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  • Portugus

    Conhecimentos Especficos

    RedaoP R O V A

    INSTRUES

    VOCDEVE

    ATENO

    - Verifique se este caderno:

    - corresponde a sua opo de cargo.

    - contm 60 questes, numeradas de 1 a 60.

    - contm a proposta e o espao para o rascunho da redao.

    Caso contrrio, reclame ao fiscal da sala um outro caderno.

    No sero aceitas reclamaes posteriores.

    - Para cada questo existe apenas UMAresposta certa.

    - Voc deve ler cuidadosamente cada uma das questes e escolher a resposta certa.

    - Essa resposta deve ser marcada na FOLHADE RESPOSTAS que voc recebeu.

    - Procurar, na FOLHADE RESPOSTAS, o nmero da questo que voc est respondendo.

    - Verificar no caderno de prova qual a letra (A,B,C,D,E) da resposta que voc escolheu.

    - Marcar essa letra na FOLHADE RESPOSTAS, conforme o exemplo:

    - Ler o que se pede na Prova de Redao e utilizar, se necessrio, o espao para rascunho.

    - Marque as respostas primeiro a lpis e depois cubra com caneta esferogrfica de tinta preta.

    - Marque apenas uma letra para cada questo, mais de uma letra assinalada implicar anulao dessa questo.

    - Responda a todas as questes.

    - No ser permitida qualquer espcie de consulta, nem o uso de mquina calculadora.

    - Voc dever transcrever a redao, a tinta, na folha apropriada. Os rascunhos no sero considerados em

    nenhuma hiptese.

    - Voc ter 4 horas e 30 minutos para responder a todas as questes, preencher a Folha de Respostas e fazer a

    Prova de Redao (rascunho e transcrio).

    - Ao trmino da prova devolva este caderno de prova ao aplicador, juntamente com sua Folha de Respostas e a folha

    de transcrio da Prova de Redao.

    - Proibida a divulgao ou impresso parcial ou total da presente prova. Direitos Reservados.

    N do CadernooN de Inscrioo

    ASSINATURA DO CANDIDATON do Documentoo

    Nome do Candidato

    Abril/2010

    Analista Judiciriorea Judiciria

    Concurso Pblico para provimento de cargos de

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIOa

    A C D E

    Caderno de Prova M, Tipo 003 MODELO

    0000000000000000

    MODELO1

    0000100010001

  • 2 TRF4R-Portugus1

    PORTUGUS

    Ateno: As questes de nmeros 1 a 10 referem-se ao texto seguinte.

    Discrdia em Copenhague

    Frustrou-se redondamente quem esperava, na 15a Conferncia sobre Mudana Climtica (COP-15), em Copenhague, um acordo capaz de orquestrar compromissos de pases pobres, emergentes e ricos contra os efeitos do aumento da temperatura no planeta. Aps duas semanas de muitos debates e negociaes, o encontro convocado pelas Naes Unidas teve um final dramtico no dia 18 de dezembro de 2009, com chefes de estado tentando, em vo, aparar arestas mesmo depois do encerramento oficial da conferncia. O resultado final foi um documento poltico genrico, firmado s pelos Estados Unidos, China, Brasil e frica do Sul, que prev metas para cortes de emisso de gases estufa apenas para 2050, mesmo assim sem estabelecer compromissos obrigatrios capazes de impedir a elevao da temperatura em mais do que 2 graus Celsius, meta que Copenhague buscava atingir.

    Tambm foi proposta uma ajuda de US$ 30 bilhes aos pases pobres, no prximos trs anos, embora sem estabelecer parmetros sobre quem estar apto a receber o dinheiro e quais instrumentos sero usados para distribu-lo. Faltou-lhe aval dos delegados de pases como Sudo, Cuba, Nicargua, Bolvia e Venezuela, inconformados por terem sido escanteados nas conversas finais. O que temos de alcanar no Mxico tudo o que deveramos ter alcanado aqui, disse Yvo de Ber, secretrio-executivo da conferncia, remetendo as esperanas para a COP-16, que vai acontecer em 2010, na Cidade do Mxico.

    O impasse principal girou em torno de um jogo de empurra sobre as responsabilidades dos pases ricos e pobres. As naes desenvolvidas queriam que os pases emergentes tivessem metas obrigatrias, o que no foi aceito pela China, pas que mais emite carbono na atmosfera, atualmente. Os Estados Unidos, vivendo a maior crise econmica desde 1929, no se dispunham a cumprir sequer metas modestas. Outra questo fundamental na conferncia foi o financiamento para polticas de mitigao das emisses para os pases pobres. Os pases desenvolvidos exigiam que os emergentes ajudassem a financiar os menos desenvolvidos. A tese foi rechaada pelos emergentes, que esperavam obter ajuda externa para suas polticas de combate ao aquecimento global.

    (Adaptado de Fabrcio Marques, Revista Pesquisa Fapesp, no 167)

    1. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em:

    (A) A tese foi rechaada (3o pargrafo) = obliterou-se a hiptese.

    (B) capaz de orquestrar compromissos (1o pargrafo) = hbil na ressonncia compromissada.

    (C) sem estabelecer parmetros (2o pargrafo) = revelia da proposio de metas.

    (D) Faltou-lhe aval (2o pargrafo) = Urgiu o beneplcito.

    (E) polticas de mitigao (3o pargrafo) = estratgias de arrefecimento.

    _________________________________________________________

    2. A discrdia na Conferncia de Copenhague ocorreu, fundamentalmente, por conta

    (A) da insatisfao de delegados dos pases que se sentiram prejudicados em suas cotas no subsdio de US$ 30 bilhes.

    (B) de desastrosas iniciativas dos chefes de estado que em vo tentaram aparar as arestas da conferncia.

    (C) de um documento poltico firmado por poucos pases, no qual se previam cortes de emisso de gases estufa.

    (D) da exigncia de metas obrigatrias, feita aos pases emergentes pelas naes desenvolvidas.

    (E) da posio dos pases emergentes, que queriam incluir os pases pobres num plano de cumprimento de metas.

    _________________________________________________________

    3. Atente para as seguintes afirmaes:

    I. No 1o pargrafo, informa-se que o nmero modesto de signatrios do documento final de Copenhague contrastava com a alta ambio das metas preten-didas.

    II. No 2o pargrafo, a declarao de Yvo de Ber, com uma ponta de otimismo, no expressa qualquer sentimento de frustrao com os resultados da COP-15.

    III. No 3o pargrafo, depreende-se que a crise econ-mica que os Estados Unidos atravessam teve peso na deciso de no se disporem a cumprir sequer as metas mais modestas.

    Em relao ao texto, est correto o que se afirma em

    (A) III, apenas. (B) I, II e III. (C) I e II, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I e III, apenas.

