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VILMA CIRIAKI DE CASTRO
CADERNO PEDAGÓGICO
RECICLAR: APRENDER PARA PRESERVAR E TRANSFORMAR
LONDRINA2011
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VILMA CIRIAKI DE CASTRO
CADERNO PEDAGÓGICO
RECICLAR: APRENDER PARA PRESERVAR E TRANSFORMAR
Produção Didático-Pedagógica desenvolvido para o Programa de Desenvolvimento Educacional- PDE da Secretaria Estadual de Educação do Paraná- SEED.Profª Dra: Eloiza Cristiane Torres
LONDRINA 2011
SUMÁRIO
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO............................................................................03
APRESENTAÇÃO..............................................................................................05
ESTRUTURA DE MATERIAL DIDÁTICO..........................................................06
UNIDADE I.........................................................................................................07
MEIO AMBIENTE E RECICLAGEM..................................................................07
RESÍDUOS SÓLIDOS.......................................................................................08
COMO, QUANDO E O QUE RECICLAR?.........................................................10
ATIVIDADES......................................................................................................13
UNIDADE II........................................................................................................14
UNIDADE III.......................................................................................................16
UNIDADE IV.......................................................................................................18
UNIDADE V........................................................................................................20
ATIVIDADES......................................................................................................22
UNIDADE VI.......................................................................................................23
UNIDADE VII......................................................................................................25
UNIDADE VIII.....................................................................................................27
ATIVIDADES......................................................................................................31
UNIDADE IX.......................................................................................................32
ATIVIDADES......................................................................................................35
UNIDADE X........................................................................................................39
ATIVIDADES......................................................................................................41
UNIDADE XI.......................................................................................................43
REFERÊNCIAS..................................................................................................46
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professor PDE: Vilma Ciriaki de Castro
Área PDE: A Dinâmica da Natureza e sua Alteração pelo Emprego de Tecnologias
de Exploração e Produção
NRE: Apucarana-PR
Escola de Implementação: Colégio Estadual Abraham Lincoln Ensino Fundamental e
Médio
Público Objeto da Intervenção: Segundo Ano do Ensino Médio
TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE
Reciclagem
TÍTULO
Reciclar: aprender para preservar e transformar
“A melhor maneira que a gente tem de fazer possível amanhã alguma coisa que não foi possível ser feita hoje, é fazer hoje aquilo que hoje pode ser feito. Mas se eu não fizer o que hoje pode ser feito e tentar fazer hoje o que não pode ser feito, dificilmente eu faço amanhã o que hoje também não pude fazer” Paulo Freire
APRESENTAÇÃO
A Reciclagem enquanto ferramenta de ensino e como ela pode auxiliar a
despertar a educação ambiental em relação ao consumismo.
De modo geral, estudar os resíduos sólidos será uma maneira de
representar as questões catastróficas ambientais atuais, diante de uma sociedade
infantilizada no contexto social. Vivemos em uma sociedade que não pensa, não
expressa seu pensamento, não consegue assumir responsabilidades. As políticas
sociais contribuem para esta infantilização tornando os seres humanos ingênuos,
sem consciência de seu ser moral e racional, no sentido daquilo que é exigido do
adulto. Hoje os pais trabalham e os filhos dormem. As falas de nossos jovens e
adultos giram em torno de roupas e calçados de marca, eletrônicos de última
geração, carros importados, alimentos Fast food. Na rapidez das transformações
tudo vira consumo, até a roupa da vitrine não é mais contemporânea. A roupa hoje
só é contemporânea no momento em que a modelo está desfilando na passarela.
Tudo vira sucata neste mundo de tecnologia. Até as teorias interessantes viram
sucatas por falta de interpretação. Hoje vivemos o mito da liberdade sem fronteiras.
A mídia precisa ser trabalhada de modo eficaz, pois o conhecimento é o
ritmo de mudança do próprio ser. Trabalhar os resíduos sólidos vem de encontro
com os anseios da sociedade para tentar combater os efeitos da mídia atual em
relação à infantilização dos seres humanos hoje.
ESTRUTURA DE MATERIAL DIDÁTICO
Os Textos estão de acordo com as normas das Diretrizes Curriculares da
Educação Básica da disciplina de geografia, com enfoque os conteúdos
estruturantes, a Dinâmica Socioambiental do Espaço Geográfico e a Educação
Ambiental (Lei nº 9795/99 que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental.
Os textos da unidade I foram compostos, após leituras científicas de vários
autores, os quais levarão nossos alunos a compreender a diferença entre lixo,
resíduos sólidos, reciclagem, como e o que poder ser reciclado, também as
vantagens da reciclagem;
A unidade II relata uma reportagem de Jornal- Folha de Londrina, sob a fala
do Geógrafo Georges Bertrand, o qual instigará os alunos a buscar cultura em
primeiro lugar, para depois agir com cidadania;
As unidades III, IV, V, VI, VII, e VIII, tem como objetivo, conscientizar nossos
alunos sobre consumismo, ou seja entender o poder que o consumismo tem em
aniquilar a personalidade do ser humano, que também é uma das maiores causas
dos problemas ambientais atuais, causados pelo acúmulos de lixo de todas a
espécies.
A unidade XIX trata-se de um texto na fala de Ariadne Choloe Fumival, no
qual ele aponta reflexões para pensar sobre o consumo sustentável, e faz uma
crítica ao EUA, referente sua influência em relação ao poder midiático a favor do
consumismo, o que desconsidera a proteção da qualidade de vida no planeta.
A unidade X consta com a leitura de um texto informativo sobre aos impactos
ambientais que os resíduos sólidos estão causando de modo geral no mundo, no
Brasil e no Paraná. Isto levará os alunos a uma tomada de decisões sobre questões
dos resíduos sólidos no município em que vivem, pois serão convocados a um
trabalho de campo no entorno do município, para analisarem a situação em que se
encontra o lixo da comunidade e tomarem medidas corretas e necessárias, de
acordo com as orientação da professora, mentora e responsável pelo
desenvolvimento do projeto de forma científica e pedagógica.
A unidade XI trás informações de como realizar a coleta seletiva dos resíduos
sólidos e apresenta formas de ações para por em prática o que foi estudado e
debatido durante toda etapa deste projeto de intervenção pedagógica.
MEIO AMBIENTE E RECICLAGEM
Sabe-se que hoje a preocupação com os problemas ambientais é de
âmbito mundial. Segundo Coelho (2000, p.274) “meio ambiente é o conjunto dos
elementos e fatores físicos, químicos e biológicos, naturais e artificiais, necessários
à sobrevivência das espécies”.
No entanto, de todos os seres vivos, o ser humano é o único que, além de
fazer parte do ambiente natural, participa também de outro ambiente especial e
diferenciado. Trata-se do ambiente cultural ou artificial, que é produto da
interferência, da criatividade e do desenvolvimento cultural e tecnológico do homem.
De acordo Achcar (2006, p.47)
Gerenciar o resíduo é adotar um conjunto articulado de ações normativas, operacionais, financeiras e de planejamento, com base em critérios sanitários, ambientais e econômicos para coletar, tratar e dispor os resíduos sólidos, que visa buscar o conhecimento detalhado do ciclo completo do resíduo, desde a sua geração até o seu destino final.
Sendo assim, os programas de gestão devem buscar alternativas que
visem a transversalidade dos diferentes tipos de resíduos, conservando o meio
ambiente, a recuperação dos materiais potencialmente recicláveis. Lembrando que
desde o início da humanidade, o homem vem produzindo lixo sem se preocupar com
as suas conseqüências e a cada ano tendo um acentuado crescimento.
No sentido de expor os conceitos sobre o tema é necessário esclarecer
que segundo Achcar (2006, p.48): “lixo é tudo o que não pode ser reaproveitado ou
reciclado e resíduo é tudo o que ainda pode ser parcialmente ou totalmente
utilizado”. Por isso os resíduos são classificados quanto ao seu tipo e origem.
Qualquer atividade humana é por natureza geradora de resíduos. As atividades
industriais por sua natureza grande geradora de resíduos sejam sólidos, líquidos ou
UNIDADE I
gasosos, os quais devem ser gerenciados corretamente visando à minimização de
custos e redução do potencial de geração de impactos ambientais.
