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Trabalho Acadmico

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

CINCIAS cONTBEIS

MANUELA SANTOS SAMPAIO

DIREITO CIVIL

CONTRATOS

SANTA LUZIA - MG

2008

MANUELA SANTOS SAMPAIO

DIREITO CIVIL

CONTRATOS

Trabalho apresentado ao Curso Cincias Contbeis da UNOPAR - Universidade Norte do Paran, para a disciplina de Introduo ao Direito Pblico e Privado.

Orientadora: Professora Rita de Cssia Resquetti Tarifa Espolador

SANTA LUZIA - MG

2008

sumrio

31 INTRODUO

2 CONTRATO 42.1 ELEMENTOS E REQUISITOS CONTRATUAIS42.2. PRINCIPIOLOGIA DO CONTRATO62.2.1 PRINCIPIO DA BOA F OBJETIVA62.2.2 PRINCIPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE62.2.3 PRINCIPIO DA FORA OBRIGATRIA62.2.4 PRINCIPIO DA RELATIVIDADE DOS EFEITOS CONTRATUAIS ....................7

2.2.5 PRINCIPIO DO CONSENSUALISMO.................................................................7

2.2.6 PRINCIPIO DA FUNAO SOCIAL DO CONTRATO .........................................7

2.2.7 PRINCIPIO DA EQUIVALENCIA MATERIAL .....................................................8

3. CLASSIFICAO DOS CONTRATOS................................................................. .8

i) CONTRATOS PRELIMINARES E DEFINITIVOS.....................................................8

ii) CONTRATOS TPICOS, ATPICOS E MISTOS...................................................... 9iii) CONTRATOS POR TEMPO DETERMINADO E INDETERMINADO..................... 9iv) CONTRATOS UNILATERAIS, BILATERAIS E PLURILATERAIS....................... 10

v) CONTRATOS GRATUITOS E ONEROSOS ........................................................ 10

vi) CONTRATOS REAIS E CONSENSUAIS .............................................................10

vii) CONTRATOS SOLENES E NO SOLENES...................................................... 11

viii) CONTRATOS PRINCIPAIS E ACESSORIOS ....................................................11

ix) CONTRATOS PESSOAIS E IMPESSOAIS .........................................................11

x) CONTRATOS PARITRIOS E DE ADESO ........................................................12

xi) CONTRATOS CIVIS E COMERCIAIS ..................................................................12

xii) CONTRATOS COMUTATIVOS E ALEATRIOS ................................................12

xiii) CONTRATOS DE EXECUO INSTANTANEA, DIFERIDA OU DE TRATO SUCESSIVO.............................................................................................................. 13

xiv) CONTRATOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS ......................................................13

4. EFEITOS DO CONTRATO ...................................................................................145. CONTRATOS EM ESPCIE .................................................................................14

5.1 COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA ......................................................15

196 CONCLUSO

7. CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE EQUIPAMENTO DE INFORMTICA A PRAZO .....................................................................................................................20REFERNCIAS23

1 INTRODUO

Contrato a maior fonte de obrigao de que se trata o Direito Civil, sendo um acordo de vontades, expresso em palavras verbais ou escritas, produzindo efeitos obrigacionais de dar, fazer ou no fazer.

Muitas pessoas fazem acordos constantemente sem se preocuparem com as exigncias legais. No todo acordo que precisa ser feito atravs de um contrato, mas acontece que se alguns destes acordos no so cumpridos por uma das partes, a falta de instrumento, ou seja, a parte escrita e legal pode causar problemas pessoa prejudicada.

O contrato tem por finalidade gerar obrigaes entre as partes acordantes: obrigao de fazer, obrigao de no fazer ou obrigao de dar. E o no cumprimento por uma das partes, sujeita o inadimplente reparao das perdas e danos, por isso o contrato fundamenta-se na presuno de que os contratantes estejam agindo com lealdade, confiana e colaborao.

2. CONTRATO

Contrato um negcio jurdico por meio do qual, as partes, limitadas pelos princpios da funo social e da boa f, autodisciplinam os interesses patrimoniais que pretendem atingir, segundo a autonomia das suas prprias vontades criando um dever jurdico de dar, fazer ou no fazer.Contrato um negcio jurdico bilateral cujos efeitos consistem em constituir, modificar ou extinguir uma relao jurdica de natureza patrimonial. (GARCEZ NETO, Martinho, Temas Atuais de Direito Civil, ed.. Rio de Janeiro). Disponvel em

Os contratos so formados pelo acordo de vontades, comunicada de forma expressa ou de forma tcita. Esta vontade conhecida como oferta e aceitao.