    Caderno de Prova M, Tipo 003

  • TRF4R-Portugus1 3

    4. "O que temos de alcanar no Mxico tudo o que deve-ramos ter alcanado aqui."

    Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, as formas sublinhadas devem ser substitudas, na ordem dada, por:

    (A) teremos alcanado - devia ser alcanado

    (B) tem de ser alcanado - deveria ter sido alcanado

    (C) ser alcanado - devia ser alcanado

    (D) tinha de ser alcanado - deveria ser alcanado

    (E) tem de alcanar-se - dever alcanar-se _________________________________________________________

    5. No primeiro pargrafo, dois segmentos que remetem a causas da frustrao de quem esperava muito da COP-15 so:

    (A) sem estabelecer compromissos obrigatrios // impedir a elevao da temperatura.

    (B) capaz de orquestrar compromissos // um documento poltico genrico.

    (C) cortes de emisso de gases estufa apenas para 2050 // sem estabelecer compromissos obrigatrios.

    (D) contra os efeitos do aumento da temperatura // encontro convocado pelas Naes Unidas.

    (E) capaz de orquestrar compromissos // cortes de emisso de gases estufa apenas para 2050.

    _________________________________________________________

    6. A informao negativa do segmento chefes de estado tentando, em vo, aparar arestas deve-se, sobretudo, ao elemento sublinhado. O mesmo ocorre em:

    (A) A tese foi rechaada pelos emergentes, que esperavam obter ajuda (...)

    (B) (...) no se dispunham a cumprir sequer metas modestas.

    (C) (...) mesmo assim sem estabelecer compromissos obrigatrios (...)

    (D) (...) inconformados por terem sido escanteados nas conversas finais.

    (E) O resultado final foi um documento poltico genrico (...)

    _________________________________________________________

    7. Ao se reconstruir uma frase do texto, houve deslize quanto concordncia verbal em:

    (A) Sequer foi possvel, na COP-15, estabelecer um fi-nanciamento para os pases pobres a quem coubes-se adotar polticas de mitigao das emisses.

    (B) Se todos espervamos um bom acordo na COP-15, frustrou-nos o que dela acabou resultando.

    (C) Acabou culminando num final dramtico, naquele 18 de dezembro de 2009, o perodo de duas semanas de acaloradas discusses.

    (D) s naes pobres props-se uma ajuda de US$ 30 bilhes, medida a que no deu aval nenhum dos pases insatisfeitos com as conversas finais.

    (E) Deveram-se s manobras de desconversas, na definio das tarefas dos pases, o impasse final das negociaes entabuladas em Copenhague.

    8. Houve muitas discusses sobre medidas para se minimi-zar o aquecimento global, j que todos consideram o aquecimento global uma questo crucial para a huma-nidade, embora poucos tomem medidas concretas para reduzir o aquecimento global, no havendo sequer con-senso quanto s verbas necessrias para mitigar os efeitos do aquecimento global.

    Evitam-se as viciosas repeties do perodo acima substi-tuindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

    (A) consideram-lhe - o reduzir - mitigar-lhe seus efeitos

    (B) lhe consideram - reduzi-lo - mitig-los aos efeitos

    (C) o consideram - reduzi-lo - mitigar-lhe os efeitos

    (D) consideram-no - reduzir-lhe - mitigar-lhes os efeitos

    (E) o consideram - reduzir-lhe - mitigar-lhe os efeitos _________________________________________________________

    9. Est plenamente adequada a correlao entre tempos e modos verbais na frase:

    (A) A exigncia de metas obrigatrias, que as naes desenvolvidas impuseram s emergentes, ter sido uma das razes da discrdia.

    (B) Se algum esperava um bom acordo na COP-15, frustrar-se-ia redondamente.

    (C) No houve acordo capaz de orquestrar os interesses de que nenhum dos pases abrisse mo.

    (D) Somente alguns pases chegariam a firmar um acor-do, pelo qual se previra os cortes de emisso que deveram ser efetuados.

    (E) Caso no se estabelecerem parmetros para a aju-da de US$ 30 bilhes, essa iniciativa sequer ter recebido o aval da maioria dos pases.

    _________________________________________________________

    10. Est clara e correta a redao deste livre comentrio sobre o texto:

    (A) Como j est tornando rotina, mais uma vez as na-es no chegaram a um acordo, sobre as pungen-tes questes ambientais, tanto assim que nenhuma delas abre mo de seus interesses particulares.

    (B) Quando se dedicam s questes ambientais, costu-ma imperar-se a regra egosta dos interesses privados, ao passo que se deveria de contemplar os interesses pblicos.

    (C) bem possvel de que ainda venham a haver muitas conferncias como a da COP-15, sem que os resul-tados que se espera sejam minimamente satisfa-trios para o bem comum.

    (D) A maior parte das conferncias dedicadas s ques-tes do meio ambiente tm sido frustradas, quase sempre, pela falta de desprendimento de muitas naes, sobretudo as desenvolvidas.

    (E) Tem-se notado os interesses que movem as naes mais desenvolvidas, em funo dos quais ficam difceis de firmar-se quaisquer acordos quanto a um meio ambiente melhor controlado.

    Caderno de Prova M, Tipo 003

  • 4 TRF4R-Portugus1

    Ateno: As questes de nmeros 11 a 20 referem-se ao texto seguinte.

    O advento das comunicaes de massa

    Algumas vezes nos perguntamos como sobrevivamos antes da internet, telefones celulares e outros equipamentos que nos parecem hoje absolutamente indispensveis. Lembremos que essas tecnologias, assim como a do rdio e a da televiso, j profundamente enraizadas em nossas prticas individuais e coletivas, so aquisies recentssimas da humanidade.

    O interesse cada vez maior pela tecnologia um dos traos da modernidade que se organiza com o fim da Idade Mdia, substituindo o apego tradio pela crescente importncia da razo e da cincia, vinculando conhecimento tcnico a progresso.

    A atrao por meios eletrnicos de comunicao est diretamente associada s telecomunicaes por ondas, que remontam ao sculo XIX. Os Estados Unidos, j no sculo XX, se destacaram rapidamente no uso do rdio. Um fato que se tornou clssico foi protagonizado em 1938 pelo cineasta Orson Welles, ento um jovem e desconhecido radialista. Ele leu trechos da obra ficcional A guerra dos mundos como se estivesse transmitindo um relato real de invaso de extraterrestres. Utilizando surpreendentes recursos do jornalis-mo radiofnico, levou pnico aos norte-americanos que, por alguns instantes, agiram como se estivessem na iminncia de um ataque catastrfico.

