de estocagem
e retenção de água de chuva dentro dos lotes.
2.2.3 Sistema de Abastecimento
O sistema de abastecimento de água compõe-se, geralmente, das seguintes
partes: captação, adução, recalque, reservação, tratamento e rede de
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distribuição. Nem todos os sistemas devem, necessariamente, conter todas as
partes acima. O tratamento, o recalque e a reservação, por exemplo, podem
ser dispensáveis parcial ou totalmente dependendo das condições do
manancial e do relevo da água a ser abastecida.
O sistema de esgotos urbanos constitui-se basicamente de: rede de tubulações
destinadas a transportar os esgotos; elementos acessórios, tais como: poços
de visita, de recalque; estação de tratamento.
Uma rede coletora de esgoto tem como ponto inicial a instalação predial,
constituída pelo conjunto de aparelhos sanitários e a canalização que
transporta o efluente domestico ate o coletor predial. Este pode receber
efluentes de um ou mais domicílios.
As ligações prediais são constituídas pelo conjunto de elementos que tem por
finalidade estabelecer a comunicação entre a instalação predial de esgotos de
um edifício e o sistema publico correspondente.
Poços de visita são dispositivos de inspeção construídos em pontos críticos ou
convenientes das canalizações e necessários em obras de esgotos, com a
finalidade de permitir a execução de trabalhos de manutenção e limpeza da
canalização.
Os tanques fluxíveis são dispositivos instalados em pontos de rede onde
podem ocorrer depósitos e que provocam, mediante descargas automáticas e
periódicas de água, a lavagem do coletor.
As estações de tratamento de águas residuárias nos sistemas de esgoto
urbanos são instalações destinadas a eliminar os elementos poluidores,
permitindo que essas águas sejam lançadas nos corpos receptores finais em
condições adequadas
O tratamento das águas residuárias exige para cada tipo de esgoto um
processo especifico, devendo ser realizado na medida das necessidades e de
maneira a assegurar um grau de depuração, compatível com a capacidade
auto-depurativa do corpo d’água receptor. Estas estações geralmente são
concebidas de modo a possibilitar a sua execução em etapas, não somente em
termos de vazão, mas também em função do tratamento.
22
2.2.4 Sistema Elétrico
Um sistema elétrico de fornecimento esta composto por um conjunto de
elementos interligados que se encarregam de captar energia primária,
converte-la em elétrica, transportá-la até os centros consumidores e distribuí-
las neles, onde PE consumida por usuários residenciais, comerciais,
industriais, serviços públicos, etc.
Os modernos sistemas de energia elétrica encontram-se interligados,
permitindo, assim, que ela seja fornecida a partir de uma ou várias fontes de
geração simultaneamente até um ou de vários centros de consumo. De fato, as
centrais de geração interligadas podem ser, e em muitos casos são, de vários
tipos. Conforme evoluem as necessidades diárias ou horárias do sistema, são
colocadas ou retiradas de serviço, de forma a conduzi-lo com a maior
economia e segurança possíveis. Os sistemas elétricos de potência dividem-se
nos seguintes subsistemas: geração, transmissão e distribuição.
2.3 EQUIPAMENTOS COMUNITÁRIOS E ÁREAS VERDES
Entende-se por equipamento comunitário qualquer máquina, dispositivo,
estrutura, organização ou serviço que tenha a finalidade de dar apoio à ação
dos membros de uma determinada comunidade. Entre alguns exemplos pode-
se citar os centros de saúde, escolas, hospitais, shopping center’s, etc. Os
equipamentos comunitários podem ser agrupados de acordo.
Segundo Roberto Massaru Watanabe com as finalidades determinadas para
seu uso:
Equipamentos de Produção: São aqueles diretamente relacionados com o
objetivo da comunidade. Em uma cidade industrial o principal objetivo da
cidade é fabricar produtos e com isso obter recursos financeiros para a cidade.
Nesse caso, as fábricas constituem os equipamentos de produção.
23
Equipamentos de Troca: São aqueles relacionados com as trocas que
ocorrem com outras comunidades que, geralmente, não são auto suficientes e
necessitam realizar trocas com outras entidades.
Equipamentos de Serviços: São aqueles que embora não estejam
diretamente relacionados com os objetivos da comunidade devem existir para
atender às necessidades de seus membros.
Equipamentos Acessórios: São aqueles necessários para atender a outros
interesses dos membros da comunidade. Os membros da comunidade
precisam relaxar, praticar esportes, divertir-se.
Existe uma dificuldade de compreensão em relação aos diferentes termos
utilizados sobre as áreas verdes urbanas. Similaridades e diferenciações entre
termos como áreas livres, espaços abertos, áreas verdes, sistemas de lazer,
praças, parques urbanos, unidades de conservação em área urbana,
arborização urbana e tantos outros. A seguir seguem algumas definições
referentes a essas áreas de acordo com CAVALHEIRO e DEL PICCHIA:
(CAVALHEIRO e DEL PICCHIA, Congresso Brasileiro sobre Arborização
Urbana, p.29-35.)
Espaço Livre: trata-se do conceito mais abrangente, integrando os
demais e contrapondo-se ao espaço construído, em áreas urbanas.
Área Verde: onde há o predomínio de vegetação arbórea, englobando as
praças, os jardins públicos e os parques urbanos. Os canteiros centrais de
avenidas e os trevos e rotatórias de vias públicas, que exercem apenas
funções estéticas e ecológicas, devem, também, conceituar-se como área
verde.
Parque Urbano: é uma área verde, com função ecológica, estética e de
lazer, entretanto com uma extensão maior que as praças e os jardins públicos.
Praça: como área verde, tem a função principal de lazer. Uma praça,
inclusive, pode não ser uma área verde, quando não tem vegetação e
encontra-se impermeabilizada. No caso de ter vegetação é considerada
Jardim.
24
Arborização Urbana: diz respeito aos elementos vegetais de porte
arbóreo, dentro da cidade. Nesse enfoque, as árvores plantadas em calçadas,
fazem parte da arborização urbana, porém, não integram o sistema de áreas
verdes.
Área Livre e Área Aberta: são termos que devem ter sua utilização
evitada, pela imprecisão na sua aplicação.
Espaço Aberto: traduzido erroneamente e ao pé da letra do termo inglês
"open space". Deve ser evitada sua utilização, preferindo-se o uso do termo
espaço livre.
As áreas verdes no contexto das grandes cidades entram como um elemento
essencial para o bem estar da população, pois tem a finalidade de melhorar a
qualidade de vida pela recreação, pelo paisagismo e pela preservação
ambiental, o que quer dizer que essas áreas inseridas no meio urbano são de
extrema importância, pois absorvem ruídos, atenuam o calor do sol e melhoram
a qualidade do ar. Além disso, desempenham um papel fundamental na
paisagem das cidades, pois constituem um espaço dentro do sistema urbano
onde as condições ecológicas se aproximam das condições normais da
natureza.
2.4 INTERVENÇÕES URBANAS PÓS OCUPAÇÃO
De acordo com Rheingantz a avaliação Pós-Ocupação (APO) é um processo
sistematizado e rigoroso de avaliação de edifícios, passado algum tempo de
sua construção e ocupação. A APO focaliza os ocupantes do edifício e suas
necessidades, a partir das quais elabora insights sobre as conseqüências das
decisões de projeto na performance da edificação. Este procedimento
constitui-se na base para a criação de edifícios melhores no futuro.
(RHEINGANTZ, COSENZA, e LIMA Revista Arquitetura nº 80/97, p.22-23).
25
O desempenho dos edifícios é avaliado, diariamente, de forma inconsciente e
não explícita.
Quando, em um determinado ambiente, são ouvidas conversas e ruídos de
outros ambientes, a performance acústica do recinto está sendo avaliada. Da
mesma forma, a temperatura do recinto, a qualidade da iluminação
natural/artificial, do mobiliário, dos acabamentos e a visão do exterior através
das aberturas, são avaliados informalmente. Enquanto esperamos um
elevador, podemos julgar o tempo de espera. Os critérios de avaliação usados
neste caso são originados em expectativas que são baseadas em situações
vivenciadas.
