TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO CEARÁ
RELATÓRIO DE AUDITORIA
Acumulação ilegal de cargos, empregos e/ou funções públicas no âmbito dos Municípios cearenses
Equipe
Alice Montenegro Osório
Luís Cássio de Melo Castro
Elano Lima de Oliveira
março/2019
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ACUMULAÇÃO ILEGAL DE CARGOS, EMPREGOS E/OU FUNÇÕES PÚBLICAS NO ÂMBITO
DOS MUNICÍPIOS CEARENSES
PROCESSO Nº: 05437/2017-9
OBJETIVO: Verificar a legalidade quanto à acumulação de cargos, empregos e/ou funções públicas no
âmbito de todos os Municípios cearenses sujeitos à jurisdição desse Tribunal.
ATO DE DESIGNAÇÃO: Termo de Designação nº 0002/2017.
PERÍODO ABRANGIDO: outubro de 2016.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO:
Planejamento: outubro/2017.
Execução: novembro/2017 a dezembro/2018.
Relatório: janeiro a março/2019.
ENTES: Municípios cearenses sujeitos à jurisdição desse Tribunal.
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AGRADECIMENTOS DA EQUIPE DE AUDITORIA
A realização da presente auditoria somente foi possível devido à valorosa contribuição da
Assessoria de Informações Estratégicas (AIE) da Secretaria de Controle Externo deste Tribunal, que prestou
amplo suporte aos membros desta equipe de auditoria.
Dito isso, direcionam-se os agradecimentos aos servidores José Alexsandre Fonseca da Silva, ex-
chefe da AIE e atual Secretário da Tecnologia da Informação do TCE/CE, e Raimundo Freire Filho, atual
chefe da AIE, ambos dotados de elevada competência e exímio saber em suas áreas de atuação.
Registra-se, ainda, um agradecimento especial aos servidores e colaboradores da Ouvidoria do
Tribunal de Contas do Ceará, que contribuíram no atendimento das demandas geradas pelos jurisdicionados
e cidadãos interessados, ressaltando a pessoa do Sr. Virgílio Freire do Nascimento Filho, Assessor da
Ouvidoria, sempre cordial e prestativo em seus atendimentos.
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RESUMO
Esta auditoria de pessoal teve como objetivo verificar, sob o prisma da legalidade, se havia, nos
Municípios cearenses sujeitos à jurisdição do Tribunal de Contas do Estado do Ceará, agentes públicos em
acumulação ilícita de cargos, empregos e/ou funções públicas.
Para tanto, foi definida questão de auditoria relativa à existência de agentes públicos com vínculo
funcional pertencente aos órgãos representantes do Poder Executivo (Prefeituras Municipais), e Legislativo
(Câmaras de Vereadores) dos Municípios cearenses, acumulando cargos, empregos e/ou funções públicas em
infringência às disposições do texto constitucional, da legislação e da jurisprudência.
Desse modo, a equipe de auditoria enviou às Prefeituras e Câmaras Municipais cearenses planilhas
e formulários eletrônicos contendo os indícios de acumulação ilícita de cargos, empregos e/ou funções por
parte de servidores oriundos dos referidos órgãos jurisdicionados, e os modelos de respostas a serem dadas
de acordo com a situação encontrada e a providência tomada.
Com efeito, após o cruzamento de dados e identificação dos indícios, a presente auditoria abrangeu
181 Prefeituras Municipais e 95 Câmaras de Vereadores, totalizando 276 unidades jurisdicionadas. Nessa
linha, após provocação deste Tribunal de Contas, 129 Prefeituras apresentaram as informações requeridas,
estando algumas dessas incompletas e/ou fora dos padrões estabelecidos nesta auditoria. Quanto aos órgãos
legislativos municipais auditados, 82 Câmara de Vereadores apresentaram as informações requeridas,
estando algumas dessas, outrossim, incompletas e/ou fora dos padrões estabelecidos neste trabalho.
Quanto ao volume de recursos fiscalizados nesta auditoria, estima-se o montante R$
1.472.233.251,92 (um bilhão, quatrocentos e setenta e dois milhões, duzentos e trinta e três mil, duzentos e
cinquenta e um reais e noventa e dois centavos), referente aos 23.074 servidores que tiveram suas situações
funcionais apontadas por essa Corte de Contas para análise. Para obtenção desse valor, somaram-se as
remunerações de todos os servidores contemplados no escopo do trabalho, conforme registros extraídos da
planilha de indícios de acumulação gerada pela Secretaria do Controle Externo (SECEX), tendo sido esse
valor multiplicado por 13,33 (doze meses + gratificação natalina + terço de férias).
Considerando o acima descrito, elucida-se que os servidores em possível acumulação ilícita, das
Prefeituras e das Câmaras Municipais que apresentaram respostas para esse Tribunal1, tiveram seus casos
apurados pelos seus respectivos órgãos para que, conforme a circunstância, providenciassem a regularização
da situação, a apresentação de defesa ou o esclarecimento devido. Diante dessa realidade, esta unidade de
fiscalização, por sua vez, consolidou as informações concedidas pelos órgãos auditados, verificando que
1 Explica-se que os achados tratados neste relatório são relacionados às Prefeituras e Câmaras que apresentaram resposta a esse
Tribunal de Contas.
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havia, efetivamente, agentes públicos dos Municípios cearenses (Prefeituras e Câmaras Municipais) em
acumulação ilícita de cargos públicos, sem prejuízo daqueles casos pendentes de conclusão.
Dessa forma, como resultado desta fiscalização de pessoal, anuncia-se que, de acordo com as
respostas das Prefeituras e das Câmaras Municipais a essa Corte de Contas, 1.601 servidores dos Municípios
do Estado do Ceará em acumulação ilícita já tiveram suas situações regularizadas mediante a Administração
Pública, tendo essa regularização ocorrido, em sua maioria, através de pedido de exoneração de um ou mais
cargos públicos anteriormente ocupados nos próprios Municípios (nas Prefeituras ou nas Câmaras
Municipais) ou nos outros entes públicos cujos vínculos funcionais também foram compreendidos no objeto
do trabalho em comento.
É de salutar importância destacar que se espera como benefício do presente trabalho um incremento
no controle e no reestabelecimento da regularidade quanto à acumulação de cargos conforme as exceções
constitucionais.
Ademais, vislumbra-se a expectativa de controle, a correção de irregularidades, o
fornecimento de subsídios para atuação dos Municípios fiscalizados, além de economia ao erário pela
Administração Pública (federal, estadual e municipal), decorrente da sustação de pagamentos
efetuados nos casos de acumulação indevida de cargos, no valor estimado2 de R$ 27.803.096,693 (vinte
e sete milhões, oitocentos e três mil, noventa e seis reais e sessenta e nove centavos), referente ao
período de um exercício financeiro.
Outrossim, ressalta-se que é também considerável o número de servidores sobre os quais, segundo
as informações prestadas pelas Prefeituras e Câmara Municipais auditadas, já estariam sendo tomadas
medidas para apuração dos indícios acumulação ilícita de cargos, empregos e/ou funções públicas. Assim,
considerando os 7.381 casos em que os servidores já estariam com suas situações sendo averiguadas pelos
órgãos a que estão vinculados, pode-se estimar que, além da economia já descrita no parágrafo acima, há um
potencial de economia anual aos cofres públicos no valor de R$ 199.827.263,234 (cento e noventa e nove
milhões, oitocentos e vinte e sete mil, duzentos e sessenta e três reais e vinte e três centavos).
Nessa linha, a equipe de auditoria conclui no sentido de que, sem prejuízo de outros casos
porventura não abrangidos nesta fiscalização, constatou-se, nos Municípios do Estado do Ceará (Prefeituras e
2 Para fins de cálculo estimativo da economia gerada ao erário, considerou-se que, nos casos em que os órgãos fiscalizados
informaram que a situação do servidor havia sido regularizada, teria ocorrido a exoneração do referido agente público em relação
ao(s) vínculo(s) de menor valor remuneratório, conforme orientado no modelo de respostas fornecidos pelo TCE/CE. 3 O cálculo do montante de economia ao erário não levou em consideração os desligamentos ocorridos antes do envio do ofício de
comunicação desta auditoria. 4 Para fins de cálculo de potencial economia ao erário, considerou-se que, nos casos em que os órgãos fiscalizados informaram que o
servidor estaria com sua situação sendo apurada, iria ocorrer a exoneração dos referidos agentes públicos em relação ao (s) vínculo (s)
de menor valor remuneratório.
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Câmaras dos Vereadores), a existência de agentes públicos em acumulação ilícita de cargos, empregos e/ou
funções públicas. A partir dos resultados encontrados, a equipe de fiscalização produziu este Relatório,
apresentando pormenorizadamente os achados, critérios, causas, benefícios esperados, bem como propostas
de encaminhamento do Tribunal de Contas do Ceará.
Diante desse cenário, a Gerência de Fiscalização de Pessoal sugeriu, à título de proposta de
encaminhamento, que fosse recomendado às Prefeituras e Câmaras Municipais do Estado do Ceará o
aperfeiçoamento do seu controle interno, com o fito de impedir a ocorrência de acumulação irregular de
cargos, empregos e/ou funções públicas, enfatizando, ainda, a necessidade de exigência de declaração de
acumulação, ou não, de cargos/empregos/funções públicas, que deverá ser apresentada pelo servidor por
ocasião da posse, contendo as informações necessárias para o reconhecimento de uma possível irregularidade.
Sugeriu-se, ainda, a determinação de que, no prazo de até 180 (cento e oitenta) dias, fossem apuradas todas
as situações de suposta acumulação de cargos públicos pendentes de resolução.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................. 08
1.1 Deliberação que originou o trabalho.................................................................................................... 08
1.2 Visão geral do objeto........................................................................................................................... 09
1.3 Objetivo e questões de auditoria.......................................................................................................... 11
1.4 Metodologia utilizada e limitações...................................................................................................... 12
1.5 Volume de recursos fiscalizados.......................................................................................................... 15
1.6 Benefícios estimados da fiscalização................................................................................................... 15
2 ACHADOS DE AUDITORIA........................................................................................................... 16
2.1 Achados de auditoria das Prefeituras Municipais do Estado do Ceará................................................ 17
2.2 Achados de auditoria das Câmaras Municipais do Estado do Ceará................................................... 19
2.3 Objetos, critérios e evidências de auditoria......................................................................................... 21
2.4 Causas e efeitos da irregularidade........................................................................................................ 23
2.5 Conclusão e Proposta de Encaminhamento.......................................................................................... 23
3 CONCLUSÃO..................................................................................................................................... 24
4 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO......................................................................................... 26
APÊNDICE A ............................................................................................................................................. 29
APÊNDICE B ............................................................................................................................................. 31
APÊNDICE C ............................................................................................................................................. 32
APÊNDICE D ............................................................................................................................................. 35
APÊNDICE E ............................................................................................................................................. 37
APÊNDICE F .............................................................................................................................................. 38
APÊNDICE G ............................................................................................................................................. 39
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1 INTRODUÇÃO
Trata o presente feito de Auditoria de Conformidade promovida junto aos Municípios do Estado do
Ceará, deflagrada por esta Gerência de Fiscalização de Pessoal da Secretaria de Controle Externo do
Tribunal de Contas do Estado do Ceará, com o objetivo de verificar a legalidade quanto à acumulação de
cargos, empregos e/ou funções públicas, no âmbito das Prefeituras e Câmaras Municipais, nos termos da
Constituição Federal de 1988, legislação de referência e jurisprudência aplicável.
1.1 Deliberação que originou o trabalho
Ab initio, elucida-se que, por força do art. 71, inciso III, da Constituição Federal e do art. 76, inciso
III, da Constituição Estadual, o Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE/CE) possui a competência de
fiscalizar e apurar irregularidades relacionadas à área de pessoal. Ademais, em razão da recente extinção do
Tribunal de Contas dos Municípios, operada através da Emenda à Constituição do Estado do Ceará nº
92/2017, o Tribunal de Contas do Ceará passou a ter jurisdição também sobre os Municípios cearenses.
