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Disciplina de

CULTURA E SOCIEDADE CULTURA E PRODUÇÃO CULTURAL Osvaldo Luís Meza Siqueira

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Todos os direitos desta edição reservados à Universidade Tuiuti do Paraná. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida e transmitida sem prévia

autorização.

Divisão Acadêmica: Marlei Gomes da Silva Malinoski

Divisão Pedagógica: Analuce Barbosa Coelho Medeiros Margaret Maria Schroeder

Divisão Tecnológica: Flávio Taniguchi Neilor Pereira Stockler Junior

Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica Neilor Pereira Stockler Junior

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca “Sydnei Antonio Rangel Santos”

Universidade Tuiuti do Paraná

Material de uso didático

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Universidade Tuiuti do Paraná

Reitoria

Luiz Guilherme Rangel Santos

Pró-Reitoria de Planejamento e Avaliação

Afonso Celso Rangel dos Santos

Pró-Reitoria Administrativa

Carlos Eduardo Rangel Santos

Pró-Reitoria Acadêmica Carmen Luiza da Silva

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Disciplina de CULTURA E SOCIEDADE

1º Bimestre Unidade 1.1

CULTURA E PRODUÇÃO CULTURAL

Osvaldo Luís Meza Siqueira

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NOTAS SOBRE O AUTOR

Possui graduação em Licenciatura em História pela Universidade Tuiuti do Paraná (1999) e especialização em Metodologia do Ensino de História pela Faculdade Internacional de Curitiba (2001) . Atualmente é professor da Universidade Tuiuti do Paraná, professor da Sociedade de Ensino Unificado, professor da Escola Social Madre Clélia e professor do Grupo Educacional UNINTER. Tem experiência na área de História , com ênfase em METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA.

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ORIENTAÇÃO PARA LEITURA

Citação Referencial

Destaque

Dica do Professor

Explicação do Professor

Material On-Line

Para Reflexão

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APRESENTAÇÃO

A Universidade Tuiuti do Paraná, em 2011, iniciou a inserção, nos currículos acadêmicos dos cursos de graduação, de componentes curri-culares unificador. O objetivo foi ampliar o sentido de universalização do conhecimento, dando aos alunos da Universidade o mesmo encaminha-mento didático, metodológico e filosófico para componentes curriculares de formação geral mediadas em EAD estruturados nos bimestres que compõem o semestre letivo. Compreendeu-se que mais do que a forma-ção especialista o acadêmico deve estar para ler, interpretar, interagir e somar com a sociedade e seu contexto profissional.

Objetivos

• Criar interatividade e autonomia em pesquisa e grupos de discus-sões entre os acadêmicos e os tutores

• Facilitar o alcance de conhecimentos complementares, colaboran-do com a formação acadêmica.

• Inspirar e qualificar profissionais ao desenvolvimento.

• Integrar relações.

• Possibilitar diversificação das formas de aprender e ensinar, tor-nando o egresso TUIUTI colaborativo e capaz de gestar seus co-nhecimentos.

Para cada bimestre serão organizadas quatro unidades de apren-dizagem (UNA), tendo como objetivo a construção do conhecimento do aluno. Os conteúdos são distribuídos de forma sequencial, com interven-ções avaliativas ou apenas interativas possibilitando a contextualização do assunto.

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PRIMEIRO BIMESTRE

Unidade 2

Unidade 3

Atividades avaliativas (fórum, questionário des-critivo ou objetivo, vídeos,

imagem, entre outros).

Leitura Complementar

Texto Básico

Vídeo Aula

Unidade 4

Unidade 1

SEGUNDO BIMESTRE

Unidade 2

Unidade 3

Atividades avaliativas (fórum, questionário des-critivo ou objetivo, vídeos,

imagem, entre outros).

Leitura Complementar

Texto Básico

Vídeo Aula

Unidade 4

Unidade 1

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As intervenções interativas são as de checagem de compreensão do ambiente e do sistema, não são atribuídas notas ou conceitos, porém ajudam na apropriação do ambiente pelo aluno e aproximam o contato entre esse e os tutores e professores.

As intervenções avaliativas são os fóruns, questionários (descritivos ou objetivos), vídeos, provas presenciais e demais formas de mensurar a apropriação do conhecimento pelo aluno. As intervenções a-valiativas se darão de duas formas:

• No ambiente virtual de aprendizagem (AVA) - que somarão 4,0 pon-tos do Bimestre - sendo um ponto, preferencialmente para cada UNA;

• Por provas presenciais - As avaliações presenciais somarão 6,0 pontos do Bimestre e acontecerão ao término dos estudos das U-NAs do Bimestre.

