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RESUMOS

e

RESUMOS EXPANDIDOS

06 à 14 de agosto de 2013

Uberlândia, MG.

IV SEMINÁRIO PIBID/UFU: INTEGRAÇÃO DE

PROJETOS

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IV SEMINÁRIO PIBID/UFU: INTEGRAÇÃO DE PROJETOS

06 à 14 de agosto, 2013, Uberlândia, MG

ISSN: ----------------------------

RESUMOS

e

RESUMOS EXPANDIDOS

Apoio:

Uberlândia

UFU – PROGRAD

2014

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Sistema de Bibliotecas da UFU - MG, Brasil

IV

S471rSeminário PIBID/UFU: integração de projetos (4. : 2013 : Uber-

lândia, MG) Resumos e resumos expandidos / IV Seminário PIBID/UFU : inte-gração de projetos, 06 a 14 de agosto de 2013, Uberlândia, MG ; or-ganizadores: Daisy Rodrigues do Vale ... [et al.]. - Uberlândia : UFU, PROGRAD, 2014. 115 p.

Inclui bibliografia. ISSN: XXXXXXXXX

1. Educação - Projetos - Congressos. 2. Integração universitária - For- mação de professores - Congressos. 3. Prática de ensino - Congressos. I. Vale, Daisy Rodrigues do. II. Marques , Deividi Márcio. III. Oliveira, Re-nata . IV. Marim, Vlademir . V. Universidade Federal de Uberlândia, Pró-reitoria de Graduação. VI. Título.

CDU: 37 (061.3)

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SEMINÁRIO PIBID/UFU: INTEGRAÇÃO DE PROJETOS

06 à 14 de agosto, 2013, Uberlândia, MG

ISSN: ----------------------------

RESUMOS

E

RESUMOS EXPANDIDOS

Organizadores:

Daisy Rodrigues do Vale

Deividi Márcio Marques

Renata Carmo de Oliveira

Vlademir Marim

Uberlândia

UFU – PROGRAD

2014

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Universidade Federal de Uberlândia

Pró-reitoria de Graduação (PROGRAD) – Diretoria de Ensino

Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência

Av. João Naves de Ávila, 2121 – Campus Santa Mônica

CEP 38.408-100 – Uberlândia/MG

Reitor: Elmiro Santos Resende

Pró-reitoria de Graduação: Marisa Lomônaco de Paula Neves

Realização:

Pró-reitoria de Graduação – UFU

Diretoria de Ensino – UFU

Divisão de Licenciatura – UFU

Coordenação PIBID/UFU

Coordenação Geral do evento

Vlademir Marim - UFU

Maria Clara Carelli Magalhães - UFU

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IV SEMINÁRIO PIBID/UFU: INTEGRAÇÃO DE PROJETOS

COMISSÃO ORGANIZADORA:

Ângela Aparecida TelesCristiane Coppe de OliveiraDaisy Rodrigues do ValeDeividi Márcio Marques

Emerson Luiz Gelamo Francielle Amâncio Pereira

José Gonçalves Teixeira JúniorLuciane Ribeiro Dias GonçalvesMaria Beatriz Junqueira BernardesMaria Clara Carelli MagalhãesMaria Simone Ferraz PereiraMilton Antônio AuthMirian Maria Andrade GonçalezOdaléa Aparecida VianaRenata Carmo de OliveiraSandro Prado SantosValéria Moreira ResendeVilma Aparecida de SouzaVlademir MarimWattson Estevão Ferreira

Coordenação Geral do evento

Vlademir Marim - UFU

Maria Clara Carelli Magalhães – UFU

Realização:

UBERLÂNDIA – MG

2014

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COMISSÃO CIENTÍFICA:

Ademir CavalheiroAdriano Vargas FreitasÂngela Aparecida TelesAntônio Claudio Moreira CostaArlindo José de SouzaClaudia Lúcia da CostaCristiane Coppe de OliveiraDaisy Rodrigues do ValeEmerson Luiz GelamoFernanda Helena Nogueira FerreiraFrancielle Amâncio Pereira Gerusa Gonçalves MouraGislene Alves do AmaralGuimes Rodrigues FilhoJoão Carlos BiellaJosé Carlos de MeloJosé Gonçalves Teixeira JúniorKarina KlinkeLúcia de Fátima Estevinho GuidoLuciane Ribeiro Dias GonçalvesMaria Beatriz Junqueira BernardesMaria Clara Carelli MagalhãesMaria Cristina Lemes de SouzaMaria Odete Vieira TenreiroMaria Simone Ferraz PereiraMariane Hundertmarck PerobelliMarilí Peres JunqueiraMilton Antônio AuthMyrtes Dias da Cunha Neusa Elisa Carignato SpositoOdaléa Aparecida VianaOlenir Maria MendesPaula Godoi ArbexRenata Carmo de OliveiraRenato Palumbo DóriaSandro Prado SantosSonia BertoniValéria Moreira ResendeVicente de Paulo da Silva Vilma Aparecida de SouzaViviane Alves de LimaVlademir MarimWaléria FurtadoZuleika da Costa Pereira

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Convidados do IV SEMINÁRIO PIBID/UFU: INTEGRAÇÃO DE PROJETOS

Prof. Dr. José Carlos de Melo – UFMA

Profa. Dra. Ângela Fátima Soligo – UNICAMP

Profa. Dra. Ana Maria Klein – UNESP/IBILCE

Profa. Solange Vera Nunes Lima D´água – UNESP/IBILCE

Prof. Me. Ildair Floriano da Silva – Escola Estadual Renê Gianetti

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SUMÁRIO

Apresentação...................................................................................................................16Regina Ilka Vieira Vasconcelos

Prefácio............................................................................................................................19Vlademir Marim

1. RELATO SOBRE O IV SEMINÁRIO DO PIBID UFU............................................21

Débora Silva CostaSara Pereira LimaThaís Marra de Barros

2. MUSEU ITINERANTE: UM AMBIENTE DE ENSINO E APRENDIZAGEM......24

Mizael Borges Campos NettoVlademir Marim

3. IMPRESSÕES SOBRE A VISITA AO MUSEU PONTO PARA OS ALUNOS DA REDE MUNICIPAL E ESTADUAL DE ENSINO DE UBERLÂNDIA.......................27

Bernadete da Penha Silva SantanaGisele PereiraTalita Zuquete

4. MUSEU ITINERANTE PONTO UFMG: RELATO DAS ATIVIDADES DE MEDIÇÃO REALIZADAS POR BOLSISTAS PIBID QUÍMICA...............................30

Núbia Aparecida Santos NevesDiele Aparecida Gouveia AraújpJosé Gonçalves Teixeira Júnior

5. MUSEU ITINERANTE PONTO UFMG: APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA PARA A FORMAÇÃO DE ESTUDANTES E PROFESSORES................................33

Adrinelly Lemes NogueiraJaine SilvaMaria Simone Ferraz Pereira Moreira Costa

6. ALIANDO TEORIA E PRÁTICA NO MUSEU ITINERANTE PONTO UFMG....36

Heinrich da Solidade SantosVlademir Marim

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7. O ENSINO DA FUNÇÃO ÁLCOOL NUMA ABORDAGEM QUÍMICA E HISTÓRICA....................................................................................................................38

Jackelinne Camargo de LimaAnalice Resende FeresNúbia Aparecida Santos Neves

8. MINICURSO SOBRE A QUÍMICA DOS COSMÉTICOS COMO TEMA GERADOR PARA O ENSINO DE QUÍMICA..............................................................40

Mariana Lopes CabralJennifer Felipe Brito

9. PERCEPÇÃO DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DURANTE A VISITA AO MUSEU ITINERANTE..........................................................................43

Ana Paula Silva Queiroz

10. A UTILIZAÇÃO DE FILME EXIBIDO COMO RECURSO DIDÁTICO..............45

Francielle Camargo MedeirosPatrícia Maria de Freitas PereiraElene Maria de Oliveira ModestoGerusa Gonçalves Moura

11. O MUSEU PONTO UFMG VISITA UBERLÂNDIA. PONTUAÇÕES E OBSERVAÇÕES............................................................................................................47

Cleidson de Araújo AndradeMaximiliano Soares Lemos Araújo GobboRenata Araújo Guizzetti

12. A VIVÊNCIA COMO MEDIADORA NO MUSEU PONTO – UFMG: REFLEXÕES E APRENDIZAGENS DE UMA PIBIDIANA.......................................50

Renata Ribeiro Silva

13. INTEGRAÇÃO DE PROJETOS NO IV SEMINÁRIO DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA/UFU/CAPES: CONTRIBUIÇÕIES PARA A FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE PROFESSORES..............................................................................................................53

Leila Aparecida Pereira Rosa OliveiraPoliana Oliveira SilveiraMaria Simone Ferraz Pereira Moreira Costa,

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14. EDUCAÇÃO BÁSICA: A TRANSVERSALIDADE DA EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS.................................................................................................56

Ana Maria Klein

15. A TRANSVERSALIDADE DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA EDUCAÇÃO BÁSICA..........................................................................................................................60

Solange Lima D’Água

16. A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA TRANSVERSALIDADE, DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA...............................................................................................61

José Carlos de Melo

17. EXPERIÊNCIAS DO PIBID EDUCAÇÃO POPULAR: MOSTRA DE INSENTÁRIO E VISITA EM LABORATÓRIO COM ALUNOS DO EJA DE UMA ESCOLA PÚBLICA, ITUIUTABA-MG........................................................................64

Luiz Henrique de Freitas FilhoHellen Souza Coelho NettoVanessa Carla Silva Batista

18. VIDEOINSTALAÇÃO: UMA POSSIBILIDADE DE NOVOS OLHARES..........66

Thiago Augusto Tomaz da Silva CrepaldiRafael Gonçalves Barbosa GomesYasmim Tavares de Cássia Silva

19. A BIBLIOTECA NO ESPAÇO ESCOLAR E A PRÁTICA DA LEITURA...........68

Thalita Ribeiro AraújoJéssica Fernandes de Almeida

20. A BIBLIOTECA REOGANIZADA E O INCENTIVO À LEITURA – UMA EXPERIENCIA NO ÂMBITO DO PIBID.....................................................................69

Ilza Martins Gomes Pires

21. INCLUSÃO E TRANSVERSALIDADE NA EDUAÇÃO BÁSICA NA VISÃO DE BOLSISTAS....................................................................................................................71

Laís Albino TomazAugusto César Faria

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22. SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS: UMA DISCUSSÃO NA MESA REDONDA DO EVENTO INTEGRAÇÃO ENTRE SUBPROJETOS PIBID.........................................72

Carlos A. Rezende FilhoOdaléa Aparecida Viana

23. O MUSEU INTINERANTE PONTO DA UFMG: POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM DA CIÊNCIA PARA ALUNOS DO 9º ANO DE UMA ESCOLA DA REDE MUNICIPAL DE ITUIUTABA-MG............................................................74

Rosa Betânia Rodrigues de CastroMatheus Ferreira MotaFrancielle Amâncio Pereira

24. OFICINA DE ATIVIDADES MUSICAIS PARA PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL................................................................................................76

Eliézer Evangelista SilvaSabrina de Fátima Pereira do NascimentoMaria Cristina Lemes de Souza Costa

25. PIBID/SOCIOLOGIA: REFLEXÃO SOBRE A DISCUSSÃO ACERCA DA INCLUSÃO E EXCLUSÃO NAS RELAÇÕES ÉTNICAS – RACIAIS NO ESPAÇO ESCOLAR PÚBLICO.....................................................................................................78

Patrícia Aparecida de Assunção

26. SIMPÓSIO DE INTEGRAÇÃO PIBID – RELATANDO AS EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS NOS SUBPROJETOS DE QUÍMICA................................................80

Maria Cecília Borges CesarMirielle Cristina Silva Santos

27. PROJETO AÇÃO NO BAIRRO: DEMONSTRAÇÃO DOS JOGOS DIDÁTICOS UTILIZADOS PELO PIBID – UFU..............................................................................82

Alexander Alves de Paula Nayara Costa Souza

28. RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA VIVENCIADA PELOS BOLSISTAS DO SUBOPROJETO PIBID/QUÍMICA/PONTAL NA III SEMANA DA QUÍMICA /PONTAL......................................................................................................................84

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Tatiane Aparecida Silva RochaRosália Alves Santos

29. ANÁLISE DA APLICAÇÃO DE UMA OFICINA SOBRE A QUÍMICA DO CORPO HUMANO POR BOLSISTAS PIBID..............................................................86

Nayara Félix de FreitasThalita Fernanda Rodrigues Silva

30. VISÃO DAS SUPERVISORAS SOBRE AS OFICINAS TEMÁTICAS DESENVOLVIDAS PELOS BOLSISTAS PIBID QUÍMICA PONTAL......................88

Rívia Rodrigues Martins José Gonçalves Teixeira Júnior

31. PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES E DIFICULDADES QUE O PIBID/ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA ENCONTRA..........................................90

Taiza Araújo SantosFranciene Cabral da Silva

32. ANALISANDO AS CONTRIBUIÇOES DA PARTICIPAÇÃO DOS BOLSISTAS PIBID/QUÍMICA NAS DISCUSSÕES SOBRE INCLUSÃO E TRANVERSALIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA.............................................................................................92

Jaqueline Queiroz de OliveiraAdeliaine Alves da SilvaJosé Gonçalves Teixeira Júnior

33. MINICURSO: A QUÍMICA NA AGRICULTURA, DEMONSTRANDO QUE A CIÊNCIA TAMBÉM SE APLICA À ZONA RURAL...................................................94

Belchior Camilo NetoLidiane Dutra

34. INTEGRAÇÃO DE PROJETOS – O SEMINÁRIO PIBID SOB O OLHAR DO SUPERVISOR DO SUBPROJETO PIBID QUÍMICA..................................................96

Julieta Hanna Kalil DibJosé Gonçalves Teixeira Júnior

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35. ANALISANDO AS CONTRIBUIÇÕES DA VISITA AO MUSEU PONTO UFMG PARA OS BOLSISTAS PIBID/QUIMICA....................................................................98

Juscelino Pereira da SilvaAline Stéffani Silva

36. UMA TROCA DE EXPERIÊNCIAS ENTRE PIBIDIANOS E CONVIDADOS.100

Edilma Santos da SilvaLetícia Franco de Oliveira

37. USO DE EMBALAGEM LONGA VIDA COMO ISOLANTE TÉRMICO..........102

Heloísa Fernanda F. BatistaHermes G. F. NeriMaryelly S. Faria

38. RESUMO DO IV SEMINÁRIO DO PIBID...........................................................104

Giovanna Bruna Medeiros FreitasLiziane SilvaThaynara Ferreira Chieregato

39. OBSERVAÇÃO E REFLEXÃO DA OFICINA FOTOGRÁFICA REALIZADA NO IV SEMINÁRIO DO PIBID...................................................................................106

Matheus Tizo AnastácioAna Caroline Fagundes de CastroHelena Ramires Pereira

40. INTEGRAÇÃO E TROCA DE EXPERIÊNCIAS NO IV SEMINÁRIO PIBID-UFU...............................................................................................................................107

Jeane Alves CoelhoDaiane Aparecida Gomes Barbosa

41. GÊNERO EPISTOLAR NO PROCESSO DE ENSINO – APRENDIZAGEM.....109

Érica Rogéria da Silva

42. REFLEXÕES SOBRE A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO: DESAFIOS E CONQUISTAS.............................................................................................................111

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Lígia Parreira de Souza

43. ESCOLAS ABERTAS À DIVERSIDADE............................................................113

Márcia Macêdo CostaAline Fernanda Borges

44. FÓRUNS DE DISCUSSÃO: TEMA PARA DEBATE NA MESA REDONDA/RODA DE CONVERSA NO IV SEMINÁRIO DO PIBID.....................115

Lucas Rafael Pereira SilvaGérsica Gomes Rodrigues

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APRESENTAÇÃO

Profa. Dra. Regina Ilka Vieira Vasconcelos

Subprojeto História – Campus Santa Mônica

A trajetória do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência em

desenvolvimento na Universidade Federal de Uberlândia, ao longo de suas três edições,

de 2009 até 2013, compreende um intenso processo de trabalho coletivo a envolver

professores e estudantes universitários dos cursos de licenciatura, professores e

estudantes da educação básica no contexto das redes estadual e municipal de ensino de

Uberlândia e Ituiutaba, onde se localizam diversos campus da UFU (Santa Mônica,

Umuarama, Educação Física e a Faculdade Integrada de Ciências do Pontal – FACIP).

Em sua primeira edição, o PIBID/UFU iniciava com a participação de 4

licenciaturas (Química, Física, Matemática e Biologia), com o desenvolvimento de

subprojetos em 5 escolas da rede estadual, nos anos finais do Ensino Fundamental ou no

Ensino Médio.

Na sua segunda edição, apresentou subprojetos em outras áreas presentes nas

escolas básicas da rede pública de Minas Gerais: filosofia, sociologia, pedagogia

(alfabetização), letras-português, língua estrangeira, geografia, história e cultura afro-

brasileira, com atuação no Ensino Médio e no Ensino Fundamental, em 8 escolas da

rede estadual. E, além das licenciaturas dos campi Santa Mônica e Umuarama,

incorporou as licenciaturas de matemática (ensino fundamental), física, química e

pedagogia (gestão, planejamento e organização escolar) da FACIP, alcançando 4

escolas das redes municipal e estadual do município de Ituiutaba, no Ensino

Fundamental e no Ensino Médio.

Em 2011 e 2012, articulado as duas edições anteriores e em decorrência do êxito

alcançado, o programa foi ampliado para 36 subprojetos, atendendo a 21 licenciaturas

da UFU (de um total de 22 licenciaturas na universidade), em seus diversos campi,

reforçando-se o trabalho de integração entre a Universidade Federal de Uberlândia e as

escolas públicas da educação básica enquanto espaços propícios para a formação inicial

e continuada de professores. Esse esforço resultou na presença expressiva do

PIBID/UFU em 30 escolas das redes estadual e municipal em Uberlândia, além da

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Escola de Educação Básica (ESEBA) da Universidade Federal de Uberlândia, e em 9

escolas das redes estadual e municipal em Ituiutaba.

Os dados do Censo Escolar da Educação Básica de 2012 fornecem um desenho

da abrangência das redes estadual e municipal e sinalizam, para o Programa, um campo

fértil para a reconfiguração dessa atuação. Para a cidade de Uberlândia, registrou-se a

matrícula de 98.145 alunos no ensino regular das escolas das redes estadual e municipal

em área urbana, com a seguinte distribuição por níveis de ensino: 15.429 alunos na

Educação Infantil, em 76 escolas da rede municipal; 62.307 alunos no Ensino

Fundamental, sendo 30.773 alunos em 62 escolas da rede estadual e 31.534 alunos em

38 escolas da rede municipal; 20.409 alunos no Ensino Médio, em 26 escolas da rede

estadual. Para a cidade de Ituiutaba, o mesmo Censo Escolar contabilizou 13.911 alunos

matriculados no ensino regular das redes estadual e municipal em área urbana: 1.400

alunos na Educação Infantil da rede municipal; 9.532 alunos no Ensino Fundamental,

sendo 5.288 alunos na rede estadual e 4.244 alunos na rede municipal; e 2.979 alunos

no Ensino Médio da rede estadual.

Ao mesmo tempo, importante se faz considerar o contexto de desenvolvimento

do trabalho docente. As mudanças empreendidas pelas reformas educacionais iniciadas

na última década do século XX criaram novas atribuições para a escola, e, para os

professores, expectativas de uma posição de protagonismo no cumprimento de metas

previstas nos recentes Planos Nacionais de Educação, com relação à permanência de

crianças e jovens na escola ou à construção de bons resultados nas avaliações.

Os dados divulgados pela PNAD/IBGE, relativos à conclusão do Ensino

Fundamental e do Ensino Médio no estado de Minas Gerais, apontam para o universo

de estudantes matriculados na educação básica, o problemático índice de conclusão do

Ensino Fundamental limitado a 71,6 % de jovens de 16 anos, e o de conclusão do

Ensino Médio a 49,0 % de jovens de 19 anos; ou os dados MEC/INEP/DTDIE, que

indicam uma taxa de distorção idade-conclusão de 63,9 % para o Ensino Fundamental e

de 31,6 % para o Ensino Médio.

Vale destacar, portanto, o protagonismo dos cursos de licenciatura enquanto

campo a ser debatido e valorizado no momento atual, nos termos do impacto de um

programa dessa natureza, com força para transformação das práticas na escola e na

universidade e também para pensar o que de fato constitui a formação inicial do

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professor na contemporaneidade, de modo a construir uma relação mais orgânica entre

as experiências sociais dos diferentes coletivos na escola, na comunidade, na cidade.

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PREFÁCIO

Prof. Dr. Vlademir MarimGestor PIBID/UFU

O IV Seminário PIBID/UFU: integração de projetos, realizado de 07 à 14 de

agosto de 2013, foi desenhado para promover mais uma integração maior entre os

Projetos desta Instituição, considerando a importância dessa socialização entre seus

pares.

O evento ocorreu simultaneamente nas cidades de Uberlândia e Ituiutaba,

contemplando os campus Santa Mônica e Pontal, realizando em sua programação a

cerimônia de abertura, a exposição do Museu Itinerante PONTO UFMG, a visitação dos

alunos das escolas públicas e privadas dos municípios de Ituiutaba e Uberlândia, mesas

redondas, palestras, oficinas, apresentação de atividades desenvolvidas pelos alunos

licenciandos, comunicações orais e visitação às escolas parceiras o Museu Itinerante.

A conferência de abertura em Ituiutaba, ocorreu dia 12 de agosto de 2013,

segunda-feira, proferida pela profa. Dra. Solange Vera Nunes Lima D´água –

UNESP/IBILCE – abordando o tema Inclusão/Exclusão social e prática docente. Em

Uberlândia, a palestra foi proferida pela profa. Ângela Fátima Soligo – UNICAMP.

Em Ituiutaba, após a palestra de abertura, no período da tarde do dia 12 de

agosto de 2013, ocorreu a mesa redonda, intitulada Educação Básica e transversalidade.

