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Moedas digitais, zonas monetárias, cadeias produtivas 49 visualizações 0 pessoas gostaram 0 comentários Se pedissem ao grupo MacDonalds a utilização do Euro ou do dólar para compensação dos saldos entre as empresas do mesmo grupo ao longo de uma cadeia de produção, isso não faria qualquer sentido em termos de poupança financeira. A criação de uma unidade de conta com finalidade de compensação de saldos entre um grupo de empresas é o que hoje acontece com as S.G.P.S - sociedades gestoras de participações sociais, o que se traduz em poupanças fiscais através do abatimento de lucros com prejuízos de diversas sociedades por vezes de sectores completamente diferenciados. A criação das SGPS permite reduzir também custos administrativos. Em alternativa ás SPGS poderá pensar-se numa figura mais informal como a associação empresarial a liderar este processo de compensação de saldos. Esta unidade de conta em relação à moeda de curso legal tem a vantagem de não acarretar juros e possibilitar as operações equiparadas às dos preços de transferência. Acontece que as PME partem em desvantagem face aos grupos económicos quer por desconhecimento quer por falta de cooperação ao nível financeiro e de tesouraria, acabando por ser "presas fáceis" do sistema bancário comercial. A única diferença entre utilizar uma unidade conta dentro C o m p a r t i l h a r n o T w i C o m p a r t i l h a r n o F a c e C o m p a r t i l h a r n o L i n k

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Moedas digitais, zonas monetárias, cadeias produtivas

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Se pedissem ao grupo MacDonalds a utilização do Euro ou do dólar para compensação dos saldos entre as empresas do mesmo grupo ao longo de uma cadeia de produção, isso não faria qualquer sentido em termos de poupança financeira.A criação de uma unidade de conta com finalidade de compensação de saldos entre um grupo de empresas é o que hoje acontece com as S.G.P.S - sociedades gestoras de participações sociais, o que se traduz em poupanças fiscais através do abatimento de lucros com prejuízos de diversas sociedades por vezes de sectores completamente diferenciados. A criação das SGPS permite reduzir também custos administrativos. Em alternativa ás SPGS poderá pensar-se numa figura mais informal como a associação empresarial a liderar este processo de compensação de saldos.Esta unidade de conta em relação à moeda de curso legal tem a vantagem de não acarretar juros e possibilitar as operações equiparadas às dos preços de transferência. Acontece que as PME partem em desvantagem face aos grupos económicos quer por desconhecimento quer por falta de cooperação ao nível financeiro e de tesouraria, acabando por ser "presas fáceis" do sistema bancário comercial.A única diferença entre utilizar uma unidade conta dentro de um grupo empresarial e dentro de uma rede de empresas independentes encontra-se nos aspectos relacionados com segredo comercial (privacidade vs transparência) e o risco

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de mutualização de débitos incobráveis.Portanto, um projecto de criação de uma unidade de conta para uma rede de empresas juridicamente independentes tem 2 benefícios:mercados mais transparentes e juros mais reduzidos ou nulos, e duas desvantagens: partilha de segredos comerciais e a mutualização do risco de crédito.Ou seja, quanto mais transparentes e mais altas as taxas de juro das zonas monetárias em que as empresas estão sediadas maior o incentivo para a criação de redes de crédito. Porém numa economia pujante, existe um elevado nível de confiança, com taxas de juros baixas, e isso normalmente está relacionado com altos níveis de transparência nos mercados. Há também determinados sectores de actividade onde o peso do segredo comercial ou contratual pode ser amenizado por um serviço de patentes eficiente e por um sistema de justiça célere.Por vezes estes "arranjos" podem confundir-se com a fraude do carrossel em que são criadas transacções fictícias, onde realmente não circulam mercadorias, apenas facturas falsas, com o único intuito de enganar a autoridade tributária.Devemos ainda considerar o ciclo das vendas ou ciclo produtivo em que as empresas operam. Nos sectores ou actividade de ciclo longo não faz muito sentido implementar um sistema de compensação independente do sistema bancário actual. Não havendo uma fronteira muito distinta de prazos posso afirmar que é mais seguro trabalhar no curto prazo com quase-moedas ou unidades de conta e no longo prazo trabalhar com capital (ouro ou uma moeda legal bem ancorada).Por último, a localização. Actualmente a maior parte das cadeias de produção de um só bem ou serviço distende-se por milhares de quilómetros e agentes económicos. Só faz sentido trabalhar com um sistema de compensação a título complementar, isto é, em cada

