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Uma publicação da ALEC - Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Bens Móveis| www.alec.org.br |

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Não é novidade para ninguém que um dos nossos maiores desafios é a falta de mão de obra, qualificada ou não, no segmento da construção civil. A ALEC vem investindo em maior capacitação das equipes de nossos associados, mas o problema de décadas não se resolve com cursos de uma semana, 15 dias, 90 dias, nem supletivos. Também temos consciência que o mercado de locação está abastecido com equipamentos, em quantidade, tecnologia e manutenção. Aten-demos à demanda em relação à quantidade, mas a qualidade depende de quem vai utilizar. Quantas máquinas sua locadora recebe de volta em função do uso incorreto ou da falta de habilidade de quem vai manusear? Exatamente por isso, nesta edição do ALEC NEWS você vai ler uma matéria que aborda este tema.

No ritmo que o Brasil vem crescendo nos tornamos uma excelente e promissora oportunidade. Somos vistos e cobiçados por empresas estrangeiras que estão no limite de seu crescimento A entrevista desta edição foi feita com Wilson Point, diretor presidente da Poit Energia, empresa que acaba de ser adquirida por um grupo estrangeiro. Estão acontecendo vários processos de aquisição e fusão de empresas que vão se transformar em um norte para o futuro do nosso segmento. Veja o que Wilson Poit tem a dizer sobre o mercado e as previsões para o futuro no setor.

Lembro ainda que a ALEC participará de um dos maiores eventos do mercado com um stand institucional na M&T Expo e que, em paralelo, acontecerá o Sobratema Congresso, no qual realizarei uma palestra sobre o Mercado de Locação no Brasil e os Riscos da Desindustrialização. Um raio X do mercado de locação brasileiro, sua evolução, perspectiva para o fu-turo e os efeitos da desindustrialização no setor. É uma estratégia para a ALEC consolidar sua presença no mer-cado e firmar-se como uma fonte de informação segura.

Marco Aurélio da CunhaPresidente

PALAVRA DO PRESIDENTE

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O ALEC NEWS é um informativo bimestral exclusivo da ALEC dis-tribuído para seus associados e locadoras do Brasil.

ASSOCIAÇÃO DE LOCADORAS

Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Bens MóveisAvenida Mandaqui, 67 - Bairro do Limão

02550-000 - São Paulo - SP - Tel: 11 3965-9819

www.alec.org.br

Gestão 2012/2013

Diretoria ExecutivaPresidente: Sr. Marco Aurélio da CunhaVice-presidente: Sr. Ronaldo Max ErtelDiretor Tesoureiro: Sr. Stavros E. RoussouglouDiretor Secretário: Sr. Cláudio Campana Rodrigues

Diretoria Adjunta Diretor de Relações Sociais - Sr. Carlos Arasanz LoechesDiretor de Relações Internacionais – Sr. Carlos Exsel

Conselho Consultivo Presidente - Sr. Durval C. Gasparetti1º Vice-presidente do Conselho - Sr. Expedito Eloel Arena2º Vice-presidente do Conselho - Sr. Seiji Ikeda1º Conselheiro - Sr. Rui Manuel Ventura do Rosário e Silva2º Conselheiro - Sr. Adilson Vicari3º Conselheiro - Sr. Gilson Macedo Santana4º Conselheiro - Sr. Euclides Carvalho

Diretoria RegionalDiretor Regional - Baixada Santista: Sr. Claudio Campana RodriguesDiretor Regional - Bauru: Sr. Arlindo KanoDiretor Regional - Porto Alegre: Sr. Francisco Olendzki ReisDiretor Regional - Região Norte: Sr. Paulo Henrique LoboDiretor Regional - Rio Claro: Sr. Expedito Eloel ArenaDiretor Regional - São José do Rio Preto: Sr. Carlos Cesar Galvão Teixeira

Diretoria SetorialDiretor de Acesso – Sr. Rui Manuel Ventura do Rosário e SilvaDiretor de Ar Comprimido- Sr. Eduardo BlinkeDiretor de Canteiro de Obras- Sr. Élvio Luiz LorieriDiretor de Elevadores- Sr. Maurício Dias Batista de MeloDiretor de Equipamentos- Sr. Francisco MacielDiretor de Ferramentas Elétricas- Sr. Carlos RodriguesDiretores de Estruturas Tubulares - Sr. Renato Nunes Caetano Sr. Joe NicodemosDiretor de Fabricantes- Sr. Edmilson Silva Diretor de Gruas- Sr. Paulo M. A. Carvalho Diretor de Bombas de Concreto- Sr. Laércio Franza

SUMáRIO

3| Palavra do Presidente

6| Matéria Técnica: BRASIL - O PAÍS DAS GRANDES OBRAS E DAS PLATAFORMASDE TRABALHO AÉREO

9| Notícias do Mercado: CASA DOCONSTRUTOR MELHOR FRANQUIA

10| Matéria: AFINAL, O QUE É A TALDESINDUSTRIALIZAÇÃO?

