VIA MANGUE
Sumário
Introdução ....................................................................................................4
Objetivos.......................................................................................................5
Desenvolvimento...........................................................................................6
O que é a obra?............................................................................................6
Projeto/ Empresa Construtora.......................................................................14
Objetivos e Motivação da Obra.....................................................................16
Características Técnicas...............................................................................22
Orçamento....................................................................................................23
Cronograma..................................................................................................25
Desafios e Inovações Tecnológicas da Via Mangue.....................................33
Compromisso Social e com o Meio Ambiente...............................................35
Conclusões...................................................................................................39
Referências...................................................................................................40
Introdução
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O trabalho aborda o projeto e a obra da via Mangue no Recife que é
uma questão bem antiga dentro do ponto de vista técnico para uma maior
fluidez do tráfego na região.
Assim, contemplamos:
O que é aconsiste a obra
Projeto executivo
Empresa responsável pela construção
Objetivos e Motivação da Obra
Características Técnicas
Orçamento
Cronograma
Desafios e Inovações Tecnológicas da Via Mangue
Compromisso Social e com o Meio Ambiente
Objetivo
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Conhecimento da execução, as vantagens eas desvantagens que trará
uma via de auto tráfego rápida para viabilizar melhorias no trânsito urbano na
região metropolitana do Recife.
O que é a obra?
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Obra viária de R$ 319,8 milhões em Recife se expande por manguezal
de 6,55 ha e promove ações de saneamento, habitação e urbanização.
Como em todo grande centro urbano brasileiro, o trânsito no Recife e
Região Metropolitana está a cada dia mais lento. E um dos fatores que agrava
o problema é a falta de investimentos em obras viárias. Entre as décadas de 70
e 80, a frota de veículos no Recife aumentou 300%, pulando de 44 mil para 116
mil veículos. Em 2011, bateu os 513 mil carros, motos e caminhões. E segundo
cálculos da prefeitura, aproximadamente 700 mil veículos trafegam pela cidade
diariamente.
O crescimento vertiginoso nas últimas três décadas não veio
acompanhado da abertura de novas artérias para o tráfego. A última grande
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intervenção viária na cidade data do final de década de 1970. Mas como abrir
novas vias de tráfego numa cidade com alto adensamento urbano, com poucos
terrenos livres para construção e cercada por manguezais, áreas de proteção
ambiental?
A opção feita pela Prefeitura do Recife foi avançar sobre o mangue, uma
decisão que gerou polêmica por mexer em um ecossistema protegido por lei. A
gestão do município começou a tirar do papel no início de junho a Via Mangue,
um complexo viário cujo objetivo principal é construir uma passagem expressa
de quase 6 km ligando Centro e zona Sul, parte nobre da cidade, onde está o
conhecido bairro de Boa Viagem.
Mais da metade da via passará por sobre 6,55 ha de um imenso
manguezal incrustado na zona Sul da capital pernambucana, que será aterrado
mediante compensações assumidas pela gestão municipal. A construção é
uma das medidas para melhorar a mobilidade no Grande Recife visando à
Copa do Mundo de 2014 - a previsão de entrega de todo o projeto é meados de
2013.
Com a via expressa, o projeto inclui também a construção de dois
elevados, uma passagem semiaterrada, oito pontes - uma delas estaiada -,
retornos e praças ao longo do trajeto. Para se viabilizar, a Via Mangue teve que
passar por adaptações, como a construção de pontilhões para possibilitar o
escoamento das águas fluviais para o mangue.
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Mas antes de se tornar realidade, a maior obra viária do Recife nos
últimos 30 anos percorreu um longo caminho burocrático, tendo que superar
pelo menos três obstáculos: o financeiro, o ambiental e o controle do Tribunal
de Contas do Estado (TCE).
De 2004 para cá, o projeto foi alvo de críticas do Ministério Público de
Pernambuco (MPPE) e da Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos
Hídricos, responsável pelo licenciamento da obra. A principal delas é de como
proceder com a reposição do equivalente ao dobro da área de mangue que
será aterrada para passagem da via (6,55 ha).
Uma das medidas adotadas no projeto do Via Mangue, que vai servir
como reposição da área verde desmatada, é a retirada de cinco comunidades
ribeirinhas, que ocuparam irregularmente áreas de mangue há anos com
palafitas, e a reintrodução da vegetação nativa nesses locais. Nessas
comunidades moram mil famílias, segundo a prefeitura, que serão removidas
para três habitacionais com um total de 992 apartamentos.
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O eixo principal da Via Mangue compreende a construção de uma via
expressa com 5,58 km de extensão no sentido Centro-Sul e 4,38 km no sentido
Sul-Centro, ambas com plataforma total de 27,4 m de largura. Todo o traçado
dela recorta a parte oeste dos bairros do Pina e Boa Viagem e passa beirando
o maior manguezal urbano do País, com 215 ha.
A maior parte da via - 2,3 km - será erguida adentrando em uma área de
mangue. Serão duas pistas duplicadas, separadas por um canteiro central com
painéis antiofuscante. Todo o trecho terá um repuxo (acostamento) de 2,5 m e
um refúgio de 75 cm na pista oeste, que margeará a parte voltada para o
manguezal.