Em um mercado cada vez mais competitivo, a meta do fabricante ou do
projetista passa a ser a criação de produtos com desempenhos que atendam
às expectativas de mercado, com preços acessíveis e que apresentem o
mínimo possível de defeitos. Neste sentido, a APO pretende analisar a
performance dos edifícios, através da comparação sistematizada e rigorosa
dos resultados, segundo critérios de desempenho pré-estabelecidos. As
diferenças evidenciadas possibilitam a avaliação.
Em função dos objetivos do CLIENTE e do tempo necessário, a APO possibilita
a adoção de melhorias a curto, médio e longo prazo.
• Melhorias de curto prazo - a possibilidade de identificar e solucionar e
problemas nos diversos sistemas/serviços, otimizar o uso do espaço interno e
feedback da performance do edifício, otimizar as atitudes dos ocupantes do
edifício, através do seu envolvimento efetivo no processo de avaliação,
conhecer a influência das modificações ditadas pela redução dos custos na
performance do edifício, informar decisões tomadas e melhorar a
compreensão das conseqüências das decisões projetuais na performance do
edifício.
• Melhorias de médio prazo - flexibilidade e facilidade de adaptação às
modificações organizacionais e crescimento contínuo, incluindo reciclagem de
serviços/sistemas para novos usos; redução significativa nos custos de
26
construção e de manutenção do ciclo vital do edifício; acompanhamento
permanente da performance do edifício, por profissionais e usuários;
• Melhorias em longo prazo - aperfeiçoamentos na performance em longo
prazo do edifício; Otimizar dados de projeto, padrões, critérios, e produção de
literatura técnica; otimizar e quantificar as medições de performance do edifício.
A APO ainda é um campo de trabalho em processo de amadurecimento e, em
breve, deverá ser incorporada ao processo produtivo dos edifícios, da mesma
forma que a atividade de programação tem sido considerada um passo
fundamental da etapa de pré-projeto.
A crise econômica, a elevação dos preços da energia elétrica e dos serviços de
manutenção, e o aumento do nível de exigência dos usuários, contribuem para
o surgimento de uma nova mentalidade que valoriza a qualidade e a eficiência,
onde a determinação das necessidades dos clientes passa a ser uma das
principais variáveis do processo de produção de bens e serviços, qualidade é
feita utilizando-se os mesmos três processos gerenciais de planejamento,
controle e melhoramento". (RHEINGANTZ, COSENZA, e LIMA Revista
Arquitetura nº 80/97, p.22-23)
2.5 DESENHO URBANO
Um componente importante das políticas urbanísticas é o Desenho Urbano, é
este o cruzamento do físico, o econômico, o cultural e o social, que se torna
necessário pensar desde as interações entre planejamento urbano e desenho
urbano considerados ao mesmo tempo como campo de interseção teórico-
disciplinar, e como prática ordenadora de caráter estruturador.
O desenho urbano é atividade voltada para o processo de transformação da
forma urbana, e para o espaço resultante deste processo é a arte de fazer
lugares para as pessoas. Ele deve ser visto muito mais como um processo do
que como um projeto ou produto acabado, uma vez que ele é a parte do
27
processo de planejamento que lida com a qualidade do meio ambiente. Após
um período de desvalorização do planejamento na década de 1980, ressurge o
reconhecimento do valor do poder público no controle do desenvolvimento
urbano. Já nos anos 90, mudanças institucionais, políticas e sociais levaram a
uma nova mentalidade urbanística. O desenvolvimento da cidade passa pela
aproximação do centro às periferias, com o zelo em se melhorar a qualidade do
espaço público, agrupando preocupações estéticas e funcionais.
2.6 LEGISLAÇÃO
O Brasil é um dos países que mais rapidamente se urbanizou em todo o
mundo. Em 50 anos nos transformamos de um país rural em um país
eminentemente urbano, onde 82% da população moram em cidades. Este
processo de transformação do habitat e da sociedade brasileira produziu uma
urbanização predatória, desigual e, sobretudo, iníqua. (ESTATUTO DA
CIDADE).
Conforme a lei nº 6766/79 sobre parcelamento do solo ficou sancionado que, o
Distrito Federal os Estados, e os Municípios poderão estabelecer normas
complementares relativas ao parcelamento do solo municipal para adequar o
previsto nesta lei às peculiaridades regionais e locais.
Código de obras – Conjunto de leis municipais que controla o uso do solo
urbano. A cada projeto elaborado, é feito a verificação, junto aos órgãos
públicos, prefeituras municipais, para conferir exigências a serem observadas.
E essas exigências estão no código de obras específicos de cada município,
com a finalidade de coordenar o crescimento urbano, regularizar o uso do solo,
controlar a densidade do espaço edificado, proteger o meio ambiente, garantir
a ventilação e iluminação naturais adequada, garantir a acessibilidade.
Também definem tipo de ocupação permitido para um determinado lote,
28
projeção máxima do edifício sobre o terreno, área máxima construída,
dimensões mínimas e detalhes construtivos.
2.6.1 Código Florestal
LEI Nº 4.771, DE 15 DE SETEMBRO DE 1965. , Institui o novo Código
Florestal que diz.
Art. 1° As florestas existentes no território nacional e as demais formas de
vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de
interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos de
propriedade, com as limitações que a legislação em geral e especialmente esta
Lei estabelecem.
Art. 3º Consideram-se, ainda, de preservação permanentes, quando assim
declaradas por ato do Poder Público, as florestas e demais formas de
vegetação natural destinadas:
a) a atenuar a erosão das terras;
b)a fixa as dunas;
c) a formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;
d) a auxiliar a defesa do território nacional a critério das autoridades militares;
e) a proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico ou histórico;
f) a asilar exemplares da fauna ou flora ameaçados de extinção;
g) a manter o ambiente necessário à vida das populações silvícolas;
h) a assegurar condições de bem-estar público.
29
2.6.2 O PDM
Plano Diretor, é responsável pelo estabelecimento da política urbana na esfera
municipal e pelo pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da
propriedade urbana, como preconiza o artigo 182 da constituição de 1988.
De acordo com a Seção III do PDM de Colatina que trata sobre o Controle
Urbanístico.
Artigo 143 - O controle urbanístico é realizado através do estabelecimento de
índices que regulam o dimensionamento das edificações em relação ao terreno
onde serão construídas, e ao uso a que se destinam.
Artigo 144 - Os índices urbanísticos compreendem:
I - quanto à intensidade e forma de ocupação pelas edificações:
a) coeficiente de aproveitamento;
b) taxa de ocupação;
c) gabarito;
d) altura máxima de edificação;
e) taxa de permeabilidade mínima.
II - quanto à localização das edificações no terreno de sua implantação:
a) afastamento de frente;
b) afastamento de fundos;
c) afastamentos laterais.
III - quanto à guarda e estacionamento de veículos e carga e descarga de
mercadorias:
a) número de vagas;
b) área mínima para carga e descarga.
IV - o parcelamento do solo.
30
Artigo 145 - Para efeitos desta lei, os índices urbanísticos são definidos como
se segue:
I - coeficiente de aproveitamento é um fator estabelecido para cada uso nas
diversas zonas que, multiplicado pela área do terreno, definirá a área total de
construção;
II - taxa de ocupação é um percentual expresso pela relação entre a área da
projeção de edificação e a área do lote;
III - gabarito é o número máximo de pavimentos da edificação;
IV - altura máxima da edificação é a distância entre o ponto mais elevado da
edificação e a cota zero do Conselho Nacional de Geografia;
V - taxa de permeabilidade mínima é o percentual expresso pela relação entre
a área do lote sem pavimentação impermeável, sem construção no subsolo, e
a área total do lote;
VI - afastamento de frente estabelece a distância mínima entre a edificação e a
divisa frontal do terreno no alinhamento com a via ou logradouro público;
VII - afastamento de fundos estabelece a distância mínima entre a edificação e
a divisa dos fundos do terreno;
VIII - afastamento lateral estabelece a distância mínima entre a edificação e as
divisas laterais do terreno;
IX - número de vagas para garagem ou estacionamento de veículo é o
quantitativo estabelecido em função da área privativa ou da área computável
no coeficiente de aproveitamento da edificação;
X - área mínima para carga e descarga de mercadorias é o espaço, para tal
fim, que determinadas categorias de uso deverão observar;
XI - área e testada mínima de lote estabelece as dimensões mínimas quanto à
superfície e ao cumprimento da frente do lote para o parcelamento.