13| Entrevista: NESTA EDIÇÃO DO ALEC NEWS, ENTREVISTAMOS WILSON POIT, DIRETOR PRESIDENTE DA POIT ENERGIA, QUECOMPARTILHA COM O MERCADO DELOCAÇÃO SUAS EXPERIêNCIAS BEMSUCEDIDAS E SUA VISÃO DO FUTURO

14| Matéria: INVESTIR EM SEGURANÇA NÃOÉ APENAS COLOCAR UMA CÂMERA NASUA LOCADORA

16| Matéria: MÃO DE OBRA DESQUALIFICADA TEM SOLUÇÃO,MAS NÃO É UM PASSEDE MáGICA

18| Dicas: CHECKLIST PARA MELHORAR SUA GESTÃO DE TEMPO

19| Feiras e Cursos

20| Lançamentos

REDAÇÃO, EDIÇÃO E PRODUÇÃO GRáFICA Tel.: 11 3554-3503 | 3758-8138

www.multifocogroup.com.br

Jornalista responsável: Marot Gandolfi - [email protected]: bimestralEdição: março/abril 2012

As informações contidas nos anúncios são de inteira responsabilidade das empresas.

Os artigos são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da Associação.

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BRASIL - O PAÍS DAS GRANDES OBRAS E DASPLATAFORMAS DE TRABALHO AÉREO

Há muito por fazer em termos de infraestrutura no Brasil, o que demanda todo tipo de obra, independentemente dos grandes eventos esportivos que o país sediará em 2014 e 2016.

Nesse cenário em que o país se transformou em um dos maiores canteiros de obras do planeta, é nítido que o mer-cado de plataformas aéreas tem muito futuro. Além de novo, a legislação está ao nosso favor.

Em 2011 foram vendidas 3.700 plataformas aéreas no Bra-sil e estima-se que já exista um parque de 15.000 PTAs trabalhando.

São inúmeras as aplicações e especificações que variam de acordo com os tipos de operações e necessidades. Po-demos encontrar estas máquinas atuando em serviços me-cânicos, elétricos, de utilidade, pintura, insta-lações industriais e de manufatura (indústrias siderúrgica, textil, alimentícia, automotiva e aeronáutica), refinarias de petróleo, instala-ções esportivas, parques temáticos, filmagens (estúdio e externas) e armazéns.

Não são vendidos apenas equipamentos e sim alternativas que representem soluções para toda e qualquer necessidade de trabalho em altura com segurança. Há 15 anos nem se pensava em um equipamento seguro e moder-no como as plataformas aéreas e, ainda hoje, muitos não conhecem as PTAs.

Diante do leque de opções no mercado envol-vendo máquinas pesadas, o segmento locador literalmente abriu frente para este tipo de equipamento, transformando-o em um merca-do promissor.

Pessoas, ferramentas e equipamentos são ele-vados à posição de trabalho em segundos. Não há necessidade de montagem e desmontagem de andaimes, escadas ou outros equipamen-tos, economizando tempo e proporcionando segurança excelente. Podem ser autopropeli-das ou não, trabalhar em ambientes abertos ou fechados, em canteiros de obras e insta-lações industriais, sobre pisos pavimentados ou não.

Assim o Brasil em meados de 2007 aprovou a NR 18 de PTA, uma norma regulamentadora que tem como base a regulamentação do uso de plataformas aéreas que aqui são chamadas de Plataformas de trabalho Aéreo, PTAs.

A norma aprovada em 2007 ajudou muito a utilização de plataformas em obras. Grandes empresas do segmento de guindastes passaram a comprar inúmeras PTAs para loca-ção.

Há pouco tempo, também foram criadas pequenas empre-sas que investiram em plataformas aéreas em quantidades menores - 10, 20 e 30 plataformas. Hoje, estas mesmas empresas possuem cerca de 200, 300 ou 400 plataformas aéreas visando suprir a demanda do mercado crescente.

| MATÉRIA TÉCNICA |

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| MATÉRIA TÉCNICA |

Até 2008, apenas algumas empresas estavam presentes no Brasil fornecendo as PTAs. Hoje o cenário é o oposto, além de outros fabricantes que buscam em nosso país uma fatia deste mercado.

Modelos e motores No Brasil, as PTAs funcionam com motores elétricos ou a diesel. Estão disponíveis em versões com tração nas duas rodas (4 x 2) ou com tração nas 4 rodas (4 x 4) e mode-los com direção nas 2 rodas ou 4 rodas passando até por terrenos irregulares.

As plataformas aéreas mais vendidas no país são as arti-culadas, telescópicas, tesoura e unipessoais, sendo que as mais utilizadas são as articuladas e tesouras. A maior pla-taforma aérea no Brasil tem 47 metros de altura e apenas dois grandes locadores a disponibilizam.

Está chegando por aqui uma grande novidade - platafor-mas aéreas autopropelidas com deslocamento para gran-des distâncias com 20, 25 e 30 metros para trabalho em altura.