Todo contrato tem uma funo social que unir o interesse individual com o interesse social atingindo o equilbrio do contrato, uma vez que o contrato no interessa somente as partes contratantes, mas tambm sociedade, mesmo que de forma indireta.2.1 ELEMENTOS E REQUISITOS CONTRATUAIS

Os requisitos bsicos de um contrato so analisados em trs atos:

a) Existncia um contrato no surge do nada, primeiro necessrio que haja uma manifestao de vontade, que tem a presena de um agente que a pessoa do contrato, em conseqncia um objeto de contrato que consiste na prestao obrigacional estabelecida. Por fim esta manifestao de vontade do agente para realizar o objeto precisa de uma forma para existir que pode ser verbal ou escrita.

b) Validade - de acordo com o artigo 104 do Cdigo Civil, a validade do negcio jurdico requer:

I- Agente capaz,

II- Objeto lcito, possvel, determinado ou determinvel,

III- Forma prescrita ou no defesa em lei.

A pessoa capaz aquela que pode exercer pessoalmente seus direitos e responder por suas obrigaes. Mas o incapaz pode adquirir direito e celebrar contratos, desde que devidamente representado.

O objeto do contrato corresponde a uma prestao lcita, ou seja, no h proibio legal para o objeto e no traga desabono a nenhuma das partes contratantes. O objeto deve ser possvel, material e juridicamente, devendo existir ou podendo vir a existir no mundo fsico. O contrato precisa ter valor econmico para se resolver em perdas e danos se no for cumprida por ambas as partes. a lei que torna obrigatrio o cumprimento do contrato e que tambm obriga aquele que se vinculou a manter sua promessa, procurando desse modo, assegurar as relaes assim estabelecidas.

A forma do contrato e livre, ele representa a autonomia da vontade, a estipulao do que melhor convier, desde que a outra parte no seja prejudicada. A legitimidade o interesse para agir em contratos previstos em lei, ou seja, vontade tm como limite os termos da legislao, os princpios da moral e ordem pblica.

c) Eficcia estando o contrato existente e vlido, de se esperar que ele produza efeito imediato, mas h ocasies que no acontece pois podem ser limitados por elementos acidentais da declarao, que vem a ser o termo , a condio e encargos.Diz o artigo 166 do Cdigo Civil :

nulo o negcio jurdico quando:

I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;

II - for ilcito, impossvel ou indeterminvel o seu objeto;

III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilcito;

IV - no revestir a forma prescrita em lei;

V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;

VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;

VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prtica, sem cominar sano.

(Cdigo Civil 2002. )2.2 PRINCIPIOLOGIA DO CONTRATO

Os contratos so observados desde os acontecimentos que o antecedem at a execuo da obrigao proposta, ento devemos observar a importncia dos principais princpios que regem o contrato, so eles:

2.2.1 PRINCIPIO DA BOA F OBJETIVAOs contratantes so obrigados a guardar, assim na concluso do contrato, como em sua execuo, os princpios de probidade e boa-f.(Artigo 422 Cdigo Civil 2002. )Este princpio obriga os contratantes a agirem com honestidade, lealdade, respeito na formao e execuo do contrato, para que alcancem o objetivo proposto.

2.2.2 PRINCPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE

Neste principio se fundamenta a liberdade de contratar, consiste no poder de estipular livremente, como melhor lhes convier, mediante acordo de vontades e a disciplina de seus interesses, contratar ou no, com quem contratar, qual o contedo e os limites fixados na obrigao que se deseja assumir e a forma dada expresso da sua vontade, a no ser que o Cdigo Civil estabelea formas prprias.

Mas nem sempre ocorre do contrato apresentar vontades livres e iguais, h ocasies onde s despropores so tamanhas, que afrontam o ideal de justia. Neste caso o Estado tem de intervir no contrato, impondo restries ao principio da autonomia privada em benefcio dos interesses coletivos, seja por questes de ordem publica, seja com a adoo de uma interveno judicial.

2.2.3 PRINCPIO DA FORA OBRIGATRIA (PACTA SUNT SERVANDA)O contrato um acordo de vontades, constitudo atravs do consentimento das partes, usando de boa f uns com os outros, portanto deve ser cumprido. A finalidade deste princpio est na segurana que d aos contratos, tendo em vista a sua concretizao. No havendo o cumprimento do acordo por uma das partes poder a parte prejudicada exigir o cumprimento forado, atravs do Juiz, ou pedir uma indenizao por perdas e danos.