Nesse contexto, após o cruzamento de dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do
ano de 2016, com as bases de dados funcionais dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Estado do
Ceará, da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ/CE), da Defensoria Pública Geral do Estado (DPGE/CE), do
Tribunal de Contas dos Municípios (TCM/CE)5 e do Sistema de Informações Municipais (SIM), de outubro
de 2016, a Secretaria de Controle Externo (SECEX) encaminhou a essa Gerência de Fiscalização de Pessoal
os indícios de irregularidades relacionadas ao acúmulo de cargos, empregos e/ou funções públicas por parte
de agentes públicos dos Municípios do Estado do Ceará.
No referido cruzamento de dados, foi indicado como em possível situação de acumulação ilícita de
cargos, empregos e/ou funções públicas o expressivo número de 23.074 servidores6. Diante desse notável
quantitativo, estimou-se que os pagamentos efetuados a maior para os servidores que estariam acumulando
ilicitamente os cargos públicos gerariam um prejuízo ao erário no valor aproximado de R$ 494.430.913,65
(quatrocentos e noventa e quatro milhões, quatrocentos e trinta mil, novecentos e treze reais e sessenta e
cinco centavos) por ano.
5 Extinto pela Emenda à Constituição do Estado do Ceará nº 92/2017. 6 Informa-se que por ocasião do Projeto de Auditoria foi anunciado que foram indicados 5.495 servidores em possível situação de
acumulação ilícita de cargos, empregos e/ou funções públicas, contudo essa unidade técnica vem retificar esse número, informando
que, na verdade, foram indicados 23.074 servidores.
9
Destarte, considerando o comprometimento da qualidade dos serviços prestados pelos servidores,
em razão da sobrecarga de trabalho advinda da acumulação ilícita de cargos, bem como do dispêndio
irregular de dinheiro público no pagamento de servidores na referida situação, considerou-se pertinente a
realização desta auditoria no âmbito dos Municípios cearenses, de modo a viabilizar a fiscalização quanto à
observância, por parte das Prefeituras e Câmaras auditadas, das normas legais e regulamentares referentes à
acumulação de cargos, empregos e/ou funções públicas dos servidores pertencentes aos seus quadros.
No tocante à atuação deste Tribunal de Contas, a presente auditoria foi autorizada mediante a
Solicitação de Auditoria nº 0004/2017, de 29 de novembro de 2017.
1.2 Visão geral do objeto
Os regramentos constitucionais referentes à acumulação ilícita de cargos, empregos e/ou funções
públicas buscam garantir a prestação dos serviços públicos pautada na eficiência, princípio constitucional
expresso, passível de prejuízo frente à sobrecarga de jornadas de trabalho ocasionada pela acumulação
indevida de cargos públicos de agentes da Administração.
A Constituição Federal, em diversas passagens, traz regramento pertinente à acumulação de cargos,
empregos e/ou funções públicas. O art. 37, incisos XVI e XVII, da Lei Maior Federal, traz previsão no
sentido de vedar, em regra, a acumulação remunerada de cargos públicos, empregos e/ou funções,
excetuando, quando houver compatibilidade de horários, a acumulação de dois cargos de professor, de um
cargo de professor com outro técnico ou científico e de dois cargos ou empregos privativos de profissionais
da saúde com profissão regulamentada.
O texto constitucional trouxe, ainda, outras exceções de forma especificada. Em seu art. 38, inciso
III, permitiu-se a acumulação remunerada de cargos públicos quando um deles for de vereador, mediante a
verificação da compatibilidade da carga horária. Ainda nesse passo, nos art. 95, parágrafo único, inciso I, e
art. 128, §5º, inciso II, alínea “d”, a Constituição Federal possibilitou aos magistrados e aos membros do
Ministério Público a acumulação dos respectivos cargos apenas com outro de magistério.
Ressalta-se que, em respeito ao princípio da simetria constitucional, e considerando o fato de que
as normas acima descritas serem consideradas como de reprodução obrigatória, a Constituição do Estado do
Ceará reproduziu dispositivos com conteúdos equivalentes, a saber: art. 98, parágrafo único, inciso I; art. 142,
inciso IV; art. 154, incisos XV e XVI; e art. 175, inciso III.
No mesmo plano, mas considerando o tratamento diferenciado conferido aos militares, é
importante frisar, igualmente, que estes, quanto à acumulação de cargos públicos, foram tratados em
dispositivos distintos dos servidores civis, sendo regidos pelos art. 42 (militares estaduais) e art. 142
10
(membros das Forças Armadas - militares federais), da Constituição Federal, sendo o tema tratado na
Constituição Estadual no art. 176, §3º.
Quanto a esse ponto, cumpre elucidar as disposições constitucionais aplicáveis aos militares
estaduais e federais. É preciso, para entender as vedações quanto à acumulação de cargos por militares,
conjugar o disposto no art. 42, §1º, com o art. 142, §3º, inciso II, ambos da Constituição Federal, que
permitem, apenas, acumulação remunerada do cargo de militar com outro cargo ou emprego privativo da
área da saúde com profissão regulamentada, aplicando-lhes a permissão do art. 37, inciso XVI, alínea “c”. A
título de informação, ressalta-se que a Constituição do Ceará foi omissa por não tratar de exceção semelhante,
limitando-se a cuidar do tema de forma geral, mas que, por outro lado, não há qualquer óbice para a
aplicação direta do tratamento normativo previsto na Constituição Federal acima descrito.
Em sede jurisprudencial, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), por ocasião do julgamento do
Agravo Interno no Recurso em Mandado de Segurança nº 49835/AC, manifestou-se sobre o conceito de
cargo científico, informado que os detentores desses cargos possuem “atribuições cuja execução tem por
finalidade investigação coordenada e sistematizada de fatos, predominantemente de especulação, visando a
ampliar o conhecimento humano." O cargo técnico, por sua vez, veio conceituado pelo Tribunal de Contas da
União, por meio do Acórdão nº 5267/2019 – Primeira Câmara, que entendeu técnico o cargo que “requer
conhecimento específico na área de atuação profissional, com habilitação específica de grau universitário
ou profissionalizante de segundo grau.”
Sobre a suposta limitação da carga horária em 60 horas semanais, o Supremo Tribunal Federal
(STF), ao julgar o Recurso Extraordinário n º 351.905-1/RJ, manifestou-se no sentido de entender
inadequada a fixação prévia, por ato normativo, de carga horária máxima na acumulação lícita de cargos
públicos para fins de aferição da compatibilidade entre as jornadas de trabalho. Alinhado a esse
entendimento, o Tribunal de Contas da União, por meio do Acórdão nº 1.168-2012 - Plenário, decidiu que a
apreciação da compatibilidade da carga horária em casos de acumulação lícita de cargos, empregos e/ou
funções públicas deveria ser analisada nos casos in concreto.
Da mesma forma, ainda sobre a acumulação de cargos públicos, o Supremo Tribunal Federal, no
âmbito dos Recursos Extraordinários nº 180597 e nº 399475, decidiu que o fato de o servidor encontrar-se
licenciado, mesmo de forma não remunerada, em cargo, emprego ou função pública, não possibilita que o
mesmo exerça outro cargo público não acumulável. Em linha semelhante, posicionou-se Tribunal de Contas
da União, cujo entendimento restou consubstanciado no enunciado de Súmula nº 2467.
7 Súmula nº 246 – TCU: O fato de o servidor licenciar-se, sem vencimentos, do cargo público ou emprego que exerça em órgão ou
entidade da administração direta ou indireta não o habilita a tomar posse em outro cargo ou emprego público, sem incidir no
exercício cumulativo vedado pelo artigo 37 da Constituição Federal, pois que o instituto da acumulação de cargos se dirige à
titularidade de cargos, empregos e funções públicas, e não apenas à percepção de vantagens pecuniárias.
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Uma vez contextualizado, em linhas gerais, a matéria sobre a qual a presente auditoria atuou, é
mister informar que, após realização de cruzamentos de bases de dados pela SECEX, observou-se um
notável número de indícios de irregularidades relacionadas a acumulação de cargos ilícitas por agentes
públicos vinculados às Prefeituras e Câmaras dos Municípios do Estado do Ceará.
Por conseguinte, tendo os Municípios cearenses apresentado elevado número de servidores com
indícios de acumulação ilícita de cargos, empregos e/ou funções públicas, por critérios de materialidade,
foram esses entes selecionados para serem auditados pela Gerência de Fiscalização de Pessoal, unidade
técnica encarregada de desempenhar tal atribuição8.
Pelo exposto, destaca-se o risco interno existente nos entes auditados em sede de acumulação ilícita
de cargos, empregos e/ou funções públicas, em decorrência da possibilidade de não constatação por parte dos
casos de irregularidade por estes. Nesse sentido, observa-se que há um risco de que as Prefeituras e Câmaras
Municipais, enquanto órgãos do Poder Executivo e Legislativo dos entes fiscalizados, possam ter
considerado legal a investidura de servidor já ocupante anteriormente de cargo público não acumulável (pela
natureza do vínculo ou pela incompatibilidade da carga horária) ou, ainda, não tenha identificado quando o
servidor, em momento posterior ao seu ingresso no órgão, passou a acumular ilicitamente os cargos públicos.
Dito isso, cumpre pontuar a importância da fiscalização realizada por órgãos externos de controle,
como o realizado na espécie, tendo em vista que os sistemas de controle interno, muitas vezes, apresentam
sérias deficiências nesse sentido, notadamente pela falta de ferramentas efetivas de acesso a bases de dados
funcionais nos diversos níveis federativos, a fim de viabilizar esse controle de vínculos e acumulação de
cargos.
Ante o exposto, reafirma esta unidade técnica a relevância do presente trabalho cujo objetivo
consistiu na verificação da legalidade quanto à acumulação de cargos, empregos e/ou funções públicas, no
âmbito dos Municípios do Estado do Ceará, nos termos da legislação e jurisprudência aplicáveis à matéria,
conforme exposto.
1.3 Objetivo e questões de auditoria
A presente auditoria tem como objetivo verificar a acumulação de cargos, empregos e/ou funções
públicas no âmbito de todos os Municípios cearenses sujeitos à jurisdição deste Tribunal.
Para tanto, essa Gerência de Fiscalização de Pessoal delimitou escopo no âmbito das Prefeituras e
Câmaras Municipais cearenses fiscalizando os vínculos dos servidores que supostamente exerceriam dois
8 Conforme o disposto no art. 49 da Resolução Administrativa nº 02/2016, publicada no Diário Oficial do Estado do dia 15/04/2016,
que acrescentou o art. 26- J à Resolução Administrativa nº 3163/2007.
12
cargos não acumuláveis; dos servidores que estariam em provável acumulação de três, quatro, cinco ou mais
vínculos com a Administração Pública; ou, ainda, dos agentes públicos que estariam acumulando cargos
lícitos, porém com jornada de trabalho incompatível, sendo abordados, na verificação do cumprimento da
carga horário junto ao Poder Público, os vínculos trabalhistas privados identificados que teriam o condão de
prejudicar a efetiva prestação de serviço junto ao ente público empregador.
Para atingir o objetivo mencionado, formulou-se a seguinte questão de auditoria:
Existem, nos Municípios do Estado do Ceará, agentes públicos acumulando cargos, empregos
e/ou funções públicas em desacordo com os critérios estabelecidos na legislação e na jurisprudência
pertinente ao tema?
A questão acima descrita será respondida com base nos seguintes critérios: art. 37, incisos XVI e
XVII, art. 38, inciso III, art. 42, §1º, art. 95, parágrafo único, inciso I, art. 128, §5º, inciso II, alínea “d” e art.
142, §3º, incisos II e III, todos da Constituição Federal; art. 98, parágrafo único, inciso I, art. 142, inciso IV,
art. 154, incisos XV e XVI art.175, inciso III e art. 176, §3º, da Constituição Estadual; jurisprudências
descritas no Agravo Interno no Recurso em Mandado de Segurança nº 49835/AC, do Superior Tribunal de
Justiça, e Recurso Extraordinário nº 351.905-1, Recurso Extraordinário nº 180597, Recurso Extraordinário nº
3939475, do Supremo Tribunal Federal; Acórdão nº 1.168-2012-Plenário e Súmula nº 246, do Tribunal de
Contas da União.
