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PROJETO DE LEI No.______/2011 de 21 de Novembro de 2011
“ Institui revisão e dá nova redação a Lei do
Conselho de Desenvolvimento Urbano e do
Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano e
revoga a Lei no. 1.119/2003 de 14 de Abril de
2003”
A Câmara Municipal de Caldas Novas – GO aprova e eu sanciono a seguinte lei:
CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Artigo 1º - O Conselho de Desenvolvimento Urbano – CDU - é o Conselho
Municipal da Cidade de Caldas Novas, é um órgão de caráter consultivo e
deliberativo em questões referentes à preservação, conservação, defesa,
recuperação e melhoria do meio ambiente natural ou construído, na fiscalização
da gestão dos recursos municipais, na revisão do Plano Diretor e de Políticas
Setoriais Municipais, em todo o território do Município de Caldas Novas - GO,
regulamentado por esta lei.
Artigo 2º - O Conselho de Desenvolvimento Urbano de Caldas Novas – GO
observará as seguintes diretrizes básicas:
I - Interdisciplinaridade no trato das questões urbanísticas ou ambientais;
II. - Integração da Política Municipal com os níveis nacional e estadual;
III.- Introdução do componente ambiental nas Políticas Setoriais do Município;
IV - Participação da comunidade na elaboração de Políticas, Planos e Programas
V - Informação e divulgação permanentes de dados, condições e ações
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urbanísticas e ambientais, em âmbito municipal, regional, estadual, nacional e
internacional;
VI - Promoção do Desenvolvimento Sustentável.
Parágrafo único. Desenvolvimento Sustentável, nesta Lei, é definido como
aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade
das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.
CAPÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES
Artigo 3º - O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano – CDU – tem
as seguintes atribuições:
I - Participar na formulação da Política Urbana Municipal, na Política de
Proteção ao Meio Ambiente, à luz do conceito de Desenvolvimento Sustentável,
por meio de recomendações e proposições de planos, programas e projetos;
II - Participar na elaboração de planos, programas e projetos intersetoriais, de
proteção ao patrimônio histórico, cultural, paisagístico, da flora, da fauna e dos
recursos naturais do Município;
III - Participar na elaboração dos planos plurianuais, da Lei de Diretrizes
Orçamentárias e do orçamento municipal;
IV - Apreciar e pronunciar-se sobre as intervenções municipais, estaduais ou da
união, que tenham caráter urbanístico ou ambiental, econômico, social ou
institucional;
V - Acompanhar e fazer gestões pela implantação ou reformulação do Plano
Diretor do Município;
VI - Propor a criação de unidades de conservação;
VII - Apreciar e pronunciar-se sobre Estudos e Relatórios de Impacto Ambiental
(EIA/RIMA) no âmbito do Município de Caldas Novas - GO;
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VIII - Fornecer subsídios técnicos para esclarecimentos relativos à defesa do
meio ambiente;
IX - Estabelecer diretrizes para a conservação dos recursos ambientais do
Município;
X - Estabelecer normas, critérios e padrões visando o controle e a manutenção
da qualidade dos recursos ambientais, principalmente hídricos, e ao
desenvolvimento do Município;
XI - Opinar e propor projetos de lei e decretos referentes à proteção ambiental e
qualidade de vida do cidadão do Município de Caldas Novas - GO;
X - Indicar os espaços territoriais a serem especialmente protegidos;
XI - Propor a execução de atividades com vista à educação ambiental, e nelas
colaborar;
XII - Manter intercâmbio com entidades oficiais e privadas, de pesquisa e
demais atividades voltadas à defesa do meio ambiente e a qualidade de vida;
XIII - Estabelecer propostas e critérios para o licenciamento de atividade efetiva
ou potencialmente poluidora a ser concedida pelo Município;
XIV- Aprovar medidas que visem melhorar a fiscalização de atividades capazes
de provocar a degradação ambiental ou o descumprimento das Leis urbanísticas
e ambientais;
XV- Fiscalizar a gestão dos recursos municipais;
XVI - Gestão das casas oriundas do programa de Furnas;
XVII - Administrar os recursos do Fundo Municipal de Desenvolvimento
Urbano;
XVIII - Elaborar seu regimento interno.