É muito difícil ver no Brasil plataformas aéreas tipo “Spi-ders” com esteiras ou mesmo sobre chassi de caminhão, utilizadas somente por empresas de energia elétrica, mas aos poucos os locadores estão descobrindo esta nova fatia de mercado crescente e já estão comprando estes equipa-mentos.

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Jacques Chovghi Iazdi é Diretor da JC IAZDI Treinamentos, membro e instrutor do IPAF, palestrante, consultor e especialista em Plataformas de Trabalho Aéreo.

NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DACONSTRUÇÃO -ANEXO – I (Incluído pela Portaria SIT n.º 15, de 03 de julho de 2007); ANEXO IV – PLATAFORMAS DE TRABALHO AÉREO (Alterado pela Portaria SIT n.º 40, de 7 de março de 2008)

Requisitos Mínimos de Segurança2.1. A PTA deve atender às especificações técnicas do fabricante quanto a aplicação, operação, manutenção e inspeções

periódicas.2.2 O equipamento deve ser dotado de: a) dispositivos de segurança que garantam seu perfeito nivelamento no ponto

de trabalho, conforme especificação do fabricante.2.3. A PTA deve possuir proteção contra choques elétricos, por meio de:a) cabos de alimentação de dupla isolação;b) plugs e tomadas blindadas;c) aterramento elétrico;d) Dispositivo Diferencial Residual (DDR).

3. Operação3.1 Os manuais de operação e manutenção da PTA devem ser redigidos em língua portuguesa e estar à disposição no canteiro de obras ou frentes de trabalho.3.2 É responsabilidade do usuário conduzir sua equipe de operação e supervisionar o trabalho, afim de garantir a ope ração segura da PTA.3.3 Cabe ao operador, previamente capacitado pelo empregador na forma do item 5 deste.3.7 A PTA não deve ser posicionada junto a qualquer outro objeto que tenha por finalidade lhe dar equilíbrio.3.8 O equipamento deve estar afastado das redes elétricas de acordo com o manual do fabricante ou estar isolado conforme as normas específicas da concessionária de energia local, obedecendo ao disposto na NR-10.3.13 Todos os trabalhadores na PTA devem utilizar cinto de segurança tipo paraquedista ligado ao guarda-corpo do equipamento ou a outro dispositivo específico previsto pelo fabricante.3.14 A capacidade nominal de carga definida pelo fabricante não pode ser ultrapassada em nenhuma hipótese.

5. Capacitação5.1 O operador deve ser capacitado de acordo com o item 18.22.1 da NR-18 e ser treinado no modelo de PTA a ser utilizado, ou em um similar, no seu próprio local de trabalho.5.2 A capacitação deve contemplar o conteúdo programático estabelecido pelo fabricante, abordando, no mínimo, os princípios básicos de segurança, inspeção e operação, de forma compatível com o equipamento a ser utilizado e com o ambiente esperado.5.2.1 A comprovação da capacitação deve ser feita por meio de certificado.5.3 Cabe ao usuário:a) capacitar sua equipe para a inspeção e a manutenção da PTA, de acordo com as recomendações do fabricante;b) conservar os registros dos operadores treinados em cada modelo de PTA por um período de cinco anos;c) orientar os trabalhadores quanto ao uso, carregamento e posicionamento dos materiais na estação de trabalho da PTA.5.4 O usuário deve impedir a operação da PTA por trabalhador não capacitado.

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NOTÍCIAS DO MERCADO

CASA DO CONSTRUTORMELHOR FRANQUIA

Depois de permanecer nos últimos três anos entre as três melhores franquias brasileiras, a CASA DO CONSTRUTOR foi eleita a Melhor Franquia do Brasil pela ABF – Associação Brasileira de Franchising. A premiação foi entregue dia 26 de Abril no buffet O Leopoldo, em São Paulo, durante cerimônia que reuniu mais de 700 pessoas, com a presença dos maiores empresários do segmento. Além do prêmio máximo do franchising brasileiro entregue à empresa que mais se destacou em 2011, a CASA DO CONSTRUTOR também foi certificada, pela nona vez consecutiva, com o SEF – SELO DE EXCELêNCIA EM FRANCHISING. Os diretores Altino Cristofoletti Junior e Expedito Eloel Arena receberam o troféu sob aplausos da plateia, ao lado de franqueados, amigos, fornecedores e integrantes da equipe da Formatta Negócios, que administra a Rede.

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O tema desindustrialização vem ocupando as man-chetes dos principais veículos de comunicação do país, mas o que é realmente e como pode afetar nos-so segmento?

A desindustrialização começa com o deslocamento dos trabalhadores da agricultura para a indústria e serviços. Depois disso, começa a transição dos traba-lhadores da indústria para o setor de serviços, pois o número de geladeiras que uma família precisa é limitado, mas o número de vezes que ela pode viajar não. Esse processo tende ser reforçado pelo aumento da produtividade no setor industrial, que faz com que um número menor de trabalhadores seja necessário para atender a demanda por produtos e máquinas na indústria.