31
3 CARACTERIZAÇÃO DO BAIRRO CARLOS GERMANO NAUMANN
O bairro Carlos Germano Naumann localiza-se na cidade de Colatina entre os
bairros Ayrton Sena, Industrial Alves Marques e 15 de Outubro, conforme mapa
1. Apresenta uma área de 10.224,77m² e um perímetro de 3.815.470,53ml com
relevo bem diversificado. É composto basicamente por quatros áreas e a
rodovia principal, conhecida como Rodovia Gether Lopes de Faria, além de
uma parte rural (mapa 2). As áreas são chamadas de:
Morro Liberato – colonizado pela familia Liberato (foto 1);
Morro do Café – pois lá havia plantações de café (foto 2);
Morro Azul – pois iniciou-se com a construção de um conjunto de casas
de tábua azul (foto 3);
Capa Preta – devido no local no inicio da colonização haver casas
cobertas com lonas pretas (foto 4).
Mapa 1 – Mapa localização do bairro Carlos Germano Naumann
Fonte: Organização Grupo, 2011
32
Foto 3 – Morro Capa Preta Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 4 – Morro Azul Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Mapa 2 – Mapa Identificação do morros. Fonte: Organização Grupo, 2011
Foto 1 – Morro Liberato. Foto 2 – Morro do Café Fonte: Acervo Pessoal, 2011 Fonte: Acervo Pessoal, 2011
33
Caracteriza-se por ser um bairro residencial com pontos comerciais
necessários para o convívio do morador, não precisando totalmente do
comercio de outros bairros e do centro. O bairro também apresenta um
diferencial por ter em seu perímetro uma área rural (foto 5 a 7). É situada
dentro da área e perímetro urbana, porem sua utilização é rural, possuindo
pastos, currais e até lavouras.
Foto 5 – Parte rural do bairro Foto 6 – Curral encontrado no bairro Fonte: Acervo Pessoal Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 7 – Pasto encontrado no bairro Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Ele apresenta duas escolas em funcionamento e uma escola desativada onde
é utilizado apenas a quadra para as atividades de educação física da Escola
Joao Elias Pancoto. Não possui quase nenhum local para o lazer, apenas o
34
campo(foto 8) e a quadra de esportes (foto 9), porem ambos são particular,
impedindo assim a utilização irrestrita da população.
Possui tambem duas farmácias, supermercados, mercados, posto de saúde,
igrejas, padaria, sorveteria, lanchonete, um asilo, um abrigo para menores,
creche, comércios (foto 10 a 15)e indústrias variadas.
Foto 8 – Campo de Futebol Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 9 – Quadra Poliesportiva a esquerda da Foto 10 – Farmácia Ouro Farma Escola Atilio Morelato Fonte: Acervo Pessoal, 2011 Fonte: Acervo Pessoal, 2011
35
Foto 11 – Supermercado Martinelli Foto 12 – Pontos comerciais diversos
Fonte: Acervo Pessoal, 2011 Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 13 - Pontos comerciais na rodovia
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 14 – Farmácia Corrego do Ouro
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 15 – Padaria Nogueira na Rodovia
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
36
4 HISTÓRICO
A região era coberta por mata virgem, destacando-se como madeiras daquela
época a peroba, o jequitibá e o jacarandá, sendo que hoje a única reserva
natural que existe no bairro está localizada nas imediações do Lar Irmã
Scheila. Os pássaros e animais selvagens eram em grande numero. O córrego
do local era cheio de peixes e limpo, servindo para tomar banho e ate fazer a
comida. As casas no inicio eram cobertas com cascas de madeira e as onças
rodeavam as habitações. Como só existia mata virgem, na chegada das
famílias tornava-se necessário fazer o desmatamento para dar inicio à roça.
O bairro foi colonizado por algumas famílias que tem nele suas raízes ate hoje.
Uma das pioneiras e mais tradicionais é a Familia Guerra (foto 16 e 17). O
nome do bairro inclusive, se deu devido ao acontecido com teodolina, filha de
Vicente e Maria Guerra, que encontrou no córrego um pedaço de pedra
amarela parecendo ouro. Esse fato se espalhou e a partir de então começaram
a chamar o local de CORREGO DO OURO. Atualmente o bairro se chama
CARLOS GERMANO NAUMANN.
Foto 16 – Maria Guerra Foto 17 – Reinaldo Guerra
Fonte: Revista Nossa Fonte: Revista Nossa
37
No inicio a igreja católica (foto 18) do bairro ficava na chegada em frente ao
atual asilo. O terreno onde se encontra a atual igreja foi doado por Vicente
Guerra que construiu lá a primeira igreja católica (Foto)colocando nela o nome
de São Vicente de Paulo, atual padroeiro. Atualmente a igreja possui uma nova
edificação (foto 19), uma vez que a anterior foi demolida, além de ser a mais
nova paróquia da diocese de Colatina, a Paroquia Sagrada Família.
Foto 18 – Antiga sede da Igreja São Vicente Foto 19 – Atual Igreja São Vicente de Paula
Fonte: Revista Nossa Fonte: Acervo Pessoal
As missas serviam para as orações e também para um maior entrosamento da
comunidade que começava a se formar. Quanto ao lazer, sempre se realizava
algum forro, acompanhado pela concertina na casa de Vicente Guerra. Após a
missa ele permitia a realização de bailes como uma forma de animar os casais.
A iluminação o bairro começou a ser feita por Vicente Guerra, Carlinhos
Chieppe e Benildo Braga que depois deram para a empresa de luz da cidade.
No inicio da colonização como não havia escola as famílias contratavam
professores particular. Vicente Guerra foi quem cedeu o terreno e a casa para
a instalação da primeira escola do bairro, onde a primeira professora foi Ilma
Morelato.
38
A colônia de Vicente Guerra teve um valor aproximado de 60 mil réis possuindo
40 alqueires e tendo sido adquirida e Albertino Ferrari. Em 1977 a família
loteou sua colônia e fez a partilha para os filhos.
No ano de 1964 foi fundado no bairro o Lar Irmã Scheila que compreende uma
creche, uma casa de apoio, um asilo, além de doar cestas básicas para
famílias pobres. Era mantida pelo convenio que tinham com a LBA – Legiao
Brasileira de Assistencia e a diferença coberta pela família Guerra. Seu
mantenedor era Reinaldo Guerra, filho mais velho de Vicente Guerra,
atualmente falecido, onde fica por conta de seus filhos a administração do
local.
Sua ultima obra social foi a construção da Igreja Adventista da Promessa,
inaugurada em 1984.
39
5 MORFOLOGIA URBANA
5.1 LINGUAGEM FIGURA FUNDO - OCUPAÇÃO
Essa análise facilita a leitura do traçado urbano e seus componentes. Na figura
1 observamos o contraste entre espaço construído X espaço não construído.
Figura 1 – Espaço construído e espaços vazios
Fonte: Prefeitura Municipal de Colatina, 2011
A partir dessa figura observamos que o bairro possui poucas áreas sem
ocupação e onde se encontram o relevo é muito acidentado, impossibilitando
assim construções, obrigando a população construir em locais precários e
áreas de risco.
40
5.2 USO DO SOLO
O bairro é basicamente residencial porem possui em seu zoneamento Zona de
Uso Diverso, Zona Especial e Zona de Proteção Ambiental, que corresponde a
mata existente no Lar Irma Scheila. Possui também alguns pontos de comércio
na rodovia Gether Lopes de Faria, não sendo dependente de bairros vizinhos a
não ser por opção do morador. Além de alguns pontos comerciais se
encontram também no bairro: o Lar Irmã Scheila (foto 20), o Asilo Vovô Simeão
(foto 21), a Escola Prof Joao Elias Pancoto (foto 22), a Escola Ferrucio Forrechi
(foto 23), os cemitérios (foto 24 e 25), a sede da associação de moradores (foto
26)o posto de saúde atual (foto 27) (e o novo – foto 28) e o Centro de
Tratamento ao Toxicomano.