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CAPÍTULO III
DA COMPOSIÇÃO
Artigo 4º - O Conselho de Desenvolvimento Urbano – CDU, será composto
por dois membros representantes de cada um dos seguintes órgãos ou entidades:
I. Câmara Municipal; ( C. URBANISMO, C. CONST. JUST.)
II. Secretarias Municipais ( PLANEJAMENTO, OBRAS)
III. Associação de Moradores ( CCAB)
IV. Agência Rural ( EMATER)
V. Setor Comercial; (ACICAN, CDL,)
VI. Setor Rural; (SINDICATO RURAL)
VII. Sindicato de Trabalhadores; (SINDIHORBS, AGHECAN)
VIII. Profissionais Liberais; (UNEAR)
IX. Entidades religiosas; ( CATÓLICA, AME,APLECAN)
X. Representante da área Jurídica ; ( OAB)
XI. Representante da área da Educação; ( COLÉGIO EDUCADOR)
XII. Representante da área da Saúde Pública;( DEMAE)
XIII. Representante da área dos mineradores ( AMAT)
XIV. Representante de ONG Ambiental ( GESCAN, OSCIP)
XV. Universidades locais ( UNICALDAS, UEG)
XVI. Conselhos Federais ( CREA, CRECI, CAU)
XVII. Clubes de Serviços ( ROTARY CLUBE; LIONS CLUBE)
XVIII. Lojas Maçônicas ( SEGREDO UNIÃO, VALE R. QUENTE)
Parágrafo 1º - Os membros representantes serão um titular e um suplente de
cada entidade, ou órgão;
Parágrafo 2º - Em falta ou impedimento do titular será substituído pelo membro
suplente da entidade ou órgão;
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Parágrafo 3º - A eleição da Presidência do Conselho, é feita entre os seus
membros, para um mandato de dois anos, não sendo permitida a recondução
consecutiva.
Parágrafo 4º - As funções dos membros do Conselho serão designadas por ato
do presidente do Conselho, para mandato igual.
CAPÍTULO IV
DO FUNCIONAMENTO
Artigo 5º - As reuniões do Conselho serão realizadas com a presença de
membros efetivos, seus suplentes e convidados, da seguinte forma:
I - As decisões do Conselho serão tomadas por maioria simples e registradas
em ata redigida por um relator escolhido pelo presidente em cada reunião e
lavrada em livro próprio;
II - O mandato para membro do Conselho será gratuito, sem remuneração e
considerado serviço relevante para o Município;
III - O conselho reunir-se-á ordinariamente a cada mês, para cumprir seus
objetivos, e em caráter extraordinário, quantas vezes forem necessárias,
sempre que convocado pelo presidente ou por um terço de seus membros;
IV - O Conselho poderá dispor de câmaras especializadas como órgãos de apoio
técnico às suas decisões;
V - A estrutura necessária ao funcionamento do Conselho será de
responsabilidade da Secretaria Municipal de Planejamento;
Parágrafo Único - O presidente do Conselho poderá convidar dirigentes de
órgãos públicos, pessoas físicas ou jurídicas, para esclarecimentos sobre matéria
em exame.
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CAPÍTULO V
DO FUNDO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO
Artigo 6º - O Fundo de Municipal de Desenvolvimento Urbano – FMDU –
Será criado por Lei Complementar com a finalidade de emprestar suporte
financeiro ao desenvolvimento de projetos relacionados à proteção ambiental, ao
patrimônio histórico, à habitação e à implantação de equipamentos públicos e
comunitários.
Artigo 7º - Os recursos do FMDU serão constituídos, dentre outros pelos
seguintes meios:
I - Dotações orçamentárias específicas do Município;
II - Contribuições, doações e transferências dos setores públicos e privados;
III - Produtos de operações de crédito celebradas com organizações nacionais e
internacionais;
IV - Rendas procedentes da aplicação financeira dos seus próprios recursos;
V - Receitas decorrentes da cobrança de multas por infração à legislação
urbanística e ambiental municipal;
VI - Das subvenções, contribuições, transferências e participação do Município
em convênios e contratos relacionados com o desenvolvimento urbano,
rural ou ambiental.
Parágrafo 1º - A aplicação dos recursos do FMDU pelo CDU deve
Estar previsto nas diretrizes do Plano Diretor 2011 ou outros Planos de
Ação Municipal.
Parágrafo 2º - O CDU, anualmente, prestará conta das ações e
recursos aplicados do FMDU à Câmara Municipal.
Parágrafo 3º - Anualmente, o Poder Executivo enviará à Câmara
Municipal um relatório das ações referentes ao Planejamento Urbano,
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Ambiental e da Política Urbana.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo 8º - A Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento destinarão os
recursos necessários à implantação e funcionamento previstos nesta lei.
Artigo 9º - Os casos omissos serão resolvidos pelo presidente do Conselho, no
limite de suas atribuições regimentais.
Artigo 10º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Gabinete do Prefeito do Município de Caldas Novas, Estado de Goiás, aos
vinte e um dias do mês de novembro do ano de dois mil e onze.
Ney Gonçalves de Sousa Prefeito Municipal de Caldas Novas/GO