A reciclagem considera os resíduos gerados pela sociedade, como
matéria-prima, depois de uma série de processos. Os materiais ora rejeitados são
coletados, tratados e processados, para a fabricação de novos produtos. A
sociedade moderna se destaca pelo desperdício e o uso indiscriminado dos recursos
naturais. A preservação destes recursos e a diminuição do desperdício devem,
obrigatoriamente, se dar através do esclarecimento da população quanto à
importância na mudança de seus hábitos e de como é difícil gerenciar os resíduos
sólidos urbanos, por eles gerados.
RESÍDUOS SÓLIDOS
Os Resíduos Sólidos são materiais heterogêneos (inertes, minerais e
orgânicos), resultante das atividades humanas e da natureza, os quais podem ser
parcialmente ou totalmente utilizados, gerando, entre outros aspectos, proteção à
saúde pública e economia dos recursos naturais.
Vive-se a época dos descartáveis, ou seja, aquelas embalagens ou
produtos utilizados uma só vez e que em seguida são jogados fora. De acordo com
Ferreira (2007, p.328) “resíduos sólidos são resultados das atividades da
comunidade de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola e de
outros serviços”. Portanto, a composição e a quantidade de resíduos produzidos
estão diretamente relacionados com o modo de vida dos povos, considerando que
nos países mais industrializados as quantidades envolvidas são maiores e a
composição é mais problemática.
Os “resíduos urbanos representam um dos tipos de classificação do lixo”,
conforme coloca Thomaz (1998, p.29). No entanto, os resíduos urbanos são
conhecidos também como lixo doméstico, ou seja, aqueles gerados nas residências,
no comércio ou em outras atividades desenvolvidas nas cidades. Incluem-se neles
os resíduos dos logradouros públicos, como ruas e praças, denominado lixo de
varrição ou público. Nestes resíduos encontram-se: papel, papelão, vidros, latas,
plásticos, folhas, galhos, terra, restos de alimentos, madeira e todos os outros
detritos apresentados à coleta nas portas das casas pelos habitantes das cidades ou
lançados nas ruas.
Existem várias classificações para o lixo. De acordo com Casagrande e
Ramalho (2001, p.32) o lixo possui dois grupos principais: “inorgânicos e orgânicos”.
O primeiro grupo inclui metal, papel, vidro e plástico e o segundo grupo inclui restos
de alimentos e plantas. No processo de reciclagem, tanto nas indústrias (que
reaproveitam os inorgânicos) como nas usinas de compostagem (que transformam
os orgânicos em adubo). O lixo orgânico leva pouco tempo para se decompor, mas
pode ser mais bem aproveitado na compostagem, tais como cascas de frutas, de
legumes e folhagens de tubérculos.
O lixo conforme Mancuso (2001, p.25) “é classificado em classe A, B, C e
D.” Desta forma, a classe A agrupa os resíduos reutilizáveis ou recicláveis, tais como
restos de cerâmicas, argamassa, concreto e blocos. A classe B são os resíduos
recicláveis para outras destinações, tais como papel, papelão, plástico, metais,
vidros e madeira. A classe C são os resíduos de construção para os quais não há
alternativa tecnológica de processamento, como por exemplo, o gesso. A classe D
são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como latas de
tinta e solventes, óleos, bem como telhas e objetos que contenham amianto.
As cidades produzem grande quantidade diária de lixo. A coleta, o tratamento
e a fiscalização do lixo devem ser rigorosos, pois se ele for depositado em qualquer
terreno a saúde da população fica comprometida. O lixo de acordo com a
classificação de Dias (1999, p.76), pode ter cinco destinos diferentes: “os depósitos
a céu aberto (lixões), os aterros sanitários, a incineração, a compostagem e a
reciclagem”.
Nos lixões, o lixo é depositado sobre terrenos a céu aberto, provocando
mau cheiro e atraindo ratos, baratas, moscas e outros insetos que transmitem várias
doenças. A decomposição do lixo produz um líquido chamado chorume, que polui as
águas subterrâneas e os rios, e também libera o gás metano, o que pode causar
explosões. Nos aterros sanitários, o lixo é depositado em camadas cobertas por
terra e compactadas por tratores. O chorume é captado por um sistema de
tubulações, evitando a poluição das águas. O processo de tratamento do chorume é
muito importante para o meio ambiente. Caso não seja tratado, ele pode atingir
lençóis freáticos, rios e córregos, levando a contaminação para estes recursos
hídricos. Neste caso, os peixes podem ser contaminados e, caso a água seja usada
na irrigação agrícola, a contaminação pode chegar aos alimentos (frutas, verduras,
legumes).
A incineração, que consiste em transformar o lixo em cinzas, é um
processo que, embora diminua o volume de material descartado, libera gases
altamente poluentes. Esse processo é utilizado principalmente para o lixo hospitalar,
que representa riscos de contaminação. A compostagem processa o lixo orgânico
restos de comidas, cascas de frutas e legumes que é destinado à produção de
adubo para o solo e de gás metano.
COMO, QUANDO E O QUE RECICLAR?
Dentre os inúmeros benefícios que a reciclagem acarreta Casagrande e
Ramalho (2001, p.15) destaca: “diminuição da quantidade de resíduos e dos
impactos ambientais. Preservação dos recursos naturais. Geração de empregos
diretos e indiretos, através de associações/cooperativas de catadores e
conscientização por meio da Educação Ambiental”.
Para Zaneti (1995, p.37) “reciclar é uma atitude de vida”. Por isso, é
preciso mudar o rumo de nosso destino, enquanto habitantes do Planeta Terra.
Registra-se a necessidade de reaproveitar coisas aparentemente inúteis, resistindo
à ideologia do descartável, e delas extrairem novas utilidades e novas formas de
beleza. A vivência com a reciclagem possibilita o desenvolvimento do pensamento
científico, da criatividade e um questionamento sobre o meio ambiente e sobre a
atuação do homem em relação ao meio.
Torres (2007, p.573) mediante vários processos, um determinado material
retorna ao ciclo de produção industrial, como matéria-prima, para que novamente
possa ser transformado em um bem de consumo e assim aponta os benefícios da
reciclagem:
Redução da quantidade de rejeito enviada ao aterro, aumentando sua vida útil. Uso racional dos recursos naturais. Diminuição do consumo de energia. Redução da poluição ambiental. Geração de emprego e renda. Resgate da cidadania de catadores de lixo, por meio de associações e cooperativas.
Dessa forma, a reciclagem acontece como um dos programas que
contribuem para a obtenção de materiais com menor quantidade de impurezas e
danos. Sem contar que o trabalho de triagem feito nas usinas pode ser otimizado,
uma vez que os materiais chegariam pré-selecionados, oportunizando a reciclagem
de uma quantidade maior de materiais e um melhor preço na sua comercialização.
Segundo Thomaz (1998, p.30) três segmentos representam a reciclagem:
“o primeiro representa os produtores, o segundo os consumidores e o terceiro as
companhias de reciclagem”. Então, vejamos cada um representam um grupo
indispensável para garantir que a reciclagem ocorra, pois as empresas fazem o
produto e vendem ao consumidor. Após esse produto ser usado este pode ser
reciclado, onde surge a terceira participação as companhias que coletam os
produtos recicláveis e através do mercado, vendem de volta o material usado para o
produtor transformá-lo em novo.
Todos estão preocupados com o lixo, Antonio Lavoisier que viveu entre
(1743-1794) já afirmava: “Na natureza nada se cria, nada se perde; tudo se
transforma”.
Solares (2001, p.57) inclui na sua concepção além de reduzir, reutilizar e
reciclar, o termo “repensar”. Esse significa por sua vez para que possa ocorrer uma
mudança de hábitos e atitudes com relação ao lixo, é necessário, em primeiro lugar,
repensar nossas atitudes diárias, reavaliando hábitos de consumo e de descarte,
para que se possam adotar comportamentos ambientais corretos, tais como a
redução do consumo e a eliminação do desperdício, a reutilização dos materiais e a
reciclagem.