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operação definir e registar qual a percentagem de valor criado localmente dentro da rede delimitada de empresas.Como é evidente, depois do processo de compensação, algumas empresas ficarão com saldo positivo no sistema pelo que deverão poder resgatar esse saldo em troca de moeda corrente ou activos seguros. Para tal o sistema deve estar pré-configurado para criar uma pool de poupança comum. Também deve visar um sistema de garantia para proteger os membros contra o risco de default ou insolvências pontuais.À partida, parece complexa a criação deste sistema. Mas também é complexa a produção de um Airbus A380, no entanto, não impossível. Nos próximos anos as tecnologias de informação irão revolucionar a forma como transaccionamos valor. Isso vai reflectir-se com o desaparecimento do modelo bancário centralizado e sua substituição porredes de crédito empresarial.Em síntese, quando há condições de escalabilidade e quando existe uma percepção de risco diferente da opinião dos bancos centrais e do sistema financeiro em geral, existem benefícios e captação de valor através da criação de redes de crédito empresarial. Estas redes podem ser ancoradas, com maior adesão, em redes de serviços partilhados (facturação, sourcing, procurement) e é o que já está a acontecer por exemplo com a rede de sourcing (por exemplo, a Ariba, Alibaba) e outras que estão a criar os seus próprios sistemas de pagamento (Aribapay, Alipay)Hoje em dia há alguns modelos que apontam para esse futuro: são eles as barter exchanges nos países anglo-saxónicos, as moedas complementares, o Banco WIR da Suiça, o sistema C3 - Circuito de Crédito Comercial,, em testes em países latino-americanos, o Sardex, sistema barter italiano que tem vindo a ser replicado em Itália em várias regiões e a tecnologia aberta "block chain" de registo

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criptográfico descentralizado em que assenta o bitcoin.Esta evolução para sistemas financeiros mais inteligentes e eficientes é inevitável e segue em convergência com a revolução industrial que se irá assistir com a massificação das tecnologias de impressão 3D e ainternet das coisas, que irão relocalizar as empresas e redefinir o comércio internacional e as cadeias de produção, provavelmente com mais enfâse sobre o controlo e especulação sobre as matérias-primas.No século XIX e até à criação do FED nos EUA a maior parte do comércio internacional era financiado através de cartas de crédito (crédito documentário, letras de crédito internacional) . Os principais bancos de Londres trocavam as cartas de crédito dos seus clientes numa câmara de compensação do Banco Central. Não é irrealista pensar no aparecimento de modelos similares de compensação, tecnologicamente sofisticados, face a perda de credibilidade dos bancos centrais e do sistema financeiro em geral.

Instrumentos de cobertura de risco(empresas exportadoras/importadoras)

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A gestão do risco diminui a volatilidade dos cash flows, face a oscilações de taxas de juro, taxas de câmbio e/ou preços de mercadorias. As empresas exportadoras que conseguem gerir os riscos a que estão expostas evitam o risco de desvalorização das suas receitas futuras podendo usufruir dos riscos decorrentes da valorização. Os empresários deverão compreender a evolução e tendências das taxas de juro dos seus financiamentos e das (diversas) taxas de câmbio das divisas que definiram para pagamentos ou recebimentos futuros dos seus fornecedores ou clientes internacionais a fim de poderem adoptar políticas adequadas de gestão de risco . Deverão também procurar informação sobre indicadores de risco - país.

As cinco fases do processo de gestão do risco são as seguintes:

1.Identificação das fontes de exposição (decisão de importação ou exportação, utilização de várias moedas, volatilidade dos preços, das taxas de juro e/ou de câmbio, a utilização de taxas de financiamento fixas ou variáveis, o ciclo de actividade produtiva e comercial).

2.Quantificação da exposição -Determinar se o volume de transaçoes em risco, das taxas de juro e de câmbio e da volatilidade dos preços, e os seus impactos sobre os cash flows justifica a contratação de instrumentos de cobertura de risco

3.Escolha da política de risco. A escolha da política de cobertura de risco deve obedecer a uma análise custo-benefício:

a) Não cobertura (não se justifica a utilização de qualquer tipo de instrumento de cobertura de risco). O custo é muito elevado ou o benefício é reduzido ou nulo.

b)Cobertura sistemática (cobrir todas as posições desfavoráveis possíveis). O custos de cobertura são baixos para os mercados e transacções em questão pelo que se justifica a compra /venda de contratos financeiros. Ou a empresa não pode prescindir de um determinado benefício quantificado.