A pista leste será toda acompanhada por uma ciclovia, com 2,4 m de
largura, e por um passeio para pedestres com 3 m de largura. Nas duas
duplicações, a semipista central tem 3,35 m e a lateral, 3,5 m. O canteiro
central e as áreas de drenagem somadas representam 1,65 m de largura.
As pistas Centro-Sul e Sul-Centro caminham lado a lado por cerca de 4
km, da extremidade Sul da Via Mangue, na Rua Antônio Falcão, em Boa
Viagem, até o bairro vizinho do Pina. Neste ponto, a parte Sul-Centro se
interliga com vias locais, reformadas há três anos já para se integrar ao projeto
da via expressa. Em uma dessas vias locais foi construído um túnel com o
objetivo de desaguar todo o tráfego na avenida Antônio de Góes, onde o
motorista pode seguir para o Centro do Recife, para a zona Norte ou para
Olinda.
A via Centro-Sul receberá mais obras de engenharia que sua coirmã.
São elas o alargamento de um viaduto e a construção de uma alça sobre a
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bacia do Pina com um trecho estaiado. Será alargado o viaduto Capitão
Temudo, que liga a zona Sul à área central da cidade, para suportar o
acréscimo de tráfego. O capitão Temudo também receberá uma alça com 251
m de extensão para separar os veículos que, vindos do Centro ou da zona
Norte, optarem por seguir à zona Sul pela Via Mangue.
Mas a principal intervenção no trecho Centro-Sul é a construção de uma
alça a oeste da Ponte Paulo Guerra por sobre a Bacia do Pina: são 363 m,
sendo 97 deles estaiados com um mirante. Ela terá uma largura total de 14,55
m, com 12 m de pista de rolamento. Na parte estaiada, haverá uma praça com
largura máxima de 20 m (veja foto abaixo) .
Essa é uma das obras de arte especiais contempladas no projeto,
localizada na extremidade norte da Via Mangue. A outra grande intervenção
deste tipo está na extremidade sul. Trata-se do complexo viário da rua Antônio
Falcão, onde serão erguidos quatro viadutos e duas alças com extensão total
de 2.720 m - 2.205 m para os viadutos e 515 m às alças. Aqui serão usados
31.560 m de estacas metálicas do tipo w200 x 101, cada uma com 36 m.
Também está incluída no rol de obras de arte a canalização do rio Pina.
Como a Via Mangue passará por sobre o rio, o projeto prevê a construção de
400 m de canal de concreto armado para manter o curso d'água. Um dos
grandes desafios da obra será a estabilização do solo na área de mangue a ser
aterrada. É o que diz o engenheiro Marlus Muniz, da empresa JBR Engenharia,
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responsável pela elaboração do projeto. "A estabilização do solo do mangue é
um ponto que deve ser verificado constantemente e com atenção redobrada:
ele sede muito e pode prejudicar o projeto se não for feito com atenção e
paciência", alerta ele.
A preocupação com a estabilização do mangue pode ser medida pela
quantidade de areia que será demandada na obra. Pelos cálculos de Marlus
Muniz, serão necessários 160 mil m 3 de areia. A construtora Queiroz Galvão
deve utilizar uma solução de estabilização que inclui, além da areia, geogrelha
e geodreno. A cada 100 m aterrados, também devem ser afixados drenos para
retirar a água do solo. "Trabalhar em áreas planas, como é o caso, dificulta
muito a drenagem do solo. Imagine numa área de mangue", adverte Marlus.
A versão original da via sofreu modificações em função da pressão dos
órgãos de proteção do meio ambiente. É o que informa o engenheiro Marlus
Muniz. Uma delas foi a inclusão das chamadas "passagens hidrodinâmicas".
Ao longo dos 2,3 km da via que será erguida sobre o mangue, foram
inseridos dez pontilhões, cinco em cada pista, cada um com 10 m de
comprimento por 27 m de largura e com distância média de um para o outro de
500 m.
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A função deles é permitir o escoamento das águas fluviais, que ao
saírem das galerias, seguem para as áreas baixas de mangue. "Sem essas
passagens, a via funcionaria como uma barreira para as águas da chuva,
podendo até colaborar para o alagamento de ruas da zona Sul, além do que a
vegetação a leste da via fatalmente morreria", explica Marlus Muniz.
Outro acréscimo ao projeto trata-se do gradil de proteção que será
colocado por 4,3 km da pista Centro-Sul, principalmente pelo trecho que passa
pelo manguezal. Sua função principal é evitar que pedestres passem para área
verde e que objetos sejam jogados no mangue.
A prefeitura também se comprometeu junto ao Ministério Público e à
Agência Pernambucana de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de criar o
Parque dos Manguezais em toda a área oeste por onde passa a Via Mangue.
Seria uma reserva municipal de preservação permanente. De acordo com a
presidente da URB, Débora Mendes, a criação deste parque, com seus 215 ha,
serviria como forma de compensação pelo dano ambiental causado pela
construção.