A organização do evento trouxe a profa. Dra. Ana Maria Klein - UNESP/IBILCE -, o

prof. Dr. José Carlos de Melo – UFMA -, e a profa. Dra. Solange Vera Nunes Lima D

´água – UNESP/IBILCE –, mediada pela profa. Dra. Renata Carmo Oliveira –

coordenadora institucional do PIBID/UFU. A mesa redonda em Uberlândia ocorreu no

dia 06 de agosto de 2013, com a participação do prof. Guimes Rodrigues Filho –

IQ/UFU; prof. Me. Ildair Floriano da Silva – Escola Estadual Renê Gianetti, sendo

mediada pela profa. Dra. Ângela Fátima Soligo – UNICAMP.

A visitação do Museu Itinerante, em Ituiutaba, ocorreu entre os dias 11 a 14 de

agosto, sendo aberta oficialmente no dia 11,domingo, com a presença de professores,

alunos, licenciandos da Universidade Federal de Uberlândia, professores supervisores

da rede pública de ensino da cidade, diretores das escolas parceiras do PIBID, além das

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autoridades públicas: prefeito, superintendente regional de educação do estado de Minas

Gerais, Secretaria de Educação Municipal e diretor da Faculdade de Ciências Integrada

do Pontal (FACIP/UFU). Também estiveram presentes as equipes responsáveis pelo

museu e os coordenadores gestão e institucional do PIBID/UFU, no total contabilizou

aproximadamente a visitação de 4000 pessoas.

Para contemplar os dois municípios, o Museu Itinerante PONTO UFMG,

realizou a visitação em Uberlândia nos dias 06 a 10 de agosto de 2013, posteriormente

direcionou para o município de Ituiutaba. O cronograma do Museu desenvolvido em

Uberlândia foi o mesmo que realizou em Ituiutaba, com a presença de aproximadamente

5000 visitantes.

No dia 13 de agosto de 2013, o município de Ituiutaba recebeu alguns

subprojetos desenvolvidos em Uberlândia e da mesma forma Uberlândia recebeu alguns

subprojetos desenvolvidos em Ituiutaba. A socialização desses subprojetos foram

importantes e ocorreu de uma forma muito calorosa entre os campus. Nestes espaços

foram desenvolvidas diversas atividades durante todo o dia, tais como: visita técnica,

cine educa, realização de diversas oficinas, sessões de pôsters, simpósios, comunicação

oral, palestras, roda de conversa e interlúdio. Os trabalhos apresentados nesses módulos

foram realizados pelos coordenadores de áreas, professores supervisores e pelos alunos

licenciandos da universidade.

Todo esse movimento foi registrado por meio de gravações, fotografias e

registros escritos. Após o evento, realizamos uma plataforma para recebermos os

trabalhos que foram discutidos no evento e desenvolvidos nos subprojetos, inclusivo

com os relatos dos alunos que participaram nas diversas ações, em forma de artigos,

resumos e resumos expandidos.

Todos os trabalhos submetidos passaram por um crivo cuidadoso de nossos

pareceristas e por uma revisão atenta. Agradecemos a confiança dos autores e

esperamos que esse evento não seja apenas a continuação dos trabalhos anteriores já

desenvolvidos, mas que seja a motivação para as próximas reflexões e publicações de

trabalhos apresentados nos futuros eventos promovidos pela Universidade Federal de

Uberlândia, CAPES e PAEP.

20

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RELATO SOBRE O IV SEMINÁRIO DO PIBID UFU

Débora Silva Costa [email protected]

Sara Pereira LimaThaís Marra de Barros

Resumo

O IV Seminário PIBID/UFU teve início no dia 06 de agosto de 2013, na

Universidade Federal de Uberlândia, e seu objetivo foi a integração dos projetos

desenvolvidos no programa com as escolas de educação básica parceiras em Uberlândia

e Ituiutaba. Foram realizadas diversas atividades para socialização, discussão e

divulgação dos trabalhos realizados. No dia 06/08 aconteceu a solenidade de abertura da

exposição do Museu Itinerante PONTO-UFMG, e nos dias 07 e 08 de agosto houve a

visita das escolas parceiras do PIBID de Uberlândia ao museu.

O museu é um espaço científico-cultural, interativo, adaptado em uma unidade

móvel que atende, primordialmente, escolas e cidades de Minas Gerais. Ele é

constituído por um caminhão que abarca salas com ambientes tecnológicos e culturais, e

também promove atrações externas, como oficinas que abordam diversas áreas do

conhecimento e da ciência. A experiência de participar do museu foi ímpar para nós,

visto que pudemos adquirir um conhecimento que antes não possuíamos, pois as salas e

os experimentos científicos abarcaram conhecimentos distintos e foi possível explorá-

los bastante.

No dia 12 de agosto, o seminário continuou com outras atividades, com uma

abertura muito especial em que os alunos do curso de Música da UFU tocaram

instrumentos e cantaram músicas da atualidade como “Pescador de Ilusões” do Rappa.

Em seguida, tivemos uma conferência de abertura com a Prof.ª Dra. Ângela Fátima

Soligo, da UNICAMP, que abordou um tema muito importante na área da educação

sobre inclusão/exclusão social e a prática docente. Ouvindo sobre esse assunto pudemos

nos conscientizar que, como docentes e/ou docentes em formação, devemos fazer o

possível para oferecer oportunidades de acesso a bens e serviços aos alunos com

necessidades de qualquer âmbito, dentro de um sistema que beneficie a todos e não

apenas os mais favorecidos, como é o sistema hegemônico em que vivemos.

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Page 22: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

Nesse mesmo dia, a professora também falou sobre a inserção dos temas

transversais na educação básica em uma mesa redonda com os professores Ildair

Floriano e Guimes Rodrigues. O debate desse tema foi bastante relevante, visto que os

temas transversais (ética, respeito, pluralidade cultural etc.) expressam conceitos e

valores básicos à democracia e à cidadania e obedecem a questões importantes e

urgentes para a sociedade contemporânea, portanto, pudemos compreender a

importância da aplicação desses conceitos na educação básica.

No dia 13 de agosto, nós, bolsistas e supervisores, juntamente com os

coordenadores dos subprojetos de línguas estrangeiras, nos reunimos para realizarmos

atividades que foram programadas pela Prof.ª Dra. Maria Clara Carelli Magalhães,

coordenadora do nosso subprojeto de Inglês. Tivemos o privilégio de receber

novamente a Prof.ª Dra. Ângela Fátima, que falou sobre assuntos relevantes na área da

educação, como o preconceito com a classe e origem social, origem geográfica,

educação, idade, necessidades especiais e, ainda, preconceitos raciais. Ouvindo a

professora e suas experiências sobre o assunto, ficou clara a mensagem de que nós,

enquanto docentes e futuros docentes, devemos tratar, considerar e ensinar nossos

alunos igualmente, pois as diferenças se fazem iguais quando colocadas num grupo que

as aceitem e as considerem. Além disso, acrescentam-nos valores morais e de respeito

ao próximo, como todos tendo os mesmos direitos e recebendo as mesmas

oportunidades diante da vida.

Recebemos também a Prof.ª Dra. Miriam Jorge, coordenadora do PIBID –

INGLÊS na UFMG, que compartilhou conosco sua ideia para um de seus projetos em

andamento, que é criar vídeos com depoimentos de pessoas dizendo como a língua

inglesa transformou suas vidas, proporcionando boas oportunidades profissionais. Essa

iniciativa é bastante válida, visto que pode motivar vários alunos que assistirão aos

vídeos.

Discutimos bastante com a professora sobre o PIBID e como ele nos

proporciona aprendizado tanto para os supervisores e coordenadores quanto para os

docentes em formação. A professora quis ouvir um pouco da experiência de cada

bolsista com o PIBID. Notamos que, através desse programa, pudemos estar em contato

com a sala de aula, aprendemos a realizar planos de aula, a lidar com os alunos e com

seus pais e com as diversas situações que ocorrem no âmbito escolar. As reuniões com o

coordenador, supervisores e bolsistas auxiliam na discussão das normas das escolas,

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revisões de planos de aula, compreensão do projeto político pedagógico da escola, entre

outros.

Por fim, podemos afirmar que esse IV Seminário do PIBID foi muito valoroso,

pois pudemos trocar nossas experiências e, assim, aprender com as do próximo.

Discutimos assuntos consideráveis, como inclusão e exclusão social, preconceito com o

próximo, transversalidade na educação básica e debatemos sobre o que podemos fazer

para melhorar nossas atitudes como docentes, a fim de trabalhar de uma forma melhor,

ética e acolhedora com os nossos alunos. Estamos crescendo acadêmica e

profissionalmente a cada dia, tanto como docentes em exercício quanto como docentes

em formação e, por isso, somos imensamente gratas por termos essa oportunidade de

participar desse programa que está construindo uma nova história sobre a formação de

professores.

Palavras-chave: Conhecimento. Educação. PIBID.

23

Page 24: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

MUSEU ITINERANTE: UM AMBIENTE DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Mizael Borges Campos [email protected]

Vlademir Marim

Resumo

Este relato de experiência tem como objetivo apresentar as ações vivenciadas no

IV Seminário PIBID/UFU: Integração de Projetos, da Universidade Federal de

Uberlândia (UFU), da Faculdade de Ciências Integradas do Pontal (FACIP). Este

seminário foi desenvolvido nas cidades de Uberlândia/MG e de Ituiutaba/MG, contando

com a participação dos professores e alunos da Educação Básica das escolas parceiras

do programa e com os 36 subprojetos desenvolvidos na UFU, e com a presença do

Museu Itinerante PONTO da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),

patrocinado pela CAPES.

Este trabalho apresenta ações vivenciadas no IV Seminário PIBID/UFU:

Integração de Projetos, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), da Faculdade de

Ciências Integradas do Pontal (FACIP). O PIBID, que tem como objetivo incentivar a

formação de docentes em nível superior para a Educação Básica, elevar a qualidade da

formação inicial de professores nos cursos de licenciatura, promovendo a integração

entre Educação Superior e Educação Básica e inserir os licenciandos no cotidiano de

escolas da Rede Pública de educação, proporcionando oportunidades de criação e

participação em experiências metodológicas e tecnológicas (COORDENAÇÃO DE

APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR, 2013). Nesta

perspectiva, foi realizado um seminário em agosto de 2013, com a finalidade de integrar

os subprojetos desenvolvidos nas cidades de Uberlândia/MG e de Ituiutaba/MG, além

de contar com a participação das escolas da Educação Básica parceiras do programa e

com a presença dos integrantes dos 36 subprojetos desenvolvidos na UFU.

Durante o evento foram realizadas diversas atividades, tais como mesas

redondas, palestras, apresentações de ordem acadêmica, que proporcionaram momentos

de aprendizagem a todos os envolvidos. Além destas ações, foi disponibilizada para a

comunidade a visita ao Museu Itinerante PONTO da Universidade Federal de Minas

Gerais (UFMG), um espaço científico-cultural, interativo, adaptado em uma unidade 24

Page 25: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

móvel, construído em um caminhão com espaço interior adaptado em seis ambientes:

Sala do Útero, Sala dos Sentidos, Sala dos Biomas, Sala de Projeção 3D, Sala do

Submarino e Sala das Cidades, apresentando uma proposta diferenciada. Além disso, o

museu proporciona exposições e oficinas externas ao caminhão, interligando as mais

diversas áreas do conhecimento e da Ciência.

O Museu Itinerante PONTO UFMG tem como objetivo difundir Ciência,

Tecnologia e Inovação em escolas de Educação Básica de Minas Gerais e as demais

localidades do Brasil, ampliando a compreensão, pelos estudantes, dos meios de

produção científica e de sua relação com a educação, cultura e a sociedade. Além disso,

propõe despertar vocações científicas que, futuramente, contribuam para o

desenvolvimento científico e tecnológico (UFMG, 2013). Neste espaço, as atividades

sistematizadas pelo Museu Itinerante contaram com o auxílio de moderadores, isto é,

graduandos da faculdade onde o caminhão estava alojado, os quais ficariam

responsáveis pelas ações desenvolvidas, como visitações de aproximadamente 3500

pessoas em quatro dias, 11 a 14 de agosto de 2013, e a participação no ambiente interno

e externo do museu. Para a realização destas atividades, houve uma formação dos

moderadores que se dispuseram a ajudar, juntamente com a coordenadora do projeto,

vinculada à UFMG, cuja finalidade foi apresentar a estrutura do caminhão e a forma de

desempenhar as funções como moderadores.

Na função de moderador, trabalhei no exterior do caminhão, onde participei de

uma oficina com os alunos, com a finalidade de incentivar o seu raciocínio lógico;

também trabalhei no interior do caminhão, ficando responsável pela Sala dos Biomas,

explanando as características principais dos biomas do cerrado, tropical e antártico.

Pude perceber que os alunos se envolveram nas duas atividades, vivenciando diversas

situações, que habitualmente viriam apenas na teoria em sala de aula, como, por

exemplo, na Sala dos Biomas. Assim, os alunos perceberam as diferenças entre os

biomas do cerrado, tropical e antártico quando entravam em cabinas que simulavam as

características específicas de cada bioma citado. Nesta perspectiva, Sacristán (1999)

afirma que o conhecimento está relacionado com a prática, pois é nela que o homem

pode demonstrar seu pensamento. Assim, há o entendimento de que no interior do

caminhão, em sua amostragem, pode-se desenvolver conhecimento, proporcionando

uma formação intelectual. No que tange a esta metodologia de ensino, na perspectiva de

moderador, percebi que há uma possibilidade de instigar os alunos à aprendizagem e ao

25

Page 26: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

conhecimento, por meio de atividades que os façam interagir com o meio onde estão

inseridos.

Palavras-chave: Conhecimento. Educação Básica. PIBID.

26

Page 27: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

Impressões sobre a visita ao Museu Ponto para os alunos da rede

municipal e estadual de ensino de Uberlândia.

Bernadete da Penha Silva [email protected]

Gisele PereiraTalita Zuquete

Resumo

Este trabalho trata de um relato sobre a visitação dos alunos de uma escola

municipal e estadual ao Museu Itinerante Ponto UFMG, bem como de uma análise

acerca da visita, tendo como base um questionário realizado com os alunos. Aqui

descreveremos as suas impressões que, expectativas e críticas. Nosso objetivo é

descrever as percepções dos alunos nesta visitação e refletir sobre o alto investimento

dado ao Museu Itinerante Ponto. Será que está sendo bem aplicado, tanto em questões

estruturais, incluindo a qualificação dos monitores e recepção aos visitantes?

A vinda do museu Itinerante Ponto UFMG, em Uberlândia, fez parte da

programação do IV Seminário do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à

Docência (PIBID): Integração de Projetos. O Museu Ponto viaja por Minas Gerais e

outros estados brasileiros, levando ciência e tecnologia às cidades do interior, alocado

dentro de um caminhão-baú que também transporta materiais e artefatos para montagem

de exposições e oficinas externas.

Antes da visitação, as escolas, tanto municipal, como estadual, fizeram um

trabalho com esses alunos, a fim de lhes apresentar o Museu do Ponto, sua estrutura e o

que é exposto. Assim, os pibidianos realizaram uma apresentação aos alunos, incluindo

regras de comportamento, e esclarecendo o papel social de um Museu.

Realizamos uma palestra orientando os alunos e depois partimos para o Museu.

A visita foi pré-agendada com os organizadores do Museu, de forma que cada escola

27

Page 28: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

teria o seu momento de visitação, a fim de evitar tumultos e também para que os

monitores pudessem acompanhar e orientar os alunos durante nossa presença no evento.

O tempo previsto para cada escola foi de aproximadamente 2 (duas) horas. Neste prazo,

os alunos estavam livres para apreciar as exposições internas e externas ao caminhão.

Todos os alunos interagiram muito em cada stand que apreciavam. Eles tiveram a

oportunidade de tocar, sentar, experimentar diferentes sensações como na cabine dos

biomas, e aprender muito!

Ao retornar à escola, os alunos receberam um questionário avaliativo elaborado

pelos pibidianos, com o objetivo de verificar se lhes foi significativo esse passeio, se

têm o hábito de visitar museus científicos ou outros e, ainda, qual seria um local de seu

interesse para uma aula de campo. Conforme mencionado, os pibidianos do subprojeto

Ciências da Natureza elaboraram um questionário avaliativo para que os alunos (apenas

da escola municipal), após retornarem do passeio, pudessem responder. Distribuímos 47

questionários para alunos do 8º ano, e colocamos quatro perguntas, questionando se já

haviam visitado algum museu de ciências; o que aprenderam na visita ao Museu do

Ponto; o que acharam de mais interessante e lhes chamou mais atenção; se gostariam de

fazer outras aulas de campo, e onde teriam interesse/curiosidade de visitar. Ao final,

pedimos para que representassem como foi a visita, por meio de um desenho ou uma

frase.

Do total, 38 alunos disseram que nunca tinham ido a um museu de ciências. O

que nos revela que, para muitos, o museu é um local desconhecido! A maioria

respondeu que aprendeu muito nesse passeio. Que acharam legal, divertido. Alguns

mencionaram que acharam interessante “o fato de o museu ser no caminhão” (I.R.B.–

aluna do 8º ano); “eu achei interessante o museu ser dentro de um caminhão. As salas

do caminhão, porque não é comum ter um museu dentro de um veículo” (G.G.B – aluna

8º ano).

As cabines mais citadas como interessantes foram a do útero e dos biomas. Eles

ficaram fascinados com as sensações que tiveram nelas. Citaram também a cabine do

submarino: “o submarino, achei muito interessante, foi bem representado. Ficou

igualzinho” (G.M. – aluno do 8º ano). As exposições externas não foram muito

comentadas. Em destaque, o stand sobre rochas e minerais: “eu achei uma pedra muito

interessante. A pedra era um peixe que virou pedra. Era tipo uma pedra colada nas

costas do peixe” (T.S.S. - aluna do 8º ano se referindo a um fóssil de peixe). Não 28

Page 29: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

esquecendo, tivemos também quem gostou do stand da física: “aprendi que energia

pode ser feita através do vento” (M.F.N.S. – aluno do 8º ano).

A maioria dos alunos disse que gostariam de fazer outros passeios como os museus da

UFU (MunA, DiCA), e de conhecer o museu em Peirópolis.

Mas, tivemos 5 alunos que reclamaram do tempo para poder apreciar cada

cabine. Eles alegaram que não tiveram tempo para observar o que tinha dentro das

cabines, que os monitores não esperavam para que todos pudessem participar: “... foi

pouco tempo para ver a parte interna do caminhão. Logo que chegava em uma sala, já

tinha que sair!” (J.G.B. – aluna 8º ano); “achei muito interessante as coisas que tinha no

museu, pena que foi pouco tempo (...)” G.S.S. (aluno 8ª ano); “teve organização mas

não teve tempo suficiente para atender cada aluno, porque tivemos pouco tempo para

observar” (A.R.O. aluna 8ª ano).

Concluímos, assim, que, de uma forma geral, o investimento dado ao museu

itinerante está sendo válido porque os alunos têm demonstrado satisfação em conhecê-

lo. Para muitos, essa foi a primeira visita em um museu, demonstrando que eles não têm

acesso por várias questões socioeconômicas. Então, se o museu vem até eles, fica mais

fácil. Ressaltamos que a organização do evento pode melhorar, agendando poucas

turmas por hora, a fim de que todos os alunos possam participar. E ainda, uma melhoria

no treinamento dos monitores, para atender melhor os visitantes.

Palavras-chaves: PIBID. Museu Itinerante Ponto. Visitação.

29

Page 30: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

MUSEU ITINERANTE PONTO UFMG: RELATO DAS

ATIVIDADES DE MEDIAÇÃO REALIZADAS POR BOLSISTAS

PIBID QUÍMICA

Núbia Aparecida Santos NevesDiele Aparecida Gouveia Araújo

José Gonçalves Teixeira Jú[email protected]

Resumo

O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de

Bolsa de Iniciação a Docência) com o apoio da CAPES (Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), com o objetivo de relatar a experiência

vivenciada por bolsistas do programa como mediadoras no Museu Itinerante PONTO

UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). São descritas as atividades realizadas,

seguidas da análise das possibilidades de contribuição para a formação inicial dos

bolsistas do subprojeto PIBID/Química/Pontal.

A utilização de novas metodologias no ensino de ciência é de extrema

importância para a compreensão desta temática, visto que, na maioria das escolas, o

ensino é voltado para a transmissão de informações, não levando em consideração os

aspectos experimentais e as concepções dos estudantes (PEREIRA; CHINELLI;

COUTINHO-SILVA, 2008, p. 101). De acordo com Moreira (2006, p. 13), observa-se a

ampliação das ações destinadas à divulgação científica no Brasil, como:

criação de centros e museus de ciência; surgimento de revistas e websites; maior cobertura de jornais sobre temas de ciência [...]; publicação crescente de livros; organização de conferências populares e outros eventos que despertam interesse em audiências diversificadas por todo o país. Mas o quadro se mostra ainda frágil e limitado com amplas parcelas da população brasileira sem acesso à educação científica e à informação qualificada sobre CT [Ciência e Tecnologia]. Como um reflexo da desigualdade na distribuição da riqueza, dos recursos em CT e dos bens educacionais, os museus de ciência estão fortemente concentrados em poucas áreas do país.

Dessa forma, segundo o autor, apenas 1% da população brasileira tem acesso a

museus de ciência, enquanto, em países europeus, esse número chega a 25%. De acordo

com este contexto e por acreditar que os museus de ciências permitem “desmistificar a

visão de que a ciência é algo complicado e distante, tornando mais evidente a sua

30

Page 31: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

presença no cotidiano das pessoas” (COSTA, et al., 2008, p. 2), na perspectiva de

aproximar essa atividade de divulgação científica à população do Triângulo Mineiro, foi

promovida a visita do Museu Itinerante PONTO UFMG, nos campi da Universidade

Federal de Uberlândia.

Este museu possibilita o atendimento de escolas e cidades do interior do Brasil,

já que é “constituído de um caminhão com semirreboque e seu espaço interior adaptado

em três ambientes distintos: sala de projeção e de informática, laboratório,

equipamentos e materiais para a realização de oficinas e exposição externas” (COSTA,

et al., 2008, p. 7), onde é dada maior ênfase na ação dos visitantes, buscando a

experiência imediata e sensorial, além das explicações relativas aos fenômenos

científicos.