Bakros (1995, p.14) aponta algumas ações a serem realizadas para se
cumprir com êxito a questão dos 4R:
Reduzir Reutilizar Reciclar RecuperarEvitar
empacotamento
desnecessário,
trazendo sua
própria bolsa de
compras.
Quando possível,
preferir
embalagens
reutilizáveis/
retornáveis.
Dar preferência à
embalagens
retornáveis
Separar sacolas,
sacos de papel,
vidros, caixas de
ovos, papel de
embrulho que
podem ser
reaproveitados.
Usar os dois lados
Fazer
compostagem
doméstica com
restos de cozinha
(cascas e sobras
de alimentos)
Separar materiais
recicláveis
Dar o destino
correto para cada
tipo de objeto que
Quando possível, a
energia de
resíduos que não
podem ser
reduzidos,
reutilizados ou
reciclados. Esta é
uma opção
direcionada para a
indústria e inclui
opções como a
Na existência de
produtos
reutilizáveis,
preferir aquele com
embalagens
recicláveis.
Preferir produtos
duráveis e
resistentes e
alimentos não
embalados
Evitar, ao máximo,
o uso de produtos
descartáveis
Consumir papel
reciclado.
do papel
Dar roupas,
móveis, aparelhos
eletrodomésticos,
brinquedos entre
outros, que
possam ser
reaproveitados por
outras pessoas.
não mais será
usado, mas nunca
simplesmente
jogar.
incineração, por
exemplo, que
através da queima
controlada de
resíduos produz
energia elétrica.
Fonte: Bakros (1995, p.14)
Pelo que se observa acima, as orientações são válidas e de fácil
execução. No entanto, as pessoas dificilmente o fazem e a limpeza pública da
cidade também não implantou a coleta seletiva e neste caso a questão dos resíduos
sólidos/meio ambiente e reciclagem está apenas no papel.
ATIVIDADES
1) O que você entende por reciclagem?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2) Complete os espaços abaixo com as seguintes palavras (resíduos sólidos, destino do lixo, meio ambiente, resíduos urbanos, benefícios da reciclagem, lixo )
a) (....................................) Conjunto dos elementos físicos, químicos, e biológicos, naturais e artificiais necessário a sobrevivência das espécies
b) (....................................) A céu aberto (lixão), os aterros sanitários, a incineração, a compostagem e reciclagem.
c) (...................................) É tudo o que não pode ser reaproveitado ou reciclado.
d) ( ..................................) É tudo o que pode ser parcialmente ou totalmente utilizado gerando novos produtos, podem ser de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial agrícola ou outros serviços.
e) ( .................................) Papel, papelão, vidro, latas, plásticos, folhas, galhos, vidros de alimentos e madeira.
f) ( .................................) Redução da quantidade de rejeitos enviados aos aterros, aumentando sua vida útil; uso racional dos recursos naturais; diminuição do consumo de energia; redução de poluição ambiental; geração de emprego e renda. Resgate da cidadania de catadores de lixo, por meio de associações e cooperativas.
3) Faça um desenho ou uma frase relacionada com as atividades acima:
Ao escolher nossos governantes, devemos levar em conta a cultura
que possuem?!!!
Reportagem: Folha de Londrina 17/11/2010 – p.: 4 e 5
Preservação do meio ambiente é “questão cultural”, diz pesquisador.O geógrafo Georges Bertrand, professor e pesquisador da Universidade de
Toulouse- Le Mirail na França defende que a preservação do meio ambiente, além de uma questão política, é também cultural.
Ele ainda ressalta a importância da “Geografia Transversal”, enquanto caminho interdisciplinar.
A preservação do meio ambiente, além de uma questão política, a cima de tudo é um problema cultural. Ressalta Bertrand e fala sobre a necessidade de uma política ambiental específica para os países pobres “a política ambiental dos países ricos não convém aos países pobres”. Em seu livro Uma Geografia Transversal – o meio ambiente através dos territórios e das temporalidades mostra a transversalidade. Ele diz em entrevista á diferença do futuro do clima da Europa que não se fala por aqui: com a mundialização, a questão do meio ambiente além de ser um problema de ecologia, para Bertrand é um problema de economia e cultura, pois hoje se faz muito discurso e até agora não foi feito nada. Agora, por exemplo, há um desenvolvimento econômico no Brasil, mas dentro desse desenvolvimento não existe a dimensão ecológica. Mas do que isso a dimensão geográfica. Na pratica, hoje, cada país desenvolve ações mais ou menos inteligentes com relação ao meio ambiente em virtude do desenvolvimento econômico. Mas, a dimensão ecológica ainda não existe. Para ele, é uma questão cultural. Por tanto, ás vezes os estudos sobre meio ambiente são estudos de física e química. Mas é também um problema de cultura geral no que diz respeito ao ensino e á investigação. Para isso Bertrand diz que a única maneira é trabalhar com os jovens, já que é um problema de ensino. Mas também é preciso mudar o discurso geral, a cultura geral. A paisagem e ecossistema são científicos, de todo um conjunto. Por isso, temos que estudar com as crianças e jovens de maneira unicamente reflexiva, em especial as representações sócio-culturais desse meio ambiente. Em relação à dependência de países pobres e ricos, á um problema com os países pobres, porque se há uma política ecológica de proteção ao meio ambiente e ao mesmo tempo eles enfrentem dificuldades para o uso dos recursos naturais. É um problema muito importante que não se pode separar da conjuntura mundial, mas a política ambiental dos países ricos não convém aos países pobres por isso é preciso inventar outro tipo que inclusive pode ser modelo inventado no Brasil ou na Índia. Quando eles se intrometem na política ambiental dos países pobres geram muitas polêmicas. O sistema mundial é assim, a pressão se torna um problema político e não apenas
UNIDADE II
cientifico. E nós como professores e investigadores de projetos das universidades precisam desenvolver uma política ambiental não unicamente para os países ricos.
A Geografia pode ter um papel extraordinário, porque está na vinculação natural das coisas, é preciso considerar que a paisagem e o território são interdisciplinares. Também é possível conciliar o desenvolvimento e o progresso com a preservação ambiental. Nos países ricos isso é possível, mas nos pobres ainda se torna um problema. Há lugares em que a nova política de proteção do meio ambiente tem a mesma proteção econômica, e é vista como desenvolvimento para o futuro. Na Europa é necessária a intervenção do Estado para garantir a proteção da natureza. “A questão do meio ambiente é um problema interdisciplinar, que exige urgentemente programas de investigação. Não é problema de uma única disciplina. A final, o meio ambiente é global”. Analise e Responda:
a) O pesquisador francês George Bertrand diz que a preservação do meio ambiente é uma questão política e cultural. O que ele quer dizer?
Procuro viver meu eu, ou me submeto às regras do consumismo?!!!
Leia o extrato do texto Milton Santos, citado no livro: O Espaço do Cidadão (1987)
O ÓPIO: DA RELIGIÃO AO CONSUMO
O papel que as religiões têm jogado como estímulo ou freio aos valores desta ou daquelas civilizações é, hoje, dado como certo. Todas travaram um combate singular, porque alicerçados na fé, para plantar nos espíritos, com as sementes da crença, um código de convivência social e, ao mesmo tempo, uma moral particular, a cuja obediência todos deviam se inclinar, em nome dos homens e de Deus.
Já o consumo instala sua fé por meio de objetos, aqueles que em nosso cotidiano, nos cercam na rua, no lugar de trabalho, no lar e na escola, quer pela presença imediata quer pela promessa ou esperança de obtê-lo. Numa sociedade tornada competitiva pelos valores que erigiu como dogma, o consumo é verdadeiro ópio, cujos templos modernos são os Shopping-centers e os supermercados, aliás, construídos a feição das catedrais. O poder do consumo é contagiante, e sua capacidade de alienação é tão forte que a sua exclusão atribui as pessoas à condição de alienados. Daí a sua força e o seu papel perversamente motor na sociedade atual.