Comunidades reassentadas: ao todo, 936 famílias das comunidades indicadas
na imagem estão cadastradas para ações de reassentamento
A previsão da entrega da obra é o primeiro semestre de 2013. Segundo
a construtora Queiroz Galvão, responsável pela empreitada, o pico do trabalho
será entre abril e maio de 2012, quando serão gerados 600 empregos diretos.
Os trabalhos foram iniciados com a colocação das fundações para a alça que
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sairá do viaduto Capitão Temudo. Neste primeiro momento, foram contratados
160 trabalhadores.
A prefeitura garante que não haverá descontinuidade na obra. A
presidente da empresa municipal URB, Débora Mendes, informa que os
recursos para toda a construção estão assegurados. Com todas as exigências
ambientais, ela classifica como descabidas as críticas ao preço da obra.
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Projeto/ Empresa Construtora
Projeto
Com a construção da Via Mangue, espera-se desafogar o trânsito na
Zona Sul. O projeto, desenvolvido pela gestão municipal em parceria com o
governo federal, contempla ações de saneamento, habitação e urbanização.
A implementação da Via Mangue, será possível sair da Ponte Paulo
Guerra, que liga o bairro da Cabanga ao Pina, e chegar até a Avenida Antônio
Falcão. A via funcionará como um cinturão de proteção para o Parque dos
Manguezais. Onze hectares de manguezal desaparecerão, mas a Prefeitura
promete replantar 22 hectares.
As comunidades da Beira Rio (86 famílias), Jardim Beira Rio (230
famílias), Pantanal (131), Paraíso (mais conhecida como Deus nos Acuda, com
365 famílias) e Xuxa (124), que estão no trajeto da via, ao todo, são 936
famílias que serão realocadas para três conjuntos habitacionais.
Um grande problema que existe hoje na Zona Sul do Recife é que boa parte do
esgoto produzido vai direto para o manguezal. Serão estruturadas três
unidades coletoras:São 29.977 metros de rede coletora que atenderão 44.805
pessoas, numa área de 221,52 hectares.
Empresa Construtora da Via Mangue
O Grupo Queiroz Galvão nasceu em abril no ano de 1953, em Recife,
Pernambuco. Os irmãos Antonio, Mário, João e Dario de Queiroz Galvão
criaram uma pequena empresa de engenharia que se transformou num dos
maiores grupos empresariais do Brasil.
Em 1963, a Empresa transfere sua sede para o Rio de Janeiro, então
especializada em construir estradas, seguiu crescendo, atravessando as
fronteiras estaduais, buscando participar dos mais diversos segmentos da
economia. Operando nas áreas de exploração de Petróleo e Gás; Siderurgia,
Agropecuária e Alimentos; Transportes Urbanos; Concessões de Serviços
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Públicos e na área financeira através do banco BGN S.a., o grupo Queiroz
Galvão inicia a sua diversificação. Nos anos seguintes, presente em todo o
território nacional, passou a atuar em países sul-americanos - Uruguai, Peru e
Bolívia e sul da África, levando ao Exterior a marca da Queiroz Galvão.
Participaram da licitação para execução da obra do sistema viário
além da Queiros Galvão que pediu R$ 319.842.589,39, Mendes Júnior (R$
325.516.664,44), Camargo Correa (R$ 361.335.475,65) e Odebrecht (R$
388.487.870,04).
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Objetivos e Motivação da Obra
MOTIVAÇÃO:
ATUAIS CONDIÇÕES DE CIRCULAÇÃO DE VEÍCULOS E PEDESTRES
O sistema viário do Pina e Boa Viagem absorve um fluxo de veículos
que tem um elevadíssimo percentual de tráfego de passagem, o que vem a se
constituir no mais grave problema para a circulação de veículos nesses
bairros. Isto acontece porque, além do tráfego de passagem, com origem ou
destino em Piedade, Candeias, Prazeres, áreas adjacentes e diversos
municípios da RMR; a maioria dos usuários desses equipamentos encontrados
no Pina e Boa Viagem utiliza-se das vias do sistema interno sem o menor
compromisso com as ocupações dos terrenos lindeiros a essas vias. Para
atender à demanda, a área em estudo dispõe de um sistema viário estrutural
composto pelo trinário – Av. Boa Viagem/Av. Conselheiro Aguiar/Av. Domingos
Ferreira.
A av. Boa Viagem funciona, principalmente, como um a via para tráfego
de passagem, quando, corretamente, deveria ser uma via estritamente local,
caracterizada por dar acesso aos residentes dessa avenida, aos usuários da
praia e ao tráfego de passeio (contemplativo) e turístico. Para tanto seria
necessário o estabelecimento de mecanismo de controle de velocidade mais
efetivo, bem como a instalação de semáforos em praticamente todas as
interseções com as vias locais, de modo a permitir o franco acesso de
pedestres à praia e ao calçadão.
É importante destacar também a rua dos Navegantes, via local situada
entre as Avenidas Boa Viagem e Conselheiro Aguiar, que opera em mão única,
no sentido cidade/subúrbio. A sua utilização como via local, conforme foi
projetada e implantada, não está sendo atendida, porque ela também é
utilizada como via de tráfego de passagem, em pequena proporção, e por
conta das suas instalações físicas limitadas vem causando grandes transtornos
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aos seus residentes e da periferia.
