UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICA
THALITA LUANA DA SILVA FERREIRA
CONHECIMENTO DOS ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE
PATOS-PB SOBRE FORMAS DE DESCARTE DE RESÍDUOS
ELETROELETRÔNICOS
PATOS - PB
2015
THALITA LUANA DA SILVA FERREIRA
CONHECIMENTO DOS ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE
PATOS-PB SOBRE FORMAS DE DESCARTE DE RESÍDUOS
ELETROELETRÔNICOS
Trabalho de Conclusão de Curso, como
requisito parcial para obtenção do título de
Licenciado (a) em Ciências Biológicas, pela
Universidade Federal de Campina Grande
(UFCG), Campus de Patos - PB.
Orientador: Prof. Dr. Carlos Eduardo Alves
Soares
PATOS - PB
2015
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pelo milagre da vida e por me fazer uma pessoa forte e batalhadora.
A minha mãe Izenilda, que sempre esteve comigo, me apoiando e me incentivando na
realização dos meus sonhos, a esta guerreira eu só tenho a agradecer, pelo amor oferecido e
pela mão amiga sempre estendida. Tudo o que sou é resultado da grande dedicação que
sempre teve por mim, te amo mãezinha.
Ao meu pai, pela confiança depositada em mim.
A minha irmã Thayane, por ela ser uma pessoa muito iluminada que sempre me compreende e
não me desampara sendo uma grande amiga.
Ao meu noivo Pedro, que não mede esforços para esta sempre comigo, sendo o meu
companheiro de todas as horas, obrigado por fazer parte da minha vida, te amo muito.
A minha amiga Évila Maylle que, esteve do meu lado durante o ensino médio e a graduação.
Com você vivi inúmeros momentos felizes e aprendi muita coisa ao teu lado, te agradeço
amiga por tudo que fez e continua fazendo por mim.
Aos amigos que a universidade me permitiu conhecer, em especial Jéssica Pereira e Israel
Soares que foram muito importantes para mim ao longo dessa caminhada, tenho um enorme
carinho por vocês e desejo que nossa união prevaleça sempre.
Ao meu orientador Carlos Eduardo, pela dedicação e por está sempre disposto a me ajudar.
A 6º Gerência Regional de Educação do Estado da Paraíba, por permitir a aplicação dos
questionários, os quais foram peças fundamentais para a realização deste trabalho.
A todos que contribuíram de forma direta ou indireta para a conclusão deste trabalho.
iii
RESUMO
Observa-se que o elevado consumo de eletroeletrônicos comumente é acompanhado da
redução do tempo de uso e de vida útil desses dispositivos. Isso acarreta no aumento
significativo da geração dos resíduos sólidos. A falta de conhecimento sobre os pontos de
coletas, sobre a legislação que gerencia esses produtos e os perigos que o descarte inadequado
pode causar, fazem com que os consumidores de pilhas, baterias e celulares apresentem
atitudes inapropriadas quanto ao seu descarte. A Educação Ambiental nas escolas deve ser
trabalhada com o intuito de informar e posteriormente sensibilizar os alunos sobre os perigos
gerados pelos seus comportamentos. Este trabalho tem como objetivo avaliar o conhecimento
sobre as formas de descarte dos resíduos eletroeletrônicos adotadas pelos educandos de
Ensino Fundamental e Médio de cinco escolas públicas de Patos-PB, que responderam a um
questionário semiestruturado. Os resultados da pesquisa mostraram que a grande maioria dos
inquiridos (86%) possuem conhecimentos dos riscos causados a saúde e ao meio ambiente
devido ao descarte errado de pilhas, baterias e celulares, mas em contrapartida a maioria
destes não realiza o descarte desses dispositivos guardando-os na própria casa (cerca de 76%).
Quando questionados sobre o conhecimento da legislação que regulamenta esses dispositivos
a maioria dos entrevistados a desconhecem (97%). É necessário que sejam tomadas medidas
que diminuam a degradação ambiental. Para que isto ocorra, a população escolar deve ser
informada dos perigos causados pelos seus atos. Implantação de novos pontos de coletas
acessíveis aos usuários para que a destinação seja ambientalmente correta.
Palavras-chave: Metais pesados. Pilhas. Baterias. Celulares. Resíduos sólidos.
v
ABSTRACT
Have noticed that the high consumption of electronics accompanied by a reduction of the
lifetime of these devices leads to the increased generation of solid waste. The lack of
knowledge about the points of collections and on legislation that manages these products and
the dangers that improper disposal may cause, makes consumers to batteries and cell phones
have inappropriate attitudes. This study aims to evaluate the knowledge on how to dispose of
electronic waste adopted by students of elementary and high school five public schools in
Patos-PB, who answered a semi-structured questionnaire. The survey results showed that the
vast majority of respondents (86%) have knowledge of the risks posed to health and the
environment due to wrong disposal of batteries and cell phones, but in return the majority of
them do not dispose of these saving devices -the at home (about 76%). When asked about the
knowledge of the laws governing these devices the majority of respondents are unaware
(97%). It's necessary to take as reduce environmental degradation and for this to occur, the
population should be informed of the dangers caused by his actions as well as the placement
of collection points that are accessible to users so that the allocation is carried out correctly.
Keywords: Heavy metals. Piles. Batteries. Cell phones. Solid waste.
vi
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
CAPÍTULO 02
Figura 1 - (A) Quantidade de aparelhos celulares que o entrevistado possui. (B) Frequência de
troca de aparelho celular. (C) Forma de descarte dos celulares antigos adotadas pelos
entrevistados. (D) Conhecimento de pontos de coleta na cidade..............................................31
Figura 2 - (A) Conhecimento sobre a Resolução do CONAMA Nº 401/2008. (B)
Conhecimento sobre a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS). (C) Conhecimento
sobre os riscos causados à saúde e ao meio ambiente devido ao descarte incorreto de pilhas e
baterias. (D) A Educação Ambiental deve ser trabalhada nas escolas de forma que se
estabeleça uma interação com as disciplinas do currículo escolar............................................32
vii
LISTA DE TABELAS
CAPÍTULO 01
Tabela 1 - Número de linhas ativas das cinco regiões brasileiras no ano 2015........................15
Tabela 2 - O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de cinco Escolas
Estaduais do Município de Patos-PB........................................................................................20
CAPÍTULO 02
Tabela 1 - Nome das escolas, onde foram aplicados os questionários, a localização e o número
de alunos...................................................................................................................................28
viii
SUMÁRIO
CAPÍTULO 01.........................................................................................................................11
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................12
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................................14
2.1 NOVAS TECNOLOGIAS.................................................................................................14
2.2 O NÚMERO DE CELULARES NO BRASIL..................................................................14
2.3 PILHAS, BATERIAS E CELULARES.............................................................................15
2.4 OS RESÍDUOS ELETROELETRÔNICOS E SUAS CONSEQUÊNCIAS.....................16
2.5 A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA SOBRE O DESCARTE DE RESÍDUOS
ELETROELETÔNICOS...........................................................................................................17
3.5.1 POLÍTICA NACIONAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS E A LOGÍSTICA REVERSA..18
3.6 EDUCAÇÃO AMBIENTAL..............................................................................................19
3.7 IDEB DE CINCO ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE PATOS-PB................20
REFERÊNCIAS......................................................................................................................22
CAPÍTULO 02.........................................................................................................................25
ARTIGO: Conhecimento dos alunos das escolas públicas do município de Patos-PB sobre
formas de descarte de resíduos eletroeletrônicos. Trabalho apresentado ao II Congresso
Nacional de Educação...............................................................................................................26
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................27
2. METODOLOGIA.............................................................................................................28
2.1 Área do estudo e universo da amostragem..........................................................................28
2.2 Questionários......................................................................................................................29
2.3 Análise de dados.................................................................................................................29
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................................29
4. CONCLUSÕES.................................................................................................................32
REFERÊNCIAS......................................................................................................................33
APÊNDICE..............................................................................................................................35
APÊNDICE A - Questionário aplicado aos educandos............................................................36
ANEXOS..................................................................................................................................37
ANEXO A - Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)..........................................38
ANEXO B - Cópia do Termo de Autorização da Escola E. E. E. F. M. Auzanir Lacerda......39
ix
ANEXO C - Cópia do Termo de Autorização da Escola E. E. E. F. M. Professor José Gomes
Alves.........................................................................................................................................40
ANEXO D - Cópia do Termo de Autorização da Escola E. E. E. F. M. Dionísio da Costa.....41
ANEXO E - Cópia do Termo de Autorização da Escola E. E. E. F. M. Monsenhor Manuel
Vieira.........................................................................................................................................42
ANEXO F - Cópia do Termo de Autorização da Escola N. E. Dom Expedito Eduardo de
Oliveira.....................................................................................................................................43
ANEXO G - Normas do II Congresso Nacional de Educação (CONEDU).............................44
ANEXO H - Cópia do Certificado de apresentação do trabalho no II Congresso Nacional de
Educação (CONEDU)...............................................................................................................46
x
12
1 INTRODUÇÃO
O avanço tecnológico possibilitou uma grande produção de eletroeletrônicos,
os quais fazem parte do cotidiano da população e dentre estes podemos citar os aparelhos
celulares. Algumas de suas características que os tornaram artigos fundamentais para as
pessoas são o custo acessível de alguns deles, como também as inovações que foram surgindo
com o passar dos anos. Estes aparelhos, quando inicialmente criados realizavam apenas
ligações e envio de mensagem, posteriormente passaram a fornecer uma variedade de funções
como: acessar a internet, fazer transações bancárias, usar aplicativos que servem como forma
de entretenimento entre outras utilidades, facilitando assim a vida moderna.