1.4 Metodologia utilizada e limitações
Os trabalhos foram realizados em conformidade com as Normas de Auditoria Governamental
(NAG), adotadas como Norma Geral de Auditoria pelo Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE/CE), e
com observância ao Manual de Auditoria de Conformidade e demais normas e padrões estabelecidos pelo
TCE/CE. Nenhuma restrição foi imposta aos exames.
A equipe de fiscalização elaborou a Matriz de Planejamento e utilizou como principais técnicas de
auditoria o cruzamento eletrônico de dados e o exame documental, conforme a seguir se explica.
Inicialmente, a Secretaria de Controle Externo deste órgão realizou processamento de planilha,
mediante cruzamento das bases de dados disponíveis (RAIS/2016 e bases de dados referentes ao mês de
outubro/2016 dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário estaduais e da Procuradoria Geral de Justiça,
da Defensoria Pública Geral do Estado, do extinto Tribunal de Contas dos Municípios e do Sistema de
Informações Municipais), que resultou na indicação de um expressivo número de servidores em situação de
possível acumulação ilegal de cargos públicos nas Prefeituras e Câmaras Municipais do Estado do Ceará.
13
Para tanto, essa Gerência de Fiscalização de Pessoal delimitou escopo no âmbito das Prefeituras e
Câmaras Municipais cearenses fiscalizando os vínculos dos servidores que supostamente exerceriam dois
cargos não acumuláveis; dos servidores que estariam em provável acumulação de três, quatro, cinco ou mais
vínculos com a Administração Pública; ou, ainda, dos agentes públicos que estariam acumulando cargos
lícitos, porém com jornada de trabalho incompatível, sendo abordados, na verificação do cumprimento da
carga horário junto ao Poder Público, os vínculos trabalhistas privados identificados que teriam o condão de
prejudicar a efetiva prestação de serviço junto ao ente público empregador.
Para a etapa de execução desta auditoria, essa unidade técnica elaborou formulários eletrônicos
(partes integrantes da planilha processada), que continham os indícios de acumulação ilícita de cargos
públicos, e os enviou às Prefeituras e Câmaras Municipais auditadas, para que estas, de posse dos indícios,
promovessem a apuração e regularização dos casos apontados por este órgão de controle.
Desse modo, este Tribunal de Contas provocou a apuração das irregularidades por parte das
Prefeituras e das Câmaras Municipais cearenses, de forma que estas deveriam prestar as informações
requeridas por meio do preenchimento de formulário eletrônico (parte integrante das tabelas eletrônicas), nos
moldes apresentados no Ofício Circular nº 27/2017, de 04 de dezembro de 2017, direcionado aos Prefeitos
dos Municípios fiscalizados e no Ofício Circular nº 28/2017, de 04 de dezembro de 2017, direcionado aos
Presidentes das Câmaras do Vereadores dos Municípios fiscalizados, e ainda nos e-mails enviados aos
referidos órgãos auditados9, documentos estes que assim dispunham:
“Para preenchimento do formulário eletrônico, solicita-se que sejam adotadas as
seguintes orientações:
*Para cada indício apresentado, deverá ser escolhida obrigatoriamente para a
coluna POSICIONAMENTO DO ORGÃO uma das 05 (cinco) opções pré-
definidas:
0. Irregularidade procede e a situação foi regularizada;
1. Foram adotadas medidas para apurar o indício de irregularidade;
2. Não foram adotadas medidas para apurar o indício de irregularidade;
3. Irregularidade NÃO procede, pois o servidor não se encontra nessa situação;
4. Irregularidade NÃO procede, pois a situação do servidor está amparada por
outras normas e/ou decisões.
* Somente marcar a opção 0, caso a irregularidade já tenha sido efetivamente
regularizada, descrevendo na coluna OBSERVACOES ADICIONAIS como a
situação foi regularizada.
*Se marcar a opção 1, deverão ser informadas as medidas adotadas na coluna
OBSERVACÕES ADICIONAIS.
*Se marcar a opção 2, deverão ser apresentadas justificativas para a ausência de
medidas para regularizar a situação na coluna OBSERVAÇÕES ADICIONAIS.
9 Informa-se que os referidos e-mails foram enviados para os endereços eletrônicos que estavam cadastrados nessa Corte de Contas,
segundo informações prestadas pelas próprias Prefeituras e Câmaras Municipais a esse órgão de controle.
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*A opção 3 deverá ser selecionada quando se caracterizar perda de objeto ou erro
na base dados utilizada (falso positivo), que deverá ser informado na coluna
OBSERVAÇÕES ADICIONAIS.
*Se marcar a opção 4, informar na coluna NORMA LEGAL, DECISAO
JUDICIAL OU ADMINISTRATIVA, DECISAO DO TCE/CE OU OUTRO ATO
QUE AMPARE A SITUACAO, o dispositivo legal, decisão judicial, decisão do
TCE/CE e/ou decisão administrativa que fundamenta(m) o posicionamento do
órgão. Em caso de decisão judicial, o servidor/pensionista deve figurar como
parte ou substituído no processo; em caso de decisão do TCE/CE, o
servidor/pensionista deve ser parte interessada.
Assim, as Prefeituras e Câmaras municipais fiscalizadas, depois de diligenciarem no sentido de
apurar as irregularidades, deveriam preencher o formulário eletrônico marcando uma das opções acima
indicadas (0 a 4), informando, outrossim, na coluna “OBSERVAÇÕES ADICIONAIS”, as justificativas que
ensejaram a escolha da opção marcada, acostando ainda documentações comprobatórias das respostas
expressas na planilha.
Nos referidos ofícios, foi fixado o prazo de 60 dias, para que as Prefeituras e Câmaras Municipais,
respondessem o formulário eletrônico e encaminhassem o mesmo, junto com a documentação comprobatória,
a essa Corte de Contes. Ocorre que, ao final do prazo estipulado, poucas respostas dos órgãos demandados
chegaram a essa unidade técnica. Atribui-se esse fato a uma variedade de acontecimentos: alguns desses
órgãos receberam o formulário eletrônico tardiamente, em decorrência da desatualização dos e-mails
cadastrados pelas próprias Prefeituras e Câmaras nesse Tribunal de Contas; outros tiveram dificuldade em
responder os formulários eletrônicos, ocorrendo numerosos telefonemas para essa Corte de Contas por parte
de representantes das Prefeituras e Câmaras fiscalizadas com a finalidade de pedir explicações sobre o teor
da auditoria, a forma de resposta, bem como sobre os normativos jurídicos que regem a matéria de
acumulação de cargos públicos, apesar dos e-mails e ofícios enviados, que continham instruções detalhadas
sobre a forma de preenchimento do formulário eletrônico, do envio das respostas e dos critérios utilizados
nesse procedimento fiscalizatório; além disso, muitas Prefeituras e Câmaras Municipais realizaram pedidos
de prorrogação de prazo a essa Corte de Contas.
Foram ainda encaminhados Ofícios de Reiteração (Ofício Circular nº 18/2018, de 28 de agosto de
2018, e Ofício Circular nº 19/2018, de 28 de agosto de 2018) às Prefeituras e Câmaras Municipais que não
haviam respondido à solicitação dessa Corte de Contas relacionada a essa auditoria. Contudo, após mais de
um ano do envio do ofício de diligência, que iniciou o prazo para manifestação dos órgãos auditados,
observou essa Gerência de Fiscalização de Pessoal que não havia chegado a essa unidade técnica os
formulários eletrônicos, com os indícios de acumulação de cargos, preenchidos, nem qualquer documentação
que indicassem medidas tomadas pelos órgãos auditados no sentido de esclarecer e/ou corrigir as
irregularidades apontadas nessa auditoria de 52 Prefeituras e 13 Câmaras Municipais auditadas.
Diante disso, considerando essa unidade técnica que todos os órgãos auditados foram devidamente
15
instados a apresentar resposta e documentação sobre os casos que denotaram indícios de acumulação ilegal
de cargos públicos e, ainda, que os mesmos tiveram tempo suficiente para apurar os referidos e se
manifestarem diante dessa Corte de Contas, entendeu essa Gerência de Fiscalização de Pessoal por pertinente
a realização da análise das respostas enviadas até o presente momento, recaindo sobre as informações
apresentadas a descrição dos achados de auditoria a serem expostos ao longo do presente Relatório, restando
os demais casos a serem verificados quando do monitoramento ou em processo específico de
responsabilização, de acordo com os elementos de cada caso.
Quanto às limitações dessa auditoria, estas se devem à própria metodologia utilizada, vez que os
achados apontados por esta equipe de fiscalização baseiam-se nas declarações apresentadas pelas Prefeituras
e Câmaras Municipais de modo unilateral, sem que os auditores desta Gerência de Fiscalização de Pessoal
tenham se debruçado sobre a totalidade da documentação comprobatória dos casos verificados
individualmente pelos fiscalizados, o que, pelo volume de servidores e documentos relacionados,
inviabilizaria a análise minuciosa referente a cada servidor.
De outro tanto, é importante destacar que os gestores públicos, incluídos, por óbvio, os das
Prefeituras e das Câmaras Municipais, têm o dever legal de tomar providências cabíveis quando cientificados
da prática de irregularidades por servidores de seus quadros, sob pena de responsabilidade por omissão, além
do dever de prestar as informações fidedignas ao Tribunal de Contas do Estado.
1.5 Volume de recursos fiscalizados
Tendo como base o fato de que foram apontados indícios, para apuração por parte dos entes
fiscalizados, sobre a situação de 23.074 servidores, estima-se que o volume de recursos fiscalizados alcançou
o montante de R$ 1.472.233.251,92 (um bilhão, quatrocentos e setenta e dois milhões, duzentos e trinta e três
mil, duzentos e cinquenta e um reais e noventa e dois centavos). Para obtenção desse valor, somaram-se as
remunerações de todos os servidores contemplados no escopo do trabalho, conforme registros extraídos da
planilha de indícios de acumulação gerada pela SECEX, multiplicando esse valor por 13,33 (doze meses +
gratificação natalina + terço de férias).
1.6 Benefícios estimados da fiscalização
Dentre os benefícios estimados desta fiscalização, ressalta-se a função pedagógica do Tribunal de
Contas do Estado do Ceará em relação aos futuros instrumentos de controle que deverão fazer parte do
16
cotidiano das Prefeituras e Câmaras Municipais fiscalizadas, com vistas a impedir o acúmulo ilegal de cargos
públicos.
Ademais, vislumbra-se a expectativa de controle, a correção de irregularidades, o fornecimento de
subsídios para atuação das Prefeituras e Câmaras Municipais auditadas, além da economia ao erário,
decorrente da sustação de pagamentos efetuados nos casos de acumulação indevida de cargos.
Quanto à economia ao erário decorrente da sustação dos pagamentos irregulares, espera-se que a
Administração Pública (federal, estadual e municipal) economize em um exercício financeiro, pelo menos, o
valor10 de R$ 27.803.096,6911 (vinte e sete milhões, oitocentos e três mil, noventa e seis reais e sessenta e
nove centavos), conforme cálculo elaborado por esta unidade técnica12, considerando os 1.601 casos que,
segundo informações prestadas pelas Prefeituras e Câmaras Municipais, já houve regularização da situação.
Outrossim, ressalta-se que é também considerável o número de servidores sobre os quais, segundo
as informações prestadas pelas Prefeituras e Câmara Municipais auditadas, já estariam sendo tomadas
medidas para apuração dos indícios acumulação ilícita de cargos, empregos e/ou funções públicas. Assim,
considerando os 7.381 casos em que os servidores já estariam com suas situações sendo averiguadas pelos
órgãos a que estão vinculados, pode-se estimar que, além da economia já descrita no parágrafo acima, há um
potencial de economia anual aos cofres públicos no valor de R$ 199.827.263,2313 (cento e noventa e nove
milhões, oitocentos e vinte e sete mil, duzentos e sessenta e três reais e vinte e três centavos), conforme
cálculo elaborado14 por esta unidade técnica.
