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Índice

1-Localização do Brasil no Mundo...............................................02

2- Territorialidade e Soberania......................................................... 05 3- Domínios Morfoclimáticos...................................................... 09 4- Hidrografia Brasileira................................................................125- Principais Problemas Ambientais Brasileiros........................22 6- Recursos Naturais.....................................................................237- Vegetação Brasileira..................................................................258- Crescimento Populacional........................................................279- Exercícios...................................................................................2810- A Distribuição da População..................................................31 11- A Tipologia Étnica   .....................................................................34 12- Mobilidade Urbana....................................................................35 13- Organização do Território Brasileiro......................................37 14- Regiões Brasileiras..................................................................38 15- Industrialização no Brasil........................................................41 16- As Atividades Econômicas e Industriais.....................................42 17-Transporte no Brasil....................................................................4618- Exercícios...................................................................................4919-Impactos Ambientais Causados pela Indústria...........................5220-Mercosul......................................................................................5321-Exercícios....................................................................................55

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LOCALIZAÇÃO DO BRASIL NO MUNDOExistem no mundo dezenas de países que ocupam um território estabelecido em determinada posição geográfica no globo terrestre.

Dessa forma, o Brasil ocupa uma área no espaço geográfico mundial e, consequentemente, possui uma localização, ou seja, um “endereço” próprio.

O território brasileiro está localizado, quase em sua totalidade, mais precisamente 93% do território, no Hemisfério Sul, ocupando apenas 7% do Hemisfério Norte. O país está estabelecido no ocidente, ou seja, a oeste do meridiano de Greenwich; além disso, é cortado ao norte pelo paralelo do Equador. Encontra-se na zona intertropical, zona temperada sul e no Trópico de Capricórnio. O Brasil compõe a América do Sul e faz fronteira com todos os países dessa porção do continente americano, exceto Equador e Chile.

O Brasil destaca-se quanto à extensão territorial, ocupando o quinto lugar do mundo, por isso é considerado um país de dimensão continental. O espaço geográfico ocupado representa 5,7% das terras emersas do planeta, com uma área de 8.514.876,6 km².

O litoral brasileiro totaliza 7.367 km e de fronteiras, 15.719 km. O extremo do país no sentido leste (Ponta do Seixas) a oeste (Serra Contamana) possui uma distância de 4319 km, já no sentido de norte (Monte Caburaí) a sul (Arrroio Chuí), 4.394 km. Essas dimensões favorecem a formação de três fusos horários distintos.

Essas características físicas do território favorecem a permanência de grande variedade de clima, vegetação, relevo, fuso etc.

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Territorialidade e Soberania

Para a Geografia, os espaços são "controlados", caracterizados por territórios, os mesmos estabelecidos por Estados-nações (área/fronteira de soberania, onde se pode aplicar a política local, por exemplo) que apresentam características distintas, como o idioma, religião (que se encontra atualmente em dispersão, porém, em alguns espaços, apresenta-se com maior nitidez), gastronomia, hábitos, cultura de forma geral, historicidades, etc. Para o historiador Eric Hobsbawm, essas características são classificadas como critérios objetivos da existência da nacionalidade, ou forma de explicar porque certos grupos se tornam "nações e outros não (identidade em comum)".

Nessa ação concreta de controle, produção e significação do espaço pelos sujeitos sociais que as constroem, há um entrecruzamento entre múltiplas dimensões, como a econômica, a política e a cultural. Não obstante, cada bandeira representa um país, um Estado-nação, com

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suas próprias leis, regras, normas, entre outras formas de “controle” de um espaço delimitado, que é conhecido por soberania. 

Territórios com respectivas bandeiras (Foto: Mídia Independente)

Para muitos autores, mapear o mundo de forma política é utilizar a teoria soberana que, por sua vez, sustenta ser a comunicação política do Estado a que exerce autoridade suprema sobre uma determinada jurisdição territorial e que é a imagem mais apropriada de como o espaço político deveria ser organizado, demarcado e, para grande parte da Geografia Política, teorizado.

Em algumas interpretações acadêmicas o conceito soberania está relacionado ao simbólico, cidadãos nacionais e ao sentido de comunidade política, e, sobretudo, aos limites territoriais e identificadores de Estado-nação, onde o mundo é compartimentalizado em Estados soberanos. Sendo assim, um Estado deve ser um entre muitos Estados com, em princípios, iguais direitos à autodeterminação.

Já o conceito de territorialidade é caracterizado pela territorialização como modo concreto, dependendo do contexto em que ocorrem significações construídas por referência a um espaço, ainda que simbólico e/ou historicamente datado. Embora todo território tenha uma territorialidade tanto no sentido abstrato e/ou epistemológico de “qualidade ou condição de ser território” quanto no de sua dimensão real-simbólica, nem toda territorialidade – e o mesmo dir-se-ia da

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especialidade – possui um território (no sentido de sua efetiva realização material).

Um exemplo sobre territorialidades em Estado-nação está abaixo, referente ao 1° Exame de Qualificação do vestibular de 2009 da Uerj, sobre o programa de Identidade, território, estado nacional, nacionalismo e soberania. Essa questão relaciona-se ao contexto Belga, que é um exemplo de Estado territorial de caráter multinacional – no caso, binacional (com territorialidades dentro de um território/país, como pode ser visto na imagem). A Bélgica (território único) que abriga nações diferentes, flamengos e valões, com identidades próprias e com razoável antagonismo que ameaça fragmentar territorialmente o país. Esta questão, segundo estatística da Revista Uerj, foi considerada de nível de dificuldade médio (acima de 30% e igual ou abaixo de 70%), tendo 33,23% de acertos.

Globalização enfraquece a soberaniaOs processos de Globalização estão permitindo maior integração e capacidade de interconexão entre Estados e localidades, tornando possível que eventos, decisões e atividades em uma parte do globo possam acarretar importantes consequências em lugares bastante distantes dessas ações.

Desta forma, a Globalização está desafiando tanto a soberania de alguns Estados-nações como a habilidade da Estado-nação de tomar decisões autonomamente tanto em relação ao seu lugar dentro da economia mundial, como sobre o cotidiano social, político e cultural da vida das localidades. 

Assim, formas localizadas de ação política coletiva também estão desafiando o Estado-nação. Em alguns casos, estas ações políticas estão estreitamente ligadas ao impacto dos processos de globalização e a maneira pela qual as localidades estão cada vez mais sujeitas à inexorável, porém desigual globalização.

O enfraquecimento está muito presente, atualmente, quando se fala de órgão, fundações e/ou organizações, como FMI, BC (Bancos Centrais), Blocos Econômicos, transnacionais, entre outros que estão diretamente relacionados ao processo de globalização e ao enfraquecimento da soberania. 

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Já a soberania compartilhada refere-se atualmente, de forma direta e objetiva, aos processos que estão ligados à globalização, como exemplos: formação de blocos econômicos. ONGs e organismos globais, tais com Greenpeace, Live Aid, Movimento pela Paz Mundial, FMI, OMC, BCE, entre outros, que podem questionar, enfraquecer ou até mesmo compartilhar leis, regras, normas, entre outras formas de “controle/poder” que constitui a Soberania.

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Domínios Morfoclimáticos:

Um conjunto espacial de certa ordem de grandeza territorial(de centenas de milhares a milhões de quilômetros quadrados de área) onde haja uma combinação característica de relevo, tipos de solos, formas e vegetação, hidrografia e condições climatológicas.

Foram reconhecidos seis grandes domínios morfoclimáticos.  território brasileiro, se estendendo a países vizinhos. Os domínios são:

1-Amazônico

2-Cerrado

3-Mares de Morros

4-Pampas

5-Caatinga

6-Araucárias

A-Domínio AmazônicoB-Domínio da CaatingaD-Domínio dos Mares de MorrosC-Domínio do CerradoE-Domínio das AraucáriasF-Domínio das Pradarias

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1-Domínio Amazônico

O Domínio Amazônico é marcado, em especial pela Floresta Amazônica. Apresenta rica hidrografia, possuindo a maior bacia hidrográfica brasileira e alta atividade fluvial. Abrange cerca de 45% da área do país e é formado quase que em sua totalidade por terras baixas. O domínio apresenta clima equatorial, com altos índices de chuvas e de umidade.

A Floresta Amazônica se estende por oito países sul-americanos: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Suriname e Venezuela. No entanto, grandes projetos minerais e agropecuários e ocupação humana desordenada constituem ameaça à sua vegetação.

2-Domínio da Caatinga

O Domínio da Caatinga caracteriza-se pelo clima semiárido, com baixo índice de pluviosidade e forte deficiência hídrica. O relevo predominante em quase toda a extensão do domínio é a depressão. O bioma, também chamado de Caatinga apresenta vegetação baixa e adaptada à escassez de chuvas, com estruturas de armazenamento de água. Apesar do solo sofrer com a irregularidade de chuvas, contém boa quantidade de minerais básicos para as plantas.

A Caatinga é um dos biomas mais ameaçados do Brasil, com o risco eminente do processo de desertificação. A população da região enfrenta os menores índices de desenvolvimento humano e grandes desigualdades sociais.

3-Domínio dos Mares de Morros

O Domínio dos Mares de Morros se estende ao longo do litoralbrasileiro, do Nordeste ao Sul, adentrando com maior intensidade na região Sudeste. Associa-se a planaltos e suas paisagens características são serras erodidas, principalmente, pelas chuvas. No domínio encontra-se um solo de grande fertilidade e o predomínio do clima tropical.

Esse domínio era coberto por Mata Atlântica (floresta tropical), que apresenta a maior biodiversidade mundial em árvores. Devido à sua proximidade do litoral, a região foi densamente povoada, reduzindo a Mata Atlântica a 7,8% da sua área original.

4-Domínio do Cerrado

Predomina-se no Domínio do Cerrado o clima tropical, tendo grande nível de semelhança com as savanas africanas. É uma região de maciços planaltos, terrenos

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sedimentares bastante desgastados pelos processos erosivos (intemperismo), que formam chapadas e chapadões.

Seu solo é altamente lixiviado, ou seja, tem seus minerais retirados com o fluxo das águas, e bastante ácido. Além disso, nascem no

Cerrado cursos de água que escoam para muitas bacias, como do Rio Amazonas, São Francisco e Paraná.

Diversos fatores contribuíram para a devastação do Cerrado, como a mudança da capital para Brasília, a construção de grandes obras de infraestrutura e transporte, além do desmatamento e das queimadas que originaram áreas de agricultura comercial.

5-Domínio das Araucárias

O Domínio das Araucárias apresenta clima subtropical, com alta pluviosidade e invernos relativamente brandos. Ocupa áreas de planaltos e seu solo é muito diversificado. É coberto pela Mata de Araucárias, também conhecida como Mata dos Pinhais. As precipitações são relativamente bem distribuídas pelo ano inteiro, garantindo um caráter perene para todas as suas bacias. Atualmente, restam apenas 3% da sua área original, devido à instalação de indústrias, à agropecuária e à extração de madeira sem reposição.

6-Domínio das Pradarias

Também conhecido como Pampas, localiza-se no sul do Brasil e é ocupado por vegetação rasteira. Predomina-se, neste domínio, o clima subtropical, com temperatura média anual baixa e relevo baixo, com suaves ondulações (coxilhas). Os principais agentes de degradação são a agricultura e pastagem.

Vamos TreinarAssinale a alternativa que indica corretamente a localização e uma característica predominante dos domínios morfoclimáticos do Cerrado, da Caatinga e dos Mares de Morros.

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A -1, Cerrado, com clima subtropical; 2, Caatinga, com rios perenes; 3, Mares de Morros, com vegetação do tipo savana estépica.• B -1, Caatinga, com clima semiárido; 2, Mares de Morros, com mata atlântica; 3, Cerrado, com vegetação do tipo savana.• C -1, Caatinga, com clima tropical de altitude; 2, Mares de Morros, com rios intermitentes; 3, Cerrado, com mata de araucária.• D -1, Cerrado, com vegetação do tipo savana; 2, Caatinga, com clima semiárido; 3, Mares de Morros, com mata atlântica.

HidrografiaA hidrografia brasileira ocupa um lugar de destaque entre os elementos naturais. O destaque nesse sentido é proveniente da quantidade e variedade hídrica presente no país. 

Grande parte dos rios brasileiros nasce em relevos com pouca altitude, exceto o rio Amazonas, que nasce na Cordilheira dos Andes. 

Com 55.467 km2 o país ocupa o primeiro lugar em rede hidrográfica, isso devido à sua extensão. A riqueza hídrica nacional favorece a presença de rios de grande profundidade, além de rios largos e extensos, em decorrência do tipo de relevo predominante no país forma rios de planaltos. 

No Brasil, os rios são caudalosos e as bacias hidrográficas extensas, proporcionando um significativo potencial hídrico no desenvolvimento de usinas hidrelétricas, captação de água, irrigação, transporte entre outros. 

As principais características da hidrografia brasileira são: 

• Ocorrência de grande parte dos rios do tipo caudalosos, isso significa cursos com elevado volume de água e que não secam (perene), característica derivada do clima úmido. Somente no sertão nordestino ocorre, em determinadas localidades, rios temporários. 