A participação do emprego na indústria de transfor-mação nos EUA, que em 1965 era de 24%, passou para apenas 11% em 2005, mas este processo não levou à estagnação da economia americana, pois a produtividade de seus trabalhadores aumentou con-

AFINAL, O QUE É A TAL DESINDUSTRIALIZAÇÃO?

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tinuamente, inclusive nos serviços. A participação da indústria no PIB americano tem permanecido estável nos últimos 50 anos. Da mesma forma, a participação do emprego na indústria tem declinado na grande maioria dos países do mundo, incluindo os latino-americanos, ao longo das últimas décadas.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio brasileiro a desindustrialização existe, é preocupante e ameaça as contas externas. O governo deve estimular exportações, numa clara oposição às intenções do Ministério da Fazenda que tem proposto controle de importações.

O déficit da indústria cresce à medida que aumenta a valorização do real em relação ao dólar. José Velloso Dias Cardoso, diretor da Associação Brasileira da In-dústria de Máquinas (Abimaq), diz que o aço longo de países europeus, por exemplo, chega ao país com preço 40% inferior ao do produto nacional.

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Recente estudo da consultoria Pricewaterhou-seCoopers prevê que os países emergentes ul-trapassarão as maiores economias do mundo e, em cerca de 40 anos, terão a hegemonia na lis-ta que hoje é domínio do G7. A previsão envol-ve maiores índices de crescimento das nações emergentes contra índices menores dos países que dominaram a economia mundial até recen-temente. Para o Brasil, as expectativas são tão boas que seriam inacreditáveis há alguns anos. Mas, se não estivermos atentos aos riscos de desindustrialização e não trabalharmos para que o Brasil possa produzir e comercializar em igualdade de condições com seus concorrentes teremos que enfrentar o desafio do emprego.

Com a moeda aquecida, as importações de bens industrializados ficam mais baratas, o país re-corre a esses produtos, abandona os nacionais e pas-sa a sofrer todas as dores da chamada desindustria-lização que fecha fábricas, destrói vagas e impede o crescimento do parque industrial. Um dos resultados está no saldo de 500 mil vagas de emprego perdidas na indústria nos últimos anos por causa de problemas como desequilíbrio do câmbio, falta de incentivo ao desenvolvimento tecnológico e dificuldades no custo de produção em decorrência da elevada quantidade de impostos e dos gargalos da infraestrutura.

O volume de exportações brasileiras para os EUA, nosso principal destino externo para manufaturados, foi no ano retrasado 36% inferior ao período anterior à crise iniciada em 2008. Nossas exportações para Japão e Europa também ainda não retornaram aos patamares pré-crise.

A desindustrialização brasileira é caracterizada pelo esvaziamento tecnológico das cadeias produtivas que induz à transferência de fábricas do Brasil para ou-tros países, com permanência de parte da produção no país, porém apenas nas fases finais.

A consequência disto é que a indústria nacional deixa de atuar justamente nas etapas produtivas que mais concentram e demandam capacitação tecnológica e quem está na ponta se dedica a procedimentos in-dustriais mínimos. Pesa ainda o Custo Brasil, como a

alta carga tributária, péssima infraestrutura e eleva-dos custos de produção, além de fortes encargos para a contratação de mão de obra qualificada.

Estamos importando laranja Bahia da Espanha!Cada dia surge um novo caso de empresários indus-triais que param de fabricar seus produtos no Bra-sil para irem à China e importarem de lá os mesmos produtos, já rotulados em português, chegando aqui e colocados no mercado brasileiro a preços mais bai-xos.

As notícias são alarmantes e se multiplicam a cada dia:

“Conhecida no mercado como uma grande defensora de medidas antidumping para calçados chineses, a Vulcabrás Azaleia fechou uma parceria para produzir seus calçados na Índia”.

“A Doublexx, fabricante de calçados com sede em Es-tância Velha e unidades em Boa Vista do Buricá, Ho-rizontina e Humaitá, no Rio Grande do Sul, encerrou as atividades nesta segunda-feira”.

“Uma em cada quatro empresas industriais do País é afetada pela concorrência de produtos chineses, aponta sondagem da Confederação Nacional da In-dústria (CNI)”.

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Veja estas considerações:

• A indústria de transformação é res-ponsável por 33,9% da carga tribu-tária brasileira, porém gera apenas 14,6% do PIB (2010).

• 40,3% do preço de um produto in-dustrial é constituído de tributos.

• A indústria de transformação tem um “custo de legalidade” que con-some 2,6% do seu faturamento (custo administrativo para se man-ter em dia com o FISCO).

• O encargo sobre a folha de paga-mento de uma indústria brasileira é 11 pontos percentuais maior do que a média dos países avaliados (EUA, México, Argentina, Alemanha, França, Coréia do Sul, entre outros).

• O preço da energia no Brasil é o segundo maior do mundo, com diferença de 108,2% (descontado os tributos) para o do Canadá (que tem matriz energética semelhante ao do Brasil).

• A indústria brasileira tem um custo financeiro 11,5 vezes mais elevado do que uma indústria de países com cálculo de juros semelhantes ao do Brasil (Chile, Itália, Japão e Malásia).