2. ACHADOS DE AUDITORIA
Este tópico apresenta uma visão consolidada das irregularidades apuradas durante os trabalhos da
auditoria. Os resultados detalhados, com as devidas anotações e observações pertinentes a cada um dos
servidores detectados em possível acumulação ilícita de cargos, encontram-se nas planilhas eletrônicas
enviadas pelas Prefeituras e pelas Câmaras Municipais a esta Corte de Contas.
10 Para fins de cálculo estimativo da economia gerada ao erário, considerou-se que, nos casos em que os órgãos fiscalizados
informaram que a situação do servidor havia sido regularizada, teria ocorrido a exoneração do referido agente público em relação
ao(s) vínculo(s) de menor valor remuneratório, conforme orientado no modelo de respostas fornecidos pelo TCE/CE. 11 O cálculo do montante de economia ao erário não levou em consideração os desligamentos ocorridos antes do envio do ofício de
comunicação desta auditoria. 12 Em conformidade com o item 12.3.1 do Manual de Auditoria de Conformidade do Tribunal de Contas do Estado do Ceará, a
memória do referido cálculo realizado por essa equipe de auditoria está descrita em papel de trabalho. 13 Para fins de cálculo de potencial economia ao erário, considerou-se que, nos casos em que os órgãos fiscalizados informaram que
o servidor estaria com sua situação sendo apurada, iria ocorrer a exoneração dos referidos agentes públicos em relação ao(s) vínculo
(s) de menor valor remuneratório. 14 Em conformidade com o item 12.3.1 do Manual de Auditoria de Conformidade do Tribunal de Contas do Estado do Ceará, a
memória do referido calculo realizado por essa equipe de auditoria está descrita em papel de trabalho.
17
Tendo em vista que o presente trabalho teve como metodologia a provocação dos Municípios
(Prefeituras e Câmaras dos Vereadores) auditados para que estes apurassem e corrigissem as irregularidades
identificadas por este Tribunal de Contas, o achado verificado, qual seja, a existência de agentes públicos nos
Municípios em acumulação ilícita de cargos, empregos e/ou funções públicas, foi relatado por esta Gerência
de acordo com as respostas oferecidas.
Delimitado o escopo desta auditoria, em uma análise preliminar, foram identificados 23.074
servidores em possível acumulação ilícita de cargos, empregos e/ou funções públicas no âmbito dos
Municípios do Estado do Ceará. Considerando os números dos órgãos executivos e legislativos municipais
de forma separada, tem-se o número 22.846 servidores referentes às Prefeituras e 379 servidores referentes
às Câmaras Municipais. Explica-se que a soma dos servidores das Prefeituras e das Câmaras (22.846 + 379 =
23.225) gera um número superior ao quantitativo geral, de 23.074 servidores, por ocorrerem casos em que o
mesmo servidor foi apontado como em situação de possível acumulação ilícita de cargos públicos tanto em
uma Prefeitura como em uma Câmara Municipal, possuindo vínculo com os dois órgãos.
Para a apresentação dos achados dessa auditoria, os dados das Prefeituras e das Câmaras
Municipais serão expressos de forma separada, com o fito de se ter melhor clareza sobre os casos apurados.
Reitera-se que os achados desse trabalho foram evidenciados com base nas respostas dadas pelas próprias
Prefeituras e Câmaras Municipais auditadas, não tendo sido factível que essa unidade técnica se debruçasse
sobre teor das explicações dadas sobre cada caso apontado nesse procedimento fiscalizatório em razão do
volume de servidores fiscalizados (23.074 servidores) e de servidores que tiveram seus casos efetivamente
analisados por seus respectivos órgãos de atuação (18.554 servidores), havendo dados sobre estes nessa
auditoria.
2.1 Achados de auditoria das Prefeituras Municipais do Estado do Ceará
Como já descrito em linhas precedentes, mesmo após a provocação e reiteração dessa Corte de
Contas sobre a necessária apuração de casos que indicavam a ocorrência de acumulação ilícita de cargos
públicos, não chegou a essa unidade técnica resposta relacionada a 52 Prefeituras fiscalizadas, descritas no
Apêndice E.
A despeito disso, considerando essa Gerência de Fiscalização de Pessoal que todas as Prefeituras
fiscalizadas foram devidamente instadas a apresentar resposta e documentação sobre os casos que denotaram
indícios de acumulação ilegal de cargos públicos, que as mesmas tiveram tempo suficiente para apurar os
indícios apontados e se manifestarem diante dessa Corte de Contas e, ainda, que 129 Prefeituras auditadas,
listadas no Apêndice C, apresentaram respostas aos indícios de acumulação ilícita apontados por esse
18
Tribunal, tornou-se pertinente a análise dessa unidade técnica sobre os formulários eletrônicos e documentos
apresentados no bojo dessa auditoria, que geraram os achados a seguir destacados.
Explica-se que, das 129 Prefeituras Municipais que ofereceram informações no bojo dessa
auditoria, 115 (Apêndice C – Coluna 1) complementaram as planilhas que continham os indicativos de
acumulação ilícita de cargos públicos ou, apesar de não terem apresentado o formulário eletrônico da forma
solicitada nessa fiscalização, apuraram os indícios e prestaram esclarecimentos em formato textual, de modo
que foi possível observar as respostas dadas pelos órgãos, e 14 Prefeituras (Apêndice C – Coluna 2) que,
apesar de terem se manifestado diante dessa Corte de Contas, não foi possível contabilizar suas respostas nos
achados desse trabalho, uma vez que os dados apresentados não foram expressos nos moldes solicitados por
essa equipe de auditoria e estavam indelineáveis para fins de serem descritos nesse Relatório.
Gráfico 1: Percentual de Prefeituras que responderam a presente auditoria.
Desse modo, a partir das informações prestadas pelas 115 Prefeituras Municipais que puderam ter
suas respostas verificadas por essa equipe de auditoria, conforme acima explicado, restaram configurados os
seguintes achados:
a) 1.561 casos de acumulação ilícita cuja situação já foi regularizada (opção 0);
b) 7.688 casos de acumulação ilícita em que foram tomadas medidas para regularizar a situação
(opção 1);
c) 906 casos de acumulação ilícita em que não foram tomadas medidas para apurar o indício de
irregularidade (opção 2);
d) 7.023 casos em que a irregularidade não procedia, pois o indício apontado não se confirmou
19
(opção 3);
e) 2.880 casos em que a irregularidade não procedia, pois o servidor encontrava-se amparado
por outras normas e/ou decisões (opção 4);
f) 958 casos em que não se apresentou nenhuma resposta em relação ao indício apresentado.
Para melhor visualização dos achados, esta Gerência de Fiscalização elaborou o gráfico abaixo
colacionado, nos moldes das respostas apresentadas pelas Prefeituras fiscalizadas.
Gráfico 2. Números de casos de acordo com as respostas das Prefeituras15
1.561
7.688
906
7.023
2.880
958
-
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000
9.000
Opção 0 Opção 1 Opção 2 Opção 3 Opção 4 Nenhumaresposta
Achados de auditoria
Opção 0: Irregularidade procede e a situação foi regularizada.
Opção 1: Foram adotadas medidas para apurar os indícios de irregularidade.
Opção 2: Não foram adotadas medidas para apurar o indício de irregularidade.
Opção 3: Irregularidade não procede, pois o servidor não se encontra nessa situação.
Opção 4: Irregularidade não procede, pois a situação do servidor está amparada por outras normas e/ou decisões.
Nenhuma resposta: não foi apresentada resposta pelo órgão auditado em relação ao servidor.
2.2 Achados de auditoria das Câmaras Municipais do Estado do Ceará
Como já descrito em linhas precedentes, mesmo após a provocação e reiteração dessa Corte de
Contas sobre a necessária apuração de casos que indicavam a ocorrência de acumulação ilícita de cargos
públicos, não chegou a essa unidade técnica resposta relacionada a 13 Câmaras Municipais fiscalizadas,
descritas no Apêndice F.
15 Ressalta-se que há uma diferença numérica entre o número de respostas discriminadas no Gráfico 2 (21.016) e a quantidade de
servidores fiscalizados (18.468) em razão de haver servidores indicados em duas ou mais Prefeituras simultaneamente.
20
A despeito disso, considerando essa Gerência de Fiscalização de Pessoal que todas as Câmaras
Municipais fiscalizadas foram devidamente instadas a apresentar resposta e documentação sobre os casos
que denotaram indícios de acumulação ilegal de cargos públicos, que as mesmas tiveram tempo suficiente
para apurar os casos e se manifestarem diante dessa Corte de Contas e, ainda, que 82 Câmaras Municipais,
descritas no Apêndice D, apresentaram respostas aos indícios de acumulação ilícita apontados por esse
Tribunal, tornou-se pertinente a análise dessa unidade técnica sobre os formulários eletrônicos e documentos
apresentados no bojo dessa auditoria, que geraram os achados a seguir destacados.
Explica-se que, das 82 Câmaras Municipais que apresentaram informações no bojo dessa auditoria,
78 (Apêndice D – Coluna 1) complementaram as planilhas que continham os indicativos de acumulação
ilícita de cargos públicos ou, apesar de não terem apresentado o formulário eletrônico da forma solicitada
nessa fiscalização, apuraram os indícios e prestaram esclarecimentos em formato textual, de modo que foi
possível observar as respostas dadas pelos órgãos, e 4 Câmaras (Apêndice D – Coluna 2) que, apesar de
terem se manifestado diante dessa Corte de Contas, não foi possível contabilizar suas respostas nos achados
desse trabalho, uma vez que os dados não foram expressos nos moldes solicitados por essa equipe de
auditoria e estavam indelineáveis para fins de serem descritos nesse Relatório.
Gráfico 3: Percentual de Câmaras que responderam a presente auditoria.
Desse modo, a partir das informações prestadas pelas 78 Câmaras Municipais que puderam ter suas
respostas verificadas por essa equipe de auditoria, conforme acima explicado, restaram configurados os
seguintes achados:
a) 108 casos de acumulação ilícita cuja situação já foi regularizada (opção 0);
b) 23 casos de acumulação ilícita em que foram tomadas medidas para regularizar a situação
21
(opção 1);
c) 5 casos de acumulação ilícita em que não foram tomadas medidas para apurar o indício de
irregularidade (opção 2);
d) 199 casos em que a irregularidade não procedia, pois o indício apontado não se confirmou
(opção 3);
e) 27 casos em que a irregularidade não procedia, pois o servidor encontrava-se amparado por
outras normas e/ou decisões (opção 4).
Para melhor visualização dos achados, esta Gerência de Fiscalização elaborou o gráfico abaixo
colacionado, nos moldes das respostas apresentadas pelas Câmaras Municipais auditadas.
Gráfico 4. Números de casos de acordo com as respostas das Câmaras Municipais16
108
235
199
27
-
50
100
150
200
250
Opção 0 Opção 1 Opção 2 Opção 3 Opção 4
Achados de auditoria
Opção 0: Irregularidade procede e a situação foi regularizada.
Opção 1: Foram adotadas medidas para apurar os indícios de irregularidade.
Opção 2: Não foram adotadas medidas para apurar o indício de irregularidade.
Opção 3: Irregularidade não procede, pois o servidor não se encontra nessa situação.
Opção 4: Irregularidade não procede, pois a situação do servidor está amparada por outras normas e/ou decisões.
2.3 Objetos, critérios e evidências de auditoria
16 Ressalta-se que há uma diferença numérica entre o número de respostas discriminadas no Gráfico 4 (362) e a quantidade de
servidores fiscalizados (352) em razão de haver servidores em duas ou mais Câmaras simultaneamente.