• Domínio principal de foz do tipo estuário e alguns rios com foz do tipo delta. 

• Os regimes dos rios brasileiros são de predominância do tipo pluvial, isso quer dizer que os períodos de cheias e vazantes são determinados pela ocorrência de chuvas e secas, influência direta do clima na hidrografia. 

• Modesta quantidade de lagos. 

• Superioridade de rios que deságuam no mar, nascem no interior do país e percorrem em direção ao oceano, chamado de drenagem do tipo exorréica. 

• Grande parte dos rios corre sobre planaltos e depressões, esses são os tipos de

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relevo que mais se destacam no Brasil, favorecendo a instalação de usinas hidrelétricas. 

Os rios de grandes cidades e os que atravessam importantes áreas agrícolas recebem os dejetos orgânicos e químicos (agrotóxicos) sem tratamento prévio. Poluição e morte têm sido o destino de importantes rios e poucas ações foram colocadas em prática para reverter este processo. O Brasil possui, também, um dos mais elevados potenciais (capacidade) de geração de energia elétrica a partir da água. No entanto, metade deste potencial está situada na Amazônia distante dos grandes centros de consumo. As águas estão distribuídas irregularmente no território brasileiro e, próximo aos grandes centros econômicos e aglomerados populacionais...

Bacias Hdrográficas

: Quatro bacias hidrográficas principais cobrem mais de 80% da superfície do território brasileiro: -Amazônica, -Tocantins, -Platina (Paraná, Paraguai e Uruguai) e- São Francisco

Bacia amazônica

 Bacia Amazônica possui 7 milhões de Km2 de extensão aproximadamente, no qual cerca de 4 milhões de Km2 estão no território brasileiro (que corresponde a 42% do território nacional).

Além do Brasil, ela abrange diversos países da América Latina: Peru, Bolívia, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana e Suriname.

Está localizada em grande parte no norte do país e uma porção do centro-oeste, nos estados do Amazonas, Pará, Amapá, Acre, Roraima, Rondônia e Mato Grosso.

Por ser a maior bacia hidrográfica do Brasil e do mundo, a Bacia Amazônica possui grande importância ambiental uma vez que detém uma das maiores quantidades de água doce do planeta.

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A região abriga a maior Floresta Tropical do mundo, a Floresta Amazônia, a qual apresenta uma rica biodiversidade da fauna e da flora. Possui a maior diversidade de peixes do mundo, com cerca de 3.000 espécies.

O Rio Amazonas é o segundo rio mais extenso do mundo (cerca de 7 mil km de extensão) e o maior em volume de água. É um rio de planície com baixo declividade que possui grande potencial de navegação. O local apresenta mais de 20 mil quilômetros de vias fluviais navegáveis e ainda, o maior potencial de geração de energia hidrelétrica do Brasil.

A navegação no rio é feita por barcos de pequeno, médio e grande porte. Considerada uma atividade econômica essencial da região (transporte de produtos agrícolas, por exemplo), esse fator auxilia na vida das diversas populações ribeirinhas que lá vivem.

Dessa forma, as hidrovias correspondem ao meio de transporte mais importante de deslocamento e comunicação entre as cidades da região.

A região Amazônica apresenta um relevo relativamente plano e o clima equatorial (uma vez que está próximo da Linha Equador), com elevadas temperaturas e alto índice pluviométrico, de forma que apresenta chuvas em quase todos os meses do ano.

De tal maneira, os rios possuem dois períodos: um de cheia e outro menor, de seca (estiagem). Com frequência, a mata do local é inundada sazonalmente pelos rios que a compõem, o qual passa a ser denominado de Mata de Igapó.

A região hidrográfica da Amazônica é formada por córregos, restingas, praias, igarapés, matas inundadas, lagos de várzea, dentre outros. Assim, muitos rios caudalosos formam a Bacia Amazônica sendo os principais:

Rio Amazonas Rio Negro Rio Solimões Rio Madeira Rio Trombetas Rio Purus Rio Tapajós Rio Branco Rio Javari Rio Juruá Rio Xingu Rio Japurá Rio Iça

Bacia Tocantins-Araguaia

A Bacia Tocantins-Araguaia é uma das bacias hidrográficas do Brasil.Recebe esse nome uma vez que os principais rios que formam a bacia são os rios Tocantins (com 2.416 km) e Araguaia (com 2.115 km).

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Se levarmos em conta que ela está inserida somente no Brasil, ela é considerada a maior bacia hidrográfica totalmente brasileira.

A Bacia Tocantins-Araguaia tem uma configuração alongada e está localizada em diversas partes do país:

na região norte, nos estados do Pará e do Tocantins; na região centro oeste, nos estados de Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal; na região nordeste, no estado do Maranhão.

Com uma área de 960 mil km² aproximadamente, ela drena cerca de 11% do território nacional sendo a segunda bacia hidrográfica em produção de energia do país, com presença de hidrelétricas.

Destacam-se a Usina hidrelétrica:

1-Tucuruí, localizada no rio Tocantins, no estado do Pará,

2-Usina Hidrelétrica de Lajeado, no Tocantins.

Ela está presente nos Biomas do Cerrado (ao sul), no qual está localizada a maior parte da bacia, e da Amazônia (ao norte).

A maioria de seus rios são navegáveis, possuindo grande importância econômica para a região, sobretudo para o transporte de produtos agrícolas.

A exploração de minérios (minério de ferro, manganês, cobre, ouro, níquel, dentre outros) e a expansão de atividade agropecuária na região da Bacia do Tocantins-Araguaia vem sofrendo com o desmatamento, a extração de madeira, a caça e pesca predatória, o assoreamento dos rios e a poluição das águas, principalmente pelos produtos químicos utilizados na extração de minérios

Principais rios-Formado por diversos rios, os principais rios que formam a Bacia Tocantins-Araguaia são:

Rio TocantinsRio AraguaiaRio das AlmasRio FormosoRio GarçasRio BagagemRio TocantinzinhoRio Paraná

Rio Manuel Alves GrandeRio SonoRio Santa TerezaRio Cana BravaRio Santa ClaraRio dos PatosRio UruRio Cacau

Rio ClaroRio CristalinoRio CaiapóRio Crixá-açu

Bacia do Parnaíba

A Bacia do Parnaíba é uma das bacias hidrográficas do Brasil situada na região nordeste.Recebe esse nome uma vez que o rio mais importante da bacia é o rio Parnaíba, com 1.485 km de extensão, chamado popularmente de “Velho Monge”.

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O Rio Parnaíba, um dos maiores da região nordeste, nasce na Chapada das Mangabeiras, no extremo sul piauiense, e está dividido em três trechos, os quais são considerados sub-bacias: Alto Parnaíba, Médio Parnaíba e Baixo Parnaíba.

O rio indica a divisa entre os estados do Piauí e Maranhão e surge da confluência de três rios: Lontra, Curriola e Água Quente.

O principal bioma o qual está inserido é a Caatinga, que apresenta o clima semi-árido (quente e seco), entretanto nos trechos de Floresta Tropical e Vegetação Litorânea, a clima é quente e úmido.

A exploração desenfreada, o desmatamento, a poluição das águas, a expansão agropecuária e da indústria tem gerado o assoreamento dos rios (o que dificulta a navegação de navios de grande porte), resultando nos diversos problemas ambientais na região da Bacia do Parnaíba, sobretudo, da escassez de água.

Portanto, a região em que está localizada a Bacia do Parnaíba apresenta muitos problemas estruturais, o que tem levado ao baixo índice de desenvolvimento econômico e social.

RiosOs principais rios que compõem a Bacia do parnaíba são:

Rio ParnaíbaRio ParnaíbinhaRio MedonhoRio BalsasRio PiauíRio GurgueiaRio Uruçuí-PretoRio CanindéRio PotiRio PortinhoRio Longá

Bacia do Rio São Francisco

A Bacia do Rio São Francisco é uma das mais importantes Bacias Hidrográficas do Brasil.Está localizada nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste do país e recebe esse nome visto que o rio mais importante que a compõe é o Rio São Francisco.

A Bacia do Rio São Francisco é totalmente brasileira e ocupa uma área de 640 mil km² aproximadamente, o que corresponde a quase 8% do território nacional.

Ela abrange diversos estados do País: Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Distrito Federal.

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O Rio São Francisco, chamado popularmente de “Velho Chico” possui uma extensão de aproximadamente 2.800 km e devido seu tamanho é dividido em 4 trechos: Alto, Médio, Sub-Médio e Baixo São Francisco.

É considerado um rio de planalto que nasce na Serra da Canastra, em Minas Gerais, e escoa no sentido Sul-Norte do país, atravessando o Sertão nordestino, a região mais seca do Brasil, desaguando no Oceano Atlântico.

Além da Caatinga, a Bacia do Rio São Francisco abrande os biomas brasileiros do Cerrado e da Mata Atlântica, e apresenta regiões de climas úmidos, árido e semi-árido.

O Rio São Francisco é um rio perene, ou seja, mesmo nas épocas com poucas chuvas, ele não seca

Isso possibilita a navegação, embora muitos problemas ambientais que vem sofrendo atualmente, tem deixado alguns trechos impossibilitados como o assoreamento. Ou seja, a perda das matas ciliares que possibilitam o acúmulo de resíduos sólidos.

Vale lembrar que a Bacia do Rio São Francisco é formado pelo Rio São Francisco e seus 158 afluentes, dos quais 90 são rios perenes e 68 deles são rios temporários.

A expansão da urbanização e da industrialização, desmatamento, queimadas e atividades como a mineração, agricultura, pecuária e a pesca, tem resultado num grande impacto ambiental para a região, desde a poluição das águas, assoreamento dos rios, perda da biodiversidade, falta de saneamento básico das populações que ali vivem, dentre outros.

O Bacia do Rio São Francisco tem uma enorme importância econômica, social e cultural para a região, uma vez que suas águas servem para abastecer e fornecer energia para grande parte da população circundante (cerca de 520 municípios), além de servir de transporte e comunicação entre as cidades.

De tal modo, na Bacia do Rio São Francisco muitas usinas foram instaladas na medida em que apresenta muitos rios caudalosos com diversas quedas de água, as quais são aproveitadas para geração de energia.

As Usinas Hidrelétricas que merecem destaque são: Três Marias, Queimado, Paulo Afonso, Sobradinho, e Luiz Gonzaga (Itaparica), Xingó e Moxotó.

Transposição do Rio São Francisco

O Rio São Francisco é um dos rios mais importantes do país, com mais de 2.000 km de trecho navegáveis.

A Transposição do Rio São Francisco é um projeto do Governo Federal, que visa a criação de 600 km de canais aproximadamente, com o intuito de abastecer diversas regiões do nordeste do país que sofrem com o fenômeno da seca.

Concebido em 1985, a obra do projeto está dividida em dois grandes eixos para captação das águas: o Eixo Norte, na cidade de Cabrobó e o Eixo Leste na cidade de Floresta.

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Os principais rios que compõem a Bacia do Rio São Francisco são:

Rio São FranciscoRio das VelhasRio AbaetéRio IndaiáRio CorrentesRio JequitaíRio JequitibáRio GrandeRio Verde GrandeRio PretoRio PardoRio ParacatuRio ParaopebaRio CarinhanhaRio Urucuia

A Bacia do Paraná é uma das bacias hidrográfica do Brasil que está localizada na região sudeste e centro-sul do país e no centro-leste da América do Sul.No Brasil, a Bacia do Paraná abrange os estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal.

A Bacia Platina, Também chamada de Bacia do Rio da Prata, é formada pela união das bacias hidrográficas brasileiras: Paraguai, Paraná e Uruguai.

A Bacia do Paraná possui uma área total de 1,5 milhões Km2, onde 800.000 Km2 estão localizadas no território brasileiro. Além do Brasil, ela faz parte da Argentina (nordeste), do Paraguai (leste) e do Uruguai (norte).

O principal rio da bacia é o rio Paraná (onde é derivado seu nome) que recebe as águas de muitos afluentes com destaque para os rios: Grande, Tietê, Paranapanema.

A Bacia do Paraná possui grande potencial hidrelétrico decorrente do grande volume de água e do relevo acidentado que apresenta, do qual se destaca a Usina Binacional de Itaipu, uma das maiores do mundo. Além disso, apresenta um solo muito rico e por isso, possui elevada atividade agropecuária.

É uma das regiões mais desenvolvidas do país, com alta biodiversidade, rica em recursos naturais, água e solos férteis.

No entanto, a região vem sofrendo com a exploração desenfreada dos recursos naturais, a urbanização e industrialização acelerada, a poluição, o desmatamento, o assoreamento dos rios, o uso de agrotóxicos e fertilizantes nas atividade agrícolas.

Também chamada de Bacia Geológica do Paraná, ela é uma ampla bacia sedimentar, localizada no interior de regiões tectônicas estáveis.

É considerada a maior bacia sedimentar do país, e apresenta uma grande depressão ovalada, formada por rios de planalto, que dificultam a navegação, embora

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em muitos trechos fluviais o transporte hidroviário seja utilizado, por exemplo, na Hidrovia Tietê-Paraná.