Foto 20 – Lar Irma Scheila Foto 21 – Casa Vovo Simeão
Fonte; acervo Pesssoal, 2011 Fonte: Acervo Pessoal, 2011
41
Foto 22 – Escola Joao Elias Pancoto Foto 23 – Escola Ferrucio Forrechi
Fonte: Acervo Pessoal, 2011 Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 24 – Cemitério na Rua Ellem Mansur
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 25 – cemitério na Rua Um
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
42
Foto 26 – Sede da Associação de Moradores Foto 27 – Unidade de Saude Atual
Fonte: Acervo Pessoal, 2011 Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 28 – Nova sede da unidade de saúde do bairro
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
5.3 ÁREAS DE RISCO
O bairro não possui áreas classificadas como áreas de risco, porém podemos
encontrar situações de residências em encostas (foto 29), residências em
péssimas condições e até mesmo áreas de barranco com risco de
desabamento (foto 30).
43
Foto 29 – Área com risco de desabamento Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 30 – Residencias precárias em situações de risco Fonte: Acervo Pessoal, 2011
5.4 TIPOLOGIA CONSTRUTIVA DAS EDIFICAÇÕES
Fazendo uma análise geral a tipologia construtiva das edificações é
diversificada, possuindo casas desde totalmente acabadas até construções
precárias em madeira. Para melhor classificar a tipologia das residências
analisamos separadamente cada morro.
5.4.1 Morro Capa Preta
Em sua maioria verticalizado com construções mista de dois e três pavimentos.
Possui uma característica por apresentar nas margens da rodovia residências
em alvenaria com reboco e no topo do morro sem reboco (foto 31 a 35).
44
Foto 31 – Visao Geral do morro capa preta
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 32 – Residencia em madeira na Rua
Vicente Guerra
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 33 – Residencia sem acabamento
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 34 – Residencias na rua Willian Cunha
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
45
Foto 35 – Residencias em locais inapropriados
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
5.4.2 Morro do Café
É o menos estruturado de todos, possuindo com predominancia residências em
alvenaria sem reboco, muitas casas em madeira e algumas casas bem
acabadas nas margens da rodovia (foto 36 a 40).
Foto 36 – Casa de madeira no morro do café
Fonte: Acervo pessoal, 2011
46
Foto 37 – Residencia precária
Fonte: Acrevo Pessoal, 2011
Foto 38 – Poste no meio do cruzamento
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 39 – Residência com falta de acabamento
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 40 – Parede de residência degradada
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
5.4.3 Morro Azul
Possui o melhor padrão construtivo se comparado aos outros, maioria
verticalizado com dois pavimentos. As casas são em alvenaria com reboco
(foto 41 a 47).
47
Foto 41 – Residencias com dois pavimentos Foto 42 – Casa encontrada em boas condições
Fonte: Acervo Pessoal, 2011 Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 43 – Tipologia das residências
encontradas na Rua Ellem Mansur
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 44 – Único predio encontrado no morro azul
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
48
Foto 45 – Residencias próximas a encostas
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 46 – Residencia mista encontrada no morro azul
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 47 – Tipologia da Rua Joao Meneguelli
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
49
5.4.4 Morro Liberato
Apresenta padrão mais verticalizado, com residências em madeira e na maioria
são de alvenaria com e sem reboco. Apesar de ser ter uma boa infra estrutura
possui residências bem mais precárias que os outros morros (foto 48 a 52).
Foto 48 – Residencias com padrão Foto 49 – Residencia em área de encosta
construtivo homogêneo Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
50
Foto 50 – Residencia com erros construtivos
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 51 – Residencia de madeira em
situação precária
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 52 – Construção mista em área de risco
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
5.4.5 Rodovia Gether Lopes de Faria
Possui na maioria pontos comerciais e as residências encontradas são na
maioria verticalizadas, devido principalmente ao comercio encontrado.
Possuem o melhor padrão construtivo comparando-as com os morros mesmo
que sejam em minoria (foto 53 e 54).
Na rodovia podemos encontrar todo o comercio do bairro e alguns
empreendimentos importantes.
51
Foto 53 – Residencias encontradas na rodovia
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 54 – Exemplo de residência com
ponto comercial
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
5.5 HIERARQUIA VIÁRIA
5.5.1 Via Arterial
A Rodovia Gether Lopes de Faria (foto 55 e 56) é o principal acesso ao bairro,
sendo assim ela é chamada de via arterial. É uma rua asfaltada, de mão dupla
e sem estacionamento, porém devido sua ausência, os moradores utilizam a
própria rua para tal finalidade, dificultando assim o fluxo do transito.
52
Foto 55 – Situação da via arterial Foto 56 – Trecho da Rodovia Gether Lopes de Faria
Fonte: Acervo Pessoal, 2011 Fonte: Acervo Pessoal, 2011
5.5.2 Via Coletora
É a via que recebe o fluxo da Via Arterial. A Via Coletora no bairro Carlos
Germano Naumann é composta pela Rua Willian Cunha (foto 57), Rua Vicente
Guerra (foto 58), Rua Sebastião Goncalves Dias (foto 59), Rua Ignacio Nunes
Gregorio (foto 60), Rua Ellem Mansur (foto 61), Rua Fioravante Zanetti (foto
62), Rua Erundina Diniz Faria, Rua A, Rua Elias Morelato, Rua Santa Luzia e
Rua Anselmo Liberato. São ruas pavimentadas com bloco de concreto
sextavado, sem estacionamento e a maioria de mão dupla.
53
Foto 57 – Rua Vicente Guerra
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 58 – Rua Willian Cunha
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 59 – Rua Sebastião Gonçalves Dias
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 60 – Rua Ignacio Nunes Gregorio
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
54
Foto 61 – Rua Ellem Mansur
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 62 – Rua Fioravante Rossi
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
5.5.3 Via Local
São as demais ruas do bairro, e as que dão acesso as residências, sendo a
maioria pavimentada com bloco sextavado de concreto e ainda algumas
poucas sem nenhum tipo de pavimentação (foto 63 e 64).
Nem todas as residências do bairro são acessíveis por ruas, algumas tem
acesso apenas por becos ou escadarias urbanizados ou não (foto 65 a 68).
55
Foto 63 – Rua Ilda Violetti no morro liberato
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 64 – Rua Oscar Schaide no morro azul
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 65 – Beco Willian Cunha no morro do café
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 66 – Beco projetado na Rua Vicente Guerra
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
56
Foto 67 – Escadaria sem infra estrutura na Foto 68 – Escadaria na Rua Jacaranda
Rua Jacarandá que da acesso a Rua Um que dá acesso a Rua Victoria Romanha
Fonte: Acervo Pessoal, 2011 Fonte: Acervo Pessoal, 2011
5.6 MOBILIDADE URBANA
5.6.1 Calçadas
As ruas em geral possuem, em vários pontos espaço suficiente para o
dimensionamento correto de calçadas, contudo as existentes não contam com
nenhum tipo de acessibilidade e muitas vezes não são trafegáveis, obrigando
os pedestres a andarem na rua (foto 69 a 74).
As calçadas em melhor estado de conservação são as de algumas residências
que possuem algum tipo de acabamento e poucas na rodovia porem são
minoria. Ao se adentrar pelo bairro principalmente nos morros a situação vai
piorando. Observa-se a inexistência das calçadas, calçadas com desníveis e
até mesmo construções que não respeitaram o afastamento minimo para o
57
dimensionamento das calçadas, colocando postes, muros e até mesmo
fazendo “jardins” nesse espaço.