22
Quanto aos objetos da auditoria, essa unidade técnica se utilizou de planilha processada pelo
Tribunal de Contas do Estado do Ceará, em que constam os indícios de acumulação irregular de cargos,
empregos e/ou funções públicas por parte dos servidores dos Municípios do Estado do Ceará (RAIS/2016 e
bases de dados referentes ao mês de outubro/2016 dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário estaduais
e da Procuradoria Geral de Justiça, da Defensoria Pública Geral do Estado, do extinto Tribunal de Contas dos
Municípios e do Sistema de Informações Municipais), e formulário eletrônico, parte integrante da planilha
processada pelo TCE/CE, preenchido pelas Prefeituras e Câmaras auditadas, no qual constam as informações
a respeito das irregularidades apontadas.
Sobre os critérios utilizados na presente auditoria, ressalta-se o art. 37, incisos XVI e XVII, da
Constituição Federal, que traz a regra da não acumulação de cargos, empregos e/ou funções públicas, bem
como suas exceções, in verbis:
Art. 37. [...]
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI.
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas;
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;
Ademais, existem diversos outros normativos constitucionais e legais, bem como entendimentos
jurisprudenciais, já detalhados neste trabalho (vide subseção 1.2), que permeiam o tema e que destacam
outros importantes critérios referentes à matéria de acumulação ilícita de cargos públicos. Nesse sentido, essa
Gerência de Fiscalização de Pessoal elaborou quadro-resumo dos demais critérios considerados nessa
auditoria:
Art. 37, incisos XVI e XVII, art. 38, inciso III, art. 42, §1º, art.
95, parágrafo único, inciso I, art. 128, §5º, inciso II, alínea “d” e
art. 142, §3º, incisos II e III
Constituição Federal
Art. 98, parágrafo único, inciso I, art. 142, inciso IV, art. 154,
incisos XV e XVI art.175, inciso III e art. 176, §3º Constituição do Estado do Ceará
AgInt no RMS 49835 / AC, Superior Tribunal de Justiça
RE 351.905-1; RE 180597; RE 3939475 Supremo Tribunal Federal
23
Acórdão nº 1.168-2012 - Plenário; Súmula nº 246 Tribunal de Contas da União
Quanto às evidências utilizadas nesta auditoria para subsidiar os achados, essa Gerência se utilizou
de Planilha processada pelo TCE/CE, tendo como base o mês de outubro de 2016, em que constam os
indícios de acumulação irregular de cargos públicos por parte dos servidores das Prefeituras e das Câmaras
Municipais do Ceará, e de formulário eletrônico (parte integrante da planilha processada pelo TCE/CE), no
qual constam informações fornecidas pelos próprios órgãos auditados a respeito das irregularidades
apontadas e das providências tomadas para fins de apurar e sanear as irregularidades.
Nesse sentido, é importante ressaltar que esta unidade de fiscalização emitiu posicionamento de
acordo com as informações prestadas pelas Prefeituras e Câmaras Municipais auditadas, considerando as
opções marcadas.
2.4 Causas e efeitos da irregularidade
Como causa das irregularidades verificadas, pode-se apontar a insuficiência dos meios de
verificação da possível irregularidade, vez que os Municípios não dispõem de ferramentas efetivas (acessos a
bases de dados) para tanto, seja no momento da posse ou no decorrer do exercício do cargo pelo servidor.
Em relação aos efeitos dos achados de auditoria, entende-se que a ocorrência de acumulação ilícita
de cargos públicos acarreta o comprometimento da qualidade dos serviços prestados pelos servidores em
razão da sobrecarga de trabalho, bem como o dispêndio irregular de dinheiro público no pagamento de
servidores em situação de acumulação ilícita de cargos, empregos e/ou funções públicas.
2.5 Conclusão e Proposta de Encaminhamento
Diante das irregularidades descritas, bem como dos efeitos negativos oriundos desta, esta Gerência
de Fiscalização de Pessoal, no uso das suas atribuições legais e regulamentares, propõe que seja
recomendado às Prefeituras e Câmaras Municipais abrangidas nessa fiscalização que busquem melhorias no
controle interno e que exijam termo de declaração de acumulação, ou não, de cargos, empregos e/ou funções
públicas, com a descrição de todas as informações necessárias para observar a compatibilidade de
acumulação de cargos, empregos e/ou funções públicas (nos casos de acumulação), aplicando-o sempre por
ocasião da investidura ou modificação de regime de trabalho do servidor e, sobretudo, anualmente.
24
Outrossim, esta unidade fiscalizadora propõe que seja determinada a fixação de prazo para que as
Prefeituras e Câmaras Municipais, descritas nos Apêndices A e B, encaminhem ao Tribunal de Contas do
Estado do Ceará relatório consolidado em que constem as medidas adotadas e os resultados obtidos sobre as
situações dos servidores, sobre as quais as Prefeituras e Câmaras auditadas informaram que foram adotadas
medidas para apurar o indício de irregularidade (opção 1), que não foram adotadas medidas para apurar os
indícios de irregularidade (opção 2) ou, ainda, que o órgão fiscalizado não apresentou qualquer resposta na
planilha preenchida, para fins de futura análise dos dados apresentados por essa Gerência de Fiscalização de
Pessoal, da Secretaria do Controle Externo, do Tribunal de Contas do Estado do Ceará, em processo
autônomo de monitoramento.
Propõe ainda que seja determinada a fixação de prazo para que as Prefeituras e Câmaras
Municipais que não apresentaram respostas a esta auditoria (Apêndices E e F), bem como as Prefeituras e
Câmaras Municipais que manifestaram resposta, mas que não tiveram seus dados computados nos achados
em razão da inviabilidade das informações apresentadas (Coluna 2 dos Apêndices C e D), remetam a esse
órgão de controle as informações requeridas nas planilhas eletrônicas fornecidas por esse Tribunal de Contas
que evidenciaram indícios de acumulação ilícita de cargos, empregos e/ou funções públicas, para fins de
futura análise dos dados apresentados por essa Gerência de Fiscalização de Pessoal, da Secretaria do
Controle Externo, do Tribunal de Contas do Estado do Ceará, em processo autônomo de monitoramento.
3. CONCLUSÃO
Por tudo o exposto, a equipe de auditoria conclui no sentido de que, sem prejuízo de outros casos
porventura não abrangidos nesta fiscalização, constatou-se, nas Prefeituras e Câmaras que responderam a
essa auditoria, a existência de agentes públicos em acumulação ilícita de cargos, empregos e/ou funções.
Nessa linha, ressalta-se que não chegou qualquer resposta a essa unidade técnica referente a 52
Prefeituras (listadas no Apêndice E) e 13 Câmaras (listadas no Apêndice F), mesmo sendo estas instadas a se
manifestarem por essa Corte de Contas, de modo que estima-se que 4.520 servidores, pertencentes a essas
Prefeituras e Câmaras, deixaram de ter situações apreciadas pelos órgãos responsáveis, mesmo após esta
unidade técnica, no decurso dessa auditoria, ter evidenciado possíveis irregularidades.
De outro modo, salienta-se que responderam à solicitação desse procedimento fiscalizatório 129
Prefeituras e 82 Câmaras. Contudo, apenas 115 Prefeituras (Apêndice C – Coluna 1) e 78 Câmaras
(Apêndice D – Coluna 1) tiveram suas respostas computadas nos achados desse trabalho, uma vez que,
conforme explicado na subseção 2.2, 14 Prefeituras (Apêndice C – Coluna 2) e 4 Câmaras Municipais
(Apêndice D – Coluna 2) apresentaram respostas inviáveis para fins de apuração dessa equipe técnica. Desse
modo, um total de 18.554 servidores tiveram suas situações apuradas pelas Prefeituras e Câmaras Municipais
25
a que estariam vinculados, o que representa, em termos de porcentagem, que 80,41% dos servidores que
foram apontados como em possível situação de acumulação ilícitas de cargos públicos, por ocasião dessa
auditoria, tiveram seus casos investigados.
Diante desses dados, essa unidade técnica apurou as informações apresentadas a essa Corte,
ressaltando-se que os achados dessa auditoria foram evidenciados com base nas respostas dadas pelas
próprias Prefeituras e Câmaras Municipais fiscalizadas, não tendo sido factível que essa unidade técnica se
debruçasse sobre as explicações dadas sobre cada caso apontado nesse procedimento fiscalizatório em razão
do volume de agentes públicos envolvidos nesse trabalho.
Dito isso, podem-se listar os achados de auditoria expostos ao longo do presente Relatório,
sintetizados nos dados a seguir expostos.
De início, cumpre informar que 1601 servidores (pertencentes a Prefeituras e Câmaras Municipais)
já tiveram suas situações regularizadas em razão dessa auditoria (opção 0). (Seção 2)
Outrossim, 7.381 agentes públicos (pertencentes a Prefeituras e Câmaras Municipais) estão com
seus casos sendo apurados pelos órgãos fiscalizados (opção 1). Em relação a tais situações, é fundamental
que os referidos órgãos apresentem em relatório conclusivo, de modo detalhado, as medidas adotadas e o
desfecho de cada caso. (Seção 2)
Por outro lado, foram computados 1843 casos de possível acumulação ilícita (sendo 1838
vinculados às Prefeituras e 5 vinculados às Câmaras Municipais) em que não foram tomadas medidas para
apurar o indício de irregularidade (opção 2) ou, ainda, que o órgão fiscalizado não apresentou qualquer
resposta na planilha preenchida. Em relação também a esses casos, é fundamental que os órgãos auditados
manifestem relatório conclusivo, de modo detalhado, sobre as medidas adotadas e o desfecho de cada caso.
(Seção 2)
Em relação aos casos das Prefeituras e Câmaras Municipais que não tiveram suas repostas
computadas nos achados dessa auditoria, em razão da ausência de resposta dos referidos órgãos (Apêndices
E e F), bem como das Prefeituras e Câmaras Municipais que manifestaram resposta, mas que não tiveram
seus dados computados nos achados em razão da inviabilidade das informações apresentadas (Coluna 2 dos
Apêndices C e D), considera-se como fundamental que os órgãos auditados remetam a essa Corte as
informações requeridas nas planilhas eletrônicas fornecidas por esse Tribunal de Contas que evidenciaram
indícios de acumulação ilícita de cargos, empregos e/ou funções públicas, nos moldes solicitados nesse
procedimento fiscalizatório
No que tange aos efeitos dos achados de auditoria, entende-se que a ocorrência de acumulação
ilícita de cargos públicos acarreta o comprometimento da qualidade dos serviços prestados pelos servidores
em razão da sobrecarga de trabalho, bem como o dispêndio irregular de dinheiro público no pagamento de
servidores em situação de acumulação ilícita de cargos, empregos e/ou funções públicas.
26
Sobre os benefícios esperados, ressalta-se que com esta auditoria busca efetivar uma correção das
irregularidades e gerar maior expectativa de controle, bem como fornecer subsídios para atuação das
Prefeituras e Câmaras auditadas. É importante que se destaque, do mesmo modo, a função pedagógica deste
Tribunal de Contas em relação aos futuros instrumentos de controle que deverão fazer parte do cotidiano do
órgão auditado, visando impedir o acúmulo ilegal de cargos públicos.
Quanto à economia ao erário decorrente da sustação dos pagamentos irregulares, espera-se
que a Administração Pública (federal, estadual e municipal) economize em um exercício financeiro,
pelo menos, o valor estimado de R$ 27.803.096,69 (vinte e sete milhões, oitocentos e três mil, noventa e
seis reais e sessenta e nove centavos), conforme cálculo elaborado por esta unidade técnica,
considerando os 1.601 casos que, segundo informações prestadas pelas Prefeituras e Câmaras
Municipais, já houve regularização da situação.
Outrossim, ressalta-se que é também considerável o número de servidores sobre os quais, segundo
as informações prestadas pelas Prefeituras e Câmara Municipais auditadas, já estariam sendo tomadas
medidas para apuração dos indícios acumulação ilícita de cargos, empregos e/ou funções públicas. Assim,
considerando os 7.381 casos em que os servidores já estariam com suas situações sendo averiguadas pelos
órgãos a que estão vinculados, pode-se estimar que, além da economia já descrita no parágrafo acima, há um
potencial de economia anual aos cofres públicos no valor de R$ 199.827.263,23 (cento e noventa e nove
milhões, oitocentos e vinte e sete mil, duzentos e sessenta e três reais e vinte e três centavos), conforme
cálculo elaborado por esta unidade técnica.
4. PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO
Considerando que se trata de Auditoria de Conformidade com o objetivo de emitir opinião que
evidencie em que medida foram observadas as leis, regulamentos, políticas, códigos estabelecidos, contratos,
convênios ou outros acordos firmados, de modo a garantir uma correta avaliação da matéria fiscalizada, a
partir de critérios adequados e predeterminados;
Considerando que foram identificados servidores em acumulação ilícita de cargos, empregos e/ou
funções públicas no âmbito dos Municípios do Estado do Ceará;
A Gerência de Fiscalização de Pessoal da Secretaria de Controle Externo do Tribunal de Contas do
Estado do Ceará, no uso de suas atribuições legais e regulamentares, propõe os seguintes encaminhamentos:
1. RECOMENDAR às Prefeituras e Câmaras Municipais abrangidas nessa fiscalização
(Apêndice G) que:
27
a) busquem melhorias no controle interno, a exemplo de consulta aos portais da
transparência do âmbito federal, estadual e municipal sobre os possíveis vínculos pré-
existentes do agente público, quando da posse do servidor;
b) exijam termo de declaração de acumulação, ou não, de cargos, empregos e/ou funções
apresentado pelo servidor, determinando que este, nos casos em que informe que há
acumulação, descreva o cargo/emprego ou função pública ocupada, a matrícula e a
identificação clara dos empregadores (a própria instituição e outros, quer públicos ou
privados), dos vínculos, da sua natureza, dos locais de exercício ou da prestação dos
serviços, das datas de posse, da contratação ou do exercício, da carga horária e dos turnos
trabalhados no outro vínculo, aplicando-o sempre por ocasião da investidura ou
modificação de regime de trabalho do servidor e, sobretudo, anualmente.
2. DETERMINAR que as 107 Prefeituras listadas no Apêndice A e as 13 Câmaras
Municipais listadas no Apêndice B, no prazo de até 180 (cento e oitenta) dias, encaminhem ao Tribunal de
Contas do Estado do Ceará relatório consolidado em que constem as medidas adotadas e os resultados
obtidos sobre as situações dos servidores, sobre as quais as Prefeituras e Câmaras auditadas informaram que
foram adotadas medidas para apurar o indício de irregularidade (opção 1), que não foram adotadas medidas
para apurar os indícios de irregularidade (opção 2) ou, ainda, que o órgão fiscalizado não apresentou
qualquer resposta na planilha preenchida, para fins de futura análise dos dados apresentados por essa
Gerência de Fiscalização de Pessoal da Secretaria do Controle Externo, em processo autônomo de
monitoramento;
3. DETERMINAR que as 52 Prefeituras (Apêndice E) e as 13 Câmaras Municipais (Apêndice
F) que não apresentaram resposta a esse Tribunal de Contas do Ceará, bem como as 14 Prefeituras (Apêndice
C – Coluna 2) e as 4 Câmaras Municipais (Apêndice D – Coluna 2) que manifestaram resposta, mas que não
tiveram seus dados computados nos achados dessa auditoria em razão da inviabilidade das informações
apresentadas, remetam ao Tribunal de Contas do Estado do Ceará as informações requeridas nas planilhas
eletrônicas fornecidas por esse órgão de controle que evidenciaram indícios de acumulação ilícita de cargos,
empregos e/ou funções públicas, tudo nos moldes descritos nos Ofícios Circulares nº 27/2017 e 28/2017, de
04 de dezembro de 2017 e nos Ofícios Circulares de Reiteração nº 18/2018 e 19/2018, de 28 de agosto de
2018, para fins de futura análise dos dados apresentados por essa Gerência de Fiscalização de Pessoal da
Secretaria do Controle Externo, em processo autônomo de monitoramento.
4. AUTORIZAR que esta Gerência de Fiscalização de Pessoal da Secretaria de Controle
Externo instaure processo autônomo de monitoramento a fim de verificar se os Municípios do Estado do
Ceará cumpriram as recomendações e determinações exaradas no bojo deste processo;
5. DAR CIÊNCIA às Prefeituras e Câmaras Municipais abrangidas nessa auditoria (Apêndice
G) sobre a decisão a ser proferida por este Tribunal de Contas;
28
6. ARQUIVAR o presente feito.
Gerência de Fiscalização de Pessoal da Secretaria de Controle Externo do Tribunal de Contas do
Estado do Ceará.
Fortaleza, 22 de março de 2019.
Documento assinado eletronicamente por:
Alice Montenegro Osório Luís Cássio de Melo Castro
Auditora de Controle Externo Auditor de Controle Externo
mat. 1385-4 mat. 1349-0
Elano Lima de Oliveira
Gerente de Fiscalização de Pessoal
mat. 1341-4
29
APÊNDICE A
RELAÇÃO DAS PREFEITURAS QUE, DENTRE AS RESPOSTAS APRESENTADAS A ESTE
TRIBUNAL, INFORMARAM A OPÇÃO 1 (Foram adotadas medidas para apurar o indício de
irregularidade), A OPÇÃO 2 (Não foram adotadas medidas para apurar o indício de irregularidade)
OU NÃO RESPONDERAM NENHUMA DAS OPÇÕES PRÉ-DETERMINADAS.
Prefeitura Municipal de Acaraú Prefeitura Municipal de Jaguaribara
Prefeitura Municipal de Aiuaba Prefeitura Municipal de Jaguaruana
Prefeitura Municipal de Alto Santo Prefeitura Municipal de Jardim
Prefeitura Municipal de Amontada Prefeitura Municipal de Jati
Prefeitura Municipal de Antonina do Norte Prefeitura Municipal de Jijoca de Jericoacoara
Prefeitura Municipal de Apuiarés Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte
Prefeitura Municipal de Aquiraz Prefeitura Municipal de Jucás
Prefeitura Municipal de Aracati Prefeitura Municipal de Lavras da Mangabeira
Prefeitura Municipal de Aracoiaba Prefeitura Municipal de Madalena
Prefeitura Municipal de Ararendá Prefeitura Municipal de Maracanaú
Prefeitura Municipal de Araripe Prefeitura Municipal de Maranguape
Prefeitura Municipal de Aratuba Prefeitura Municipal de Mauriti
Prefeitura Municipal de Assaré Prefeitura Municipal de Milagres
Prefeitura Municipal de Aurora Prefeitura Municipal de Mombaça
Prefeitura Municipal de Barreira Prefeitura Municipal de Morada Nova
Prefeitura Municipal de Barroquinha Prefeitura Municipal de Morrinhos
Prefeitura Municipal de Bela Cruz Prefeitura Municipal de Mucambo
Prefeitura Municipal de Brejo Santo Prefeitura Municipal de Nova Olinda
Prefeitura Municipal de Camocim Prefeitura Municipal de Ocara
Prefeitura Municipal de Canindé Prefeitura Municipal de Pacajus
Prefeitura Municipal de Cariré Prefeitura Municipal de Pacoti
Prefeitura Municipal de Caririaçu Prefeitura Municipal de Pacujá
Prefeitura Municipal de Cariús Prefeitura Municipal de Palhano
Prefeitura Municipal de Carnaubal Prefeitura Municipal de Parambu
Prefeitura Municipal de Catunda Prefeitura Municipal de Paramoti
Prefeitura Municipal de Caucaia Prefeitura Municipal de Penaforte
Prefeitura Municipal de Chorozinho Prefeitura Municipal de Pentecoste
Prefeitura Municipal de Coreaú Prefeitura Municipal de Pereiro
Prefeitura Municipal de Crato Prefeitura Municipal de Pires Ferreira
Prefeitura Municipal de Deputado Irapuan Pinheiro Prefeitura Municipal de Porteiras
Prefeitura Municipal de Eusebio Prefeitura Municipal de Potengi
Prefeitura Municipal de Farias Brito Prefeitura Municipal de Quixelô
Prefeitura Municipal de Forquilha Prefeitura Municipal de Quixeré
Prefeitura Municipal de Fortaleza Prefeitura Municipal de Redenção
Prefeitura Municipal de Fortim Prefeitura Municipal de Reriutaba
Prefeitura Municipal de Frecheirinha Prefeitura Municipal de Salitre
Prefeitura Municipal de General Sampaio Prefeitura Municipal de Santa Quitéria
Prefeitura Municipal de Groaíras Prefeitura Municipal de São Benedito
Prefeitura Municipal de Guaiuba Prefeitura Municipal de São Gonçalo do Amarante
Prefeitura Municipal de Guaraciaba do Norte Prefeitura Municipal de São Joao do Jaguaribe
Prefeitura Municipal de Hidrolândia Prefeitura Municipal de Senador Sá
Prefeitura Municipal de Horizonte Prefeitura Municipal de Sobral
Prefeitura Municipal de Ibaretama Prefeitura Municipal de Solonópole
Prefeitura Municipal de Ibiapina Prefeitura Municipal de Tabuleiro do Norte
30
Prefeitura Municipal de Ibicuitinga Prefeitura Municipal de Tarrafas
Prefeitura Municipal de Icapuí Prefeitura Municipal de Tauá
Prefeitura Municipal de Icó Prefeitura Municipal de Tianguá
Prefeitura Municipal de Independência Prefeitura Municipal de Trairi
Prefeitura Municipal de Ipu Prefeitura Municipal de Ubajara
Prefeitura Municipal de Itaiçaba Prefeitura Municipal de Umirim
Prefeitura Municipal de Itapajé Prefeitura Municipal de Uruoca
Prefeitura Municipal de Itapipoca Prefeitura Municipal de Varjota
Prefeitura Municipal de Itapiúna Prefeitura Municipal de Viçosa do Ceará
Prefeitura Municipal de Jaguaretama
31
APÊNDICE B
RELAÇÃO DAS CÂMARAS MUNICIPAIS QUE, DENTRE AS RESPOSTAS APRESENTADAS A
ESTE TRIBUNAL, INFORMARAM A OPÇÃO 1 (Foram adotadas medidas para apurar o indício de
irregularidade), A OPÇÃO 2 (Não foram adotadas medidas para apurar o indício de irregularidade)
OU NÃO RESPONDERAM NENHUMA DAS OPÇÕES PRÉ-DETERMINADAS.
Câmara Municipal de Aracati
Câmara Municipal de Barbalha
Câmara Municipal de Boa Viagem
Câmara Municipal de Cascavel
Câmara Municipal de Icapuí
Câmara Municipal de Juazeiro do Norte
Câmara Municipal de Martinópole
Câmara Municipal de Nova Russas
Câmara Municipal de Paracuru
Câmara Municipal de Pentecoste
Câmara Municipal de Tamboril
Câmara Municipal de Fortaleza
Câmara Municipal de Pindoretama
32
APÊNDICE C
RELAÇÃO DAS PREFEITURAS QUE RESPONDERAM À AUDITORIA, DIVIDIDAS ENTRE AS
QUE TIVERAM SUAS RESPOSTAS ANALISADAS (COLUNA 1) E AS QUE NÃO TIVERAM
SUAS RESPOSTAS ANALISADAS (COLUNA 2).
COLUNA 1 - RESPOSTAS QUE
ATENDERAM RAZOAVELMENTE AOS
PADRÕES ESTABELECIDOS NA
AUDITORIA, TORNANDO POSSÍVEL A
ANÁLISE PELA UNIDADE TÉCNICA.
(Respostas computadas para fins de achado de
auditoria)
COLUNA 2 - RESPOSTAS QUE NÃO
ATENDERAM RAZOAVELMENTE AOS
PADRÕES ESTABELECIDOS NA
AUDITORIA, IMPOSSIBILITANDO A
ANÁLISE PELA UNIDADE TÉCNICA.