A presença do Museu Itinerante PONTO UFMG, na Universidade Federal de

Uberlândia Campus Pontal, ocorreu durante o IV Seminário PIBID/UFU: Integração de

Projetos, entre os dias 11 e 14 de agosto de 2013, onde alguns bolsistas do PIBID/Pontal

foram selecionados para participarem como mediadores. Para esta mediação, passaram

primeiramente por um treinamento com os organizadores integrantes do museu, que

consistiu em uma apresentação geral de como as atividades seriam organizadas durante

o evento e, posteriormente, uma visitação no caminhão, possibilitando um maior

conhecimento de sua estrutura. A visita ao museu foi aberta às escolas de educação

básica de Ituiutaba e região, aos alunos e professores da Universidade, e à comunidade

em geral. Nessas visitas, os mediadores auxiliavam na explicação das atividades, das

salas e dos experimentos contidos no museu, “buscando despertar no visitante a

curiosidade que o leve a fazer uma conexão entre o exposto, o explicado e até mesmo os

pré-conceitos que se tenha acerca do assunto” (FONSECA, 2009, p. 4). Nesse sentido,

fazer com que o visitante reflita sobre o tema abordado, sem limitar suas concepções

prévias, pois a troca de informações e as suas dúvidas são essenciais para conduzir a

explicação.

Para as bolsistas do PIBID/Química/Pontal, esta participação possibilitou um

conhecimento mais amplo sobre museus de ciências, já que este tipo de atividade não é

encontrado na região. Além disso, foi possível conhecer metodologias interessantes e

dinâmicas, que auxiliam na compreensão dos conceitos teóricos, não deixando de lado

os conhecimentos prévios dos visitantes. Ao mesmo tempo, esta mediação proporcionou

às bolsistas, uma oportunidade única na sua formação acadêmica, contribuindo, assim,

para a futura prática docente das licenciandas.

31

Page 32: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

Acreditamos que seja importante destacar a ausência de atividades destinadas

especificamente ao ensino de Química neste espaço. Há relatos na literatura de inúmeras

possibilidades de associar museus de divulgação científica com conteúdos químicos,

como, por exemplo, o levantamento feito por Bonatto e colaboradores (2009). Assim, a

inserção de ações voltadas para a iniciação em Química, possibilitaria a exploração de

diversos conhecimentos relacionados a essa ciência, contribuindo para a reflexão sobre

diferentes informações, no âmbito das tecnologias, da sociedade e do meio ambiente.

Além disso, sensibilizaria os visitantes para os temas químicos em questão, sem, no

entanto comprometer-se com a fixação e esclarecimento de todos os aspectos

relacionados aos conceitos apresentados.

Palavras-chave: Museu. Mediação. Ciência.

32

Page 33: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

MUSEU ITINERANTE PONTO UFMG: aprendizagem

significativa para a formação de estudantes e professores

Adrinelly Lemes [email protected]

Jaine SilvaMaria Simone Ferraz Pereira Moreira Costa

Resumo

Este texto tem como intuito fazer uma explanação acerca das nossas vivências

enquanto pibidianas, por ocasião da atuação como monitoras no Museu Itinerante –

Ponto da UFMG, que realizou atividades no IV Seminário PIBID UFU: integração de

projetos na Universidade Federal de Uberlândia/Faculdade de Ciências Integradas do

Pontal.

Os novos tempos exigem um modelo educacional que esteja voltado para o

desenvolvimento de um conjunto de aptidões essenciais à compreensão da educação e

da sociedade de maneira global. “Uma formação baseada na cooperação e na dialética

das relações do ser com a natureza, do indivíduo com a sociedade, com o trabalho e com

os outros indivíduos” (PEREIRA e MENDES, 2004, p. 74).

Esse tipo de formação está calcado na defesa de que os alunos precisam ser

instigados a compreender e refletir sobre a realidade de forma ampla e em constante

relação. Para isso, o professor deve ajudar seus alunos a descobrir, criar, a ter confiança

nas suas capacidades, para que assim possam ser instigados a construir e reconstruir seu

conhecimento.

É de conhecimento que os métodos de ensino-aprendizagem centrados na mera

reprodução do conhecimento, há muito não atendem às necessidades dos vários

estudantes das escolas. O modelo educacional meramente reprodutor, caracterizado por

uma formação onde conhecimentos são transmitidos pelo professor que detém o saber,

para um ser passivo –o aluno – , dentro de um espaço físico em que o professor se

coloca no centro da sala e os estudantes geralmente enfileirados reproduzem o que ele

transmite, está ficando cada vez mais obsoleto e banal, segundo Stuart (2007).

33

Page 34: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

Em contraposição a essa prática educacional, compreendemos a importância das

atividades proporcionadas pelo Museu – Ponto da UFMG. Os Museus, sejam eles

centros culturais,  de ciência etc., são espaços de educação não formal, locais de

observação e reflexão, espaços simbólicos, lúdicos, muitas vezes surpreendentes,

capazes de oferecer uma experiência ao mesmo tempo educativa e divertida, tirando de

foco um ensino meramente tradicionalista, segundo Stuart (2007).

Nesse sentido, o Museu Itinerante Ponto UFMG, um museu interativo de ciência

e tecnologia, desenvolveu suas atividades no IV Seminário PIBID UFU, com a intenção

de mostrar que o conhecimento não está apenas na sala de aula. O conhecimento está

presente em vários âmbitos e os professores podem usufruir desses espaços, para tornar

sua aula diversificada e possibilitar que o aluno saia da rotina. Sabemos que em

Ituiutaba não existe um museu como este e, por isso mesmo, a oportunidade de visitá-lo

no período em que esteve na cidade significou para estudantes e professores dos

diferentes níveis de ensino uma oportunidade de ampliar e enriquecer o processo

formativo.

Para nós, pibidianas, o Museu Itinerante proporcionou um momento de grande

conhecimento, a fim de provocar mudanças até mesmo no modo de se pensar o

significado de um museu, porque, quando se fala em museu, logo imaginamos uma

coisa antiga, que guarda relíquias. E quando tivemos esse contato, fomos surpreendidas

ao depararmos com algo tão novo e tão instigante e de suma relevância para se trabalhar

no âmbito escolar. As aulas podem se tornar cada vez mais dinâmicas se analisarmos e

utilizarmos os diversos meios de se trabalhar, desde uma simples atividade com

dobradura, como a desenvolvida na sala de Oficinas, ou até mesmo acompanhando o

desenvolvimento da tecnologia.

Enquanto pedagogas em formação, podemos tirar, como exemplo, a

possibilidade de levar para as aulas experiências diversificadas, aulas temáticas que

proporcionem prazer aos alunos e os instiguem a aprender com outro olhar.

Acreditamos que o interesse dos alunos se torna bem maior quando têm a possibilidade

de vivenciar, de praticar para aprender, aspectos esses contemplados nas atividades do

Museu, uma vez que desperta os sentidos não só das crianças, mas também dos adultos

quando explora as áreas das ciências e da tecnologia.

Avaliamos que essa ideia foi muito inovadora, principalmente por proporcionar

aos estudantes e professores de Ituiutaba a condição de conhecê-lo e vivenciar suas

diferentes atividades. Acreditamos que muitas pessoas que visitaram o Museu não

34

Page 35: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

tinham conhecimento da existência desse suporte que pode servir como mediação entre

o professor, o aluno e o conhecimento.

Por fazermos parte de um programa de iniciação à docência, podemos vivenciar

momentos como esses que agregaram metodologias diferenciadas à nossa formação

inicial, suporte pedagógico para entendermos como é possível fazer da aula um

momento interessante que desperta o prazer de aprender. O Museu veio acrescentar

esses aspectos a nossa formação, pois fomos monitoras e percebemos como o novo, o

ensinar em outros espaços fora da sala de aula pode ser algo agradável ao alunado.

Foi satisfatório ver o contentamento das crianças e adolescentes que nunca

haviam tido contato com esse tipo de atividade, e até mesmo os profissionais da escola

ficaram deslumbrados. Essa nova ideia pode mudar totalmente a maneira de pensar e

agir dentro do âmbito escolar. O ruim disso tudo é não ter contato permanente com o

Museu, já que a cidade não possui ações como essas, dificultando, assim, o contato e a

formação mais efetiva de professores nessa perspectiva. Momentos como esses são

relevantes à formação inicial das pedagogas, pois nos dão força para acreditar em um

ensino de qualidade, para lutar contra práticas tradicionalistas que encontramos nas

escolas em que atuamos.

Palavras-chave: Museu. Formação Significativa. Docência Enriquecida. Educação de Qualidade.

35

Page 36: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

ALIANDO TEORIA E PRÁTICA NO MUSEU ITINERANTE

PONTO UFMG

Heinrich da Solidade [email protected]

Vlademir Marim

Resumo

Este trabalho apresenta um relato da experiência de um monitor no período de

visitação ao Museu Itinerante Ponto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),

durante o IV Seminário do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência

(PIBID), ocorrido na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), da Faculdade de

Ciências Integradas do Pontal (FACIP). Por meio das salas do útero, dos sentidos, dos

biomas, 3D, do submarino e das cidades, bem como da área externa, o visitante pôde

conhecer e manipular os objetos do museu. Para os monitores, foi uma vivência única,

pois atuaram como aliados da cultura e do conhecimento, firmando o seu compromisso

com a educação, e participando de um projeto de extensão.

Este trabalho apresenta um relato da experiência de um monitor no período de

visitação ao Museu Itinerante Ponto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),

durante o IV Seminário do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência

(PIBID), ocorrido na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), da Faculdade de

Ciências Integradas do Pontal (FACIP). Participaram da visitação do museu escolas da

rede pública e privada de Ituiutaba/MG, a comunidade acadêmica da UFU, e a

população da cidade, uma vez que estava aberto a todos os públicos, funcionando das 8

às 19 horas, durante quatro dias. No intuito de realizar uma abordagem prática, o museu

é equipado em um caminhão, que disponibiliza recursos em suas áreas interna e externa,

que permitem ao visitante manipular e se relacionar com sensações, sons e formas, que

abrangem a ciência e a tecnologia (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS

GERAIS-UFMG, 2012). Nesse sentido, Sacristán (1999 apud MARIM, 2011)

rememora que, na filosofia marxista, o conhecimento está estreitamente relacionado

com a prática ou a práxis, pois é por meio dela que o homem pode demonstrar o seu

poder e o seu pensamento. Ou seja, é dessa maneira que o visitante pode conhecer e

36

Page 37: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

manipular os objetos do museu, por meio da prática, já tendo conhecido, estudado ou

vivenciado a teoria previamente.

Para que isso ocorra, há no museu seis salas: a do útero, cujo propósito é relatar

sobre a origem, vivências e sensações do ser humano; a dos sentidos, que explora como

o homem descobre, comunica e se relaciona com o ambiente que o cerca; a dos biomas,

com três cabines, que expõe os biomas cerrado, floresta tropical e antártica, permitindo

conhecer alguns extremos de suas condições; a 3D, que explora como é a vida no mar,

por meio de uma televisão equipada com a terceira dimensão; a do submarino, que

simula uma viagem pelas profundezas dos oceanos; e sala das cidades, em que, com

auxílio de imagens geradas pelo programa de computador Google Earth, é possível

conhecer alguns locais da Terra. Além disso, na área externa há componentes da ciência

e da tecnologia, que permitem a interação com os visitantes, por meio de modelos do

corpo humano, geradores de energia, jogos matemáticos, entre outros.

Foi nesses locais que os monitores, discentes da UFU, atuaram, e uma equipe de

discentes da UFMG e se preocupou em organizar o treinamento para os monitores, com

intuito de informar sobre os itens componentes do museu, para auxiliarem na recepção

dos visitantes. A partir daí, era necessário, além de cumprir o cronograma previamente

estipulado pelos responsáveis, manter excelente recepção e simpatia, para que os

visitantes pudessem agir com desenvoltura ao manipular os objetos nos diversos

ambientes. Destaca-se que o museu de ciência e tecnologia esteve aberto para a

visitação de toda a comunidade, que foi de aproximadamente 3500 pessoas, bem como

a relação construída entre monitores e discentes da UFMG, permitindo trocar

experiências de culturas diferentes. Ressalta-se a importância da aliança entre a teoria e

a prática, pois alunos, e até professores, podem ter conhecido aspectos físicos da ciência

de forma inédita. Além disso, para os monitores, foi uma vivência única, pois atuaram

como aliados da cultura e do conhecimento, firmando o seu compromisso com a

educação, e participando de um projeto de extensão.

Palavras-chave: Educação. Visita escolar. Ciência e tecnologia.

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Page 38: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

O ensino da função Álcool numa abordagem Química e Histórica

Jackelinne Camargo de [email protected]

Analice Resende FeresNúbia Aparecida Santos Neves

Resumo

O presente trabalho foi desenvolvido no âmbito do Programa Institucional de

Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), com o apoio da Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), com o objetivo de apresentar

uma das ações relatadas no IV Seminário PIBID/UFU: Integração de Projetos,

referente a uma oficina onde foi abordado o conteúdo químico Álcool. Esta oficina foi

planejada e aplicada por licenciandas do subprojeto PIBID Química/Pontal em duas

escolas parceiras do PIBID, em três turmas do Ensino Médio, totalizando 66 alunos,

com duração de duas horas e meia cada.

Para desenvolvimento desta atividade, optou-se por estruturar a oficina em

seis momentos: i) integração; ii) dinâmica, na qual os estudantes expunham suas ideias

sobre álcool; iii) exposição do conteúdo abordando os tópicos: definição de álcool, as

variações desta função e suas aplicações nos cosméticos, bebidas, produtos de

limpeza, combustíveis e as etapas de obtenção do álcool com auxílio de um vídeo,

além de apresentar o contexto histórico da cana-de-açúcar, abordando o papel do

negro na implementação da cultura do açúcar, produzido a partir dessa matéria-prima,

na perspectiva de incluir aspectos relacionados à lei 10639/03, que determina a

obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana e afro-brasileira nas escolas;

iv) realização de uma atividade experimental demonstrando a fermentação do açúcar e

a caracterização deste processo através da mudança de cor do indicador, a fim de

evidenciar a liberação de gás carbônico; v) aplicação do jogo “Fato ou Boato”,

elaborado pelas bolsistas, no qual os alunos deveriam responder a questões a respeito

do conteúdo abordado; vi) elaboração de fanzines, relacionando a parte química e

histórica do álcool, a partir de recortes de livros e revistas, além de figuras e textos

impressos de páginas da internet.

38

Page 39: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

Com a realização desta atividade, verifica-se que é possível trabalhar

conteúdos químicos utilizando propostas metodológicas diferenciadas, considerando

os conhecimentos prévios dos alunos, e, ao mesmo tempo, estimular um interesse

maior pelo aprendizado, diferente do que ocorre na maioria das aulas de Química.

Deste modo, a aplicação desta oficina permitiu trabalhar a função álcool, de uma

forma dinâmica e atrativa, sem que o aluno memorizasse o conteúdo.

Percebe-se, também, que as atividades possibilitaram às bolsistas a

oportunidade de utilizar metodologias diferenciadas para o ensino de Química,

contribuindo para sua formação docente.

Palavras-chave: Ensino de Química. Contextualização. Alcool.

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Page 40: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

MINICURSO SOBRE A QUÍMICA DOS COSMÉTICOS COMO

TEMA GERADOR PARA O ENSINO DE QUÍMICA

Mariana Lopes [email protected]

Jennifer Felipe Brito

Resumo

O minicurso “A Química dos cosméticos” foi elaborado com o objetivo de

abordar uma temática do cotidiano dos alunos, para debater aspectos químicos

relacionados aos cosméticos para a pele. Para a aplicação do minicurso, planejou-se

uma dinâmica onde os alunos recebiam algumas frases com afirmações a respeito dos

cosméticos, as quais deveriam classificar como mito ou verdade, confeccionando um

cartaz, e, no final do minicurso, os alunos puderam corrigir os seus cartazes. No

decorrer do curso percebeu-se que foi possível alcançar o objetivo proposto no início.

O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de

Bolsa de Iniciação à Docência), com o apoio da CAPES (Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), tendo por objetivo discutir o minicurso

sobre a química dos cosméticos, elaborado e aplicado às turmas do Ensino Médio de

duas Escolas Estaduais onde o PIBID atua.

O principal objetivo do minicurso foi abordar uma temática do cotidiano dos

alunos, para debater aspectos químicos. No minicurso foram discutidos os principais

cosméticos para a pele, como: hidratante para o corpo e lábios, protetor solar, e produtos

para o tratamento de acne. Dentro da temática de protetores solares, procurou-se discutir

sobre o câncer de pele, com uma ênfase maior no câncer da pele negra, e sobre os

bronzeadores. Quanto ao tratamento da acne, abordou-se a aplicação de sabonete,

esfoliantes e medicamentos.

A ideia do minicurso foi trabalhar com um “tema gerador”, que é o ponto de

partida para a construção do conhecimento, pois emerge do saber popular ou da prática

de vida dos educandos e é buscado por meio da “pesquisa do universo vocabular” e

transformado em conhecimento científico (TOZONI-REIS, 2006, p. 103).

40

Page 41: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

Os documentos oficiais fazem indicações claras sobre a inclusão de temas

ligados ao meio ambiente e/ou à saúde. Temas como poluição, tratamento de águas,

lixo, uso excessivo de combustíveis e plásticos, fabricação de produtos de higiene, uso

de cosméticos, produtos alimentícios etc., legitimados como temáticas escolares,

passaram a incorporar os conteúdos curriculares. De acordo com o Currículo Básico

Comum – CBC, a organização e o desenvolvimento do currículo de Química deve

possibilitar uma interação entre o discurso científico da Química e o discurso do

cotidiano. Isso ocorrerá se o discurso científico fizer sentido para os estudantes e será

alcançado criando contextos que sejam significativos para eles, como foi proposto no

minicurso (MINAS GERAIS, 2007, p.27).

Para Santos e Schnetzler (1997), os temas sociais evidenciam um papel

importante do ensino de Química, promovendo a contextualização dos conteúdos

trabalhados em sala de aula. Esses temas possibilitam ao professor trabalhar as

aplicações e também as implicações do conhecimento de química na vida cotidiana dos

alunos. Por isso, “precisamos ensinar os alunos a usarem correta e adequadamente os

produtos domissanitários, os cosméticos, os inseticidas, os remédios, os combustíveis,

os bronzeadores etc.” (SANTOS; SCHNETZLER, 1997, p. 99).

Para a aplicação do minicurso, planejou-se uma dinâmica inicial para buscar a

participação dos alunos. Na dinâmica os alunos recebiam algumas frases com

afirmações a respeito dos cosméticos, as quais deveriam classificar como MITO ou

VERDADE, confeccionando um cartaz. No Quadro 1, encontram-se algumas

afirmativas trabalhadas no minicurso.

Quadro 1: Afirmativas trabalhadas no minicurso sobre a química dos cosméticos

1– A função do hidratante é manter estável a quantidade de água da pele.

2– Nossa cultura determinou que a cor bronzeada é sinônimo de saúde. Escurecer a

pele com o sol é sempre prejudicial, provoca envelhecimento precoce e câncer de pele.

3– Mulatos e negros não precisam usar filtro solar, pois não se queimam.

4– Lavar o rosto com força diminui acnes e espinhas, pois a fricção aumenta a limpeza

da pele.

Durante a aplicação do minicurso, procurou-se voltar às afirmações da dinâmica

para tentar desmistificar alguns conceitos errôneos. No final, os alunos puderam corrigir

41

Page 42: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

os seus cartazes. Neste trabalho, será apresentada a correção realizada nos cartazes, com

o intuito de verificar se os alunos conseguiram desmistificar conceitos errados.

Verificou-se que a maioria dos alunos acertou as questões antes mesmo da aplicação do

minicurso. Isso mostra a importância de trabalhar conteúdos químicos utilizando o

cotidiano dos alunos, pois eles já possuem algum conhecimento a respeito do assunto e

conseguem se posicionar e participar efetivamente das atividades em sala de aula.

A maior dificuldade foi diagnosticada na questão 1, que aborda a função dos

hidratantes. Percebe-se que o problema está na utilização do termo “manter estável a

quantidade de água da pele”, pois acredita-se que a utilização do termo “evitar o

ressecamento da pele”, levaria a um maior acerto da questão pelo fato de estar mais

relacionado com o cotidiano.

A contextualização no ensino vem sendo defendida por diversos pesquisadores

como um importante recurso que possibilita a motivação e o interesse dos estudantes.

Nesse trabalho, percebeu-se que, ao decorrer do minicurso, foi possível privilegiar

conhecimentos relacionados aos contextos local e socioeconômico dos estudantes,

aproximando os conhecimentos escolares de situações inseridas no seu cotidiano.

Acreditamos que o tema cosméticos é interessante, principalmente na faixa etária dos

alunos do Ensino Médio. Muitos estão em uma fase de afirmação pessoal,

relacionamentos, grande preocupação com a aparência física e estilo.

Por isso, percebeu-se um maior envolvimento da turma na resolução das

atividades propostas no minicurso, além da melhor compreensão de conceitos

científicos envolvidos. Acreditamos, também, que o minicurso possibilitou a formação

de cidadãos, o que pode gerar um comprometimento maior com a comunidade, pois

muitos utilizam e manuseiam esses produtos, sem muitas vezes ter noção da toxicidade

causada pela exposição prolongada.

Palavras-chave: Cosméticos. Cotidiano. Minicurso.

42

Page 43: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

PERCEPÇÃO DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DOS

ALUNOS DURANTE A VISITA AO MUSEU ITINERANTE

Ana Paula Silva Queiroz

[email protected]

Resumo

A proposta do desenvolvimento associado à aprendizagem retrata que as

perspectivas estão baseadas em momentos fundamentais para os processos pedagógicos.

Com este intuito, este relato tem como objetivo retratar a percepção dos alunos quanto

ao desenvolvimento da aprendizagem. A visita foi realizada em acompanhamento aos

alunos da escola que pertence ao subprojeto do PIBID, de acordo com a estrutura

apresentada pelo Museu Itinerante PONTO da UFMG. Percebendo o interesse dos

alunos, de forma simples, averiguado nas práticas apresentadas no decorrer do trajeto,

verifica-se que estas visitas contribuem para o aprimoramento do conhecimento.

Na visita de acompanhamento dos alunos da Escola Estadual Antônio Luís

Bastos, que desenvolve o subprojeto Biologia da Universidade Federal de Uberlândia,

desenvolveu-se uma práxis objetivada, ou seja, por meio do processo de formação que

vivenciamos foi possível alcançar os objetivos propostos pela visita, que são embasados

no conhecimento das estruturas apresentadas pelo Museu Itinerante. Além disso,

percebeu-se o interesse dos alunos da escola pela visita ao museu. . A programação da

visita foi acompanhada pelos bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação

à Docência-PIBID da Universidade Federal de Uberlândia.