Texto Básico: É o conteúdo do curso em formato PDF, disponibili-zado ambiente virtual de aprendizagem CEAD, para ser impresso, se as-sim preferir.

Atividades: Todas as atividades são descritas dentro dos módulos ou unidades com as devidas orientações.

Leitura Complementar: São leituras extras, onde o aluno pode aprofundar o seu conhecimento sobre o conteúdo do seu curso, inclusive o aluno terá disponível para acesso a biblioteca virtual PEARSON, com mais de 5.000 títulos disponíveis.

Recursos Complementares

No ambiente virtual de aprendizagem cead.utp.edu.br , você po-derá tirar as dúvidas referentes a cada aula com seu tutor, participar de fóruns e enviar e-mails consultando a equipe sobre sua dúvidas. Você deverá consultar o tutor de aprendizagem sobre dúvidas de conteúdo e o tutor de acompanhamento sobre seus acessos ao ambiente e funciona-mento do mesmo.

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Estratégias de Estudo

A aprendizagem a distância requer aprimorar algumas habilida-des, como de estabelecer rotinas de estudos, sem a presença constante de um professor e gerenciamento do tempo. A Universidade por intermé-dio da CEAD – Coordenadoria de Educação a Distância, oferecerá total apoio à sua aprendizagem. Você terá um professor Responsável pelo Componente Curricular, esse professor organizará as atividades, o mate-rial de leitura e ministrará as aulas presenciais. Além dele, você terá o apoio constante de um tutor de aprendizagem (o tutor exerce a função de mediador no processo de ensino e aprendizagem, apóia ao aluno em su-as necessidades de conteúdo, acesso ao ambiente, organização e técni-cas de estudo). O aluno deverá recorrer ao tutor de aprendizagem sem-pre que estiver com dúvidas sobre o conteúdo da matéria esse terá 48 horas para lhe dar suporte e responder sua questão. Organize seu tempo de estudo e aproveite os momentos de mediação.

Algumas estratégias serão fundamentais.

1º saber estudar de forma independente e autônoma;

2º organizar seu tempo de estudo;

3º ter iniciativa, elaborar roteiros de dúvidas e consultar o tutor de aprendizagem;

4º ter familiaridade com o uso de computadores, como noções básicas de editor de texto (Word e outros), internet e e-mail;

5º verificar continuamente seu e-mail (é a forma de interação da CEAD com os alunos) e manter o mesmo atualizado;

6º ser disciplinado com prazos;

7º Lembre-se cada UNA será disponibilizada com prazo de 15 dias para que você realize as seguintes etapas de conhecimento.

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*leitura do material;

*assistir a vídeo aula;

*responder às atividades propostas (fóruns; exercícios; pesqui-sas, entre outros) após responder as questões, certifique-se que você as salvou e enviou para que possam ser corrigidas. Lembre-se, nos exercí-cios você terá duas tentativas, caso na primeira não obtenha um resulta-do satisfatório, retome o material de leitura e a vídeoaula e consulte o TUTOR DE APRENDIZAGEM SOBRE SUA DÚVIDA. Lembre-se dos pra-zos, e que o TUTOR DE APRENDIZABEM tem 48 horas para lhe respon-der, por isso não deixe para responder às atividades na data final. Os exercícios serão encerrados na data e horário estabelecidos e as ques-tões não respondidas serão zeradas, NÃO HAVENDO POSSIBILIDADE DE REABERTURA.

SEU ACESSO: HTTP://cead.utp.edu.br

SEU LOGIN: UTILIZE SEU REGISTRO ACADÊMICO (RA)

SUA SENHA: A MESMA UTILIZADA PARA ACESSAR O AMBIENTE ACADÊMICO DA UNIVERSIDADE E QUE VOCÊ RE-CEBEU NO ATO DA MATRÍCULA.

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SUMÁRIO

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO .............................. ...............

OBJETIVOS DO ESTUDO ............................... ..................

PROBLEMATIZAÇÃO ................................... .....................

CONCEITUAÇÃO DO TEMA .............................. ...............

Cultura e sua dinâmica .................................................................

O que matou realmente o último filho de Kripton? .......................

SISTEMATIZANDO .................................... ........................

REFLEXÕES SOBRE O TEMA ............................ ..............

Primeira Página do Planeta Diário: A morte do Superman ..........

EXERCÍCIOS ......................................................................

REFERÊNCIAS ..................................................................

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Influências culturais todos os povos recebem e exercem no de-correr de sua história, conforme o nível da natureza de suas relações. No caso do Brasil, desde o início isso se verificou através do branco euro-peu, invasor e colonizador, do índio, habitante original desta terra, depois do negro escravo e dos diversos grupos de imigrantes. Portanto, não há uma cultura genuinamente brasileira composta apenas de samba, carna-val, feijoada e caipirinha. Nossa cultura se moldou a partir de diferentes e variados elementos, dos quais também se compõem agora o norte-americano, pois cultura não é uma coisa imóvel, acabada e isenta de transformação e movimento.