    Nos dias atuais, a tecnologia associada produo virtual interpela o cotidiano de forma cada vez mais contundente. J no incio da dcada de 1970 surge o microprocessador, ocasionando uma verdadeira revoluo no mundo da eletrnica. Na segunda metade da dcada de 90, um novo sistema de comunicao eletrnica comeou a ser formado com a fuso da mdia de massa personalizada, globalizada, com a comunicao mediada por computadores a multimdia, que estende o mbito da comunicao eletrnica para todos os domnios da vida, inserindo-se no cotidiano da vida pblica e privada, introduzindo-nos num universo de novas percepes.

    As tcnicas no determinam nada, em si mesmas. Dependem de interpretaes e usos conduzidos por grupos ou indivduos que delas se apropriam. Por isso, a histria dos meios de comunicao nos ajuda a entender e interpretar relaes de poder poltico, cultural e econmico, bem como a configurao da subjetividade contempornea.

    (Adaptado de Leituras da Histria, nmero 04, 2007)

    11. Encontram-se articulados no texto os seguintes aspectos do tema comunicaes de massa:

    (A) sntese dos processos da multimdia; impulso inicial da modernizao tecnolgica; o esgotamento do jornalismo radiofnico.

    (B) resenha histrica da informtica; crtica ao poder abusivo da mdia eletrnica; ingerncia da multimdia nas decises do cidado.

    (C) obsolescncia atual do rdio; pequeno histrico da mdia eletrnica; a valorizao dos ganhos tecno-lgicos.

    (D) resumo da histria das comunicaes; a dissociao entre tecnologia e vida cotidiana; o rdio como principal mobilizador das massas.

    (E) origens das comunicaes modernas; poder da m-dia e influncia sobre as massas; processos e desdobramentos da multimdia.

    12. As tcnicas no determinam nada, em si mesmas. Dependem de interpretaes e usos conduzidos por grupos ou indivduos que delas se apropriam.

    A ideia central do trecho acima est resumida de forma clara e correta nesta frase:

    (A) Como dependem de seu uso, no so as tcnicas que se deixam conduzir por quem delas se aproprie.

    (B) Uma vez que dependam de seu uso, as tcnicas em nada se determinam por si mesmas.

    (C) No por elas, em si, mas pelo uso que delas se d que as tcnicas acabam por alcanar sua prpria determinao.

    (D) o controle exercido pelas tcnicas que d a quem as administra o poder de vir a determinar tudo.

    (E) O que as tcnicas podem determinar no est nelas mesmas, mas no uso que delas faz quem as controla.

    _________________________________________________________

    13. O especfico episdio que Orson Welles protagonizou pode servir como exemplificao para o fato de que

    (A) produes virtuais banalizaram-se no cotidiano pessoal ou pblico.

    (B) os meios eletrnicos nos parecem hoje absoluta-mente indispensveis.

    (C) a tecnologia j comeava a interpelar o cotidiano de forma contundente.

    (D) a multimdia estende a comunicao para todos os domnios da vida.

    (E) manifestaes de pnico coletivo so intrnsecas ao da multimdia.

    _________________________________________________________

    14. Atente para as seguintes afirmaes:

    I. O fato de a moderna tecnologia trazer consigo indiscutveis vantagens faz com que percamos a memria de tempos que j foram melhores para a humanidade.

    II. Uma obra como A guerra dos mundos mostra, por si mesma, o poder da literatura de fico sobre seu pblico, exercendo efeito imediato em seu compor-tamento.

    III. O surgimento do microprocessador e a expanso da multimdia foram duas revolues no universo das comunicaes, refletindo-se no modo de ser do homem contemporneo.

    Em relao ao texto, est correto o que se afirma em

    (A) III, apenas. (B) I, II e III. (C) I e II, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I e III, apenas.

    Caderno de Prova M, Tipo 003

  • TRF4R-Portugus1 5

    15. A pontuao est plenamente adequada na seguinte frase:

    (A) Tanto o microprocessador, como a fuso das mdias desempenharam, pelos efeitos que geraram, um papel decisivo, na configurao no apenas da vida cotidiana, como da subjetividade, mesma do homem contemporneo.

    (B) Tanto o microprocessador, como a fuso das mdias, desempenharam, pelos efeitos que geraram, um papel decisivo na configurao, no apenas da vida cotidiana como da subjetividade mesma do homem contemporneo.

    (C) Tanto o microprocessador como a fuso das mdias desempenharam, pelos efeitos que geraram, um papel decisivo na configurao, no apenas, da vida cotidiana, como da subjetividade mesma, do homem contemporneo.

    (D) Tanto o microprocessador como a fuso das mdias desempenharam, pelos efeitos que geraram, um papel decisivo na configurao no apenas da vida cotidiana como da subjetividade mesma do homem contemporneo.

    (E) Tanto o microprocessador, como a fuso das mdias desempenharam, pelos efeitos que geraram, um papel decisivo na configurao no apenas, da vida cotidiana, como da subjetividade mesma do homem contemporneo.

    _________________________________________________________

    16. NO haver prejuzo para a correo e o sentido do segmento do texto com a substituio do elemento sublinhado pelo indicado entre parnteses em:

    (A) (...) nos ajuda a entender (...) a configurao da subjetividade contempornea. (formao da velei-dade ntima)

    (B) Algumas vezes nos perguntamos como sobreviva-mos antes da internet (...). (Ocorre-nos, por vezes, indagar)

    (C) Lembremos que essas tecnologias (...) so aquisi-es recentssimas da humanidade. (conquistas aodadas)

    (D) (...) agiram como se estivessem na iminncia de um ataque catastrfico. (tal fosse prestes a sofrerem)

    (E) (...) inserindo-se no cotidiano da vida pblica e privada (...) (emergindo no dia a dia)

    _________________________________________________________

    17. O verbo indicado entre parnteses dever adotar uma forma do plural para preencher de modo correto a lacuna da frase:

    (A) Quaisquer que sejam as tcnicas, no lhes ...... (caber) determinar por si mesmas o sentido que ganhar sua aplicao.

    (B) Muito do que se ...... (prever) nos usos de uma nova tcnica depende, para realizar-se, do que se chama vontade poltica.

    (C) Nenhuma das vantagens que ...... (oferecer) a tecnologia mais ousada capaz de satisfazer as aspiraes humanas.

    (D) Quando no se ...... (reconhecer) nas cincias o bem que elas nos trazem, as sadas msticas surgem como soluo.

    (E) Orson Welles talvez no imaginasse o risco da tragdia que ...... (poder) provocar as dramatizaes de sua transmisso radiofnica.

    18. preciso corrigir, pela m estruturao que apresenta, a seguinte frase:

    (A) Ao que tudo indica, os prximos passos da tecno-logia eletrnica sero dados na direo de uma ainda maior integrao entre as diversas mdias.