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c) Politica de cobertura selectiva (cobrir apenas as perdas com maior probabilidade de ocorrência em função de diversas tipologias de transacções, mercados e instrumentos financeiros disponíveis ou replicáveis através de activos).

4.Avaliação da capacidade de cobertura (contratação de instrumentos de cobertura de risco e/ou linhas de seguros de crédito comercial para exportação).

5.Escolha dos instrumentos de cobertura –A escolha pode consistir unicamente em instrumentos mais comuns ou sobre técnicas mais avançadas de cobertura.

Existem dois tipos de cobertura de risco que têm que ver com a estrutura internacional : cobertura de risco de taxa de juro e cobertura de risco cambial.

Cobertura de Taxa de JuroCom esta cobertura é possível eliminar ou reduzir o impacto negativo das variações imprevistas da taxa de juro nos encargos financeiros da actividade empresarial e na rendibilidade das aplicações. Dentro desta classe de cobertura, existem 4 instrumentos que podem ser seleccionados e/ou combinado, seguindo as 5 etapas referidas anteriormente:

a) Forward Rate Agreement - FRA. É um contrato financeiro que permite a fixação a prazo de uma taxa de juro, com início numa determinada data futura, de uma aplicação ou financiamento.

b)Interest Rate Swap - IRS. É um contrato financeiro que permite alterar a taxa juro variável para taxa juro fixa e vice-versa, com determinado prazo e periodicidade.

c) Cap. Permite fixar um valor máximo para a taxa de juro do financiamento

d) Floor.Permite fixar um valor mínimo para a taxa de juro de uma aplicação financeira

e) Collar. Permite fixar a taxa de juro do financiamento entre um valor máximo e um valor mínimo.

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Cobertura de Risco CambialA Cobertura de Risco Cambial elimina ou reduz o risco cambial associado a operações financeiras e a transações comerciais realizadas com outras divisas, permitindo fixar o preço de compra ou venda de uma moeda estrangeira. Protege contra a variação de pagamentos ou recebimentos futuros.

Dentro desta classe de cobertura de risco existem também 4 instrumentos que devem ser utilizados ou combinados recorrendo à matriz de análise acima referida:

a)Forward Cambial. É um contrato financeiro que determina uma taxa de câmbio para pagamentos e recebimentos futuros, garantindo o valor dos mesmos independentemente de variações cambiais imprevisíveis.

b) Swap Cambial. Neste contrato há uma troca (compra e venda) de moedas entre duas entidades. Ver exemplo aquic) Call e Put Cambial. A Call permite cobrir o risco de apreciação cambial (vocacionada para importadores). A Put Cambial por sua vez visa cobrir o risco de depreciação de uma determinada moeda face a outra (vocacionada para exportadores). São produtos mais flexíveis, em relação ao Forward, porque permitem usufruir de evoluções cambiais favoráveis.

d) Cilindro. Contrato financeiro que permite combinar uma Call e uma Put Cambial. A compra de uma das opções call ou put permite financiar parcial ou totalmente a outra. Ou seja, a empresa abdica de usufruir totalmente de evoluções cambiais favoráveis em troca de uma diminuição do prémio do contrato.

Para identificação das fontes de exposição do risco (ponto 1) utilizam-se as técnicas de análise financeira provenientes de indicadores sectoriais/regionais, (agências de) informações de mercado e peças contabílistas.

O investimento em activos pouco correlacionados ou com correlação negativa permite, por vezes, replicar os instrumentos financeiros apresentados quando estes não estão disponíveis ou têm custo elevado de contratação (ponto 2).

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Contraparte central para Garantias Financeiras

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A contraparte central é uma entidade jurídica prevista na legislação portuguesa e supervisionada pela CMVM.Admitamos que uma plataforma de intermediação de garantias financeiras teria um volume mínimo de transacções. Não é irrealista pensar nisso porque, por exemplo, nos EUA os bancos não podiam emitir garantias bancárias apenas cartas de crédito / crédito documentário. 

O modelo de negócio desta plataforma avançaria então para uma contraparte central (CCP) autónoma. A única CCP actualmente registada em Portugal é a Interbolsa , com sede no Porto, a quem foram atribuidas competências de Agência Nacional de Codificação dos valores mobiliários.