INTRODUÇÃO AO ESTUDO

[...] Ser conscientes de nossos enraizamentos cultu-rais, dos processos de hibridização e de negação e silenciamento de determinados pertencimentos cultu-rais, sendo capazes de reconhecê-los, nomeá-los e trabalhá-los constitui um exercício fundamental. (CANDAU, Vera Maria, In MOREIRA, CANDAU.(org). Multiculturalismo: diferenças culturais e práticas peda-gógicas, p.26)

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Ruth Benedict escreveu que a cultura é como uma lente através da qual o homem vê o mundo, portanto, homens de culturas diferentes usam lentes diversas que lhes proporcionam também visões diversas de mundo, visões estas que podem ser iguais se um aprende a olhar com os olhos do outro.

Segundo Cliford Geertz, “cultura é um sistema de sím-bolos e significados. Compreende categorias ou unida-des e regras sobre relações e modos de comportamen-to”. Portanto, estudar uma cultura é estudar um código de símbolos partilhados pelos membros dessa cultura.

O modo de ver o mundo, as apreciações de ordem mo-ral e valorativa, os diferentes comportamentos sociais e mesmo as posturas corporais são assim produtos de uma herança cultural, ou seja, o resultado da operação de uma determinada cultura. (LARAIA, Roque de Bar-ros. Cultura: um conceito antropológico, p.68)

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Compreender a forma que compartilhamos, assimilamos e reinterpretamos a cultura.

OBJETIVOS DO ESTUDO

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Como podemos compreender a cultura brasileira e a cultura mundial na contemporaneidade?

Existe, nos dias de hoje, uma cultura hegemônica?

A globalização é responsável por uma descaracterização das diferentes

culturas do mundo?

PROBLEMATIZAÇÃO

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CULTURA E SUA DINÂMICA

É certo que a comunicação de massa tende a padronizar e a ho-mogeneizar os produtos e os públicos. As diferenciações culturais, políti-cas, comportamentais, ideológicas e éticas tendem a ser contornadas ou mesmo a desaparecer em favor da internacionalização, ou numa palavra mais atualizada, em favor da globalização. As relações culturais estão permeadas por questões de poder e hierarquização, levando esta interna-cionalização a significar necessariamente em uma de descaracterização da cultura do mais fraco em favor da do mais forte. O processo de acultu-ração ocorre a partir da recepção e assimilação até certo ponto involuntá-ria dos elementos culturais de um grupo humano por parte de outro em detrimento dos componentes de sua própria cultura. De acordo com Gi-meno Sacristán, a modernidade aborda a diversidade de duas formas básicas: através da assimilação de tudo que é diferente a padrões unitá-rios e universalizantes ou segregando em categorias fora da normalidade de uma cultura dominante, fazendo com que a multiplicidade e heteroge-neidade das culturas sedam espaço a homogeneização, papel, aparente-mente, fundamental da comunicação de massa.

CONCEITUAÇÃO DO TEMA

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Muitos consideram o cinema hollywoodiano uma “fábrica de so-nhos” de pura alienação, que afasta o espectador de sua realidade, ofere-cendo os carros magníficos, as luxuosas mansões e a vida glamorosa e de aventura de seus personagens, propondo o sonho e a fantasia contra as agruras do dia-a-dia. Um modelo do qual “aprendemos” a gostar, feito de narrativas rápidas e happy ends. Tendemos a considerar chatos ou sem atrativo, filmes europeus ou mesmo brasileiros que não tenham esse mesmo ritmo.

Nessa linha do intertainment (entretenimento e diversão) caminha o cinema, mas também os quadrinhos, levando sua diversão mas tam-bém suas mensagens e os padrões de valores da sociedade que os pro-duziu. E não poderia ser diferente, toda a obra, seja qual for, retrata a-quele que a criou, suas concepções, suas crenças, as normas de sua instituição ou empresa e as noções de valores da sua sociedade e de seu país. Como toda a produção cultural, os quadrinhos estão impregnados pelo ar de seu tempo porque são obra de alguém que vive e sofre todas as influências de sua época e de seu meio. Seus personagens, mesmo que de forma ficcional, refletem os anseios, preocupações, valores, pa-drões e vivências de seus autores em seu tempo.

