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Introdução O presente trabalho aborda sobre o balanço e as demonstrações de resultados, Neste trabalho iremos focar tratar mais da contabilidade como processo de recolha, analise, registo e interpretações de tudo o que afecta a riqueza das unidades económicas é sem duvida um dos mais poderosos suportes de informação para a gestão. Neste caso a contabilidade é uma actividade que proporciona informação, geralmente quantitativa, para tomadas de decisões, planeamento, controlo das fontes e registo dos factos patrimoniais. Neste sentido, o balanço e as demonstrações de resultados tomam um papel preponderante quando se pretende informações acerca da posição financeira, do desempenho e das alterações na posição financeira de uma empresa. As demonstrações de resultados são instrumentos contabilísticos que reflectem a situação económico- financeira de uma empresa. Por isso o presente trabalho vai tratar pormenorizadamente do Balanço e das demonstrações de resultados, com o objectivo de sensibilizar os leitores para a importância deste tema financeiro como instrumento fundamental das finanças empresariais. A demonstração de resultado fornece informação acerca do desempenho de uma empresa, em particular a sua lucratividade. Como é evidente, devem existir normas consistentes, caso contrário seria necessário indicar em cada demonstração os 3

Balanço e as demonstrações de resultados

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Page 1: Balanço e as demonstrações de resultados

Introdução

O presente trabalho aborda sobre o balanço e as demonstrações de resultados, Neste

trabalho iremos focar tratar mais da contabilidade como processo de recolha, analise,

registo e interpretações de tudo o que afecta a riqueza das unidades económicas é sem

duvida um dos mais poderosos suportes de informação para a gestão. Neste caso a

contabilidade é uma actividade que proporciona informação, geralmente quantitativa,

para tomadas de decisões, planeamento, controlo das fontes e registo dos factos

patrimoniais.

Neste sentido, o balanço e as demonstrações de resultados tomam um papel

preponderante quando se pretende informações acerca da posição financeira, do

desempenho e das alterações na posição financeira de uma empresa. As demonstrações

de resultados são instrumentos contabilísticos que reflectem a situação económico-

financeira de uma empresa. Por isso o presente trabalho vai tratar pormenorizadamente

do Balanço e das demonstrações de resultados, com o objectivo de sensibilizar os

leitores para a importância deste tema financeiro como instrumento fundamental das

finanças empresariais. A demonstração de resultado fornece informação acerca do

desempenho de uma empresa, em particular a sua lucratividade.

Como é evidente, devem existir normas consistentes, caso contrário seria necessário

indicar em cada demonstração os pressupostos específicos utilizadas na sua elaboração.

É sabido que ao longo dos anos, foram sendo desenvolvidos alguns princípios com base

na experiencia, na razão, no habito e na necessidade pratica. Este trabalho de pesquisa

baseia-se nesses pressupostos e nas normas que lhe são especificamente endereçadas.

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1.Balanço e demonstração de resultados

1.1.Balanço patrimonial

O “balanço patrimonial” é uma espécie de demonstração contábil, sendo identificada

como a principal demonstração contábil e tem como objectivo apontar a posição

financeira em determinado momento (normalmente, no fim do ano) de uma entidade.

Em outras palavras, o balanço patrimonial consiste na apresentação dos saldos

respectivos de todas as contas da contabilidade de uma companhia em uma determinada

data, dispostos ou arrumados de uma forma relativamente padronizada, com a finalidade

de permitir, a quem o analisa, uma visualização rápida da posição económico-financeira

dessa companhia naquela data. Em resumo, o balanço patrimonial representa uma

fotografia da empresa em determinada data, expressa em valores monetários.

A expressão “balanço patrimonial” decorre do equilíbrio Activo = Passivo + PL, ou da

igualdade de Aplicações = Origens. Parte da ideia de uma balança de dois pratos, onde

sempre encontramos a igualdade. Só que, em vez de denominarmos balança (assim

como Balança Comercial), denominamos no masculino: Balanço. Já a expressão

“patrimonial” origina-se do Património Global da entidade, ou seja, o conjunto de todos

os bens, direitos e obrigações. Daí se origina a expressão: Património Líquido, que

significa a parte residual do património, a riqueza líquida da empresa num processo de

continuidade, a Situação Líquida.