AAv. Conselheiro Aguiar funciona em sentido único, subúrbio/cidade, e,
por ter 4 (quatro) faixas de rolamento, atrai um maior volume de veículos,
componentes desse tráfego de passagem, principalmente porque a velocidade,
no trecho compreendido entre as avenidas Antônio Falcão e Herculano
Bandeira, pode ser bem mais alta, dificultando a travessia por pedestre.
A Av. Engenheiro Domingos Ferreira, nesses últimos 3 (três) anos, foi a
via que sofreu a maior transformação do sistema viário de Boa Viagem,
notadamente do trinário composto pelos seus principais eixos de transporte,
que são as avenidas Boa Viagem, Conselheiro Aguiar e Domingos Ferreira,
quando a Companhia de Transito e Transporte Urbano – CTTU implantou
tráfego de mão única em suas duas pistas com sentido cidade/subúrbio e
sincronizou os semáforos ao implantar uma “onda verde” com velocidade
operacional de 60km/h.
É uma operação bastante tumultuada devido à presença de um elevado
fluxo de veículos privados, bem como a de caminhões de diversos tamanhos,
que distribuem mercadorias nos equipamentos de comércio e serviço
localizados na região; igualmente também há conflitos com a ocupação
lindeira, que exige constantes manobras para entrada e saída de veículos em
seus prédios, todas realizadas em parte da pista de rolamento da via,
reduzindo a velocidade, assim como causando o estrangulamento da via e
provocando redução no tráfego de veículos.
Além do exposto acima, é importantíssimo destacar que pela
superposição de suas novas funções, quais sejam, corredor de transportes
coletivos e de todo o fluxo de veículos do tráfego local de passagem, os
conflitos que se verificam nessa avenida tendem a aumentar de forma
diretamente proporcional ao crescimento vegetativo do seu fluxo de veículos, e
por ocasião de algum evento, imprevisto ou programado, que venha ocorrer na
sua área. Vale ainda destacar que a arborização do canteiro central não
obedeceu a uma locação retilínea, o que leva motoristas a desviarem dos
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galhos de algumas árvores que se inclinam para as pistas.
Internamente, algumas melhorias foram realizadas, como a abertura das
marginais do canal de Setúbal e do rio Jordão, cujas contribuições não refletem
melhoria sensível no sistema, porque não têm conexão direta com o trinário
composto pelas avenidas Boa Viagem, Conselheiro Aguiar e Engenheiro
Domingos Ferreira.
O FLUXO DE VEÍCULOS
O elevado crescimento da frota de veículos motorizados na RMR é um
fator preocupante. O número de veículos licenciados na RMR, conforme dados
do último Plano Diretor de Circulação do Recife – PDC/REC era, em 1990, de
196.787 unidades, dos quais 162.450 (82,55%) correspondem aos veículos do
município do Recife. Em 1998, esse número na RMR foi de 361.774 veículos e
242.866 (67,13%) no Recife. A cada mês mais 3.000 veículos são acrescidos a
essa frota, o que leva a uma frota não menor que meio milhão de veículos
circulando no Recife ao final de 2007.
Dados extraídos do PDC/REC (1998) indicavam que circulavam por dia
pela Av. Boa Viagem 32.985 veículos, sendo: 98,245% de automóveis, 0,20%
de ônibus e 1,55% de caminhões. Na Av. Conselheiro Aguiar circulavam
27.598, sendo 98,53% de automóveis, 0,20% de ônibus e 1,27% de
caminhões, e na Av. Engenheiro Domingos Ferreira, 53.389 veículos, dos quais
93,49% são de automóveis, 5,31% de ônibus e 1,20% de caminhões.
A operacionalização do sistema de circulação existente do Pina e de Boa
Viagem é deficiente em todos os seus aspectos: é realizada através de
estruturas suportadas pelo sistema viário da região que não têm condições
para atender aos requisitos mínimos de trafegabilidade para os veículos e
pedestres que dele se utilizam. As vias componentes desse sistema viário são
inadequadas para dar passagem ao fluxo de veículos que demandam a região.
É notável que as condições de circulação de veículos no litoral sul do
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Recife cada vez são mais críticas, apesar das alterações implantadas pela
CTTU, por conta do elevado volume de veículos que trafegam pela malha viária
local, pela composição da frota, na qual expressivamente prevalece o
transporte individual, e finalmente pela capacidade instalada da infra-estrutura
do sistema viário da referida região, a qual não tem condições de absorver todo
o tráfego local e mais o volume significativo do tráfego de passagem.
As condições físicas desse sistema viário - pavimentação, sinalização,
largura da faixa de rolamento, calçadas etc. - são inadequadas para suportar
uma quantidade de veículos com essa composição, tornando a circulação de
veículos e pedestres bastante deficiente. O atrito verificado pelo uso
inadequado das instalações existentes repercute desfavoravelmente no
desempenho do sistema.