As infraestruturas apresentadas do Museu Itinerante PONTO, que apresenta um

espaço científico-cultural, bastante interativo, atende primordialmente às escolas, às

universidades e às cidades de Minas Gerais. O museu tem como objetivo contribuir para

a propagação da ciência, da tecnologia e inovação em escolas de Educação Básica do

estado, proporcionando aos visitantes uma maior compreensão dos trabalhos científicos

relacionados à educação, à cultura e à sociedade (CP-UFMG), sendo uma parceria

43

Page 44: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

entre a Universidade Federal de Minas Gerias e a Fundação de Amparo à

Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Ao chegar ao local notou-se que

muitos alunos estavam ansiosos pela nova descoberta, entretanto, alguns não pareciam

tão interessados, aparentemente estavam fazendo uma visita formal, e não se juntaram

ao entusiasmo dos outros colegas de turma.

Ao adentrar as estruturas apresentadas pelo museu, compreendeu-se o esforço

do pessoal em organizar, planejar e nortear todo o trajeto programado; assim, os alunos

se mostraram muito interessados pelos procedimentos práticos vivenciados e

apresentados, outros, continuaram apáticos à proposta da visita. No decorrer do

percurso foi possível relacionar, de forma efetiva, a didática e a epistemologia da

ciência, com a possibilidade de interdisciplinaridade, compreendendo, então, as

essenciais diferenças entre o ensino proposto ao aluno, como responsável pela

construção do conhecimento, e os elementos fundamentais da teoria histórico-cultural

para o ensino e aprendizagem (VIGOTSKY, 1988). Assim, de acordo com estes

estudos, a mediação promove o desenvolvimento associado à aprendizagem, e a

construção histórico-cultural do indivíduo influencia a aprendizagem. Nessa proposta de

ensino o aluno não está sozinho como um explorador solitário, mas num processo

mediado pelo professor de forma intencional, e ações propostas com objetivos definidos

didaticamente; a mediação, portanto, do professor, tem papel fundamental.

Observou-se certo interesse pela confecção da criatura inspirada na obra de Jerry

Andraus, um ilusionista que ressalta as técnicas e truques da ilusão de ótica; a

percepção dos alunos de um simples corte de papel, que ganha magnitude quando

observado em detalhe, mostrando que eles são capazes de relacionar a teoria

direcionada com a prática. Em suma, a visita acompanhada é fundamental para enfatizar

que o programa vivencia de forma concreta as propostas estabelecidas. Apenas uma

insatisfação cingiu boa parte do grupo: o tempo destinado à visitação em cada sala

ambiente foi muito acelerado, e em alguns momentos os alunos não conseguiram

perceber os motivos e principalmente os objetivos da sala, pois outro grupo já estava

chegando. Apesar do apontamento crítico, a visita foi uma oportunidade de elaboração e

desenvolvimento, buscando fundamentos nos aportes teóricos e práticos.

Palavras-chaves: Desenvolvimento. Visitas. Aprendizagem.

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Page 45: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

A UTILIZAÇÃO DE FILME EXIBIDO COMO RECURSO DIDÁTICO

Francielle Camargo [email protected]

Patrícia Maria de Freitas PereiraElene Maria de Oliveira Modesto

Gerusa Gonçalves Moura

Resumo

O objetivo deste trabalho é apresentar as contribuições da utilização do recurso didático “filme” nas aulas de Geografia, como uma ferramenta de auxílio ao professor, contribuindo especialmente na ampliação da participação dos alunos nas aulas, a partir da interação do conteúdo do filme com a realidade vivida por eles. De forma lúdica, os filmes contribuem para o processo de ensino aprendizagem dos alunos. Após a exibição, os próprios alunos escreveram um relatório, abordando as questões discutidas por deles e relacionando com o conteúdo trabalhado nas aulas de Geografia pela professora regente.

Este trabalho tem como objetivo apresentar os resultados alcançados com a discussão de filmes selecionados para tratar do conteúdo geográfico nas salas de 6º e 7º anos. Foram exibidos quatro filmes, sendo eles: Os Sem Floresta, Rio, Escola de Rock e Vem Dançar. As temáticas trabalhadas nos filmes foram sobre o processo de urbanização, meio ambiente, tráfico de animais, e sobre o ensino de forma geral. Esses temas fazem relação com os conteúdos de geografia, pois estão de acordo com as propostas dos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais), e alguns conteúdos estão propostos nos temas transversais.

O recurso didático utilizado também contribui no processo de aprendizagem dos alunos, pois eles se interessam pela atividade, prestam bastante atenção aos filmes, ficam envolvidos com a temática apresentada, e ainda auxilia o professor nas suas aulas, pois ele é usado como um recurso de fixação e reflexão do conteúdo. O professor deve aproveitar o recurso como um meio de ensino, não deixando de abordar questões importantes apresentadas nos filmes.

É importante a utilização de recursos didáticos, como filmes, textos, jornais, jogos, pois são atividades lúdicas que contribuem na aprendizagem dos alunos e no desenvolvimento de habilidades. Para Pontuscha, Paganelli e Cacete (2007, p.279):

A linguagem do cinema é uma produção cultural que pode ser utilizada em sala de aula a fim de abrir cada vez mais horizontes intelectuais para análise do mundo, necessária à formação da criança, e do jovem. Portanto os

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Page 46: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

professores precisam conhecer minimamente essa linguagem, que é muito rica porque integra imagens em movimento: a expressão oral e corporal, a cor e tudo temperado pelas trilhas musicais.

Para a realização dessa atividade, primeiramente procuramos escolher filmes que abordassem conteúdos geográficos e também de ensino. Cada filme exibido apresentava uma temática. O filme “Os Sem Floresta” discutia questões sobre as consequências do processo de urbanização, bem como os impactos ambientais provocados. O vídeo “Rio” abordou o tráfico de animais, a extinção dos animais, bem como a importância da preservação da fauna. “Escola de Rock” tratou das questões relacionadas ao ensino, ou seja, de como os professores se comportam dentro da escola e da sala de aula, e o reflexo de suas atitudes nos alunos. E, por último, o filme “Vem Dançar”, que abordou as questões sociais, o drama familiar e a história de um professor que tentou, de várias formas, ensinar seus alunos a gostarem de dança e, consequentemente, a importância do comprometimento com a escola e com as escolhas que cada um faz ao longo da vida.

Diante da problemática apresentada nesses filmes, percebeu-se a necessidade de se discutir temáticas mais relacionadas com o cotidiano da maioria dos alunos e que, de forma direta, estão vinculadas ao conteúdo geográfico tratado na sala de aula. Esses filmes foram de extrema importância para os alunos, pois os instigaram a rever seus pontos de vista em relação a vários assuntos e ampliou sua visão crítica. Diante disso, Pontuscha, Paganelli e Cacete (2007, p.282) nos mostram que “o filme pode provocar rica discussão entre professores e alunos e ensejar interessante produção didática com base nas reflexões feitas”.

E, de fato, foi isso o que aconteceu, pois após a exibição de cada filme os alunos eram levados a produzir algum tipo de material, ou seja, um relato ou desenho do que tinham visto, destacando os pontos que mais chamaram sua atenção e também o que gostariam que tivesse mudado ou como mudariam o final da história.

Dessa forma, pode-se perceber que o recurso “filme” é uma ferramenta interessante para se trabalhar em sala de aula, pois torna a aula mais lúdica e dinâmica, além de exigir uma maior interação dos alunos, a partir do debate que se propõe ao final.

Palavras chave: Filmes. Lúdico. Recurso didático.

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Page 47: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

O MUSEU PONTO UFMG VISITA UBERLÂNDIA

PONTUAÇÕES E OBSERVAÇÕES

Cleidson de Araújo [email protected]

Maximiliano Soares Lemos Araújo GobboRenata Araújo Guizzetti

Resumo

Este trabalho é um relato da experiência da visita ao museu itinerante PONTO da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, que esteve presente na Universidade Federal de Uberlândia, UFU, entre os dias 12 e 13 de agosto de 2013, durante o IV Seminário PIBID/UFU. O museu aborda a temática de Ciência e Tecnologia e esteve aberta a toda a comunidade, escolas e universidades. Os licenciandos bolsistas dos diversos subprojetos PIBID UFU puderam participar como monitores e também auxiliar a visita de suas escolas à exposição museal.

Entre os dias 12 e 13 de agosto de 2013, os campi UFU de Uberlândia e

Ituiutaba sediaram o IV Seminário PIBID/UFU: integração de projetos. A proposta do

seminário era promover a integração entre projetos dos campi dos municípios sede,

discutir ideias e dividir experiências. Uma de suas atividades principais foi a presença

do Museu Itinerante Ponto da UFMG. O Museu aborda a temática de Ciência e

Tecnologia e seu objetivo “é contribuir para a difusão da ciência e da tecnologia nas

escolas de educação básica de Minas Gerais, ampliando, entre estudantes e professores,

a compreensão dos meios de produção científicos e sua relação com a educação e a

cultura”.

Durante o Seminário, o museu recebeu visitas de alunos das escolas que

possuem subprojetos diversos do PIBID, além da visita de outras escolas, instituições e

comunidade em geral. Para tal acontecimento, fez-se necessária a formação de

mediadores para auxiliar e acompanhar os visitantes durante o percurso da exposição. O

museu possui dois ambientes, um dentro do ônibus, onde estavam situadas as salas

interativas, e outro espaço externo onde estavam as exposições. Todas as atividades do

museu estavam ligadas à prática da sensação, do toque, da interação. Para os monitores,

o museu foi uma ótima oportunidade para atuarem em espaços não formais de educação.

JACOBUCCI (2006) afirma que os museus vêm se configurando, desde 1960, como

espaços educativos e de formação de professores, e que “a formação de professores está

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Page 48: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

sendo assumida por esses espaços e, ao fazê-lo, essas instituições passam a exercer uma

função social que deve ser desempenhada com a máxima responsabilidade”

(JACOBUCCI, 2007). Para o público, principalmente adolescentes e jovens, o museu é

mais que ensino, é diversão, curiosidade, arte e ao mesmo tempo emoção. Até mesmo

porque o museu busca sempre a interatividade “criando um ambiente agradável no qual

o jovem é convidado a experimentar os objetos expostos” (CHAGAS, 1993). Deste

modo, o museu PONTO apresenta as características atuais dos museus de ciências e

tecnologias, que estão “enquadrados num movimento mundial de renovação, os museus

e instituições congéneres que se dedicam à divulgação da actividade científica e

tecnológica ocupam lugar de destaque pela aceitação crescente que têm vindo a suscitar

entre as camadas mais jovens” (CHAGAS, 1993).

Ao longo do tempo, os museus foram adquirindo e justificando com veemência

sua importância. Nos tempos atuais, eles deixaram de guardar memórias, histórias e

fatos e passaram também a abordar temas diversos como Ciência e Tecnologia, por

exemplo, que surge como auxiliar dos processos de formação e informação. Além do

mais, “o surgimento dos centros de ciências no Brasil está relacionado diretamente com

processos de educação formal” (JACOBUCCI, 2007) e “a formação de professores em

centros e museus de ciências no Brasil está ocorrendo de forma independente, sem

direcionamento ou avaliação de instâncias educacionais superiores” (JACOBUCCI,

2007).

A presença do museu itinerante oportunizou aos mediadores um contato com

essas novas metodologias de ensino e aprendizagem, através de aspectos museais que

propiciam a interação, o foco e o despertar do conhecimento nos visitantes. Assim, a

formação dos mediadores ultrapassou as barreiras universitárias e ganhou novos rumos,

novas visões, entrando nesse novo mundo educacional que envolve professores, alunos

e sociedade, todos em um mesmo espaço, movidos pela força comum de conhecer e

ensinar.

Estes espaços formadores caracterizam um novo modelo, que surge num

contexto moderno e inovador. Assim, JACOBUCCI (2007) afirma que “No Brasil, as

políticas para a formação do professor sofreram influência direta de diversas

concepções teórico-metodológicas oriundas de discussões e práticas acadêmicas e

sindicais ao longo da história, o que refletiu e vem refletindo na elaboração de propostas

que integram diferentes modelos de formação”.48

Page 49: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

Palavras chave: PONTO. PIBID. Museu.

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Page 50: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

A VIVÊNCIA COMO MEDIADORA NO MUSEU PONTO – UFMG:

REFLEXÕES E APRENDIZAGENS DE UMA PIBIDIANA

Renata Ribeiro [email protected]

Resumo

Este texto traz um breve relato sobre a visita ao Museu Itinerante PONTO

UFMG, durante o IV Seminário de Integração do PIBID UFU, sua estrutura física,

características, conteúdos e funcionamento. Apresenta também aspectos metodológicos

das atividades vivenciadas por mim, como bolsista do PIBID e mediadora no Museu,

acompanhando e orientando os visitantes. Estudos sobre o papel dos museus como

espaços educativos e o papel dos mediadores junto aos visitantes fundamentam a

reflexão sobre as experiências vividas e aqui relatadas. Concluiu-se que o estímulo de

diferentes sentidos favorece uma aprendizagem mais dinâmica e rica e que, assim, as

relações dos estudantes com o conhecimento podem ser mais significativas.

O Museu Itinerante Ponto UFMG, criado em 2006, por meio do projeto “Ciência

na Estrada”, é um museu adaptado em um caminhão estendido, portanto, uma unidade

móvel, com um conteúdo científico-cultural bastante dinâmico e interativo, que se

instala em diversas cidades, primordialmente de Minas Gerais, tendo como público-alvo

as diferentes escolas. Durante o IV Seminário de Integração do PIBID – UFU

recebemos a visita do Museu em Uberlândia, possibilitando-nos uma experiência ímpar,

qual seja, conhecer um museu de ciências e tecnologias móvel. Neste texto, faço um

breve relato sobre a estrutura do Museu, suas principais características, sua organização

e funcionamento. Em seguida, abordo aspectos metodológicos da experiência de

aprendizagem vivida como mediadora e as possibilidades que vejo no Museu como

elemento de estímulo à aprendizagem e construção de conhecimento. O Museu está

montado em uma carreta contendo seis salas ambientes (Útero, Sentidos, Biomas,

Projeção 3D, Submarino e Cidades), preparadas fisicamente de acordo com suas

temáticas. A sala do útero conta com imagens e sons que simulam as sensações do feto,

além de uma cadeira que deixa o visitante em uma posição fetal, permitindo sentir

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Page 51: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

vibrações que remetem ao período gestacional. Em outra sala, por meio de jogos de

ilusão de ótica, dispositivos eletrônicos que emitem diversos sons e hologramas, o

visitante tem seus sentidos estimulados. Em seguida, com a apreciação de vídeos, o

visitante pode observar os impactos e consequências da intervenção do homem na

natureza, contando com um sistema de climatização que possibilita sentir os diferentes

climas, como, por exemplo, o frio da Antártida ou o calor do Cerrado.

Utilizando uma tecnologia avançada, a sala de projeção 3D apresenta as riquezas

do fundo do mar. Outra sala expõe curiosidades das profundezas do oceano, mostrando

as intrigantes condições de vida existentes nas zonas abissais, onde não existe luz. Por

último, a sala das cidades apresenta aos visitantes, em grandes telas de TV, por meio do

sistema Google Earth, pontos importantes do Brasil e do mundo. Além do interior da

carreta, o Museu apresenta uma exposição de objetos e experimentos na área externa,

como: um corpo humano em tamanho natural desmontável; uma orelha enorme; um

aparelho circulatório; maquetes com engrenagens; jogos matemáticos e diversos outros

experimentos, além de oficinas em grupo cujas temáticas variam de acordo com a faixa

etária dos visitantes. Os mediadores foram selecionados por meio de uma convocação

que antecedeu a chegada do Museu. Todos os que se dispuseram a participar receberam,

via internet, um material com o detalhamento dos experimentos que estariam em

exposição. O estudo do material me colocou em contato com conteúdos que instigaram

minha curiosidade e interesse quanto às relações que se estabeleceriam entre o público

visitante e o Museu.

Quanto aos procedimentos metodológicos, cada mediador foi orientado a

desempenhar tarefas, tais como: recepcionar, acompanhar as oficinas e auxiliar nos

experimentos. Na recepção, era meu trabalho como mediadora receber as escolas,

organizar a entrada e direcionar dentro do museu a ordem de visitação. Nas oficinas, o

objetivo era auxiliar o mediador ministrante com os materiais e identificação dos

visitantes. Nos experimentos e no interior da carreta os procedimentos eram esclarecer

as dúvidas e fazer uma breve explicação do conteúdo de cada temática. Esta experiência

me permitiu refletir sobre possibilidades diversas de lidar com o ensino-aprendizagem,

as diferentes formas de abordar um mesmo conteúdo, aguçando minha percepção sobre

as reações e interações do público. Geralmente, temos uma ideia de museus como

espaços de apreciação e contemplação de objetos históricos, científicos, artísticos

(DELICADO, 2013, p.44). Pela característica de preservação, esses museus muitas

vezes não permitem a interação dos visitantes com seu acervo. Porém, atualmente, essa

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Page 52: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

ideia foi relativizada, como pudemos ver no Museu Itinerante. Há uma relação

diferenciada do público com os objetos e experiências, pois os visitantes podem tocar

sentir, realizar experimentos e essa interação propicia outras formas de aprendizagem.

Na visitação em Uberlândia, as crianças, em especial, se mostraram

deslumbradas e curiosas com o que viam e experimentavam no Museu. Esta experiência

me possibilitou vislumbrar outras possibilidades de ensino-aprendizagem e me fez

refletir, como futura educadora, sobre como aproveitar os conteúdos do museu e de

outros espaços fora da sala de aula na construção de conhecimentos significativos para

os alunos. A aprendizagem da ciência em Museus, portanto, fora dos espaços

tradicionais de ensino-aprendizagem, como as salas de aula e os laboratórios, traz a

possibilidade de um ambiente mais divertido e estimulante onde, de acordo com

Queiróz, Krapas, Valente et al. (2002), o caráter educativo dos Museus pode ser

explorado, aproximando os visitantes da ciência e democratizando os saberes

científicos.

O público percebe que o conhecimento é um bem para todos e dele pode

usufruir. Por fim, essa experiência me mostrou, na prática, que o estímulo de diferentes

sentidos favorece uma aprendizagem mais dinâmica e rica, e que as relações dos

estudantes com o conhecimento podem ser mais significativas. O Museu interativo é,

por natureza, estimulante e motivador, dois elementos fundamentais no processo ensino-

aprendizagem e que buscarei em minhas futuras ações docentes.

Palavras-chave: Museu itinerante. Interação. Ensino-aprendizagem.

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Page 53: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

INTEGRAÇÃO DE PROJETOS NO IV SEMINÁRIO DO

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À

DOCÊNCIA/UFU/CAPES: contribuições para a Formação Inicial e

Continuada de Professores

Leila Aparecida Pereira Rosa [email protected]

Poliana Oliveira Silveira Maria Simone Ferraz Pereira Moreira Costa

Resumo

A presente reflexão tem como objetivo sinalizar os momentos vivenciados no IV

Seminário do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência/UFU/CAPES:

Integração de Projetos. A visita ao museu constituiu elemento de incentivo cultural e

científico, onde as propostas ali representadas, sejam pelas exposições externas ou pela

riqueza dos experimentos internos que difundem a ciência e a tecnologia, possibilitaram

a ampliação do acervo cultural tanto de estudantes e profissionais da educação básica,

como de licenciandos das diferentes áreas. Os participantes foram incitados à reflexão

referente ao fortalecimento de uma lógica de formação, numa perspectiva crítica em que

a inserção na escola leva em consideração o contexto escolar, as relações sociais, os

valores e atitudes ali estabelecidos. Destacou-se, ainda, a importância do contexto

vivenciado em sala de aula e a formação no contexto gestacional da escola. A

participação nessa discussão contribuiu para fortalecer a necessidade de formação que

vislumbre práticas que minimamente levem a identificar com clareza os limites do papel

do futuro profissional e ainda contribua com o debate e a reflexão no que diz respeito à

formação inicial e continuada.

Como culminância anual dos trabalhos desenvolvidos pelos subprojetos do

PIBID nas instituições educacionais, nos dias 12 e 13 de agosto, aconteceu,

concomitantemente, nos Campus Santa Mônica (Uberlândia) e Pontal (Ituiutaba), o

Seminário do PIBID objetivando a integração de projetos. Nesse evento, houve uma

diversidade de atividades para a socialização, discussão e divulgação dos trabalhos

realizados. Nesse sentido, deu-se início aos trabalhos, proporcionando a todos os

integrantes do PIBID e às escolas parceiras do Programa a visita ao Museu Itinerante

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Page 54: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

Ponto-UFMG. A mesma constituiu elemento de incentivo cultural e científico, onde as

propostas ali representadas, sejam pelas exposições externas ou pela riqueza dos

experimentos internos que difundem a ciência e a tecnologia, possibilitaram a ampliação

do acervo cultural tanto de estudantes e profissionais da educação básica, como de

licenciandos das diferentes áreas. Como bem define Marx (1867), foi uma “atividade

adequada a um fim”, pois proporcionou o contato com conceitos de forma lúdica e

possíveis fatores facilitadores na introdução de novos conceitos a partir da visita ao

museu. É relevante dizer que a viabilização de recursos, como essa mostra cultural,

reflete positivamente na formação em qualquer segmento, pois possibilita agregar

conhecimentos e motivação em se ministrar e ser sujeito de aulas significativas,

instaurando sentido de qualidade. É preciso, ainda, considerar que “o usufruto de bens

culturais é privilégio de poucos”, como já afirmara Paro (2007) em seus escritos. Em

função disso, iniciativas como essa contribuem de forma significativa para a formação

inicial e continuada de professores.