Foto 69 – Calçada na rua Willian Cunha
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 70 – Calçada não trafegável
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 71 – Espaço destinada a calçada sem nenhuma infra estrutura
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
58
Foto 72 – Construção invadindo calçada
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 73 – Ausencia de calçada
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 74 – Calçada sem infra estrutura e acessibilidade
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
59
5.6.2 Pavimentação
A maioria das ruas do bairro possui pavimentação com bloco de concreto
sextavado, sendo a rodovia principal e algumas próximas a ela asfaltadas nem
sempre em boas condições. As ruas sem pavimentação se localizam no morro
liberato porem possuem projetos para a pavimentação.
As ruas asfaltadas (foto 76) não estão em bom estado de conservação,
apresentam em seu percurso vários buracos e deformações, a não ser a
rodovia que recebeu a pouco tempo um novo asfalto.
Foto 75 – Condições do asfalto na rua Joao Meneguelli
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
As ruas que não possuem calçamento (foto 77 e 78) são precárias com pontos
com erosão pluvial, devido a falta de drenagem nesses locais, muitos buracos
e entulhos.
60
Foto 76 – Rua Derci Souza Mello no morro liberato Foto 77 – Rua Um no morro do café
Fonte: Acervo Pessoal, 2011 Fonte: Acervo Pessoal, 2011
As ruas que se encontram em melhor estado de conservação são as
pavimentadas com bloco hexagonal de concreto (foto 79 a 82), embora
apresentem em alguns trechos sinais de degradação.
Foto 78 – Rua Ilda Violetti Chicoski no morro liberato Foto 79 – Rua Vicente Guerra no capa preta
Fonte: Acervo Pessoal, 2011 Fonte: Acervo Pessoal, 2011
61
Foto 80 – Situação de risco encontrada na Rua Foto 81 – Pavimentação degradada na Rua Sete
Santa Luzia no morro do café no morro do café
Fonte: Acervo Pessoal, 2011 Fonte: Acervo Pessoal, 2011
5.6.3 Transporte Coletivo
O transporte coletivo atende o bairro na rodovia principal e atualmente faz um
novo trajeto (figura 2) que vai da rua Erundina Diniz Faria passando pela Rua
Jacarandá e rua Um no Morro capa preta indo até o morro do café pela Rua
Angelica Paganine que não é totalmente pavimentada (foto 82 e 84), daí vai ate
seu ponto final que é a Rua Nove no morro do Café, retornando pelo mesmo
trajeto (foto 85).
Além do ônibus do bairro a população pode também utilizar os serviços das
linhas 15 de outubro, Cascatinha e Ponte do Pancas que passam pela rodovia
principal.
62
Figura 2 – Trajeto do transporte coletivo
Fonte: Organização Grupo, 2011
Foto 82 – Parte pavimentada da Rua
Angelica Paganine
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 83 – Parte sem pavimentação da Rua Angelica Paganine
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 84 – Visão panorâmica do morro do capa preta (a direita) e do morro do café (a esquerda) – novo trajeto do ônibus
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
63
5.6.4 Sinalização Vertical e Horizontal
O bairro é dotado de sinalização vertical apenas na identificação de ruas,
quebra-molas e pontos de ônibus, porem não é em todos os locais e em todo o
bairro (foto 86 a 89). Possui poucas faixas de pedestre e em péssimas
condições e os quebra molas não são pintados (foto 89).
Foto 85 – Placa indicando nome da rua
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 86 – Placa indicativa encontrada
na Rua Jacarandá no morro capa preta
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 87 – Placa com indicação de quebra-mola
na rodovia
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
64
Foto 88 – Placa na rodovia indicando Foto 89 – Faixa de pedestres na rodovia em
ponto de ônibus péssimas condições de visualização
Fonte: Acervo Pessoal, 2011 Fonte: Acervo Pessoal, 2011
5.6.5 Estacionamentos
O bairro não possuem nenhum tipo de estacionamento em suas vias principais,
porem as pessoas utilizam as calçadas e até mesmo a rodovia para tal função.
Os únicos estacionamentos que existem são os das residências e alguns
privados, como exemplo o da fabrica de roupas Incovel (foto 91 e 92).
65
Foto 90 - Veículos estacionados na rodovia Foto 91 – Estacionamento privado (a direita)
Fonte: Acervo Pessoal, 2011 da fabrica de roupas incovel
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
66
6 ESPAÇOS DE USO PÚBLICO
6.1 ESCOLAS
No bairro podemos encontrar duas escolas em funcionamento.
A escola Ferrucio Forrechi que atende crianças de 1ª a 4ª série e a Escola Prof
Joao Elias Pancoto que vai de 5ª a 8ª série.
São de caráter municipal para atender toda a população do bairro e de bairros
vizinhos, principalmente do interior.
6.2 ASSOCIAÇÃO DE MORADORES
É utilizada para realização de reuniões com a população e até mesmo para
algumas palestras e eventos. É situada na rua Elias Morelatto e sua sede é a
antiga Capela Mortuária do bairro.
6.3 CEMITÉRIO
O Bairro possui dois cemitérios, ambos localizados no Morro Azul.
6.4 IGREJA CATÓLICA
A Igreja Católica é única para atender todo o bairro, e mesmo tendo sido
reformada e ampliada, continua sendo pequena para atender toda a população
67
da matriz e das comunidades pertencentes a Paroquia, principalmente em dias
festivos (foto 92).
Foto 92 – Interior da Igreja São Vicente de Paula
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
6.5 UNIDADE DE SAÚDE
O bairro conta com uma unidade de saúde localizada na rua Elias Morelato e
apresenta-se em condições precárias. Uma nova sede da unidade de saúde
está sendo feito nas proximidades da Rodovia Gether Lopes de Faria,
juntamente com o Centro de Atendimento ao Toxicomano, que será inaugurada
ainda esse ano.
6.6 CRECHE
A creche atende crianças de todo bairro e de vários bairros da cidade. Além da
creche o Lar Irma Scheila abriga jovens e adolescentes carentes e distribui
cestas básicas para população de baixa renda.
68
7 PERCEPÇÃO AMBIENTAL
O Bairro Carlos Germano Naumann possui uma única Rodovia sem
acostamentos em quase todo seu percurso, cortando o bairro em duas
metades, de tal forma que até seus morros ficam divididos: de um lado morro
azul e morro liberato e do outro morro do café e capa preta. Com praticamente
todas as áreas com muitas declividades, são necessárias áreas de locomoção
com escadarias, ruas, sendo a maioria pavimentada, além da preocupação
drenagem de aguas pluviais. O bairro ainda possui alguns becos e escadarias
sem qualquer tipo de estrutura ou pavimentação, que em muitos casos é a
única forma de acesso as residências. O bairro é conhecido como Corrego do
Ouro devido ao córrego que o corta. Antigamente no inicio de sua colonização
utilizado para lavagem de roupas e até mesmo para consumo. Hoje o córrego o
é quase imperceptível para a população devido as construções, seu leito
encontra-se bem menor se comparado a anos atrás (foto 93 e 94). Além disso
pode-se observar a degradação com lixos em seu entorno e até mesmo esgoto
lançado em seu curso.
Foto 93 – Esgoto jogado no córrego existente no
local
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Foto 94 – Atual córrego do ouro
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
69
7.1 LIMITES
Segundo Lynch, são elementos lineares constituídos pelas bordas de duas
regiões distintas, configurando quebras lineares de continuidade. Os limites
mais fortemente percebidos são aqueles não apenas proeminentes
visualmente, mas também contínuos na sua forma e sem permeabilidade à
circulação.
O bairro limita-se com os bairros Ayrton Senna, Quinze de Outubro e Industrial
Alves Marques (figura 3).
Figura 3 – Limites do bairro Carlos Germano Naumann
Fonte: Organização Grupo, 2011
7.2 PONTOS NODAIS
São pontos estratégicos na cidade, onde o observador pode entrar, e que são
importantes focos para onde se vai e de onde se vem. Variam em função da
escala em que se está analisando a imagem da cidade: podem ser esquinas,
70
praças, bairros, ou mesmo uma cidade inteira, caso a análise seja feita em
nível regional.