Segundo o PDC/REC, o número de acidentes ocorridos em 1998 na
região do Pina e Boa Viagem foi bastante elevado. Na Av. Boa Viagem
ocorreram 243 acidentes, 187% a mais do que no ano anterior. Na Av.
Conselheiro Aguiar ocorreram 278 acidentes, 189% a mais que em 1997, e na
Av. Engenheiro Domingos Ferreira foram 459 acidentes, constituindo-se na via
mais perigosa de todo o sistema em tela, verificando-se 147% a mais de
acidentes do que em 1997.
Justamente diante desse cenário vem à luz o projeto da Via Mangue.
A SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS
O projeto Via Mangue faz parte da política pública da Prefeitura da
cidade do Recife que se propõe a melhorias na fluidez do trânsito da zona sul
recifense, implantando vias e possibilitando o acesso a ruas existentes para o
atendimento local dos bairros de Boa Viagem, Setúbal, Pina e Brasília Teimosa.
Dentro dessas ações há o objetivo de promover melhorias no saneamento,
revitalizações do Parque dos Manguezais e melhorias habitacionais realocando
populações que se encontram no traçado do projeto.
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Todas essas melhorias tem foco no aprimoramento da mobilidade
urbana para a Copa de 2014. A obra integra o PAC da Mobilidade Urbana,
programa federal criado para facilitar a circulação de pessoas e veículos nas
cidades-sede da Copa. O financiamento é do FGTS (Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço) e tem a Caixa Econômica Federal (CEF) como
repassadora. A última etapa do projeto Via Mangue beneficia a zona sul do
Recife. Abrange a construção de uma via expressa de 4,5 km ligando a ponte
Paulo Guerra (bairro do Pina) à av. Antônio Falcão (Boa Viagem).
O sistema viário terá faixas de rolamento para veículos, calçadas para
pedestres e ciclovias. O projeto inclui ainda a construção de dois elevados
sobre a av. Antônio Falcão, oito pontes, um alargamento da ponte Paulo Guerra
e uma passagem semienterrada, tudo visando o desafogamento do trânsito do
Recife devido ao caos que o mesmo se encontra em termos atuais. O Projeto
Via Mangue consiste em uma via que interligará a Rua Antônio Falcão e
marginais do canal doSetúbal, em Boa Viagem, com o túnel da Rua Manoel de
Brito e o sistema viário do seu entorno, no bairro do Pina, permitindo ainda
ligações com o sistema viário existente ao longo desse traçado. Com essa via
busca-se melhorar o sistema de trânsito dos bairros de Boa Viagem e do Pina,
já bastante saturado, descongestionando as avenidas Boa Viagem,
Conselheiro Aguiar e Domingos Ferreira.
A motivação da construção da obra foi justamente o trânsito conturbado
em que se encontra as avenidas do Recife. E não teria como ficar desse jeito
para a Copa de 2014. Assim, foi preciso um projeto que resolvesse todos esses
problemas que atingem o trânsito hoje em dia nas ruas do Recife e também os
problemas de mobilidade urbana. Desse modo essas vias de trânsito rápido e
as passarelas garantirão uma maior fluidez e comodidade tanto para os
veículos quanto para os pedestres. As alças e as pontes que serão construídas
encurtarão ainda mais as distâncias ligando a zona norte às principais avenidas
de Boa viagem, Setúbal e os canais do Jordão.
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OBJETIVOS:
Melhorar a fluidez do trânsito da zona Sul;
Implantar uma via sem semáforos com velocidade operacional de 60
km/h;
Integrar a via com as marginais dos canais Setúbal e Jordão;
Possibilitar o acesso das ruas existentes para o atendimento local dos
bairros de Boa viagem, do Pina e de Brasília Teimosa;
Eliminar os semáforos das Av. Antônio de Góes e Herculano Bandeira;
Implantar o parque ecológico Estação Rádio Pina, visando o lazer,
atividades culturais, educacionais eturismo para a população;
Proteger o manguezal do Rio Pina,e integrá-lo a população;
Promover melhorias habitacionais através da relocação da população
residente em palafitas, no entorno do projeto;
Fomentar um desenvolvimento de um novo polo econômico, turístico,
cultural e ambiental.
Características Técnicas
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Sentido Centro/Boa Viagem, a via terá 4,75km
Sentido Boa Viagem/Centro, a extensão é de 4,37km
Velocidade de percurso: 60 km/h
Não possui semáforos
Não possui cruzamentos de tráfego
Não contempla veículos de transporte coletivo
Contempla ciclovia
Contempla acessibilidade para pessoas idosas e com dificuldade de
locomoção
Servirá como cinturão de proteção do manguezal do Rio Pina
Orçamento
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O projeto executivo da via foi apresentado em meados de 2004, ano
eleitoral, quando o então prefeito João Paulo (PT) tentava a reeleição. O petista
conseguiu seu segundo mandato, mas a obra não saiu do papel sob a alegada
falta de recursos. Só sete anos depois, a prefeitura conseguiu o financiamento
para o projeto, orçado inicialmente em R$ 433,2 milhões, sendo R$ 418
milhões em obras físicas. A Caixa Econômica Federal se comprometeu em
liberar R$ 331 milhões - recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS); os outros R$ 102,2 milhões são de contrapartida do município.