As inovações tecnológicas surgem rapidamente, resultando em uma diminuição
no tempo de vida útil dos aparelhos celulares, que se tornam ultrapassados e pouco atrativos
para os usuários. Estes tendem a comprar novos dispositivos que substituem os velhos. Esse
avanço na produção de equipamentos que despertam nos consumidores a vontade de adquirir
novos celulares é acompanhado de um aumento significativo na geração de resíduos sólidos.
O crescente descarte de eletroeletrônicos, especialmente os portáteis que
utilizam pilhas e baterias como fonte de energia, gera diversos problemas, quando a
destinação é feita de forma errada (PROVAZI; ESPINOSA; TENÓRIO, 2012). As pilhas e as
baterias possuem em sua composição, substâncias que são potencialmente perigosas, os
metais pesados. Estas, ao se desintegrarem, liberam esses metais no ambiente, causando
problemas ambientais e a saúde humana (BRUM; SILVEIRA, 2011).
O descarte incorreto de pilhas e baterias é causado pela falta de informação da
população que se utiliza desses produtos, pela falta de pontos de coletas ou até mesmo pela
falta de preocupação por partes dos consumidores a respeito da degradação ambiental como
afirmam Vieira, Soares, e Soares (2009). As empresas, vendedores e os consumidores devem
adotar medidas que possibilitem a preservação ambiental para que o desenvolvimento ocorra
de forma sustentável.
A Política Nacional dos Resíduos Sólidos busca diminuir a quantidade de
resíduos gerados pela população, promovendo a reciclagem e a reutilização dos materiais
quando possíveis e ressalta que toda a população é responsável pelo descarte correto dos seus
bens. Outra maneira de reduzir o número de resíduos sólidos é a logística reversa, a qual
depende em grande parte do consumidor, pois o mesmo deve ser responsável em devolver o
13
celular que se tornou inapropriado para o uso ao vendedor e este por sua vez encaminhar para
o fabricante, que dará o destino ambientalmente adequado.
A Educação Ambiental nas escolas deve ser trabalhada com o intuito de
informar e posteriormente sensibilizar os alunos, sobre os perigos gerados pelos seus
comportamentos, como também buscar medidas que diminuam a degradação ambiental,
levando em consideração a importância de reciclar, reduzir e reutilizar. Esses alunos se
tornarão cidadãos que se preocuparão em cuidar do meio ambiente e posteriormente passarão
esses conhecimentos adquiridos na escola para as demais pessoas, fazendo com que a
Educação Ambiental esteja presente no cotidiano da população.
O uso consciente e o descarte adequado são medidas que devem ser adotadas
pelos consumidores de pilhas, baterias e celulares, como forma de preservar o meio ambiente
e possibilitar as gerações futuras uma melhor qualidade de vida.
Diante do exposto, este trabalho objetivou-se em verificar as formas de
descarte de resíduos eletroeletrônicos, adotadas pelos alunos de cinco grandes escolas do
município de Patos-PB, como também averiguar o conhecimento destes educandos sobre
pontos de coletas apropriados para destinação de pilhas, baterias e celulares; a respeito da
legislação brasileira que gerencia estes produtos e sobre os possíveis danos que o descarte
inadequado pode causar a saúde e ao meio ambiente.
14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 NOVAS TECNOLOGIAS
O avanço tecnológico dos últimos anos propiciou um grande aumento na
produção de eletroeletrônicos que facilitam a vida da população, permitindo um maior
conforto e praticidade (NATUME; SANT’ANNA, 2011). As empresas diante do cenário
competitivo tendem a buscar inovações que atraem os consumidores (VIEIRA; SOARES;
SOARES, 2009).
Segundo Godoi (2009) os celulares tornaram-se populares na década de 1990
quando ocorreu a redução do seu tamanho e do seu valor comercial. Ao longo do tempo
nesses aparelhos foram acrescentadas várias inovações necessárias, agradáveis e até mesmo
algumas supérfluas que fizeram com que estes se tornassem um fenômeno universal, que
permite a interação de pessoas de diferentes classes sociais, idades, gêneros e idiomas. Com o
surgimento dos celulares cada vez mais modernos as pessoas se comunicam a qualquer
momento e em qualquer lugar. As novas tecnologias possibilitam aos usuários um grande
número de serviço de boa qualidade (FILHO, 2009).
2.2 O NÚMERO DE CELULARES NO BRASIL
Um estudo realizado pela Consultora de Tecnologia da Informação da América
Latina (IDC) aponta que em 2014 os brasileiros compraram cerca de 104 smartphones por
minutos. De janeiro a dezembro do mesmo ano foram comercializados 70,3 milhões de
celulares entre estes 54,5 milhões de aparelhos inteligentes. O Brasil ocupa a quarta colocação
no mercado de venda de celulares, ficando atrás apenas da China, Estados Unidos e Índia.
Segundo dados a Agência Nacional de Telecomunicação (ANATEL), o Brasil
encerrou janeiro de 2015 com 281,7 milhões de linhas ativas de telefonia móvel. O Instituto
Brasileiro de Pesquisas e Estatística (IBGE) estima que população brasileira é composta por
204,7 milhões de pessoas, estas informações permite verificar que a quantidade de celulares já
ultrapassou o número de pessoas no Brasil.
A região Sudeste é a que possui o maior número de linhas ativas de celulares,
isto pode ser explicado devido à região ser a mais populosa do Brasil com 80.353.724
15
pessoas. A região Nordeste ocupa o segundo lugar em número de linhas ativas seguida da
região Sul, Centro-Oeste e Norte, como mostra à tabela 1.
Tabela 1 - Número de linhas ativas das cinco regiões brasileiras no ano 2015.
REGIÕES
LINHAS ATIVAS DE TELEFONIA MÓVEL PORCENTAGEM
(%)
CENTRO-OESTE
NORDESTE
NORTE
SUDESTE
SUL
24.445.180
71.448.688
20.322.005
124.418.071
41.071.566
8,7%
25,4%
7,2%
44,1%
14,6%
Fonte: ANATEL, 2015.