Os principais pontos de ligação do bairro são áreas que indicam ligações de
referências (figura 4), tais como: a junção da rodovia do café com a Rua A, que
entra para a parte do bairro conhecida como “vila” (que pertence ao morro capa
preta), a Rua Anselmo Liberato que também se encontra com a rodovia do café
e dá acesso ao Morro do Liberato, a Rua Santa Luzia e a Rua Ignacio Nunes
Gregorio que dá acesso ao Morro do Café, a Rua Wilian Cunha e a Rua
Vicente Guerra que dá acesso ao Morro Capa Preta a Rua Ellen Mansur e a
Rua Sebastião Gonçalves Dias que dá acesso ao Morro Azul e a Rua
Fioravante Zanetti.
Figura 4 – Localização dos pontos nodais
Fonte: Organização Grupo, 2011
71
7.3 SETORES
A setorização do bairro é feita pela zoneamento (figura 5) que define as
seguintes áreas:
Zona de uso Diverso
Zona de proteção ambiental
Zona especial
As zonas são definidas conforme mapa abaixo.
Figura 5 – Zoneamento do bairro
Fonte: Prefeitura Municipal de Colatina, 2011
7.4 MARCOS E REFERÊNCIAS
Segundo Kevin Lynch, a principal característica dos marcos é a singularidade,
algum aspecto que é único ou memorável no contexto. Isso pode ser alcançado
72
de duas maneiras: sendo visto a partir de muitos lugares, ou estabelecendo um
contraste local com os elementos mais próximos.
As referências do bairro são:
Igreja São Vicente de Paula
Empresa Meridiano
Asilo Vovô Simeão
Lar da Irmã Sheila
Grupo Guermar – Presidium/Genius
7.5 IMAGEABILIDADE
O Bairro Carlos Germano Naumann não possui grandes diferenças entre as
áreas que o constituem, apresentando um padrão construtivo homogêneo e
uniforme. Porém, as características de cada morro do bairro mostram que,
apesar de pequenas, essas diferenças existem e podem servir como diretrizes
para conduzir as intervenções que podem vir a ser adotadas em cada local.
Qualidade de um objeto físico que lhe dá uma alta probabilidade de evocar
uma imagem forte em qualquer observador. Refere-se à forma, cor ou arranjo
que facilitam a formação de imagens mentais do ambiente fortemente
identificadas, poderosamente estruturadas de imagens mentais do ambiente
fortemente identificadas, poderosamente estruturadas e altamente
úteis.(LYNCH, 1960, p.9)
Nas margens da rodovia as casas apresentam um melhor padrão construtivo e
é onde também se localizam os pontos comerciais.
Os morros possuem um padrão construtivo parecido diferenciando apenas
alguns tipos de residências em especial no topo deles onde a situação ainda é
um pouco precária, não por questões de infra estrutura, pois o bairro é bem
estruturado, possuindo pavimentação e drenagem em praticamente todo sua
73
extensão, mas sim por questões sociais, principalmente em relação a
criminalidade.
74
8 DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE – O DESAFIO DO SÉCULO
XXI
Segundo Relatório Brundland1 (1987), “Desenvolvimento Sustentável é aquele
que responde às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade
das gerações futuras de prover suas próprias necessidades.” (WELTER e
PIRES, 2010 apud PALSULE, 2004).
Partindo deste pressuposto entende-se que sustentabilidade busca impor um
equilíbrio entre ser humano e natureza, sendo atores principais deste processo,
a participação popular e o empenho político. Assim trazer melhorias as
cidades, equilibrando o tripé, ambiente, administração e sociedade,
proporciona um futuro melhor para as próximas gerações, e acima de tudo,
com qualidade de vida para a geração atual colocando em prática o conceito
de sustentabilidade.
Apesar da falta de conhecimento sobre o conceito de sustentabilidade, a
sociedade torna- se cada vez mais consciente da necessidade de preservação
dos recursos naturais. Nesse novo cenário “sustentável” de consumidores
“ecologicamente corretos” foi necessária uma adaptação das organizações
para continuarem a atender seu público.
Assim, as empresas viram-se obrigadas a adotar uma abordagem sócio-
ambiental. Para tanto, foi preciso a adaptação da produção em todas as suas
etapas, a começar pela produção de energia, uma vez que seus antigos
métodos poluíam o meio ambiente e destruíam ecossistemas.
A concepção de desenvolvimento sustentável explicitada no Relatório de
Brundland, começa a se formar e a difundir-se junto com o questionamento do
atual estilo de desenvolvimento adotado, quando se constata que o processo
1 Documento intitulado “Nosso Futuro comum” publicado em 1987, elaborado pela Comissão
Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, faz parte de uma série de iniciativas anteriores à Agenda 21, os quais reafirmam uma visão crítica do modelo de desenvolvimento adoptado pelos países industrializados e reproduzido pelas nações em desenvolvimento, e que ressaltam os riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas. O relatório aponta para a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os padrões de produção e consumo vigentes.
75
este é “ecologicamente predatório na utilização dos recursos naturais,
socialmente perverso com geração de pobreza e extrema desigualdade social,
politicamente injusto com concentração e abuso de poder, culturalmente
alienado em relação aos seus próprios valores e eticamente censurável no
respeito aos direitos humanos e as demais espécies”. O conceito de
sustentabilidade segundo o Relatório de Brundland comporta sete aspectos
principais, que são:
8.1 SUSTENTABILIDADE SOCIAL
Esta dimensão social da estabilidade, realça o papel dos indivíduos e da
sociedade, e está intimamente ligada à noção de bem-estar. Os princípios da
sustentabilidade social deixam claro o papel dos indivíduos e a organização da
sociedade e, tendo por objetivo a estabilidade social beneficiando também as
gerações futuras.
8.2 SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA
O conceito é redutor já que também os recursos econômicos têm de ser
preservados, assim como o espaço de manobra para as gerações futuras.
Além do mais, a sustentabilidade ecológica só pode ser alcançada por
sociedades que desenvolvam comportamentos economicamente sustentáveis.
76
8.3 SUSTENTABILIDADE ECOLÓGICA
Sendo o Ambiente fundamental para a vida é natural que estes aspectos
tenham dominado a discussão inicial em volta da sustentabilidade. As questões
ambientais estiveram sempre no centro do conceito de sustentabilidade e
também sempre que se verificam perigos iminentes para a sobrevivência da
espécie humana. Tem ganho cada vez mais peso uma maior abrangência da
dimensão ambiental, alargada a todas as espécies, à preservação da
biodiversidade e dos ecossistemas.
8.4 SUSTENTABILIDADE CULTURAL
Os aspectos culturais e educativos desempenham um papel fundamental para
a sustentabilidade, pois incorporam os princípios básicos da sociedade e a sua
forma de vida. Num mundo onde cada vez mais culturas se cruzam e
aproximam, muitas vezes através de processos dolorosos, é fundamental
encarar o desafio da diversidade cultural como forma de enriquecimento
coletivo, salvo especificidades culturais ao mesmo tempo que se constroem
sentidos de pertença maiores e mais abrangentes com que os indivíduos se
possam identificar. Os princípios que regem a sustentabilidade cultural e
educativa são a criação de condições para o desenvolvimento da
personalidade de adolescentes e jovens.
8.5 SUSTENTABILIDADE ESPACIAL
A sustentabilidade espacial refere-se ao tratamento equilibrado da ocupação
rural e urbana, equilíbrio de migrações, desconcentração das metrópoles,
77
adoção de práticas agrícolas mais inteligentes e não agressivas à saúde e ao
ambiente, manejo sustentado das florestas e industrialização descentralizada;
assim como de uma melhor distribuição territorial das atividades econômicas e
assentamentos humanos.
8.6 SUSTENTABILIDADE POLÍTICA E ADMINISTRATIVA
O objetivo geral é melhorar ou reestruturar o processo de tomadas de
decisões, de modo a integrar plenamente a esse processo a consideração de
medida maior de participação do público. Reconhecendo que os países irão
determinar suas próprias prioridades, em conformidade com suas situações,
necessidades, planos, políticas e programas nacionais preponderantes.