    (B) Com o advento dos meios de comunicao de massa, sobretudo os eletrnicos, nem por isso o progresso tecnolgico deixa de ser contestado.

    (C) A globalizao est diretamente ligada propagao e ao aperfeioamento dos meios de comunicao de massa, que encurtam distncias e aproximam as pessoas.

    (D) Quem no se deixa seduzir pelos atrativos e novidades da tecnologia de ponta costuma defender as vantagens da simplicidade e da naturalidade em nossa vida.

    (E) Os muito jovens no fazem ideia de como foram ve-lozes as transformaes que sofreu o nosso coti-diano, nas ltimas dcadas, por causa das inova-es tecnolgicas.

    _________________________________________________________

    19. Constituem uma causa e seu efeito, nessa ordem, os segmentos:

    (A) Utilizando surpreendentes recursos do jornalismo radiofnico // levou pnico aos norte-americanos.

    (B) Algumas vezes nos perguntamos // como sobreviva-mos antes da internet.

    (C) Um fato que se tornou clssico // foi protagonizado em 1938 pelo cineasta Orson Welles.

    (D) O interesse cada vez maior pela tecnologia // um dos traos da modernidade.

    (E) Na segunda metade da dcada de 90, um novo sistema de comunicao eletrnica comeou a ser formado // com a fuso da mdia de massa.

    _________________________________________________________

    20. Est correto o emprego do elemento sublinhado em:

    (A) O homem do nosso tempo, diante dos admirveis recursos nos quais jamais sonhou alcanar, por vezes um deslumbrado.

    (B) A obra de fico A guerra dos mundos, em cuja Orson Welles se baseou, ganhou dramtica adaptao radiofnica.

    (C) A tecnologia de ponta, sobre a qual por vezes pairam desconfianas, leva-nos apenas aonde queremos ir.

    (D) O cotidiano contemporneo deixa-se afetar pelas conquistas tcnicas, de cujas muita gente alimenta srias desconfianas.

    (E) A segunda metade da dcada de 90, aonde se consolidou a multimdia, foi um marco na vida contempornea.

    Caderno de Prova M, Tipo 003

  • 6 TRF4R-Anal-Jud-Judiciria-M

    CONHECIMENTOS ESPECFICOS

    Direito Administrativo

    21. Em matria de responsabilidade civil da Administrao Pblica, correto afirmar:

    (A) A reparao do dano causado pela Administrao ao particular deve ser sempre por meio judicial, vedada a forma amigvel.

    (B) A responsabilidade civil prevista constitucionalmen-te, seja por ao ou por omisso, est fundada na Teoria do Risco Integral.

    (C) Os atos jurisdicionais so absolutamente isentos de responsabilidade civil.

    (D) A responsabilidade civil da Administrao do tipo subjetiva se o dano causado decorre s pelo fato ou por m execuo da obra.

    (E) Os atos legislativos, em regra, no acarretam res-ponsabilidade extracontratual do Estado.

    _________________________________________________________

    22. Em relao aos poderes administrativos, INCORRETO afirmar:

    (A) O poder de polcia administrativa, tendo em vista os meios de atuao, vem dividido em dois grupos: poder de polcia originrio e poder de polcia outor-gado.

    (B) O poder disciplinar da Administrao Pblica e o poder punitivo do Estado (jus puniendi) exercido pelo Poder Judicirio no tem qualquer distino no que se refere sua natureza.

    (C) Os princpios da razoabilidade e da proporcionali-dade so apontados como relevantes e eficazes limitaes impostas ao poder discricionrio da Admi-nistrao Pblica.

    (D) A Administrao Pblica, como resultado do poder hierrquico, dotada da prerrogativa de ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades de seus rgos e agentes no seu ambiente interno.

    (E) Os atos normativos do Chefe do Poder Executivo tm suporte no poder regulamentar, ao passo que os atos normativos de qualquer autoridade administra-tiva tm fundamento em um genrico poder normativo.

    _________________________________________________________

    23. No que se refere forma de controle da Administrao Pblica, considere:

    I. O controle exercido pela Administrao direta sobre as pessoas jurdicas integrantes da Administrao indireta deriva do poder de tutela.

    II. O controle que visa verificar a oportunidade e con-venincia administrativas do ato controlado, como regra, compete exclusivamente ao prprio Poder que, atuando na funo de Administrao Pblica, editou o ato administrativo.

    Essas formas, conforme a amplitude e o aspecto controla-do, denominam-se, respectivamente,

    (A) subsequente e preventivo.

    (B) de mrito e subsequente.

    (C) de legalidade e finalstico.

    (D) finalstico e de mrito.

    (E) hierrquico e de legalidade.

    24. Em tema de recurso no processo administrativo previsto na Lei no 9.784/1999, INCORRETO afirmar:

    (A) O rgo competente, interposto o recurso, para dele conhecer dever intimar os demais interessados a fim de que, no prazo de cinco dias teis, apresentem alegaes.

    (B) O recurso ser dirigido autoridade que proferiu a deciso, a qual, se no a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhar autoridade superior.

    (C) O recurso administrativo tramitar no mximo por trs instncias administrativas, salvo disposio legal diversa.

    (D) O no conhecimento do recurso impede a Admi-nistrao de rever de ofcio o ato ilegal, ainda que ocorrida precluso administrativa.

    (E) O recurso administrativo, quando a lei no fixar prazo diferente, dever ser decidido no prazo mxi-mo de trinta dias, a partir do recebimento dos autos pelo rgo competente.

    _________________________________________________________

    25. O Tribunal Regional Federal da 4a Regio publicou ato de provimento dos candidatos aprovados no concurso para Analista Judicirio, dentre os quais est Jos. Sobre o caso, INCORRETO afirmar:

    (A) autoridade competente do rgo ou entidade para onde for nomeado ou designado Jos compete dar-lhe exerccio.

    (B) A posse de Jos ocorrer no prazo de trinta dias contados da publicao do ato de provimento.

    (C) Jos, para tomar posse, no obrigado a submeter-se inspeo mdica em rgo oficial.

    (D) A posse de Jos poder dar-se mediante procurao especfica.

    (E) O prazo para Jos, empossado em cargo pblico, entrar em exerccio, de quinze dias, contados da data da posse.

    _________________________________________________________

    26. O retorno do servidor estvel ao cargo anteriormente ocu-pado, em decorrncia de inabilitao em estgio proba-trio relativo a outro cargo denominado

    (A) reconduo.

    (B) readaptao.

    (C) reintegrao.

    (D) reverso.