Os recursos naturais encontrados nessa bacia sedimentar são: argila, basalto, calcário, cobre, ouro, ametista, arenito, carvão mineral, gás natural, urânio, betume, dentre outros

Os principais rios que compõem a Bacia do Paraná são:

Rio Paraná Rio Grande Rio Tietê Rio Paranapanema Rio Ivaí Rio Paranaíba Rio Iguaçu

Bacia do Rio Paraíba do Sul

A Bacia do Rio Paraíba do Sul é uma das bacias hidrográficas do Brasil. Recebe esse nome uma vez que seu principal rio é o Paraíba do Sul, um dos mais importantes da região sudeste. Ela está inserida na região da Bacia Hidrográfica do Atlântico Sudeste.

Características e Importância

Com área aproximada de 60 mil Km2 de extensão, a Bacia do Rio Paraíba do Sul está localizada na região sudeste do Brasil, abrangendo os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

O principal rio, o Paraíba do Sul, possui uma extensão aproximada de 1.130 km e surge da confluência dos rios Paraibuna e Paraitinga. Ele nasce no estado de São Paulo, na chamada Serra da Bocaina, desaguando no Oceano Atlântico, no estado do Rio de Janeiro.

Ela está localizada na região mais desenvolvida e mais populosa do país e, portanto, possui grande importância socioeconômica. Fornece água para as localidades em que está inserida, sobretudo para as regiões metropolitanas dos estados. Isso totaliza cerca de 14 milhões de pessoas espalhadas em 185 municípios.

Além do abastecimento das cidades, os rios que compõem a bacia servem de irrigação e geração de energia elétrica. Algumas usinas hidrelétricas estão instaladas na região das quais se destacam: Usina de Paraibuna, Usina de Santa Branca e Usina Funil.

O Bioma presente na região da bacia do Rio Paraíba do Sul, a Mata Atlântica, vem sofrendo diversos problemas ambientais os quais refletem no desenvolvimento da região.

Problemas como o desmatamento e o lançamento de esgotos nos rios, causados sobretudo pela urbanização e industrialização, tem levado à diminuição de espécies vegetais e animais, além da poluição dos rios e da escassez hídrica que a região tem

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apresentado, uma vez que as chuvas captadas durante os últimos anos se encontram abaixo da média.

RiosOs principais rios que constituem a Bacia do Paraíba do Sul são:

Rio Paraíba do Sul Rio Paraibuna Rio Paraitinga Rio Jaguari Rio Buquira Rio Pomba Rio Preto Rio Claro Rio Piabanha Rio Piagui Rio Muriaé Rio Parateí Rio Piraí Rio Uma Rio Piracuama

Bacia do Uruguai

A Bacia do Uruguai é uma das bacias hidrográficas do Brasil que está localizada na região sul do país.Recebe esse nome visto que o rio mais importante que a compõe é o rio Uruguai, que surge da confluência dos rios Pelotas e Canoas.

O rio Uruguai nasce na Serra Geral, em Santa Catarina e deságua no estuário do rio da Prata, entre a Argentina e o Uruguai.

Segundo as características físicas de seu percurso, ele é dividido em: superior, médio e inferior. Os locais mais indicados para navegação é somente no trecho inferior.

A Bacia Platina ou Bacia do Rio da Prata é formada pelas bacias hidrográficas brasileiras do Paraguai, Paraná e Uruguai.

 Bacia do Uruguai está localizada na região sul do país (nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina) e ainda se estende pelos países vizinhos: Argentina e Uruguai.

De tal modo, ela marca a divisa entre os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e também entre o Brasil e a Argentina.

A Bacia do Uruguai ocupa uma área total de 385 mil Km2 de extensão, donde 180 mil km2aproximadamente está localizada no Brasil, o que corresponde cerca de 2% do território nacional.

Essa região hidrográfica apresenta elevada importância econômica, com elevada atividade agrícola e industrial.

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O local possui grande potencial hidrelétrico, e por isso, estão instaladas inúmeras usinas, das quais merecem destaque: a Usina Hidrelétrica Binacional de Salto Grande, a Usina Hidrelétrica de Itá, a Usina Hidrelétrica de Machadinho e Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó.

Decorrente do crescimento das atividades agroindustriais na região, muitas áreas foram desmatadas, o que levou a um desequilíbrio ambiental, desde assoreamento de rios e poluição das águas.

Dessa forma, a região apresenta pouca vegetação original dos biomas da Mata Atlântica e da Mata de Araucárias.

Principais RiosOs principais rios que compõem a Bacia do Uruguai são:

Rio Uruguai Rio Negro Rio Chapecó Rio Passo Fundo Rio Peixe Rio Várzea Rio Peperi-Guaçu Rio Ijuí Rio Ibicuí Rio Quaraí

Bacia Platina

A Bacia Platina ou a Bacia do Rio da Prata corresponde a uma das grande região hidrográfica do Brasil. Ela está localizada na América do Sul sendo formada pelas bacias:

Bacia do Paraná Bacia do Paraguai Bacia Uruguai

CaracterísticasA Bacia Platina é a segunda maior bacia hidrográfica do Brasil (depois da Bacia Amazônica) e da América do Sul. Além disso, é considerada uma das maiores bacias hidrográficas do mundo em extensão e volume de água, com cerca de 3 milhões Km2, donde quase metade, cerca de 1,4 milhão Km2, está localizada na região sul do território brasileiro.

Possui rios navegáveis com grande potencial hidrelétrico e está localizada no sul da América do Sul. Além do Brasil, a Bacia Platina está presente no Uruguai, Bolívia, Paraguai e Argentina. Por isso, ela é um importante meio de comunicação entre os países do Mercosul.

A principal usina hidrelétrica instalada na Bacia Platina é a Usina Binacional de Itaipu no Rio Paraná, uma das maiores do mundo, construída em parceria entre Brasil e Paraguai. Além dela, muitas hidrelétricas fornecem energia para as cidades

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circundantes, e muitos trechos fluviais colaboram com a atividade econômica pesqueira.

No entanto, é uma das bacias hidrográficas mais ameaçadas do planeta devido a intensa atividade humana, desde poluição dos rios, construção de hidrovias, barragens, dentre outros.

RiosOs rios mais importantes que formam a Bacia Platina são:

Rio da Prata: com extensão de 290 Km aproximadamente, o rio da Prata é um estuário (local de transição entre um rio e o mar) formado pelos rios Paraná e Uruguai e separa os países da Argentina e Uruguai. Além dos rios Paraná e Uruguai, seus principais afluentes são os rios: Salado do Sul, Lujan, Matanza e Samborombón.

Rio Paraná: com extensão de 4.880 km aproximadamente, o rio Paraná é o segundo maior rio da América do Sul e um dos maiores do mundo. Passa pelo Brasil, Paraguai e Argentina, marcando a fronteira entre o Paraguai e o Brasil e da Argentina com o Paraguai. Ademais, ele separa as fronteiras dos estados brasileiros de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Seus principais afluentes são os rios: Tietê, Paraguai, Iguaçu, Verde e Pardo.

Rio Uruguai: com extensão de 1.770 Km aproximadamente, o Rio Uruguai passa pelo Brasil, Argentina e Uruguai, estabelecendo a fronteira entre esses países. Seus principais afluentes são os rios: Negro, Chapecó, Passo Fundo, Ijuí, Várzea, Peperi-Guaçu, Quaraí, Ibicuí e Peixe.

Rio Paraguai: com extensão de 2.620 km aproximadamente, o Rio Paraguai nasce no estado do Mato Grosso, passando por 4 países da América do Sul: Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia. Ele é um importante afluente do rio Paraná, rio onde deságua. Seus principais afluentes são os rios: Negro, Novo, São Lourenço, Paraguai Mirim, Pacú, Velho, Negrinho, Taquari e Miranda.

Rio Iguaçu: com cerca de 1.320 km de extensão, o rio Iguaçu é um dos importantes afluentes do rio Paraná e passa pelo Brasil (estados do Paraná e Santa Catarina) e Argentina (Missiones). As Cataratas do Iguaçu, uma das maiores quedas de água do mundo, faz parte da Bacia do Iguaçu. Seus principais afluentes são os rios: Negro, Várzea, Areia, Pinhão, Guarani, Jangada e Passa Dois.

Rio Paranaíba: com área de 1.170 km aproximadamente, o rio Paranaíba nasce no estado de Minas Gerais e percorre os estados do Mato Grosso do Sul e Goiás. Ao lado do rio Grande é um dos formadores do rio Paraná. Seus principais afluentes são os rios: Claro, Verde, Corrente, Aporé, São Bartolomeu e Peixe.

Principais Problemas Ambientais BrasileirosO Brasil, assim como qualquer país do mundo, enfrenta ameaças ao meio ambiente. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 90% dos municípios brasileiros apresentam problemas ambientais, e entre os mais relatados estão as queimadas, desmatamento e assoreamento. A seguir, falaremos um pouco a respeito de cada um deles:

Queimadas: As queimadas são geralmente utilizadas para limpar uma determinada área, renovar as pastagens e facilitar a colheita de produtos como a

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cana-de-açúcar. Essa prática pode ser prejudicial para o ecossistema, pois aumenta os riscos de erosão, mata micro-organismos que vivem no solo, retira nutrientes e causa poluição atmosférica.

Desmatamentos: Os desmatamentos acontecem por vários motivos. Entre

eles, podemos citar a ampliação da agropecuária, extração da madeira para uso comercial, criação de hidrelétricas, mineração e expansão das cidades. O desmatamento prejudica o ecossistema de diferentes maneiras, provocando erosões, agravamento dos processos de desertificação, alterações no regime de chuvas, redução da biodiversidade, assoreamento dos rios, etc.

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Assoreamento: O assoreamento acontece com o acúmulo de sedimentos em ambientes aquáticos. Seus impactos para o meio ambiente são grandes, como a obstrução de cursos de água, destruição de habitats aquáticos, prejuízos na água destinada ao consumo e veiculação de poluentes.

Apesar de esses serem os mais relatados, não significa que sejam os únicos problemas ambientais enfrentados em nosso país.

Podemos citar ainda como ameaças ao meio ambiente: a poluição das águas, que causam doenças e prejuízo no abastecimento; a poluição atmosférica, responsável por uma grande incidência de doenças respiratórias; a poluição do solo, desencadeada principalmente pelo acúmulo de lixo e pelo uso de agrotóxicos;.

Todos essas questões que afetam e ameaçam os ecossistemas e a saúde humana devem ser combatidas. Para isso, necessitamos de urgente criação de políticas mais eficientes a fim de evitar crimes ambientais, assim como precisamos de programas voltados à conscientização da população acerca de como diminuir os problemas ambientais em nosso país. Se todos fizerem sua parte, poderemos deixar um Brasil com muito mais qualidade de vida para nossos descendentes.

Recursos naturais

Recurso natural é tudo aquilo que o homem encontra na natureza e utiliza em seu dia a dia. Ou seja, a água, as florestas, os vegetais, o solo, o oxigênio, a luz solar, os ventos, os animais e os minérios são bons exemplos.

Eles podem ser classificados de diversas formas:

1-Recursos naturais renováveis: aqueles que são inesgotáveis ou que possuem capacidade de renovação.

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2-Recursos naturais não renováveis: aqueles que demoram milhares de anos para se renovarem ou, até mesmo, aqueles que não têm capacidade de renovação.Exemplos: a luz solar é um recurso natural renovável, já o petróleo é um recurso natural não renovável.

Como classificar os recursos naturais

Outra maneira de classificar os recursos naturais é dividindo-os em quatro grupos: biológicos, hídricos, energéticos e minerais.

Biológicos: são recursos vegetais e animais, encontrados nas florestas, por exemplo. São utilizados na nossa alimentação, medicina, construção, vestuários etc.

Hídricos: são recursos ligados às águas, utilizados principalmente na nossa alimentação.

Energético: são os recursos que estão relacionados ao fornecimento de energia, como o petróleo e combustíveis fósseis.

Minerais: são recursos não renováveis ligados a formação geológica, composta por rochas e minerais. São exemplos o ferro, grafite, ouro, argila etc.

Principais Recursos naturais do Brasil

O Brasil é um país muito rico em recursos naturais. Nosso solo é considerado de qualidade para a agricultura, dando força ao agronegócio do país – tanto para consumo interno, como externo.

A água é um dos principais, sendo que o Brasil possui 12% das águas superficiais disponíveis no planeta. Além disso, 90% do território recebe chuvas com regularidade e contamos com uma das maiores reservas de água doce do mundo.

As florestas brasileiras também possuem uma biodiversidade enorme em grandes porções do território.

A exploração de recursos minerais é uma atividade com grande potencial, e o Brasil está a par de grandes potências nesse quesito, como Rússia, China e Estados Unidos.

Nosso principal minério é o ferro, com cerca de 90% das exportações de mineração brasileiras para comerciá-lo. Ele é usado como matéria-prima para fazer o aço. Já a extração brasileira dos metais nióbios e ferronióbio representa 75% de suas produções mundiais.