• O Real valorizou-se 49,9% ante o Dólar norte americano no período entre 2006 e 2011, umas das moedas com maior valorização no mundo.

Esses são apenas alguns dos fatores que estão reti-rando a competitividade interna e externa da indús-tria brasileira e reduzindo o nosso parque industrial, ainda um dos mais diversificados do mundo emer-gente.

É fundamental a retomada das reformas estruturais, medidas dependentes de políticas públicas essenciais para conter a desindustrialização e resgatar a com-petitividade.Você talvez pergunte O que eu tenho com isso? Tra-balho com serviços. Tudo bem, você faz locação de bens móveis, mas também compra máquinas. O que sua empresa vai alugar se não tiver equipamentos? Seus fornecedores de máquinas estão vivendo este processo e isso tende a ser um efeito dominó.

Fontes:

Valor EconômicoAlexandre Eugênio Serpa, Economista e Empresário é Presidente da ADVB/Campinas – Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil

Antonio Carlos Mendes Thame é professor (licenciado) do Departamen-to de Economia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz e Deputado Federal (PSDB/SP). Foi Prefeito de Piracicaba e Secretário Estadual de Recursos Hídricos. É presidente do PSDB Piracicaba e Líder da Minoria na Câmara Federal.

Carlos Danel Coradi em Câmbio flutuante versus câmbio fixo, o que é melhor?

ht tp : / /e conomia .uo l . com.b r /u l t imas -no t ic ia s / i n fomo-ney/2012/01/13/brasil-segue-em-quarto-no-ranking-de-paises-com-o-big-mac-mais-caro-do-mundo.jhtmhttp://cedeplar.ufmg.br/economia/disciplinas/ecn933a/crocco/Regi-mes_taxas_cambio_currency_boards/GHOSH,%20A.R.,%20GULDE,%20A_M.,%20WOLF,%20H.C.%20Currency%20boards,%20the%20ultima-te%20fix.pdf

Fonte:http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/valor/2012/01/10/cal-cados-doublexx-fecha-as-portas-e-vulcabras-demite-89-mil-no-rs.jhtm

http://www.estadao.com.br/arquivo/economia/2007/no-t20070308p20248.htm

José Ricardo Roriz Coelho - Diretor Titular Decomtec - Departamento de Competitividade e Tecnologia da FIESP

Naercio Menezes Filho, professor titular - Cátedra IFB e coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper, é professor associado da FEA-USP

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ENTREVISTA

uu Há quanto tempo a Poit está no mercado?Iniciamos em julho de 1999, foram 12 anos oferecendo um serviço diferenciado, sempre agregando muito valor à locação, fazendo tudo direito, auditado, com conselho de administração e transparência.

uu Por que a Poit vendeu parte da empresa para um grupo estrangeiro já que é uma companhia bem sucedida? Qual é a estratégia?Crescemos muito nos últimos anos, na média 40% ao ano em Ebitda, entendo que a decisão mais difícil para um empreendedor é realmente qual a melhor hora para sair, e em nosso caso, após muito assédio nos últimos anos, tomamos esta decisão diante de uma oferta praticamente irrecusável. Vendemos 100% das ações para a Aggreko, maior empresa do setor no mundo, cotada na Bolsa de Londres.

uu Como o mundo vem enxergando o Brasil e nossas empresas?Esta é a hora do Brasil e de nossas empresas, contamos com resultado de muito trabalho, mas também muita sorte neste momento com problemas graves políticos e econômicos pelo mundo e medidas equivocadas de alguns outros países da América do Sul. Muitos investidores estão com atenção e dinheiro voltados pra cá.

uu Qual sua orientação para as empresas de locação que estão começando a atuar ou que já estão em atividade, mas ainda não alcançaram os resultados esperados?A principal orientação é quanto à Governança Corporativa, entendendo a diferença de propriedade e de gestão, criando Conselhos de Administração,

procurando sucessores profissionais, levando entes familiares para “cima” (para o Conselho), auditando as empresas e fazendo tudo do jeito certo, realizando acordos de acionistas detalhados, tendo as conversas difíceis logo. Fazendo orçamentos (budgets) anuais e realizando reuniões comparativas de resultados mensais. Preparando as empresas para atraírem investidores e para o crescimento. Procura constante do EVA (Criação de Valor para o Acionista).

uu Aonde estão as melhores oportunidades para se investir e conquistar bons resultados no setor de locação hoje no Brasil?Estão nos negócios que tenham muita escala, grandes coisas....dão o mesmo trabalho que as pequenas. E existe Engenharia Financeira possível para alavancar o negócio que em resumo é a essência do Aluguel de Equipamento e Soluções.

uu Quais foram as principais mudanças no mercado de locação nos últimos tempos?Justamente mais governança, profissionalização, entrada de fundos de investimento, mas também infelizmente muita concorrência que não faz contas, que destrói margem e valor.

uu Como você enxerga este mercado de locação no futuro? O que precisa ser feito para aproveitar as oportunidades e consolidar mais ainda o conceito de locação?Enxergo muita consolidação, não ficarão mais 2500 locadoras, mas muito menos e de porte maior, com muitas compras e fusões, por isto é importante que as empresas estejam preparadas para isso.