2.2.4 PRINCPIO DA RELATIVIDADE DOS EFEITOS CONTRATUAIS

O contrato relativo apenas s partes contratantes, no interessam a terceiros, exceto em caso de dvidas de herana, convenes coletivas (sindicatos, associaes).

2.2.5 PRINCPIO DO CONSENSUALISMO

Nas declaraes de vontades se atender mais a inteno nelas consubstanciadas do que ao sentido literal da linguagem. (Artigo 112 Cdigo Civil 2002. )O simples acordo entre duas ou mais vontades bastam para gerar o contrato vlido, mas a vontade real mais importante do que a vontade declarada.

2.2.6 PRINCPIO DA FUNO SOCIAL DO CONTRATO

O contrato no apenas uma relao individual, preciso saber que tem efeitos sociais, econmicos, ambientes e at mesmo culturais. O contrato somente ter funo social quando for dever dos contratantes atentarem para as exigncias do bem comum para o bem geral:a) respeitar a dignidade da pessoa humana, atravs dos direitos e garantias;

b) admitir a relatividade do princpio da igualdade entre as partes contratantes;

c) deixar entender a boa f (lealdade, confiana, assistncia e informao);

d) respeitar o meio ambiente;

e) respeitar o valor social do trabalho;

Art. 421. A liberdade de contratar ser exercida em razo e nos limites da funo social do contrato. (Cdigo Civil 2002. )2.2.7 PRINCPIO DA EQUIVALENCIA MATERIAL

O princpio da equivalncia material busca realizar e preservar o equilbrio de direis e deveres do contrato, antes durante e aps a sua execuo evitando assim o abuso do poder.

3. CLASSIFICAO DOS CONTRATOS

Os contratos so classificados das seguintes formas:

Quanto natureza das obrigaes: unilaterais, bilaterais, plurilaterais, gratuitos ou onerosos, comutativos ou aleatrios;

Quanto formao: paritrios, de adeso;

Quanto ao momento da execuo: de execuo instantnea, diferida e de trato sucessivo ou prestaes;

Quanto ao agente: pessoais, impessoais, individuais e coletivos;

Quanto ao modo por que existem: principais ou acessrios;

Quanto forma: solenes, no solenes, consensuais e reais;

Quanto ao objeto: preliminares e definitivos;

Quanto designao: nominados e inominados.

Quanto disciplina jurdica: contratos civis e comerciais;

i) CONTRATOS PRELIMINARES E DEFINITIVOS

CONTRATOS PRELIMINARES - um contrato preparatrio de outro contrato futuro, um contrato com todos os elementos essenciais do contrato e que tem como objetivo a obrigao de fazer, assumida pelas partes. O contrato preliminar tem autonomia constitutiva, estrutural e funcional.

Dispe o artigo 463 do Cdigo Civil: Concludo o contrato preliminar, (...) e desde que dele no conste clusula de arrependimento, qualquer das partes ter direito de exigir a celebrao do definitivo, assinando o prazo outra parte para que o efetive. (Cdigo Civil 2002. )Ex: promessa de compra e venda

CONTRATOS DEFINITIVOS o ato de cumprimento das obrigaes de fazer contidas no contrato preliminar.

Ex: contrato de compra e venda.

ii) CONTRATOS TPICOS, ATPICOS E MISTOS.

CONTRATOS TPICOS OU NOMINADOS possuem uma denominao legal e prpria, prevista e regulada por norma jurdica, formando espcies legalmente definidas. O Cdigo Civil de 2002 rege e regulamenta cerca de 20 tipos dessa modalidade de contrato (art. 481 aos 853).

Ex: contrato de prestao de servios; contratos de sociedade.

CONTRATOS ATPICOS no so disciplinados ou regulados expressamente pelo Cdigo Civil, ou por qualquer lei, todavia so permitidos juridicamente, desde que no contrariem a lei, os bons costumes e os princpios do direito. O artigo 425 do Cdigo Civil dispe: lcito s partes estipular contratos atpicos, observadas as normas gerais fixadas neste Cdigo.

Ex: contratos de publicidade.

CONTRATOS MISTOS resultam da combinao simultnea de formas contratuais tpicas e atpicas.

Ex: contrato de hospedagem.

iii) CONTRATOS POR TEMPO DETERMINADO E INDETERMINADO

CONTRATOS POR TEMPO DETERMINADO aquele que vigorar por um prazo certo, determinado, at o aparecimento de outro termo.Ex: contrato de trabalho temporrio.

CONTRATOS POR TEMPO INDETERMINADO aquele que no tem durao determinada, depende de uma condio ou termo.