8.7 SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
Entende-se a capacidade de uma dada população de ocupar uma determinada
área e explorar seus recursos naturais sem ameaçar, ao longo do tempo, a
integridade ecológica do meio ambiente. Salientando a necessidade de
sustentabilidade ecológica de longo prazo.
Em suma as mudanças nas atividades produtivas não podem ser feitas de
forma arbitrária, apagar a luz durante o dia não é sinônimo de sustentabilidade,
é preciso intenso estudo sobre os impactos gerados durante esses processos.
A partir desse conhecimento, pode-se definir os métodos a serem utilizados
para tornar a produção eficiente do ponto de vista sustentável.
É indiscutível que a abordagem sócio-ambiental surgiu como uma estratégia
utilizada por organizações para ganhar competitividade. De uma forma geral,
concluí-se que as tanto órgãos públicos como privados vem se adaptando bem
78
a essa realidade. Essa nova abordagem tem gerado melhor uso dos recursos
disponíveis, produtos com padrões de qualidade, seguidos de melhor qualidade
nos serviços proporcionando qualidade de vida e bem estar social para a
população. Por isso, pode-se citar que, a sustentabilidade tornou-se um fator
de sobrevivência para o mundo e as gerações do século XXI e tragédia ou
qualidade de vida para as gerações vindouras.
79
9 INTERVENÇÕES
Em visita às diversas áreas do Bairro Carlos Germano Naumann, constatou-se
a necessidade de diversas intervenções no sentido de oferecer um espaço
melhor estruturado e que possa garantir mais segurança e comodidade aos
moradores. Foi elaborada uma pesquisa entre os moradores que consistia num
questionário em que as pessoas apontavam as principais necessidades locais,
pois faltam alguns serviços que fazem com que a população precise se
deslocar a outros bairros da cidade, principalmente ao Centro.
Foi elaborado um questionário que continha os seguintes itens:
1 - área de lazer e praça;
2 – capela mortuária;
3 - acessibilidade nas vias e calçadas
4 - melhoria do transporte público;
5 - reestruturação da escola existente na região.
Desses itens, a maioria apontou a área de lazer como a principal carência.
Contudo, os entrevistados também sugeriram outros elementos que também
são necessários no bairro como:
1 - casa lotérica;
2 – correio;
3 – igrejas de denominações religiosas diversas, já que muitas pessoas
pertencem a uma determinada religião e não encontram templos nas
proximidades.
Há também situações de vias sem pavimentação, necessidade de construção
de escadarias e muros de contenção, moradias em situação precária e
construções localizadas em áreas de risco. Existem ruas, por exemplo, onde os
acessos às residências são escadarias cavadas na própria terra (foto 95)
criando dificuldade de mobilidade, principalmente em épocas de chuva. Para
esses locais, propõe-se a pavimentação das vias e a construção das
escadarias em concreto e possuindo corrimãos a fim de garantir segurança aos
usuários.
80
Outra situação desfavorável é a falta de acessibilidade, pois já que se trata de
uma região com predominância de ruas inclinadas, há uma grande dificuldade
em se implantar calçadas acessíveis. Porém, não é somente na parte elevada
que se observa essa situação. Nas ruas planas é bastante comum a ausência
de calçadas padronizadas que possam facilitar a locomoção das pessoas,
principalmente aquelas com limitações físicas. Mesmo não tendo sido a
principal reivindicação dos moradores, a implantação dessas melhorias nas
vias também foi bastante mencionada na pesquisa realizada.
Foto 95 – Exemplo de escadaria existente no local.
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Por se tratar de um bairro com relevo acidentado, é possível observar a
existência de muitas moradias situadas em áreas de risco. Uma das prováveis
soluções para este problema seria a realocação das famílias para um local
mais seguro e a utilização desses lugares íngremes como espaço de replantio
de árvores com finalidade de preservação ambiental, o que também contribuiria
para evitar problemas como a erosão do terreno.
81
No entanto, com relação à questão das moradias, esse não é o único problema
encontrado no bairro. Também a qualidade das habitações representa uma
situação preocupante, pois há algumas residências que não apresentam
condições de habitabilidade (foto 96), por não oferecerem satisfatoriamente
segurança, conforto e salubridade. Para solucionar essa questão, se faz
necessária a intervenção do Poder Público atuando através de programas
sociais de habitação.
Foto 96 – Exemplo de habitação de má qualidade.
Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Verifica-se, no bairro, a existência de espaços sem uso adequado, que
atualmente são utilizados como depósitos de sucatas (foto 97), o que revela um
mau aproveitamento dos mesmos, sendo que poderiam ser destinados à
criação de uma área de lazer, que foi o item mais mencionado na pesquisa
realizada e que é realmente necessário, pois durante a visita, ficou confirmado
que muitas crianças e jovens fazem suas atividades recreativas na rua (foto
98), que além de não ser um local indicado, ainda provoca o risco de acidentes.
82
Foto 97 – Espaço mal utilizado no bairro Foto 98 – Por falta de um local
Carlos Germano Naumann. adequado, as crianças brincam na rua.
Fonte: Acervo Pessoal, 2011 Fonte: Acervo Pessoal, 2011
Essas situações exigem determinadas intervenções, que são muito importantes
para garantir um ambiente urbano mais humanizado e dinâmico, evidenciando
a existência de planejamento e organização.
9.1 PROPOSTAS
9.1.1 Acessibilidade da Rodovia Gether Lopes de Faria
Este memorial tem como objetivo descrever a implantação e adaptação de
acessos na Rodovia Gether Lopes de Faria (Figura 6), no bairro Carlos
Germano Naumann, em Colatinas-ES.
A Rodovia não possui em toda extensão calçadas que atendam questões de
acessibilidade da NBR 9050.
Com a utilização das calçadas acessíveis os pedestres em geral, mas
especificamente aqueles com dificuldades de locomoção ou com mobilidade
reduzida, estarão em um ambiente propício para um fluxo democrático de
pessoas.
83
Figura 6 – Projeto da nova Rodova Gether Lopes de Faria
Essa calçada possui uma faixa de percurso seguro, ou seja, sem nenhum tipo
de obstáculo e não escorregadio feito com piso intertravado na cor vermelho, é
adaptável devido aos diferentes tamanhos de calçadas existente na rodovia
(Figura 7), e irá variar de 1,50m a 3,00m de largura, e a faixa de serviço, na
qual se concentra todo o mobiliário urbano (canteiros, postes, etc) e é marcada
com o piso podotátil na cor cinza, diferenciado para fácil identificação da área
não segura para caminhar (Figura 8 e 9).
Figura 7 – Calçada acessível
84
Figura 8 – Detalhe da calçada acessivel
Figura 9 – Detalhe mobiliário urbano
As calçadas serão niveladas a 15cm em relação ao nível do asfalto.
Pensando na sustentabilidade, adotou-se na faixa de serviço os canteiros
pluviais(Figura 10) para absorção da água.
85
Figura 10 – Detsque para os canteiros
Segundo VILELA e ALITO, os canteiros pluviais são depressões topográficas,
existentes ou adaptadas especialmente para receberem o escoamento da água
pluvial (Figura 11 e 12). O solo, especialmente se for adicionado com
composto, age como uma esponja que suga a água enquanto microorganismos
e bactérias no solo removem poluentes. Adicionando-se plantas, aumenta-se a
evapotranspiração e a remoção dos poluentes. Apesar de terem sua
capacidade limitada pois são compactados em pequenos espaços, ainda
assim, são muito eficientes na melhoria da qualidade da água, visto ser o
período inicial de uma chuva que carrega a maioria dos poluentes (MARÍLIA
BARBIN VILELA e MAURÍCIO SOARES ALITO,2010).
Figura 11 – Visão Frontal dos canteiros pluviais
86
Figura 12 – Visão Lateral dos canteiros
Os canteiros possuirão 30cm de largura, 3,00m de comprimento e 50cm de
altura acima do nível da calçada. No canteiro será utilizado a espécie Agave
atenuata, conhecida popularmente como Agave Dragão e grama esmeralda.