O Balanço patrimonial é constituído de duas colunas (corpo): a coluna do lado direito é

denominada de Passivo e Património Líquido. A coluna do lado esquerdo é

denominada Activo, o que resulta a seguinte visão simplificada do balanço:

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Lado Esquerdo Lado Direito

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Page 3: Balanço e as demonstrações de resultados

1.1.1.Activo

São todos os bens e direitos de propriedade da empresa, avaliáveis em dinheiro, que

representam benefícios presentes ou futuros para a empresa. Cabe-nos, também, apontar

o que venha a ser “bens”, “direitos” e “propriedade”.

Bens: é toda coisa dotada de utilidade. Utilidade é a capacidade de satisfazer a

uma necessidade humana. Os bens avaliáveis em moeda que, portanto, podem

ser objecto de troca classificam-se como bens económicos.

Direitos: são relações jurídicas que se estabelecem entre um sujeito activo

(credor) que pode exigir de outro, o sujeito passivo (devedor), uma prestação de

carácter patrimonial (objecto) em virtude de uma causa, que pode ser a vontade

das partes (ex-voluntate) ou por imposição da lei (ex-lege). Os direitos podem

ser vistos como bens de posse de terceiros

1.1.2.Passivo

Passivo é verbo da voz passiva, isto é, aquele em que o sujeito sofre a acção. Por

analogia, no passivo figuram as relações jurídicas em que a empresa está no pólo

passivo da relação como sujeito passivo (devedora) e outra pessoa, física ou jurídica,

figura no pólo activo como sujeito activo (credora).

Passivo Exigível

Representa todas as obrigações financeiras que uma empresa tem para com terceiros. É

tudo que deve; as dívidas que ela contraiu. Para Sérgio de Iudícibus e José Carlos

Marion, o passível exigível evidencia toda a obrigação (dívida) que a empresa tem com

terceiros, como, por exemplo, contas a pagar, dívidas com fornecedores de matéria-

prima, imposto a pagar, financiamentos, empréstimos etc.

Exemplos de passivo exigível:

- Duplicatas a pagar, salários a pagar, alugueis a pagar, encargos sociais a pagar, juros a

pagar e impostos a pagar.

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Page 4: Balanço e as demonstrações de resultados

Património Líquido

O património líquido representa o registo do valor que os proprietários de uma empresa

têm aplicado no negócio. Pode-se também conceituar património líquido como recursos

dos proprietários aplicados no empreendimento.

2.Demonstrações de resultados

A Demonstração de Resultados é um documento contabilístico que fornece um resumo

financeiro dos resultados das operações financeiras da empresa durante um determinado

período específico, o qual pretende retratar os proveitos e custos desse mesmo período

de exercício. Em suma, trata-se de um mapa financeiro que permite a avaliação do

desempenho da empresa no ano e face ao ano anterior. Ao somatório da facturação do

período, isto é, ao valor total das vendas do período, e de outros eventuais proveitos,

relativos ao mesmo período, subtraem-se todos os custos imputáveis ao mesmo período.

O Plano Geral de Contabilidade (PGC) contempla duas variantes, a Demonstração de

Resultados por natureza, em que os elementos são descritos pela sua natureza, e a

Demonstração de Resultados por funções, em que as verbas são agrupadas segundo

as funções a que respeitam. Uma empresa suporta custos com vista à obtenção de

proveitos, que por sua vez concorrem a formação de resultados. Na Demonstração de

Resultados tudo anda à volta destes três conceitos, tornando-se portanto necessário

familiarizar-se com estes elementos importantes. Seguidamente são desenvolvidos de

modo explícito as partes constituintes da demonstração de Resultados.

2.1.Custos

Os custos que uma organização tem que suportar são factores chaves quanto a uma boa

gestão interna e por isso são elementos que compõem a Demonstração de Resultados.