    (E) transferncia. _________________________________________________________

    27. Quanto ao Processo Administrativo (Lei no 9.784/1999), correto afirmar:

    (A) O desatendimento da intimao para o processo importa o reconhecimento da verdade dos fatos, bem como a renncia a direito pelo administrado.

    (B) So legitimados, alm de outros, como interessados no processo administrativo, as pessoas e as associaes legalmente constitudas quanto a direitos ou interesses difusos.

    (C) Da deciso que indeferir a alegao de suspeio da autoridade administrativa processante no caber recurso, ainda que se funde nas mesmas razes reservadas ao impedimento.

    (D) No pode ser objeto de delegao, alm de outros, a deciso de recursos administrativos, salvo as matrias de competncia exclusiva do rgo ou autoridade.

    (E) Inexistindo competncia legal especfica, o processo administrativo dever ser iniciado perante a autoridade de maior grau hierrquico para decidir.

    Caderno de Prova M, Tipo 003

  • TRF4R-Anal-Jud-Judiciria-M 7

    Direito Constitucional

    28. Compete privativamente Cmara dos Deputados

    (A) fixar, por proposta do Presidente da Repblica, limi-tes globais para o montante da dvida consolidada da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios.

    (B) autorizar operaes externas de natureza financeira, de interesse da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territrios e dos Municpios.

    (C) processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da Repblica nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles.

    (D) aprovar previamente, por voto secreto, aps argui-o em sesso secreta, a escolha dos chefes de misso diplomtica de carter permanente.

    (E) proceder tomada de contas do Presidente da Repblica, quando no apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias aps a abertura da sesso legislativa.

    _________________________________________________________

    29. A inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualda-de, segurana e propriedade so garantias previstas na Constituio Federal

    (A) aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas.

    (B) aos brasileiros, no estendidas s pessoas jurdicas.

    (C) aos brasileiros natos, apenas.

    (D) aos brasileiros natos e aos estrangeiros com resi-dncia fixa no Pas.

    (E) aos brasileiros, natos ou naturalizados. _________________________________________________________

    30. No que se refere organizao poltico-administrativa do Estado, correto concluir:

    (A) A organizao poltico-administrativa da Repblica Federativa do Brasil compreende a Unio, os Esta-dos, os Municpios e o Distrito Federal, sendo que somente o ltimo no possui autonomia.

    (B) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, desde que obtida aprovao da populao direta-mente interessada, por meio de plebiscito.

    (C) O Distrito Federal possui competncia legislativa residual, estando subtradas do seu campo de atua-o apenas as matrias expressamente atribudas pela Constituio Federal Unio.

    (D) Os Estados no possuem competncia legislativa residual, sendo-lhes vedado atuar em reas que no lhe forem expressamente atribudas pela Consti-tuio Federal.

    (E) Os Estados-membros, no sistema federativo brasileiro, so soberanos.

    _________________________________________________________

    31. Tcio, brasileiro naturalizado que pretende candidatar-se ao cargo de Vice-Governador do Estado do Rio Grande do Sul, com 30 anos de idade e domiclio eleitoral no muni-cpio de Bag-RS, e que preenche os demais requisitos previstos na lei,

    (A) pode ser eleito ao cargo.

    (B) no pode ser eleito ao cargo, por no possuir domi-clio eleitoral na Capital do Estado.

    (C) no pode ser eleito ao cargo, por no possuir a idade mnima de 35 anos.

    (D) no elegvel a este, nem a nenhum cargo dos Pode-res Executivo e Legislativo, por no ser brasileiro nato.

    (E) no elegvel a esse cargo, por no ser brasileiro nato.

    32. No tocante aos juzes federais, considere:

    I. As causas intentadas contra a Unio podero ser aforadas na seo judiciria em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.

    II. Sero processadas e julgadas na justia estadual, no foro do domiclio dos segurados ou beneficirios, as causas em que forem parte instituio de previ-dncia social e segurado, sempre que a comarca no seja sede de vara do juzo federal, e, se verifi-cada essa condio, a lei poder permitir que outras causas sejam tambm processadas e julga-das pela justia estadual.

    III. Na hiptese de grave violao de direitos humanos, o Advogado Geral da Unio, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigaes decor-rentes de tratados internacionais de direitos huma-nos dos quais o Brasil seja parte, poder suscitar, perante o Supremo Tribunal Federal, em qualquer fase do inqurito ou processo, incidente de desloca-mento de competncia para a Justia Federal.

    IV. As causas em que a Unio for autora sero afora-das na seo judiciria onde tiver domiclio a outra parte.

    Est correto o que consta APENAS em

    (A) II e IV. (B) II, III e IV. (C) I, II e IV. (D) I, II e III. (E) II e III.

    _________________________________________________________

    33. O Presidente da Repblica que tenha praticado crime que atente contra a lei oramentria ser submetido, aps admitida a acusao, a julgamento perante o

    (A) Tribunal de Contas da Unio. (B) Superior Tribunal de Justia. (C) Supremo Tribunal Federal. (D) Senado Federal. (E) Tribunal Superior Eleitoral.

    _________________________________________________________

    Direito Civil

    34. A respeito do pagamento em consignao, considere:

    I. Para que a consignao tenha fora de pagamento, ser mister concorram, em relao s pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos, sem os quais no vlido o pagamento.

    II. Julgado procedente o depsito, o devedor j no poder levant-lo, embora o credor consinta, seno de acordo com os outros devedores e fiadores.

    III. Se a dvida se vencer, pendendo litgio entre cre-dores que se pretendem mutuamente excluir, no poder nenhum deles requerer a consignao.

    IV. O credor que, depois de aceitar o depsito, aquies-cer no levantamento perder a preferncia e a ga-rantia que lhe competiam com respeito coisa con-signada, mas no ficaro para logo desobrigados os co-devedores e fiadores que no tenham anudo.

    De acordo com o Cdigo Civil brasileiro, est correto o que consta APENAS em

    (A) I, II e IV. (B) I e II. (C) II e III. (D) I, II e III. (E) I, III e IV.

    Caderno de Prova M, Tipo 003

  • 8 TRF4R-Anal-Jud-Judiciria-M

    35. No que concerne aos Bens Reciprocamente Considera-dos, INCORRETO afirmar:

    (A) So volupturias as benfeitorias de mero deleite ou recreio, que no aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradvel ou sejam de elevado valor.

    (B) Em regra, os negcios jurdicos que dizem respeito ao bem principal abrangem as pertenas.

    (C) Principal o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessrio, aquele cuja existncia supe a do principal.

    (D) Apesar de ainda no separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negcio jurdico.

    (E) No se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acrscimos sobrevindos ao bem sem a interveno do proprietrio, possuidor ou detentor.

    _________________________________________________________

    36. Com relao evico, correto concluir:

    (A) Se a evico for parcial e considervel, caber somente direito indenizao.