A centralidade atribuída à produção cultural e à comunicação de massa trás à tona as questões quanto à diversidade de culturas

O caráter coletivo das representações mentais decorre do fato de que elas são o resultado de estímulos trans-mitidos pelo ambiente cultural, ou seja, de condições históricas e sociais determinadas. (AZEVEDO, Cecí-lia,In ABREU; SOIHET. Identidades compartilhadas: a identidade nacional em questão, p.43)

o sujeito sempre fala de um lugar, de uma história, de uma cultura, de uma linguagem particular, cujo peso na construção de sua subjetividade e de sua identidade não pode ser negligenciado. (AZEVEDO, Cecília,In ABREU; SOIHET. Identidades compartilhadas: a identi-dade nacional em questão, p.50-51)

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existentes hoje e de como lidar com essa realidade multicultural que se apresenta como um indicador do caráter plural das sociedades contem-porâneas. Existem inúmeras e diversas culturas, que de modo algum po-demos qualificar entre superiores ou inferiores. As diferenças culturais são frutos de fatores diversos que determinaram os meios necessários à sobrevivência e da relação com o meio. O respeito e o entendimento quanto a estas diferenças representa o ponto fundamental, não no senti-do de levar a uma aceitação ou tolerância em relação a uma pretensa cultura dominante, mas sim com o objetivo de levar a um diálogo entre as culturas que relacione e integre, proporcionando o entendimento, a inter-relação e a assimilação.

O fato de termos hoje uma maior consciência da influência da cultura norte-americana de forma hegemônica não nos livra absolutamen-te dela. Além do que, nos descartarmos de todos os elementos dessa cultura, mesmo que fosse possível, não teria sentido, já que fazem parte agora também do que chamamos de “nossa cultura”, depois que muitos deles nós já engolimos, digerimos e abrasileiramos “`a moda Sardinha” como proposto em 1922 no Manifesto Antropofágico por Mário de Andra-de.

Na verdade o que se estabelece é um diálogo entre as culturas, que pode em um primeiro momento ser dominado pelo mais forte, que acaba por se sobrepor. Mas a relação mesmo que hegemônica por um lado, permite a troca e assimilação mútua que hibridiza e molda a seu jeito os elementos, como componentes de uma cultura multifacetada. Ao abrasileirarmos a cultura norte-americana, a cobrimos com nossas cores e tropicalismo, alterando à nosso gosto seu ritmo e tons, sua identidade e pertencimento, rejeitando àquilo que não nos interessava. O terrível desti-no do Superman já estava traçado. Como ele poderia ter resistido e so-brevivido a algo assim?...

[...] nas sociedades em que vivemos os processos de hibridização cultural são intensos e mobilizadores da construção de identidades abertas, em construção per-manente, o que supõe que as culturas não são ”puras”. (CANDAU,Vera Maria,In MOREIRA, CANDAU.(org). Multiculturalismo: diferenças culturais e práticas peda-

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O QUE MATOU O FILHO DE KRIPTON?

Se morrer valeu a pena para reconquistar o mercado de quadri-nhos, o que levou a que suas vendas decaíssem? Seria porque o modelo que ele cumpriu defender ao longo de tantos anos já não nos empolgava da mesma forma? Antes, ele jamais teria sucumbido a monstro algum, por mais apocalíptico que fosse.

Os quadrinhos do Superman, assim como de outros persona-gens, juntamente com a Coca-Cola, a calça jeans, o cinema e a música, marcaram, a partir da década de 20, a divulgação do chamado american way of life, isto é, do “estilo de vida (norte)-americano” pelo mundo, norte-americanizando a cultura do século XX.

Quando finalmente terminou a Primeira Guerra Mundial em 1918, a Europa, após quatro anos de conflito, ficou completamente arrasada. Para dar conta da guerra as potências europeias haviam mobilizado to-dos os seus recursos e indústrias para a fabricação de armamentos e, por fim, acabaram por perder a hegemonia econômica mundial, dando o espaço necessário para que os Estados Unidos se tornassem a nova po-tência mundial. Até então o domínio político, econômico e cultural do mundo estivera essencialmente em mãos europeias. Desde o século XIX, Inglaterra e França detinham os dois maiores impérios coloniais, ditando uma cultura de supremacia e superioridade europeias sobre o restante do mundo. O desenvolvimento da produção industrial e do avanço científico-tecnológico haviam levado a Inglaterra a ser vista como a oficina do mundo, enquanto a França, e em especial, Paris, firmara-se como o centro universal do bem-estar, do conforto e da cultura, com seus cafés-concertos, balés, operetas, livrarias, teatros e boulevards. Porém, o final da Primeira Guerra trouxe uma nova realidade na qual os Estados Unidos despontaram como uma nova potência capitalista, passando a viver uma fase de grande prosperidade econômica, particularmente na década de 20. Nesse período, os norte-americanos foram tomados por uma grande euforia. Fabricavam e compravam quase tudo. Foram os chamados “anos felizes”, a partir dos quais o american way of life foi divulgado para o mundo, principalmente através do cinema, incentivando ao consumo de todo o tipo de produtos, automóveis e eletrodomésticos. Viver bem tornou-se então sinônimo de consumir sempre mais, toda e qualquer novidade da indústria.