Nesta edição do ALEC NEWS, entrevistamos Wilson Poit, diretor presidente da Poit Energia, que compartilha com o mercado de locação suas experiências bem sucedidas e sua visão do futuro no setor.

Wilson Poit

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Infelizmente são recorrentes assaltos em locadoras em todo o país. Como a maior parte das locadoras concentra-se em São Paulo, temos a falsa impres-são que isso só acontece nesta região. A ousadia dos marginais é cada vez maior. Os sinistros acontecem durante o dia ou à noite. Como os equipamentos das locadoras são relativamente fáceis de carregar, um caminhonete pequena já é suficiente, os roubos são frequentes. Muitas locadoras instalam câmeras como uma maneira de inibir ações desta natureza, mas não é simplesmente um câmera de filmagem que resolverá esta questão tão preocupante. Leia a matéria abaixo e veja a importância de se investir em um sistema de segurança apropriado para seu estabelecimento.

Diariamente nos deparamos com notícias sobre a audácia de criminosos que perderam o medo de câ-meras e outros sistemas eletrônicos de segurança. Chegamos até a questionar se os sistemas instalados são eficazes e que, geralmente, envolvem um grande investimento por parte das empresas, condomínios e proprietários de residências e imóveis comerciais. Porém, na maioria das vezes, o erro não está no sis-tema, mas na falta de um estudo adequado do local e escolha de fornecedores especializados que atendam às necessidades específicas de cada projeto.

Para começar, é fundamental ressaltar que seguran-ça eletrônica não se compra no balcão. É necessário que o consumidor se conscientize que cada local a ser instalado, possui uma característica diferente e, consequentemente, precisa de um projeto específico, realizado por uma empresa capacitada. Parece sim-ples, mas muitos ainda adquirem segurança eletrô-nica sem a orientação correta e acabam investindo em equipamentos e serviços que, no final das contas, acabam deixando o local vulnerável e sem a proteção adequada.

Para se ter uma ideia, um simples sensor de presen-ça mal posicionado pode comprometer a eficácia de todo um sistema de alarme, bem como o mau posi-cionamento de uma câmera, onde ficam pontos escu-ros em relação ao monitoramento.

INVESTIR EM SEGURANÇA NÃO É APENASCOLOCAR UMA CÂMERA NA SUA LOCADORA

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Antes da compra, alguns passos devem ser observa-dos e seguidos para evitar surpresas desagradáveis no futuro. O primeiro é o diagnóstico e análise de risco, procedimento que identifica os riscos e suas origens e o diagnóstico de segurança, com o levantamento de variáveis externas e internas que podem impactar na segurança do imóvel e as vulnerabilidades da instala-ção. Após este estudo, deve ser solicitado um projeto de sistema de segurança eletrônica que irá levantar inúmeras informações que permitirão a aplicação da tecnologia mais adequada ao local. Cada residência, condomínio ou empresa possui suas particularidades e apresenta uma necessidade específica. Levando em consideração que o mercado de segurança eletrônica é preventivo e detectivo, o sistema adotado deve-rá ser customizado e apropriado para o local. Outra dica é que sejam realizados sempre três orçamentos e observado se em todos eles a infraestrutura está inclusa (tubulações adequadas para cada ambiente). Outra dica importante: escolher a empresa com base no pacote de soluções oferecidas. Afinal, o barato pode sair caro. E com segurança é bom não correr esse risco. O passo seguinte é a escolha da empresa. É imprescindível que o consumidor analise o históri-co do prestador de serviço que fornecerá e instalará

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o sistema de segurança. Hoje em dia, nos deparamos com vários profissionais, sem o devido conhecimento da causa, que poderá ocasionar problemas futuros. O mais importante é procurar empresas que ofereçam garantias da procedência dos equipamentos e servi-ços pós-venda, como manutenção e suporte técnico. Não se pode esquecer de exigir um contrato de pres-tação de serviços e manutenção dos equipamentos que deve prever a garantia dos produtos e serviços e o prazo de atendimento em caso de manutenção corretiva. Esses passos são importantes para que esta tecnologia cumpra com os seus principais objetivos: detectar, comunicar e inibir ações criminosas. Exis-te uma grande logística por trás de um projeto de segurança eletrônica e, para cada caso, existe um equipamento, um serviço e um tipo de tecnologia adequada. Ou seja, procure se informar, pesquise e faça um investimento de qualidade. Não coloque a segurança de seu patrimônio e das pessoas em risco.

Rogério TombonatoRT Sistemas

NOVOS ASSOCIADOSALCANCE LOCAÇÕES E COMERCIO DE MAQUINAS LTDA-MEANDAIMES REALCONSTRUMACHINEDHARIASPLANOTOPOHUNAN SINOBOOM HEAVYW RENT

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A situação alarmante que vem sendo amplamente di-vulgada em toda a mídia é a falta de mão de obra, qualificada ou não, no segmento da construção civil. Não é um problema grave restrito a este setor, mas a todos na economia do país. Além disso, não há um número suficiente de operários mesmo que não qualificados.