    (B) vedado s partes diminuir ou excluir a responsabi-lidade pela evico, ainda que por clusula expressa.

    (C) Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evico. No subsiste, no entanto, esta garantia se a aquisio se tenha realizado em hasta pblica.

    (D) O preo, seja a evico total ou parcial, ser o do valor da coisa na poca em que se evenceu e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evico parcial.

    (E) Pode o adquirente demandar pela evico, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa, em razo da garantia legal existente.

    _________________________________________________________

    37. A respeito das obrigaes de dar, considere:

    I. Nas obrigaes de dar coisa incerta, antes da esco-lha, no poder o devedor alegar perda ou deterio-rao da coisa, exceto por fora maior ou caso fortuito.

    II. Em regra, a obrigao de dar coisa certa abrange os acessrios dela, embora no mencionados.

    III. Deteriorada a coisa, no sendo o devedor culpado, poder o credor resolver a obrigao, ou aceitar a coisa, abatido de seu preo o valor que perdeu.

    IV. At a tradio pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poder exigir aumento no preo.

    De acordo com o Cdigo Civil brasileiro, est correto o que consta APENAS em

    (A) I, II e IV. (B) III e IV. (C) I, II e III. (D) II e III. (E) II, III e IV.

    38. De acordo com o Cdigo Civil brasileiro, com relao ao negcio jurdico, em regra, a incapacidade relativa de uma das partes

    (A) pode ser invocada pela outra em benefcio prprio e aproveita aos cointeressados capazes.

    (B) no pode ser invocada pela outra em benefcio prprio, nem aproveita aos cointeressados capazes.

    (C) s pode ser invocada pela outra parte em benefcio prprio se ocorrer dentro do prazo decadencial de dois anos contados da realizao do negcio jurdico.

    (D) pode ser invocada pela outra em benefcio prprio, mas no aproveita aos cointeressados capazes.

    (E) no pode ser invocada pela outra em benefcio prprio, mas aproveita aos cointeressados capazes.

    _________________________________________________________

    Direito Processual Civil

    39. Quanto ao agravo de instrumento, considere:

    I. O agravante, no prazo de trs dias, requerer junta-da aos autos do processo de cpia da petio do agravo de instrumento e do comprovante de sua interposio, assim como a relao dos documen-tos que instruram o recurso.

    II. Recebido o agravo de instrumento no tribunal, e distribudo incontinenti, o relator poder requisitar informaes ao juiz da causa, que as prestar no prazo de quinze dias.

    III. O agravo de instrumento ser dirigido, por meio de petio, ao juiz de primeiro grau, que o enviar com as respectivas razes recursais ao tribunal compe-tente.

    IV. A petio de agravo de instrumento ser instruda obrigatoriamente, com cpias da deciso agravada, da certido da respectiva intimao e das procura-es outorgadas aos advogados do agravante e do agravado.

    De acordo com o Cdigo de Processo Civil, est correto o que consta APENAS em

    (A) I, II e III. (B) II e IV. (C) I, II e IV. (D) I, III e IV. (E) I e IV.

    _________________________________________________________

    40. Quanto aos atos processuais, considere:

    I. No havendo preceito legal nem assinao pelo juiz, ser de dez dias o prazo para a prtica de ato processual a cargo da parte.

    II. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procu-radores, ser-lhes-o contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.

    III. defeso s partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos peremptrios.

    IV. Computar-se- em qudruplo o prazo para contes-tar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pblica ou o Ministrio Pblico.

    De acordo com o Cdigo de Processo Civil, est correto o que consta APENAS em

    (A) I e IV. (B) II e III. (C) II, III e IV. (D) III e IV. (E) I, II e III.

    Caderno de Prova M, Tipo 003

  • TRF4R-Anal-Jud-Judiciria-M 9

    41. Com relao ao Juizado Especial Federal, correto afirmar:

    (A) incabvel pedido de uniformizao de interpretao de lei federal quando houver divergncia entre deci-ses sobre questes de direito material proferidas por Turmas Recursais em razo do princpio da unicidade e da independncia.

    (B) No se incluem na competncia do Juizado Especial Federal Cvel as causas para a anulao ou cance-lamento de ato administrativo federal, salvo o de natureza previdenciria e o de lanamento fiscal.

    (C) Compete ao Juizado Especial Federal Cvel proces-sar, conciliar e julgar causas de competncia da Jus-tia Federal at o valor de quarenta salrios mni-mos, bem como executar as suas sentenas.

    (D) Quando a pretenso versar sobre obrigaes vin-cendas, para fins de competncia do Juizado Espe-cial Federal Cvil, a soma de vinte e quatro parcelas no poder exceder o valor legal mximo pr-esta-belecido.

    (E) No haver prazo diferenciado para a prtica de qualquer ato processual pelas pessoas jurdicas de direito pblico, exceto para a interposio de recursos.

    _________________________________________________________

    42. Verificando o juiz que a petio inicial est incompleta, ou no se acha acompanhada dos documentos indispens-veis propositura da execuo,

    (A) determinar que o credor a corrija, no prazo de quinze dias, sob pena de ser indeferida.

    (B) determinar que o credor a corrija, no prazo de cinco dias, sob pena de ser indeferida.

    (C) indeferir de plano a petio inicial pela sua inpcia.

    (D) determinar que o credor a corrija, no prazo de dez dias, sob pena de ser indeferida.

    (E) receber a petio inicial, adotando-se obrigatria-mente o procedimento ordinrio.

    _________________________________________________________

    43. De acordo com o Cdigo de Processo Civil, na execuo por quantia certa contra devedor solvente,

    (A) a penhora pode ser substituda por fiana bancria ou seguro garantia judicial, em valor no inferior ao do dbito constante da inicial, mais 50%.

    (B) independentemente do executado possuir advogado constitudo nos autos, a intimao em execuo far-se- pessoalmente.

    (C) o executado ser citado para, no prazo de quarenta e oito horas, efetuar o pagamento da dvida.

    (D) no caso de integral pagamento pelo executado dentro do prazo legal, a verba honorria ser reduzida de 1/3.

    (E) na ordem legal de preferncia de bens penhora os veculos de via terrestre preferem os bens mveis em geral, bem como os bens imveis.

    _________________________________________________________

    Direito Penal

    44. No que se refere ao crime de corrupo passiva, correto afirmar:

    (A) No se caracteriza a infrao penal se o agente solicitar a vantagem indevida em razo da funo pblica antes de assumi-la.

    (B) Se a vantagem indevida no se destina a qualquer pessoa fsica ou jurdica, mas prpria admi-nistrao, est caracterizado o delito.

    (C) Por se tratar de crime material, exige a ocorrncia do resultado pretendido pelo agente para a consu-mao.