2.3 PILHAS, BATERIAS E CELULARES
A grande proliferação de eletroeletrônicos portáteis que utilizam em sua
composição pilhas e baterias desencadeou um aumento pela demanda destas, como também
algumas mudanças. As pilhas e baterias se tornaram menores, mais leves e com melhor
desempenho, atendendo assim todas as exigências do mercado (BOCCHI; FERRACIN;
BIAGGIO, 2000).
Ainda de acordo com Bocchi, Ferracin e Biaggio (2000) existem dúvidas sobre
a terminologia usada para definir pilhas e baterias. Neste caso pilha é um dispositivo formado
por dois eletrodos e um eletrólito arranjados de forma para produzir energia elétrica, já o
termo bateria é definido como um conjunto de pilhas agrupadas em série ou em paralelo.
Estes dois sistemas eletroquímicos transformam energia química em energia elétrica.
Segundo Provazi, Espinosa e Tenório (2012) os tipos de baterias mais usadas
atualmente são as baterias níquel-metal-hidreto, níquel-cádmio, baterias de íons de lítio e
baterias chumbo-ácido.
Segundo Natume e Sant’anna (2011) os celulares tornaram-se acessíveis a
todos os níveis da população, onde o consumo generalizado resulta em diversas
consequências ao meio ambiente, eles ressaltam que para produzir um único aparelho celular
é usada uma grande quantidade de matéria prima que na maioria das vezes são recursos não
renováveis e energia. Quando o celular se torna tecnologicamente ultrapassado pelas novas
tecnologias ou mesmo devido a alto custo do concerto ocorre o descarte inadequado gerando
uma grande quantidade de lixo.
16
2.4 OS RESÍDUOS ELETROELETRÔNICOS E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Segundo Vieira, Soares e Soares (2009), os resíduos eletroeletrônicos são
denominados também de lixo tecnológico, lixo digital ou e-waste que é qualquer produto de
origem tecnológica que não possui mais utilidade e será desprezado. Entre estes resíduos os
mais descartados atualmente são os pertencentes à área da tecnologia da informação, onde
estão inseridos os aparelhos celulares (GIARETTA et al., 2010).
Segundo Bocchi, Ferracin e Biaggio (2000) a proliferação dos aparelhos
eletroeletrônicos resultou no aumento da demanda por pilhas e baterias no mercado. De
acordo com Provazi, Espinhosa e Tenório (2012) pilhas e baterias de celulares possuem em
sua composição elementos variados, como o zinco (Zn), lítio (Li), níquel (Ni), chumbo (Pb),
mercúrio (Hg), cádmio (Cd), ferro (Fe), cobre (Cu), manganês (Mn) entre outros.
Um problema proveniente dos resíduos eletroeletrônicos são os seus
constituintes. A falta de conhecimento dos perigos gerados pelo descarte incorreto, como
também sobre as leis estabelecidas, faz com que os consumidores desses produtos apresentem
atitudes incoerentes. As pilhas e baterias quando não recebem uma destinação
ambientalmente adequada e são lançadas no lixo comum, e posteriormente nos lixões, passam
a se degradar e liberam os metais pesados no ambiente (BRUM; SILVEIRA, 2011).
Os problemas acarretados ao ambiente são a poluição da água, solo, ar,
contaminação das plantas e pelo fato de alguns metais se concentrarem na cadeia alimentar
ocorre à contaminação dos animais. Esses metais pesados também provocam diversos danos à
saúde humana (VIEIRA; SOARES; SOARES, 2009). Os metais que apresentam maior risco a
saúde são o chumbo, o cádmio e o mercúrio (PROVAZI; ESPINOSA; TENÓRIO, 2012).
O Chumbo (Pb) é um elemento que possui uma grande toxidade e se acumula
no organismo, acometendo o sistema nervoso. Durante a infância se ocorrer a intoxicação por
este metal a criança pode apresentar deficiências cognitivas. A exposição ao chumbo pode
interferir no crescimento e as estaturas das crianças serem reduzidas. Causa anemia,
deficiências auditivas, afeta o sistema reprodutor masculino e feminino, provoca problemas
cardiovasculares e gastrointestinais e é carcinogênico (MOREIRA; MOREIRA, 2004).
Segundo Abreu e Suzuki (2002) a exposição ao cádmio (Cd) faz com que esse
metal se acumule no organismo, sendo muito perigoso e tóxico, provocando diversas
alterações como, disfunção renal, onde os primeiros sinais são o aumento da excreção urinária
de proteínas de baixo peso molecular. O cádmio também afeta os pulmões, o sistema
17
reprodutivo, o sistema nervoso em vários pontos como, por exemplo, a visão, desordens
olfatórias, na capacidade de concentração e de equilíbrio e até mesmo a memória, sendo
também é um agente cancerígeno.
O mercúrio (Hg) é um elemento químico que também se acumula no
organismo e causam efeitos deletérios a saúde humana, principalmente no sistema nervoso.
Causa lesões renais e estomatites. O manganês (Mn) estando presente mesmo em pequenas
quantidades afeta o sistema nervoso e pode provocar gagueira e insônia. O zinco (Zn) quando
inalado em grandes quantidades causa problemas pulmonares (FURTADO, 2004).
Segundo Rodrigues et al.(2002) com a redução no ciclo de vida dos produtos e
o aumento da quantidade de resíduos sólidos são necessárias alternativas que minimizem os
impactos ambientais, por exemplo, um celular que se tornou ultrapassado pelas novas
tecnologias ao invés de ser descartado ser reintroduzido no mercado. Outra maneira de reduzir
os impactos causados pelo elevado consumo é a substituição de produtos antigos por novos
que apresentem um tempo de vida mais longo, um bom exemplo são as pilhas alcalinas e as
baterias recarregáveis (BRUM; SILVEIRA, 2011).
2.5 A LEGISLAÇÃO SOBRE DESCARTE DE RESÍDUOS ELETROELETÔNICOS
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) verificando a grande
quantidade de pilhas e baterias existentes no território brasileiro busca sensibilizar os
consumidores desses materiais, sobre os riscos do descarte inadequado, e com isto diminuir os
danos ambientais e à saúde humana, onde esses produtos poderão ser coletados, reutilizados,
reciclados ou terem uma destinação correta.
A Resolução CONAMA nº 401 de 04 de novembro de 2008, estabelece um
conjunto de normas a serem seguidas, determinando os limites máximos de chumbo, cádmio e
mercúrio e os padrões para o gerenciamento ambientalmente correto. Os estabelecimentos que
comercializam esses produtos e a assistência técnica autorizada devem receber as pilhas e
baterias que não apresentam mais utilidade e fazer o repasse para os fabricantes ou
importadores, que são os responsáveis pela destinação final.
No mercado brasileiro existem pilhas e bateria em que a composição e os
limites permitidos de chumbo, cádmio e mercúrio não correspondem aos rótulos da
embalagem (PROVAZI; ESPINOSA; TENÓRIO, 2012). De acordo com Brum e Silveira
(2011) a maioria das empresas brasileiras que comercializam pilhas e baterias ou produtos que
18
apresentam estas em sua composição, não cumprem a determinação estabelecida pela
Resolução CONAMA, podendo ser observada a ausência de pontos de coletas nesses
estabelecimentos.
Segundo Provazi, Espinosa e Tenório (2012) o Brasil possui uma legislação
vigente, mas o país ainda não dispõe um tratamento eficiente para receber todo esse material e
dar uma destinação ambientalmente correta. Na maioria das vezes as pilhas e baterias são
depositadas em locais inapropriados, como em lixões, em aterros sanitários não licenciados ou
até mesmo são queimados ao céu aberto.
Outra norma estabelecida pela Resolução CONAMA é que as pilhas e baterias
produzidas no país ou importadas deverão possuir de forma clara, visível e em língua
portuguesa a simbologia que indica a destinação adequada desses produtos como também
mostrar os riscos causados ao ambiente e à saúde humana. No corpo dos produtos das baterias
chumbo-ácido, níquel-cádmio e óxido de mercúrio devem conter a informação do fabricante
ou importador, essas etiquetas devem ser resistentes e preservar as informações durante toda
vida útil das baterias.