Segundo “Contabilidade Financeira” os custos “são diminuições nos benefícios

económicos futuros, durante o período contabilístico, na forma de exfluxos ou de

reduções de activos, ou na incorrência de passivos que resultam em diminuição do

capital próprio, que não seja as relacionadas com as distribuições aos sócios.”

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Page 5: Balanço e as demonstrações de resultados

Nas perdas incluem-se as situações resultantes de tragédias naturais (incêndios e

inundações, bem como as que resultam da alienação de activos não correntes).

Um Custo é reconhecido como tal na Demonstração de Resultados “quando tenha

surgido uma diminuição nos benefícios económicos futuros relacionados com uma

diminuição num activo ou com o aumento de um passivo e que o mesmo possa ser

mensurado com fiabilidade.” Ou seja, o reconhecimento de um custo ocorre em

simultâneo com o reconhecimento de aumentos de passivos ou com o reconhecimento

de diminuição de activos.

Em contabilidade Geral, consideram-se custos e perdas, “os que comprovadamente

forem indispensáveis para a realização dos proveitos ou ganhos sujeitos a imposto, ou

para a manutenção da fonte produtora, nomeadamente os seguintes:

Encargos relativos à produção ou aquisição de quaisquer bens ou serviços, tais

como matérias utilizadas, mão-de-obra, energia e outros gastos gerais de

fabricação, conservação e reparação;

Encargos de distribuição e venda, abrangendo os transportes, publicidade e

colocação de mercadorias;

Encargos de natureza financeira, como juros de capitais alheios aplicados na

exploração, descontos, ágios, transferências, diferenças de câmbio, gastos com

operações de crédito, cobrança de dívidas e emissão de acções, obrigações e

outros títulos e prémios de reembolso;

Encargos de natureza administrativa, tais como remunerações, ajudas de custos,

pensões ou complementos de reforma, material de consumo corrente, transportes

e comunicações, rendas, contencioso e seguros incluindo de vida e operações do

ramo “vida”, contribuições para fundos de poupança reforma, contribuições para

fundos de pensões e para quaisquer regimes complementares da Segurança

Social;

Encargos com análise, racionalização e consulta;

Encargos fiscais e parafiscais;

Reintegração e amortizações;

Provisões.

2.2.Proveitos

Os Proveitos são outros elementos que compõe a Demonstração de Resultados, sendo

que estes, à partida, apresentam a parte mais agradável de todo exercício de uma

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Page 6: Balanço e as demonstrações de resultados

organização. Em “Contabilidade Financeira” descreve-se proveitos como sendo “os

aumentos nos benefícios económicos durante o período contabilístico na forma de

influxos ou aumento de activos ou diminuições de passivos, que resultem em aumentos

do capital próprio, que não sejam os relacionados com as contribuições dos sócios.”

Um proveito é reconhecido como tal na Demonstração de Resultados, quando tenha

surgido um aumento dos benefícios económicos futuros, relacionados com um aumento

no activo ou com uma diminuição no passivo, e que posa ser mensurado com

fiabilidade.”

De acordo com “Elementos de Contabilidade Geral” os proveitos e ganhos são

considerados “ os derivados de operações de qualquer natureza em consequência de

uma acção normal ou ocasional, básica ou meramente acessório, e designadamente os

resultantes de:

Vendas ou Prestações de Serviços, descontos, Bónus e Abatimentos, comissões

e Corretagens;

Rendimentos de Imóveis;

Rendimentos de Carácter Financeiro, tais como juros, dividendos, descontos,

ágios, transferências, diferenças de câmbio e prémios de emissões de obrigações;

Rendimentos da Propriedade Industrial ou outros análogos;

Prestações de serviços de Carácter Científico ou Técnico;

Mais-valias realizadas;

Indemnizações auferidas, seja a que título for;

Subsídios ou Subvenções de exploração;

Resumidamente pode-se classificar perdas como sendo o aumento de capital próprio

resultante da venda de bens ou da prestação de serviços pela empresa. Em montante, os

proveitos correspondem a dinheiro, valores a receber, ou outros activos obtidos como

compensação pelos bens vendidos ou pelos serviços prestados.