Outro minério muito encontrado no país para fazer aço é o manganês, presente principalmente na região norte. O Brasil possui também uma das maiores reservas de bauxita. Esse mineral é mais difícil de ser encontrado e é usado para a produção de alumínio.As regiões que possuem mais recursos minerais no Brasil são Minas Gerais, no Quadrilátero Ferrífero; na Província Mineral de Carajás, no Pará e no Estado do Mato Grosso do Sul.

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A extração em abundância desses recursos, aliado às queimadas, ao desmatamento e à poluição podem potencializar os impactos ambientais, afetando direta e indiretamente o nosso ecossistema.

Esse é o esgotamento dos nossos recursos naturais.Por exemplo, é importante ficar atento ao uso abundante de recursos não renováveis, como o petróleo, usado como fonte de energia e de combustão para automóveis, por exemplo.

Como esse recurso pode acabar, é importante sabermos mais sobre energias alternativas.Precisamos nos conscientizar e abolir algumas práticas para evitar a extinção de animais e o desaparecimento de muitos recursos limitados. Agindo de forma sustentável e preocupada com o planeta como um todo.

Vegetação Brasileira

Com grande extensão territorial e variação climática, o Brasil abriga vários tipos de vegetação, com destaque para a Caatinga, Campos, Cerrado, Floresta Amazônica, Mangues, Mata Atlântica, Mata de Araucária, Mata de Cocais e Pantanal.

Caatinga: ocupando uma área de aproximadamente 800 mil quilômetros quadrados, a Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro. Ela é típica das regiões semiáridas, podendo ser encontrada nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e Minas Gerais. A vegetação é marcada por plantas xerófilas, adaptadas ao clima seco e a pouca disponibilidade de água. A fauna é representada por répteis, roedores, arara-azul, asa-branca, cutia, etc.

Caatinga

Campos: esse tipo de vegetação ocupa áreas descontínuas no país, sendo mais comum na Região Sul, em especial no estado do Rio Grande do Sul. A vegetação dos Campos é formada por herbáceas, gramíneas e pequenos arbustos.

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Cerrado: considerado o segundo maior bioma do Brasil, o Cerrado está presente em diferentes estados brasileiros, sendo predominante na Região Centro-Oeste. Entre as características marcantes desse tipo de vegetação estão as árvores com caule tortuosos e o solo com poucos nutrientes. A fauna é representada pelo tamanduá-bandeira, lobo-guará, tatu-bola, veado, entre outras espécies.

Cerrado

 Floresta Amazônica: é a maior floresta tropical do mundo, além de apresentar a maior biodiversidade. Ela ocupa cerca de 42% do território nacional, estando presente na Região Norte e nos estados de Mato Grosso e Maranhão, além de outros países da América do Sul. Predominam as espécies de folhas largas, comuns em regiões de clima equatorial, quente e úmido. É muito grande a quantidade de espécies de animais, mas podemos destacar o jacaré, a jiboia, macacos, jabuti, etc.

 Manguezal: encontrado em diferentes áreas litorâneas, onde deságuam os rios, esse bioma é caracterizado por ser uma área alagada de fundo lodoso e salobro. Os principais animais dos mangues são o caranguejo e a ostra.

Manguezal 

Mata Atlântica: é um dos biomas mais ricos do mundo em espécies da fauna e da flora. Sua vegetação é bem diversificada, apresentando árvores de grande porte com folhas largas. As atividades humanas reduziram drasticamente a área original da Mata Atlântica, que é considerada um dos biomas mais ameaçados do planeta.

Mata de Araucária: é uma vegetação típica de regiões de clima subtropical. No Brasil,

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ela pode ser encontrada nos estados da Região Sul e em São Paulo. Sua vegetação é formada por árvores aciculifoliadas, com folhas em forma de agulha. A espécie dominante é a Araucaria angustifolia, nome científico do pinheiro-do-paraná.

Mata de Araucária

Mata de Cocais: ocupando áreas dos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins, esse bioma é considerado uma zona de transição entre a Amazônia e o Sertão Nordestino. A vegetação é formada por palmeiras, com predominância do babaçu e da carnaúba, além do buriti e oiticica.

Pantanal: esse bioma é considerado uma das maiores planícies inundáveis do mundo. O Pantanal está presente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de territórios do Paraguai e Bolívia. Abriga mais de 3.500 espécies de plantas e vários animais: jacaré, capivara, tucano, onça, macacos, etc.

Crescimento Populacional

Em razão do constante aumento populacional ocorrido no Brasil, principalmente a partir da década de 1960, intensificando-se nas últimas décadas, o país ocupa hoje a quinta posição dos países mais populosos do planeta, ficando atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Indonésia. De acordo com dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira atingiu a marca de 190.755.799 habitantes.

O crescimento populacional de um determinado território ocorre através de dois fatores: a migração e o crescimento vegetativo, esse último é a relação entre as taxas de natalidade e as de mortalidade. Quando a taxa de natalidade é maior que a de mortalidade, tem-se um crescimento vegetativo positivo; caso contrário, o crescimento é negativo; e quando as duas taxas são equivalentes, o crescimento vegetativo é nulo.

No Brasil, o crescimento vegetativo é o principal responsável pelo aumento populacional, já que os fluxos migratórios ocorreram de forma mais intensa entre 1800 e 1950. Nesse período, a população brasileira totalizava 51.944,397 habitantes, bem longe dos atuais 190.755.799. 

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Tabela obtida a partir de informações do IBGE.

Nos últimos 50 anos houve uma explosão demográfica no território brasileiro, o país teve um aumento de aproximadamente 130 milhões de pessoas. No curto período de 1991 a 2005, a população brasileira teve um crescimento próximo a 38 milhões de indivíduos. No entanto, acompanhando uma tendência mundial, o crescimento demográfico brasileiro vem sofrendo reduções nos últimos anos. A população continuará aumentando, porém as porcentagens de crescimento estão despencando.

A urbanização, a queda da fecundidade da mulher, o planejamento familiar, a utilização de métodos de prevenção à gravidez, a mudança ideológica da população são todos fatores que contribuem para a redução do crescimento populacional.

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Nos anos de 1960, as mulheres brasileiras tinham uma média de 6,3 filhos, atualmente essa média é de 2,3 filhos, que está abaixo da média mundial, que é de 2,6.

Conforme estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística  (IBGE), em 2050, a população brasileira será de aproximadamente 259,8 milhões de pessoas, nesse mesmo ano a taxa de crescimento vegetativo será de 0,24, bem diferente da década de 1950, que apresentou taxa de crescimento vegetativo positivo de 2,40%.

Apesar dessa queda brusca no crescimento vegetativo, a população brasileira não irá reduzir rapidamente, pois a expectativa de vida está aumentando, em virtude do desenvolvimento de novas tecnologias medicinais, além de cuidados e preocupação com a saúde, o que não ocorria com tanta frequência nas décadas anteriores. Ocorrerá, sim, o envelhecimento da população.

Hoje se sabe que não havia uma explosão demográfica propriamente dita, mas sim uma transição demográfica no Brasil, um fenômeno que ocorreu de forma semelhante nos países desenvolvidos em tempos anteriores e que ainda acontece em nações subdesenvolvidas. Basicamente, uma queda nas taxas de mortalidade é sucedida,

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décadas depois, por uma igual queda nas taxas de natalidade. Dessa forma, as populações crescem rapidamente durante alguns anos e, depois, estabilizam-se novamente.

Como podemos perceber, o crescimento demográfico brasileiro é gradativamente menor. Isso significa que, em algum momento, ele passará a ser negativo, ou seja, haverá mais mortes do que nascimentos, o que ocasionará a redução do número de habitantes e a elevação da média de idade da população. Segundo o IBGE, isso ocorrerá a partir de 2042, quando o crescimento populacional do Brasil passará a ser, propriamente, um decrescimento. A projeção é de que, em 2100, o número de habitantes no Brasil seja o mesmo do registrado em 2000.

O grande problema disso será a questão econômica, uma vez que a população jovem economicamente ativa no país diminuirá, enquanto o número de idosos será cada vez maior. Isso significa que o país gerará menos renda e produzirá menos riqueza para garantir o sustento dos aposentados, o que exigirá novas políticas tanto demográficas quanto sociais. Vale lembrar que países da Europa como Reino Unido, França e Alemanha já sofrem com esse mesmo tipo de problema.

Exercícios

Observe o gráfico a seguir:

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Gráfico representativo do processo de transição demográfica

Fonte: Brasil Escola. Transição Demográfica. Acesso em: 22 maio 2015.

1)Analisando o gráfico da transição demográfica e considerando o estágio atual do crescimento da população brasileira, seria possível categorizar o Brasil:

a) na fase 02, em razão do boom populacional nas áreas rurais.

b) na fase 03, graças à intensiva política antinatalista do governo.

c) na fase 02, em função da recente queda dos índices de mortalidade.

d) na fase 03, por conta do restrito crescimento demográfico atual no país.

e) na fase 04, graças ao avançado estágio de envelhecimento populacional.

2) “A projeção oficial da população do IBGE, divulgada nesta quinta-feira, estimou 201.032.714 de pessoas vivendo no país. Pela primeira vez, a marca de 200 milhões foi superada – a cifra era de 199.242.462 em 2012. (…)

O crescimento populacional brasileiro está, porém, com os anos contados. O instituto prevê que o número de habitantes crescerá até 2042, quando a estimativa aponta para um total 228,4 milhões de pessoas. A partir de então, o contingente populacional se reduzirá gradualmente até chegar a 218,8 milhões em 2060, mesma cifra estimada para a população brasileira de 2025”.

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Folha de S. Paulo, 29 ago. 2013. Adaptado.

A dinâmica demográfica do Brasil descrita pela notícia acima é representada:

a) pelo estímulo à fecundidade

b) pela redução do crescimento vegetativo

c) pela evasão migratória recente

d) pela retração do número de imigrantes

e) pelo processo de interiorização demográfica

3-É inegável, atualmente, que há uma dinâmica de desaceleração do crescimento da população brasileira. Entre as causas e consequências, respectivamente, desse processo, podemos citar:

a) inserção da mulher no mercado de trabalho – envelhecimento demográfico

b) aumento da população rural – alargamento da pirâmide etária

c) aceleração da urbanização no país – redução dos problemas socioeconômicos

d) retração da economia brasileira – diminuição do consumo familiar

e) difusão de políticas neomalthusianas – expansão da população ativa

4-Da Copa de 1970 à Copa de 2010, a população brasileira passou de 93.139.037 para uma população estimada em 193.114.840 habitantes (IBGE - Popclock em 23 jun. 2010).

Com base nos conhecimentos sobre a dinâmica do crescimento vegetativo da população no Brasil ao longo desses 40 anos, assinale a alternativa correta.

a) A taxa de crescimento anual da população brasileira foi maior na primeira década do século XXI que nos anos 1970, apesar da estabilização da taxa bruta de mortalidade.

b) A contínua redução da taxa de fecundidade explica a queda na taxa de crescimento anual da população, apesar de o número total de habitantes ter mais que dobrado.

c) Nas duas últimas décadas, apesar do aumento das taxas brutas de natalidade, as taxas anuais de crescimento vegetativo da população brasileira estabilizaram-se em razão do comportamento do saldo migratório.

d) O crescimento absoluto de aproximadamente 100 milhões de habitantes foi proporcionado pela elevação das taxas de fecundidade no Brasil ao longo do período.

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e) O fato de a população absoluta ter mais que dobrado no período deve-se ao saldo migratório positivo ocasionado pela absorção de centenas de milhares de imigrantes italianos e japoneses.

gabarito1-d 2-b 3-a 4-b

A Distribuição da População

1. A distribuição pelos espaços geográficos 2. A idade e o sexo da população 3. A tipologia étnica

A população da Terra não está distribuída igualmente em todas as partes do globo. Ao contrário, há excesso de gente em algumas regiões e falta em outras. O relevo, o clima, a vegetação e os rios exercem influência sobre a distribuição dos grupos humanos. As regiões facilmente ocupadas pelo homem são denominadas ecúmenas. Aos vazios demográficos chamamos de regiões anecúmenas, isto é, de difícil ocupação humana. 

Com mais de190 milhões de habitantes, o Brasil é: • o quinto país mais populoso do mundo; • o segundo país mais populoso do continente americano e de todo o hemisfério ocidental, superado apenas pelos Estados Unidos; • o país mais populoso da América do Sul e de toda a América Latina.

A distribuição da população no Brasil é, também, bastante irregular: • o Sudeste é a região mais populosa e a mais povoada; • o Centro-Oeste é a região menos populosa; • o Norte ou Amazônia é a região menos povoada. Na distribuição da população pelos Estados, temos que: • o Rio de Janeiro é o mais povoado, com quase 300 hab/km2; • São Paulo é o mais populoso, com cerca de um quinto (20%) da população brasileira; • Roraima é o menos populoso e o menos povoado, com menos de 1 hab/km2. 