Foi proposto também um modelo padrão de rampa para veículos (Figura 13) e
rampas para acesso de pedestres (Figura 14) dando assim mobilidade à
rodovia. As rampas para veículos terão 12% de inclinação e a rampa para
pedestre terão 8% de inclinação. Na rampa será utilizado na área de passagem
dos carros o piso cimentado e na chegada da rampa à calçada bloco
intertravado ranhurado na cor vermelho.
Figura 13 – Detalhe rampa de veículos
87
Figura 14 – detalhe rampa de pedestre
Na faixa de passagem de pedestres foi proposto a travessa elevada acessível
(Figura 15 e 16) situadas em pontos estratégicos. Ela é uma faixa de pedestres
que fica no mesmo nível da calçada, ou seja, o desnível é feito na pista de
rolamento dos automóveis.
Figura 15 – Detalhe travessia elevada
88
Figura 16 – Perfil travessia elevada
É um recurso eficiente porque, serve como um “quebra-molas”, obrigando os
veículos a reduzirem a velocidade.
Ela será feita com piso intertravado na cor vermelho na altura da calçada com a
faixa de pedestres pintada em sua plataforma, com inclinação de .15 %
9.1.2 Área de lazer e praça
O objetivo do presente memorial é descrever a implantação de uma área de
lazer na lateral da Rodovia Gether Lopes de Faria, no bairro Carlos Germano
Naumann, em Colatina-ES. Esse projeto possui vários setores e é constituído
por praça, playground, academia popular, quadra poliesportiva, espaço para
caminhadas, área de descanso, quiosques e estacionamento.
Para facilitar o acesso de pessoas com mobilidade reduzida, o projeto da praça
possui calçadas acessíveis (Figura 17), com faixa de percurso medindo 1,35 m
de largura, revestida por blocos intertravados na cor cinza e faixa de serviço
medindo 0,80 m de largura, revestida com piso podotátil na cor vermelho.
89
Figura 17 - Calçada com faixas de percurso e serviço.
Para garantir a acessibilidade, o projeto possui rampas de acesso, revestidas
com piso podotátil (Figura 18).
Figura 18 - Acessibilidade no projeto da praça.
A área do playground possui vários brinquedos e é revestida com areia para
reduzir o risco de acidentes. Ao lado do playground, localiza-se a academia
popular (Figura 19), destinada à prática de exercícios físicos, que apresenta
piso revestido com deck de madeira e diversos aparelhos como bicicletas
ergométricas, halteres, etc.
90
Figura 19 - Academia popular com deck de madeira.
A área da praça onde ficam o playground e a academia possuem bancos com
assento e encosto de madeira para o descanso dos usuários desse lugar. Há
também no local uma quadra poliesportiva com área de 288,00m², piso de
cimento queimado pintado com tinta epóxi e alambrado de tela de arame.
Para revestir a área de descanso e o entorno dos quiosques, são indicados
decks de madeira. Além dos bancos de madeira, foram inseridas no projeto
várias mesas de concreto com tabuleiro para jogos. Os quiosques são
executados em alvenaria com cobertura de telhas cerâmicas. É proposto um
estacionamento com 32 vagas medindo 4,50m x 2,50m cada.
Contornando toda a praça está a faixa de caminhada medindo 3 metros de
largura. No projeto (Figura 20) houve a preocupação em relação à arborização
nos diversos setores e são indicadas várias espécies como palmeiras, ipês-
amarelos e flamboyants, entre outras espécies. Para os canteiros a indicação é
de utilizar pequenas plantas como ixoras e vassouras-espanholas. Na área
íngreme do terreno, propõe-se utilizar espécies nativas com função de
reflorestamento.
91
Figura 20 – Planta baixa da praça e da área de lazer
9.1.3 Escadaria Tipo
A proposta remetesse em escadarias com biovaletas, solução que contribui
com a sedimentação dos poluentes, seguindo a declividade do terreno, sendo
utilizadas em depressões lineares preenchidas com vegetação, solo e demais
elementos filtrantes (argila expandida, brita, areia etc...).
Esses elementos processam uma limpeza da água da chuva, ao mesmo tempo
em que aumentam seu tempo de escoamento, dirigindo este para os jardins de
chuva ou sistemas convencionais de retenção e detenção das águas.
Desse modo, cabe as biovaletas fazerem o trabalho de infiltração no solo,
também contribui, filtrando os poluentes trazidos pelo escoamento superficial
ao longo de seu substrato e da vegetação implantada.
A escadaria tipo terá patamares a cada lance de 13 degraus (Figura 21). Cada
patamar contará com um poste de iluminação publica e guarda corpo em tubo
de ferro galvanizado com altura de 1,10m de altura (Figura 22). Seus degraus
terão piso de 30cm e espelho de 17cm.
Em um dos lados possuirá uma canaleta de 30 cm de largura seguida de uma
biovaleta de 85cm de largura, a escada contará também com uma grelha de
92
escoamento de água em grade ferro galvanizado ligada a rede publica (Figura
23).
Figura 21 – Planta baixa escadaria
Figura 22 – Detalhe guarda corpo
Figura 23 – Vista da escadaria com destaque para a biovaleta
93
9.1.4 Área de Preservação
A proposta é formada devido à área ser muito inclinada, com difícil acesso, e
por no seu entorno não conter área com vegetação (Figura 24).
Sendo localizada em meio ao bairro e contendo área de risco,a copa das
árvores também protege o solo da chuva direta, sem contar que suas raízes
seguram firmemente o solo.
Figura 24 – Planta baixa área preservação
As mudas devem ser plantadas em covas de 30x30x30cm, ou até 50x50x50cm
se o solo estiver muito compactado, colocando-se 5 litros de esterco de
curral/cova, fazendo o coroamento de meio metro ao redor da muda. Faça o
plantio de preferência no início do período das chuvas, mas se não estiver
chovendo. As mudas deverão ser molhadas logo após o plantio com 5 litros de
água/cova, repetindo essa irrigação após uma semana. Não se esqueça de
fazer o combate às formigas, que pode ser feito de maneira prática, plantando
gergelim entre as mudas plantadas.
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Tabela de espécies de árvores nativas:
Tabela 1 – Tabela de árvores nativas Fonte: Manual de Recuperação de nascentes
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10 ANEXOS
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11 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O crescimento acelerado que o meio urbano tem apresentado e a velocidade
com que o ambiente se modifica mostra a importância do planejamento através
da utilização de várias metodologias com a finalidade de analisar e intervir
corretamente na realidade das cidades. O planejamento urbano é necessário e
não acaba com a finalização de um projeto de intervenção, pois é muito
importante o monitoramento e a solução de eventuais modificações.
A principal função da cidade é garantir condições de moradia, segurança,
saúde e mais uma série de fatores que tornam as pessoas cidadãs, ou seja,
indivíduos que tenham garantidos plenamente seus direitos na sociedade.
Entretanto, esses direitos podem ser comprometidos se não houver infra-
estrutura básica, levando em conta todos os aspectos que possam vir a
desequilibrar o desenvolvimento do espaço urbano. A falta de organização
urbana cria muitos problemas estruturais, ambientais e de saúde publica.
A realidade encontrada no bairro Carlos Germano Naumann revela situações
inadequadas como más condições de mobilidade, falta de pavimentação de
algumas ruas, ausência de áreas de lazer, necessidade de construção e
conclusão de escadarias e muros de contenção, projetos de arborização, além
de deficiência na rede de equipamentos e serviços urbanos.
Para solucionar esses problemas são necessárias medidas que possam
proporcionar aos moradores segurança, conforto e comodidade, ou seja,
melhor qualidade de vida, que é o principal objetivo do planejamento urbano.
É válido também ressaltar a importância de uma intervenção social, que
certamente ocorre quando é feita uma intervenção urbanística, pois transforma
a realidade de uma região, neste caso o Bairro Carlos Germano Naumann. A
participação do Poder Público e da sociedade é fundamental para implantar
uma forma consciente e eficaz de se pensar o espaço e promover o andamento
correto da construção da cidade.
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12 REFERENCIAS
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Moderna, Lei do Inquilinato e Difusão da Casa Própria. 2ª Edição. São
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PDM Colatina – Prefeitura Municipal Colatina
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