A expressão “sociedade burocrática de consumo dirigido”, encontrada em Lefebvre (1975, pp. 207-208), aparece com denominação semelhante, “sociedade consumista manipulada”, em A. Heller (1972, p.70) e outros autores, e é simplesmente chamada por Mazsaros de “Sociedade Mercantil” (commodity society) e por Baudrillard (1974, p 74) de “sociedade de consumo”, expressão com a qual se popularizou. Mas a frase “consumo conspícuo” foi cunhada por Vebler, essa “frase Mortal”, segundo Boulding, em o seu livro The Imagem. Não se trata, porém, de uma simples sociedade de consumo, mas de uma “sociedade de consumo que produz desperdícios”, conforme I. Mezsaros (1971, p. 53) A glorificação do consumo se acompanha da diminuição gradativa de outras sensibilidades, como a noção de individualidade que, alias, constitui um dos alicerces da cidadania. Enquanto constrói e alimenta um individualismo feroz e sem fronteiras, o consumo contribui par ao aniquilamento da personalidade, sem a qual o homem não se reconhece com distinto, a partir da igualdade entre todos. Milton Santos (1987, p.34-35).
UNIDADE III
Explique a frase abaixo:
a) “O consumismo contribui para o aniquilamento da personalidade”
b) “ O consumo é verdadeiros ópio,cujos templos modernos são os shopping-centers e supermercados”
Você costuma usar roupas ou calçados que ficam bem em você ou procura vestir ou calçar ou usar acessórios porque seus amigos ou amigas usam?!!!
A ModaA necessidade de mudar nem sempre aparece como a redescoberta da
personalidade forte, mais como obediência a um novo preconceito criado pelo mercado para buscar o lugar de um preconceito envelhecido e desacreditado. A necessidade de mudar aparece aqui como, outra forma de compromisso, conforme nos lembra A.Heller (1974, p.90).
Não é mudança para atingir o futuro, mais para permanecer no passado. A moda é um desses artifícios com o qual as coisas ficam as mesmas, embora aparentando uma transformação. A moda é manivelada do consumo, pela criação de novos objetos que se impõem ao individuo.
Edmond Goblot (1984, PP. 46.47) já observava, desde o inicio do século: “O ridículo é mais difícil a afrontar do que o desprezo; a moda é mais exigente que a honra; a publicidade de suas exigências não reduz a necessidade de sofrê-las.Um segundo caráter da moda é sua uniformidade: cada qual deve tornar-se semelhante aos outros. É preciso “fazer como todo mundo”; não devemos “não fazer notar”. Pois fazer-se notar, não fazer como todo mundo, é se excluir do meio social ao qual se pertence. Ser “um original” é ser uma pessoa isolada. O que a sociedade, em geral, e cada uma das sociedades restritas que a compõem perdoam menos é todo ato pelo qual um dos seus membros dela se separa. (Edmond Goblot, (1984, pp.46-47). Texto do livro O Espaço do cidadão- Milton Santos (1987, pp.35-36)
UNIDADE IV
Reflita, Responda:
a) Obrigação moral: A moda é mais exigente que a honra. O ser original é pessoa isolada. Reações físicas são maiores que os sentimentos. O que o autor quer dizer com estas frases citadas no texto?
b) É possível relacionar consumismo com reciclagem, resíduos sólidos e recursos naturais sustentáveis?
Tudo na vida depende de estudo, cultura! Porque será que em nosso país, o consumismo, reflete como se fosse cultura?!! imposta?!!!
O CONSUMIDOR MAIS-QUE-PERFEITO
No caso brasileiro, defrontamo-nos com o que se poderia denominar de consumidor mais-que-perfeito. Em muitos países, as famílias são ajudadas em suas decisões de compra por associações de defesa do consumidor: estas se encarregam, por um lado, de manter publicações periódicas que descrevem os diversos produtos, segundo os seus fabricantes, e comparam além dos preços a qualidade dos produtos, seus usos específicos, sua durabilidade, bem com a disponibilidade das peças de substituição. O comprador pode se dirigir a uma loja sabendo exatamente o que vai comprar e ajustando sua compra às suas necessidades; por outro lado, o consumidor é defendido, por suas associações, contra as alterações de qualidade e outras mil artimanhas engendradas pelos fabricantes para empurrar produtos defeituosos ou de má qualidade a uma clientela nem sempre alerta. Sem dúvida, esses aparelhos de defesa ao consumidor não atacam o consumo: essa não é sua finalidade. São desse modo, e, em última análise, indiferentes quanto à estrutura do capitalismo, e até mesmo destinados a ajudá-lo, comparando-se, sob certos aspectos, ao chamado capitalismo popular, pelo qual haveria abertura do capital das empresas, para que os operários e a gente do povo possam adquirir suas ações, dando-lhes a impressão de participação lucrativa no sistema, quando, na verdade, o grosso do resultado vai parar nas mãos dos já ricos. O fato, porém, é a campanha do tipo Ralph Nader de algum modo obrigam o capitalismo a aperfeiçoar o seu funcionamento. A cara hedionda do sistema torna-se um pouco menos feia.
Mas o Brasil não há nada parecido, e a suprema irrisão é que são os próprios comerciantes que, em certas cidades, ousam simular movimentos de defesa ao consumidos. São pura fachada, na medida em que não existe fixação adequada de preços, controle de qualidade, garantia de continuidade no fornecimento das peças etc. Vivemos dominados pelo consumismo selvagem, indefesos quanto às manipulações de indústrias e de intermediários, inermes diante das práticas de “obsolescência original” que enganam fraudulentamente o comprador com a apresentação de produtos deliberadamente destinados há durar muito pouco. Simplesmente não temos, diante de tais abusos, maneira nenhuma de coibi-los. E até nos sentimos ridículos quando reclamamos, na medida em que, em sua maioria, as reclamações não têm êxito. Talvez por isso o telefone da Sunab toque tão pouco, as delegacias de defesa da economia estão, praticamente, desertas de reclamantes e os juizados respectivos praticamente não tem causas a julgar. Basta
UNIDADE V
uma vista d’olhos às estatísticas correspondentes, onde elas são mantidas, para encontrar o atestado dessa triste realidade: a conformidade com a espoliação, o desconhecimento do direito de reclamar, a descrença em que a reclamação seja atendida.
O consumo, sem duvida, tem sua própria força ideológica material. Às vezes, porem, contra ele, pode-se erguer a força do consumidor. Mas, ainda aqui, é necessário que ele seja um verdadeiro cidadão para que o exercício de sua individualidade possa ter eficácia. Onde o individuo é também cidadão, pode desafiar os mandamentos do mercado, tornando-se um consumidor imperfeito, porque insubmisso a certas regras impostas de fora dele mesmo. Onde não há o cidadão, há o consumidor mais-que-perfeito. É o nosso caso. Texto do livro Espaço do Cidadão Milton Santos (1987, p.40-41).
Atividades
a) Diferencie cidadão do consumidor-mais-que-perfeito?
Cidadão Consumidor Mais Que Perfeito
b) Dinâmica com VídeoOs alunos assistirão ao vídeo: Lixo Extraordinário – Título Original (Waste Land),lançamento, ano 2010(Brasil e Reino Unido),direção (Lucy Waker,João Jardim e karem Harley) ,Documentário –Ator Vik Muniz.
O objetivo deste vídeo, levará o alunos conhecerem, que este filme foi realizado na cidade de Duque, Rio de Janeiro, um dos maiores aterros sanitários do mundo, foi realizado sem atores famosos, nem efeitos especiais e o autor quase recebeu o título de maior artista plástico do mundo, ao fotografar o local. O vídeo mostra a verdade e a realidade e a impactante beleza humana das pessoas que vivem e dependem da separação de lixos, ou seja, a venda dos reciclados para sobreviverem. Mostra a coragem, e os perigos às doenças contagiosas que os catadores de lixo estão expostos, lutando para comprar o que é básico à sobrevivência. Mostra as desigualdades sociais de um Brasil tropical, tão imenso, solos férteis, climas diferenciados e grandes possibilidades de futuro, mas sim progressista apenas para quem é corrupto e para quem possui qualificação profissional, seja na zona urbana ou rural.