As Populações Rural e Urbana Até 1960, predominava no Brasil a população rural. No recenseamento de 1970 já se constatou o predomínio da população urbana, com 56% do total nacional. À medida que um país se desenvolve industrialmente, a tendência geral é o

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abandono do campo em direção às cidades. O homem procura nos centros urbanos melhores condições de vida, conforto, salários e garantias. É o fenômeno do êxodo rural. Atualmente, 75% da população brasileira urbana, isto é, vive nas cidades. No estado do Rio de Janeiro, a população urbana é de 95%.

. Estrutura Etária  

A estrutura etária da população brasileirarepresenta a média de idade que o país possui a partir da quantidade de pessoas jovens (até 19 anos), adultas (de 20 a 59 anos) e idosas (a partir de 60 anos de idade).

Já a pirâmide etária nada mais é do que o gráfico utilizado para expressar os dados referentes a essa quantificação, de modo a permitir uma melhor análise dessa questão.A pirâmide etária da população brasileira vem se transformando ao longo dos anos, o que indica uma mudança no perfil demográfico do nosso país relativa ao crescimento demográfico nacional. Anteriormente, quando as taxas de natalidade eram mais elevadas, tínhamos uma pirâmide com a sua base mais ampla e um topo mais estreito, o que significava que o país era predominantemente jovem. Nos dias atuais, observa-se que nos encontramos em uma fase de transição.

Pirâmide etária brasileira no ano de 1980 *

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Pirâmide etária brasileira nos dias atuais *

Projeção da pirâmide etária brasileira para o ano de 2050, segundo o IBGE *Uma pirâmide etária estrutura-se por agrupamentos em barras horizontais de grupos de idades separados por sexo. As partes mais inferiores da pirâmide representam os grupos mais jovens em termos de faixas de idade, ao passo em que as suas partes superiores representam a população idosa. Assim sendo, percebemos que em 1980 éramos classificado como um país jovem e que, atualmente, somos caracterizados como um país adulto, em fase de transição para nos tornarmos um país idoso no ano de 2050.

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A Tipologia Étnica Por muito tempo, e ainda hoje, tem sido comum dividir a população nas raças branca, negra, amarela e mestiça. Essa distinção pela cor não é correta, pois entre um português moreno e um russo (eslavo) existem muitas diferenças, apesar de ambos serem brancos. Hoje em dia, ao invés de se falar em raça, fala-se em etnia. Um dado grupo étnico possui semelhanças não só fisionômicas, mas também culturais. A determinação do grupo étnico a que pertence uma pessoa não é tarefa fácil e não pode ser tomada apenas pela cor. 

O povo brasileiro é composto etnicamente por brancos de origem européia, negros de origem africana, amarelos (indígenas e asiáticos) e mestiços. As diferenças de cor, de origem, têm sido problemas sérios em muitos países. 

Mobilidade Urbana

A mobilidade urbana refere-se às condições de deslocamento da população no espaço geográfico das cidades. O termo é geralmente empregado para referir-se ao trânsito de veículos e também de pedestres, seja através do transporte individual (carros, motos, etc.), seja através do uso de transportes coletivos (ônibus, metrôs, etc.).

Nos últimos anos, o debate sobre a mobilidade urbana no Brasil vem se acirrando cada vez mais, haja vista que a maior parte das grandes cidades do país vem encontrando dificuldades em desenvolver meios para diminuir a quantidade de congestionamentos ao longo do dia e o excesso de pedestres em áreas centrais dos espaços urbanos. Trata-se, também, de uma questão ambiental, pois o excesso de veículos nas ruas gera mais poluição, interferindo em problemas naturais e climáticos em larga escala e também nas próprias cidades, a exemplo do aumento do problema das ilhas de calor.

A principal causa dos problemas de mobilidade urbana no Brasil relaciona-se ao aumento do uso de transportes individuais em detrimento da utilização de transportes coletivos, embora esses últimos também encontrem dificuldades com a superlotação. Esse aumento do uso de veículos como carros e motos deve-se:

a) à má qualidade do transporte público no Brasil;

b) ao aumento da renda média do brasileiro nos últimos anos;

c) à redução de impostos por parte do Governo Federal sobre produtos industrializados (o que inclui os carros);

d) à concessão de mais crédito ao consumidor;

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e) à herança histórica da política rodoviaria

Entre os anos de 2002 e 2012, segundo dados do Observatório das Metrópoles, enquanto a população brasileira aumentou 12,2%, o número de veículos registrou um crescimento de 138,6%. Há cidades no país que apresentam uma média de menos de dois habitantes para cada carro presente, o que inviabiliza quase todas as medidas para a garantia de um sistema de transporte mais eficiente. Confira a tabela a seguir:

Tabela das capitais brasileiras com a maior quantidade de carros por habitante

Na tabela acima temos alguns exemplos de capitais que contam com uma grande quantidade de veículos para cada habitante. Esses dados, no entanto, são apenas um indicativo geral e não uma realidade em si, haja vista que leva em consideração apenas o número de carros registrados e não o total de veículos que realmente circulam nessas cidades. Tal indicador, não inclui, dessa forma, aqueles carros registrados em cidades vizinhas e que também circulam nessas capitais.

Entre as principais soluções para o problema da mobilidade urbana, na visão de muitos especialistas, seria o estímulo aos transportes coletivos públicos, através da melhoria de suas qualidades e eficiências e do desenvolvimento de um trânsito focado na circulação desses veículos. Além disso, o incentivo à utilização de bicicletas, principalmente com a construção de ciclovias e ciclofaixas, também pode ser uma saída a ser mais bem trabalhada.

A EXPANSÃO TERRITORIAL NO PERIODO COLONIAL

Varias atividades econômicas foram desenvolvidas no território brasileiro com a chegada dos portugueses, com a eminência de explorar as “terras novas” com intuito de apropriar de matérias primas que o mercado português precisava.

As principais atividades que influenciaram a expansão do território foram:

O PAU BRASIL: A primeira atividade; A extração de uma palmeira nativa da mata atlântica que servia de matéria prima para tingir tecidos; Atender o mercado externo;

CANA – DE AÇÚCAR: Capitania de são Vicente (litoral de são Paulo): Foi intensificado na zona da mata do nordeste brasileiro:

1) Clima quente;

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2) Solo massapé*;

3) Maior proximidade com a Europa;

A capitania de Pernambuco sendo a principal região econômica do século XVI e XVII; *solo de cor escura, encontrado no litoral nordestino, com uma grande quantidade de argila e granito (oriundo da decomposição – clima tropical).

MINERAÇÃO: Declínio do açúcar; No século XVII as bandeiras descobre ouro na região do estado de minas gerais; Alargamento das fronteiras; Ouro brasileiro serviu para revolução industrial inglesa;

PECUÁRIA: Importante para conhecer o interior do estado brasileiro; Mercado interno; No nordeste era usado no trabalho da cana; No sul para a fabricação de couro e charque;

MOVIMENTOS EXPANSIONISTAS

Entradas X bandeiras**

Missões: realizada pelos jesuítas, tiveram como objetivo a catequização dos índios; fazia a exploração do trabalho indígena na procura de drogas do sertão.

Bandeirantismo apresador: a captura de índios para o trabalho escravo.

Bandeirantismo prospector: tinha por objetivos a procura de metais preciosos.

**Entradas: expedições oficiais

**Bandeiras: expedições feitas por particulares

Organização do Território Brasileiro

O território brasileiro está organizado como República Federativa do Brasil, nome dado com a Constituição de 1988. Por ser um estado federado, é dividido em estados e municípios delimitados politicamente. O território, desde o século XX, encontra-se estabilizado, ou seja, não apresentou expansão ou retração de seus limites territoriais.

 A Organização Política

Politicamente, o território brasileiro é dividido em três diferentes esferas ou hierarquias de governo:

 Federal; Estadual; Municipal.

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 Para que essas três esferas de organização política funcionem plenamente, é preciso que os políticos representantes delas esferas estejam em sintonia e queiram ajudar uns aos outros na proposição de políticas públicas. 

 Forma e Sistema de Governo

A forma de governo do Brasil é a República, no qual o governo é democrático e o chefe de Estado, ou Presidente, é eleito pelo povo por meio do sistema presidencialista, periodicamente, de quatro em quatro anos.

 

A República Federativa do Brasil

O Brasil é dividido em 26 estados e um Distrito Federal, totalizando 27 unidades da Federação que possuem certa autonomia política, embora não sejam estados independentes da federação. 

Regiões Brasileiras

Características das regiões do Brasil

1. Região Norte

Manaus é a capital do maior estado da região Norte, o Amazonas. *

A região Norte é, em termos de extensão, a maior região do Brasil, com uma área de, aproximadamente, 3.853.676,948 km², constituída por sete estados.

Aspectos sociais: Essa região possui uma população que ultrapassa os 18 milhões habitantes, segundo o IBGE. Apesar do grande número populacional, devido a sua extensão territorial, a região possui baixa densidade demográfica, 4,72 hab/km2.

Aspectos físicos: Predomina na região o clima equatorial e, em algumas localidades, o clima tropical. Em sua maior parte, a umidade do ar é elevada, devido à abundância de chuvas em algumas partes da região. Nessa região, encontra-se a maior bacia hidrográfica do mundo, a bacia do Rio Amazonas, e também o ponto mais alto do Brasil, o Pico da Neblina. Podemos encontrar, nessa região, as planícies amazônicas, o planalto das Guianas e o planalto central. No que tange à vegetação, nessa região encontra-se a maior floresta tropical do planeta: a Floresta Amazônica.

Aspectos econômicos: O Produto Interno Bruto da região representa cerca de 5,3% do PIB nacional, segundo levantamento do IBGE. A economia baseia-se nas indústrias de extrativismo mineral e vegetal, no setor agropecuário e também no turismo.

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3. Região Nordeste

Salvador é a capital do estado da Bahia, uma das cidades que mais atraem turistas na região Nordeste.

A região Nordeste é a terceira maior do Brasil, com uma área de, aproximadamente, 1.544.291 km2, constituída por nove estados, sendo, portanto, a região com maior número de unidades federativas.

Aspectos sociais: A região Nordeste é a segunda região com o maior número de habitantes. A população ultrapassa os 56 milhões de habitantes, segundo o IBGE. A densidade demográfica é de 36,39 hab/km2. Essa é a região com os menores indicadores sociais, portanto, a que mais enfrenta problemas de ordem social.

Aspectos físicos: O Nordeste possui a maior costa litorânea do país, e, por apresentar sub-regiões com características muitas distintas, nele podemos encontrar estes climas: semiárido, equatorial úmido, litorâneo úmido e tropical. Em muitas áreas, as temperaturas são elevadas durante todo o ano. Em contrapartida, as médias pluviométricas são baixas em diversas áreas, fazendo com que boa parte da população da região conviva com a seca extrema. A vegetação é representada pela Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado e outros tipos de vegetações.

Aspectos econômicos: O Nordeste detém o terceiro maior PIB do país e, portanto, a terceira maior economia, representando cerca de 13,4% do PIB nacional. O turismo é um dos principais impulsionadores da economia nordestina. A região atrai muitos turistas durante todo o ano, devido às suas paisagens belíssimas.

3. Região Centro-Oeste

Goiânia é a capital do estado de Goiás e está localizada no coração do Brasil.

A região Centro-Oeste é a segunda maior região do país quando o critério é extensão territorial. Sua área é de, aproximadamente, 1.606.403 km², e é constituída de três estados.

Aspectos sociais: A região Centro-Oeste é a menos populosa dentre as regiões. Conta com um pouco mais de 16 milhões de habitantes. É a segunda menor densidade demográfica do país, ficando atrás apenas da região Norte, com 10,01 hab/km2.

Aspectos físicos: Dentre as regiões, é a única que não possui litoral. O clima predominante na região é o tropical, marcado por duas estações bem definidas: o inverno seco e o verão chuvoso. Essa região é considerada o berço das águas no país, pois nela encontram-se nascentes de muitos e importantes rios brasileiros. Apresenta formações vegetais distintas, por ser a região com maior quantidade de contatos biogeográficos. Podemos encontrar, no Centro-Oeste, os biomas: Cerrado, Pantanal e Amazônia.

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Aspectos econômicos: A economia da região é baseada, especialmente, nas atividades agropecuárias e no extrativismo. Destacam-se a produção de soja, milho, arroz, algodão, bem como a criação de gado (pecuária extensiva, predominantemente). O turismo em algumas partes da região também impulsiona a economia. Na região, há presença de exuberantes chapadas, com muitas cachoeiras, como a Chapada dos Veadeiros e a Chapada dos Guimarães.

4. Região Sudeste

Rio de Janeiro é uma das cidades mais conhecidas e visitadas do país, e também capital do estado do Rio de Janeiro.

A Região Sudeste, em extensão territorial, é a segunda menor do país, atrás apenas da região Sul. Abrange uma área de, aproximadamente, 924.620 km2, e é composta por quatro estados, dois deles considerados os mais representativos do Brasil, no que tange ao desenvolvimento, São Paulo e Rio de Janeiro.