    (D) possvel a participao de particular no delito, face comunicabilidade das condies de carter pessoal, elementares do crime.

    (E) A pena aumentada em metade se, em conse-quncia da vantagem ou promessa, o funcionrio retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofcio ou o pratica infringindo dever funcional.

    45. Considere as seguintes assertivas sobre a substituio da pena privativa de liberdade pelas penas restritivas de direitos:

    I. Na condenao igual ou inferior a dois anos, a substituio pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a dois anos, a pena privativa de liberdade pode ser substituda por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos.

    II. As penas privativas de liberdade no superiores a 4 anos podem ser substitudas por penas restritivas de direitos se o crime no for cometido com violncia ou grave ameaa pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo.

    III. A pena restritiva de direitos converte-se em privati-va de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrio imposta e, no clculo da pena privativa de liberdade a executar, ser dedu-zido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mnimo de trinta dias de deteno ou recluso.

    IV. Se o condenado for reincidente especfico em razo a prtica do mesmo crime, o juiz poder aplicar a substituio, desde que, em face da condenao anterior, a medida seja socialmente recomendvel.

    De acordo com o Cdigo Penal, est correto o que consta APENAS em

    (A) I, II e IV. (B) I e IV. (C) I, II e III. (D) II, III e IV. (E) II e III.

    _________________________________________________________

    46. No que se refere aos crimes ambientais, de acordo com a Lei no 9.605/1998, certo que

    (A) no incorre nas mesmas penas o indivduo que causar poluio de qualquer natureza, a ponto de dificultar ou impedir o uso pblico das praias, e o indivduo que deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precau-o em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversvel.

    (B) o crime de matar espcimes de fauna silvestre, nati-vos ou em rota migratria, sem a devida permisso, licena ou autorizao da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida no se aplica aos atos de pesca.

    (C) o crime de destruio de floresta considerada de preservao permanente no admite a modalidade culposa.

    (D) fato atpico a realizao de experincia dolorosa em animal vivo para fins didticos, inclusive se existirem recursos alternativos.

    (E) incorre nas mesmas penas o indivduo que pesca em perodo no qual a pesca seja proibida e o indiv-duo que pesca mediante a utilizao de explosivo.

    _________________________________________________________

    47. O curso da prescrio NO interrompido

    (A) pelo incio ou continuao do cumprimento da pena.

    (B) pela reincidncia.

    (C) pelo recebimento da denncia.

    (D) pela publicao da sentena absolutria recorrvel.

    (E) pela deciso confirmatria da pronncia.

    Caderno de Prova M, Tipo 003

  • 10 TRF4R-Anal-Jud-Judiciria-M

    48. Paulo auxilia seu irmo, autor de crime a que cominada pena de recluso, a subtrair-se ao de autoridade pblica. Nesse caso, Paulo

    (A) comete crime de fraude processual.

    (B) comete crime de favorecimento real, com reduo da pena aplicada em metade.

    (C) comete crime de favorecimento pessoal, com redu-o da pena aplicada em metade.

    (D) fica isento de pena.

    (E) comete crime de favorecimento real. _________________________________________________________

    Direito Processual Penal

    49. De acordo com o Cdigo de Processo Penal, o prazo para oferecimento de razes e contra-razes de apelao de

    (A) trinta dias. (B) quinze dias. (C) oito dias. (D) dez dias. (E) cinco dias.

    _________________________________________________________

    50. No que se refere ao penal, de acordo com o Cdigo de Processo Penal, correto afirmar:

    (A) Seja qual for o crime, quando praticado em detri-mento do patrimnio ou interesse da Unio, Estado e Municpio, a ao penal ser pblica.

    (B) Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se- perempta a ao penal quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 60 dias seguidos.

    (C) A queixa na ao penal privativa do ofendido no poder ser aditada pelo Ministrio Pblico.

    (D) A representao ser irretratvel aps o encerra-mento do inqurito policial.

    (E) A aceitao do perdo fora do processo no poder ser feita por procurador com poderes especiais.

    _________________________________________________________

    51. Sobre a priso, de acordo com o Cdigo do Processo Penal, considere:

    I. A priso especial, prevista no Cdigo de Processo Penal ou em outras leis, consiste exclusivamente no recolhimento em local distinto da priso comum e, no havendo estabelecimento especfico para o preso especial, este ser recolhido em cela distinta do mesmo estabelecimento.

    II. Se o ru, sendo perseguido, passar ao territrio de outro municpio ou comarca, o executor poder efetuar-lhe a priso no lugar onde o alcanar, apresentando-o imediatamente autoridade local, que, depois de lavrado, se for o caso, o auto de flagrante, providenciar para a remoo do preso.

    III. Dentro de 48 horas depois da priso, ser enca-minhado ao juiz competente o auto de priso em flagrante acompanhado de todas as oitivas colhidas e, caso o autuado no informe o nome de seu advogado, cpia integral para a Defensoria Pblica.

    IV. A priso temporria ser decretada pelo Juiz, em face da representao da autoridade policial ou de requerimento do Ministrio Pblico, e ter o prazo de 10 (dez) dias, prorrogvel por igual perodo em caso de extrema e comprovada necessidade.

    Est correto o que consta APENAS em

    (A) III e IV. (B) I e II. (C) I, II e III. (D) II, III e IV. (E) I, II e IV.

    52. No que se refere sentena, de acordo com o Cdigo de Processo Penal, certo que:

    (A) Qualquer das partes poder, no prazo de 5 (cinco) dias, pedir ao juiz que declare a sentena, sempre que nela houver obscuridade, ambiguidade, contra-dio ou omisso.

    (B) O juiz, sem modificar a descrio do fato contida na denncia ou queixa, poder atribuir-lhe definio jurdica diversa, ainda que, em consequncia, tenha de aplicar pena mais grave.

    (C) O querelante ou o assistente ser intimado da sen-tena, pessoalmente ou na pessoa de seu advo-gado; mas, se nenhum deles for encontrado no lugar da sede do juzo, a intimao ser feita mediante edital com o prazo de 30 dias, afixado no lugar de costume.

    (D) Havendo aditamento, cada parte poder arrolar at 2 (duas) testemunhas, no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentena, adstrito aos termos do aditamento.

    (E) Nos crimes de ao pblica, o juiz poder proferir sentena condenatria, ainda que o Ministrio Pbli-co tenha opinado pela absolvio, mas no poder reconhecer agravantes que no foram alegadas.

    _________________________________________________________

    53. O juiz no poder exercer funo no processo em que

    (A) for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes.

    (B) ele, seu cnjuge, ascendente ou descendente esti-ver respondendo a processo por fato anlogo, sobre cujo carter criminoso haja controvrsia.