A distino bsica entre as duas espcies de contrato consiste na possibilidade de denncia do contrato por qualquer das partes interessada a qualquer tempo. No caso de contrato por tempo determinado as partes s podem desvincular-se uma da outra na hiptese de ocorrncia de infrao contratual ou do outro contratante, de justa causa, de fora maior, ou em caso de resciso indenizando a outra parte.

iv) CONTRATOS UNILATERAIS, BILATERAIS E PLURILATERAIS.

CONTRATOS BILATERAIS todo contrato bilateral, pois um acordo entre partes, mas quanto ao efeito pode ser unilateral. O contrato bilateral quando h direitos e deveres simultneos para ambas as partes.

Ex: contrato de compra e venda de mercadorias, o vendedor tem a obrigao de entregar o bem, e o comprador pagar o valor do bem.

CONTRATOS UNILATERAIS o contrato de efeito unilateral, s uma parte tem obrigao, ou seja, h um devedor enquanto o outro credor.

Ex: contrato de doao, somente o doador tem a obrigao de dar.

CONTRATOS PLURILATERAIS caracteriza-se por ter mais de dois contratantes, a manifestao da vontade de mais de duas posies diferentes com o mesmo objeto, o mesmo fim.

Ex: contrato de sociedade onde as obrigaes se repartem para todos os scios.

v) CONTRATOS GRATUITOS E ONEROSOS

CONTRATOS ONEROSOS - os contratos onerosos trazem vantagens e benefcios para as duas partes.

Ex: contrato de locao de imvel, o locatrio paga o aluguel para usa o bem e o locador entrega o que pertence para receber o pagamento.

CONTRATOS GRATUITOS os contratos gratuitos s beneficiam uma das partes, quase todos os contratos unilaterais so gratuitos.

Ex: contrato de emprstimo entre amigos, que em geral no cobram juros.

vi) CONTRATOS REAIS E CONSENSUAIS

CONTRATOS REAIS aquele cuja efetivao ocorre quando h entrega do objeto contratado, ele um contrato unilateral porque se limita obrigao de restituir a coisa entregue.

Ex: contrato de comodato.

CONTRATOS CONSENSUAIS so os contratos onde apenas os acordos de vontades j os formam independente da forma ou das obrigaes.

Ex: contrato de empreitada.

vii) CONTRATOS SOLENES E NO SOLENES

CONTRATOS SOLENES ou formais, so os contratos onde o consentimento das partes est em conformidade com a forma prescrita na lei, todo acordo solene lavrado em cartrios de notas.

Ex: contrato de compra e venda de imvel, que alm de ser escrito deve ser lavrado por um tabelio em uma escritura pblico, conforme artigo 108 e 215 do Cdigo Civil.

CONTRATOS NO SOLENES ou informais, se faz apenas pelo acordo e aceitao das partes, o contrato informal pode ser tambm um contrato verbal, no escrito.

Ex: contrato de transporte para passeio.

viii) CONTRATOS PRINCIPAIS E ACESSORIOS

CONTRATOS PRINCIPAIS aqueles que existem por si s, no dependem de qualquer outro.

Ex: contrato de compra e venda.

CONTRATOS ACESSRIOS so subordinados ao contrato principal para ter sua existncia total.

Ex: contrato de fiana, em relao ao contrato de locao.

ix) CONTRATOS PESSOAIS E IMPESSOAIS

CONTRATOS PESSOAIS so os contratos celebrados com uma pessoa em virtude das suas qualidades pessoais; conhecido como intuitu personae (em razo da pessoa), sendo que suas obrigaes no podem ser executadas por outra.

Ex: contrato de um ator, ou cantor, para uma apresentao.

CONTRATOS IMPESSOAIS so os contratos onde no necessrio que a pessoa que o firmou cumpra com a obrigao, ele pode ser concludo por qualquer outra pessoa, o importante o resultado da atividade contratada.Ex: contrato para colocar telhado em uma casa.

x) CONTRATOS PARITRIOS E DE ADESO

CONTRATOS PARITRIOS contrato onde as partes participam em igualdade nos princpios da autonomia de vontade, discutindo os termos do ato e livremente fixam as clusulas e condies que o regulamentam.

Ex: contrato de locao.

CONTRATOS ADESO o contrato onde no existe liberdade de debate e discusso sobre os termos, a parte contratante decide se aceita ou no os termos fixados.

Ex: contrato bancrio, o contrato j est pronto, o cliente decide se aceita o que est escrito ou no.

xi) CONTRATOS CIVIS E COMERCIAIS

CONTRATOS CIVIS quando no regulados pelo Direito Comercial, praticando entre qualquer pessoa que seja capaz, ou que no visem fins lucrativos.