Os requisitos legais de capital social e margens de uma CCP têm vindo a ser desenhados pela Comissão Europeia e Estados Unidos. A legislação na Europa EMIR / Derivatives está concentrada aqui: (Regulation (EU) No 648/2012)

Vejo 3 razões para implementar este novo mercado para negociação de garantias:1) Os Estados vão deixando de ter capacidade de absorver riscosatravés

dos sistemas de garantias e contragarantias com comissões de muito reduzidas, "capped guarantees" (actualmente não mais de 1%). Estas entidades que tem canalizado estes intrumentos têm sido, a nível europeu, o Banco

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Europeu de Investimento, e em Portugal, a Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua, que gere o Fundo de Contragarantia do Estado e funciona como holding das sociedades de garantia mútua (Lisgarante, Norgante, Garval e Agrogarante).O sistema de garantia mútua está desenhado para repartir de forma mais ou menos equitativa os riscos em 4 entidades: Bancos (<25%), Sociedade de Garantia, Fundo de Contragarantia (Estado Português) e Fundo Europeu de Investimento.O modo de concessão de garantias mútuas é centralizado ao nível institucional, sendo que as empresas candidatas têm de apresentar rácios e indicadores pré-definidos.

Se as comissões aumentarem, por força de um mercado transparente e competitivo, para um valor realista, poderão então ser atraidos investidores privados. Há quem proponha que se crie obrigações com garantia da SPGM. Mas não será mais fácil ir com a garantia ao Banco para este emitir liquidez, como já é usual?

A questão de fundo é tentar compreender como é que os investidores poderão ganhar confiança para adquirir riscos e libertar por via directa ou indirecta liquidez na actividade económica.

2) Desde a crise financeira de 2008, há pressões e normas a serem criadas para os bancos deixarem de negociar diversos títulos derivativos OTC (títulos negociados fora das bolsas, sem uma contraparte ou registo independente). Estas normas têm vindo a ser concentradas na regulamentação EMIR (Europa) e Dodd Frank (EUA)O EMIR entrou em vigor dia 16 de Agosto de 2012 e estatui deveres em matéria de:

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a) Compensação centralizada e gestão de risco bilateral para os contratos de derivados de mercado de balcão;

b) Comunicação de reporte relativa aos contratos de derivados;

c) Exercício das atividades das contraparte centrais; e

d) Repositórios de transações.

Foi publicado, a 18 de março de 2014, o Decreto-Lei n.º 40/2014, que concretiza o EMIR na ordem jurídica interna.Os bancos também têm pressões para reduzirem a sua exposição a derivados financeiros a fim de cumprirem determinados rácios de solvabilidade descritos nas regulamentações auto impostas pelo BIS -Basel III. Note-se que as garantias   oferecidas pelo BEI  actualmente não são contabilizadas para os rácios determinados por Basel I e Basel II(zero

risk weighting). Mas no Acordo Basel III não há uma referência quanto a este aspecto: ( pág. 22: The eligibility of guarantees provided by private or public

mutual schemes and guarantee banks as Credit Risk Mitigation Techniques. These schemes

are not in fact explicitly cited by the relevant article (Art. 197, para 1 of the draft CRD IV,

implementing the Basel III accord)As pressões sobre os rácios bancários levam a uma erosão da liquidez com consequência a diminuição do crédito bancário e da liquidez na economia, sobretudo na Europa e EUA. A alternativa provável é criar novos mercado e novos instrumentos de partilha de risco junto dos investidores privados, como o crowdfunding e os empréstimos peer-to-

peer.

3) A tecnologia da moeda virtual criptográfica permitirá, em breve, escrever contratos "inteligentes", sob a forma de código informático:

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são contratos irrevogáveis cujas instruções não podem ser adulteradas ou apagadas pois estão a ser replicadas e actualizadas em bases de dados descentralizadas, em que cada utilizador arquiva uma cópia que não conseguirá descodificar sozinho.

Este novo conceito de notário "virtual" pode transmitir mais confiança e transparência aos mercados de capitais. Existem diversas startups a explorar este conceito das quais destaco a Ethereum, a Blockchain, a

Blocksign e a Ripple (projecto Codius). Cada um destes projectos partilha o seu código aberto na plataforma Github.Um relatório da Long Finance (Z/Yen Group) , de Dezembro de 2014, sintetiza as pontencialidades da tecnologia critpográfica (block chain) aplicadas aos contratos de seguros.P.S. A Earthtrack discutiu neste artigo as consequências prováveis da manutenção dos actuais auxilios estatais sob a forma de garantias, criticando as capped guarantees de 1% recomendados pela OCDE.