2.5.1 POLÍTICA NACIONAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS E A LOGÍSTICA REVERSA
A Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS) tem a finalidade de estimular a prevenção e a redução na geração
dos resíduos sólidos, visando o consumo de forma sustentável, propiciando um aumento na
reciclagem e reutilização dos produtos ainda viáveis, mas quando não possuem nenhuma
utilidade estes recebem uma destinação ambientalmente adequada. Institui a responsabilidade
compartilhada onde a sociedade como um todo, incluindo os fabricantes, importadores,
distribuidores, comerciantes, consumidores e titulares de serviços de manejo dos resíduos
sólidos urbanos todos são responsáveis pelo descarte ambientalmente correto.
Segundo Rodrigues et al. (2002) diversos fatores impulsionaram a Logística
Reversa, como o grande aumento dos resíduos sólidos, a diminuição das matérias primas
usadas para a fabricação dos produtos, a crescente conscientização da população com a
preservação do meio ambiente e com o desperdício. Essa logística faz a reintegração dos
produtos já usados no ciclo produtivo por meio da reutilização dos materiais que os
compõem.
De acordo com Vieira, Soares e Soares (2009) a logística reversa possibilita a
devolução do produto pelo consumidor ao fornecedor que repassa esses materiais para os
19
fabricantes que são os responsáveis pela reciclarem ou reutilização. Para que essa logística
seja desenvolvida é necessária à contribuição dos consumidores que irão devolver seus
produtos que não possuem mais utilidade.
A quantidade de devolução é muito baixa, isto pode ser causado, pelo fato da
informação não está chegando de forma suficiente aos consumidores ou estes não estão
preocupados com as questões ambientais, não devolvendo os produtos que se tornaram sem
utilidade para os locais apropriados e descartando-os de forma incorreta. Poucas empresas
cumprem com as determinações estabelecidas, verificando-se a pequena quantidade de pontos
de coletas nos estabelecimentos que comercializam pilhas e baterias (BRUM; SILVEIRA,
2011).
2.6 EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL
De acordo com o portal do MEC, a Educação Ambiental no Brasil surge muito
antes de sua institucionalização no Governo Federal, pois alguns grupos já desenvolviam
atividades educacionais que buscavam a recuperação, a conservação e melhoria do meio
ambiente. No ano de 1973 teve início o processo de institucionalização da Educação
Ambiental com a criação da Secretaria Especial do Meio Ambiente (Sema). Em 1981 foi
criada a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) que estabeleceu a necessidade da
inclusão da Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e para as comunidades que
também seriam responsáveis pela defesa do meio ambiente. Em 1991 a Comissão
interministerial considerou a Educação Ambiental como um dos instrumentos da política
ambiental brasileira sendo então criados o Grupo de Trabalho de Educação Ambiental do
MEC que em 1993 se transformou na Coordenação-Geral de Educação Ambiental
(Coea/MEC), e a Divisão de Educação Ambiental do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); no ano seguinte o Ministério do Meio Ambiente
(MMA) foi criado.
Ainda de acordo com o portal do Ministério da Educação (MEC), durante a
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no
Rio de Janeiro em 1992 (Rio92) com a participação do MEC foi criada a Carta Brasileira para
a Educação Ambiental, reconhecendo ser a Educação Ambiental um importante instrumento
para possibilitar a sustentabilidade, como forma de sobrevivência do planeta e pela melhoria
da qualidade de vida. Nos anos seguintes outros planos foram criados e em 2000 a Educação
Ambiental foi institucionalmente vinculada ao Ministério do Meio Ambiente.
20
A problemática ambiental esta cada vez mais presente no cotidiano das
pessoas, fazendo com que a Educação Ambiental se torne um importante instrumento para
reverter este quadro. A Educação Escolar (EE) deve estabelecer um diálogo com a Educação
Ambiental (EA), pois é na escola que os alunos começam a obter conhecimentos a cerca dos
problemas ambientais, respeitando e praticando ações que preservem o meio ambiente. Os
professores devem introduzir em suas aulas assuntos interligados com a matéria exposta e a
Educação Ambiental mantendo estes educando sempre bem informados, os quais se tornarão
adultos conscientes e mais preocupados com o meio ambiente e posteriormente fazendo a
transmissão desses conhecimentos adquiridos no âmbito escolar para a comunidade no qual
está inserido (MEDEIROS et al., 2011).
2.7 IDEB DE CINCO ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE PATOS-PB
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado para
funcionar como um condutor da política pública pela melhoria da qualidade da educação,
tanto no âmbito nacional, como nos estados, municípios e escolas. Os resultados do Ideb
possibilitam um diagnóstico atualizado da situação educacional, como também estabelecem
metas que são diferenciadas para cada rede e escola, que devem ser atingidas buscando cada
vez mais a qualidade do ensino.
O Ideb considera dois fatores importantes para a qualidade do ensino: o fluxo
escolar e as médias de desempenho nas avaliações, que são calculadas a partir dos dados da
aprovação escolar obtidas no censo escolar e médias no desempenho nas avaliações do
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Sistema de
Avaliação da Educação Básica (Saeb) para as unidades da federação e para o país e a Prova
Brasil para os municípios. A tabela 2 mostra o Ideb do nono (9º) ano de cinco escolas
estaduais do munícipio de Patos – PB, nas quais os educandos participaram da pesquisa,
respondendo aos questionários. Nesta tabela também é possível verificar as escolas que
atingiram as metas estabelecidas para cada ano. Os espaços não preenchidos é devido ao não
atendimento os requisitos propostos.
Tabela 2 - O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de cinco Escolas Estaduais do Município de
Patos-PB
ESCOLAS
ANOS
2005 2007 2009 2011 2013
Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio
Auzanir Lacerda
2,9 2,6 3,4 2,3
21
Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio
Professor José Gomes Alves
1,9 2,4 1,6 *
Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio
Dionísio da Costa
2,5 2,3 2,5 2,6 ***
Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio
Monsenhor Manuel Vieira
3,1 4,1 4,1 3,5 ***
Escola Normal Estadual Dom Expedito Eduardo de
Oliveira
3,4 ***
Fonte: INEP,2005,2007,2009,2013.
Observações:
*O número de participantes na Prova Brasil insuficiente para que os resultados sejam divulgados.
***Sem média na Prova Brasil 2013: não atendeu os requisitos necessários para ter o desempenho calculado.
Os resultados marcados em verde referem-se ao Ideb que atingiu a meta.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC) a Prova Brasil consiste na
aplicação de testes a alunos de quinto (5º) e nono (9º) ano do ensino fundamental, onde as
disciplinas avaliadas são língua portuguesa com foco na leitura e matemática com foco na
realização de problemas. De acordo com o site Gestão Escolar no ano de 2013 foi
acrescentadas na Prova Brasil as disciplinas de ciências humanas e ciências da natureza, mas
apenas alunos do 9º ano são avaliados nessas novas disciplinas.
22
REFERÊNCIAS
ABREU, M. T.; SUZUKI, F. A. Avaliação audiométrica de trabalhadores ocupacionalmente
expostos a ruído e cádmio. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. v. 68, n. 3, p. 488-
494, Maio/Jun. 2002. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/rboto/v68n4/a06v68n4>.
Acesso em 09 de março de 2015.
ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicação). Disponível em:
<www.anatel.gov.br>>. Acesso em: 28 de Março de 2015.
BOCCHI, N.; FERRACIN, L. C.; BIAGGIO, S. R.Pilhas e Baterias: Funcionamento e
Impacto Ambiental. Revista Química Nova Escola. n. 11, 2000. Disponível em:<
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc11/v11a01.pdf> Acesso em: 26 de Março de 2015.