Descreva sua opinião sobre o filme:
O que seria um cidadão para você?! Consumidor não é cidadão?!!!! Vamos ver o que Milton Santos pensa sobre isto?!
O CONSUMIDOR NÃO É O CIDADÃO
O consumidor não é o cidadão. Nem o consumidor de bens materiais, ilusões tornadas realidades como símbolos: a casa própria, o automóvel, os objetos, as coisas que dão status. Nem o consumidor de bens imateriais ou culturais, regalias de um consumo elitizado como o turismo e as viagens, os clubes e as diversões pagas; ou de bens conquistados para participar ainda mais do consumo, como a educação profissional, pseudo-educação que não conduz ao entendimento do mundo.
O eleitor também não é forçosamente o cidadão, pois o eleitor pode existir sem que o indivíduo realize inteiramente suas potencialidades como participante ativo e dinâmico de uma comunidade. O papel desse eleitor não-cidadão se esgota no momento do voto; sua dimensão é singular, como o é a do consumidor, esse “ imbecil feliz” de que fala H. Laborit (1986, p. 201)
O cidadão é multidimensional. Cada dimensão se articula com as demais na procura de um sentido para a vida. Isso é que dele faz o indivíduo em busca do futuro, a partir de uma concepção de mundo, aquela individualidade no dizer de B. Olliman, dotada de uma nova sensibilidade, rompida, com a “sensibilidade mutilada” descrita por Marcuse (Marcuse, 1973, pp. 74-75), quando se refere à sociedade existente como reproduzida não apenas na mente, na consciência do homem do homem, mas também, nos seus sentidos (...) “até que a familiaridade opressiva com o mundo objetal seja quebrada”.
O Consumidor (e mesmo o eleitor não-cidadão) alimenta-se de parcialidades, contenta-se com respostas setoriais, alcança satisfações limitadas, não tem direito ao debate sobre os objetivos de suas ações, públicas ou privadas.
A educação corrente e formal, simplificadora das realidades do mundo, subordinada à lógica dos negócios, subserviente ás nações de sucesso, ensina um humanismo sem coragem, mais destinado a ser um corpo de doutrina independentemente do mundo real que nos cerca, condenado a ser um humanismo silente, ultrapassado, incapaz de atingir uma visão sintética das coisas que existem, quando o humanismo tem que ser constantemente renovado, para não ser conformista e poder dar resposta ás aspirações efetivas da sociedade, necessárias ao trabalho permanente de recomposição do homem livre, para que ele se punha a altura do seu tempo histórico. Texto do livro O espaço do Cidadão - Milton Santos (1987, p. 41-42).
UNIDADE VI
Reflita e Responda:
a) Relacione consumidor e eleitor não cidadão no atual capitalismo.
UNIDADE VII
Onde você mora? É centro ou periferia? Cidade ou sítio?!!!!!Você gosta de
onde mora?
LUGAR E VALOR DO INDIVÍDUO
“O espaço impõe a cada coisa um determinado feixe de relações, porque cada coisa
ocupa um lugar dado”.
(R. Caillois, 1964, p.58)
Cada homem vale pelo lugar onde está: o seu valor como produtor,
consumidor, cidadão, depende de sua localização no território. Seu valor vai
mudando, incessantemente, para melhor ou para pior, em função das diferenças de
acessibilidade (tempo, freqüência, preço), independentes de sua própria condição.
Pessoas, com as mesmas virtualidades, a mesma formação, até mesmo o mesmo
salário têm valor diferente segundo o lugar em que vivem: as oportunidades não são
as mesmas. Por isso, a possibilidade de ser mais ou menos cidadão depende, em
largar proporção, do ponto do território onde se está. Enquanto um lugar vem a ser
condição de sua pobreza, um outro lugar poderia, no mesmo momento histórico,
facilitar o acesso àqueles bens e serviços que lhes são teoricamente devidos, mas
que, de falo, lhe faltam. Santos, (1987, p.81).
a) Pense: É também o consumismo atual globalizado que nos faz acreditar
que somos valorizados pelo espaço geográfico onde residimos e não
pelos que realmente somos?
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b) Você já se sentiu humilhado eu desvalorizado pelo local em que está
localizada sua residência?
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O momento é agora de repensar todas as atitudes e medir nossos hábitos
antes que o planeta terra, nossa casa, acabe literalmente devastado por uma
sociedade que pensa em ter e não na importância do ser. E todos nós temos
participação fundamental neste movimento. O futuro da terra depende da atitude de
cada um de nós, se cada pessoa fizer sua parte em um planeta com certa de 6,5
bilhões de habitantes, o mundo estará salvo!
Reflexões Para Pensar Sobre o Consumo Sustentável
Dimensões culturais do consumo: Ariadne Choloe Furnival
A difusão dos resultados do Millennium Ecosystem Assessment Synthesis
Report, lançando no final de março de 2005, com base numa pesquisa extensa
realizada por 1.300 especialistas oriundos de 95 países, confirma contundentemente
que as atividades humanas estão degradando e utilizando forma não sustentável até
60% dos serviços dos ecossistemas que apóiam a vida na Terra. O alerta no âmago
do relatório é de que as conseqüências nocivas dessa degradação continuarem
poderão piorar de forma significativa nos próximos 50 anos. É auspicioso que a
declaração do comitê responsável pelo relatório disseminada no momento de seu
lançamento, seja intitulada Vivendo Além de nossos meios os recursos naturais e o
bem-estar humano (Living beyond our means: natural assets and human weel-
being). Há uma aceitação cada vez mais difundida de que os padrões e níveis do
consumo atual não são ambientalmente sustentáveis. O consenso é de que os
estilos de vida terão de mudar se quisermos conduzir o mundo num caminho mais
sustentável e evitar os cenários deprimentes traçados no referido relatório.
É quase uma obviedade afirmar que a somatória das forças e dos resíduos
das variadas formas de produção - manifestações das “atividades humanas”
mencionadas no relatório – encontra no consumo e no consumidor sua razão de
ser. Pensando inclusive numa escala global do debate ambiental, as questões
acerca das atividades de consumo deveriam se tornar centrais, porque, como
observa Wilk (2002), são justamente elas que muitas vezes têm se constituído com
um impasse nos diálogos de negociações em países sobre o abuso de meio
ambiente para satisfazer as necessidades “essenciais” dos estilos de vida almejados
por seus respectivos cidadãos-consumidores. A recusa por parte dos EUA de
aderir ao Protocolo de Quioto obviamente vem á mente aqui, pois, na opinião
UNIDADE VIII
dos governantes desse país, sua adesão representaria uma ameaça ao
arcabouço inteiro das ali consagradas políticas neoliberais de industrialização
e de seus modos de consumo relacionados.
Aderindo ao pressuposto de que mais investigação na área do consumo será
cada vez mais necessária para pensar a problemática ambiental e suas possíveis
soluções, posicionou-se, aqui, firmemente no território de perspectiva anti
determinista desse problema, que não aceita a noção de que ela seja algo inerente
aos fatos físicos externos e separáveis da sociedade ou que a dimensão física de
crise ambiental imanentemente produza certos padrões de mudança sociais, e
propôs-se a noção de que o caráter da problemática ambiental esta
inteiramente imbricado com os fatores socioculturais das crenças, dos valores
e sentimentos presentes no cotidiano das pessoas (Burgess et.al., 1988ª, 1988b;
Hajer, 1995; MacNaghten & Urry, 1998). Em seu estudo sobre a sociedade de risco,
Beck (1992) deu ênfase aos processos criados e definidos para serem depois
“resolvidos”.
Os problemas ambientais não são meramente problemas de nosso entorno, mas – em suas origens e por suas conseqüências – são inteiramente problemas sociais, problemas de pessoas, suas historias, suas condições de vida, sua relação com o mundo e com a realidade, suas situações sociais, culturais e políticas. [...] No fim do século 20 a natureza é a sociedade e a sociedade também é a “natureza”. Qualquer pessoa que continue falando da natureza como não-sociedade está falseando em termos, de um outro século, que não capta mais nossa realidade (Beck, 1992, p 81, grifo no original).