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Mais tarde, durante a Segunda Guerra Mundial, Walt Disney veio até a América do Sul a pedido do governo norte-americano para auxiliar na chamada Política de Boa Vizinhança adotada pelos Estados Unidos em relação aos países da América Latina. Foi quando ele visitou o Brasil e providenciou a criação de Zé Carioca para ser amigo de Pato Donald numa das mais eficazes peças de propaganda “estadunidense”, o dese-nho animado Você já Foi à Bahia?, que seus estúdios produziram em 1945. Desde a criação, em 1940, do chamado “Birô” (Office of the Coordi-nator of Inter-American Affair), para coordenar as relações econômicas e culturais dos EUA com a América Latina, que cursos e colégios foram organizados e financiados pelos norte-americanos, com incentivo ao ensi-no da língua inglesa e ao estudo da América, com ênfase, à História dos Estados Unidos.

Após a Segunda Guerra Mundial, a Europa perdeu definitivamen-te sua posição de liderança internacional. Seu lugar foi ocupado por Esta-dos Unidos e União Soviética que se tornaram as grandes potências mundiais do pós-guerra. Os norte-americanos lideraram o bloco dos paí-ses capitalistas; e os soviéticos, o bloco dos países socialistas.

Disputando áreas de influência em todo o mundo, Estados Uni-dos e União Soviética viveram um período de graves tensões, denomina-do Guerra Fria. Os países pobres do chamado então Terceiro Mundo fo-ram os principais alvos dessa disputa. Iniciada em 1946. a Guerra Fria caracterizou-se pela extrema rivalidade entre Estados Unidos e União Soviética. O clima de rivalidade somado aos interesses das indústrias de armamentos levou as grandes potências à chamada corrida armamentis-ta. Em 1949, formou-se uma aliança militar entre os países da Europa Ocidental, que pertenciam à área de influência dos Estados Unidos. Essa aliança ficou conhecida como Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Depois, em 1955, revidando a criação da OTAN, os países do bloco socialista da Europa Oriental firmaram uma aliança de ajuda militar mútua por meio do Pacto de Varsóvia.

Em 1947, o presidente norte-americano Harry Truman proferiu um intransigente discurso contra o que chamou de ameaça comunista: "os povos livres do mundo olham para nós esperando apoio na manuten-ção de sua liberdade...". Neste discurso Truman afirmou que os EUA as-sumiam o compromisso de defender o mundo dos soviéticos e decretou com esta atitude o fim da coexistência pacífica. A partir deste momento,

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os países do mundo tiveram que definir seu posicionamento, se ao lado dos Estados Unidos ou contra ele na luta pela defesa do chamado mundo-livre, que, em verdade, significava a defesa dos interesses norte-americanos e de sua hegemonia.

A partir de então, os capitais, o comércio e as empresas norte-americanas tornaram-se dominantes em todos os países da América Lati-na, demonstrando mais que em qualquer outra região do planeta que a Guerra Fria constituiu-se, na verdade, em um grande instrumento de con-trole dos Estados Unidos sobre os governos, povos e economias locais. O uso político do discurso anti-soviético visava sobretudo legitimar a ação contra qualquer atitude que atrapalhasse os interesses dos Estados Uni-dos nesses países.

Em 1951, o senador norte-americano Joseph McCarthy iniciou um movimento de perseguição a supostos simpatizantes do comunismo nos Estados Unidos que ficou conhecido como macarthismo, que passou a investigar a vida pessoal principalmente de intelectuais e artistas sus-peitos de atividades consideradas “subversivas”, promovendo audiências públicas, nas quais essas pessoas eram obrigadas a depor. Entre alguns dos investigados estavam algumas figuras conhecidas, como o famoso cineasta Charles Chaplin. A partir de então toda a produção cultural esta-dunidense deste período, filmes, séries de TV, desenhos animados, qua-drinhos, esteve engajada com a idealização da sociedade capitalista nor-te-americana, utilizando-se de mitos e imagens que manipulassem com a imaginação das populações. A “ameaça soviética” e a “defesa do mundo-livre” constituíram-se em mitos mobilizadores e legitimadores dos norte-americanos como os “grandes heróis” do ocidente contra os “vilões sovié-ticos”.