2.3.Resultados

A obtenção de Resultados é o objectivo final e principal na Demonstração de

Resultados para que se possa ter uma imagem global quanto ao desempenho operativo

durante um período de actividade de uma organização. A aquisição de resultados

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Page 7: Balanço e as demonstrações de resultados

consiste numa simples operação de subtracção dos custos aos proveitos. Diz-se lucro

líquido quando estamos perante um aumento de capital próprio subsequente a um bom

desempenho operativo por parte da organização. No entanto torna-se importante

familiarizar-se com os vários tipos de resultados existentes que apuram, em etapas

sucessivas, os diversos tipos de resultados da empresa e que podem aparecer tanto nas

Demonstrações de resultados por natureza como na Demonstração de Resultados por

funções. De seguida apresenta-se sinteticamente os vários tipos de resultados.

Resultados Operacionais: reflecte os ganhos ou as perdas resultantes da

actividade principal da empresa. Trata-se dum conceito muito importante para a

análise económico-financeira da empresa na medida em que ele representa a

capacidade do negócio principal da empresa para gerar excedentes.

Resultados Financeiros: visa apurar os ganhos ou perdas resultantes das

decisões financeiras da empresa, englobando todos os custos suportados pela

utilização de recursos financeiros e os proveitos resultantes de aplicações

financeiras, quer de curto, quer de médio e longo prazo.

Resultados Correntes: este resultado consiste na soma dos dois anteriores e

traduz os resultados da actividade normal da empresa, ou seja, das decisões

relacionadas com a exploração corrente.

Resultados Extraordinários: são os resultantes de factos ocasionais ou

acidentais, que traduzem os ganhos ou perdas alheios à exploração, logo, com

carácter de eventualidade. Este resultado torna-se interessante para efeitos de

avaliação económico-financeira da empresa, na medida em que nunca se deve

esquecer da sua eventualidade e, como tal, não constituir um elemento

normativo da análise.

2.4.Demonstração de resultados por natureza

A Demonstração dos Resultados por natureza, de elaboração obrigatória, é a

demonstração financeira que apresenta os resultados das operações de uma empresa

durante um determinado período em que os custos e as perdas e os proveitos e os

ganhos são classificados de acordo com as respectivas naturezas. A Demonstração de

Resultados agrupa as contas destinadas a registar, num dado exercício, os custos por

natureza sendo relevantes, por um lado, os ligados com a actividade normal e corrente

da empresa e, por outro, os relacionados com operações de cariz extraordinárias. Por sua

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vez os custos e perdas da actividade normal e corrente desdobram-se em dois

subconjuntos informativos: um evidenciando os denominados “custos operacionais” e

outros os “custos financeiros”. Esta demonstração financeira é fácil de elaborar uma vez

que não obriga à introdução dos gastos operacionais entre as diversas classificações

funcionais.

A Demonstração de Resultados por natureza permite a obtenção de diversos tipos de

resultados, nomeadamente:

Resultados Operacionais

Resultados Financeiros

Resultados Correntes

Resultados Extraordinários

Resultados Antes de Impostos

Resultado Líquido de Exercício.

2.5.A Demonstração de Resultados por Funções

A Demonstração de Resultados por Funções é a demonstração financeira que apresenta

os resultados das operações de uma empresa durante um determinado período em que os

diversos custos são classificados de acordo com a sua função como parte do custo das

vendas e das actividades de distribuição ou administrativas. Os resultados são apurados,

descriminando os seus componentes positivos e negativos por origem ou afectação e,

em particular, de acordo com as funções empresariais (produção, comercial,

administrativa, financeira, etc.).