Aspectos sociais: É a região mais populosa do Brasil, com uma população que ultrapassa 85 milhões de habitantes, correspondendo a, aproximadamente, 44% da população do país. Considerada uma das regiões que mais atraem migrantes, essa é região com maior densidade demográfica, 92,05 hab/km2.

Aspectos físicos: O Sudeste do Brasil abrange, predominantemente, os climas: tropical atlântico e tropical de altitude, além de subtropical e semiárido, em algumas partes. O relevo é composto por serras, planaltos e planícies costeiras. A vegetação também é bastante diversa e conta com formações como a Mata Atlântica, o Cerrado e a Caatinga. No que tange à hidrografia, nessa região há predomínio dos rios de planalto.

Aspectos econômicos: É considerada a região mais desenvolvida do país, correspondendo a 55,2% do PIB nacional. É, portanto, a região de maior destaque industrial, comercial e financeiro do Brasil. Por representar oportunidades de trabalho, essa região enfrenta problemas como a favelização e superpopulação. Há destaque para indústrias de automóveis, petrolíferas e siderúrgicas.

5. Região Sul

Florianópolis é a capital do estado de Santa Catarina, um dos três estados da Região Sul.

A Região Sul é menor região em extensão territorial do país, com uma área de, aproximadamente, 576.774 km2. Difere-se das demais regiões, especialmente, pela colonização predominantemente europeia nela feita. Essa região é formada por três estados.

Aspectos sociais: É a terceira região mais populosa do país, contando com mais de 29 milhões de habitantes, cerca de 14,3% da população brasileira. A

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densidade demográfica é de 47,59 hab/km2. É a região com os melhores indicadores sociais de saúde e educação.

Aspectos físicos: A região localiza-se abaixo da zona tropical. O clima predominante é o subtropical. O sul do Brasil apresenta as estações do ano bem definidas, com invernos frios e verões quentes. Nessa região, ocorrem geadas na estação fria, o que, normalmente, não é visto nas demais regiões do país. As chuvas são bem distribuídas ao longo do ano. A maioria dos rios da região são de planaltos que constituem a bacia do Rio Uruguai e a bacia do Rio Paraná.

Aspectos econômicos: A região é a segunda região do país, em termos de riqueza medidos pelo PIB, e a segunda mais industrializada. A economia baseia-se em atividades, como: o extrativismo vegetal, especialmente praticado na Mata das Araucárias; a agricultura, com destaque para a uva, o feijão e o milho; e a pecuária, voltada à indústria de laticínios e à criação de suínos. Um dos maiores atrativos turísticos da região é o Parque Nacional do Iguaçu, no estado do Paraná. 

Industrialização no Brasil

O Brasil é considerado um país emergente ou em desenvolvimento. Apesar disso, está quase um século atrasado industrialmente e tecnologicamente em relação às nações que ingressaram no processo de industrialização no momento em que a Primeira Revolução Industrial entrou em vigor, como Inglaterra, Alemanha, França, Estados Unidos, Japão e outros.

As indústrias no Brasil se desenvolveram a partir de mudanças estruturais de caráter econômico, social e político, que ocorreram principalmente nos últimos trinta anos do século XIX.

O conjunto de mudanças aconteceu especialmente nas relações de trabalho, com a expansão do emprego remunerado que resultou em aumento do consumo de mercadorias, a abolição do trabalho escravo e o ingresso de estrangeiros no Brasil como italianos, alemães, japoneses, dentre muitas outras nacionalidades, que vieram para compor a mão de obra, além de contribuir no povoamento do país, como ocorreu na região Sul. Um dos maiores acontecimentos no campo político foi a proclamação da República. Diante desses acontecimentos históricos, o processo industrial brasileiro passou por quatro etapas.

• Primeira etapa: essa ocorreu entre 1500 e 1808, quando o país ainda era colônia. Dessa forma, a metrópole não aceitava a implantação de indústrias (salvo em casos especiais, como os engenhos) e a produção tinha regime artesanal.

• Segunda etapa: corresponde a uma fase que se desenvolveu entre 1808 a 1930, que ficou marcada pela chegada da família real portuguesa em 1808. Nesse período foi concedida a permissão para a implantação de indústria no país a partir de vários requisitos, dentre muitos, a criação, em 1828, de um tributo com taxas de 15% para mercadorias importadas e, em 1844, a taxa tributária foi para 60%, denominada de

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tarifa Alves Branco. Outro fator determinante nesse sentido foi o declínio do café, momento em que muitos fazendeiros deixaram as atividades do campo e, com seus recursos, entraram no setor industrial, que prometia grandes perspectivas de prosperidade. As primeiras empresas limitavam-se à produção de alimentos, de tecidos, além de velas e sabão. Em suma, tratava-se de produtos sem grandes tecnologias empregadas.

• Terceira etapa: período que ocorreu entre 1930 e 1955, momento em que a indústria recebeu muitos investimentos dos ex-cafeicultores e também em logística. Assim, houve a construção de vias de circulação de mercadorias, matérias-primas e pessoas, proveniente das evoluções nos meios de transporte que facilitaram a distribuição de produtos para várias regiões do país (muitas ferrovias que anteriormente transportavam café, nessa etapa passaram a servir os interesses industriais). Foi instalada no país a Companhia Siderúrgica Nacional, construída entre os anos de 1942 e 1947, empresa de extrema importância no sistema produtivo industrial, uma vez que abastecia as indústrias com matéria-prima, principalmente metais. No ano de 1953, foi instituída uma das mais promissoras empresas estatais: a PETROBRAS.

• Quarta etapa: teve início em 1955, e segue até os dias de hoje. Essa fase foi promovida inicialmente pelo presidente Juscelino Kubitschek, que promoveu a abertura da economia e das fronteiras produtivas, permitindo a entrada de recursos em forma de empréstimos e também em investimentos com a instalação de empresas multinacionais. Com o ingresso dos militares no governo do país, no ano de 1964, as medidas produtivas tiveram novos rumos, como a intensificação da entrada de empresas e capitais de origem estrangeira comprometendo o crescimento autônomo do país, que resultou no incremento da dependência econômica, industrial e tecnológica em relação aos países de economias consolidadas. No fim do século XX houve um razoável crescimento econômico no país, promovendo uma melhoria na qualidade de vida da população brasileira, além de maior acesso ao consumo. Houve também a estabilidade da moeda, além de outros fatores que foram determinantes para o progresso gradativo do país.

AS ATIVIDADES ECONÔMICAS E INDUSTRIAIS NAS 05 REGIÕES DO BRASIL

Sudeste:

Como descrito anteriormente, o Sudeste, é a região que possui a maior concentração industrial do país.

Nesta área, os principais tipos de indústrias são: automobilística, petroquímica,de produtos químicos, alimentares, de minerais não metálicos, têxtil, de vestuário, metalúrgica, mecânica, etc. É um centro polindustrial, marcado pela variedade e volume de produção.

Várias empresas multinacionais operam nos setores automobilísticos de máquinas e motores, produtos químicos, petroquímicos, etc. As empresas governamentais atuam

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principalmente nos setores de siderurgia. Petróleo e metalurgia, enquanto empresas nacionais ocupam áreas diversificadas.

O grande interesse de empresas multinacionais é principalmente pela mão-de-obra mais barata, pelo forte mercado consumidor e pela exportação dos produtos industriais a preços mais baixos. Quem observa a saída de navios dos portos de Santos e do Rio de Janeiro tem oportunidade de verificar quantos produtos industriais saem do Brasil para outros países. E aí vem a pergunta:com quem fica o lucro dessas operações? Será que fica para os trabalhadores que as produziram?

A cidade do Rio de Janeiro, caracterizada durante muito tempo como capital administrativa do Brasil até a criação de Brasília, possui também um grande parque industrial. Porém, não tem as mesmas características de alta produção e concentração de São Paulo. Constitui-se também,de empresas de vários tipos, destacando-se as indústrias de refino de petróleo, estaleiros, indústria de material de transporte, tecelagem, metalurgia, papel, têxtil, vestuário, alimentos, etc.

Minas Gerais, de passado ligado à mineração, assumiu importância no setor metalúrgico após a 2º Guerra Mundial e passou a produzir principalmente aço, ferro-gusa e cimento para as principais fábricas do Sudeste. Belo Horizonte tornou-se um centro industrial diversificado, com indústrias que vão desde o extrativismo ao setor automobilístico.

Além do triângulo São Paulo,Rio de Janeiro,Belo Horizonte, existem no Sudeste outras áreas industriais, a maioria apresentando ligação direta com algum produto ou  com a ocorrência de matéria-prima. É o caso de Volta Redonda, Ipatinga, Timóteo, João Monlevade e Ouro Branco, entre outras, ligadas à siderurgia.Outros centros industriais estão ligados à produção local, como Campos e Macaé (açúcar e álcool), Três Corações, Araxá e Itaperuna(leite e derivados), Franca e Nova Serrana(calçados), Araguari e Uberlândia(cereais), etc.

O estado do Espírito Santo é o menos industrializado do Sudeste, tendo centros industriais especializados como: Aracruz, Ibiraçu, Cachoeiro de Itapemirim

Vitória, a capital do Estado, tem atividades econômicas diversificadas, relacionadas à sua situação portuária e às indústrias ligadas à usina siderúrgica de Tubarão.

No Sudeste, outras atividades estão muito ligadas à vida urbana e industrial:comércio, serviço público, profissionais liberais, educação, serviços bancários, de comunicação, de transporte, etc.Quanto maior a cidade, maior variedade de profissionais aparecem ligados às atividades urbanas.

Como entre São Paulo, Rio e Belo Horizonte concentra-se a maior produção industrial do país, a circulação de pessoas e mercadorias é muito intensa na região. Milhares de pessoas estão envolvidas na comercialização, transporte e distribuição dos produtos destinados à industrialização, ao consumo interno ou à exportação. Considerada também o centro cultural do país, a região possui uma vasta rede de prestação de serviços em todos os ramos, com grande capacidade de expansão, graças ao crescimento de suas cidades.

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Sul:

A industrialização do Sul, tem muita vinculação com a produção agrária e dentro da divisão regional do trabalho visa o abastecimento do mercado interno e as exportações.

O imigrante foi um elemento muito importante no início da industrialização como mercado consumidor e no processo industrial de produtos agrícolas, muitas vezes em estrutura familiar e artesanal.

A industrialização de São Paulo implicou na incorporação do espaço do Sul como fonte de matéria-prima, Implicou também na incapacidade de concorrência das indústrias do sul, que passaram a exportar seus produtos tradicionais como calçados e produtos alimentares, para o exterior. Com as transformações espaciais ocasionadas pela expansão da soja, o Sul passou a ter investimentos estrangeiros em indústrias de implementos agrícolas.

A indústria passou a se diversificar para produzir bens intermediários para as indústrias de São Paulo.  Nesse sentido o sul passou a complementar a produção do Sudeste. Daí considerarmos o Sul como sub-região do Centro-Sul.

Objetivando a integração brasileira com os países do Mercosul, a indústria do Sul conta com empresas no setor petroquímico, carboquímico, siderúrgico e em indústrias de ponta (informática e química fina).

A reorganização e modernização da indústria do sul necessitam também de uma política nacional que possibilite o aproveitamento das possibilidades de integração da agropecuária e da indústria, à implantação e crescimento da produção de bens de capital( máquinas, equipamentos), de indústrias de ponta em condições de concorrência com as indústrias de São Paulo.

Nordeste:

A industrialização dessa região vem se modificando, modernizando, mas sofre a concorrência com as indústrias do Centro-Sul, principalmente de São Paulo, que utilizam um maquinário tecnologicamente mais sofisticado.

A agroindústria açucareira é uma das mais importantes, visando sobretudo a exportação do açúcar e do álcool.

As indústrias continuam a tendência de intensificar a produção ligada à agricultura (alimentos, têxteis, bebidas) e as novas indústrias metalúrgicas, químicas, mecânicas e outras.

A exploração petrolífera no Recôncavo Baiano trouxe para a região indústrias ligadas à produção refino e utilização de derivados do petróleo.

Essa nova indústria, de alta tecnologia e capital intenso, não absorve a mão-de-obra que passa a subempregar-se na área de serviços ou fica desempregada.

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As indústrias estão concentradas nas mãos de poucos empresários e os salários pagos são muito baixos, acarretando o empobrecimento da população operária.

O sistema industrial do Nordeste, concentrado na Zona da Mata, tem pouca integração interna. Encontra-se somente em alguns pontos dispersos e concentra-se sobretudo nas regiões metropolitanas:Recife, Salvador e Fortaleza .

Com vistas à política do Governo Federal para o Programa de Corredores da Exportação, instituído no final da década de 70 para atender ao escoamento da produção destinada ao mercado externo, foram realizadas obras nos terminais açucareiros dos portos de Recife e Maceió.

A rede rodoviária acha-se mais integrada a outras regiões do que dentro do próprio Nordeste. A construção da rodovia, ligando o Nordeste(Zona da Mata) ao Sudeste e ao Sul, possibilitou o abastecimento do Nordeste com produtos industrializados no Sudeste e o deslocamento da população nordestina em direção a este.