Brasil, IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Disponível em:<
http://www.ibge.gov.br/home/>. Acesso em 03 de Abril de 2015.
Brasil, INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/visualizar/-/asset_publisher/6AhJ/content/novo-
portal-mostra-desempenho-de-escolas-em-seu-contexto-
social?redirect=http%3a%2f%2fportal.inep.gov.br%2f> Acesso em: 01 de Abril de 2015.
Brasil, MEC (Ministério da Educação). Disponível em:<
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao2.pdf>. Acesso em 03 de Abril de 2015.
Brasil, Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/> Acesso em:
28 de Março de 2015.
BRUM, Z. R.; SILVEIRA, D. D. Educação Ambiental no uso e Descarte de Pilhas e Baterias.
Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental. v.2, n. 2, p.205-
213,2011.Disponível em:<http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-
2.2.2/index.php/reget/article/view/2779/1617>. Acesso em 26 de Março de 2015.
CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente). Disponível
em:<http://www.mma.gov.br/port/conama/legislacao/CONAMA_RES_CONS_2008_401.pdf
>. Acesso em: 03 de Abril de 2015.
FILHO, A. M. S. Conectividade e informação: o mundo em suas mãos. Revista Espaço
Acadêmico. v. 9, n. 99, 2009. Disponível
em:<http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/7843/4443>
. Acesso em 04 de Abril de 2015.
FURTADO, S. J. Baterias esgotadas: legislações e gestão. p. 1-95, 2004. Disponível em <
http://www.mma.gov.br/port/conama/processos/0330EB12/BateriasEsgotadasLegislacaoGest
ao.pdf>. Acesso em 28 de Abril de 2015.
Gestão Escolar. Disponível em< http://gestaoescolar.abril.com.br/aprendizagem/prova-brasil-
2013-tera-ciencias-naturais-humanas-753720.shtml >. Acesso em 28 de Abril de 2015.
23
GIARETTA, J. B. Z.; TANIGUSHI, D. G.; SERGENT, M. T.; VASCONCELLOS, M. P.;
GÜNTER, W. M. R. Hábitos Relacionados ao Descarte Pós-Consumo de Aparelhos e
Baterias de Telefones Celulares em uma Comunidade Acadêmica. Saúde Sociedade, São
Paulo, v. 19, n. 3, p. 674-684. 2010. Disponível em<
http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v19n3/18.pdf>. Acesso em: 28 de Abril de 2015.
GODOI, J. C. Celular: Representação das desigualdades na mobilidade. 2009. p.1-127.(
Dissertação de Mestrado ) – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, 2009. Disponível
em:<file:///C:/Users/Cliente/Downloads/5033851.pdf>. Acesso em: 26 de Março de 2015.
IDC (Consultora de Tecnologia da Informação da América Latina). Disponível em:
<http://br.idclatin.com>. Acesso em 03 de Abril de 2015.
MEDEIROS, A. B.; MENDONÇA, M. J. S. L.; SOUSA, G. L.; OLIVEIRA, I. P. A
Importância da educação ambiental na escola nas séries iniciais. Revista Faculdade Montes
Belos, v.4, n.1, 2011. Disponível em:<http://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/pdf/a-
importancia-da-educacao-ambiental-na-escola-nas-series-iniciais.pdf>. Acesso em: 01 de
Abril de 2015.
MOREIRA, F. R.; MOREIRA, J. C. Os efeitos do chumbo sobre o organismo humano e seu
significado para a saúde. Revista Panam Salud Pública. v. 15, n. 2, p. 119-129. 2004.
Disponível em <http://www.scielosp.org/pdf/rpsp/v15n2/20821.pdf>. Acesso em 09 de maio
de 2015.
NATUME,R.Y.; SANT’ANNA,F.S.P. Resíduos Eletroeletrônicos: Um Desafio Para o
Desenvolvimento Sustentável e a Nova Lei da Política Nacional dos Resíduos Sólidos. In:
International Workshop Advances in Cleaner Production, 3, 2011, São Paulo. p. 1-9.
Disponível em: <
http://www.advancesincleanerproduction.net/third/files/sessoes/5B/6/Natume_RY%20-
%20Paper%20-%205B6.pdf>. Acesso em 26 de Março de 2015.
Política Nacional dos Resíduos Sólidos. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/pol%C3%ADtica-de-res%C3%ADduos-s%C3%B3lidos>. Acesso
em: 05 de abril de 2015.
PROVAZI, K.; ESPINHOSA,D.C.R.; TENÓRIO,J.A.S. Estudo eletroquímico da recuperação
de metais de pilhas e de baterias descartadas após o uso. Metalurgia e materiais, Ouro
Preto, v. 65, n. 3, p. 335-341, Jul/Set. 2012. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rem/v65n3/09.pdf>. Acesso em: 08 de maio de 2015.
RODRIGUES, D. F.; RODRIGUES, G. G.; LEAL, J. E.; PIZZOLATO, N. D. Logística
Reversa- Conceitos e Componentes do Sistema. In: XXII Encontro Nacional de Engenharia
de Produção, 22, 2002, Curitiba. Anais, 2002. p. 1-8. Disponível
em:<http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2002_Tr11_0543.pdf>. Acesso em 28 de
Março de 2015.
VIEIRA, K. N.; SOARES, T. O. R.; SOARES, L. R. A Logística Reversa do Lixo
Tecnológico: Um Estudo sobre o Projeto De Coleta de Lâmpadas, Pilhas E Baterias da
Braskem. RGSA-Revista de Gestão Social e Ambiental. v. 3, n. 3, p. 120-136, Set/Dez.
24
2009. Disponível em:<http://www.revistargsa.org/rgsa/article/view/180/81>. Acesso em: 12
de Abril de 2015.
26
CONHECIMENTO DOS ALUNOS DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO
MUNICÍPIO DE PATOS-PB SOBRE FORMAS DE DESCARTE DE
RESÍDUOS ELETROELETRÔNICOS
Thalita Luana da Silva Ferreira; Carlos Eduardo Alves Soares
Universidade Federal de Campina Grande/Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Unidade Acadêmica de Ciências
Biológicas, Avenida Universitária S/N - Bairro Santa Cecília – Cx. Postal 61 - Patos/PB CEP:58708-110.
e-mail: [email protected], [email protected]
RESUMO
Observamos que o elevado consumo de eletroeletrônicos comumente é acompanhado da redução do
tempo de uso e de vida útil desses dispositivos. Isso acarreta no aumento significativo da geração dos
resíduos sólidos. A falta de conhecimento sobre os pontos de coletas, sobre a legislação que gerencia
esses produtos e os perigos que o descarte inadequado pode causar fazem com que os consumidores de
pilhas, baterias e celulares apresentem atitudes inapropriadas quanto ao seu descarte. A Educação
Ambiental nas escolas deve ser trabalhada com o intuito de informar e posteriormente sensibilizar os
alunos sobre os perigos gerados pelos seus comportamentos. Este trabalho tem como objetivo avaliar o
conhecimento sobre as formas de descarte dos resíduos eletroeletrônicos adotadas pelos educandos de
Ensino Fundamental e Médio de cinco escolas públicas de Patos-PB, que responderam a um
questionário semiestruturado. Os resultados da pesquisa mostraram que a grande maioria dos
inquiridos (86%) possuem conhecimentos dos riscos causados a saúde e ao meio ambiente devido ao
descarte errado de pilhas, baterias e celulares, mas em contrapartida a maioria destes não realiza o
descarte desses dispositivos guardando-os na própria casa (cerca de 76%). Quando questionados sobre
o conhecimento da legislação que regulamenta esses dispositivos a maioria dos entrevistados a
desconhecem (97%). É necessário que sejam tomadas medidas que diminuam a degradação
ambiental. Para que isto ocorra, a população escolar deve ser informada dos perigos causados pelos
seus atos. Implantação de novos de pontos de coletas acessíveis aos usuários para que a destinação
seja ambientalmente correta.