Garantia bancária vs Crédito Documentário 60 visualizações

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O surgimento da garantia autónoma fez-se por exigência do comércio

internacional, após a segunda guerra mundial, que passou a ver nas

garantias tradicionais, quer pessoais quer reais, um entrave para o seu

desenvolvimento. Criou-se então uma procura por novas modalidades de

garantias que trouxessem mais agilidade e segurança para o comércio

internacional, que em norma é estabelecido entre pessoas que não

conhecem a situação patrimonial e solvabilidade mútuas. Para evitar

atrasos e custas judiciais, além de assegurar o resultado financeiro

pretendido de forma célere e por ser o garante (um banco, em regra)

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pessoa jurídica com solvabilidade e honorabilidade conhecidas, surge

então a garantia autónoma que passa a ser, na prática, a solução para

estas questões. (1)A garantia bancária e uma carta de crédito são semelhantes em muitos aspectos, mas são duas coisas diferentes. As cartas de créditoasseguram que uma operação prossegue como planeado, enquanto que as garantias bancárias visam reduzir a perda, se a operação não sair como planeado.

A carta de crédito é uma obrigação assumida por um banco para fazer um pagamento, quando determinados critérios sejam cumpridos. Uma vez que esses termos estão concluídos e confirmados, o banco irátransferir os fundos. Isso garante que o pagamento será feito enquanto os serviços são realizados.

A garantia bancária, como uma linha de crédito, garante uma soma de dinheiro a um beneficiário. Ao contrário de uma linha de crédito, a somasó é paga se o opositor não cumprir as obrigações previstas nos termos do contrato. Isso pode ser usado para garantir, essencialmente, a umcomprador ou vendedor, perdas ou dano devido ao não cumprimento docontrato pela outra parte.

Por exemplo, uma carta de crédito pode ser utilizada no fornecimento de mercadorias ou a realização de um serviço. O vendedor pode solicitar aocomprador uma carta de crédito antes de ocorrer a transação. O comprador iria comprar essa carta de crédito de um banco e enviá-lopara o banco do vendedor. Essa carta iria substituir o crédito do bancopara o seu cliente, garantindo o pagamento integral e pontual.

A garantia bancária pode ser usada quando um

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comprador obtémprodutos de um vendedor, e em seguida, encontra-se com dificuldadesde fluxo de caixa e não pode pagar ao vendedor. A garantia bancáriapagaria uma quantia acordada para o vendedor. Da mesma forma, se o fornecedor não puder apresentar as mercadorias, o banco teria, então, pagar o comprador a soma acordada. Essencialmente, a garantia bancária é uma medida de segurança para a parte contrária na transação.

Estes instrumentos financeiros são frequentemente utilizados no financiamento do comércio, quando os fornecedores ou vendedores,estão a comprar e a vender mercadorias de e para os clientes no exteriorcom os quais eles não tenham estabelecido relações comerciais. Os instrumentos são projectados para reduzir o risco assumido por cada uma das partes.A Comissão Bancária da ICC (Câmara de Comércio Internacional) e a SWIFT (uma cooperativa criada pelos Bancos para gestão de dados e mensagens interbancárias) criaram em 2012 a obrigação de pagamento bancária (Bank Payment Obligation) que não é mais do que uma versão 100% digital e standardizada da carta crédito.

Mais detalhes sobre a Carta de crédito (ou Crédito Documentário) (2)

A carta de crédito (em inglês: Letter of credit, ou simplesmente L/C) é um dos instrumentos básicos do comércio internacional, como meio de providenciar ao comprador e vendedor de uma mercadoria, normalmente em países diferentes, um sistema para certificar a segurança de ambos. Consiste de uma carta endereçada pelo banco do comprador, aos custos do comprador, a um vendedor, autorizando-o a dispor de uma determinada quantia de dinheiro desde que se

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cumpram determinados termos e providenciando condicionalmente ou incondicionalmente o pagamento.As partes envolvidas

comprador (o qual faz o pedido)

banco do comprador (o emitente)

beneficiário (o vendedor)

banco do beneficiário (avisador e confirmador).