O último grande obstáculo partiu do Tribunal de Contas do Estado
(TCE). Auditores do departamento de controle externo do órgão avaliaram, no
início deste ano, como "acima do mercado" o preço da obra orçada pela
Empresa de Urbanização do Recife (URB), braço da prefeitura responsável
pelo projeto.
Eles afirmaram ter encontrado sobrepreço em insumos de construção e
valores da prestação de alguns serviços após o edital ter sido publicado. O
TCE recomendou à URB, em caráter cautelar, que não homologasse a licitação
se o preço ofertado pelo vencedor fosse superior a R$ 335,6 milhões, valor tido
como "justo" pelo TCE e bem abaixo do estipulado pelo município no edital (R$
418 milhões).
A administração, por sua vez, alegou que o preço se justificava pela
complexidade da obra e pelos custos com as exigências ambientais. A licitação
foi encerrada em abril sagrando-se vencedora a construtora Queiroz Galvão,
com o preço de R$ 319,8 milhões. Como o valor homologado ficou abaixo do
estipulado pelos auditores, isso evitou um embate institucional entre TCE e
Prefeitura do Recife, deixando o caminho livre para a construção.
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Cronograma
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27
Etapa
Início do
Projeto
Conclusão do
Projeto Responsabili
dade pela
ExecuçãoPrevi
sto
Realiz
ado
Previ
sto
Realiz
ado
1. Projeto BásicoMar/
07Mar/07
Set/
07Set/07
Governo
Municipal
2. Projeto ExecutivoDez/
09
Dez/
09
Ago/
11-
Governo
Municipal
3.
Desapropriações/Reassen
tamentos
Mai/
10-
Dez/
12-
Governo
Municipal
4. ObrasJul/
10Abr/11
Set/
13-
Governo
Municipal
A via mangue é uma obra complexa e que exige muito planejamento,
variasopiniões sobre o seguimento do cronograma vem sendo tema de
discussões.
O cronograma da obra da via mangue é apresentado neste trabalho de
forma sucinta.
Apenas para discutirmos o avanço da obra e citar a opinião de alguns
especialistas no assunto que divergem bastante uma das outras.
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Ao observarmos o quadro acima constatamos que houve um atraso na
etapa de desapropriação/ Reassentamento que era prevista para maio de 2010
e no momento não foi inicializada; a quarta etapa onde são iniciadas as obras
tinha previsão para julho de 2010 foi realizada em abril de 2011 com previsão
de conclusão para setembro de 2013.
A opinião dos responsáveis pela obra é que ela estará concluída ate o
final de 2013 sem maiores problemas, ou seja, será utilizada para copa em
2014.
O Cronograma inclui:
Instalação da obra
Serviços preliminares
Canalização do rio pina
Ponte sobre a lagoa encanta
moça
Alça da ponte Paulo Guerra
Complexo elevado sobre o
Antonio falcão
Alargamento da ponte Paulo
guerra
Alça do cap. temudo
Alargamento do cap. temudo
Caminhos de serviços
29
Remanejamento de utilidade
publica
Administração local
30
Esta é uma publicação do site da vereadora Priscila krause, onde ela
aponta atraso em obras que segundo ela em 150 dias de obra da Queiroz
Galvão seguindo o cronograma já deveria ter sido iniciada as seguintes fases:
“Canalização do Rio Pina 800 metros”, “Ponte sobre a Lagoa do Encanta Moça
221 m” e “Alça da Ponte Paulo Guerra – ponte estaiada”. Até o dado momento,
nenhuma dessas três partes da Via Mangue foi iniciada. Segunda a mesma
isso representa um atraso significativo.
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Desafios e Inovações Tecnológicas da Via Mangue
Numa grande obra de engenharia, os detalhes são importantíssimos,
ainda mais quando levamos em conta a qualidade, a beleza e que ela sirva de
referência para outras grandes obras que poderão vir posteriormente. Como os
setores da engenharia renovam-se com muita facilidade, podemos então
considerar um co-relacionamento entre as inovações tecnologias e os desafios
que uma obra pode apresentar.
O projeto via mangue em Recife tem como principal objetivo resolver os
problemas de trânsito da Zona Sul recifense. Um complexo viário com
passagem expressa de quase 6 km ligando Centro e zona Sul, parte nobre da
cidade, onde está bairro de Boa Viagem desafogando o fluxo de veículos.
A obra conta com uma série de desafios, pois se trata de um “projeto
verde” onde a maioria dela será erguida em terrenos de pouca estabilidade que
requer melhores técnicas inovadoras.
A última grande intervenção viária na cidade data do final de década de
1970. Mas como abrir novas vias de tráfego numa cidade com alto
adensamento urbano, com poucos terrenos livres para construção e cercada
por manguezais, áreas de proteção ambiental? A opção feita pela Prefeitura do
Recife foi avançar sobre o mangue, uma decisão que gerou polêmica por
mexer em um ecossistema protegido por lei.