(Respostas NÃO computadas para fins de
achado de auditoria)
Prefeitura Municipal de Acaraú Prefeitura Municipal de Acarape
Prefeitura Municipal de Aiuaba Prefeitura Municipal de Boa Viagem
Prefeitura Municipal de Alto Santo Prefeitura Municipal de Capistrano
Prefeitura Municipal de Amontada Prefeitura Municipal de Ereré
Prefeitura Municipal de Antonina do Norte Prefeitura Municipal de Ipueiras
Prefeitura Municipal de Apuiarés Prefeitura Municipal de Iracema
Prefeitura Municipal de Aquiraz Prefeitura Municipal de Irauçuba
Prefeitura Municipal de Aracati Prefeitura Municipal de Orós
Prefeitura Municipal de Aracoiaba Prefeitura Municipal de Pacatuba
Prefeitura Municipal de Ararendá Prefeitura Municipal de Potiretama
Prefeitura Municipal de Araripe Prefeitura Municipal de Quixeramobim
Prefeitura Municipal de Aratuba Prefeitura Municipal de Santana do Cariri
Prefeitura Municipal de Assaré Prefeitura Municipal de Tamboril
Prefeitura Municipal de Aurora Prefeitura Municipal de Várzea Alegre
Prefeitura Municipal de Barreira
Prefeitura Municipal de Barroquinha
Prefeitura Municipal de Bela Cruz
Prefeitura Municipal de Brejo Santo
Prefeitura Municipal de Camocim
Prefeitura Municipal de Canindé
Prefeitura Municipal de Cariré
Prefeitura Municipal de Caririaçu
Prefeitura Municipal de Cariús
Prefeitura Municipal de Carnaubal
Prefeitura Municipal de Catarina
Prefeitura Municipal de Catunda
Prefeitura Municipal de Caucaia
Prefeitura Municipal de Chaval
Prefeitura Municipal de Chorozinho
Prefeitura Municipal de Coreaú
Prefeitura Municipal de Crato
Prefeitura Municipal de Deputado Irapuan
Pinheiro
Prefeitura Municipal de Eusébio
Prefeitura Municipal de Farias Brito
Prefeitura Municipal de Forquilha
Prefeitura Municipal de Fortaleza
33
Prefeitura Municipal de Fortim
Prefeitura Municipal de Frecheirinha
Prefeitura Municipal de General Sampaio
Prefeitura Municipal de Graça
Prefeitura Municipal de Groaíras
Prefeitura Municipal de Guaiuba
Prefeitura Municipal de Guaraciaba do Norte
Prefeitura Municipal de Hidrolândia
Prefeitura Municipal de Horizonte
Prefeitura Municipal de Ibaretama
Prefeitura Municipal de Ibiapina
Prefeitura Municipal de Ibicuitinga
Prefeitura Municipal de Icapuí
Prefeitura Municipal de Icó
Prefeitura Municipal de Independência
Prefeitura Municipal de Ipaumirim
Prefeitura Municipal de Ipu
Prefeitura Municipal de Itaiçaba
Prefeitura Municipal de Itapajé
Prefeitura Municipal de Itapipoca
Prefeitura Municipal de Itapiúna
Prefeitura Municipal de Jaguaretama
Prefeitura Municipal de Jaguaribara
Prefeitura Municipal de Jaguaruana
Prefeitura Municipal de Jardim
Prefeitura Municipal de Jati
Prefeitura Municipal de Jijoca de Jericoacoara
Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte
Prefeitura Municipal de Jucás
Prefeitura Municipal de Lavras da Mangabeira
Prefeitura Municipal de Madalena
Prefeitura Municipal de Maracanaú
Prefeitura Municipal de Maranguape
Prefeitura Municipal de Marco
Prefeitura Municipal de Mauriti
Prefeitura Municipal de Milagres
Prefeitura Municipal de Milha
Prefeitura Municipal de Mombaça
Prefeitura Municipal de Morada Nova
Prefeitura Municipal de Morrinhos
Prefeitura Municipal de Mucambo
Prefeitura Municipal de Nova Olinda
Prefeitura Municipal de Ocara
Prefeitura Municipal de Pacajus
Prefeitura Municipal de Pacoti
Prefeitura Municipal de Pacujá
Prefeitura Municipal de Palhano
Prefeitura Municipal de Parambu
Prefeitura Municipal de Paramoti
Prefeitura Municipal de Penaforte
Prefeitura Municipal de Pentecoste
Prefeitura Municipal de Pereiro
34
Prefeitura Municipal de Pires Ferreira
Prefeitura Municipal de Porteiras
Prefeitura Municipal de Potengi
Prefeitura Municipal de Quiterianópolis
Prefeitura Municipal de Quixelô
Prefeitura Municipal de Quixeré
Prefeitura Municipal de Redenção
Prefeitura Municipal de Reriutaba
Prefeitura Municipal de Saboeiro
Prefeitura Municipal de Salitre
Prefeitura Municipal de Santa Quitéria
Prefeitura Municipal de São Benedito
Prefeitura Municipal de São Gonçalo do
Amarante
Prefeitura Municipal de São Joao do Jaguaribe
Prefeitura Municipal de Senador Sá
Prefeitura Municipal de Sobral
Prefeitura Municipal de Solonópole
Prefeitura Municipal de Tabuleiro do Norte
Prefeitura Municipal de Tarrafas
Prefeitura Municipal de Tauá
Prefeitura Municipal de Tianguá
Prefeitura Municipal de Trairi
Prefeitura Municipal de Ubajara
Prefeitura Municipal de Umirim
Prefeitura Municipal de Uruoca
Prefeitura Municipal de Varjota
Prefeitura Municipal de Viçosa do Ceará
35
APÊNDICE D
RELAÇÃO DAS CÂMARAS MUNICIPAIS QUE RESPONDERAM À AUDITORIA, DIVIDIDAS
ENTRE AS QUE TIVERAM SUAS RESPOSTAS ANALISADAS (COLUNA 1) E AS QUE NÃO
TIVERAM SUAS RESPOSTAS ANALISADAS (COLUNA 2).
COLUNA 1 - RESPOSTAS QUE
ATENDERAM RAZOAVELMENTE AOS
PADRÕES ESTABELECIDOS NA
AUDITORIA, TORNANDO POSSÍVEL A
ANÁLISE POR ESTA UNIDADE TÉCNICA.
(Respostas computadas para fins de achado de
auditoria)
COLUNA 2 - RESPOSTAS QUE NÃO
ATENDERAM RAZOAVELMENTE AOS
PADRÕES ESTABELECIDOS NA
AUDITORIA, IMPOSSIBILITANDO A
ANÁLISE POR ESTA UNIDADE TÉCNICA.
(Respostas NÃO computadas para fins de
achado de auditoria)
Câmara Municipal de Acaraú Câmara Municipal de General Sampaio
Câmara Municipal de Alto Santo Câmara Municipal de Guaiúba
Câmara Municipal de Amontada Câmara Municipal de Varjota
Câmara Municipal de Aquiraz Câmara Municipal de Salitre
Câmara Municipal de Aracati
Câmara Municipal de Aracoiaba
Câmara Municipal de Aurora
Câmara Municipal de Barbalha
Câmara Municipal de Baturité
Câmara Municipal de Beberibe
Câmara Municipal de Bela Cruz
Câmara Municipal de Boa Viagem
Câmara Municipal de Campos Sales
Câmara Municipal de Canindé
Câmara Municipal de Capistrano
Câmara Municipal de Cariré
Câmara Municipal de Caririaçu
Câmara Municipal de Cascavel
Câmara Municipal de Caucaia
Câmara Municipal de Chaval
Câmara Municipal de Crateús
Câmara Municipal de Cruz
Câmara Municipal de Ereré
Câmara Municipal de Eusébio
Câmara Municipal de Forquilha
Câmara Municipal de Fortaleza
Câmara Municipal de Granja
Câmara Municipal de Ibicutinga
Câmara Municipal de Icapuí
Câmara Municipal de Iguatu
Câmara Municipal de Independência
Câmara Municipal de Iracema
Câmara Municipal de Itaitinga
Câmara Municipal de Itapajé
Câmara Municipal de Itapipoca
Câmara Municipal de Jaguaruana
Câmara Municipal de Jardim
36
Câmara Municipal de Jati
Câmara Municipal de Juazeiro do Norte
Câmara Municipal de Lavras da Mangabeira
Câmara Municipal de Madalena
Câmara Municipal de Maracanaú
Câmara Municipal de Maranguape
Câmara Municipal de Martinópole
Câmara Municipal de Mauriti
Câmara Municipal de Meruoca
Câmara Municipal de Milagres
Câmara Municipal de Missão Velha
Câmara Municipal de Mombaça
Câmara Municipal de Morada Nova
Câmara Municipal de Moraújo
Câmara Municipal de Morrinhos
Câmara Municipal de Nova Russas
Câmara Municipal de Pacajus
Câmara Municipal de Pacatuba
Câmara Municipal de Paracuru
Câmara Municipal de Paraipaba
Câmara Municipal de Paramoti
Câmara Municipal de Pedra Branca
Câmara Municipal de Pentecostes
Câmara Municipal de Pindoretama
Câmara Municipal de Quiterianópolis
Câmara Municipal de Quixadá
Câmara Municipal de Quixeramobim
Câmara Municipal de Russas
Câmara Municipal de Santa Quitéria
Câmara Municipal de Santana do Acaraú
Câmara Municipal de São Gonçalo
Câmara Municipal de São Luiz do Curú
Câmara Municipal de Senador Pompeu
Câmara Municipal de Senador Sá
Câmara Municipal de Sobral
Câmara Municipal de Solonópole
Câmara Municipal de Tamboril
Câmara Municipal de Tauá
Câmara Municipal de Tiangua
Câmara Municipal de Trairi
Câmara Municipal de Viçosa
37
APÊNDICE E
RELAÇÃO DAS PREFEITURAS QUE NÃO APRESENTARAM RESPOSTA A ESSA AUDITORIA.
Prefeitura Municipal de Abaiara Prefeitura Municipal de Martinópole
Prefeitura Municipal de Alcântaras Prefeitura Municipal de Massapê
Prefeitura Municipal de Altaneira Prefeitura Municipal de Meruoca
Prefeitura Municipal de Arneiroz Prefeitura Municipal de Miraíma
Prefeitura Municipal de Baixio Prefeitura Municipal de Missão Velha
Prefeitura Municipal de Banabuiú Prefeitura Municipal de Monsenhor Tabosa
Prefeitura Municipal de Barbalha Prefeitura Municipal de Moraújo
Prefeitura Municipal de Barro Prefeitura Municipal de Mulungu
Prefeitura Municipal de Baturité Prefeitura Municipal de Nova Russas
Prefeitura Municipal de Beberibe Prefeitura Municipal de Novo Oriente
Prefeitura Municipal de Campos Sales Prefeitura Municipal de Palmácia
Prefeitura Municipal de Caridade Prefeitura Municipal de Paracuru
Prefeitura Municipal de Cascavel Prefeitura Municipal de Paraipaba
Prefeitura Municipal de Cedro Prefeitura Municipal de Pedra Branca
Prefeitura Municipal de Choro Prefeitura Municipal de Pindoretama
Prefeitura Municipal de Crateús Prefeitura Municipal de Piquet Carneiro
Prefeitura Municipal de Croata Prefeitura Municipal de Poranga
Prefeitura Municipal de Cruz Prefeitura Municipal de Quixadá
Prefeitura Municipal de Granja Prefeitura Municipal de Russas
Prefeitura Municipal de Guaramiranga Prefeitura Municipal de Santana do Acaraú
Prefeitura Municipal de Iguatu Prefeitura Municipal de São Luis do Curú
Prefeitura Municipal de Ipaporanga Prefeitura Municipal de Senador Pompeu
Prefeitura Municipal de Itaitinga Prefeitura Municipal de Tejuçuoca
Prefeitura Municipal de Itatira Prefeitura Municipal de Tururu
Prefeitura Municipal de Jaguaribe Prefeitura Municipal de Umari
Prefeitura Municipal de Limoeiro do Norte Prefeitura Municipal de Uruburetama
38
APÊNDICE F
RELAÇÃO DAS CÂMARAS MUNICIPAIS QUE NÃO APRESENTARAM RESPOSTA A ESSA
AUDITORIA.