Ex: contrato de locao

CONTRATOS COMERCIAIS sero comerciais quando realizados entre comerciantes, apresentando-se como atos de comrcio definidos pelo Direito Comercial e tem finalidade lucrativa.

Ex: abertura de crdito bancrio.xii) CONTRATOS COMUTATIVOS E ALEATRIOS

CONTRATOS COMUTATIVOS no contrato comutativo existe uma equivalncia entre a prestao e contra prestao, ou seja, so do mesmo valor.

Ex: contrato de compra e venda de mercadorias, o preo correspondente ao valor da coisa vendida.

CONTRATOS ALEATRIOS como o nome j diz, depende de um acontecimento incerto, um contrato de decises futuras, onde uma parte responsvel pela contra prestao acontecer ou no.

Ex: seguro do carro, o contratante paga uma parcela anual, mas necessrio que acontea algo ao seu bem para que receba o benefcio.

xiii) CONTRATOS DE EXECUO INSTANTANEA, DIFERIDA OU DE TRATO SUCESSIVO

CONTRATOS INSTANTANEOS so aqueles que se consumam em um s ato, sendo cumprido imediatamente aps a sua celebrao.

Ex: compra e venda a vista.

CONTRATOS EXECUO DIFERIDA tem o cumprimento previsto em um s ato, mas em prazo futuro.

Ex: compra e venda a prazo.

CONTRATOS DURAO OU EXECUO CONTINUADA so aqueles que tm o cumprimento previsto de forma sucessiva, essa durao pode ser determinada ou indeterminada.

Ex: contrato de prestao de servios.

xiv) CONTRATOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS

uma forma de contrato muito usado no Direito do Trabalho.

CONTRATOS INDIVIDUAIS a individualidade das vontades considerada na celebrao deste contrato. Criam-se direitos e obrigaes para as pessoas que dele participam.

Ex: contrato individual de trabalho.CONTRATOS COLETIVOS - so aqueles celebrados pelo acordo das vontades de duas ou mais pessoas do direito.

Ex: contrato de vinculao com sindicados e organizaes, conhecidas como convenes coletivas, gera deliberaes normativas que pode estender-se a todas as pessoas pertencentes aquela categoria profissional.

4. EFEITOS DO CONTRATO

O principal efeito do contrato consiste e m criar obrigaes com as partes contratantes, estabelecendo um vnculo entre eles. Estas obrigaes so:a) Obrigatoriedade os contratantes devem honrar a palavra dada e cumpri o contrato.

Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resoluo do contrato, se no preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenizao por perdas e danos. (Cdigo Civil 2002. )

b) Irrevogabilidade no pode ser desfeito, sem pleno consentimento das partes envolvidas.

c) Intangibilidade no pode ser alterado por apenas um dos celebrantes, sempre exigir um novo acordo.

d) Efeito pessoal o contrato cria obrigaes de natureza pessoal. Se o contrato no for cumprido pode a parte atingida, exigir o cumprimento em juiz.

Art. 389. No cumprida a obrigao, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualizao monetria segundo ndices oficiais regularmente estabelecidos, e honorrios de advogado. (Cdigo Civil 2002. )e) Efeitos naturais e essenciais dependem da natureza ou da essncia do contrato.5. CONTRATOS EM ESPCIE

Cada contrato tem um direito especial, particular, isto , disposies prprias a cada categoria contratual independente e sem prejuzo da aplicao das regras gerais. O Cdigo Civil de 2002 dispe acerca dos contratos em espcie que so:

I - Compra e Venda

II Troca ou permuta

III Doao

IV Locao

V Emprstimo

VI Prestao de servios

VII Empreitadas

VIII Depsito

IX Mandato

X Corretagem

XI Seguro

XII Fiana

XIII Transporte

5.1 COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA

O contrato de compra e venda o mais importante e mais freqente contrato mercantil devido a sua natureza econmica.

Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domnio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preo em dinheiro. (Cdigo Civil 2002. )O contrato de compra e venda um contrato oneroso, translativo, bilateral e geralmente comutativo. Oneroso porque h equivalncia de prestaes e ambas as partes obtm vantagem econmica. translativo de propriedade porque instrumento para a transferncia e aquisio de propriedade. bilateral porque cada parte assume obrigaes, o comprador deve pagar o preo e receber a coisa, o vendedor deve receber o preo e entregar a coisa. Geralmente, comutativo porque na concluso do contrato as partes conhecem o contedo de sua prestao. A compra e venda pode ser contrato de execuo imediata ou diferida depende da vontade das partes.Os elementos constitutivos da compra e venda, so: a coisa, o preo e o consentimento.

a) Coisa qualquer coisa de valor econmico necessrio que a coisa, objeto do contrato de compra e venda, esteja no comrcio, que seja possvel alienar. A coisa deve ter existncia real ou potencial de existir. Podendo ser prevista em venda de coisa futura.

b) Preo a venda deve ser feita em dinheiro, sob pena de no se efetuado o negcio. O preo a contrapartida da entrega da coisa na compra e venda. O preo deve ser certo, real, justo e verdadeiro.

Art. 482. A compra e venda, quando pura, considerar-se- obrigatria e perfeita, desde que as partes acordarem no objeto e no preo. (Cdigo Civil 2002. )c) Consentimento o contrato de compra e venda pode ser verbal ou escrito, pblico ou particular. Consentimento a aceitao da proposta de compra e venda.O contrato de compra e venda possui clusulas especiais que modificam o contrato e podem estar presentes ou no, depende do consentimento das partes:

a) RETROVENDA:

Art. 505. O vendedor de coisa imvel pode reservar-se o direito de recobr-la no prazo mximo de decadncia de trs anos, restituindo o preo recebido e reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o perodo de resgate, se efetuaram com a sua autorizao escrita, ou para a realizao de benfeitorias necessrias.Art. 506. Se o comprador se recusar a receber as quantias a que faz jus, o vendedor, para exercer o direito de resgate, as depositar judicialmente.Pargrafo nico. Verificada a insuficincia do depsito judicial, no ser o vendedor restitudo no domnio da coisa, at e enquanto no for integralmente pago o comprador.Art. 507. O direito de retrato, que cessvel e transmissvel a herdeiros e legatrios, poder ser exercido contra o terceiro adquirente.Art. 508. Se a duas ou mais pessoas couber o direito de retrato sobre o mesmo imvel, e s uma o exercer, poder o comprador intimar as outras para nele acordarem, prevalecendo o pacto em favor de quem haja efetuado o depsito, contanto que seja integral.(Cdigo Civil 2002. )Pela clusula de retro venda, o vendedor de coisa imvel reserva-se o direito de recompr-lo, no mximo de trs anos, restituindo o preo recebido mais as despesas feitas pelo comprador. Esta clusula aplica-se apenas a imvel.

b) VENDA A CONTENTO:Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob condio suspensiva, ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e no se reputar perfeita, enquanto o adquirente no manifestar seu agrado.Art. 510. Tambm a venda sujeita a prova presume-se feita sob a condio suspensiva de que a coisa tenha as qualidades asseguradas pelo vendedor e seja idnea para o fim a que se destina.Art. 511. Em ambos os casos, as obrigaes do comprador, que recebeu, sob condio suspensiva, a coisa comprada, so as de mero comodatrio, enquanto no manifeste aceit-la.Art. 512. No havendo prazo estipulado para a declarao do comprador, o vendedor ter direito de intim-lo, judicial ou extrajudicialmente, para que o faa em prazo improrrogvel.(Cdigo Civil 2002. )

Por esta clusula o comprador reserva-se no direito de rejeitar a coisa adquirida, no necessrio justificar o motivo da recusa. O Cdigo de Defesa do Consumidor confere ao consumidor o direito posterior de desistir da compra realizada fora do estabelecimento comercial, ou seja, por revistas, correio, internet, em at sete dias.c) PREEMPO OU PREFERNCIA:

Art. 513. A preempo, ou preferncia, impe ao comprador a obrigao de oferecer ao vendedor a coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este use de seu direito de prelao na compra, tanto por tanto.Pargrafo nico. O prazo para exercer o direito de preferncia no poder exceder a cento e oitenta dias, se a coisa for mvel, ou a dois anos, se imvel.Art. 514. O vendedor pode tambm exercer o seu direito de prelao, intimando o comprador, quando lhe constar que este vai vender a coisa.Art. 515. Aquele que exerce a preferncia est, sob pena de a perder, obrigado a pagar, em condies iguais, o preo encontrado, ou o ajustado.Art. 516. Inexistindo prazo estipulado, o direito de preempo caducar, se a coisa for mvel, no se exercendo nos trs dias, e, se for imvel, no se exercendo nos sessenta dias subseqentes data em que o comprador tiver notificado o vendedor.Art. 517. Quando o direito de preempo for estipulado a favor de dois ou mais indivduos em comum, s pode ser exercido em relao coisa no seu todo. Se alguma das pessoas, a quem ele toque, perder ou no exercer o seu direito, podero as demais utiliz-lo na forma sobredita.Art. 518. Responder por perdas e danos o comprador, se alienar a coisa sem ter dado ao vendedor cincia do preo e das vantagens que por ela lhe oferecem. Responder solidariamente o adquirente, se tiver procedido de m-f.Art. 519. Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pblica, ou por interesse social, no tiver o destino para que se desapropriou, ou no for utilizada em obras ou servios pblicos, caber ao expropriado direito de preferncia, pelo preo atual da coisa.Art. 520. O direito de preferncia no se pode ceder nem passa aos herdeiros.(Cdigo Civil 2002. )