Centro-Oeste:

Na década de 60, a industrialização a nível nacional adquire novos padrões. As indústrias de máquinas e insumos agrícolas, instaladas no Sudeste, tiveram mercado consumidor certo no Centro-Oeste, ao incentivarem-se os cultivos dos produtos de exportação em grandes áreas mecanizadas.

A partir da década de 70, o Governo Federal implantou uma nova política econômica visando a exportação .Para atender às necessidades econômicas brasileiras e a sua participação dentro da divisão internacional do trabalho, caberia  ao Centro-Oeste a função de produtor de grãos e carnes para exportação.

Com tudo isso, o Centro-Oeste tornou-se a segunda região em criação de bovinos do País, sendo esta a atividade econômica mais importante da sub-região. Sua produção de carne visa o mercado interno e externo.

Existem grandes matadouros e frigoríficos que industrializam os produtos de exportação. O abastecimento regional é feito pelos matadouros de porte médio e matadouros municipais, além dos abates clandestinos que não passam pela fiscalização do Serviço de Inspeção Federal.

Sua industrialização se baseia no beneficiamento de matérias-primas e cereais, além do abate de reses o que contribui para o maior valor de  sua produção industrial . As outras atividades industriais são voltadas para a produção de bens de consumo, como :alimentos, móveis etc. A indústria de alimentos, a partir de  1990, passou a se instalar nos polos produtores de matérias-primas, provocando um avanço na agroindústria do Centro-Oeste. A CEVAL, instalada em Dourados MS, por exemplo, já processa 50% da soja na própria área.

No estado de Goiás por exemplo,existem indústrias em Goiânia, Anápolis,Itumbiara, Pires do rio,Catalão, Goianésia e Ceres. Goiânia e Anápolis, localizadas na área de maior desenvolvimento econômico da região, são os centros industriais mais

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significativos, graças ao seu mercado consumidor, que estimula o desenvolvimento industrial.

Enquanto outras áreas apresentam indústrias ligadas aos produtos alimentares, minerais não metálicos e madeira, esta área possui certa diversificação industrial.Contudo, os produtos alimentares representam o maior valor da produção industrial.

Norte:

A atividade industrial no Norte, é pouco expressiva, se comparada com outras regiões brasileiras. Porém, os investimentos aplicados, principalmente nas últimas décadas, na área dos transportes, comunicações e energia possibilitaram à algumas áreas o crescimento no setor industrial, visando à exportação.

Grande parte das indústrias está localizada próxima à fonte de matérias-primas como a extração de minerais e madeiras, com pequeno beneficiamento dos produtos.

A agroindústria regional dedica-se basicamente ao beneficiamento de matérias-primas  diversas, destacando-se a produção de laticínios;o processamento de carne, ossos e couro; a preservação do pescado, por congelação, defumação, salga, enlatamento; a extração de suco de frutas; o esmagamento de sementes para fabricação de óleos; a destilação de essências florestais; prensagem de juta, etc.Tais atividades, além de aumentarem o valor final da matéria-prima, geram empregos.

As principais regiões industriais são Belém e Manaus. Na Amazônia não acontece como no Centro-sul do país, a criação de áreas industriais de grandes dimensões.

Mais adiante veremos sobre a criação da Zona Franca de Manaus.

A ZONA FRANCA DE MANAUS

A ZFM foi criada em 1957 originalmente através da Lei 3.173 com o objetivo de estabelecer em Manaus um entreposto destinado ao beneficiamento de produtos para posterior exportação. Em 1967, a ZFM foi subordinada diretamente ao Ministério do Interior, através da  SUFRAMA (pelo Decreto-Lei nº 288). O decreto estabelecia incentivos com vigência até o ano 1997.

Ao longo dos anos 70, os incentivos fiscais atraíram para a ZFM investimentos de empresas nacionais e estrangeiras anteriormente instaladas no sul do Brasil, bem como investimentos de novas ET, principalmente da indústria eletrônica de consumo. Nos anos 80, a Política Nacional de Informática impediu que a produção de computadores e periféricos e de equipamentos de telecomunicações se deslocasse para Manaus e a ZFM manteve apenas o segmento de consumo da indústria eletrônica.

A Constituição de 1988 prorrogou a vigência dos incentivos fiscais da União para a ZFM até o ano 2.013, mas com a abertura da economia, nos anos 90, esses incentivos perderam eficácia. Simultaneamente, os produtos fabricados na ZFM passaram a enfrentar a concorrência com produtos importados no mercado doméstico

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brasileiro. As empresas estabelecidas em Manaus promoveram um forte ajuste com redução do emprego e aumento do conteúdo importado dos produtos finais.

A RELAÇÃO DOS MEIOS DE TRANSPORTE E COMUNICAÇÃO, E DO COMÉRCIO COM A INDUSTRIALIZAÇÃO DE UMA DETERMINADA REGIÃO

Os meios de transporte, comunicação e comércio, são os fatores cruciais para que se implante uma indústria em uma determinada região.

Para ser  determinado estratégico para a implantação de uma indústria, um local  tem  que ter fácil acesso à rodovias, que escoem a sua produção para as diversas regiões do país e os portos, visando a exportação.

Os meios de comunicação, também são vitais, para que sejam feitos os contatos necessários para se fechar grandes negócios, visando a obtenção de lucros mais altos, para o crescimento da indústria, a atualização dos conhecimentos e a velocidade de comunicação.

O comércio, também é muito importante, pois para que se produza alguma coisa, é necessário que haja mercado para este produto, e o comércio tem o papel de intermediário entre o produtor e o consumidor final.

Transportes no BrasilHá um predomínio da utilização das rodovias, apesar da relativa importância das ferrovias e das hidrovias para os meios de transporte do Brasil.

O Brasil é um país com dimensões continentais, apresentando uma larga extensão norte-sul, além de uma grande distância no sentido leste-oeste em sua porção setentrional. Por esse motivo, é necessária uma ampla rede articulada que ligue os diferentes pontos do território nacional a fim de propiciar o melhor deslocamento de pessoas e mercadorias.

Além disso, para que o país possa ampliar as exportações, importações e, principalmente, os investimentos estrangeiros, é necessário que os meios de transporte ofereçam condições para que os empreendedores tanto do meio agrário quanto do meio industrial possam ter condições de exercer suas funções sociais. No Brasil, a estratégia principal foi a de priorizar a estruturação do sistema rodoviário – sobretudo a partir do Governo JK – em detrimento da construção de ferrovias e hidrovias, que só recentemente vêm recebendo maiores investimentos.

As rodovias no Brasil

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O transporte rodoviário no Brasil foi – e ainda é – o meio responsável pela maior parte dos fluxos de bens e pessoas no país, que priorizou a sua construção para favorecer as empresas estrangeiras do setor automobilístico e promover a entrada delas no país. A expectativa era estruturar o modal rodoviário a fim de propiciar a construção de polos industriais de automóveis no Brasil com o objetivo de ampliar a geração de empregos, embora hoje as indústrias desse setor empreguem cada vez menos trabalhadores, em função das novas tecnologias fabris.Outra característica da implantação das rodovias no Brasil foi a integração das diferentes partes do território brasileiro, que concentrou seus investimentos nas regiões litorâneas. Esse quadro começou a mudar ao longo do século XX, destacando-se a construção da capital Brasília. Assim, rodovias como Belém-Brasília, Cuiabá-Porto Velho e tantas outras tinham como preocupação estabelecer a ligação entre pontos e localidades até então desconectados.

A grande crítica a essa dinâmica questiona a opção por rodovias, algo não muito recomendado para países com larga extensão territorial, como o Brasil. Em geral, as estradas costumam ter um custo de manutenção mais elevado do que outros meios de transporte, como o ferroviário e o hidroviário, além de um maior gasto com combustíveis e veículos. Em virtude dos elevados custos e da política neoliberal de redução dos gastos públicos em investimentos estruturais, iniciou-se uma campanha de privatização das rodovias, que encontrou o seu auge na década de 1990, mas que ainda ocorre atualmente através de concessões públicas.

Apesar disso, a qualidade das rodovias no Brasil é bastante ruim, além da larga quantidade de estradas não pavimentadas. Elas oneram os gastos públicos, que muitas vezes não conseguem atender às necessidades principais, fator que não se modifica nem com as privatizações, uma vez que as concessões costumam ocorrer apenas com as estradas que já estão prontas e estruturadas.

As ferrovias no Brasil

O transporte ferroviário no Brasil foi predominante até o final do século XIX, quando estruturava os deslocamentos de mercadorias da economia cafeeira, sendo, por essa razão, bastante consolidado na região Sudeste. As ferrovias, apesar dos elevados custos em suas construções, possuem baixos gastos em manutenção, o que não impediu que, de 1950 até os dias atuais, várias delas fossem sucateadas e até desativadas.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)Além disso, existem várias ferrovias no Brasil em construção, mas que as obras encontram-se inacabadas, muito embora os recentes investimentos por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) trabalhem para modificar esse cenário. A

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principal ferrovia no Brasil em construção é a Ferrovia Norte-Sul, que já possui algumas áreas concluídas e em operação (ou com uso e operação a serem efetuados em breve).

Após a privatização de boa parte das ferrovias nacionais na década de 1990 e da derrocada da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), empresa estatal responsável por administrá-las, a participação das ferrovias no Brasil até aumentou, apesar de atender interesses e deslocamentos muito específicos e limitados. Ainda hoje, a malha ferroviária nacional concentra-se nas regiões Sul e Sudeste.

As hidrovias no BrasilO transporte hidroviário é o que possui a menor representatividade e participação nos sistemas de deslocamento nacional, o que é uma grande contradição, haja vista o grande potencial que o país possui para esse modal. No Brasil, a rede hidroviária é muito ampla e muitos rios são navegáveis sem sequer exigir a construção de grandes empreendimentos e estruturas, como obras de correção e instalação de equipamentos.Uma justificativa para a negligência de investimentos nas hidrovias brasileiras é a existência de muitos rios de planalto, que são mais acidentados e exigem mais obras de correção para facilitar o transporte. Os rios de planície, mais facilmente navegáveis, encontram-se em áreas afastadas dos grandes centros econômicos.

Por outro lado, cita-se a concentração de investimentos em rodovias em áreas onde o mais indicado seria o investimento em hidrovias, cujo exemplo mais notório é o caso da Transamazônica, uma estrada construída quase que paralelamente ao rio Amazonas, de fácil navegação.

No entanto, a partir dos anos 1980 e sobretudo após a criação do Mercosul, que passou a exigir mais das hidrovias para a integração do Cone Sul, os investimentos públicos nessa área elevaram-se, mas ainda são insuficientes. As principais hidrovias do Brasil são a Tietê-Paraná, a do Rio São Francisco, a do Amazonas, entre outras.

Em resumo, o que se percebe é que os meios de transporte no Brasil precisam de diversificação para que haja menos dependência das rodovias nos deslocamentos de

mercadorias e pessoas. Em geral, é necessária a instalação de uma matriz multimodal, ou seja, com vários sistemas de transportes diferentes integrados. Outra

necessidade é uma maior integração rumo ao oeste do país, principalmente em direção aos países sul-americanos e ao Oceano Pacífico, com vistas a ampliar as

trocas comerciais dentro do continente e em direção aos países asiáticos.

Exercícios

1-Sobre os diferentes tipos e usos dos transportes no Brasil e no mundo, considere as afirmações a seguir:

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I. Recomendado para distâncias menores, porém com custos mais elevados. A vantagem está em transportar o produto do início ao fim, ou seja, retira-o de seu local de produção e entrega-o ao seu destino final sem a necessidade de outros meios de transporte.

II. Utilizado para grandes distâncias, envolvendo principalmente o deslocamento de pessoas e mercadorias de custo (e lucro) mais elevado. Apresenta um elevado custo, porém uma velocidade maior.

III. Recomendado para países de grande extensão territorial, apresentando altos custos em sua estruturação e baixos custos em sua manutenção. Transporta pessoas e mercadorias, consumindo uma quantidade de energia relativamente pequena.

As proposições acima representam, respectivamente, as descrições dos transportes:

a) rodoviário, ferroviário e hidroviário

b) ferroviário, rodoviário e aéreo

c) marítimo, pluvial e aéreo

d) aéreo, manual e hidroviário

e) rodoviário, aéreo e ferroviário. 

O transporte público no Brasil sempre foi alvo de muitas reclamações ao longo do tempo. Na maioria das vezes, as queixas referem-se ao fato de os veículos estarem sempre lotados, às condições ruins dos carros e à baixa qualidade dos serviços prestados […]. A insatisfação da população com o transporte coletivo nas cidades brasileiras, no entanto, não é uma questão recente. Pesquisas realizadas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 2011 e 2012, revelaram um quadro negativo, com avaliações classificadas como “péssimas ou ruins” ultrapassando os 60%”.

(Disponível em: brasilescola.uol.com.br)Assinale a alternativa que indica um dos principais elementos responsáveis pelos problemas do transporte público no Brasil.

a) Ausência de veículos particulares para a população.

b) Crescimento das cidades menor que o do campo.

c) Barateamento das passagens, elevando a procura e diminuindo os serviços.

d) Crescimento desordenado urbano sem um acompanhamento em infraestrutura.

e) Federalização do transporte coletivo pela Constituição de 1988. 