Os anos que se seguiram, até a década de 80, portanto, foram anos de uma produção cultural norte-americana marcada pela Guerra Fria, com filmes como os de James Bond, com títulos significativos como Moscou contra 007 (From Russian with Love), Rocky IV e a luta contra um terrível boxeador soviético no ringue. De séries como Jornada nas Estrelas (Star Trek) em que os grandes inimigos vinham do lado oriental da galáxia,— nenhum astrônomo até hoje jamais ouviu falar em um lado “oriental” da galáxia — os chamados Klingons. Outras séries voltadas à temática de espionagem como Missão Impossível e Agentes da ANCLE, que valorizaram os “superagentes” norte-americanos e suas habilidades.

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Desenhos animados como Transformers e suas duas grandes potências robóticas alienígenas em disputa, os bondosos cybertrons, con-tra os maldosos decepticons. Nos quadrinhos também a questão Estados Unidos versus União Soviética se colocou. Os famosos X-Men tiveram seu mais terrível e cruel inimigo na figura de um mutante soviético super-poderoso chamado Ômega Red, o Homem de Ferro teve também seus maiores inimigos entre personagem orientais, como o soviético Homem de Titânio e o chinês Mandarin (a China tornou-se socialista em 1949 a-pós uma revolução liderada por Mao Tsè-Tung). Superman também este-ve fortemente engajado e voltado a enculcar em seu público os valores e os padrões norte-americanos. Mais do que qualquer outro personagem ele era o super-herói que partia dos Estados Unidos para salvar o mundo. O homem perfeito, sem defeitos, escoteiro e paladino do bem, o ideal de homem norte-americano. Um deus entre os homens, um predestinado que levava as cores da bandeira estadunidense ao mundo.

Os diversos campos da cultura não escaparam. Utilizando princi-palmente os meios de comunicação de massa, as mensagens difundidas pela indústria cultural conduziram a viver, pensar e consequentemente consumir toda a sorte de produtos “made in USA”. Surgida no Brasil em 1965, sob a proteção do governo militar, a TV Globo mostrou-se perfeita para atender aos interesses do capital norte-americano, tornando-se a mais poderosa rede de televisão brasileira. Com ela, veio a padronização de uma forma brasileira de “ser” sob os tons da cultura norte-americana.

Já em 1933, Noel Rosa denunciava em um samba a influência que sofríamos principalmente dos filmes de Hollywood, que cada vez mais provocavam filas enormes nos cinemas, antevendo a exagerada presença de elementos norte-americanos em nosso cotidiano mais recen-te: nos supermercados, nas lojas de roupas e calçados, na programação das rádios e TV, revistas e videogames. Ao público infanto-juvenil, grande consumidor de TV, quadrinhos, brinquedos e videogames, foram destina-dos conteúdos e mensagens de profundo cunho “norte-americanizante”, como também denunciou Renato Russo através da letra inteligente de sua música “Geração Coca-Cola”:

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Na América Latina, crise e mobilização popular começaram a se avolumar, onde cinturões de miséria das grandes cidades eram engros-sados pela explosão demográfica e pelo êxodo rural. A inflação, as desi-gualdades sociais, o analfabetismo e o baixo nível de vida e saúde cria-ram condições para a expansão de movimentos democráticos nacionais, que atritavam com as oligarquias (grupos dominantes) locais e com os interesses estrangeiros, principalmente; norte-americanos. Em Cuba, Fi-del Castro, em 1959, derrubou com uma revolução popular a ditadura de Fulgêncio Batista, tirando das mãos de grupos norte-americanos o domí-nio dos principais setores da economia do país. Profundamente insatisfei-tos e pretendendo a qualquer custo derrubar o novo regime cubano, os Estados unidos promoveram várias ações contra a ilha, entre elas, a ex-pulsão de Cuba da OEA (Organização dos Estados Americanos). Politica-mente, os barbudos de Havana, passaram a representar um desafio ina-ceitável, um mau exemplo para os outros países da América Latina sob sua influência que precisava ser neutralizado.

Porém, os Estados Unidos jamais conseguiram derrubar Fidel Castro e seu regime socialista na América, mesmo depois da queda da União Soviética em 1991. E o “mau exemplo” vingou. Mais do que isso, movimentos internos identitários e de contraposição a intervenções norte-americanas começaram a se multiplicar entre os países latino-americanos. Movimentos impulsionados contra governos de elites que por décadas e décadas se mantiveram no poder despojando de qualquer cidadania a maior parte da população. A maioria destas elites e destes governos autoritários colocados em check eram apoiados pelos Estados Unidos em sua manutenção no poder.