Pelo direito de preferncia o comprador ao vender ou alienar o bem adquirido, obriga-se a oferec-lo primeiro ao vendedor para que este o adquira se assim desejar.

d) VENDA COM RESERVA DE DOMNIO:

Art. 521. Na venda de coisa mvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade, at que o preo esteja integralmente pago.Art. 522. A clusula de reserva de domnio ser estipulada por escrito e depende de registro no domiclio do comprador para valer contra terceiros.Art. 523. No pode ser objeto de venda com reserva de domnio a coisa insuscetvel de caracterizao perfeita, para estrem-la de outras congneres. Na dvida, decide-se a favor do terceiro adquirente de boa-f.Art. 524. (...) Art. 525. O vendedor somente poder executar a clusula de reserva de domnio aps constituir o comprador em mora, mediante protesto do ttulo ou interpelao judicial.Art. 526. (...)Art. 527. (...)Art. 528. Se o vendedor receber o pagamento vista, ou, posteriormente, mediante financiamento de instituio do mercado de capitais, a esta caber exercer os direitos e aes decorrentes do contrato, a benefcio de qualquer outro. A operao financeira e a respectiva cincia do comprador constaro do registro do contrato.(Cdigo Civil 2002. )

O alienante reserva para si o domnio da coisa vendida at o momento no qual todo o preo pago aplicvel apenas a bens mveis.

Ex: compra de um carro financiado pelo banco.

e) VENDA SOBRE DOCUMENTOS:

Art. 529. Na venda sobre documentos, a tradio da coisa substituda pela entrega do seu ttulo representativo e dos outros documentos exigidos pelo contrato ou, no silncio deste, pelos usos.Pargrafo nico. Achando-se a documentao em ordem, no pode o comprador recusar o pagamento, a pretexto de defeito de qualidade ou do estado da coisa vendida, salvo se o defeito j houver sido comprovado.Art. 530. No havendo estipulao em contrrio, o pagamento deve ser efetuado na data e no lugar da entrega dos documentos.Art. 531. Se entre os documentos entregues ao comprador figurar aplice de seguro que cubra os riscos do transporte, correm estes conta do comprador, salvo se, ao ser concludo o contrato, tivesse o vendedor cincia da perda ou avaria da coisa.Art. 532. Estipulado o pagamento por intermdio de estabelecimento bancrio, caber a este efetu-lo contra a entrega dos documentos, sem obrigao de verificar a coisa vendida, pela qual no responde. (Cdigo Civil 2002. )

A tradio da coisa substituda pela entrega do ttulo representativo ou de outros documentos referentes ao contrato. O comprador nessa modalidade, no pode recusar o pagamento alegando defeito na coisa vendida, a no ser que j esteja comprovado.6. Concluso

Os contratos possuem elementos peculiares, como a sua formao, as obrigaes que originam as vantagens que podem trazer s partes, a realidade da contraprestao, a obedincia aos seus requisitos formais, a forma de sua execuo e sua regulamentao legal. Por este motivo h vrias classificaes para o contrato, como por exemplo: contratos de adeso, contratos gratuitos, contratos onerosos.Os contratos tm obrigao de serem cumpridos, mas eles podem ser nulos ou anulveis. Os contratos podem ser considerados nulos se ferirem o interesse pblico ou possurem vcios insanveis, por exemplo, quando seu objeto for ilcito ou impossvel, quando for celebrado por uma pessoa incapaz, quando no apresentar forma e solenidades legais, e quando a lei os considerar ilegais. Sero anulveis quando o prejuzo recair apenas contra as partes e quando h vcios resultantes de erro, dolo, coao ou fraude.