    (C) seu parente, consanguneo ou afim em linha reta ou colateral at o terceiro grau, inclusive, for direta-mente interessado no feito.

    (D) tiver aconselhado qualquer das partes.

    (E) ele, seu cnjuge, ou parente, consanguneo, ou afim, at o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes.

    _________________________________________________________

    Direito Tributrio

    54. Em tema de competncia tributria, considere:

    I. vedado Unio cobrar imposto sobre o patri-mnio e a renda com base em lei anterior data inicial do exerccio financeiro a que corresponda.

    II. O no exerccio da competncia tributria no a defere a pessoa jurdica de direito pblico diversa daquela a que a Constituio a tenha atribudo.

    III. Os tributos cuja receita seja distribuda, no todo ou em parte, a outras pessoas jurdicas de direito pblico pertencer competncia legislativa daquela a que tenham sido atribudos.

    IV. permitido aos Estados e aos Municpios, em obedincia ao princpio da isonomia, estabelecer di-ferena tributria entre bens de qualquer natureza, em razo da sua procedncia ou do seu destino.

    V. Somente a Unio, no caso excepcional de conjuntu-ra que exija a absoro temporria de poder aquisitivo, pode instituir emprstimos compulsrios.

    Est correto o que consta APENAS em

    (A) II, III e V. (B) I e III. (C) IV e V. (D) I, II e IV. (E) III, IV e V.

    Caderno de Prova M, Tipo 003

  • TRF4R-Anal-Jud-Judiciria-M 11

    55. Em relao administrao tributria, INCORRETO afirmar:

    (A) A dvida inscrita goza da presuno de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pr-constituda, presuno esta absoluta, no podendo ser ilidida por prova ainda que inequvoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.

    (B) No tm aplicao quaisquer disposies legais ex-cludentes ou limitativas do direito de examinar mer-cadorias, livros, arquivos, documentos, papis e efei-tos comerciais ou fiscais, dos comerciantes indus-triais ou produtores, ou da obrigao destes de exibi-los.

    (C) A certido negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pblica, res-ponsabiliza pessoalmente o funcionrio que a expe-dir, pelo crdito tributrio e juros de mora acrescidos.

    (D) Constitui dvida ativa tributria a proveniente de cr-dito dessa natureza, regularmente inscrita na repar-tio administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado para pagamento pela lei ou por deciso final proferida em processo regular.

    (E) vedada a divulgao, por parte da Fazenda Pbli-ca ou de seus servidores, de informao obtida em razo do ofcio sobre a situao econmica ou finan-ceira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negcios ou atividades.

    _________________________________________________________

    56. NO configura hiptese de suspenso da exigibilidade do crdito tributrio, entre outras,

    (A) o parcelamento.

    (B) a moratria.

    (C) as reclamaes e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributrio administrativo.

    (D) a denegao de medida liminar em mandado de segurana ou cautelar de repetio de indbito.

    (E) o depsito do seu montante integral. _________________________________________________________

    57. Pela sistemtica tributria em vigor, na hiptese de pagamento indevido,

    (A) o prazo de prescrio suspenso pelo incio da ao judicial de restituio, recomeando o seu curso, por inteiro, a partir da data da intimao feita a parte interessada.

    (B) a restituio vence juros capitalizveis, a partir da deciso, ainda que recorrvel, que a determinar.

    (C) a restituio de tributos que comportem, por sua natureza, transferncia do respectivo encargo financeiro, somente ser feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de t-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a receb-la.

    (D) prescreve em cinco anos a ao anulatria da deci-so administrativa ou judicial que denegar a resti-tuio.

    (E) a restituio parcial do tributo no dar lugar resti-tuio, na mesma proporo, dos juros de mora e das penalidades pecunirias, mesmo que referentes a infraes de carter formal no prejudicadas pela causa da restituio.

    Direito Previdencirio

    58. Independentemente de contribuies, mantm a qualidade de segurado:

    (A) at doze meses aps o licenciamento, o segurado incorporado s Foras Armadas para prestar servio militar.

    (B) quem est em gozo de benefcio, sem limite de prazo.

    (C) at doze meses aps a cessao das contribuies, o segurado facultativo.

    (D) at trs meses aps a cessao das contribuies, o segurado facultativo.

    (E) at seis meses aps o licenciamento, o segurado incorporado s Foras Armadas para prestar servio militar.

    _________________________________________________________

    59. As propostas oramentrias anuais ou plurianuais da Se-guridade Social sero elaboradas por Comisso integrada por

    (A) trs representantes, sendo dois da rea da previ-dncia social e um da rea de assistncia social.

    (B) cinco representantes, sendo trs da rea da previ-dncia social e dois da rea de assistncia social.

    (C) cinco representantes, sendo dois da rea da sade, dois da rea da previdncia social e um da rea de assistncia social.

    (D) seis representantes, sendo dois da rea da sade, dois da rea da previdncia social e dois da rea de assistncia social.

    (E) trs representantes, sendo um da rea da sade, um da rea da previdncia social e um da rea de assistncia social.

    _________________________________________________________

    60. Sobre o Conselho Nacional de Previdncia SocialCNPS, considere:

    I. O CNPS ter, dentre os seus membros, seis representantes do Governo Federal.

    II. Os membros do CNPS e seus respectivos suplen-tes sero nomeados pelo Presidente da Repblica.

    III. Os membros do CNPS representantes titulares da sociedade civil tero mandato de 2 (dois) anos, vedada a reconduo.

    IV. O CNPS reunir-se-, ordinariamente, duas vezes por ms, por convocao de seu Presidente.

    Est correto o que consta APENAS em

    (A) I e II. (B) I e III. (C) I, II e III. (D) I, II e IV. (E) II, III e IV.

    Caderno de Prova M, Tipo 003

  • 12 TRF4R-Anal-Jud-Judiciria-M

    REDAO

    Leia o texto seguinte.

    Quanto mais a cincia e a tecnologia ganham terreno, avanando com desenvoltura em domnios do comportamento humano, mais questes ticas surgem e se desdobram. No fundo, trata-se de avaliar os ganhos efetivos ou os nus que cada inovao traz consigo. Muitos temem que estejamos perdendo nossos valores fundamentais; outros acreditam que no estamos perdendo nada, pois a histria da humanidade um ciclo de horrores, e talvez valha a pena insistir nos paradigmas de uma nova e ainda emergente civilizao.

    Levando em conta as afirmaes desse texto, redija uma dissertao, na qual voc se posicionar diante da alternativa entre os ganhos efetivos e os nus acima referidos.

    Sua redao dever ter no mnimo 20 e no mximo 30 linhas.

    Caderno de Prova M, Tipo 003


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