Quando nascemos fomos programados A receber o que vocês nos empurraram Com os enlatados dos USA, de 9 às 6 Desde pequenos nós comemos lixo Comercial e industrial Mas agora chegou nossa vez Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês Somos os filhos da revolução ( Renato Russo 1985)

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A latino-américa cada vez mais voltou-se para si mesma e para a construção de uma identidade própria, surgida de sua própria sociedade, realidade e cultura, afastando-se do modelo norte-americano. Clark Kent já não nos enganava mais ao colocar seus óculos, ríamos do ridículo de seu disfarce e zombávamos de seus poderes. A ingenuidade finalmente havia sucumbido, e com ela a invulnerabilidade do Superman. O Homem de Aço de forma alguma estava preparado para os novos tempos e para o terrível monstro, que caído do espaço, lhe serviu de algoz e carrasco.

O Superman retornou da morte, seguindo uma tendência inaugu-rada na década de 60 por Stan Lee da Marvel Comics, rival da DC. Com sua principal criação, o Homem-Aranha, Stan Lee trouxe a ideia de um herói humano que se identificava com seus leitores. Antes da era iniciada por ele, os super-heróis eram seres à semelhança de deuses, indestrutí-veis e infalíveis, acima de qualquer ser humano comum e de suas fraque-zas ou temores. O Homem-Aranha fugia a essa regra e foi uma revolu-ção, pela primeira vez na história dos quadrinhos um personagem ganha-va o coração dos leitores não apenas pelos feitos heroicos e poderes es-petaculares, mas por também, e principalmente, amargar os mesmos pro-blemas que as pessoas comuns vivem todos os dias.

Filho típico da década de 60, o Homem-Aranha refletiu o movi-mento da contracultura de contestação político-cultural aos velhos valores e à Guerra do Vietnã em pleno período das disputas entre Estados Uni-dos e União soviética. Nos EUA, milhares de jovens recusavam-se a par-tir para o desconhecido em uma guerra que não era sua. Essa foi a fonte de inspiração do movimento hippie e seu lema: “Faça amor, não faça guerra”. Inconformados com a família, o governo, as injustiças sociais e a segregação racial, os jovens disseram não, e passaram a discutir aberta-mente temas como sexo e drogas. Possivelmente nenhuma forma de ma-nifestação artista identificou-se mais com o jovem do que o rock’n’roll, como forma de expressar toda sua rebeldia e contestação à sociedade conservadora, opressora e bélica, que o cercava.

Em termos de mercado, o filme do Homem-Aranha, de 2002, foi o amadurecimento de uma tendência que vinha se formando desde a déca-da de 70, quando George Lucas transformou seu filme Guerra nas Estre-las num evento muito além do cinema. O filme foi um trampolim para a venda de brinquedos, biscoitos, cadernos, jogos, estratégia seguida prin-cipalmente pela Disney em seus lançamentos desde então. Com o

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mercado de games, CDs e DVDs que se expandiu a partir do final da dé-cada de 90, grande parte dos filmes saídos de Hollywood seguiu o mes-mo percurso. Poucos meses antes da estreia, o mercado é invadido por uma enxurrada de produtos ligados ao filme. Os recentes lançamentos e continuações como Senhor dos Anéis, Batman, Harry Potter e Vingado-res, reeditam a fórmula de sucesso, alcançando só em bilheteria nos ci-nemas vários e vários milhões de dólares e milhares de produtos licencia-dos em todo o mundo.

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A cultura norte-americana, no Brasil assim como em outros paí-ses do mundo, se tornou dominante durante o século XX. Sua linguagem e padrões se tornaram mundiais e foram assimilados por todos os povos que sofreram o processo massivo dos meios de comunicação. No entan-to, todas as culturas exercem e sofrem influências mesmo que em dife-rentes níveis. Quando uma cultura se sobrepõe a outra, ela também sofre influências e se transforma, se molda, hibridiza, adquirindo um pouco da cultura sobre a qual se sobrepôs. Podemos então compreender, que co-mo resultante desses processos, a cultura brasileira, diria o antropólogo Darcy Ribeiro, é como um cadeirão, onde então misturados diferentes e variados ingredientes que já não podem ser distinguidos uns dos outros, mas que somados e tão somente somados, são eles que compõem e dão o tempero a cultura brasileira.

SISTEMATIZANDO

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PRIMEIRA PÁGINA DO PLANETA DIÁRIO: A MORTE DO SUPERMAN

Após derrotar o terrível monstro chamado Apocalypse, o corpo inerte do herói jaz sem vida sobre os escombros de uma Metrópolis parci-almente destruída. O que será de “nós” agora? O que será do “mundo”?... O que será da (Norte) América?

Em 1993 a DC Comics, editora detentora dos direitos sobre o personagem criado por Jerry Siegel e Joe Shuster em 1938, produziu uma história em quadrinhos que obteve grande repercussão. Nesta histó-ria o primeiro e mais famoso dos super-heróis empreendeu sua mais vio-lenta e definitiva aventura, da qual não escapou vivo. Seu funeral foi boni-to e digno de um verdadeiro herói. Todos compareceram, inclusive o en-tão Presidente Bill Clinton e a Primeira Dama. Nada mais justo após to-dos os anos de “serviços” prestados por ele à nação norte-americana. Jamais voltaríamos a voar com o Superman novamente. Jamais, como Peter Pan, ele voltaria a nos levar à Terra-do-Nunca.