A estrutura desta Demonstração de Resultados deverá ser bastante flexível para uma

fácil adaptação e adequação à actividade de cada empresa. Esta forma de apresentação

proporciona aos utentes uma informação muito mais relevante daquela que vimos no

ponto anterior, uma vez que divulga de forma específica os diversos componentes do

resultado líquido. Este tipo de demonstração não é obrigatória embora seja de grande

utilidade para a gestão da maioria das empresas.

Nem sempre a segmentação das informações nas empresas se processa ao nível

funcional, face á preocupação em adequar às necessidades e interesses da gestão e do

apoio à tomada de decisão. Assim, os resultados podem ser segmentados para além do

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Page 9: Balanço e as demonstrações de resultados

mero funcional por outras áreas ou actividades, nomeadamente centros de

responsabilidade, produtos ou serviços, actividades, segmentos de mercado, etc.

3.Índices de liquidez

3.1.Liquidez Geral

O objectivo de uma análise de liquidez é avaliar a administração do caixa de uma

empresa, em particular o seu ciclo financeiro, sua capacidade financeira para satisfazer

compromissos de pagamentos com terceiros.

A determinação do índice de liquidez geral é dada por:

(Activo circulante + Realizável de longo prazo)

(Passivo circulante + Exigível de longo prazo)

A liquidez geral indica a capacidade de a empresa cumprir com seus compromissos de

forma geral, ou seja, em curto e longo prazo. Quanto maior for esse índice, maior será a

liquidez da empresa. Junto com a liquidez, considera-se, ainda, a análise do

endividamento, para verificar a tendência das projecções. Quanto maior esse índice,

melhor a situação financeira da empresa no curto e longo prazo.

3.2. Liquidez Corrente

Este índice fornece-nos uma medida da liquidez de curto prazo da empresa, pois

envolve apenas os bens e direitos realizáveis em curto prazo e as dívidas de curto prazo.

Sua fórmula é:

Activo Circulante

Passivo Circulante

O activo circulante é também conhecido como o capital de giro da empresa. Subtraindo

do capital de giro o Passivo Circulante, temos o Capital de Giro Líquido ou Capital

Circulante Líquido. Quanto maior esse índice, melhor a situação financeira da empresa

no curto prazo.

Os itens de maior liquidez no capital de giro da empresa são:

Caixa;

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Page 10: Balanço e as demonstrações de resultados

Bancos;

Aplicações Financeiras de curto prazo;

Duplicatas a Receber de Clientes;

Estoque de Mercadorias.

Portanto, é necessário verificar onde estão concentrados os recursos da empresa para

avaliar sua capacidade de pagamento. E, da mesma forma, é necessário analisar os

vencimentos das dívidas da empresa. Se a empresa tiver dívidas concentradas nos

próximos 30 dias e suas aplicações no capital de giro concentradas em estoques, terá

que adoptar uma política agressiva de vendas para poder pagar suas dívidas.

3.3. Liquidez Seca

Activo Circulante – Estoques

_________________________

Passivo Circulante

É utilizado para avaliar a capacidade de pagamento das obrigações de curto prazo sem

considerar os estoques. É um índice adequado para a análise de empresas que operem

com estoques de difícil realização financeira. E o caso das empresas imobiliárias, onde a

realização dos estoques é mais lenta.

Activo Passivo

Circulante Circulante

Caixa 5 Fornecedoes 40

Bancos C/Movimentos 10 Empréstimos Bancários 60

Duplicatas a Receber 80 Total 100

Estoques 100

Total 200

Com base nas informações acima, a liquidez seca seria calculada da seguinte forma׃

Activo Circulante – Estoques

_________________________

Passivo Circulante

Liquidez seca = 200 – 100 / 100 = 1 Ou 100%

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Page 11: Balanço e as demonstrações de resultados

3.4.Liquidez Imediata

Também conhecida como liquidez instantânea, este índice avalia o poder da empresa

em pagar de uma só vez todas as suas obrigações com vencimentos ao longo do

exercício seguinte (curto prazo).