Um dos grandes desafios da obra será a estabilização do solo na área
de mangue a ser aterrada. Como a Via Mangue passará por sobre o rio, o
projeto prevê a construção de 400 m de canal de concreto armado para manter
o curso d'água. "A estabilização do solo do mangue é um ponto que deve ser
verificado constantemente e com atenção redobrada: ele sede muito e pode
prejudicar o projeto se não for feito com atenção e paciência”, É o que diz o
engenheiro Marlus Muniz, da empresa JBR Engenharia, responsável pela
elaboração do projeto. Alerta ele.
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Outro desafio, esse já está sendo superado, foi de construir o túnel sob a
Avenida Herculano Bandeira sem interrupção do seu tráfego, objetivo que vem
sendo alcançado com êxito e com qualidade. Nos 260 metros de sua extensão
apenas o trecho 5 fica sob a avenida. Os outros 8 foram subdivididos em
trechos de rampa e de cut-and-cover (com laje). Foram desafios superados
com engenharia de ponta, com apoio de consultores considerados como
mestres da engenharia de construção de túneis, como o professor Paulo Maffei
e o engenheiro Sérgio Pereira.
Algumas marcas alcançadas devem ser registradas, como por exemplo,
a utilização do maior conjunto de rebaixamento de lençol freático do país (40
bombas submersas e 8 conjuntos de ponteiras, com vazão de 2000 m³/h), a
execução do maior vão enfilado executado no país (12 linhas de 19 metros).
O túnel no seu vão central, sob a Avenida Herculano Bandeira, foi
parcialmente escavado, sem a interrupção do tráfego. Já é possível visualizar
as duas extremidades do segmento mais complicado para ser executado.
Agora é partir para a etapa final compreendendo a execução das paredes e do
piso do vão central, que irão exigir técnicas de engenharia de ponta e execução
com controle rigoroso, principalmente se considerarmos que o trabalho está
sendo executado em solo arenoso com nível d'água elevado. Sem medo de
errar, esta obra é um marco para a engenharia de Pernambuco.
Com cerca de 450 metros de extensão e 7,5 metros de largura, a alça
terá duas pistas de rolamento no sentido cidade-subúrbio, com capacidade
para dois veículos por vez.
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Compromisso Social e com o Meio Ambiente
Segundo o atual prefeito da Cidade do Recife o principal objetivo da Via
mangue é promover um projeto que sintetize os problemas de mobilidade no
Recife a fim de resolver as questões do tráfego e impulsionando assim o
desenvolvimento econômico do Recife, trazendo a proteção e manutenção dos
manguezais e a promoção de moradia digna para as famílias que moram em
situação subumana.
Consequências analisadas no projeto Via mangue
O Estudo de Impacto Ambiental foi solicitado pela legislação brasileira em
projetos de grande porte como o da Via Mangue. A Via Mangue idealiza uma
estrutura à margem leste do manguezal da Zona Sul do Recife e esse projeto
vai causar diversos impactos ambientais e sociais àquela região. Considerando
que “Toda atividade humana gera impactos, tanto positivos quanto negativos”,
o projeto via mangue foi analisado como um todo garantindo o diagnóstico
ambiental, análise econômica-ambiental, jurídica-ambiental e avaliação de
todos impactos e medidas cabíveis à situação. Entre as mudanças que serão
consequências da Via Mangue, uma delas será a relocação de cerca de 2,7 mil
habitantes que vivem em palafitas, em condições precárias. Está prevista a
relocação deles para três habitacionais que estão em fase de construção e um
deles já está praticamente pronto para ser entregue, que deve acontecer ainda
em dezembro deste ano. Para alguns moradores das palafitas, a Via Mangue
será uma grande mudança de vida pelo fato que esperarem as moradias
dignas prometidas. Contrapondo a aprovação desses moradores os ativistas
pediram a preservação dos manguezais. “Moradia não deveria ser uma
promessa para a aprovação da Via Mangue, deveria ser um projeto à parte. O
dinheiro gasto neste projeto poderia ser investido em muito mais moradias”,
afirmou uma das coordenadoras do Movimento Social, Mariana Maciel. Os
integrantes desse movimento, que é em prol do meio ambiente, acreditam que
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este projeto só trará prejuízos à natureza, incentivando o uso dos transportes
individuais. “Isso vai na contramão da política mundial de desenvolvimento
sustentável”, afirmou. No entanto, o Relatório de Impacto Ambiental (Rima)
acrescenta que um dos benefícios ambientais da Via Mangue será a
diminuição do consumo de combustível, uma vez que o trânsito deverá fluir
com maior intensidade, diminuindo a poluição dos gases emitidos para a
camada atmosférica. Sem contar que a qualidade do transporte será
beneficiada, uma vez que haverá mais espaço para os coletivos. A Via Mangue
prevê um espaço para que os carros circulem com uma velocidade máxima de
60 quilômetros por hora, que será controlada a partir de radares, além de uma
ciclovia. Nesta via não será permitido o tráfego de ônibus.