Nessa vertente, as atividades proporcionaram a integração específica entre os

diferentes projetos. O segundo dia de atividades apresentou a integração específica entre

os diferentes projetos. Participamos, com mais sete subprojetos, de discussões que, no

período da manhã, focaram a função social da escola pública e seu papel na formação

dos estudantes. Os participantes foram incitados à reflexão referente ao fortalecimento

de uma lógica de formação, numa perspectiva crítica em que a inserção na escola leva

em consideração o contexto escolar, as relações sociais, os valores e atitudes ali

estabelecidos. Destacou-se, ainda, a importância do contexto vivenciado em sala de aula

e a formação no contexto gestacional da escola. Compreendemos que a educação se dá

dentro de um processo cultural e político, e ficou clara a necessidade que temos de

transformar a vida social para transformar dentro da escola. Nessa mesma dialogicidade,

os trabalhos foram sequenciados pela discussão em rodas de conversa com oito

temáticas diferentes. Participamos da temática gestão, e entre as possibilidades de trocas

destacamos os seguintes pontos: a gestão democrática não é tão comumente aplicada e o

os anseios perpassam pelas várias instituições, seguidas pelas dificuldades que também

são muito semelhantes.

A grande inquietude da educação é não deixar que o sistema coloque alunos em

salas de aula em prédios precários, com poucos recursos. A gestão democrática deve

buscar aspectos que tragam para o contexto escolar a prática coletiva do trabalho e a

faça verdadeiramente democrática, refletindo necessariamente na melhoria da qualidade

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Page 55: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

do ensino, com paradigmas de atitudes e valores para uma formação cidadã, levando a

escola a assumir a função social enquanto instituição, voltada à socialização de saberes

teóricos e práticos que contribuam para uma formação plena. Acreditamos que a

participação nessa discussão contribuiu para fortalecer a necessidade de aprendizagens,

vislumbrando práticas que minimamente levem a identificar com clareza os limites do

papel do futuro profissional, e ainda o debate e a reflexão no que diz respeito à

formação inicial e continuada. Com implicações significativas no aprender para fazer,

os relatos elaboraram dialogicidade de mão dupla, universidade/escola, bem como se dá

com a inserção dos subprojetos no lócus escolar. Podemos afirmar que o processo de

atividades de integração vem contribuir na formação discente dos graduandos, numa

visão ampla de diferentes vertentes, focando o mesmo objetivo.

A reflexão no que diz respeito à visitação ao museu e ao compartilhamento de

experiências, transcendendo às formas absolutamente necessárias à formação inicial,

leva esses discentes a se formarem intelectuais orgânicos, de forma a identificar com

clareza o papel como futuros profissionais, podendo usufruir de referências de práticas,

e assim se efetivarem pela mediação do conhecimento e da formação de consciência,

integrados ao desenvolvimento intelectual e prático, como bem define GRUPPI (1980,

p.89), ao se referir a gestores, fim pelo qual se justificam os trabalhos desenvolvidos

pelo subprojeto Gestão:

Dirigente é quem possui uma especialização cultural e, ao mesmo tempo, uma visão do processo histórico no qual se insere a sua especialização. Assim, avalia enquanto político, a sua própria posição na sociedade e atua politicamente no processo social, tornando sua presença mais incisiva precisamente graças à sua especialização (1980, p.89).

Palavras-chave: PIBID. Formação inicial. Formação continuada. Cultura.

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Page 56: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

Educação Básica: a transversalidade da Educação em Direitos Humanos

Ana Maria [email protected]

Resumo

A Educação em Direitos Humanos (EDH), embora presente na Declaração

Universal dos Direitos Humanos (DUDH) desde 1948 é recente enquanto política

pública. No Brasil, destacam-se três documentos que marcam o compromisso do Estado

Brasileiro com este tipo de educação: Plano Nacional de Educação em Direitos

Humanos, PNEDH (BRASIL, 2006), Programa Nacional de Direitos Humanos 3

PNDH3, (BRASIL, 2010) e as Diretrizes Nacionais de Educação em Direitos Humanos

(Parecer nº 8 CNE/CP/2012 e a Resolução nº 01 CNE/CP/2012), que tornam a EDH

obrigatória para todos os níveis e modalidades de educação do país. Numa dimensão

global, destaca-se o Programa Mundial de Educação em Direitos Humanos, PMEDH

(ONU, UNESCO, OHCHR, 2006), que nasceu a partir da década das Nações Unidas

para a Educação em Matéria de Direitos Humanos, no período de 1994 a 2003. Estes

documentos destacam a importância atribuída a uma educação comprometida com

valores democráticos e que colocam os seres humanos como centro do processo

educativo.

A EDH se desenvolve em três dimensões: conhecimentos, valores e práticas.

Conhecer os direitos humanos é o primeiro passo, mas isto não basta, é preciso querê-

los, ou seja, valorizá-los como modo de orientar a vida pessoal e social. Por fim, é

preciso agir no sentido de promover direitos, reivindicar novos direitos, reparar direitos

violados.

Levar a EDH para dentro da sala de aula implica na compreensão e interpretação

da realidade, e, para tanto, fazem-se necessárias capacidades cognitivas (compreender

os conteúdos e os conceitos relacionados aos temas trabalhados), afetivas e subjetivas

(valorar e atribuir significado). Ambas as capacidades desenvolvem-se na interação com

o objeto de conhecimento e nas relações interpessoais. Nesta perspectiva, não bastam

56

Page 57: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

aulas conceituais, é necessário que os direitos humanos sejam discutidos e percebidos a

partir da realidade cotidiana dos alunos, e abordados interdisciplinarmente.

A proposição dos temas transversais corresponde à necessidade de educarmos os

alunos a partir de questões consideradas importantes, urgentes e presentes sob várias

formas na vida cotidiana.

Temas transversais relacionam-se à vida cotidiana da comunidade, à vida das

pessoas e aos seus interesses. Não se trata de criarmos novas disciplinas escolares que

se destinam apenas à transmissão de informações sobre determinado tema, nem mesmo

de realizarmos palestras para “esclarecer” a comunidade. Trata-se, sim, de construir

valores e práticas capazes de transformar as atitudes de cada um dos envolvidos a partir

do despertar de uma consciência moral autônoma. Por isso, os temas transversais devem

aproximar a vida das pessoas do currículo formal da escola, ou seja, eles constituem

uma oportunidade de desenvolvermos conteúdos de diferentes disciplinas a partir da

discussão de um tema relevante socialmente.

A transversalidade, ao trazer a realidade como pauta de reflexão e mote para a

aprendizagem, pressupõe a articulação de diferentes conhecimentos e capacidades. A

complexidade da vida e de suas questões nos impõe a necessidade de lançarmos mão de

diferentes conhecimentos e competências para compreendermos e analisarmos tais

temáticas.

Alguns pontos que justificam o tratamento transversal da EDH:

A aprendizagem a partir de temas cotidianos é capaz de dotar de sentido aquilo

que o educando aprende. Com isso, não se aprende português, matemática,

ciências, artes apenas para se ter conhecimento, mas sim para compreender a

realidade e, desejavelmente, atuar no sentido de transformá-la. A capacidade de

olhar para o mundo sob a ótica dos direitos humanos implica em conhecimentos

conceituais de diferentes áreas e disciplinas.

Os temas transversais têm um caráter ético, uma vez que nos confrontam com

dilemas, que problematizam a realidade e possibilitam que nos posicionemos

diante de situações das mais diversas.

57

Page 58: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

Implicar-se diante das grandes questões contemporâneas, esta é uma necessidade

premente. O trabalho com temas transversais envolve outras dimensões que

extrapolam a aprendizagem dos conteúdos formais e ultrapassam os limites

físicos da instituição.

Palavras-chave: PIBID. Formação inicial. Transversalidade. Escola. Cultura.

58

Page 59: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

A transversalidade da Educação Inclusiva na Educação Básica

Solange Lima D’ Á[email protected]

Resumo

As discussões relacionadas à inclusão de pessoas com deficiência na educação

têm se constituído ao longo dos anos como uma tendência mundial. Certamente, esta

concepção de educação inclusiva vem, em grande parte, atender às demandas de uma

sociedade mais plural e aberta às diferenças.

As mudanças ocorridas na sociedade são resultados da organização política,

econômica e cultural, que vão se configurando de acordo os grupos socialmente

organizados. Nesse sentido, a escola como instituição social representa grande parcela

dessa comunidade. Constituída inicialmente como aparelho ideológico do estado,

tentando reproduzir e induzir em seus processos formativos comportamentos e

ideologias a priori definidas por pequenos grupos que representavam o poder, nos dias

atuais tem apresentado esse quadro alterado por características diversas.

Os moldes de uma sociedade fechada, padronizada e homogênea foram pouco a

pouco cedendo espaço para a construção de relações mais abertas, heterogêneas e

complexas que representam a diversidade social.

Nesse sentido, historicamente as pessoas com deficiência saíram da obscuridade

à qual estavam ‘condenadas’ secularmente, e aos poucos vêm ocupando espaços e

imprimindo novas possibilidades de inserção, respeito e direito social.

As políticas iniciadas nos anos 1990, por meio das conferências mundiais,

resultaram em cada país signatário a constituição de políticas públicas que vêm

paulatinamente construindo possibilidades inclusivas, no que tange a inclusão das

pessoas com deficiência na sociedade e, por conseguinte na escola. Segundo o

documento Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação

Inclusiva (2008), a educação inclusiva é um paradigma educacional pautado na

59

Page 60: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

concepção de direitos humanos, e nas possibilidades de equidade social. A escola

arcaica não corresponde às necessidades de uma escola inclusiva, visto que o conceito

de inclusão traz em seu bojo a abertura à diferença, a possibilidade de mudança e, em

alguns casos, a própria reinvenção das relações, onde o professor não é o único detentor

do conhecimento, mas, sim, o mediador e maestro das relações que são construídas no

cotidiano escolar.

Os processos de ensino, de aprendizagem, de avaliação, o tempo da escola, os

espaços e as interações precisam ser redimensionados, buscando aprimorar e construir

novas e inéditas formas de se relacionar com o outro, e, sobretudo o trabalho parceiro,

colaborativo entra em destaque nessa escola. O individualismo perde sua potência e as

somas, as trocas são valorizadas pelos pares. As diferenças agregadas podem e fazem a

diferença qualitativa, as noções de certo e errado, como legado da escola tradicional dão

lugar a invariáveis possibilidades a partir de cada sujeito e de suas características.

Segundo Pinto (1979, p.121), “a cultura é uma criação do homem” (...); “um

bem de consumo, que a sociedade, mediante a educação, distribui a seus membros e

também um bem de produção”; nesse sentido, a cultura inclusiva está sendo repensada e

construída, e, por essa razão, as mudanças não ocorrem por força legal, mas mediante e

a partir de tempos, processos e sujeitos históricos.

A transversalidade da educação inclusiva se explicita em todos os níveis, etapas

e modalidades de ensino; assim, o Atendimento Educacional Especializado – AEE deve

disponibilizar serviços, recursos, formações, informações sobre Tecnologias Assistivas,

acessibilidade, entre outros programas, de forma a complementar as ações realizadas

nas salas de aula.

Essa transversalidade será efetivada na medida em que mais pessoas com

deficiência tenham acesso e permanência à escola e, por conseguinte, à educação.

Palavras-chave: PIBID. Transversalidade. Escola. Cultura.

60

Page 61: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

A educação ambiental na transversalidade, desafios para a educação básica.

José Carlos de [email protected]

Resumo

Os temas transversais são constituídos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais

(PCN) e compreendem seis áreas: Ética (respeito mútuo, justiça, diálogo,

solidariedade); Orientação Sexual (corpo: matriz da sexualidade, relações de gênero,

prevenção das doenças sexualmente transmissíveis); Meio Ambiente (os ciclos da

natureza, sociedade e meio ambiente, manejo e conservação ambiental); Saúde

(autocuidado, vida coletiva); Pluralidade Cultural (pluralidade cultural e a vida das

crianças no Brasil, constituição da pluralidade cultural no Brasil, o ser humano como

agente social e produtor de cultura, pluralidade cultural e cidadania), e Trabalho e

Consumo (relações de trabalho; trabalho, consumo, meio ambiente e saúde, meios de

comunicação de massas, publicidade e vendas; direitos humanos, cidadania).

Os temas transversais caracterizam-se por um conjunto de assuntos que

aparecem transversalizados em áreas determinadas do currículo, que se constituem na

necessidade de um trabalho mais significativo e expressivo de temáticas sociais na

escola. Alguns critérios utilizados para a sua constituição se relacionam à urgência

social, à abrangência nacional, à possibilidade de ensino e aprendizagem na Educação

Básica e no favorecimento à compreensão do ensino/aprendizagem, assim como da

realidade e da participação social.

São esses temas que envolvem um aprender sobre a realidade, na realidade e da

realidade, preocupando-se também em interferir na realidade para transformá-la, frente

aos novos desafios em que o mundo contemporâneo está inserido, e também aos

aspectos paradigmáticos que conduzem ao modelo de produção do conhecimento

vigente, quanto às concepções de ser humano e de sociedade em que vivemos.

61

Page 62: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

Neste ciclo recursivo, vem sendo a cada dia agravada a crise ambiental, tomando

esta como crise social, cultural, ecológica, educacional, global. O “pensar ambiental,

hoje, significa pensar de forma prospectiva e complexa, introduzir novas variáveis nas

formas de conceber o mundo globalizado, a natureza, a sociedade, o conhecimento e,

especialmente, as modalidades de relação entre os seres humanos” (MEDINA;

SANTOS, 2008, p. 12).

Como tentativa de reverter esse quadro, a Educação Ambiental se tornou um

caminho, não como adestramento ambiental pertinente à uma ideologia cartesiana,

fragmentadora, mas a partir do pensamento complexo no qual está inserida,

promovendo práticas transversais.

Segundo Gavidia (2002), as matérias transversais promovem atitudes que

incidem nos valores pessoais e globais, que implicam normas de conduta ou marcam

pautas de comportamento, as quais contribuem para o desenvolvimento integral da

pessoa, indo assim ao encontro de objetivos necessários para formar um cidadão crítico,

atuante e transformador da realidade.

Muitas são as mudanças e as dificuldades para a prática da Interdisciplinaridade,

contudo, os temas transversais como reflexos dos problemas sociais, econômicos

atitudinais, comportamentais, de toda problemática contextual que permeia o ser

humano, consequentemente, das preocupações das nossas sociedades atuais, tanto ao

nível local, como global, juntamente com aprendizagens informais desvalorizadas e

sofridas de preconceitos, poderiam exercer uma funcionalidade educativa, social e até

mesmo psicológica, por se enxergarem como agentes.

Representariam perfeitamente essas pontes entre o conhecimento comum e o

escolar, ou seja, a transversalidade poderia ser vista como um caminho para a prática da

Interdisciplinaridade, ambas promovendo assim um discente crítico, reflexivo, com uma

visão ampla e analítica da sociedade, das interações em que ocorrem. Santos (2008,

p.134) explica que, “A transversalidade e a interdisciplinaridade fundamentam-se na

crítica da visão de conhecimento que trata a realidade como um conjunto de dados

estáveis, sujeitos a um ato de conhecer isento e distanciado. As duas consideram a

complexidade do real e a importância de valorizar a teia de relações, que têm aspectos

variados e contraditórios”.

Os desafios apontados por Fazenda (1994) nos advertem que o professor

interdisciplinar traz em si um gosto especial por conhecer e pesquisar, possui um grau

62

Page 63: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

de comprometimento diferenciado para com seus alunos, ousa novas técnicas e

procedimentos de ensino, porém, antes, analisa-os e dosa-os convenientemente.

Palavras-chave: PIBID. Transversalidade. Escola. Educação Ambiental.

63

Page 64: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

EXPERIÊNCIAS DO PIBID EDUCAÇÃO POPULAR: MOSTRA DE INSETÁRIO E VISITA EM LABORATÓRIO COM ALUNOS DA

EJA DE UMA ESCOLA PÚBLICA, ITUIUTABA–MG.

Luiz Henrique de Freitas [email protected]

Hellen Sousa Coelho NettoVanessa Carla Silva Batista

Resumo

O subprojeto Educação Popular tem como objetivo integrar parte das atividades

do PIBID às atividades do GPECPOP, na tentativa de construir elementos para

reflexões sobre a EJA e suas práticas relacionadas à superação das condições do

fracasso escolar e de exclusão social. Exploram-se, assim, as realidades e práticas

próprias do universo escolar da EJA, não só no campo da aprendizagem formal, mas

também em relação à realidade cultural e social. Como licenciandos do Curso de

Ciências Biológicas, desenvolvemos, durante o primeiro semestre de 2013, um

insetário, cuja finalidade era apresentar e aprimorar conhecimentos sobre insetos das

mais variadas espécies, associado às experiências de vida dos alunos do segundo

segmento da modalidade EJA.

Os exemplares apresentados no insetário, disponibilizados pelos licenciandos

bolsistas da Educação Popular com ênfase em Educação de Jovens e Adultos–EJA,

foram capturados na região do município de Ituiutaba, Minas Gerais. Possui insetos

comumente conhecidos pela população, embora alguns alunos do 3º período da Escola

Estadual Rotary não tinham conhecimento, o que instigou a curiosidade e a vontade de

compreender mais sobre esse fantástico mundo. Foi observado que os alunos mais

velhos mostraram-se mais interessados, compartilhando os conhecimentos populares

que adquiriram ao longo da vida. Junto com esse insetário foram expostas questões

sobre as fases de vida e algumas curiosidades sobre os insetos. Em um segundo

momento, foi feita uma visita aos laboratórios de Ciências Biológicas da Universidade

Federal de Uberlândia (UFU), Faculdade de Ciências Integradas do Pontal (FACIP),

com sede na cidade de Ituiutaba, tanto para conhecimento do espaço quanto para

estudos. Destacamos a visita ao Laboratório de Ecologia e Zoologia (ECOZOO), onde

foi possível observar algumas amostras do insetário e também alguns animais que

estavam conservados para estudos e, a partir desses, perceber o grande interesse vindo

64

Page 65: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

dos alunos, que o tempo todo questionaram e fotografaram as amostras. Por meio dessa

prática, conseguimos interligar o conhecimento popular desses alunos com o

conhecimento científico. Por meio das práticas vivenciadas, percebeu-se sua grande

curiosidade de conhecimento diante dos relatos e registros fotográficos feitos.

Observamos que eles foram estimulados a se aproximar do conhecimento científico,

fazendo uma relação com o conhecimento popular, ampliando sua aprendizagem.

Palavras-chave: Insetário. Laboratório. EJA.

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Page 66: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

VIDEOINSTALAÇÃO: UMA POSSIBILIDADE DE NOVOS

OLHARES

Thiago Augusto Arlindo Tomaz da Silva [email protected]

Rafael Gonçalves Barbosa GomesYasmim Twanne de Cássia Silva

Resumo

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID da

Universidade Federal de Uberlândia tem como desafio a formação de professores no

âmbito escolar. Articulado a esta proposição geral, o Subprojeto Ciências da Natureza

utiliza-se de mídias como forma de linguagem no desenvolvimento de suas atividades,

propiciando aos bolsistas novos olhares quanto à expressão de suas ideias. Neste

sentido, como forma de apresentar as atividades desenvolvidas pelo subprojeto nas

escolas em que atua, decidiu-se realizar uma oficina de fotografia no IV Seminário do

PIBID UFU: Integração de Projetos, que objetivou conhecer o campus do Pontal através

do olhar fotográfico dos bolsistas do subprojeto Ciências da Natureza. Tendo em vista a

necessidade de exposição dos registros fotográficos, inicialmente pensou-se em montar

uma Mostra com as fotos impresssas, de forma a promover a socialização. Entretanto,

devido ao curto tempo para a revelação das fotos, buscou-se uma nova estratégia para a

sua exposição. Sendo assim, realizou-se uma videoinstalação, utilizando as fotografias

dos participantes e o documentário “Pro dia nascer feliz”, dirigido por João Jardim, em

2006.

O documentário foi escolhido por retratar a realidade no âmbito escolar

brasileiro, além de expressar as diferenças sociais, tanto na estrutura de cada escola

quanto na forma como os estudantes agem e entendem o mundo. Escolheu-se, para isto,

uma sala de aula mais escura, que foi esvaziada, e ali foram instalados quatro projetores,

conectados a computadores, para que os participantes procurassem suas fotos. As

imagens foram organizadas em uma apresentação de slides, e acompanhadas pelo filme,

e projetadas em três paredes da sala. Para dinamização do espaço, as projeções foram

posicionadas em diferentes ângulos. A videoinstalação possibilita novos olhares para o

que é próprio do cotidiano das pessoas, a partir do estabelecimento de diálogos com

outras linguagens artísticas, como a fotografia e o vídeo documentário.

66

Page 67: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

Palavras-chave: Videoinstalação. Oficina fotográfica. PIBID. Ciências da Natureza.

67

Page 68: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

A BIBLIOTECA NO ESPAÇO ESCOLAR E A PRÁTICA DA LEITURA

Thalita Ribeiro Araú[email protected]

Jéssica Fernandes de Almeida

Resumo

Ao ingressar em um novo contexto escolar é necessário adaptar-se ao cotidiano

da escola, de seus alunos, professores e funcionários. No caso do subprojeto Língua

Portuguesa, antes de iniciar o trabalho direto com os discentes, a forma encontrada foi a

(re)organização da biblioteca, pois, tendo em vista nosso trabalho com gêneros textuais,

é de fundamental importância a relação com livros literários. Por meio do projeto de

(re)organização da biblioteca, foi possível perceber a relação existente entre os alunos e

os professores com o ambiente em questão. Inicialmente, o trabalho consistia em

separar os livros literários por gêneros e estes dos demais livros, tornando a organização

da biblioteca mais atrativa para os alunos e com fácil acesso a todas as obras ali

presentes. Nesse processo, foi possível perceber a grande variedade de livros literários

existentes, tanto em relação aos gêneros quanto à quantidade. Como continuidade do

trabalho, foi desenvolvido o projeto para decorar e reinaugurar a biblioteca, com o

objetivo de nele inserir toda a comunidade escolar. Para tanto, a escolha do novo nome

da biblioteca foi feita por meio de eleições, com nome de “candidatos”/autores

sugeridos pelos professores e funcionários da escola e votação realizada pelos alunos.

Tal atividade, além de estar relacionada diretamente ao nosso trabalho na escola,

despertou nos alunos a consciência política e a importância de um voto consciente. Por

fim, o trabalho foi realizado pelo nosso grupo de bolsistas, e teve como objetivo

principal a inserção dos pibidianos na escola, contribuindo com a organização do

ambiente escolar. Além da (re)organização, fizemos algumas atividades apresentando

aos alunos os gêneros literários: contação de histórias, exibição de vídeos e distribuição

de material impresso.