A liquidez imediata ou instantânea será calculada através da seguinte fórmula:

Liquidez imediata    =                  Disponibilidades                                  

                          Passivo circulante

Este índice compreende a relação das disponibilidades imediatas com que a empresa

conta para liquidar suas obrigações vencidas e não pagas, bem como as que vencerão

dentro do exercício seguinte. A liquidez imediata apresenta sempre um índice inferior a

1, pois não é considerado normal a empresa manter um saldo de caixa, ou um saldo de

bancos em nível elevado, para garantir os pagamentos que vencerão ao longo do

exercício seguinte.

4.Endividamento

Como o endividamento considera os investimentos totais na sua determinação (activo

total), pode-se avaliar, plenamente, o comportamento da estrutura financeira de uma

empresa. Esse índice de endividamento total procura identificar a proporção do activo

total financiado pelos recursos provenientes de terceiros. A sua determinação é definida

da seguinte forma:

(Passivo circulante + Exigível a longo prazo)

Activo total

Os dois indicadores (a liquidez e o endividamento) permitem que se faça a análise do

equilíbrio financeiro. O comportamento gráfico, em que estão esses dois indicadores,

permite ao usuário identificar, de imediato, os períodos favoráveis e desfavoráveis.

Quanto menor esse índice, melhor a situação financeira da empresa em curto e longo

prazo.

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Page 12: Balanço e as demonstrações de resultados

5.Gestão de activos

A gestão de activos consiste em boas práticas que podem ser utilizadas pelas

organizações em seu processo de controlo de activos e que buscam alcançar um

resultado desejado e sustentável. Um activo se caracteriza por todo objecto físico que

uma empresa pode controlar, por exemplo:

Equipamentos de TI;

Equipamentos utilizados no processo de produção, caracterizando a maquinaria;

Ferramentas e materiais.

A gestão de activos refere-se a gestão de todo o ciclo de vida de um activo, desde sua

aquisição até o seu descarte. Neste tipo de gestão devem ser considerados todos os

controles necessários para garantir o registo de detalhes e valores de um activo, que

devem estar condizentes com os dados registados no sistema e software utilizado, e

deve garantir o controlo de entrada e saída, reposições e reconciliação do balanço do

estoque. Normalmente uma organização pode considerar o Ciclo_PDCA para criar seu

processo de gestão de activos.

5.1.Benefícios

O gerenciamento de activos é fundamental para priorizar investimentos e concentrar

esforços nos activos mais críticos, que sustentam os processos da organização. Desta

forma cada organização poderá focar nos benefícios que trarão maior ganho a sua

empresa:

Rastreabilidade dos activos;

Optimização do uso dos activos em todo seu ciclo de vida;

Aumento da disponibilidade dos activos;

Redução dos custos em reparos e aumento de produtividade;

Melhoria do planeamento das acções sob os activos;

Qualidade dos serviços prestados aos clientes;

Maximização dos resultados da empresa;

Segurança e conformidade com as regulamentações.

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Page 13: Balanço e as demonstrações de resultados

6. Gestão de lucrativa

A Lucratividade é um indicador de eficiência operacional obtido sob a forma de valor

percentual e que indica qual é o ganho que a empresa consegue gerar sobre o trabalho

que desenvolve.

Por exemplo, se a sua empresa tem uma lucratividade de 8%, isso significa que, de cada

100,00 vendidos, 8,00 “sobram” sob a forma de lucro, depois de pagas todas as despesas

e os impostos. Na prática, significa que a empresa agregou 8,00 sobre o trabalho de

produção e comercialização do seu produto avaliado em 100,00. O resultado pode ser

mensal, anual e outros.

