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Page 1: Turismo para deficientes físicos, pg 1

OCEANOATLÂNTICO

SÃO PAULO

BAHIA

PERNAMBUCO

RIO GRANDEDO NORTE

MATOGROSSODO SUL

Tirolesa em Socorro (SP)A 132 km de São Paulo, em Socorro, fica o hotelfazenda Parque dos Sonhos. Lá, o deficiente físico éacompanhado por guias especializados em visitasa cachoeiras, trilhas ecológicas e grutas, além deoutras 14 atividades de aventura, com destaquepara o circuito radical de tirolesas

Salto de paraquedasem Boituva (SP)

O salto de paraquedas para deficientes é feito com osmesmos equipamentos convencionais. Apenas algunscuidados especiais são tomados.Se o turista não possuir movimentação nas pernas, porexemplo, é amarrada uma corda para evitar distensão,pois, quando o paraquedas se abre, dá um tranco forte,e isso pode gerar algum problema

ATRATIVOS ACESSÍVEIS NO BRASIL

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3 Abismo deAnhumas (MS)

Em Bonito, os turistas comnecessidades especiais podemrealizar atividades comoflutuação nos rios, além devisitar a reserva ecológicaBuraco das Araras. O Abismode Anhumas oferece descidade rapel. Lá embaixo, o turistaflutua de bote, observando asformações de calcário, e tambémconhece a vida debaixo d’água

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C-10 QUEM LEVA

Arte Agora

Agências que oferecempacotes sob medidapara deficientes físicos,com roteiros querespeitam o nívelde dificuldade decada cliente:

Oferece pacotes comhospedagem em hotéis

e resorts que apresentaminstalações adequadasaos deficientes. Entre osdestinos indicados pelaagência estão Ilhéus (BA),Maceió (AL), Porto deGalinhas (BA), Natal (RN) eAracajú (SE). Os preços têmuma boa variação, de R$2.500 a R$ 4 mil, em média

0/xx/11 5573-5105

www.jullytour.com.br

Agência especializadaem pacotes turísticos

com infraestrutura para apessoa com deficiência.Também atua como umaoperadora, elaborandoprogramas de turismono Brasil, identificandoa acessibilidade nosprodutos e serviçosturísticos

0/xx/11 3846-6333

www.turismoadaptado.wordpress.com

A Freeway possui, desde suainauguração, em 2004, um projeto

especial voltado aos deficientes físicos,o Ecossível. Especializada em turismode aventura, forma grupos para viagensagendadas a locais específicos. Os roteirosjá passaram por lugares como Itacaré (BA),Península de Maraú (BA), Bonito (MS),Pantanal (MS), Lençóis Maranhenses (MA) eFernando de Noronha (PE), entre outros. Mashá também pacotes individuais, já que aformação de grupos nem sempre é possível

0/xx/11 5088-9999

www.freeway.tur.br

Jully

Tour

Free

way

Turi

smo

Adap

tado

Turismopara todospara todosPACOTES ESPECÍFICOSPARA DEFICIENTES SÃOCADA VEZ MAIS COMUNSEM AGÊNCIAS DO PAÍS

De uns anos para cá, o mercadoturístico no Brasil tem se desdo-brado para tentar atender aos maisdiversos perfis dos viajantes. De ob-servação de pássaros a atividadescomo rapel e mergulho, as agênciase operadoras formatam seus pacotestendo em vista agradar todo tipo depúblico, inclusive um específico epromissor: o portador de deficiênciafísica. E algumas empresas de via-gem já perceberam isso.

“Esperar pela acessibilidade totalé a pior coisa que um cadeirante oudeficiente de qualquer tipo pode fa-zer. O jeito é descobrir os pontos a-cessíveis, ou de melhor acesso, emcada destino”, sugere Ricardo Shi-mosakai, diretor da agência TurismoAdaptado. “Nossa missão é justa-mente montar pacotes personaliza-dos para nossos clientes, de acordocom as dificuldades e vontades decada um.” Ele mesmo deficiente eaventureiro, Shimosakai já rodou oBrasil e o mundo, mapeando os lu-gares que melhor acolhem a pessoacom mobilidade reduzida.

Outras agências que oferecem a-tendimento especial são a Jully Tour

e a Free Way. A última, focada noturismo de aventura, criou o projetoEcossível. Iniciativa de Sonia Wer-blowsky, uma das fundadoras, oprograma forma grupos de viagenspelo país desde 2004. “Ao contráriodo que se pode imaginar, o turismoradical é muito procurado pelosclientes com deficiência”, diz ela.

À frente da ONG I.Social, que hádez anos luta pela inclusão da pes-soa com deficiência no mercado detrabalho, Andrea Schwarz elaborou,em 2009, o guia turístico “Brasilpara Todos” (320 páginas; Áurea E-ditora). “Mandamos um repórter eum deficiente para cada uma dasdez capitais analisadas e constata-mos as dificuldades e facilidadesenfrentadas. Não há conto de fadas.Em todos os lugares existem algu-mas barreiras para o deficiente fí-sico. A ideia é orientar o turista paraque ele saiba até onde é possívelchegar”, explica Andrea.

Segundo ela, no entanto, o au-mento da procura por pacotes paradeficientes vem criando uma de-manda por melhorias. “Os grandescentros, como Rio, São Paulo e Curi-tiba, são os que recebem melhor. Naregião do Nordeste, a coisa se com-plica um pouco mais, e os hotéiscinco estrelas são os poucos que o-ferecem condições”, complementa.

(Eduardo Ribeiro)

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