Este cenário é fruto da história das últimas três dé-cadas no mercado de construção conhecida como a época das décadas perdidas no setor. A última grande obra foi a Usina de Itaipu e, desde então, vivemos quase trinta anos de estagnação na construção.

Uma das consequências inevitáveis foi o total desin-teresse por qualquer ação ligada à constru-

ção: investimentos, melhorias, profissio-nalismo, treinamento. As universidades e faculdade de engenharia, de maneira

geral, perderam demanda e deixaram de formar profis-sionais. As indústrias de máquinas foram sucateadas,

vendidas ou de-sativadas.

MÃO DE OBRA DESQUALIFICADA TEM SOLUÇÃO, MAS NÃO É UM PASSE DE MÁGICA

| MATÉRIA |

Parte das empresas que possuía seu parque fabril no Brasil fechou as portas, enviando pequenas remessas de equipamentos para o Brasil e fixando aqui apenas um pequeno escritório de representação. Escolas téc-nicas com foco em edificações, estradas, agrimenso-res entre outras simplesmente desapareceram. Tudo isso foi o reflexo da falta de recursos e investimento no setor e ao invés de conquistarmos evolução, re-gredimos.

Por décadas, os créditos destinados à construção ci-vil foram quase inexistentes. Com a extinção do BNH – Banco Nacional da Habitação coube a Caixa Econô-mica administrar os raros recursos para a construção e o resultado todos nós sabemos.

No momento em que um setor passa por dificuldades o caminho natural é que o mercado busque em áreas com melhores perspectivas, porém o Brasil foi mal como um todo.

Raros foram os segmentos que aperfeiçoaram sua performance. Com exceção para o setor agrícola que incrementou a produtividade e mesmo com todo o cenário nada a favor, conquistou melhorias signifi-cativas.

A construção além de ir mal ainda recebeu um con-tingente de mão de obra vindo de outros setores. Qualquer pessoa desempregada passou a fazer bicos no segmento.

O resultado não poderia ser outro. Sem recursos não há obras, sem obras não há emprego, sem empregos não há interesse em formação de mão de obra, não existe mais o desafio do cumprimento de prazos e de produtividade. Com a inflação descontrolada, a preo-cupação com o controle era nula, tudo era justificá-vel nas correções monetárias exorbitantes capazes de justificar e encobrir qualquer erro.

Desde 2008, o setor passou a viver um cenário bem diferente. Aconteceu o tal “boom” e por todas as

razões acima mencionadas, o segmento não tinha o menor preparo para manter o rit-mo e atender a demanda de novas obras. O efeito foi como uma represa que se

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rompe. Euforia total! Empresas captaram recursos, se coloca-ram a trabalhar freneticamente e a construção foi parar nas nu-vens, era a bola da vez.

Mas assim como qualquer área é fundamental um bom planeja-mento detalhado, recursos, tec-nologias e, acima de tudo, mão de obra devidamente preparada.

Tanto os funcionários que ope-ram máquinas, quanto os que não operam, não tem qualifica-ção.

Todas as máquinas exigem ope-radores, como funciona então no canteiro de obra? Isso acarreta uma série de prejuízos para todas as partes. O mau uso obriga a devolução do equipamen-to, logo atraso na obra e mais custo para a locadora. Todos perdem dinheiro. Sem mencionar no item de extrema importância – a segurança.

A ALEC investe em treinamento da mão de obra dos funcionários das locadoras associadas com a colabo-ração de fabricantes de equipamentos, em todas as regiões do Brasil. Mas novamente como fica a mão de obra no canteiro de obra?

A Associação é um grão de areia neste oceano. O problema de décadas não se resolve com cursos de uma semana, 15 dias, 90 dias, nem cursos supletivos. Não é um passe de mágica. A falta de qualificação vai desde arquitetos e engenheiros que projetam as obras até os trabalhadores do canteiro de obras, pas-sando por toda a cadeia produtiva - tijolos, cimento, novos materiais e tecnologias, equipamentos mais modernos.

O mercado de locação está abastecido com equipa-mentos, em quantidade, tecnologia e manutenção. Isso não é suficiente para garantir o uso devido des-tas máquinas. Supre a quantidade, mas a qualidade depende de quem vai operar. O crescimento é atípico

e fora de ritmo, por isso faltam e sobram equipa-mentos ao mesmo tempo. A oferta não se ajusta à demanda justamente porque não existe um planeja-mento de ações. O Brasil vem buscando encontrar o caminho. Certamente achará, mas o problema é que isso pode custa mais caro do que se espera.

O mercado de locação vem se consolidando e de-monstrando forte amadurecimento, basta ver os ne-gócios recentemente fechados, empresas de locação na bolsa de valores, investimentos financeiros ex-pressivos. A locação está fazendo sua parte, mas não é suficiente.