3- As ferrovias são frequentemente indicadas como a melhor opção para o escoamento de cargas e, até mesmo, de pessoas em todo o território nacional. Entre

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as vantagens que esse tipo de transporte oferece para o país, podemos assinalar, EXCETO:

a) Baixo custos de manutenção e consumo.

b) Participação no deslocamento de todo o percurso da mercadoria a ser entregue.

c) Desafogamento do trânsito nas rodovias.

d) Melhorias na relação entre cargas transportadas e combustível consumido.

e) Menor quantidade estatística de acidentes e perdas de carga. 

4-A soma do tempo gasto por todos os navios de carga na espera para atracar no porto de Santos é igual a 11 anos – isso, contando somente o intervalo de janeiro a outubro de 2011. O problema não foi registrado somente neste ano. Desde 2006 a perda de tempo supera uma década.

Folha de S. Paulo, 25 dez. 2011 (adaptado).

A situação descrita gera consequências em cadeia, tanto para a produção quanto para o transporte. No que se refere à territorialização da produção no Brasil contemporâneo, uma dessas consequências é a

a) realocação das exportações para o modal aéreo em função da rapidez.

b) dispersão dos serviços financeiros em função da busca de novos pontos de importação.

c) redução da exportação de gêneros agrícolas em função da dificuldade para o escoamento.

d) priorização do comércio com países vizinhos em função da existência de fronteiras terrestres.

e) estagnação da indústria de alta tecnologia em função da concentração de investimentos na infraestrutura de circulação.

5- O Setor de Transporte no Brasil: Quanto aos meios de transporte no Brasil, é correto afirmar que:a) as ferrovias gaúchas ganham importância em relação às rodovias nas primeiras décadas do século XX, devido à expansão da sojicultura.b) as rodovias são mais utilizadas no Brasil devido ao baixo custo em relação às hidrovias e às ferrovias, sendo que a grande maioria foi construída pelo poder público na década de setenta do século passado.c) as multinacionais automobilísticas incentivaram o desenvolvimento das rodovias no Brasil, que estão cada vez mais atreladas ao consumo do  petróleo  como fonte de energia.d) o sistema hidroviário brasileiro é considerado de qualidade comparável à do

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europeu, destacando-se o caso gaúcho do rio Jacuí, que transporta cargas pesadas desde a época colonial.e) o principal aeroporto do estado gaúcho está localizado em Porto Alegre, sendo o maior da região Sul, embora tenha abrangência apenas nacional.

6-O Setor de Transporte no Brasil:

Dois fatores que dificultam, no Brasil, a solução do problema retratado na charge são:a) traçado urbanístico antigo das cidades/desqualificação técnica na engenharia de tráfego.b) mentalidade individualista predominante/ falta de investimentos em transporte coletivo.c) indústria automobilística nacional superada/dificuldade de fabricação de veículos ágeis e versáteis.d) desconcentração espacial das indústrias automotivas/congestionamento nas vias de escoamento do trânsito.

gabarito

1-e 2-d 3-b 4-c 5-c 6-b

OS IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA INDÚSTRIA

As economias capitalistas tiveram, do pós guerra até meados da década de 70, uma das fases de maior expansão e transformações da estrutura produtiva, sob a égide do setor industrial. Essa expansão foi liderada por dois grandes subsetores: o metal-mecânico (indústria de automotores, bens de capital e do consumo duráveis) e a química (especialmente a petroquímica).

A rápida implantação da matriz industrial internacional no Brasil internalizou os vetores produtivos da químico-petroquímica, da metal-mecânica, da indústria de material de transporte, da indústria madeireira, de papel e celulose e de minerais não-metálicos todos com uma forte carga de impacto sobre o meio ambiente.

De maneira geral, e abstraindo as características de cada ecossistema, o impacto do setor industrial sobre o meio ambiente depende de três grandes fatores: da natureza da estrutura da indústria em distintas relações com o meio natural; da intensiva e concentração espacial dos gêneros e ramos industriais; e o padrão tecnológico do processo produtivo- tecnologias de filtragem e processamento dos efluentes além do reaproveitamento econômico dos subprodutos.

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A industrialização maciça e tardia incorporou padrões tecnológicos avançados para base nacional, mas ultrapassados no que se refere ao meio ambiente, com escassos elementos tecnológicos de tratamento, reciclagem e reprocessamento.

Enquanto o Brasil começa a realizar ajustes no perfil da indústria nacional, a economia mundial ingressa em um novo ciclo de paradigma tecnológico. Ao contrário da industrialização do pós-guerra, altamente consumidora de recursos naturais – matérias – primas, “commodities” e energéticos, o novo padrão de crescimento tende a uma demanda elevada de informação e conhecimento com diminuição relativa do “consumo” de recursos ambientais e de “produção” de efluentes poluidores.

O que é Mercosul:

Mercosul é a abreviação de Mercado Comum do Sul, um bloco econômico sul-americano formado oficialmente pelo Brasil, Argentina, Uruguai eParaguai.

Desde 1995 que o Mercosul comporta-se como uma União Aduaneira, ou seja, possui livre comércio e TEC (Tarifa Externa Comum). Porém, esse bloco é considerado como uma “união aduaneira imperfeita” por ainda haver algumas restrições para entrada de produtos entre os países do bloco. 

O principal objetivo do Mercosul é garantir a construção de uma consolidação econômica, política e social entre os países-membros, colaborando para o aumento da qualidade de vida dos cidadãos que habitam os Estados que constituem o bloco.

Como o próprio nome sugere, o Mercosul visa a definição de um mercado comum entre os governos pertencentes ao bloco e, para atingir esta meta, define algumas regras, como:

Garantia da livre circulação de bens, serviços e produtos entre os países membros;

Garantia da TEC (Tarifa Externa Comum) em negociações comerciais com Estados que não pertencem ao bloco econômico;

Políticas macroeconômicas e setoriais nos estados-membros;

Compromisso em fortalecer a integração entre todos os membros efetivos da organização.

O bloco também tem objetivos sociais e de proteção à cidadania. Para isso, busca promover a valorização da diversidade de culturas dos seus países, além de melhorias em áreas como saúde e educação.

Para fazer parte do Mercosul, um país deverá assinar um protocolo de adesão com os pré-requisitos que deverão ser cumpridos. A maior parte desses termos surge no decorrer das negociações, mas existem alguns deles que são padronizados para todos os membros, a saber: fazer parte da ALADI, possuir um regime interno

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democrático e ser aprovado por todos os membros efetivos por unanimidade. Até que o país consiga atender a todas as exigências apresentadas, fica provisoriamente vinculado ao Mercosul na condição de membro associado.

Não há, no entanto, nenhum tipo de exigência econômica preestabelecida com relação ao grau de desenvolvimento do país candidato

Da mesma maneira, o Mercosul valoriza e implementa políticas que permitam a livre circulação de pessoas entre os países do bloco.

Criação do MercosulO Mercosul foi criado a partir do Tratado de Assunção, assinado em 26 de março de 1991 pelos governos do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.Porém atualmente, o Mercosul é regido com base no Protocolo de Ouro Preto, firmado em 17 de dezembro de 1994 e em vigor desde dezembro de 1995.

Países do MercosulTodos os países da América do Sul estão ligados ao Mercosul, seja como membros efetivos ou como associados.

A partir de 2012 os membros considerados como Estados Associados do bloco são:Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai (desde 26 de março de 1991).

A Venezuela ingressou no bloco em 7 de dezembro de 2012, mas está suspensa desde 2016 por descumprir o Protocolo de Adesão e por desrespeitar a Cláusula Democrática do Bloco.

Estados Associados

Já os países classificados como Estados Associados são: Chile (desde 1996), Peru (desde 2003), Colômbia, Equador (desde 2004), Guiana, Suriname (desde 2013) e Bolívia (atualmente em processo para se tornar um Estado Associado).

A principal diferença entre os Estados Parte e os Estados Associados está no poder de decisão que os primeiros possuem em relação aos assuntos importantes do bloco. Os associados, por exemplo, não têm o direito de votar para a aprovação do ingresso de novos estados-membros na organização.

Os Estados Associados também não usufruem da Tarifa Externa Comum (TEC), que consiste numa taxa padrão sobre os produtos que são exportados para os países de fora do bloco. A TEC ajuda a evitar concorrência comercial internacional e privilegia os membros efetivos deste acordo.

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Estados observadores

Também existem os países denominados observadores, que possuem o direito de participação nas reuniões do bloco, apenas para acompanhamento, mas sem qualquer poder de voto ou de decisão.

Atualmente os países observadores são México (desde 2016) e Nova Zelândia (desde 2010).

Avanços do MercosulPara atingir mais avanços econômicos, proteger direitos humanos e ter mais equilíbrio na política dos países do bloco foram assinados, no ano de 2017, três protocolos importantes.

O Protocolo de Cooperação e Facilitação de Investimentos dá mais segurança para que novos investidores tenham garantias para investir nos Estados que pertencem ao bloco.Já a assinatura do Protocolo de Contratações Públicas do Mercosul diminuiu os custos de governo e ampliou o leque de novos negócios que podem ser fechados.Em relação à proteção dos direitos dos consumidores dos países do Mercosul foi assinado o Acordo do Mercosul sobre Direito Aplicável em Matéria de Contratos Internacionais de Consumo.

EXERCICIOS1-O advento do Mercosul ampliou bastante as relações comerciais e financeiras do Brasil com seus vizinhos do sul e sudoeste. Até os anos 1980, esses países sul-americanos não eram parceiros comerciais importantes, principalmente em relação a investimentos, porém, nos anos 1990, passou a figurar notadamente a Argentina entre os mais importantes para o comércio exterior brasileiro. Um crescente número de empresas do Brasil já abriu filiais na Argentina (e vice-versa), e muitas indústrias estrangeiras se instalaram em um desses países a fim de produzir para todo o mercado consumidor do Mercosul”.                                                                        VESENTINI, José William. Geografia: o mundo em transição. São Paulo: Editora Ática, 2012. p.333.Sobre os países que compõem o Mercosul e suas relações comerciais, assinale a alternativa incorreta:a) O Mercosul foi criado com o objetivo de ampliar o comércio entre os países-membros através da redução ou eliminação de tarifas alfandegárias.

b) Os membros associados ao Mercosul são: Chile, Bolívia, Equador, Peru, Colômbia, Guiana e Suriname.  

c) Em 2004, o México ingressou no bloco como membro observador.

d) O Mercosul, ainda hoje, não é considerado um bloco econômico constituído por uma União Aduaneira. 

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2-A Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai formam o Mercosul (Mercado Comum do Sul), o organismo que estabelece as regras e os procedimentos para a integração econômica entre os quatro países. Sobre esse bloco econômico, é correto afirmar que:

a) integra países com povoamento, dinâmica econômica e nível de renda muito diferentes.

b) estabelece “fronteiras abertas” para o livre deslocamento de pessoas, produtos e capitais.

c) permite a livre circulação dos bens industriais sem restrições e barreiras alfandegárias.

d) restringe os fluxos migratórios devido às rivalidades históricas existentes dentro do bloco.

3-Observe o gráfico:

A leitura do gráfico permite concluir que:

a) a composição econômica dos membros do Mercosul é muito heterogênea.

b) o ingresso da Bolívia no Mercosul não deve alterar as relações internas no bloco.

c) dos atuais integrantes do Mercosul, o Brasil é que pode ser considerado industrializado.

d) apesar das diferenças econômicas entre os membros, o Mercosul é um dos blocos mais atuantes do mundo.

e) o aumento da participação do Mercosul na OMC (Organização Mundial do Comércio) deve alterar a atual disparidade interna no bloco. 

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4-No ano de 2012, o presidente Fernando Lugo sofreu um processo de impeachment em seu país, dando lugar a Federico Franco, que assumiu o país interinamente até a realização de novas eleições, que ocorreram em abril de 2013. No entanto, muitos analistas políticos consideraram essa questão como um Golpe de Estado por não se embasar em fundamentações práticas consistentes e por não dar o direito de defesa ao presidente deposto. Considerando essas argumentações, o Mercosul decidiu pela exclusão provisória do país do bloco, entendendo a atitude antidemocrática tomada em seu contexto político.

O país a que o texto se refere é:

a) Argentina

b) Paraguai

c) Uruguai

d) Bolívia

e) Equador

5-Assinale a alternativa abaixo que NÃO representa um dos critérios estabelecidos pelo Mercosul para a adesão de um país como membro efetivo do bloco.

a) Fazer parte da ALADI (Associação Latino-Americana de Integração).

b) Apresentar uma economia em estágio avançado de desenvolvimento.

c) Possuir um regime político interno democrático.

d) Aprovação de sua entrada por unanimidade pelos membros efetivos.

e) Associar-se primeiramente como membro associado até que todas as exigências sejam cumpridas. 

1-D 2-A 3-A 4B 5B

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