Palavras-chave: PIBID. Biblioteca. Leitura.

68

Page 69: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

A BIBLIOTECA REORGANIZADA E O INCENTIVO À LEITURA – UMA EXPERIÊNCIA NO ÂMBITO DO PIBID

Ilza Martins Gomes [email protected]

Maria Isabel Masini

No período de agosto a dezembro de 2012, os bolsistas do subprojeto PIBID de

Língua Portuguesa realizaram a atividade de reorganização da biblioteca da Escola

Maria da Conceição Barbosa de Souza. Até então, os livros não eram separados por

gêneros, mas em ordem alfabética, tornando difícil, dessa forma, o empréstimo dos

livros para os alunos, que não conseguiam encontrar aqueles pelos quais tinham

preferência, uma vez que nem a bibliotecária podia auxiliá-los, pelo mesmo motivo.

Além do mais, a biblioteca era um espaço em que se guardavam os livros didáticos, ou

seja, um depósito dos livros que não eram usados. Tendo em vista que os alunos sempre

mencionavam “biblioteca” de modo vago, insignificante, sentimos a necessidade de dar-

lhe um nome.

A partir de tal ideia, foram sugeridos alguns nomes de escritores mais destacados

na literatura brasileira. juntamente com as suas biografias. Para escolher aquele que

batizaria a biblioteca, houve uma votação democrática, de que todos os segmentos da

escola participaram. O escritor escolhido foi Monteiro Lobato. A biblioteca foi

organizada por gêneros, a partir da intervenção dos bolsistas, e foram colocados nas

mesas de estudo dizeres de alguns escritores e, principalmente, de Monteiro Lobato.

Foram também afixadas placas nas prateleiras, indicando o gênero literário e

facilitando, para os alunos, a localização dos livros, seja para pesquisas, seja para

leituras individuais ou coletivas. A reinauguração da biblioteca teve a apresentação de

um painel explicativo da conduta de como manusear os livros para que se conservassem

organizados de acordo com o gênero literário. Os alunos no ano de 2013 têm aulas de

leitura uma vez por semana com a professora de Língua Portuguesa, e a organização

revitalizou e incentivou os educandos a lerem mais, porque agora encontram os livros

de sua preferência com facilidade. Com a reestruturação da biblioteca realizada pelos

bolsistas do PIBID, o estímulo à leitura em um espaço agradável faz parte da educação

para levar os educandos a saberem o quanto a leitura é imprescindível para sua 69

Page 70: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

formação, para serem capazes de analisar e se conectar com o que se passa em seu

cotidiano. Para tanto, a Língua Portuguesa, em conjunto com as outras áreas do

conhecimento, deve ter como objetivo principal a formação de bons leitores.

Palavras-chave: PIBID. Biblioteca. Leitura.

70

Page 71: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

INCLUSÃO E TRANSVERSALIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA

NA VISÃO DE BOLSISTAS

Augusto César Faria [email protected]

Laís Albino Tomaz

Resumo

Este trabalho foi realizado no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de

Iniciação à Docência (PIBID), com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de

Pessoal de Nível Superior (CAPES), e tem como objetivo relatar as contribuições do IV

Seminário PIBID/UFU: Integração de Projetos, para os bolsistas e supervisores do

PIBID. O evento alçou discussões sobre a transversalidade e inclusão, para que, de uma

forma geral, todos tivessem contato com a temática e, de maneira abrangente,

compreendessem que a educação inclusiva remete à diversidade própria do ser humano.

Esta educação busca promover a aprendizagem e o desenvolvimento de todos,

atendendo aos limites de cada educando. Foi possível visualizar que uma das

possibilidades para promover educação inclusiva é através da transversalidade de

conteúdo, e que dentro desta vertente é papel do docente buscar metodologias que

atendam às relações sociais dos estudantes, respeitando o direito de cada individuo,

assim como prescrito na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Ainda durante

o evento, foi realizada a socialização de atividades propostas por subprojetos que

trabalham com a mesma temática, e isso permitiu conhecer novas atividades e

contribuiu para o processo formativo de docentes das diversas áreas e para a interação

entre os diversos subprojetos, principalmente por estreitar laços entre os bolsistas e

supervisores através das mesas redondas. Assim, foi possível aprender mais sobre o

tema e aprofundar os conhecimentos existentes com a troca de experiência entre os

grupos, que possibilitam saber os caminhos percorridos pelos grupos parceiros, dando

um respaldo d ao que está dando certo e o que deve ser mudado, abrindo possiblidades

de novos trabalhos e atividades a serem desenvolvidas na escola.

Palavras-chave: PIBID. Educação inclusiva. Transversalidade.

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Page 72: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS: UMA DISCUSSÃO NA MESA REDONDA DO EVENTO INTEGRAÇÃO ENTRE SUBPROJETOS

PIBID

Carlos A. Rezende [email protected]

Odaléa Aparecida Viana

Um dos objetivos do Curso de Matemática da FACIP/UFU é desenvolver

competência para ensinar os conteúdos matemáticos do ensino básico de forma

significativa, em diferentes contextos e em articulação interdisciplinar. Espera-se que o

futuro professor saiba analisar, selecionar, produzir e avaliar recursos e materiais

didáticos, adequando metodologias de modo a propiciar o desenvolvimento dos alunos.

Para Perrenoud, o conhecer, para determinada disciplina, os conteúdos a serem

ensinados e sua tradução em objetivos de aprendizagem é uma das competências para

ensinar. No entanto, por mais que o curso tenha disciplinas e práticas pedagógicas –

além do estágio supervisionado – a experiência mostra que nem sempre é possível

desenvolver as competências almejadas de modo a formar um educador comprometido

e com autonomia para criar seus próprios dispositivos didáticos. Assim, uma das

atividades desenvolvidas pelo Subprojeto Matemática Pontal, do PIBID/UFU, é a

elaboração de sequências didáticas para serem aplicadas pelo professor supervisor a

seus alunos, nas aulas regulares. O tema foi apresentado e discutido por ocasião da

Mesa Redonda e Roda de Conversa “PIBID e o incentivo à docência: vozes dos

Licenciandos e Supervisores”, uma das atividades do IV Seminário PIBID UFU:

Integração de projetos, realizado no período de 11 a 14 de agosto de 2013, no campus

do Pontal da UFU. No dia 13 de agosto, o evento deu-se no período da manhã e da

tarde, na forma de mesas redondas formadas por licenciandos, professores supervisores

e coordenadores dos subprojetos Matemática e Alfabetização Matemática da FACIP e

Matemática da FAMAT.

A mesa tinha o objetivo de compartilhar as ações e reflexões desenvolvidas

pelos subprojetos. Foram apresentados alguns aspectos da ação relativa às sequências

didáticas produzidas pela Matemática Pontal. A discussão foi intensa, já que esse tipo

de trabalho, ao que parece, não é feito nos demais subprojetos. Entendemos que elaborar

as sequências didáticas, aplicá-las e avaliá-las requer um trabalho intenso que envolve:

estudo do conteúdo; avaliação dos conhecimentos prévios da turma; análise do contexto 72

Page 73: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

em que a sequência será des)envolvida; verificação de tempo, recursos e materiais;

definição de objetivos; elaboração das atividades em encadeamento lógico que

contribua para a formação dos conceitos; confecção de material; escrita da sequência;

correção, análise e revisão da sequência; aplicação; acompanhamento e avaliação. As

reflexões tecidas em todas as etapas dessa elaboração têm sido constantes e

consideramos que tenha contribuído com a formação de todos os envolvidos neste

trabalho e também dos participantes das mesas redondas do evento.

Palavras-chave: Formação docente. PIBID Matemática. Sequências didáticas.

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Page 74: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

O MUSEU ITINERANTE PONTO DA UFMG: POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM DA CIÊNCIA PARA ALUNOS DO 9º ANO DE UMA ESCOLA DA REDE MUNICIPAL DE ITUIUTABA–MG

Rosa Betânia Rodrigues de [email protected]

Matheus Ferreira MotaFrancielle Amâncio Pereira

Resumo

O termo “espaço não formal” tem sido utilizado atualmente por professores,

pesquisadores e profissionais que trabalham com divulgação científica, para descrever

lugares, diferentes da escola, onde seja possível desenvolver atividades educativas. Os

museus e centros de ciências são espaços não formais de ensino e têm sido alvos

constantes de atenção dos pesquisadores pela potencialidade de divulgação cultural e

científica, além de possibilitar o envolvimento da comunidade escolar com a cultura

científica. O presente trabalho teve por objetivo divulgar as contribuições do Museu

Itinerante Ponto da UFMG, para a aprendizagem de alunos do 9º ano de uma escola da

rede municipal de Ituiutaba–MG. Trata-se de um relato de experiência a partir de uma

roda de conversa com esses alunos, contemplados com a participação no Museu

Itinerante Ponto da UFMG, durante o IV Seminário PIBID UFU: Integração de Projetos

– FACIP/UFU, em que se pôde constatar a sua imensa satisfação e entusiasmo nessas

atividades.

A proposta de trabalhar as informações, associadas a imagens, sons,

temperaturas, texturas e outros elementos que aguçam os sentidos foi o que mais

chamou a atenção dos alunos. Também foi destacada por eles a possibilidade de

simulação de situações incomuns ao contexto regional de Ituiutaba, como o clima

antártico e de floresta tropical, a visão do fundo do mar em 3D, a submersão em regiões

abissais com o submarino, e o passeio em grandes metrópoles e capitais através do

Google Earth. Os modelos atômicos e anatômicos, os de energia e de engenharia

também foram bastante apreciados, especialmente pela relação com os conteúdos

desenvolvidos na escola e a proximidade didática com o cotidiano. Com os dados

obtidos neste trabalho, concluiu-se que os alunos puderam ter uma visão diferente com

relação ao processo de aprendizagem da ciência, tratada de forma interdisciplinar e

contextualizada. Ressaltamos o papel das tecnologias como recursos valiosos para 74

Page 75: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

despertar o interesse dos alunos, possibilitando uma melhor compreensão dos

conhecimentos envolvidos no processo ensino-aprendizagem, além de auxiliar na

integração dos conteúdos e sua aproximação com o real. Além disso, também merece

destaque a possibilidade de troca de experiências entre professores, alunos e bolsistas,

tornando um vínculo necessário para o desenvolvimento de atividades que, em geral,

não são possíveis de serem desenvolvidas na escola.

Palavras-chave: Ciência e tecnologia. Museu. Espaços não formais de ensino.

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Page 76: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

OFICINA DE ATIVIDADES MUSICAIS PARA PROFESSORES DA

EDUCAÇÃO INFANTIL

Eliézer Evangelista [email protected]

Sabrina de Fátima Pereira do NascimentoMaria Cristina Lemes de Souza Costa

A oficina “Atividades Musicais para Professores da Educação Infantil” teve

como objetivos apresentar à comunidade acadêmica do curso de música da UFU ações

de intervenção advindas das reflexões e ações do subprojeto Música na EMEI Maria

Pacheco Rezende. A partir das observações realizadas na escola, durante os últimos 12

meses constatou-se a utilização da música em diversos momentos na rotina escolar.

Professoras e educadoras usam a música para ensinar hábitos, conceitos, princípios

morais, para divertir, comemorar datas especiais ou conduzir atividades de socialização.

Porém, em todas essas situações a música é abordada a partir de seus aspectos

extramusicais. Observou-se, também, os desafios enfrentados pelas professoras na

realização de atividades musicais com as crianças, especialmente quanto aos aspectos de

afinação, ritmo e performance de instrumentos.

As professoras utilizam primordialmente canções que são ensinadas por meio da

imitação. Outras vezes usam gravações em CD para a apreciação, acompanhamento ou

para aprendizagem do repertório escolhido por elas. Explorar aspectos específicos da

linguagem musical demanda conhecimentos e habilidades que a maioria das professoras

não teve a oportunidade de desenvolver, já que a música não é uma disciplina que faz

parte do currículo das escolas públicas de educação básica em nosso país há muitas

décadas. Assim, no intuito de possibilitar às professoras abordagens que explorem

aspectos específicos da linguagem musical com as crianças, foi pensada a realização de

oficinas de música que pudessem dar-lhes subsídios práticos e teóricos. Foi elaborado

um material didático e planejadas oficinas na escola, nos horários de módulo das

professoras. Iniciamos com a construção coletiva de instrumentos musicais com

materiais recicláveis: tambores de caixas de tinta, violões de caixas de leite, flautas pan

de canudinhos de refrigerante e chocalhos de rolinhos de papel higiênico. Em seguida, 76

Page 77: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

foram elaboradas atividades para a voz cantada, para o desenvolvimento da percepção

auditiva, da imaginação, do ritmo, da exploração de timbres e características de

instrumentos musicais e objetos sonoros. As atividades foram de sonorização de

histórias, construção de pulso interior, padrões rítmicos e exploração e execução de

instrumentos musicais. As professoras participaram ativamente das atividades. Ao final,

registraram o quão foi importante para a formação delas e solicitaram-nos outras

oficinas abordando o uso da voz, afinação e ritmo. Nossas reflexões sobre o visto e

vivido na escola têm nos dado um norte objetivo para novas inserções e diálogos com a

comunidade escolar.

Palavras-chave: Oficina de música. Formação docente. Educação infantil.

77

Page 78: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

PIBID/SOCIOLOGIA: REFLEXÃO SOBRE A DISCUSSÃO

ACERCA DA INCLUSÃO E EXCLUSÃO NAS RELAÇÕES

ÉTNICAS - RACIAIS NO ESPAÇO ESCOLAR PÚBLICO

Patrícia Aparecida de Assunçã[email protected]

Resumo

Durante o IV Seminário do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à

Docência– PIBID da Universidade Federal de Uberlândia, em agosto de 2013, houve

algumas abordagens sobre a temática inclusão/exclusão no espaço escolar, em suas

diversas formas de ocorrência. Mas, neste resumo, pretende-se apontar uma delas que

decorre das relações étnico-raciais neste espaço, onde também ocorrem várias formas de

exclusão. Pode-se dizer que este tipo de exclusão perpassa as condicionantes político-

econômicas, bem como aquelas que se referem ao âmbito sociocultural. Parece que

estão muito mais relacionadas às questões territoriais que aparecem no plano simbólico

e se concretizam nas práticas sociais entre os grupos étnicos que compõem a sociedade

brasileira, porque são formuladas identidades próprias e a identidade étnica cimenta a

coesão interna e os suportes da resistência externa (BANDEIRA, 1988, p. 23). Isto

porque há uma forte influência da formação social da sociedade e da cultura política

ocidental adotada, de se “constituir” um tipo de cidadania sobre os pilares da visão

eurocentrista, o que pode atenuar os preconceitos.

Então, enquanto Cientista Social, defende-se que é extremamente importante que

o Professor de Sociologia adote metodologias diversas na sala de aula, incluindo novas

ações, conteúdos, novas projeções de ensino-aprendizagem que valorizem a

relativização e que contribuam para a construção crítica de visões que desmistifiquem e

desconstruam noções alienadoras constituídas e enraizadas na sociedade sobre as

relações étnico-raciais. E que possam também produzir, na comunidade escolar como

um todo, maior conscientização sobre a relevância de trabalhar em conformidade à lei

10.639/2003, que propõe uma profunda reflexão sobre a enorme contribuição do negro

para a constituição da sociedade brasileira, em seus variados aspectos, na tentativa de

enfraquecer a lógica classificatória entre os grupos e também a violência simbólica que 78

Page 79: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

permeia estas relações, que são levadas de fora para dentro da escola, o que poderia

também contribuir para a redução da segregação e desmistificação acerca de questões

culturais, políticas, religiosas, econômicas e sociais. Pois, existe o prevalecimento da

visão eurocêntrica, mas, este trabalho, estas práticas podem trazer outro tipo de visão

acerca da realidade, uma forma de apreender a realidade concreta via percepção mais

afrocentrista, permitindo, assim, que os alunos melhor compreendam o universo cultural

do outro, suas representações simbólicas, religiosas, culturais.

Entretanto, podem também contribuir para uma maior inclusão e uma maior

constituição da cidadania entre os grupos étnicos no espaço escolar, do qual o Professor

de Sociologia é integrante, enfrentando os desafios no cumprimento da lei

supramencionada, mas que, por sua vez, pode trabalhar a interdisciplinaridade entre as

teorias sociológicas apropriadas em outras disciplinas, como exemplo, História, e adotar

enquanto suporte metodológico as Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações

Étnico-Raciais e o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileiras e Africanas, publicadas

pelo Ministério da Educação e Cultura em 2004, as quais defendem alguns princípios,

como ações de combate ao racismo, dentre outras questões importantes. Considerando

que a temática sobre inclusão/exclusão é possuidora de expressiva complexidade,

constata-se também que esta requer uma análise mais apurada daquilo que foi discutido

e comentado neste breve resumo. Necessita-se, então, de uma profunda reflexão entre os

pesquisadores e a sociedade em sua totalidade.

Palavras-chave: Inclusão/Exclusão. Relações Étnico-Raciais. Sociologia.

79

Page 80: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

SIMPÓSIO DE INTEGRAÇÃO PIBID – RELATANDO AS

EXPERIÊNCIAS VIVENCIDAS NOS SUBPROJETOS DE

QUÍMICA

Maria Cecília Borges [email protected]

Mirielle Cristina Silva Santos

Resumo

O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de

Bolsas de Iniciação à Docência), com o apoio da CAPES (Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), com o objetivo de relatar a troca de

experiências entre os bolsistas, supervisores e coordenadores dos subprojetos PIBID

Química Pontal e Santa Mônica. Essa atividade foi realizada durante o IV Seminário

PIBID/UFU: Integração de Projetos, iniciando com a apresentação de todos os

participantes, a partir de uma dinâmica que possibilitou uma maior aproximação de

todos. Em seguida, o coordenador do subprojeto PIBID/Química/Pontal expôs as ações

realizadas pelos bolsistas no ano de 2013: minicursos sobre diversos temas químicos, os

jogos didáticos e experimentos produzidos e aplicados, o acompanhamento de aulas de

Química, a análise do livro didático adotado pelo professor, leitura de artigos,

monitorias e auxílio aos professores de Química durante as aulas. Durante a

apresentação, todos os participantes puderam esclarecer suas dúvidas sobre as ações

realizadas e sugerir adequações às atividades futuras, discutindo sobre interações entre

alunos, professores e bolsistas e, principalmente, com a dinâmica do conhecimento nas

aulas de Química.

Posteriormente, a coordenadora do subprojeto PIBID/Química/Santa Mônica fez

um relato do projeto de extensão desenvolvido por alguns bolsistas, na produção de uma

peça de teatro denominada “Oxigênio”. Esta abordava uma parte da história da Química

sobre a descoberta deste elemento, que possibilitou a inserção do teatro como

ferramenta pedagógica aos alunos do Ensino Médio, despertando o interesse pela

pesquisa e, ao mesmo tempo, instigando-os sobre a descoberta do oxigênio. Foram

também apresentados os minicursos desenvolvidos pelos bolsistas nas escolas de

Uberlândia, seguidos de debates entre os licenciandos dos subprojetos, abordando os

80

Page 81: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

conhecimentos desenvolvidos por todos. Os professores supervisores de ambos os

subprojetos também tiveram participação importante nas atividades de integração,

descrevendo suas ações e refletindo sobre seu papel como coformadores dos

licenciandos. Com esta experiência, pôde-se notar que todos os participantes

consideraram de grande aproveitamento essa integração, visto que foi a primeira vez

que os dois subprojetos se encontraram. Com isso, puderam esclarecer dúvidas sobre a

maneira como as atividades são realizadas, ajudando no aprimoramento dos subprojetos,

assim como na concepção de cada indivíduo sobre as diferentes metodologias,

favorecendo a formação do futuro docente. Confirmando a riqueza da experiência,

novas atividades de integração entre os dois subprojetos serão planejadas para um futuro

breve.

Palavras chaves: Integração. PIBID. Ensino de Química.

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Page 82: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

PROJETO AÇÃO NO BAIRRO: DEMONSTRAÇÃO DOS JOGOS

DIDÁTICOS UTILIZADOS PELO PIBID – UFU

Alexander Alves de Paulaxander. [email protected]

Nayara Costa Souza

Resumo

O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de

Bolsas de Iniciação à Docência), com o apoio da CAPES (Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), com o objetivo de apresentar uma das

ações relatadas no IV Seminário PIBID/UFU: Integração de Projetos, e relata a

experiência vivenciada pelos bolsistas PIBID numa atividade de extensão, o projeto

Ação no Bairro, promovido pela Rede Integração, em junho de 2013, na Praça Getúlio

Vargas, na cidade de Ituiutaba – MG. Estas ações visam oferecer serviços gratuitos à

comunidade, além de promover a inclusão social, facilitar o acesso da população a bens

e serviços básicos. Sabemos que uma das responsabilidades da universidade é, além do

ensino e da pesquisa, a realização de atividades de extensão à comunidade, que podem

também contribuir para o processo formativo dos licenciandos, ampliando o

conhecimento destes e também dos participantes. Assim, os bolsistas PIBID tiveram a

oportunidade de divulgar à comunidade algumas das ações desenvolvidas nas escolas

parceiras do programa. A proposta do PIBID Química era demonstrar à comunidade

jogos didáticos relacionados a conteúdos químicos. Sabemos que os jogos didáticos

possibilitam e estimulam o interesse do aluno, desenvolvem níveis diferentes de

experiência pessoal e social, possibilitam novas descobertas, desenvolvem e enriquecem

a personalidade dos estudantes, e instrumentalizam o professor na condução, estímulo e

avaliação da aprendizagem.

Por isso, foram previamente selecionados jogos produzidos e utilizados pelos

bolsistas nas escolas: E. E. Coronel Tonico Franco e E. E. Governador Israel Pinheiro.

Os jogos didáticos escolhidos foram: Caminho Químico, Quibingo, Verdade Química,

Caxeta da Química e Batalha Naval. Inúmeras pessoas, das mais diversas faixas etárias,

participaram das atividades, principalmente crianças, que demonstraram bastante

interesse e curiosidade com as atividades. Acreditamos que, a partir de experiências

82

Page 83: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

desse tipo, seja possível desmistificar a impressão de que a Química é uma ciência

extremamente abstrata, desinteressante e desvinculada da realidade das pessoas. Como

atividade de extensão, a apresentação desses jogos poderá possibilitar também a

inclusão da metodologia em outras escolas, uma vez que os jogos merecem espaço na

prática pedagógica dos docentes de todas as áreas, por serem motivantes, agregarem

aprendizagem do conteúdo e desenvolverem aspectos comportamentais saudáveis nos

estudantes.

