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As Vanguardas As Vanguardas EuropéiasEuropéias

EE

o Texto Literárioo Texto Literário

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VANGUARDA:VANGUARDA: movimento formado por grupos de pessoas que, por seus conhecimentos ou por uma tendência natural, exercem papel de precursoras ou de pioneiras em determinado movimento cultural, artístico ou científico.

Assim aconteceu com o conjunto de cinco “ismos”: Cubismo, Futurismo, Expressionismo (Fauvismo), Dadaísmo e Surrealismo.

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CU B I SM O

1907 - França

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Cubismo - 1907

PropostaProposta

- Supressão do sentimentalismo piegas e da dor.

- Nada de lamentos

- Não só acentua o caráter de destruição mas acrescenta construção.

- Abolição da cópia na arte.

- Interesse: mudança de planos, de perspectivas, da decomposição geométrica dos objetos.

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HípicaHípica

Saltos records

Cavalos da Penha

Correm jóqueis de Higienópolis

Os magnatas

As meninas

E a orquestra toca

Chá

Na sala de cocktails

(Poesias Reunidas – 5ª ed.- Rio de Janeiro – Civilização Brasileira, 1978 p.129)

Oswald de Andrade

Pintor- quadro Les demoiselles d’Avignon (1907)Pablo Picasso- Mulheres da esquerda cultura ibérica Mulheres da direita influência da arte negra

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F U T U R ISM O

1909 - França

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Futurismo - 1909- Atitude de irreverência

- Destruição de códigos e valores cristalizados, arte agressiva

- Corte dos elos com o passado

- Palavras em liberdade

“ É preciso destruir a sintaxe, dispondo os substantivos ao acaso, como nascem”.

(Manifesto Futurista, 1912)

- Reunir beleza e feiúra ou o que era considerado grotesco e era excluído da poesia do passado. Criar cuidadosamente do feio na literatura.

Velhice

O netinho jogou os óculos na latrina.

Oswald de Andrade

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ODE AO BURGUÊSODE AO BURGUÊS

Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,

o burguês-burguês!

A digestão bem feita de São Paulo!

O homem-curva! o homem-nádegas!

O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,

é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!

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Eu insulto o burguês-funesto!

O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!

Fora os que algarismam os amanhãs!

Olha a vida dos nossos setembros!

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Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!

Morte ao burguês de giolhos

cheirando religião e que não crê em Deus!

Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!

Ódio fundamento, sem perdão!

Mário de Andrade. Poesias Completas. São Paulo: Circulo do Livro, sd, p.45-7.

Mário de Andrade

Pintor - Giácomo Balla

Vôo de andorinhas

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EX PR ESS I ON ISM O 1905 - Alemanha

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O meu tempoO meu tempo

Cantos e metrópoles, lavinas febris,Terras descoradas, pólos sem glória,Miséria, heróis e mulheres da escória,Sobrolhos espectrais, tumulto em carris.

Soam ventoinhas em nuvens perdidas.Os livros são bruxas. Povos desconexos.A alma reduz-se a mínimos complexos.A arte está morta. As horas reduzidas.

(Wilheim Klem)

Edvard Munch - O Grito

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Expressionismo - 1905

- Cores intensas, simbólicas, imagens sugestivas

- Deformação da realidade, representada subjetivamente

- Mostra seus aspectos hediondos, terríveis e dolorosos.

- Valorização dos conteúdos subjetivos que adquirem maior importância do que a técnica.

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F A U V I SMO 1909 - França

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Fauvismo - 1909

Assim como o Expressionismo, há predomínio das cores intensas e distorções ousadas.

- Fauves (selvagens) no sentido de libertação e experimento.

- Equilíbrio novo e radical em Matisse, seu principal líder.

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POÉTICAMANUEL BANDEIRA Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor. Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo. Abaixo os puristas. Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis Estou farto do lirismo namorador Político Raquítico Sifilítico De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo. De resto não é lirismo Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar às agraves mulheres, etc. Quero antes o lirismo dos loucos O lirismo dos bêbados O lirismo difícil e pungente dos bêbados O lirismo dos clowns de Shakespeare. - Não quero saber do lirismo que não é libertação.

Henry Matisse - Harmonia em vermelho

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D A D A Í SM O 1916 - Suíça

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MATURIDADE

O Sr. E a Sra. Amadeu Participam a V. Exa.

O Feliz nascimento

De sua filha Gilberta

Oswald de Andrade

Marcel Duchamp “ Roda de Bicicleta”

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Dadaísmo - 1916

Romper com o bom senso, a lógica e o significado compreensível, repudiar tudo aquilo que é do domínio da consciência.

O mais radical dos movimentos de vanguarda, procura a antiarte e a antiliteratura, algo diferente de tudo que já tivesse sido feito até então.

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SU R R EA L ISM O 1921 - França

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Surrealismo - 1921 ( a costela do Dadaísmo)( a costela do Dadaísmo)

CARACTERÍSTICAS COMUNS

- Amor ao protesto

- Valorização do improviso

- Espontaneidade no manejo da linguagem

SURREALISTAS EXPLORARAM

- A relação da linguagem e da arte com o inconsciente, os sonhos, o sobrenatural, a loucura e os estados alucinatórios. Tudo o que fosse o reverso da lógica e fora do controle da consciência.

- O emprego passional e irracional das imagens, em busca de representar um mundo em que a realidade e a força inconsciente da imaginação se misturem.

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Pré-históriaPré-história

Mamãe vestida de rendas

Tocava piano no caos

Uma noite abriu as asas

Cansada de tanto som,

Equilibrou-se no azul,

De tonta não mais olhou

Para mim, para ninguém!

Cai no álbum de retratos.

Murilo MendesSalvador Dali - Criança Geopolítica

assistindo ao nascimento do novo homem (1943)

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Os Amantes - 1928 - Magritte

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Tabacaria

Álvaro de Campos

 

Não sou nada.Nunca serei nada.Não posso querer ser nada.À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

----------------------------------------------------------------Fiz de mim o que não soubeE o que podia fazer de mim não o fiz.O dominó que vesti era errado.Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.

----------------------------------------------------------------Quando quis tirar a máscara,

Estava pregada à cara.

Quando a tirei e me vi ao espelho,

Já tinha envelhecido.

Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado

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Golconda - Magritte

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De Chirico – Heitor e Andrômaca

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Abaporu – 1928 - Tarsila Antropofagia – 1929 - Tarsila

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O Elefante Celebes – Max Ernst

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O Homem Amarelo – Anita Malfatti