Palavras-chave: metais pesados, pilhas, baterias, celulares, resíduos sólidos
27
1 INTRODUÇÃO
O avanço tecnológico possibilitou uma grande produção de eletroeletrônicos,
os quais fazem parte do cotidiano da população e dentre esses podemos citar os aparelhos
celulares. Algumas de suas características que os tornaram artigos fundamentais para as
pessoas são o custo acessível de alguns deles, como também as inovações que foram surgindo
com o passar dos anos. Estes aparelhos, quando inicialmente criados realizavam apenas
ligações e envio de mensagens, passaram a fornecer uma variedade de funções como: acessar
a internet, fazer transações bancárias, usar aplicativos que servem como forma de
entretenimento entre outras utilidades, facilitando assim a vida moderna (BRUM; SILVEIRA,
2011; SANTOS et al. 2012).
Por outro lado, com a rapidez com que surgem as inovações tecnológicas, isso
pode resultar uma diminuição no tempo de vida útil dos aparelhos celulares, que se tornam
ultrapassados e pouco atrativos para os usuários. Estes tendem a comprar novos dispositivos
que substituem os velhos. Esse avanço na produção de equipamentos que despertam nos
consumidores a vontade de adquirir novos celulares é acompanhado de um aumento
significativo na geração de resíduos sólidos (KEMERICH et al., 2012).
O crescente descarte de eletroeletrônicos, especialmente os portáteis que
utilizam pilhas e baterias como fonte de energia, gera diversos problemas, quando a
destinação é feita de forma errada (PROVAZI; ESPINOSA; TENÓRIO, 2012). As pilhas e as
baterias possuem em sua composição substâncias químicas que são potencialmente perigosas,
e estas podem liberar os metais pesados no ambiente, causando problemas ambientais e à
saúde humana (BRUM; SILVEIRA, 2011).
O descarte incorreto de pilhas e baterias é causado pela falta de informação da
população que se utiliza desses produtos, pela falta de pontos de coletas ou até mesmo pela
falta de preocupação por partes dos consumidores a respeito da degradação ambiental como
afirmam Vieira, Soares e Soares, (2009). As empresas, vendedores e os consumidores devem
adotar medidas que possibilitem o descarte apropriado desses resíduos, visando à preservação
ambiental e o desenvolvimento de forma sustentável (KEMERICH et al., 2012).
A Política Nacional dos Resíduos Sólidos busca diminuir a quantidade de
resíduos gerados pela população, promovendo a reciclagem e a reutilização dos materiais
quando possíveis e ressalta que toda a população é responsável pelo descarte correto dos seus
bens. Outra maneira de reduzir o número de resíduos sólidos é a logística reversa, a qual
depende em grande parte do consumidor, pois o mesmo deve ser responsável em devolver o
28
celular, que se tornou inapropriado para o uso, ao vendedor e este por sua vez encaminhar
para o fabricante, que dará o destino ambientalmente adequado (VIEIRA et al., 2009).
A Educação Ambiental nas escolas deve ser trabalhada com o intuito de
informar e posteriormente sensibilizar os alunos sobre os perigos gerados pelos seus
comportamentos, como também buscar medidas que diminuam a degradação ambiental,
levando em consideração a importância de reciclar, reduzir e reutilizar (BRASIL, 1998).
Esses alunos preocupados em cuidar do meio ambiente se tornarão multiplicadores e
posteriormente passarão esses conhecimentos adquiridos na escola para as demais pessoas,
fazendo com que a Educação Ambiental esteja presente no cotidiano da população (BRUM;
SILVEIRA, 2011).
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Patos é
um município que pertence ao estado da Paraíba. Possui uma área da unidade territorial
473,056 km². No ano de 2014 sua população foi estimada em 105.531 habitantes. O objetivo
deste estudo foi verificar se as formas de descarte de resíduos eletroeletrônicos são conhecidas
e adotadas pelos educandos de Ensino Fundamental e Médio de cinco grandes escolas
públicas do município de Patos-PB, bem como o conhecimento sobre a Legislação vigente,
através de um questionário semiestruturado.
2 METODOLOGIA
2.1. Área de estudo e universo de amostragem
O estudo foi realizado em cinco escolas públicas do município de Patos PB
como mostra a Tabela 1. Foram inquiridos em cada instituição 60 alunos que totalizaram 300
entrevistados.
Tabela 1 - Nome das escolas, onde serão aplicados os questionários, a localização e o número de alunos.
ESCOLA LOCALIZAÇÃO NÚMERO DE ALUNOS
E.E.E.F.M. Auzanir Lacerda Rua Luís José, S/N, no bairro Jardim
Lacerda.
500
E.E.E.F.M. Professor José Gomes
Alves
Rua Donato Lócio, S/N, no bairro do
Jatobá.
1044
E. E.E. F.M. Dionísio da Costa Rua Francisco Pontes, S/N, bairro do
Salgadinho.
313
E. E.E. F.M. Monsenhor Manuel
Vieira
Rua Tv. João Pessoa, S/N, no centro. 585
29
E.N.E. Dom Expedito Eduardo de
Oliveira
Rua 5 de agosto, S/N, no bairro Belo
Horizonte.
754
2.2. Questionários
Os questionários aplicados foram compostos por 10 questões, incluindo
variáveis: sociais (referentes ao sexo e nível de escolaridade), aspectos relacionados às formas
de descartes de pilhas, baterias e celulares adotadas pelos educandos, abrangendo também o
conhecimento sobre as leis referentes ao gerenciamento desses produtos. Conhecimento de
pontos de coletas presentes na cidade de Patos PB e sobre os possíveis danos causados ao
meio ambiente e a saúde humana devido à forma de descarte adotada.
Os alunos responderam aos questionários de forma voluntária, sendo
informados sobre a destinação dos dados que foram coletados. Para este fim, todos os
participantes da pesquisa assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE), o qual possui informações a respeito do trabalho e sua destinação para fins
científicos.
2.3 Análises de dados
A análise dos dados foi realizada através de compartimentalização e
organização de gráficos com o programa Microsoft Excel do pacote Office 2010TM
(Microsoft) para a verificação dos seus indicadores.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram inquiridos trezentos (300) alunos de forma aleatória, e destes 55,3% são
do sexo feminino e 44,7% do sexo masculino.
Em relação ao nível de escolaridade 74,7% estão cursando o ensino médio e
25,3% o ensino fundamental.
Os resultados do levantamento de dados em relação à quantidade de aparelhos
que os entrevistados possuem, indicaram que 77,7% possuem apenas um aparelho celular,
11,6% possuem dois, 5,3% possuem três, 2,7% possuem quatro e outros 2,7% possuem mais
de quatro dispositivos como mostra a Figura 1A. Santos et al. (2012) verificaram que 43%
30
dos entrevistados, na cidade de São José dos Campos-SP, responderam que existia em sua
residência três aparelhos celulares e que em 41% destas residem três pessoas o que equivale
um dispositivo para cada indivíduo.
Sobre a frequência em que realizam a troca do aparelho de celular, 47%
responderam que trocam com um ano de uso, 27,3% a cada três anos, 20,7% com quatro anos
e apenas 5% a cada seis meses como demonstra a Figura 1B. Este fato não foi observado no
trabalho de Santos et al. (2012), onde a grande maioria dos entrevistados, o equivalente a
66%, realizam a troca de seus dispositivos com menos de um ano de uso, outros 18% de dois
a quatro anos e 16% com quatro ou mais anos.
Os resultados do presente levantamento indicam que 75,7% dos educandos não
descartam seus celulares que se tornaram inapropriados para o uso, 15,7% realizam o descarte
no lixo comum e os outros 8,6% descartam nos pontos de coletas (Figura 1C). O fato de
muitos não descartarem seus celulares antigos pode ser devido ao vínculo afetivo ou alto
custo durante a compra. Quanto ao descarte no lixo comum, vários fatores podem estar
influenciando esse tipo de atitude, tais como a falta de conhecimento de pontos de coletas ou
até mesmo a inexistência destes, a falta de preocupação com a degradação ambiental, entre
outros. Brum e Silveira (2011) evidenciaram em seu trabalho que 69% dos entrevistados
raramente descartam pilhas e baterias, e quando fazem, utilizam o lixo comum.