No que se refere às ações políticas (ainda muito incipientes) voltadas á
questão do consumo, há um enfoque predominante no individuo e em seu
comportamento, suas motivações individuais nos momentos de consumo. O
consumidor é visto, antes de mais nada, como um tomador de decisões autônomo,
motivado por fatores racionais das esferas econômicas e psicológicas (Shove &
Warde, 2003). Tal visão do consumidor resulta num enfoque quase exclusivo
no lado da oferta e no que levara mais consumidores a escolher produtos
“verdes”. As soluções se concentrariam na maior difusão de processos e
produtos “ecoeficientes” que atendessem ás necessidades dos
consumidores, as quais não questionadas em si, mas tomando como normais.
Os consumidores, por sua vez, precisariam ser informados e persuadidos a
mudar seus comportamentos. Está implícito nessa abordagem que a soma das
mudanças do comportamento individual responde a estímulos necessitando, assim,
de uma busca por estímulos sociais, econômicos e psicológicos que possam
disparar outros comportamentos desejados. Nesse sentido, entende-se a critica que
Douglas & Wildavasky (1982) fazem á abordagem exclusivamente focada nos
processos cognitivos do individuo, dos estudos da avaliação da percepção de riscos
como também relevante para uma analise sobre o consumo. Esses autores
questionam as experiências psicométricas por presumirem que qualquer indivíduo
consegue deixar do lado de fora do laboratório “sua cultura, crença e valores
compartilhados” (Douglas & Wildavasky, 1982, p. 194). Como Argumentam:
Para compreender a percepção de riscos, perguntar o que faz um risco parecer altamente improvável quando o psicólogo não está fornecendo porcentagem de probabilidades. [...] As teorias atuais de percepção de risco trafegam ineficazmente entre uma superintelectualização do processo de decisão e uma ênfase acentuada nos impedimentos irracionais. É como se o indivíduo conseguisse evitar totalmente os riscos se ele somente pudesse perceber os riscos á saúde do domínio do especialista. Isto significa intelectualizar os usos do conhecimento além da razão. As satisfações em fumar, beber não são prazeres privados. Mesmo se fossem, os hábitos seriam difíceis de mudar porque estão assentados em estilos de vida. A maioria dos hábitos, bons e maus, é social, arraigados na vida da comunidade (Douglas & Wildavasky, 1982, p 84)
Em suma, com a unidade de análise centrada no indivíduo e as escolhas
que este faz individualmente, as soluções são, por sua vez, centradas na
necessidade de superar a “ignorância” do público, que, dadas as ações e as
informações certas, poderiam ser persuadidos e exortado a adotar padrões de
consumo mais “verdes” (Grove – Whitte et. al. 1997; MacNaghten & Wildavasky
(1982), há outras dimensões do comportamento humano que só podem ser
apreciadas a partir do seu contexto sociocultural, e as repercussões disso para
iniciar a preparação de um consumo ambiental mais sustentável terão de ser
consideradas.
A seguir, procura-se tecer alguns fios escolhidos de incursões iniciais na
literatura de vários campos, como os da sociologia do consumo, feminismo,
lingüística, semiótica e sociologia do meio ambiente, visando realçar alguns
aspectos desses estudos que possam vir a contribuir para a construção de agendas
de pesquisa e estudos sobre consumo sustentável. Antes de delinear algumas
características do consumo como uma prática sociocultural, primeiramente, é
importante situá-lo no contexto das sociedades contemporâneas. Cinquetti &
Logarezzi (2006).
Atividade
Analise os espaços destacados no texto e descreva a relação entre as decisões de
alguns países desenvolvidos (Caso EUA) e os seres humanos de modo geral.
Comportamentos Para Ajudar Nosso Planeta
“Seja a mudança que você deseja ver no mundo” (Mahatma Gandhi)
Alguns comportamentos para ajudarmos o planeta e diminuir os resíduos
sólidos.
1) No seu trabalho: use sua própria caneca ou copo, evite consumir copos
plástico e garrafas d água, evite imprimir papéis desnecessários.
2) Use produtos de papel reciclados. Afinal uma tonelada de papel
reciclado derruba 17 árvores a menos e 67 % de energia que o papel
não reciclado.
3) Utilize pilhas recarregáveis que dura até 04 vezes mais que uma
alcalina tradicional.
4) Compromisso de mudar: se cada um fizer sua parte em um planeta
com cerca de 6,5 bilhões de habitantes, o mundo estará salvo!
5) Tenha sua própria sacola. Cerca de 14 milhões de árvores são
cortadas por ano somente para fornecer sacolas de plástico para os
EUA. Uma tonelada de sacos de papel exige o corte de 17 arvores.
Uma sacola plástica no mar, quando ingerida obstrui o estômago de
baleias e tartarugas. Mais de 3% das sacolas plásticas do mundo
acabam tornando lixo flutuante. Na Alemanha e em outros países da
Europa, o comércio incentiva clientes a levarem sua própria sacola de
pano, cobrando alto preço pelas sacolas de plástico.
UNIDADE IX
6) Não jogue óleo ou gordura de cozinha no ralo da pia, coloque numa
garrafa, feche, depois faça seu sabão orgânico ou doe para os
fabricantes.
7) Separe os lixos secos recicláveis: metais, plásticos, vidros, papeis,
embalagem longa vida, latas de papelão, tudo deve estar limpa para a
recepção dos catadores.
8) Os resíduos úmidos (orgânicos e não recicláveis), devem ser entregue
para coleta da prefeitura.
9) Pilhas e baterias são resíduos perigosos e de responsabilidade do
fabricante, existem pontos de coleta autorizado.
10) Ao fazer compras, escolha produtor com menos embalagem ou com
embalagem retornável e/ou recicláveis.
11) Compartilhe seus livros com seus amigos, e orientando-os a fazer
download de livros diretamente de sites, como: www.lucasizaton.com.br
12) Evite copos de isopor para tomar café ou água, substitua por copos de
vidro.
13) Para evitar filas, economizar papel, impressão e correio, você pode
fazer tudo por internet. Pesquisas mostram que 405 mil árvores são
derrubadas anualmente somente para fabricar papel necessário ao
envio de todas as contas de telefone dos EUA.
14) Se a compra de um novo computador for inevitável, de o seu aparelho
atual para alguém que necessite.
15) Vote em políticos que tenham compromisso com o meio ambiente.
Questione-os sobre: proteção dos mananciais, aquecimento global,
energias alternativas, educação ambiental, emissão de gases e efeito
estufa, incentivos fiscais para o aumento do número de casas e
edifícios “verdes”, biocombustível.
16) Use jornal velho como papel de embrulho.
17) Limpe vidros e espelhos com jornal velho
18) Recolha as garrafas e latas após a festa de sua casa, para reciclagem.
19) Faça sua festa de aniversario ou de final de ano como festa ecológica,
recicle tudo no final.
20) Recicle as latas e garrafas e os papéis de presente de sua casa.
21) A população mundial é viciada em isopor, incluindo nós os brasileiros.
Estudos mostram que são necessários 3,2 gramas de combustível
fóssil para fabricar um único como e isopor, sendo que somente nos
EUA, são jogados fora cerca de 25 bilhões de copos deste material por
ano. De acordo com alguns estudos, e pesquisas sobre o sistema
bancário brasileiro, revela que possuímos um dos melhores níveis de
automatização do mundo, assim não precisamos enfrentar filas nos
bancos, assim podemos fazer tudo via internet, isso vai economizar
papel para imprimir e correio. Uma estatística mostra que 405 mil
árvores, são derrubadas anualmente somente para fabricar o papel
necessário para servir bancos de conta telefônica dos EUA. Sendo que
para produzir uma tonelada de papel é necessário o corte de 17
árvores. O brasileiro possui uma grande característica, que poucos
povos têm como criatividade.
A sociedade precisa usar este poder criativo trocando objetos e utensílios que
não usam mais, com outras pessoas, assim certamente ajudará a ocupar menos
espaço nos lixões das cidades. Observar os materiais de nossas casas como
plásticos, garrafas, vidros, borracha, brinquedos velhos, e transformar isto em algo
menos útil. Uma família gasta de 10 a 15 mil reais, somente nos primeiros anos de
vida de um bebê e dentre seis meses não são mais utilizados. Estatísticas mostram
que 80% do que compramos vai para o lixo depois de seis meses. Vieira (2009).