Concluindo, o interessante que todo contrato seja avaliado por uma pessoa legalmente competente e registrados em rgos prprios, assim evita-se prejuzos ou mesmo dores de cabea no futuro.7. CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE EQUIPAMENTO DE INFORMTICA A PRAZO PARTES

A EMPRESA COISANET.COM, com sede em Santa Luzia, na Rua Brasil n. 2008, bairro Cristina C, Cep 33.000-000, em Santa Luzia, no Estado de Minas Gerais, inscrita no C.N.P.J. sob o n. 20.020.020/0001-20 e no Casastro Estadual sob o n.1000100, aqui representada pelo VENDEDOR: Renata Helene Matos, Brasileira, Casada, Carteira de Identidade n. MG 1.010.213, C.P.F. n. 013.436.226-89, residente e domiciliado na Rua Alberto Martins, n. 91, bloco 2, apartamento 203, bairro Jaqueline, Cep 30.030-030, em Belo Horizonte no Estado de Minas Gerais;COMPRADOR: Malber Santos Sampaio, Brasileiro, Casado, Tcnico em Eletrnica, Carteira de Identidade n. MG-6760916, C.P.F. n. 008.851.906-61, residente e domiciliado na Rua lvaro Teixeira Filho, n. 315, bairro Frimisa, Cep 33.045-190, Cidade Santa Luzia no Estado de Minas Gerais.As partes acima identificadas tm, entre si, justo e acertado o presente Contrato de Compra e Venda de Equipamento de Informtica a Prazo, que se reger pelas clusulas seguintes e pelas condies descritas no presente. DO OBJETO DO CONTRATO Clusula 1. O presente contrato tem como OBJETO, o seguinte equipamento de informtica: Super Micro Core 2 QUAD 6600 Intel: Processador Intel Core 2 QUAD 6600, Placa me ASUS para DDR3, HD de 250 GB, Gravador de DVD Sata, 2 GB DDr3 1,333 Mhz, Placa de Vdeo Geforce 9400 GT 512 MB, Teclado + Mouse + Gabinete fonte real + Monitor 19 Sansung. DAS OBRIGAES Clusula 2. O VENDEDOR oferecer assistncia tcnica gratuita, no equipamento objeto deste contrato, pelo prazo de vinte e quatro meses aps a assinatura deste contrato.

Clusula 3. O VENDEDOR tambm se responsabilizar pela troca do equipamento que apresentar defeito de fabricao, devendo este ser identificado por tcnico autorizado pelo mesmo.

DO PREO Clusula 4. O COMPRADOR pagar ao VENDEDOR, pela compra do equipamento objeto deste contrato, a quantia de R$ 2.987,00 (dois mil, novecentos e oitenta e sete reais), dividida em dez parcelas de R$ 298,70 (duzentos e noventa e oito reais e setenta centavos), a serem pagas at o dia dez de cada ms.

Clusula 5. O no pagamento das parcelas na data acertada no presente instrumento acarretar ao COMPRADOR a multa de 0,03% do valor da prestao. CONDIES GERAIS Clusula 6. O VENDEDOR no se responsabilizar pelos danos causados no equipamento por negligncia do COMPRADOR, e por problemas decorrentes do no uso conforme as normas tcnicas constantes de manual que acompanha o produto.

Clusula 7. O presente contrato passa a valer a partir da assinatura pelas partes. DO FORO Clusula 8. Para dirimir quaisquer controvrsias oriundas do CONTRATO, as partes elegem o foro da comarca de Santa Luzia;

Por estarem assim justos e contratados, firmam o presente instrumento, em duas vias de igual teor, juntamente com 2 (duas) testemunhas. Santa Luzia, 14 de novembro de 2008.

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MALBER SANTOS SAMPAIO RENATA HELENE MATOS

COMPRADOR

VENDEDOR

TESTEMUNHAS:

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MANUELA SANTOS SAMPAIO, MG- 8.607.494.

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RICHARLES SANTOS SAMPAIO , MG-9.145.360

referncias

GAGLIANO, Pablo Stolze Novo Curso de Direito Civil Vol IV Contratos, Editora Saraiva, 2006.VENOSA, Silvio de Salvo Direito Civil Contratos em Espcie Volume 3 Editora Atlas, 2007.

Cdigo Civil 2002, disponvel em < http: www.google.com, acessado em 10/11/2008>http:// www.rafaeldemenezes.adv.br/contratos/aula4.htm. Acesso em 26/10/2008.

http:// www.centraljuridica.com/doutrina/81/direito_civil/efeitos_gerais-contrato.html. Acesso em 26/10/2008.

http:// paginas.terra.com.br/educao/gentefina/contratos.htm. Acesso em 26/10/2008.

http:// www.direitonet.com.br/contratos/guia.shtml. Acesso em 26/10/2008.


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