Quando questionados sobre o conhecimento de pontos de coletas apropriados
para o recolhimento de pilhas, baterias e celulares, a grande maioria dos educandos, o
equivalente a 89,3% não conhecem e apenas 10,7% conhecem algum ponto de coleta (Figura
1D). No trabalho de Kemerich et al.(2012) foi observado que 71% dos entrevistados sabiam
da existência de algum ponto de coleta de pilhas e os outros 29% não conhecia nenhum local.
Os resultados controversos podem ser devido ao local onde foi realizada a pesquisa, uma vez
que os pontos de coletas na cidade de Patos são escassos, resultando assim na falta de
conhecimento da população que se utiliza desses produtos.
31
Figura 1 - (A) Quantidade de aparelhos celulares que o entrevistado possui. (B) Frequência de troca de aparelho
celular. (C) Formas de descarte dos celulares antigos adotadas pelos entrevistados. (D) Conhecimento de pontos
de coleta na cidade.
Sobre o conhecimento da Resolução do CONAMA Nº 401/2008, 95,7% dos
entrevistados desconhece a resolução e apenas 4,3% a conhece (Figura 2A). Também foi
observado que a grande maioria dos educando o equivalente a 97% não possuem
conhecimentos sobre a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS) sendo que apenas 3%
a conhecem. Por outro lado, estes quando questionados sobre do que se trata a PNRS, os
mesmos não tiveram clareza em expor suas respostas (Figura 2B). Fato também observado
por Santos et al. (2012) que verificaram 96% dos entrevistados não tem consciência que existe
uma lei que institui a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, embora 4% afirmaram que
sabem dessa lei. Isto mostra que a existência de leis não são suficientes, sendo necessário que
informações sejam repassadas para a sociedade e esta por sua vez passe cumprir com o que
determina a lei.
Quando questionados sobre os riscos causados à saúde e ao meio ambiente pelo
descarte incorreto de pilhas, baterias e celulares, 86% responderam ter conhecimentos e
apenas 14% não sabem dos riscos causados por essa forma de descarte (Figura 2C). Resultado
este que corrobora com a pesquisa realizada por Brum e Silveira (2011), onde 54% dos
entrevistados declararam saber dos problemas causados pela contaminação com metais
pesados e 46% desconhecem os riscos.
32
O levantamento dos dados permitiu também verificar que 98,3% dos
educandos concordam que a educação ambiental deve ser trabalhada nas escolas de forma que
se estabeleça uma interação com as disciplinas do currículo escolar, permitindo desta forma
uma abrangência maior dos conteúdos que fazem parte do dia a dia dos alunos.
Contrariamente, 1,7 % discordam desta interação (Figura 2D).
Figura 2 - (A) Conhecimento sobre a Resolução do CONAMA Nº 401/2008. (B) Conhecimento sobre a Política
Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS). (C) Conhecimento sobre os riscos causados à saúde e ao meio ambiente
devido ao descarte incorreto de pilhas e baterias. (D) A Educação ambiental deve ser trabalhada nas escolas de
forma que se estabeleça uma interação com as disciplinas do currículo escolar.
4 CONCLUSÕES
Diante dos resultados obtidos foi possível inferir que a maioria dos
entrevistados possuem apenas um único aparelho celular, mas estes são substituídos
rapidamente, pois se tornam ultrapassados pelas novas tecnologias, fazendo com que os
dispositivos de tornem pouco atrativos para os usuários. Devido a esses hábitos da sociedade
contemporânea, um grande problema é gerado, pois a quantidade desse tipo de resíduo
produzida é muito grande, aumentando ainda mais a poluição ambiental.
Urge que medidas educativas devam ser tomadas para reverter esse quadro, tais
como informar e posteriormente sensibilizar a população sobre os perigos causados pelas
formas de descartes de pilhas, baterias e celulares. Sabe-se que estes dispositivos possuem em
sua composição substâncias químicas tóxicas que causam diversos malefícios ao meio
33
ambiente e a própria saúde humana. Igualmente é necessário a instalação de mais pontos de
coletas, acessíveis a toda a população do município de Patos-PB, para que seja feito o
recolhimento apropriado desses produtos. Consequentemente, os resíduos eletroeletrônicos
receberão um destino ambientalmente adequado, podendo até mesmo serem
reciclados/consertados e reintroduzidos no mercado. Além disso, as matérias-primas poderão
ser reutilizadas na produção de novos produtos.
A legislação brasileira deve ser mais amplamente divulgada, uma vez que, os
consumidores tendo conhecimento das normas estabelecidas se preocuparão em comprar
produtos em estabelecimentos que obedecem aos requisitos propostos pela legislação. Desta
forma, ocorrerá diminuição na geração de resíduos sólidos e na degradação ambiental.
A Educação Ambiental deve ser trabalhada nas escolas de forma integrada com
as outras disciplinas, onde os alunos assimilarão os conteúdos juntamente com a vivência do
dia a dia, tornando-se pessoas mais sensíveis e preocupadas em cuidar do ambiente, buscando
o desenvolvimento de forma sustentável.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais / Secretaria de Educação
Fundamental. Brasília: MEC /SEF, 1998. 138 p.
BRUM, Z.R.; SILVEIRA, D.D. Educação Ambiental no uso e Descarte de Pilhas e Baterias.
Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental. v.2, n. 2, p.205-213,
2011.Disponível em:<http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-
2.2.2/index.php/reget/article/view/2779/1617>. Acesso em 26 de Março de 2015.
KEMERICH, P.D.C.; MENDES, S.A.; VORPAGEL, T.H.; PIOVASEN, M. Descarte
indevido de pilhas e baterias: A percepção do problema no município de Frederico
Westphalen-RS. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental. v.8, n.8, p.
1680-1688, Set-Dez, 2012. Disponível em: < http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-
2.2.2/index.php/reget/article/viewFile/6319/pdf_1>. Acesso em 23 de abril de 2015.
PROVAZI, K.; ESPINHOSA,D.C.R.; TENÓRIO,J.A.S. Estudo eletroquímico da recuperação
de metais de pilhas e de baterias descartadas após o uso. Metalurgia e materiais, Ouro Preto,
v. 65, n. 3, p. 335-341, Jul./Set. 2012. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rem/v65n3/09.pdf>. Acesso em: 08 de maio de 2015.
SANTOS, D. F.; NORONHA, P. F.; YAMADA, N. E.; SOUSA, V. J. Análise da percepção
dos consumidores a respeito do processo de descarte de celulares e baterias na cidade de São
José dos Campos. The 4th International Congress on University-Industry Cooperation –
Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012, ISBN 978-85-62326-96-7.
34
Disponível em:< http://www.unitau.br/unindu/artigos/pdf418.pdf>. Acesso em 25 de Agosto
de 2015.
VIEIRA, K.N.; SOARES,T.O.R.; SOARES, L.R. A Logística Reversa do Lixo Tecnológico:
Um Estudo sobre o projeto de coleta de lâmpadas, pilhas e baterias da Braskem. RGSA-
Revista de Gestão Social e Ambiental. v.3, n.3, p.120-136,Set./ Dez. 2009. Disponível
em:<http://www.revistargsa.org/rgsa/article/view/180/81>. Acesso em: 12 de Abril de 2015.
APÊNDICE A - Questionário aplicado aos educandos
QUESTIONÁRIO PARA TRABALHO MONOGRÁFICO
CONHECIMENTO DOS ALUNOS DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE
PATOS-PB SOBRE FORMAS DE DESCARTES DE LIXO ELETÔNICO.