REFLEXÕES SOBRE O TEMA

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Uma notícia dramática e dolorosa para todo fã de “Histórias em Quadrinhos”, mas também bastante significativa. Por que aquele que foi o maior e mais poderoso super-herói da Terra teve que morrer?...

A DC Comics chegou a garantir que não havia sido um golpe pu-blicitário e que a morte do personagem havia sido decidida de forma defi-nitiva. No entanto, a inesperada repercussão a fizera repensar sua deci-são de encerrar com as revistas do personagem. Foi então, que outras edições se seguiram depois. Porém, estas estavam destinadas a ressus-citá-lo.

Quatro Supermans se apresentaram a Metrópolis e ao mundo. Um jovem Superboy com cara de latino e jeito irreverente. Um ser ciber-nético, metade humano e metade máquina, resultado de uma modernida-de insana. Outro afro-americano, voltado aos excluídos e segregados da sociedade. E, um último, sombrio, de aspecto cruel e contaminado pela violência das cidades. O grande mistério que se colocou então foi: qual seria o verdadeiro? Qual seria o escolhido pela DC Comics, para ser o “novo Superman”? Deveria ser aquele que melhor se identificasse com o público que ele deveria (re)conquistar. Apenas na última edição a verda-de se revelou. Ao final, nenhum dos quatro foi o escolhido e, sim, um quinto que, resguardadas algumas características físicas básicas do

[...] Nos anos que virão, algumas testemunhas vão fa-lar muito sobre este confronto insano. Outros irão lem-brar da enorme cratera que resultou dos golpes. Mas a maioria irá se lembrar deste triste dia como o dia em que o homem mais nobre de todos os tempos final-mente tombou. Para aqueles que o amaram, aquela que o chamaria de marido [Lois Lane], aquele que foi seu amigo [Jimmy Olsen] ou aqueles que o chamaram de filho, este é o dia mais sombrio de suas vidas. Eles [seus país] o criaram para ser um herói, para saber o valor do sacrifício. Para saber o valor da vida. [...} Para uma cidade viver, um homem deu tudo de si... e mais. Mas é tarde demais. Pois este é o dia em que o Super-man morreu. (A morte do Superman, DC Comics, p.152-157)

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original, se aproximou mais do homem comum, morador normal de qual-quer cidade do mundo. Seu uniforme não exaltava mais as cores da ban-deira dos Estados Unidos, mas era uma mescla de cores difusas e metá-licas, sem nacionalidade aparente. E, como um ser de energia, ele viaja-va agora nos cabos de conduíte à velocidade da luz em ondas que interli-gam um mundo de realidade integrada e globalizante. Renascido e pronto para o novo milênio, ele voltava a nos assediar para mais uma vez tentar nos seduzir, não com um interesse “norte-americanizante” como antes, mas com o mesmo interesse capitalista sob um novo uniforme, para mais tarde retornar a sua velha forma.

Talvez, morrer tenha valido a pena, afinal?...

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EXERCÍCIOS

Todos os exercícios estão disponíveis na página da disciplina no Ambiente Virtual de Aprendizagem em http://cead.utp.edu.br , para responde-los é necessá-rio fazer login.

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BURKE, P. O que é história cultural? 2ª edição. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

CAMPBELL, J. O herói de mil faces . São Paulo: Editora Pensamento-Cultrix Ltda., 2000.

CANCLINI, Nestor Garcia. Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade . 3.ed. São Paulo: Ed. USP, 2000.

HOBSBAWN, Eric. A Era dos extremos: o breve século XX, 1914-1991. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

JÚLIA, F.A. A invasão cultural norte-americana . 26ª edição. São Paulo: Editora Moderna, 1998.

MOREIRA, A. F., CANDAU, V. M.(Orgs) Multiculturalismo: diferenças culturais e práticas pedagógicas . Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2008.

ORTIZ, R. Cultura brasileira & identidade brasileira . São Paulo: Brasili-ense, 2003.

SIMONSON, Louise. A morte do Superman . São Paulo: Abril Jovem, 1993 (edição especial)

REFERÊNCIAS

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Coordenadoria de Educação a Distância

Coordenação Marlei Gomes da Silva Malinoski

Divisão Pedagógica Analuce Barbosa Coelho Medeiros Margaret Maria Schroeder

Editoração Neilor Pereira Stockler Junior

Disciplina de CULTURA E SOCIEDADE