Sist. de Inform. Empresariais III
Inteligência Competitiva
George, Janine, Melissa, Rodrigo C. e Tais
Inteligência Competitiva
Tyson(1998-1999) define inteligência competitiva como um processo analítico que envolve peças de informação sobre todas as entidades e eventos do
meio ambiente externo que podem exercer impacto na organização. O processo de
inteligência transforma essas peças de informação em conhecimento estratégico. Conhecimento
sobre as atividades de outros no mercado, como a evolução histórica, pontos fortes e fracos, e
intenções para o futuro.
Para definir inteligência competitiva Gilad (1994), um dos precursores do conceito nos
negócios, baseia seu entendimento numa das mais velhas habilidades do mundo:
“ouvir”. Prestar atenção ao meio ambiente competitivo, para entender os sinais que
esse ambiente está sempre emitindo. Como isso é possível prever os movimentos dos
competidores, dos consumidores, do governo, e todos os fatores, que afetam a
organização.
Nesse cenário informacional, a internet vem se impondo como um fator cuja utilização
representa vantagem competitiva. Apresenta-se como um ambiente de
informação que não pode ser mais ignorado e portanto deve ser considerado no
processo de inteligência competitiva.
Dessa maneira, a associação internet – competitividade, não pode ser ignorada
pelas organizações. Ela oferece possibilidades de informação, que
anteriormente eram de difícil já que quase todas as atividades humanas estão “se
mostrando” nessa grande vitrine global. Por isso presume-se que grande parte das
informações necessárias à organização estão disponíveis na rede. Portanto, é um
ambiente de informação cuja utilização leva à vantagem competitiva, já que as
informações, em grande parte, estão disponíveis gratuitamente.
Como ambiente de fontes de informação para um processo de inteligência
competitiva, as informações governamentais oferecem de forma
globalizada acesso a: pessoas via e-mail (experts ao redor do mundo; comunidades virtuais; listas de discussão); a literatura
tradicionalmente veiculada em papel (periódicos tradicionais, livros);
compartilhamento e disseminação da informação.
A internet possibilita para o mundo dos negócios, a visualização das forças
competitivas, que podem impactar na organização, reunidos em um só ambiente.
Traz portanto, uma nova forma de relacionamentos e de realizar negócios, que vem justificando o pensamento de que seu uso se constitui de vantagem competitiva.
Nos mecanismos de busca disponíveis na Internet, a análise e a indexação da
informação são operações automáticas, realizadas por robôs. Esses robôs utilizam a
técnica de extração de palavras para representar o conteúdo do texto analisado. Ela é diferente da técnica dos indexadores
humanos que é a da atribuição, que representa o conteúdo com termos
significativos, mesmo que esses termos não apareçam no objeto analisado, assim
como outros aspectos que não estão explícitos, como por exemplo: gráficos, tipo
de contexto, tipo de sites e outros.
A partir de 1996 começaram a ser desenvolvidos programas/ softwares, que hoje são denominados de tecnologia push,
para auxiliar os usuários a recuperar somente o que é de seu interesse, ou seja,
informações relevantes a necessidade específica. Push significa, portanto, aquela informação que é enviada de acordo com a solicitação. Esses mecanismos se utilizam
da tecnologia de agentes inteligentes.
A internet é uma vitrine global, e informações anteriormente difíceis de serem
acessadas estão, agora, disponibilizadas permanentemente e são públicas. Isso não
significa, e é preciso deixar claro, que a internet seja a única fonte para o processo
de inteligência competitiva, mas é imprescindível, cada vez mais.
As pessoas devem ser consideradas valiosas fontes de informação,
especialmente nas empresas com fins lucrativos, que têm nos seus vendedores,
por exemplo, excelentes fontes internas de informações externas, já que eles estão na
ponta do processo de produção, em contato com consumidores, fornecedores e
vendedores concorrentes que, algumas vezes, deixam escapar informações
valiosas. No entanto, as pessoas também podem ser localizadas na Internet e
contatadas via e-mail como, por exemplo, os experts em cada área.
Um aspecto fundamental no processo de IC é o monitoramento permanente das fontes de informação definidas como estratégicas para a organização. Para isso é necessário
um processo sistematizado de maneira formal.
O processo de inteligência competitiva está inserido no processo de inteligência
organizacional que é um ciclo de análises de informações externas (inteligência
competitiva) e informações internas que leva conhecimento para a tomada de
decisão. O que pode implicar na mudança total de estratégia, ou mesmo, na
redefinição dos negócios da organização.
Como o monitoramento das fontes de informação são a essência do processo de IC, e neste caso na Internet, a proposta é a de aplicação de agentes inteligentes que
seriam moldados para se manterem “alertas” dentro de parâmetros que atendam
as necessidades da organização.
Caso de Sucesso
A Digitro, localizada em Florianópolis, é uma empresa de desenvolvimento tecnológico e
industrial, que produz sistemas de telecomunicações hoje instalados em todo
Brasil.
Na Digitro, apesar de não estarem formalizados o mapa nem o processo de monitoramento das fontes de informação
que compõe esse mapa, eles estavam definidos. A empresa, há tempo, descobriu
o potencial da Internet, como fonte de informação e o mais importante, de forma
gratuita, e, portanto, seu uso como vantagem competitiva. Isso ficou reforçado
após a implantação da intranet, em 1997.
Pode-se concluir, pelo que foi narrado sobre a Digitro, que ela é uma organização que se baseia na informação e que a utilização de
fontes de informação disponíveis na Internet já faz parte da cultura organizacional.