A Via Mangue prevê uma malha viária de 4,5 quilômetros e irá partir da
ponte Paulo Guerra até a rua Antônio Falcão, em Boa Viagem. O intuito
principal do projeto é desafogar os congestionamentos constantes e típicos das
avenidas Boa Viagem, Domingos Ferreira e Conselheiro Aguiar e está orçado
em R$ 482 milhões. Entre outras coisas, o Relatório de Impacto Ambiental
(Rima) recomenda que a cada um metro quadrado de mangue, dois sejam
replantados.
Esse parque é, também, uma ideia da Prefeitura do Recife de criar um
espaço protegido que deverá estar atrelado ao desenvolvimento da Via
Mangue.
Aspectos Ambientais
Os manguezais sempre foram considerados ambientes com poucos
atrativos e menosprezados, embora tenham uma grande importância
econômica e ambiental. Esse bioma não recebeu grandes atenções, pois no
passado a presença de mangue estava associada à febre amarela e á malária.
Outra característica que faz do manguezal um ambiente nada atrativo é que
seu solo exala um odor característico de gás metano e enxofre devido à grande
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quantidade de matéria orgânica em decomposição. Apesar de todas essas
importantes funções, os manguezais eram comumente considerados, no
passado, como ‘terras baldia’, chegando-se inclusive a afirmar que deveriam
ser transformados em terras ‘úteis e produtivas’.
A estrutura e produtividade dos manguezais estão controlados,
principalmente, pela frequência de inundação pelas marés, taxa de evaporação
e aporte de água doce (fluvial e pluvial). Tais fatores são determinantes na
biodiversidade do ecossistema, sendo muitas espécies de importância
econômica, e alta produtividade primária e secundária, dentre suas funções
estão:
Área de abrigo para alimentação e reprodução de centenas de espécies
marinhas, estuarinas e terrestres. Por isso é chamado por vários autores
de o berçário da vida marinha;
Fonte de matéria orgânica particulada e dissolvida que constitui a base
da cadeia trófica a que pertencem muitas espécies de importância
econômica.
Mesmo com toda sua importância econômica e ambiental os
manguezais vêm sendo degradados. Existem muitos fatores que
causam a destruição dentre eles as moradias irregulares inclusas
também no projeto Via mangue pelo qual o mesmo estar sendo
considerados inadequados pelos ambientalistas.
Aspectos Sociais
Para a Prefeitura, a obra também é uma oportunidade de se criar postos
de trabalho na construção civil. Estão estimadas a criação de 900 novas
vagas, entre empregos diretos e indiretos, durante o andamento do projeto.
Para a presidente da URB(Empresa de Urbanização do Recife),Débora
Mendes, esta obra é estratégica para o desenvolvimento econômico, social,
turístico e ambiental da cidade. "Também é uma alternativa que criamos para
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as pessoas que precisam seguir do Pina para Boa Viagem, de maneira
rápida, já que a via é a primeira expressa do município".
Além da parte viária, o projeto engloba ações em saneamento integrado,
com a implantação de rede de esgoto e estações elevatórias, e também na
área de habitação, com a construção de três habitacionais, a Associação de
Moradores do bairro do Pina manifesta interesse na construção de um Parque
Ecológico e as empresas do mercado imobiliário demonstram enorme
empenho em construir prédios residenciais de luxo na área. Porém, as
construções existentes hoje no seu entorno não são obras apenas das
grandes construtoras. Encontram-se, aí, diversas comunidades carentes nas
quais a maioria das famílias sobrevive em casas de taipas e de outros tipos
de material, edificadas sem nenhum planejamento urbanístico, colocando em
risco os limites do ecossistema.
Além das habitacionais para a comunidade que mora nas palafitas
alguns projetos estão promovendo oficinas de readaptação aos moradores a
fim de promover educação ambiental como também incentivar a integração
dos futuros vizinhos gerando uma convivência proveitosa.
O projeto focaliza a qualidade de vida para os moradores da
comunidade carente do Pina, como também prevê a construção de faixas de
rolamento para veículos, calçadas para pedestres e ciclovia, proporcionando
também a acessibilidade para deficientes e idosos nas futuras vias.
A Via Mangue contempla sobretudo ações de saneamento, habitação,
urbanização. Ela representará a possibilidade de alternativa de tráfego para
milhares de pessoas que moram nos bairros da zona sul da cidade e auxiliará
no desenvolvimento econômico dessa região, hoje considerada um
importante pólo de serviços do Recife em franca expansão.
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Conclusão
A Via Mangue é um projeto que resolverá os problemas de trânsito da
Zona Sul recifense. Trata-se de uma avenida que vai ligar o Pina diretamente
às ruas que margeiam os canais Setúbal e Jordão, desafogando o fluxo de
veículos em toda a região.
A principal característica da Via Mangue é a compatibilidade entre a
preservação do meio ambiente e a melhoria do trânsito. Outro objetivo
importante é a inclusão social, pois o projeto prevê a retirada, relocação e
construção de moradias para cerca de 1.100 famílias residentes em áreas
críticas.
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Referências
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mais_um_obstaculo_para_a_via_mangue_construtora_derrotada_entra_
com_recurso_96988.php
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http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=966144
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