1) Sexo
( ) Masculino ( ) Feminino
2) Nível de escolaridade
( ) Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio
3) Quantos aparelhos celulares você possui?
( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( ) mais de 4
4) Com que frequência você troca seu aparelho celular?
( )6 meses ( )1 ano ( )3 anos ( ) mais de 4 anos
5) Onde você descarta seu celular antigo?
( ) Não descarto ( ) No lixo comum ( ) Nos pontos de coletas
6) Você conhece algum ponto de coleta na cidade?
( ) Sim ( ) Não
7) Você já ouviu falar a respeito da Resolução do CONAMA Nº 401/2008?
( ) Sim,( ) Não
8) Você já ouviu falar sobre a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS)?
( ) Sim, do que ela se trata?_________________________________ ( ) Não
9) Você tem conhecimento dos riscos causados à saúde e ao meio ambiente, pelo descarte
incorreto de pilhas e baterias?
( ) Sim ( ) Não
10) Você acha que a Educação Ambiental deve ser trabalhada nas escolas de forma que se
estabeleça uma interação com as disciplinas do currículo escolar?
( ) Sim ( ) Não
Obrigado pela participação.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
ANEXO A - Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE).
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
Pesquisadores responsáveis:
Prof. Dr. Carlos Eduardo Alves Soares (Professor Orientador) e
Thalita Luana da Silva Ferreira (Bióloga).
Telefone para contato: (83) 9937-1562.
Sua colaboração é importante e necessária para o desenvolvimento da pesquisa, porém sua
participação é voluntária.
A pesquisa intitulada: CONHECIMENTO DOS ALUNOS DAS ESCOLAS PÚBLICAS
DO MUNICÍPIO DE PATOS-PB SOBRE FORMAS DE DESCARTES DE LIXO
ELETÔNICO. Avaliará as formas adotadas pelos alunos de escolas públicas a respeito do
descarte de lixo eletrônico, como também entender quais os motivos que levam a realização
desse tipo de descarte e ainda, conhecer o que esses alunos sabem sobre os possíveis danos
causados pelos seus atos ao meio ambiente e a própria saúde humana. A pesquisa será
realizada por meio de um questionário semiestruturado contendo perguntas gerais sobre o
descarte de aparelhos celulares e sobre a legislação que regulamenta esses produtos;
➝Será garantido o anonimato e o sigilo das informações, além da utilização dos resultados
exclusivamente para fins científicos;
➝Você poderá solicitar informações ou esclarecimentos sobre o andamento da pesquisa em
qualquer momento com o pesquisador responsável;
➝Sua participação não é obrigatória, podendo retirar-se do estudo ou não permitir a
utilização dos dados em qualquer momento da pesquisa;
➝Sendo um participante voluntário, você não terá nenhum pagamento e/ou despesa referente
à sua participação no estudo;
➝Os materiais utilizados para coleta de dados serão armazenados por 5 (cinco) anos, após
descartados, conforme preconizado pela Resolução CNS no. 196, de 10 de outubro de 1996.
Eu, __________________________________________________, natural de
________________________ - _____, nascido em: ____/____/______ como voluntário (a)
da pesquisa, afirmo que fui devidamente informado (a) e esclarecido (a) sobre a finalidade e
objetivos desta pesquisa, bem como sobre a utilização das informações exclusivamente para
fins científicos. Meu nome não será divulgado de forma alguma, e terei a opção de retirar meu
consentimento a qualquer momento.
Patos-PB, ______ de ______________ de 2015.
_________________________________________
Aluno (a)
_______________________________________
Pesquisador
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
ANEXO G - Normas do II Congresso Nacional de Educação (CONEDU).
TITULO DO TRABALHO (TIMES NEW ROMAN, 14,
CENTRALIZADO)
Autor (1); Co-autor (1); Co-autor (2); Co-autor (3); Orientador (1)
(inserir o(s) nome(s) completo(s) do(s) autor(es), apenas as iniciais em maiúsculas, centralizado e regular, fonte
TIMES NEW ROMAN tamanho 12.)
(Inserir nome completo da instituição de origem, centralizado e itálico, fonte TIMES NEW ROMAN tamanho
10, seguido do e-mail.)
Resumo: Deverá ter no máximo 250 palavras, parágrafo único, justificado, regular e coluna única,
fonte TIMES NEW ROMAN tamanho 11, espaço simples entrelinhas sem referências bibliográficas,
tabelas, gráficos ou destaques de qualquer natureza. Adicionar entre três e cinco palavras-chave que
devem ser escritas na linha seguinte, separadas entre si por vírgula e finalizadas por ponto. Deixar 1
linha em branco. Inserir "Quebra de seção contínua".
Informações gerais:
O artigo deverá ser elaborado em, no mínimo, 8 (oito) e, no máximo, 12 (doze) páginas.
Deverá ser organizado contendo: título, autor(es), instituição(ões), introdução, metodologia,
resultados e discussão, conclusão e referências. No corpo do texto poderá conter tabelas e/ou
figuras.
O texto deverá ser elaborado em formato Word na versão 2007 ou inferior, tamanho A-4,
margens superior/esquerda 3,0 cm e inferior/direita 2,0 cm. Deve ser empregada fonte TIME
NEW ROMAN, corpo 12, justificado e espaçamento 1,5.
Título: letras maiúsculas, negrito, centralizado e regular, fonte TIME NEW ROMAN tamanho 14.
Deixar 1 linha em branco após o título.
Autores: inserir o(s) nome(s) completo(s) do(s) autor(es), apenas as iniciais em maiúsculas,
centralizado e regular, fonte TIMES NEW ROMAN tamanho 12. Deixar 1 linha em branco após a
indicação de autoria do trabalho.
Afiliação autores: inserir nome completo da instituição de origem, centralizado e itálico, fonte
TIMES NEW ROMAN tamanho 10, seguido do e-mail. Deixar 1 linha em branco após a indicação da
afiliação.
Resumo do artigo: deverá ter no máximo 250 palavras, parágrafo único, justificado, regular e coluna
única, fonte TIMES NEW ROMAN tamanho 11, espaço simples entrelinhas sem referências
bibliográficas, tabelas, gráficos ou destaques de qualquer natureza. Adicionar entre três e cinco
palavras-chave que devem ser escritas na linha seguinte, separadas entre si por vírgula e finalizadas
por ponto. Deixar 1 linha em branco. Inserir "Quebra de seção contínua".
O Artigo deverá conter Introdução (justificativa implícita e objetivos), Metodologia, Resultados e
Discussão (podendo inserir tabelas, gráficos ou figuras), Conclusões e Referências Bibliográficas (As
citações das referências no texto devem seguir as normas de ABNT).
ANEXO H – Cópia do Certificado de apresentação do trabalho no II Congresso Nacional de
Educação (CONEDU)
Certificamos que o trabalho intitulado: CONHECIMENTO DOS ALUNOS DAS
ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE PATOS-PB SOBRE FORMAS DE
DESCARTE DE RESÍDUOS ELETROELETRÔNICOS do(s) autor(es): THALITA
LUANA DA SILVA FERREIRA e orientado por CARLOS EDUARDO ALVES SOARES,
foi apresentado na modalidade Comunicação Oral (CO) / Oral Papers Submission no II
CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, evento realizado na Centro de Convenções
Raymundo Asfora - Garden Hotel, no Campina Grande - PB, nos dias 14 a 17 de Outubro
de 2015.
Identificador(link):
f1a6a10505c757b7448c060de9a66b
0e
Campina Grande - PB, 17 de
Outubro de 2015
EIXO TEMÁTICO - Educação Ambiental:
Descrição: Promover o debate envolvendo a educação ambiental na sociedade contemporânea. Analisar criticamente
de modo que a comunidade escolar tenha uma visão mais ampla sobre as possibilidades de aproveitamento dos
recursos naturais, a conscientização da preservação do meio ambiente, a manutenção do desenvolvimento urbano e a
economia local.