Atividades
a) Qual é a sua contribuição em relação a algumas dessas atitudes de
cidadania e para as questões ambientais?
b) Você já pensou para onde vai o lixo de sua casa, de sua escola, ou do seu
local de trabalho?
c) Você já pensou para onde vai o lixo de sua casa, de sua escola, ou do seu
local de trabalho?
Você viu a “última“ de hoje?!Sua família tem o hábito de ler jornal?! E revistas?!Que tal ver algumas reportagens sobre as questões ambientais em Londrina?!
d) Dinâmica: Recortes de Jornal Após selecionados 25 recortes de jornal, escritos pela Folha de Londrina, datados entre 09/12/2010 a 11/05/2011, com temas relacionados ao projeto de intervenção pedagógica, serão entregues aos alunos em sala para que os mesmos levem para casas, analisem os temas para serem debatidos na aula seguinte. Os recortes retratam temas como: Educar para reciclar? (09/12/10, p-4); Coleta diferenciada e pioneira (10/12/10, p-8); “Uso de reciclagem é imperativo (10/13/10, p-6); Reciclando o ambiente por um planeta melhor (29/12/10-p-3); Compras coletivas conquistam o consumidor brasileiro (03/01/11,p-4); Consumo sustentável é desafio no Brasil(14/02/2011,p-2; Fala,cidadão(15/02/11,p-2); Ongs de reciclagem aguardam barracões(15/02/11,p-7); Empresas transformam resíduos em dinheiro(20/02/11,p-6); Meio ambiente é foco na CNBB(05/03/2011,p-5); Lixo reluz(1003/11,p-4); Meio ambiente responsável- Ficai atento à lei (folha rural 12/03/11,p-7); A comida que jogamos no lixo(13/03/11,p-2); CF-2011-:Aquecimento global (12/03/11, p-2); Desperdício-Alimento que vira lixo(13/03/11, p-9);Londrina cidade limpa(15/03/11, p-2); Meio ambiente respnsável- O rejeito: como identificá-lo( folha rural 1903/11, p-7); Poucas lixeiras,muitas reclamações (23/03/11, p-1); Meio ambiente responsável- Queima à céu aberto, um crime(folha rural 02/04/11, p-8; Para onde vai o entulho da Construção civil(02/04/11,p-3); Referência em educação ambiental (03/04/11, p-8) Justiça suspende licitação do lixo(05/05/11,p-3);Meio ambiente responsável-Destino de pilhas e lâmpadas(folha rural 05/05/11,p-7); Moradores “ guardam”lixo reciclável e reclamam a falta de coleta(11/05/11, p-3).
Após a distribuição, leitura individual ou em grupo e debates em sala, levará os
alunos uma conscientização científica para salvar a vida de nosso planeta.
Entenderão através do temas que para isso será necessário um compromisso de
ações que envolvem cultura, religião e política. Pois os temas também apontam o
compromisso de organizações governamentais ou não, pessoas comuns, e religião
(igreja), propondo compromissos e soluções quanto ao destino dos resíduos sólidos,
problemas de aquecimento global e a sustentabilidade.
Os temas levarão nossos alunos perceberem pontos positivos e negativos,
ações que deram certo e outras que estacionaram os projetos implantados nas
cidades brasileiras até agora. Quantos aos pontos negativos irão perceber que a
maioria, foi por negligências de prefeituras, ou seja, órgãos públicos. E pontos
positivos que deram certo, aconteceu, onde houve compromisso da população, de
pessoas responsáveis pela coleta e compromisso das prefeituras também. Estarão
certos de que nem tudo é um mar de rosas, pois nem tudo pode dar certo. Que nem
todo objetivo será alcançado. Nem todo trabalho terminará com sucesso. Nem todo
esforço será completo. Nem todo sonho será realizado mas, em parte sim, temos
que tentar sempre atingir nosso alvo. Pois, se houver coragem, garra, espírito
empreendedor em salvar o planeta de tanto lixo, que está causando danos
ambientais e prejudicando a sustentabilidade dos recursos naturais, com este
projeto de intervenção pedagógica, poderão surgir jovens cidadãos com idéias em
montar uma empresa de reciclagem no município ou empresas coletora para vender
os resíduos para outros municípios que já fazem a reciclagem, ou pelo menos, a
partir do projeto, estarão separando seus lixos recicláveis, junto de suas famílias
para serem entregues aos catadores, que já existem no município e que vivem da
vendas dos recicláveis.
Assim estes catadores não precisaram mais ir ao lixão para separarem o lixo,
passarão nas residências em dias alternados. Pois o lixo de nosso município e
coletado diariamente pelo caminhão da prefeitura, que leva diretamente para o lixão
a céu aberto, aonde vai tudo misturado, os resíduos que podem ser reciclados ou
não. Através de uma educação científica, haverá possibilidades de mudanças de
atitudes e cidadania.
As reportagens levarão nossos alunos a conhecerem as cidades pioneiras em
reciclagem, as vantagens e o que podem reciclar, que o consumismo midiático é
culpado pelas questões ambientais, que consumismo e sustentabilidade, devem ser
estudados juntos, que lixo pode virar luxo ou dinheiro, que existe lei para a não
existência de lixões a partir de 2016. Que é função da educação atuar nestas
políticas, e como aproveitar entulhos da construção civil, destino dos lixos que
causam danos a saúde como pilhas e lâmpadas, quais problemas as pessoas
compromissadas e responsáveis pelos resíduos sólidos podem enfrentar por falta de
compromisso por parte das prefeituras.
Ainda, as reportagens: Fala Cidadão, instigará nossos alunos a perceberem
que o compromisso em salvar nosso planeta, conforme também o tema:
“Fraternidade e a vida no Planeta – lema“ A criação geme em dores de parto. ”(RM
8,22), não é um compromisso só político, cultural, religioso ou ainda coletivo, é na,
verdade um começar de cada ser vivente na terra, com atitudes concretas para
compreender resultados local para entender o global. E para quer um projeto dê
certo, será necessário distinguir senso comum e ciência, conceituar o que é
conhecimento científico. Pois todo conhecimento científico, depende de pesquisa e
teorização. Só assim buscarão investigar e solucionar determinado problemas ,
neste caso, os resíduos sólidos.
Pesquisa é sempre também fenômeno político.(Demo,199l,p-14). Ciência é
sempre um constructo humano( Dalarosa,1999,p-98), Numa pesquisa deve haver
comprometimento com a prática, com a emancipação humana e a transformação
social (Chiazzotti,2003,p-230. Nesta dinâmica de leitura individual em sala, onde
através das reportagens, os alunos perceberam, que nem tudo depende de todos,
nem tudo dá certo, mas que a responsabilidade pelo destino do lixo de nosso
planeta, não é responsabilidade só das prefeituras, dos governos, dos presidentes,
mas sim de cada ser humano que produziu determinados lixos. Ou os que estão ao
seu redor.
Nós intelectuais da educação temos papel fundamental científico em
transformar cidadãos, que valorizem nosso planeta como sustentável às presentes e
futuras gerações.
Nem tudo poder dar certo, nem todo objetivo pode ser alcançado!Melhor é pecar na tentativa de fazer algo melhor, do que se arrepender de nunca
ter tentado !!!.
Você acha que a questão do lixo, (resíduos sólidos) é responsabilidade dos presidentes, governos, prefeituras, ou seja, dos órgãos federais, estaduais,
municipais ou de cada um de nós?!!!