Países mais desenvolvidos reúnem no segmento de locação de máquinas, grandes empresas e negócios. No ritmo que o Brasil vem crescendo nos tornamos uma excelente e promissora oportunidade. Somos vistos e cobiçados por empresas estrangeiras que es-tão no limite de seu crescimento.

O desafio da mão de obra desqualificada não se re-solve do dia para a noite, mas se não houver in-vestimento em preparo de toda a cadeia produtiva interessada na manutenção do ritmo da construção, viveremos um retrocesso e isso é prejudicial para o país como um todo.

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O uso do seu tempo de uma forma inteligente pode ser uma grande ferramenta ao seu favor. O tempo é uma das coisas mais valiosas que temos e também uma das coisas que menos damos valor.

O checklist abaixo ajudará você a encontrar oportunidades de melhoria na gestão de seu tempo.

1 - Dentro das atividades que você deve fazer há uma classificação de prioridade?

2 - Você normalmente termina suas tarefas no último minuto?

3 - Você dedica um tempo para planejar o que deve fazer tanto na visa profissional quanto na pessoal?

4 - Você define antecipadamente um determinado tempo para cada tarefa?

5 - Com que frequência seu trabalho é interrompido? O que você faz para compensar as interrupções?

6 - As tarefas ou trabalhos que você executa estão alinhados com seus objetivos e metas?

7 - Você planeja seu dia contemplando às 8h ou dedica tempo para imprevistos?

8 - Em sua organização de prioridades há a diferença entre o importante e o urgente?

9 - Quando surge novo trabalho, você analisa sua importância e prioridade antes de começá-lo?

10 - Conversas, e-mail ou internet conseguem afetar o cumprimento de suas metas?

11 - Você leva trabalho para casa?

12 - Quando algo “dá” errado você busca compensar na mesma semana ou em um curto espaço de tempo?

13 - Você define planos de ação para questões críticas?

14 - Seu superior concorda com a prioridade que você definiu para seus trabalhos?

15 - Após o término de uma tarefa ou trabalho, você avalia seu resultado e seu desempenho?

Este checklist pode ajudar você a refletir sobre o tema e quem sabe melhorar a gestão do seu tempo.

Fonte: Blog CMMIwww.blogcmmi.com.br

CHECKLIST PARA MELHORAR SUA GESTÃO DE TEMPO

| DICAS |

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29/05/12 a 02/06/12São Paulo/SP

Centro de Exposições Imigranteswww.mtexpo.com.br

27/06/12 a 30/06/12Expominas

Belo Horizonte/MGwww.feiraconstruir.com.br/mg/

12/09/2012 a 15/09/2012Centro de Convenções Bahia

www.feiraconstruir.com.br/ba/

01/08/2012 a 04/08/2012Fiergs

Porto Alegre / RSwww.feiraconstrusul.com.br/construsul/

29/08/2012 a 31/08/2012Centro de exposições imigrantes

www.concreteshow.com.br

DATA HORáRIO LOCAL INSCRIÇÕES ATÉ

28/05/2012 a 29/05/2012 8h às 18h Rodovia Anhanguera, km 98 - Campinas/SP 01/04/12

04/06/2012 a 05/06/2012 8h às 18h Rodovia Anhanguera, km 98 - Campinas/SP 02/04/12

06/06/2012 a 07/06/2012 8h às 18h Rodovia Anhanguera, km 98 - Campinas/SP 13/04/12

26/06/2012 a 27/06/2012 8h às 18h Rodovia Anhanguera, km 98 - Campinas/SP 17/04/12

28/06/2012 a 29/06/2012 8h às 18h Rodovia Anhanguera, km 98 - Campinas/SP 23/04/12

23/07/2012 a 24/07/2012 8h às 18h Rodovia Anhanguera, km 98 - Campinas/SP 30/04/12

25/07/2012 a 26/07/2012 8h às 18h Rodovia Anhanguera, km 98 - Campinas/SP 11/05/12

Curso Técnico em Martelos/Rompedores Elétricos

Inscrições gratuitas. F aça sua inscrição pelo portal www.alec.org.br. Mais informações: 11 3965-9819

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LANÇAMENTOS

Modelo XMT350

Equipamento de solda multiprocesso marca Miller, modelo XMT350. Compacta e com alto rendimento, é ideal para quem preza por economia e qualidade na soldagem. Consulte nossos representantes!

TelE-mail

www.alugasolda.com.br

Balancim

Andaime suspenso leve construído em partes moduladas oferecendo facilidade de montagem e manuseio. Plataformas de 2 a 6m de comprimento. Capacidade de até 300kg.

Tel.: 54 [email protected]

www.prestoindustrial.com.br

Protetor auto-ajustável paraserra circular

Atende as solicitações do Ministério do Trabalho emrelação à segurança na operação de Serras Circularesde Bancada. Mantém a lâmina oculta durante o processo de corte, elevação automática de acordo com o material a ser cortado, para lâminas com até400mm de diâmetro e adaptável aos mais diversostipos de mesas disponíveis no mercado.

Konstrumack Ind. Com. de Equipamentos para Construção(51) [email protected]

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