Palavras-chave: Extensão. Jogos didáticos; PIBID; ensino de Química.

83

Page 84: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA VIVENCIADA PELOS

BOLSISTAS DO SUBPROJETO PIBID/QUÍMICA/PONTAL NA

III SEMANA DA QUÍMICA/PONTAL

Tatiane Aparecida Silva [email protected]

Rosália Alves Santos

Resumo

O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de

Bolsas de Iniciação à Docência), com o apoio da CAPES (Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), com o objetivo de apresentar uma das

ações relatadas no IV Seminário PIBID/UFU: Integração de Projetos. As atividades

aqui relatadas foram vivenciadas pelos bolsistas do subprojeto PIBID/Química/Pontal

durante a III Semana da Química da FACIP/UFU, a partir da participação e realização

de atividades voltadas para estudantes do Ensino Médio e na apresentação de um

minicurso sobre Jogos Didáticos. O desenvolvimento deste trabalho constituiu,

inicialmente, na discussão e elaboração de um planejamento sobre atividades

experimentais e jogos didáticos para serem apresentados com os alunos do Ensino

Médio. Em seguida, os licenciandos divulgaram as atividades a serem realizadas neste

evento em todas as escolas que oferecem Ensino Médio da cidade de Ituiutaba – MG,

para esta modalidade de ensino. Os estudantes visitaram dois espaços, um contendo

atividades experimentais e, o outro, jogos didáticos. Os experimentos foram realizados

pelos bolsistas de forma demonstrativa, envolvendo os conteúdos de “Reações

Químicas”, “Condutividade Elétrica” e “Eletroquímica”. Os jogos didáticos foram

“Caxeta das Classificações”, “Uno das Funções Orgânicas”, “Dominó das Ligações”,

“QuiBingo”, “Memória dos Processos”, ”Batalha Naval”, entre outros. Estes foram

apresentados e jogados com os alunos, com o intuito de revisar alguns conteúdos; os

discentes se mostraram curiosos e participativos.

Os bolsistas tiveram a oportunidade de relatar uma das ações realizadas neste

subprojeto, durante qual os participantes receberam uma apostila confeccionada pelos

84

Page 85: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

próprios bolsistas, contendo vários jogos didáticos elaborados neste subprojeto, além de

levaram os jogos que foram relatados neste material.

A participação dos futuros licenciandos neste evento foi positiva, pois tiveram a

oportunidade de mostrar à comunidade escolar as atividades que vêm sendo realizadas,

pois, das seis escolas participantes, apenas duas são parceiras do PIBID/Química. O

minicurso foi uma experiência muito valiosa tanto para os bolsistas, quanto para os

participantes, pois tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre os

trabalhos realizados no programa.

Palavras-chave: PIBID. Ensino de Química. Experimentação. Jogos didáticos.

85

Page 86: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

ANÁLISE DA APLICAÇÃO DE UMA OFICINA SOBRE A

QUÍMICA DO CORPO HUMANO POR BOLSISTAS PIBID

Nayara Felix de [email protected]

Thalita Fernanda Rodrigues Silva

Resumo

O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de

Bolsas de Iniciação à Docência), com o apoio da CAPES (Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), com o objetivo de apresentar uma das

ações relatadas no IV Seminário PIBID/UFU: Integração de Projetos. Foi realizada uma

oficina sobre o tema "Química do Corpo Humano", aplicada a alunos das escolas

parcerias do PIBID, no Ensino Médio. A realização desta atividade possibilitou

relacionar o conteúdo de tabela periódica com o dia a dia dos alunos. Além disso,

oportunizou conscientizar os estudantes que os alimentos naturais são as principais

fontes de minerais para o organismo, tanto de origem vegetal como animal. A oficina

teve duração de 4 horas/aula, contando com a participação de alunos da 3ª série do

Ensino Médio.

Para o desenvolvimento da proposta, optou-se por estruturá-la em três

momentos: i) dinâmica inicial, onde os alunos deveriam relacionar alguns alimentos

com os 14 elementos na forma de íons, presentes no organismo; ii) revisão geral sobre

tabela periódica, com foco nos 14 elementos, explicando quais eram esses elementos,

principais características, formas de obtenção pelo corpo, malefícios e benefícios de sua

ingestão; iii) “dinâmica das bexigas”, onde a sala foi dividida em três grupos, e dentro

de cada bexiga havia uma pergunta relacionada com a oficina. Assim, a atividade foi

desenvolvida a partir das concepções dos estudantes a respeito da presença desses

elementos em nosso corpo e nos alimentos, tentando abordar e esclarecer as dúvidas que

surgiam ao longo das dinâmicas e das explicações. A oficina foi planejada na

perspectiva de que consideramos que os estudantes podem aprender de forma mais

significativa quando desempenham um papel ativo na construção do próprio

conhecimento. Além disso, entendemos que é necessário repensar a forma como o

ensino de Química é trabalhado em sala de aula: priorizando a transmissão de

informações e a memorização de conceitos, muitas vezes de pouca importância para os

alunos, na medida em que raramente estes conceitos são mobilizados para a 86

Page 87: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

interpretação ou resolução de situações cotidianas fora da escola. Com a realização

desta oficina, verificamos a curiosidade dos estudantes em relação ao seu próprio

organismo, e também possibilitou aos discentes o aprendizado dos conceitos químicos

e, aos licenciandos, a oportunidade de utilizar propostas metodológicas diferenciadas

em aulas de Química.

Palavras-chave: PIBID. Oficinas temáticas. Alimentos. Ensino de Química.

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Page 88: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

VISÃO DAS SUPERVISORAS SOBRE AS OFICINAS TEMÁTICAS

DESENVOLVIDAS PELOS BOLSISTAS PIBID QUÍMICA PONTAL

Rívia Arantes Martins

[email protected]

José Gonçalves Teixeira Júnior

Resumo

O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de

Bolsa de Iniciação à Docência) com o apoio da CAPES (Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), em uma das escolas parceiras do

PIBID, em Ituiutaba – MG. O projeto Oficinas Temáticas teve o intuito de desenvolver

um trabalho interdisciplinar, na área de Ciências da Natureza, Matemática e suas

Tecnologias (CNMT), em parceria com os subprojetos PIBID – Biologia, Física e

Química, e professores das disciplinas de Biologia, Física, Geografia, Matemática,

Português e Química, visando à contextualização e à mudança significante nos

processos de ensino-aprendizagem. O objetivo foi à construção de uma prática de

socialização de conhecimentos e conceitos que rompam os limites entre as disciplinas,

incentivando a troca de experiências, desenvolvendo possibilidades de construção de

seu próprio conhecimento através das CNMT, tendo como consequência o aprendizado

efetivo do aluno. Sendo assim, foram realizadas 17 oficinas temáticas relacionadas com

conteúdos de Química, em comemoração ao Dia do Químico, que teve como foco o

entendimento dos “porquês das coisas”, na relação com o cotidiano, nas mudanças de

atitudes, nas ações e reações. Os temas trabalhados foram: “A Química do corpo

humano: elementos essenciais provenientes da alimentação”; “A química dos

cosméticos”; “Álcool: uma abordagem química e histórica”; “A química da

agricultura”; “Química ambiental e sustentabilidade”; “Internet e jogos eletrônicos em

geografia”; “Conservação de órgãos de animais para estudo”; “Feromônios e ecologia

química dos insetos”; “Química dos anabolizantes; Saúde e beleza: A química dos

cosméticos”; “Praticando matemática”; “A importância do biodigestor”; “Energizando

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Page 89: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

com o vento”; “Demonstração da produção de eletricidade através de uma mini-usina

hidroelétrica”; “Modelo do átomo de Bohr” e, “No mundo da Lua”. Neste contexto, a

ligação entre as disciplinas torna cada vez mais consistente a prática pedagógica e

didática, de forma mais adequada aos objetivos do Ensino Médio. O projeto teve

importância para a conscientização dos alunos sobre diferentes temas químicos, com

enfoque interdisciplinar. Além disso, possibilitou a oportunidade de melhorar a

qualidade da formação inicial de licenciandos, promovendo a integração entre a

Educação Básica e a Superior, proporcionando-lhes oportunidades de criação e

participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter

inovador e interdisciplinar.

Palavras-chave: Interdisciplinaridade. Aprendizagem. PIBID.

89

Page 90: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES E DIFICULDADES QUE O

PIBID-ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA ENCONTRA

Taiza Araujo [email protected]

Franciene Cabral da Silva

Resumo

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência–PIBID da

Universidade Federal de Uberlândia visa atender aos alunos da graduação. O encontro

com os outros subprojetos relacionados com o ensino de matemática foi de grande valia

para a aprendizagem mútua dos participantes. O subprojeto Alfabetização Matemática

trabalha nos anos iniciais do ensino fundamental, com a finalidade de contribuir para a

melhoria da formação inicial, e também promover, na escola, ações que contribuam no

ensino das séries iniciais em matemática. Porém, algumas dificuldades são encontradas

nesse processo, que partem da resistência de alguns professores e da direção escolar,

querendo que o PIBID “salve” o IBED da escola. Entretanto, as contribuições para os

licenciandos são inúmeras, oportunizando vivenciar experiências únicas, que nos fazem

refletir sobre o que é ser um professor polivalente, junto com a teoria perante a prática.

O evento que o PIBID realizou reuniu os subprojetos Alfabetização Matemática

campus Pontal, Matemática do campus Pontal, e Matemática do campus Santa Monica,

para dialogarem, trocarem experiências vivenciadas ao longo do projeto, o que nos

proporcionou um aprendizado diferenciado. As experiências ali trocadas, nas discussões

realizadas na mesa redonda do encontro fizeram com que houvesse uma integração

entre os subprojetos, que foi de suma importância para os licenciandos. As discussões

levantadas na mesa redonda fizeram com que os licenciandos refletissem sobre a prática

vivenciada nas escolas, o que nos instigou a buscar o novo. Puderam-se observar com

clareza as dificuldades e desafios que os demais subprojetos também encontram, e, com

isso, pudemos perceber que não estamos sós nesta busca de crescimento, aprendizado e

de desafios encontrados ao longo do projeto. Este diálogo nos abre visões para

horizontes diferenciados, com isso, buscamos diversas alternativas diferenciadas para se

trabalhar em conjunto. Os três subprojetos têm em comum a formação inicial dos

90

Page 91: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

futuros discentes. No momento da roda de conversa, a interação entre os grupos foi

muito válida, pois compartilhamos ideias, críticas e sugestões. Portanto, as

contribuições e experiências vivenciadas neste encontro contribuíram para nosso

crescimento acadêmico, profissional e pessoal, possibilitando a interação das diferentes

realidades das escolas , contribuindo muito para nosso crescimento acadêmico, pois a

dinâmica em grupo permitiu a socialização das ideias e a troca de conhecimentos.

Palavras-chaves: PIBID. Alfabetização Matemática. Contribuições. Desafios.

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Page 92: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

ANALISANDO AS CONTRIBUIÇÕES DA PARTICIPAÇÃO DOS

BOLSISTAS PIBID/QUÍMICA NAS DISCUSSÕES SOBRE

INCLUSÃO E TRANSVERSALIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Jaqueline Queiroz de [email protected]

Adelaine Alves da SilvaJosé Gonçalves Teixeira Júnior

Resumo

O presente trabalho foi realizado no âmbito do Programa Institucional de Bolsas

de Iniciação à Docência (PIBID), com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de

Pessoal de Nível Superior (CAPES), tendo por objetivo o relato das contribuições das

palestras apresentadas no IV Seminário PIBID/UFU: Integração de Projetos, para os

bolsistas PIBID/Química. Sabe-se que a inclusão dos alunos com qualquer tipo de

necessidade especial nas escolas deve ocorrer em classes regulares, possibilitando que

todos tenham oportunidade de conviver com a diversidade cultural, social, econômica,

física, dentre outras, para que possam se desenvolver social e intelectualmente. Por isso,

foram planejadas para o evento uma palestra sobre “A Inclusão/Exclusão social e a

prática docente” e uma mesa redonda sobre “Educação Básica e a transversalidade”.

Assim, os bolsistas PIBID tiveram a oportunidade de compreender que a inclusão não

consiste apenas na permanência física dos alunos junto aos demais estudantes, mas, sim,

no desenvolvimento integral dos sujeitos, respeitando suas diferenças e atendendo às

suas necessidades. Além disso, pôde-se perceber que a inclusão de temas transversais

pressupõe um tratamento integrado das áreas e um compromisso das relações

interpessoais e sociais escolares, com as questões que estão envolvidas nos temas. O

trabalho também apresentou concepções de alguns professores e coordenadores sobre as

instituições nesse processo de inclusão na escola regular, a maneira como ela é

trabalhada metodologicamente, para que possam levar conhecimento e aprendizagem a

alunos com deficiência. Esta discussão incentiva a conscientização dos (futuros)

professores a pensar sobre questões como acessibilidade e adequação de metodologias

utilizadas em salas inclusivas. As palestras foram recursos excelentes para reforçar os

92

Page 93: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

objetivos do seminário apresentado, provocando aos participantes novas ideias e

estímulos a ações. Através destas ações, pôde-se perceber contribuições para a formação

dos bolsistas do subprojeto Química, uma vez que ainda são escassos os momentos em

que estes temas são discutidos durante a graduação. Acreditamos na perspectiva de que

tais discussões possam colaborar para os processos formativos dos futuros professores

de Química, na implementação de ações inovadoras e colaborativas para o ensino.

Palavras-chave: Inclusão. Transversalidade. PIBID.

93

Page 94: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

MINICURSO: A QUÍMICA NA AGRICULTURA, DEMONSTRANDO QUE A CIÊNCIA TAMBÉM SE APLICA À

ZONA RURAL

Belchior Camilo [email protected]

Lidiane Dutra

Resumo

Pela Universidade Federal de Uberlândia campus do Pontal, e no âmbito do

Projeto Integrado de Práticas Educativas, o PIBID/Química organizou um ciclo de

minicursos em que um grupo de bolsistas inovou, levando a duas escolas da rede

pública do estado de Minas Gerais uma aplicação da Química tida antes como

complicada: a sua utilização na zona rural. Sabemos que a área se aplica também à

agricultura, mas que, essa relação de ciência e zona rural, nem sempre é imaginada

pelos alunos, pois sua concepção é que os produtos químicos se aplicam principalmente

à indústria, sem muito campo de abrangência. Com o intuito de desapropriar essa ideia,

o grupo de seis bolsistas imergiu profundamente em pesquisas, discussões e elaboração

de materiais que, em conjunto, se tornaram fortes ferramentas na elaboração de um

minicurso que pudesse proporcionar uma nova visão das aplicações da Química ao

aluno. Levou-se em conta, também, que, como visto em nosso acompanhamento nas

escolas, que há vários alunos da zona rural, portanto, um tema ótimo para a tarefa de sua

familiarização com a disciplina. Analisando extensivamente uma forma proveitosa de

evidenciar ao aluno uma importante utilização dessa ciência na agricultura, ficou

decidida a realização de um experimento de determinação da acidez em pH, de quatro

tipos de solos oriundos de lugares distintos, alguns relacionados a certos cultivos, como

cana-de-açúcar e abacaxi, comuns na região.

A experimentação contou com equipamentos básicos de laboratório, alguns

objetos organizados pelos próprios bolsistas com materiais alternativos, papéis

indicadores de pH, uma solução de fenolftaleína e uma solução de cloreto de cálcio,

preparados previamente pelos bolsistas, sendo que cada um dos quatro grupos de alunos

tinha o seu material e solo próprios para a análise, cujos resultados deveriam ser

comparados e discutidos de acordo com o pH, e qual o melhor tipo de solo para cada

cultivo. Esse experimento foi amparado por tópicos introdutórios que abordaram a

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Page 95: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

história da agricultura, desde seus primórdios até os dias atuais, o uso dos defensivos

agrícolas que englobam os agrotóxicos, os tipos de solos e seus principais cultivos o

conceito de pH e os principais métodos para sua correção. A oficina do início ao fim foi

muito proveitosa, não somente para os alunos, como também para os bolsistas que

desenvolveram um ótimo trabalho; em suma, a oficina gerou uma prazerosa discussão

que evidenciou o quão importante é a aplicação da Química na agricultura.

Palavras-chave: PIBID. Minicurso. Agricultura.

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Page 96: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

INTEGRAÇÃO DE PROJETOS – O SEMINÁRIO PIBID SOB O

OLHAR DO SUPERVISOR DO SUBPROJETO PIBID QUÍMICA

Julieta Hanna Kalil [email protected]

José Gonçalves Teixeira Júnior

Resumo

O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de

Bolsas de Iniciação à Docência), com o apoio da CAPES (Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), com o objetivo de relatar as ações

vivenciadas no IV Seminário PIBID/UFU: Integração de Projetos. O Programa

Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência/PIBID incentiva o planejamento,

desenvolvimento, apresentação, divulgação, socialização e discussão de trabalhos

relacionados às atividades realizadas pelos bolsistas no âmbito escolar, bem como a

participação em eventos que visam contribuir com a formação docente. O IV Seminário

foi organizado em quatro momentos.

O primeiro foi a exposição do Museu Itinerante PONTO UFMG, que

possibilitou demonstrar diversificadas metodologias relacionadas às Ciências, aos

alunos e professores de escolas parceiras do PIBID de Ituiutaba, assim como aos

licenciandos e docentes que atuam no programa. O segundo momento do Seminário

possibilitou a discussão da temática inclusão/exclusão social e a prática docente.

Sabemos que, atualmente, a educação inclusiva é entendida de forma mais ampla, como

um processo de inclusão de indivíduos em situação de deficiência, negros, índios,

migrantes, na rede regular de ensino e em todos os seus graus. A discussão realizada no

Seminário foi baseada na concepção de que não basta apenas incluir esses estudantes na

escola, mas desenvolver seus potenciais, respeitando suas diferenças e atendendo às

suas necessidades. No terceiro momento, debateu-se sobre educação básica em uma

abordagem transversal, no processo de formação do professor, levando a

questionamentos quanto à inclusão de questões sociais na construção de conhecimento e

interação com a realidade, expondo os desafios do educador no mundo atual,

relacionado a formação recebida e a prática profissional. O quarto momento do

Seminário possibilitou a integração entre os subprojetos PIBID Química dos campi da

96

Page 97: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

UFU, onde ficou claro que o sucesso do programa se deve ao comprometimento de

todos, coordenador, supervisor e bolsistas.

Foram apresentadas as pesquisas na busca de novas técnicas, metodologias de

ensino e estratégias de ação; as vivências das dificuldades e situações-problema

enfrentadas pelos professores e licenciandos, trabalhando a articulação teoria e prática.

Nesse sentido, os Seminários PIBID evidenciam que o projeto possibilita e incentiva a

iniciação à docência, a partir da inserção dos bolsistas no cotidiano escolar, valorizando

a carreira docente, sob uma perspectiva que compreende a escola não como locus de

aplicação das teorias aprendidas na academia, mas como coformadora dos futuros

professores.

Palavras-chave: PIBID. Integração. Formação docente.

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Page 98: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

ANALISANDO AS CONTRIBUIÇÕES DA VISITA AO MUSEU

PONTO/UFMG PARA OS BOLSISTAS PIBID/QUÍMICA

Juscelino Pereira da [email protected]

Aline Stéffani Silva

Resumo

O presente trabalho foi desenvolvido no âmbito do PIBID (Programa

Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) com o apoio da CAPES (Coordenação

de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), tendo por objetivo o relato das

concepções dos bolsistas PIBID/Química sobre as experiências vivenciadas no Museu

Itinerante Ponto UFMG. O museu visitado é uma unidade móvel que possui o intuito de

levar atividades que envolvem conhecimentos científicos para diversas cidades, e esteve

presente em Ituiutaba/MG, no período de 11 a 14 de agosto, onde todos os subprojetos

PIBID/Pontal foram convidados a visitá-lo. Através dessa visita, percebeu-se que o

local possui dois espaços: a parte externa, composta por diversos experimentos

científicos que são expostos e disponibilizados para a interação do público, articulando

diferentes áreas do conhecimento, e a parte interna, composta por seis salas, sendo: a do

Útero, que simula o ambiente do útero humano e as sensações vivenciadas pelo bebê

antes do nascimento; a dos Sentidos, que leva o visitante a testar seus sentidos através

de projeções e diversos objetos manipuláveis; a do Submarino, que simula seu ambiente

interno quando submerso nas zonas abissais do oceano; a de Projeção, onde foi exibido

um vídeo didático em 3D sobre animais marinhos; a dos Biomas, que mostra o contato

do homem com os diferentes tipos de temperatura, fauna e flora encontradas no

Cerrado, na Floresta Tropical e na Antártica; e a Sala das Cidades, que faz uma viagem

por diversas cidades do mundo, mostrando seus monumentos históricos e pontos

turísticos.

Verificou-se que este tipo de atividade foi válido para os visitantes,

principalmente por se tratar de uma iniciativa que poucos estudantes têm acesso. Já para

os futuros professores de Química, a participação nesta visita trouxe poucas

contribuições, uma vez que os experimentos demonstrados na parte externa consistiam

basicamente de temas relacionados ao ensino de Física e Biologia; além destes, na parte

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Page 99: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

interna do Museu, foram contemplados também conteúdos de Geografia, nas

explicações e demonstrações. Acreditamos ser importante o contato com outras áreas do

conhecimento para o incentivo à interdisciplinaridade. Entretanto, se fossem incluídas

atividades diretamente relacionadas à Química, como experimentos, vídeos, imagens ou

modelos manipuláveis, as contribuições da visita seriam ainda maiores, uma vez que

possibilitariam a oportunidade de ampliar o conhecimento de metodologias

diferenciadas a serem executadas nas escolas parceiras do PIBID.

Palavras-chave: Museu. PIBID. Formação docente.