Sustentabilidade
A vida do planeta terra depende da atitude de cada um de nós. Se cada pessoa fizer a sua parte, nosso planeta com cerca de 6,5 bilhões de habitantes, o mundo estará salvo. Em se tratando de sustentabilidade, eis alguns dados significantes. Veja o que as sacolas plásticas podem causar no mundo, no Brasil e em nosso município, observe: Uma família americana em média de quatro pessoas joga fora cerca de 1500 sacolas plásticas por ano. Cerca de 14 milhões de árvores são cortadas por ano, somente para fornecer sacolas de papel para os Estados Unidos. Uma tonelada de saco de papel exige o corte de 17 árvores. Mais de 30 % das sacolas plásticas no do mundo torna-se lixo flutuante. E no mar, quando ingeridos por tartarugas e baleias, obstrui o estômago das mesmas. Na Alemanha e muitos países Europeus, o comércio incentiva os clientes a levarem sua própria sacola de pano, cobrando altos preços pelas sacolas plásticas. Http://wwwbrasilescola.com.biologia/reciclagem.htm. Conforme pesquisa realizada pelo Coordenador Regional do meio ambiente da Sanepar em Apucarana PR, Sr. Edson Denobi, em uma palestra na Fecea, realizada em 24/05/11, comentou que os impactos ambientais cresceram 300% nos últimos 30 anos; que hoje é produzido 300kg/hab ao ano; que o gáz metano produzido pelos lixões é 18 vezes mais poluente que o gáz carbônico; que devido falta de manutenção das mananciais, hoje no mundo, existe um milhão e quinhentas mil pessoas que não tem água tratada, isto podemos observar, com vermos mananciais, em meio as favelas, totalmente contaminada por lixos de todas as espécies, causando doenças e proliferação de animais peçonhentos que prejudicam a saúde dos moradores daqueles locais. Precisamos nos conscientizar que o problema do lixo, é responsabilidade de todos. Pesquisas mostram que 52% do lixo que produzimos pode ser enterrado em nossos quintais e o restante 48% pode ser reciclado. Para que, os município tenham um aterro sanitário, precisam disporem de no mínimo 1 milhão de reais, pois num aterro sanitário, necessita-se de 01 trator esteira, uma retro-escavadeira, um caminhão basculante e uma pá carregadeira . Sendo assim, está em nossos mãos, reciclar tudo o que podemos, separando corretamente nosso lixo, destinando os recicláveis (vidros, papel, papelão, plásticos, ferro, alumínio,
UNIDADE X
metais), para os catadores, os orgânicos (cascas de legumes, verduras, resto de alimentos), podemos enterrar em pequenas valas nos fundos de nossos quintais e apenas entregaremos para o aterro sanitário, os rejeitos que realmente não poder ser reaproveitados, como: papel higiênico, absorventes, fraldas descartáveis,). Assim estaríamos contribuindo para um mundo sustentável.
O futuro da terra está em nossas mãos.A terra que usamos hoje,
não herdamos de nossos pais, tomamos emprestada de nossos filhos!
Atividades
Calcule:
a) Nosso município possui 4.471 habitantes, supondo que as condições socioeconômicas dos EUA e de Kaloré fossem semelhantes. Quantas sacolas plásticas seriam jogadas no lixão de nosso município no decorrer de um ano?
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b) Nessa suposição, este cálculo se aproxima de nossa realidade?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
c) O lixo aumentou ou diminuiu nos últimos dois anos? Pesquise esses dados.
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b) Analise as questões abaixo:
I) A preservação do meio ambiente é uma questão política e também cultural.
II) O Brasil recicla quase 100% de suas latinhas de alumínioIII) Curitiba (PR), Itabira (MG), Santo André (SP), e Santos (SP) são as
cidades que mais reciclam no Brasil. IV) Um por cento do lixo produzido no Brasil é recicladoV) A Reciclagem diminuirá a necessidade de extrair matérias-primas do
planeta, poupando os recursos naturais para as gerações futuras. VI) Londrina foi a 1ª cidade de médio porte do país a adotar um sistema de
coleta dos resíduos sólidos e compostagem.
Estão corretas: ( ) I e V( ) I, III e V( ) II, III e V( ) Todas corretas.
c) Pesquisa sobre o município de Kaloré
a) Qual é o destino dos resíduos sólidos do município.
( ) Usina de compostagem
( ) Deposito a céu aberto (lixão)
( ) Reciclagem
( ) Aterros sanitários
b) Problemas ambientais que a falta da manutenção correta dos resíduos sólidos causam a população?
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c) Quantidade de lixo orgânico e reciclável, coletado diariamente e anualmente?
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d) Quantos catadores existem no município e que vivem deste trabalho?
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e) Qual seria a importância de implantar uma coleta seletiva no município?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Que tal envolver nossa comunidade em uma causa nobre?!!! Sabem como?
Guia de coleta Seletiva
Vantagens da Reciclagem:
• A diminuição do consumo de matérias primas virgens (muitas delas
não são renováveis e podem apresentar exploração dispendiosas)
• Contribui para diminuir a poluição do solo, água e ar.
• Melhora a limpeza da cidade e a qualidade de vida da população.
• Prolonga a vida útil dos aterros sanitários.
• Melhora a produção dos compostos orgânicos.
• Gera empregos para população não qualificada e receita para os
pequenos e micro empresários.
• Gera receita com a comercialização dos recicláveis.
• Estimula a concorrência, uma vez que os produtos gerados a partir dos
recicláveis são comercializados em paralelo, aqueles gerados a partir
de matérias primas virgens.
• Contribui para a valorização da limpeza pública e para formar uma
consciência ecológica.
Materiais que não se recicla:
O lixo orgânico, ou seja, restos de comida, cascas de legumes, frutas,
cascas de ovos, etc. Rejeitos: os que seriam lenços de papel, papel higiênico,
absorventes de papel sujos, fotografias, espuma, acrílico, espelho, cerâmicas.
UNIDADE XI
porcelanas, tijolos. Resíduos específicos: pilhas e baterias. Resíduos
hospitalares: algodão, seringas, agulhas, gazes. Ataduras. Líquidos químicos ou
tóxicos: embalagens de agrotóxicos, latas de verniz, solventes, inseticidas.
Tabela de Reciclagem
Plástico
Reciclável:
Copos, garrafas, Sacos/sacolas, frascos de produtos, tampas, potes,
Canos e tubos PVC, embalagens Pet (refrigerantes, suco, óleo, vinagre.)
Não reciclável
Cabos de panela, adesivos, espuma acrílico, embalagens metalizadas
(biscoitos e salgados)
Metal Reciclável:Tampinhas de garrafas, latas, enlatados, panelas sem cabo, ferragens, arames, chapas, canos, pregos, cobreNão recicláveis: Clips,grampos,esponja de aço, aerosóis, latas de tinta, latas de verniz, solventes químicos, inseticidasPapel Recicláveis:Jornais e revistas, listas telefônicas, papel sulfite/rascunho, papel fax, folhas de caderno, caixas em geral (ondulado), aparas de papel, fotocópias,envelopes ,rascunhos.cartazes velhos.Não recicláveis: etiquetas adesivas, papel carbonono, papel celofano, fita crepe, papéis sanitários, papéis parafinados, papéis plastificados, guardanapos, bitucas de cigarros, fotografias.VidrosRecicláveis: Garrafas, potes de conservas, embalagens,frascos de remédios, copos,cacos dos produtos citados, pára-brisas.
Não recicláveis: espelhos, boxes temperados, louças, cerâmicas, óculos, pirex, porcelanas, vidros especiais (tampa de forno de microondas, tubo de TV)
Padronização das cores de Recicláveis:
Azul: papel/papelãoVermelho; plástico
Verde: vidroAmarelo: metalPreto: madeira
Laranja: resíduos perigososBranco: resíduos de ambulatórios e de serviços de saúde
Roxo: resíduos radioativos
Marrom: resíduos orgânicosCinza: resíduo geral não reciclável ou misturado ou contaminado não possível a
separaçãoHttp://www.naturallimp.com.br.Atividades com sugestões dos alunos sob orientações da professora
a) Confecção de um Banner, o qual será afixado na praça da cidade, com objetivo de conscientizar a população sobre a necessidade da reciclagem em a separação adequada do lixo. Onde constarão as vantagens da reciclagem, como e o que pode ser reciclado.
b) Serão confeccionados panfletos, que serão entregue nas residências sobre como separarem o lixo, e que dia da semana o mesmo será recolhido.
REFERÊNCIAS
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