Tipos de cartas de crédito Revogáveis (usadas normalmente em situações onde o comprador tem

grande poder de negociação).

Irrevogáveis (oferecem mais segurança ao vendedor, são as mais comuns).

Fontes citadas:

(1)Daniel Medina Ataíde

(2)Wikipedia, Investopedia

Garantias vs Seguros de crédito 30 visualizações

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Existem duas grandes diferenças entre os seguros e garantias. Uma diferença é que o seguro é um contrato directo entre a seguradora e o tomador, enquanto uma garantia envolve um acordo indirecto entre um beneficiário e um terceiro, junto com o

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acordo preliminar entre o principal e beneficiário. A segunda diferença é que os cálculos de apólices de seguros são baseados em subscrição e perda possível, enquanto a garantia está focada estritamente sobre o desempenho ou não desempenho. Além disso, as seguradoras ou segurados podem cancelar políticas com aviso prévio, enquanto que as garantias muitas vezes não podem ser canceladas. 

Atendendo à natureza dos riscos cobertos, e à referência à garantia bancária autónoma, crédito documentário e contrato de factoring enquanto serviços financeiros com objectivos similares, podemos afirmar que o seguro de crédito(e, em geral, os seguros financeiros) concorrem no mercado com outros produtos financeiros. 

O seguro de crédito – na sua acepção clássica – permite ao credor, mediante o pagamento de um prémio a uma seguradora, cobrir-se contra o não-pagamento dos créditos devidos por pessoas previamente identificadas e em situação de incumprimento.

O contrato de seguro de crédito destina-se a proteger o segurado do não cumprimento por parte de um seu devedor. Assim, e a título de exemplo, o seguro de crédito pode ser utilizado na seguinte situação de comércio internacional. Um determinado agente económico, pretendendo cobrir o risco inerente a certas relações comerciais – como, por exemplo, a exportação de mercadorias para clientes de um outro país – segura diversos contratos, pagando um prémio para que a seguradora lhe pague caso este não consiga receber algum dos seus

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créditos. 

Outro exemplo será o de uma fábrica cuja produção é destinada para um rol definido de clientes, sendo o pagamento dos bens fabricados feito aquando da sua entrega. Contratando-se um seguro de crédito, a seguradora determina um prémio a pagar, normalmente calculado tendo por base o volume de negócios anual do segurado e o risco de crédito dos seus clientes,segurando esses créditos até uma certa percentagem previamente acordada.

Comissão Europeia obrigou Portugal a recuperar auxílios ilegais (seguro de crédito à exportação)

A Comissão Europeia declarou, em 2011, o regime de seguro de crédito à exportação em operações garantidas a curto prazo, criado por Portugal, auxílios do Estado incompatíveis com o mercado interno, obrigando à sua recuperação imediata e efetiva.

Este regime permitia que as empresas, que tinham um limite de crédito junto de uma seguradora privada, pudessem beneficiar de uma cobertura estatal complementar para o crédito à exportação e para as operações comerciais de curto prazo. A cobertura adicional concedida pelo Estado poderia chegar até aos 100% do montante coberto pela entidade seguradora e ficaria sujeita a uma contrapartida fixada em 60% da taxa aplicada pelas seguradoras.

A CE apontou quatro principais razões para justificar a actual condenação do Estado português. Em primeiro lugar, a CE considerou que o regime português não abrangia as empresas que não podiam

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obter uma cobertura de base junto de uma seguradora privada, o que representava a exclusão das empresas que estariam à partida mais afectadas pela crise financeira e, por conseguinte, que mais careciam deste tipo de apoio.

A CE considerou ainda que a oferta de um prémio abaixo do preço do mercado ultrapassava o estritamente necessário para evitar a perturbação do mercado e, em simultâneo, distorcia a concorrência entre as empresas que obtiveram a cobertura ao abrigo deste regime e as empresas que não o conseguiram. Por outro lado, o Estado português não fez prova de que o seguro privado estava efectivamente indisponível no mercado.

Por último, a CE considerou que este regime contribuiu para proteger as posições de mercado das seguradoras de crédito privadas, uma vez que impediu a substituição do seguro de crédito a curto prazo por outros produtos que também poderiam proteger o crédito, como é o caso do crédito documentário ou do factoring.https://communities.cyclos.org/garanteemarket#page-content!id=7762070814179463999