Câmara Municipal de Acarape
Câmara Municipal de Assaré
Câmara Municipal de Barroquinha
Câmara Municipal de Camocim
Câmara Municipal de Caridade
Câmara Municipal de Carnaubal
Câmara Municipal de Cedro
Câmara Municipal de Itatira
Câmara Municipal de Massapê
Câmara Municipal de Pereiro
Câmara Municipal de Tejuçuoca
Câmara Municipal de Ubajara
Câmara Municipal de Várzea Alegre
39
APÊNDICE G
RELAÇÃO DAS PREFEITURAS E CÂMARAS MUNICIPAIS ABRANGIDAS NESSA AUDITORIA.
Prefeitura Municipal de Abaiara
Câmara Municipal de Acarape
Prefeitura Municipal de Acarape
Câmara Municipal de Acaraú
Prefeitura Municipal de Acaraú
Câmara Municipal de Alto Santo
Prefeitura Municipal de Aiuaba
Câmara Municipal de Amontada
Prefeitura Municipal de Alcântaras
Câmara Municipal de Aquiraz
Prefeitura Municipal de Altaneira
Câmara Municipal de Aracati
Prefeitura Municipal de Alto Santo
Câmara Municipal de Aracoiaba
Prefeitura Municipal de Amontada
Câmara Municipal de Assaré
Prefeitura Municipal de Antonina do Norte
Câmara Municipal de Aurora
Prefeitura Municipal de Apuiarés
Câmara Municipal de Barbalha
Prefeitura Municipal de Aquiraz
Câmara Municipal de Barroquinha
Prefeitura Municipal de Aracati
Câmara Municipal de Baturité
Prefeitura Municipal de Aracoiaba
Câmara Municipal de Beberibe
Prefeitura Municipal de Ararendá
Câmara Municipal de Bela Cruz
Prefeitura Municipal de Araripe
Câmara Municipal de Boa Viagem
Prefeitura Municipal de Aratuba
Câmara Municipal de Camocim
Prefeitura Municipal de Arneiroz
Câmara Municipal de Campos Sales
Prefeitura Municipal de Assaré
Câmara Municipal de Canindé
Prefeitura Municipal de Aurora
Câmara Municipal de Capistrano
Prefeitura Municipal de Baixio
Câmara Municipal de Caridade
Prefeitura Municipal de Banabuiú
Câmara Municipal de Cariré
Prefeitura Municipal de Barbalha
Câmara Municipal de Caririaçu
Prefeitura Municipal de Barreira
Câmara Municipal de Carnaubal
Prefeitura Municipal de Barro
Câmara Municipal de Cascavel
Prefeitura Municipal de Barroquinha
Câmara Municipal de Caucaia
Prefeitura Municipal de Baturité
Câmara Municipal de Cedro
Prefeitura Municipal de Beberibe
Câmara Municipal de Chaval
Prefeitura Municipal de Bela Cruz
Câmara Municipal de Crateús
Prefeitura Municipal de Boa Viagem
Câmara Municipal de Cruz
Prefeitura Municipal de Brejo Santo
Câmara Municipal de Ererê
Prefeitura Municipal de Camocim
Câmara Municipal de Eusébio
Prefeitura Municipal de Campos Sales
Câmara Municipal de Forquilha
Prefeitura Municipal de Canindé
Câmara Municipal de Fortaleza
Prefeitura Municipal de Capistrano
Câmara Municipal de General Sampaio
Prefeitura Municipal de Caridade
Câmara Municipal de Granja
Prefeitura Municipal de Cariré
Câmara Municipal de Guaiuba
Prefeitura Municipal de Caririacu
Câmara Municipal de Ibicuitinga
Prefeitura Municipal de Cariús
Câmara Municipal de Icapuí
Prefeitura Municipal de Carnaubal
Câmara Municipal de Iguatu
Prefeitura Municipal de Cascavel
Câmara Municipal de Independência
40
Prefeitura Municipal de Catarina
Câmara Municipal de Iracema
Prefeitura Municipal de Catunda
Câmara Municipal de Itaitinga
Prefeitura Municipal de Caucaia
Câmara Municipal de Itapajé
Prefeitura Municipal de Cedro
Câmara Municipal de Itapipoca
Prefeitura Municipal de Chaval
Câmara Municipal de Itatira
Prefeitura Municipal de Choro
Câmara Municipal de Jaguaruana
Prefeitura Municipal de Chorozinho
Câmara Municipal de Jardim
Prefeitura Municipal de Coreaú
Câmara Municipal de Jati
Prefeitura Municipal de Crateús
Câmara Municipal de Juazeiro do Norte
Prefeitura Municipal de Crato
Câmara Municipal de Lavras da Mangabeira
Prefeitura Municipal de Croatá
Câmara Municipal de Madalena
Prefeitura Municipal de Cruz
Câmara Municipal de Maracanaú
Prefeitura Municipal de Deputado Irapuan Pinheiro
Câmara Municipal de Maranguape
Prefeitura Municipal de Ererê
Câmara Municipal de Martinópole
Prefeitura Municipal de Eusébio
Câmara Municipal de Massapê
Prefeitura Municipal de Farias Brito
Câmara Municipal de Mauriti
Prefeitura Municipal de Forquilha
Câmara Municipal de Meruoca
Prefeitura Municipal de Fortaleza
Câmara Municipal de Milagres
Prefeitura Municipal de Fortim
Câmara Municipal de Missão Velha
Prefeitura Municipal de Frecheirinha
Câmara Municipal de Mombaça
Prefeitura Municipal de General Sampaio
Câmara Municipal de Morada Nova
Prefeitura Municipal de Graça
Câmara Municipal de Moraújo
Prefeitura Municipal de Granja
Câmara Municipal de Morrinhos
Prefeitura Municipal de Groairás
Câmara Municipal de Nova Russas
Prefeitura Municipal de Guaiuba
Câmara Municipal de Pacajus
Prefeitura Municipal de Guaraciaba do Norte
Câmara Municipal de Pacatuba
Prefeitura Municipal de Guaramiranga
Câmara Municipal de Paracuru
Prefeitura Municipal de Hidrolândia
Câmara Municipal de Paraipaba
Prefeitura Municipal de Horizonte
Câmara Municipal de Paramoti
Prefeitura Municipal de Ibaretama
Câmara Municipal de Pedra Branca
Prefeitura Municipal de Ibiapina
Câmara Municipal de Pentecoste
Prefeitura Municipal de Ibicuitinga
Câmara Municipal de Pereiro
Prefeitura Municipal de Icapuí
Câmara Municipal de Pindoretama
Prefeitura Municipal de Icó
Câmara Municipal de Quiterianópolis
Prefeitura Municipal de Iguatu
Câmara Municipal de Quixadá
Prefeitura Municipal de Independência
Câmara Municipal de Quixeramobim
Prefeitura Municipal de Ipaporanga
Câmara Municipal de Russas
Prefeitura Municipal de Ipaumirim
Câmara Municipal de Salitre
Prefeitura Municipal de Ipu
Câmara Municipal de Santa Quitéria
Prefeitura Municipal de Ipueiras
Câmara Municipal de Santana do Acaraú
Prefeitura Municipal de Iracema
Câmara Municipal de São Gonçalo do
Amarante
Prefeitura Municipal de Irauçuba
Câmara Municipal de São Luís do Curú
Prefeitura Municipal de Itaiçaba
Câmara Municipal de Senador Pompeu
41
Prefeitura Municipal de Itaitinga
Câmara Municipal de Senador Sá
Prefeitura Municipal de Itapajé
Câmara Municipal de Sobral
Prefeitura Municipal de Itapipoca
Câmara Municipal de Solonópole
Prefeitura Municipal de Itapiúna
Câmara Municipal de Tamboril
Prefeitura Municipal de Itatira
Câmara Municipal de Tauá
Prefeitura Municipal de Jaguaretama
Câmara Municipal de Tejuçuoca
Prefeitura Municipal de Jaguaribara
Câmara Municipal de Tianguá
Prefeitura Municipal de Jaguaribe
Câmara Municipal de Trairi
Prefeitura Municipal de Jaguaruana
Câmara Municipal de Ubajara
Prefeitura Municipal de Jardim
Câmara Municipal de Varjota
Prefeitura Municipal de Jati
Câmara Municipal de Várzea Alegre
Prefeitura Municipal de Jijoca de Jericoacoara
Câmara Municipal de Viçosa do Ceara
Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte
Prefeitura Municipal de Jucás
Prefeitura Municipal de Lavras da Mangabeira
Prefeitura Municipal de Limoeiro do Norte
Prefeitura Municipal de Madalena
Prefeitura Municipal de Maracanaú
Prefeitura Municipal de Maranguape
Prefeitura Municipal de Marco
Prefeitura Municipal de Martinópole
Prefeitura Municipal de Massapê
Prefeitura Municipal de Mauriti
Prefeitura Municipal de Meruoca
Prefeitura Municipal de Milagres
Prefeitura Municipal de Milha
Prefeitura Municipal de Miraima
Prefeitura Municipal de Missão Velha
Prefeitura Municipal de Mombaça
Prefeitura Municipal de Monsenhor Tabosa
Prefeitura Municipal de Morada Nova
Prefeitura Municipal de Moraújo
Prefeitura Municipal de Morrinhos
Prefeitura Municipal de Mucambo
Prefeitura Municipal de Mulungu
Prefeitura Municipal de Nova Olinda
Prefeitura Municipal de Nova Russas
Prefeitura Municipal de Novo Oriente
Prefeitura Municipal de Ocara
Prefeitura Municipal de Orós
Prefeitura Municipal de Pacajus
Prefeitura Municipal de Pacatuba
Prefeitura Municipal de Pacoti
Prefeitura Municipal de Pacujá
42
Prefeitura Municipal de Palhano
Prefeitura Municipal de Palmácia
Prefeitura Municipal de Paracuru
Prefeitura Municipal de Paraipaba
Prefeitura Municipal de Parambu
Prefeitura Municipal de Paramoti
Prefeitura Municipal de Pedra Branca
Prefeitura Municipal de Penaforte
Prefeitura Municipal de Pentecoste
Prefeitura Municipal de Pereiro
Prefeitura Municipal de Pindoretama
Prefeitura Municipal de Piquet Carneiro
Prefeitura Municipal de Pires Ferreira
Prefeitura Municipal de Poranga
Prefeitura Municipal de Porteiras
Prefeitura Municipal de Potengi
Prefeitura Municipal de Potiretama
Prefeitura Municipal de Quiterianópolis
Prefeitura Municipal de Quixadá
Prefeitura Municipal de Quixelô
Prefeitura Municipal de Quixeramobim
Prefeitura Municipal de Quixeré
Prefeitura Municipal de Redenção
Prefeitura Municipal de Reriutaba
Prefeitura Municipal de Russas
Prefeitura Municipal de Saboeiro
Prefeitura Municipal de Salitre
Prefeitura Municipal de Santa Quitéria
Prefeitura Municipal de Santana do Acaraú
Prefeitura Municipal de Santana do Cariri
Prefeitura Municipal de São Benedito
Prefeitura Municipal de São Gonçalo do Amarante
Prefeitura Municipal de São Joao do Jaguaribe
Prefeitura Municipal de São Luís do Curú
Prefeitura Municipal de Senador Pompeu
Prefeitura Municipal de Senador Sá
Prefeitura Municipal de Sobral
Prefeitura Municipal de Solonópole
Prefeitura Municipal de Tabuleiro do Norte
Prefeitura Municipal de Tamboril
Prefeitura Municipal de Tarrafas
Prefeitura Municipal de Tauá
Prefeitura Municipal de Tejuçuoca
Prefeitura Municipal de Tianguá
43
Prefeitura Municipal de Trairi
Prefeitura Municipal de Tururu
Prefeitura Municipal de Ubajara
Prefeitura Municipal de Umari
Prefeitura Municipal de Umirim
Prefeitura Municipal de Uruburetama
Prefeitura Municipal de Uruoca
Prefeitura Municipal de Varjota
Prefeitura Municipal de Várzea Alegre
Prefeitura Municipal de Viçosa do Ceara