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Page 100: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

UMA TROCA DE EXPERIÊNCIAS ENTRE PIBIDIANOS E

CONVIDADOS

Edilma Santos da Silva

[email protected]

Letícia Franco de Oliveira

Resumo

O IV Seminário do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência

(PIBID) da Universidade Federal de Uberlândia teve como objetivo principal promover

a integração dos projetos desenvolvidos, em Uberlândia e Ituiutaba, com as escolas da

Educação Básica parceiras do Programa. O evento contou com a presença do Museu

Itinerante PONTO UFMG, espaço científico cultural, interativo, adaptado em uma

unidade móvel que atende, primordialmente, às escolas e às cidades de Minas Gerais. O

Museu busca contribuir para a difusão da Ciência, Tecnologia e Inovação, ampliando a

compreensão, pelos estudantes, dos meios de produção científicos e de sua relação com

a educação, a cultura e a sociedade. Como espaço de educação não formal, o museu

espera, também, despertar vocações científicas que, futuramente, contribuam para o

desenvolvimento científico e tecnológico nacional.

Os pibidianos e seus convidados realizaram diversas atividades, onde ocorreram

a socialização, discussão e divulgação dos trabalhos realizados. Durante o evento, foram

abordados temas sobre a Inclusão/Exclusão social e prática docente, com enfoque em

pessoas com deficiência; Educação Básica e Transversalidade, ressaltando os direitos

humanos e as dificuldades que enfrentamos na carreira docente; Educação Ambiental na

Transversalidade: desafios para a educação básica, onde a interdisciplinaridade

transcende o espaço epistemológico, sendo incorporada aos valores e atitudes humanas;

e A Transversalidade da Educação Inclusiva na Educação Básica. Abordou-se a

aplicabilidade da Lei 11.645/08, que inclui o ensino da História e Cultura Afro-

brasileira e Indígena.

Estabeleceu-se, então, uma discussão sobre as atividades desenvolvidas pelos

alunos do Subprojeto Diversidade Cultural (Ituiutaba) e Projeto História e Cultura Afro-

brasileira (Uberlândia), onde cada grupo expôs as dificuldades vivenciadas nas escolas,

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Page 101: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

tanto com os alunos quanto com os professores de outras disciplinas. Ambos buscam

inserir na sociedade, através do projeto, o princípio básico do respeito pelo outro, com

todas as suas diferenças, independentemente de religião, cor e cultura. Essa troca de

experiências entre os pibidianos estabeleceu uma roda de conversa, promovendo a

interatividade e o enriquecimento coletivo do conhecimento.

Palavras-chaves: PIBID. Troca de experiências. Museu Itinerante.

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Page 102: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

USO DE EMBALAGEM LONGA VIDA COMO ISOLANTE TÉRMICO

Heloísa Fernanda F. [email protected]

Hermes G. F. NeriMaryelly S. Faria

Resumo

Observando as mudanças comportamentais, econômicas e sociais do ser

humano, abordamos neste trabalho a importância da reciclagem das embalagens longa

vida, usando-as como isolamento térmico. A produção anual dessas embalagens está em

aproximadamente seis bilhões de unidades, segundo o SINEP (2012). As casas

populares, em sua maioria, são construídas com telhas de amianto devido ao baixo custo

em relação a outros tipos de materiais utilizados.

Esse material possui condutividade térmica elevada, e a consequência disso é a

alta temperatura no interior dessas casas. Temos, por objetivos, mostrar que a

embalagem longa vida é bom isolante térmico, envolver as pessoas nesse processo,

estimular a valorização e conservação do meio ambiente, ensinar e estimular o

reaproveitamento dessas embalagens e divulgar o projeto como uma particularidade da

sustentabilidade. Para isso, construiu-se dois protótipos de compensado MDF, com

cobertura de telha de amianto. Confeccionou-se uma placa de embalagens longa vida,

que foram unidas com cola quente e costura artesanal. Essa subcobertura foi fixada em

um dos protótipos, logo abaixo da telha. Duas lâmpadas foram utilizadas para simular o

aquecimento solar. Elas permaneceram acesas próximas às telhas, para que aquecessem

suficientemente. Utilizando dois termômetros de álcool, medimos a temperatura no

interior dos protótipos. Em seguida, os valores foram comparados, visando demonstrar a

eficiência da embalagem longa vida como isolante térmico.

Verificamos que houve uma redução significativa na temperatura quando utilizamos as embalagens. Esse ano, o projeto está sendo aplicado em casas de voluntários e até o momento foi verificado que a temperatura interna das casas com o forro térmico de embalagens longa vida reduziu significativamente. Essa proposta está

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inserida nas atividades do subprojeto PIBID/Física da Universidade Federal de Uberlândia.

Palavras-chave: Embalagens longa vida. Isolante térmico. PIBID Física.

RESUMO DO IV SEMINÁRIO DO PIBID103

Page 104: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

Giovanna Bruna Medeiros [email protected]

Liziane SilvaThaynara Ferreira Chieregato

Resumo

Na tarde do dia 13 de agosto de 2013, assistimos a uma palestra do IV seminário

organizado pelo PIBID – Programa Institucional com Bolsa de Iniciação à Docência,

ministrada pela Prof.ª Drª Míriam Lúcia dos Santos Jorge, que discutiu o tema formação

de professores de Língua Estrangeira. Ela falou sobre as diferentes formas de como o

ensino de língua é abordado no Brasil, e também das habilidades que um professor deve

possuir para ser um bom educador. Dentre estas habilidades, a sensibilidade e a

consciência são importantes para entender as dificuldades do aprendiz e saber como

lidar com os diferentes níveis de conhecimento da Língua Estrangeira dentro da sala de

aula. Também foi abordado como essas questões podem influenciar o professor na

construção do seu plano de aula, pois é preciso, primeiramente, que o educador faça um

nivelamento (levantamento de dados) para conhecer o nível de sua turma, e, a partir

disso, construir sua aula, adequando-a às necessidades dos alunos. Vale também

ressaltar que as condições identitárias do professor foram bem frisadas na palestra,

tendo em vista que é importante que o educador não perca sua personalidade e não

assuma a imagem que temos do professor autoritário. Esta é uma concepção mais antiga

– que se acreditava, ou que ainda se acredita – do que seja a prática de um professor. se

acreditava, Além disso, a palestrante comentou sobre como é importante que o professor

tenha autonomia para saber lidar com os imprevistos de um curso ou aula. É necessário

e aconselhável que não se prenda a apenas um tipo de abordagem ou estratégia para

ensinar. E que tenha flexibilidade e dinamicidade para saber lidar com uma situação,

quando terá que mudar de estratégia ou abordagem para obter o resultado que é

esperado do aluno, como também saber trabalhar e aproveitar as diversas estratégias de

ensino existentes.

Foi oportuno para que os pibidianos e professores supervisores esclarecessem

suas dúvidas acerca do seu comportamento como docentes. Além disso, puderam dar

exemplos de situações que vivenciaram e que contribuíram para o seu crescimento

profissional e os ajudaram a entender melhor o contexto de uma sala de aula de Língua

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Page 105: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

Estrangeira no Brasil. Também foi possível para os participantes partilharem seus

anseios e dúvidas acerca do futuro profissional no país, e como lidar com as

dificuldades que aparecem no caminho.

Palavras chaves: Habilidades. Estratégias. Formação de professores.

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Page 106: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

OBSERVAÇÃO E REFLEXÃO DA OFICINA FOTOGRÁFICA

REALIZADA NO IV SEMINÁRIO DO PIBID

Matheus Tizo Anastá[email protected]

Ana Caroline Fagundes de CastroHelena Ramires Pereira

Resumo

O grupo PIBID Ciências da Natureza – campus Umuarama – realizou em

Ituiutaba a oficina “Fotografias revelando o PIBID Ciências da Natureza”. Participaram

da oficina os bolsistas, as professoras supervisoras e a coordenadora do subprojeto

Ciências da natureza – campus Ituiutaba. Após uma breve explicação sobre o que é

fotografia e suas técnicas, os participantes foram instigados a fotografar o campus de

Ituiutaba. Inicialmente, foram orientados a utilizar suas câmeras, e em seguida

separados em pequenos grupos para realizar as fotografias. Os primeiros registros foram

da parede da lanchonete (preenchida com desenhos, mensagens e assinaturas dos

alunos) e a árvore principal do campus. Em seguida, se espalharam pelo campus,

fotografando pontos aleatórios. Nesse momento, observamos seu comportamento e

diálogos, e foi possível perceber o entusiasmo com a oficina. Alguns procuraram

mostrar problemas relacionados ao campus, como a falta de transporte, registrada por

meio de uma fotografia de um ônibus; a ausência do restaurante universitário foi

registrada nas fotografias da lanchonete e de um carrinho de lanche. Já em outra foto,

mostraram a iniciativa da Universidade a partir de um projeto de educação ambiental

(registro de caixinhas colocadas nas mesas da lanchonete sobre a reciclagem do lixo).

Alguns participantes registraram os próprios integrantes do grupo, para mostrar a

união entre eles. Posteriormente, as fotos foram escolhidas, legendadas e repassadas

para a visualização no data show com a presença de todos os participantes. Mesmo com

o término do registro fotográfico, alguns deles continuaram fotografando. No final,

houve uma discussão aberta, onde os bolsistas de Ituiutaba ressaltaram a importância da

interação entre os grupos, além de demonstrar a satisfação de terem participado da

oficina.

Palavra chave: Oficina fotográfica. Observação. PIBID Ciências da Natureza.106

Page 107: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

INTEGRAÇÃO E TROCA DE EXPERIÊNCIAS NO IV SEMINÁRIO

PIBID–UFU

Jeane Alves [email protected]

Daiane Aparecida Gomes Barbosa

Resumo

O presente resumo abarca os acontecimentos com integração e troca de

experiências ocorridas no IV Seminário PIBID–UFU: Integração de projetos. No

segundo dia do evento, ocorreu o acolhimento dos subprojetos: Matemática/Pontal,

Matemática Santa Mônica e Alfabetização Matemática, e teve, como atividade, uma

mesa redonda com roda de conversa com dois licenciandos e dois supervisores de cada

subprojeto, tendo como tema: “PIBID e o incentivo à docência: principais conquistas,

principais desafios – vozes dos licenciandos e supervisores” . No transcorrer das

discussões, os licenciandos apontaram que a participação no subprojeto Matemática

Santa Mônica proporcionou uma rica experiência para atuar na carreira de docência,

pois tiveram a oportunidade de desenvolver projetos motivadores que “fogem” de aulas

tradicionais.

No transcorrer da apresentação, destacaram etapas do subprojeto, dentre elas:

educação financeira; teatro, geometria interativa; minicurso de xadrez escolar; projeto

arte matemática; vídeo Leonardo D’vinci; esporte e orientação; robótica educacional e

produção de artigos científicos. No subprojeto Alfabetização Matemática foram

apontadas questões, tais como: o porquê do subprojeto; quem somos; séries de atuação;

trabalhos realizados. Destacaram também as principais dificuldades encontradas: falta

de um espaço adequado para a realização dos trabalhos; resistência dos professores em

aceitar o subprojeto na sala de aula, pois muitos ainda veem os licenciados como

estagiários; há também um certo descaso de colegas e o não desejo de contribuir, mas

mesmo diante dos problemas também surgiram as conquistas e as contribuições,

principalmente no que se refere às leituras realizadas no subprojeto, resultando numa

melhora significativa na escrita. A Matemática/Pontal abarcou apontamentos sobre as

atividades desenvolvidas; reflexões; referenciais teóricos; fórum calculadora; fórum

indisciplina – dificuldades encontradas pelo professor e a sequência didática sobre

estatística. 107

Page 108: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

No que tange aos apontamentos dos supervisores, uma das principais conquistas

se refere ao reconhecimento da escola, envolvimento, superação do medo, da ansiedade;

as diversas formas de ensinar e aprender, pois, diante do subprojeto, a supervisora

ressalta que existem diversas formas de se ensinar matemática, e que, quando se ensina

também se aprende, e o hábito de pesquisar abrange descobertas muitas vezes ocultas

pela falta de se buscar algo novo. O maior desafio encontrado foi compreender qual o

principal objetivo do PIBID e se realmente é isso que queremos.

Palavras-chave: PIBID. Licenciandos. Projetos.

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Page 109: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

GÊNERO EPISTOLAR NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Érica Rogéria da [email protected]

Resumo

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID da

Universidade Federal de Uberlândia tem como objetivo principal a interação entre os

professores em formação e as escolas públicas da educação básica. Esta aproximação

propicia aos futuros professores refletir e construir saberes a partir das experiências

vivenciadas no cotidiano escolar, possibilitando, sobretudo, o desenvolvimento de

estratégias didático-pedagógicas significativas e coerentes com o contexto educacional.

Integrado a essa proposição, tem-se o Subprojeto de Língua Portuguesa, que visa

proporcionar aos licenciandos a oportunidade de conhecer e entender a dinâmica

educativa que envolve o ensino de português, a fim de identificar os problemas

relacionados ao ensino-aprendizado desta área do saber e, por conseguinte, desenvolver

práticas capazes de superar tais problemas.

Sendo assim, ao percebermos a importância e a necessidade do estudo de

gêneros textuais em sala de aula, realizamos na Escola Estadual Honório Guimarães

uma oficina que abordou o gênero epistolar. As sequências didáticas elaboradas para

esta prática tiveram como base o princípio de que o domínio de diferentes gêneros

possibilita a participação consciente do sujeito na sociedade.

Compreendemos que os gêneros do discurso constituem-se de um processo

interativo que decorre da relação entre as práticas comunicativas e a linguagem; eles se

concretizam nas diferentes esferas sociais e dominá-los possibilita o conhecimento do

conjunto de especificidades de um determinado grupo social. Ao reconhecer a

diversidade das práticas sociais e consequentemente a pluralidade dos textos existentes,

percebemos que o desafio maior seria o de propor atividades didático-pedagógicas que

contemplassem esta heterogeneidade e que levassem os alunos a pensar acerca dos

gêneros para compreendê-los e utilizá-los de acordo com as situações e as finalidades

definidas. Destarte, este trabalho tem o propósito de apresentar reflexões acerca da

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Page 110: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

importância do ensino-aprendizado do gênero epistolar. Para a efetivação de tal

proposta, foi empreendida uma pesquisa teórica sobre o tema, a fim de torná-lo mais

compreensível, buscando relacionar os conhecimentos teóricos aos resultados obtidos na

oficina.

Palavras-chave: Formação de professores; gêneros textuais; gênero epistolar.

110

Page 111: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

REFLEXÕES SOBRE A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO:

DESAFIOS E CONQUISTAS

Lígia Parreira de [email protected]

Resumo

O PIBID – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência visa à

valorização e à formação inicial do licenciando que desenvolve as atividades em seus

respectivos subprojetos. O subprojeto Alfabetização Matemática tem como foco o

ensino da matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental, porém, mediante

observação em sala de aula, foi possível verificar outros aspectos como, por exemplo, a

inclusão.

As experiências vivenciadas no PIBID são fundamentais para uma formação

sólida, onde a teoria e a prática dialoguem – o IV Seminário PIBID/UFU: Integração de

Projetos abordou essa relação.

Muitas atividades ocorreram durante da realização do evento, tais como:

apresentação de resultados, diálogos provenientes de estudos e reflexões, e ainda uma

troca de ideias por meio da palestra da Prof.ª Dra. Solange Vera Nunes Lima D’Água,

que contribuiu fortemente no que se refere à “Inclusão/Exclusão social e a prática

docente”. Este trabalho tem como objetivo destacar algumas reflexões sobre a Inclusão,

considerando a palestra assistida e alguns estudos sobre a temática. Os primeiros

indícios da história da educação especial ocorreram por volta do século XVI, quando

médicos e pedagogos acreditavam na possibilidade de desenvolver um trabalho a fim de

favorecer os indivíduos que até então eram considerados ineducáveis. No século XIX,

houve a institucionalização da escolaridade obrigatória, onde os alunos considerados

difíceis teriam classes especiais nas escolas regulares. Atualmente, deparamo-nos ainda

com tais situações, porém, com configurações que caracterizam essa sociedade. As

escolas defendem o princípio da inclusão, no entanto, o que se pode ver é a integração e

algumas medidas que são tomadas a fim de que a criança com necessidades especiais

acesse esse ambiente. É notável a resistência da equipe escolar referente à inclusão de

alunos com necessidades especiais, principalmente quanto ao modo de tratar e de

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Page 112: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

ensinar. Essas crianças são rotuladas como “aquelas que não aprendem”. A verdadeira

inclusão acontece quando o educador favorece o meio educacional onde a criança possa

se desenvolver a seu tempo e com metodologia que a satisfaça. O professor deve

desenvolver uma percepção sensível para compreender o que aquele aluno quer mostrar

através de uma atitude ou mau comportamento, pois, segundo Duek (2007, p.4), “o

olhar do professor é que guiará o desenvolvimento da criança incluída”. A

aprendizagem passa pela afetividade, pelo respeito e aceitação do aluno, fatores que

contribuem fortemente para que o processo ocorra efetivamente.

Palavras-chave: Formação inicial. Inclusão. PIBID Alfabetização Matemática.

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Page 113: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

ESCOLAS ABERTAS À DIVERSIDADE

Márcia Macêdo [email protected]

Aline Fernanda Borges

Resumo

O subprojeto Alfabetização Matemática do Programa Institucional de Bolsas de

Iniciação à Docência – PIBID é composto por 16 licenciandos (discentes do curso de

Pedagogia e de Matemática) e duas supervisoras nas escolas parceiras. Neste trabalho

pontuaremos aspectos sobre a Escola Municipal Aureliano Joaquim da Silva – CAIC. O

objetivo é compreender esse espaço escolar como um veículo em que se pode/deve

promover a diversidade e os direitos de todosa uma educação básica com qualidade. No

PIBID, durante a observação em sala de aula, é notório e visível a diversidade neste

espaço. Fazem-se necessário que, dentro desse espaço, a diversidade dialogue por meio

da convivência e que, a partir desse pressuposto, sejam questionados os modelos

homogeneizados de ensino e de aprendizagem, geradores de exclusão nos espaços

escolares.

Cada sujeito possui suas peculiaridades e subjetividades tornando-o diferente,

atribuindo sua identidade única, e, na escola, ilustra de forma categórica, por meio da

classe econômica, a cor, visão política, cultura, crenças e valores sobre esse conceito.

Segundo Mendes (1999), é necessário construir diretrizes políticas que envolvam uma

ampliação do acesso à escola para os alunos e futuros alunos, e que o poder público

preze pela prestação direta nos serviços educacionais. Essa mesma autora aponta

também que é necessária a ressignificação na reorganização fundamental do sistema

educacional, ou seja, é preciso construir um modelo de educação que possa incluir, de

fato, e que respeite as bases históricas, legais, filosóficas e políticas.

Apesar de que é presente a integração em que o aluno tem que se adaptar ao que

a escola rege e ficando assim de lado a ideia sobre o que realmente é a inclusão da

diversidade. Pois a inclusão é o ambiente que atende às necessidades do sujeito, e se

esse ambiente não corresponder com o seu aspecto e peculiaridade, estará cometendo

uma violência diária, porém, não é somente uma estrutura que remete a essa violência,

113

Page 114: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

também os sujeitos que a compõem atribuem a partir de ações, com essa corrente

negativa. E a inclusão pode estabelecer o reconhecimento do outro, do ser diferente,

sendo necessário garantir e efetivar as leis existentes, de modo que não seja mais uma

mera relação de palavras de intencionalidade e sim colocar em prática as propostas.

Palavras-chave: PIBID-Alfabetização Matemática. Inclusão. Diversidade.

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Page 115: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

FÓRUNS DE DISCUSSÃO: TEMA PARA DEBATE NA MESA

REDONDA/RODA DE CONVERSA NO IV SEMINÁRIO DO PIBID

Lucas Rafael Pereira [email protected]

Gérsica Gomes Rodrigues

Resumo

Apesar de o curso de licenciatura em Matemática da FACIP (UFU, 2009) buscar

a formação pedagógica de seus discentes, procurando articular teoria e prática, nem

todos os problemas advindos do cotidiano escolar podem ser discutidos com

profundidade. Assim, temas como o uso da calculadora nas aulas de Matemática e

indisciplina na sala de aula foram introduzidos para discussão no âmbito do Programa

Institucional de Iniciação à Docência – PIBID – Subprojeto Matemática Pontal/UFU,

em 2013.

As argumentações sobre os temas foram subsidiadas por leituras de artigos

científicos e a atividade deu-se por meio de Fóruns de Discussão no Moodle (plataforma

que pode ser utilizada como recurso nas aulas, cursos e projetos vinculados à

universidade). Estes têm por objetivo favorecer o desenvolvimento da capacidade de

organização do pensamento e tecer argumentos com base teórica, advinda de leituras e

reflexões sobre o tema. Na perspectiva de Schön (1983) apud Pimenta (2006), a prática

reflexiva permite ao professor responder a novas situações, ou ainda de incerteza e

indefinição.

Pimenta (2006) considera que os currículos de formação de professores

deveriam propiciar o desenvolvimento da capacidade de refletir, tomando a prática

existente entre outros professores em formação e os próprios professores como um

caminho a ser percorrido desde o início da formação, e não apenas no final, no estágio

supervisionado. Desta forma, a ação realizada pelo Subprojeto foi apresentada e

discutida na Mesa Redonda/Roda de Conversa formada por licenciandos, professores

supervisores e coordenadores dos subprojetos Matemática e Alfabetização Matemática

da FACIP/UFU e Matemática (FAMAT), no IV Seminário do PIBID, realizado no

período de 11 a 14 de agosto de 2013, na FACIP/UFU. Durante a apresentação, foram

apontados os principais desafios e conquistas na realização desta atividade de discussão

por meio dos fóruns. 115

Page 116: Versão final resumos e resumos expandidos iv seminário pibid

Dentre as conquistas citam-se um avanço teórico com relação aos temas e a

elaboração e aplicação de sequências didáticas com o uso da calculadora. Entretanto,

ainda é um desafio para o Subprojeto realizar um trabalho que busque ações efetivas em

sala de aula, em parceria com o professor supervisor, com o objetivo de se trabalhar o

desenvolvimento moral dos alunos e a formação de valores, podendo ajudar o professor

a desenvolver um trabalho com mais confiança e menos angústia. Por fim, entendemos

que os fóruns de discussão e a participação no evento favoreceram a capacidade de

argumentação e de reflexão dos integrantes do Subprojeto, na perspectiva da prática

reflexiva.

Palavras-chave: PIBID Matemática. Fóruns de discussão. Professor reflexivo.

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