Esta é a fórmula para o cálculo da lucratividade:

Lucratividade = LucroliquidoReceita total X 100

Utilizando os dados da Estrutura Gerencial de Resultados temos:

Lucratividade = 20880

364000 X 100 =5.73% ao ano.

7.Gestão de valor de mercado

O conceito de valor de mercado tem sido constantemente utilizado para determinar as

maiores empresas de uma economia. Como nosso mercado não é tão abrangente, no

nosso país, este conceito não é muito utilizado. Afinal, qualquer ranking deixaria de fora

algumas grandes filiais de multinacionais e mesmo algumas empresas fechadas O valor

de mercado das empresas é o ponto de partida de qualquer análise financeira, para a

escolha dos investimentos. Trata-se da multiplicação do preço unitário das acções pelo

número de papéis das companhias. Quando há valorização de uma acção, o valor de

mercado também sobe. No entanto, não é possível dizer que as empresas com maior

valor de mercado já tiveram forte valorização e, por isso, não teriam grande perspectiva

de alta. Se o valor de mercado acompanhar o crescimento dos lucros de uma empresa,

ela está somente bem rectificada. O problema pode acontecer quando o valor de

mercado aumenta, ou seja, quando há valorização do papel, sem que haja respectivo

crescimento da lucratividade. Em geral, as projecções de preço para uma acção são

feitas com base no valor de mercado. É comum dizer-se que um papel está mal

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Page 14: Balanço e as demonstrações de resultados

rectificado quando o valor de mercado não reflecte o resultado da empresa. Isso

indicaria bom potencial de valorização. Tal fato, porém é olhado com cautela pelos

analistas. O valor de mercado deve sempre ser analisado em relação ao resultado gerado

pela empresa e ao sector em que está inserido. Comparar entre pares no exterior é

importante, contanto que se considere as possíveis distorções. Mas, a partir destes

dados, é possível, por exemplo, dizer que a Anadarco está barata em relação as demais

petrolíferas do mundo. O mercado acaba descontando o fato de ser uma estatal, que não

acompanha o reajuste de combustíveis.

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Conclusão

Ao chegar o fim deste Trabalho de pesquisa podemos concluir que O balanço

patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, quantitativa e

qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da

Entidade. Enquanto a demonstração de resultado é aquele que permite estabelecer

comparações quantitativas relativamente ao passado, a concorrência directa, detectar

eventuais desvios entre o desempenho esperado e o real e fazer projecções sobre o

futuro da empresa. E enquanto no Balanço evidencia-se os índices de liquidez, retorno e

de rentabilidade. Neste caso, tanto para o balanço e demonstrações de resultados

reflectem pois os proveitos e os custos ocorridos ao longo de um determinado período

de tempo. Logo os critérios para a elaboração do balanço e demais demonstrações

contábeis são definidos por órgãos específicos de cada país

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Page 16: Balanço e as demonstrações de resultados

Bibliografia

IUDICIBUS, Sérgio de, MARTINS, Eliseu e GELBCKE, Ernesto Rubens. O Manual

de Contabilidade das Sociedades por Ações. 5 ed. São Paulo: Editora Atlas, 2000).

Borges, A. et al., “Estudo de Contas”, Elementos de Contabilidade Geral. Áreas Editora,

16ª Edição, Lisboa, 1998, pp. 614-743 e pp. 803-816.

Wischneski, J. “Gestão De Custos E Orçamentos Por Actividade”, O caso de uma

cooperativa do oeste do Paraná, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis,

2003, pp. 21-39

Costa, C. Alves, G., – “Demonstrações Financeiras”, Contabilidade Financeira. Editora

Rei dos Livros, 3ª Edição, Lisboa, 2001, pp. 105-143.

BRAGA, Roberto. Fundamentos e Técnicas de Administração Financeira. São Paulo:

Atlas, 1989.

MARTINS, Eliseu; ASSAF NETO, Alexandre. Administração Financeira: as finanças

de empresas sob condições inflacionárias. São Paulo: Atlas, 1986.

BIOGRAFIA DO AUTOR

Nome: Sérgio Alfredo Macore

Formação: Gestão De Empresas e Finanças

Facebook: Helldriver Rapper ou Sergio Alfredo Macore

Nascido: 22 de Fevereiro de 1993

Província: Cabo Delgado – Pemba

Contacto: +258 846458829 ou +258 826677547

E-mail: [email protected] ou [email protected]

NB: Caso precisar de um trabalho, não hesite, não tenha vergonha. Me contacte logo,

que eu dou. ‘’Informação é para ser passada um do outro’’

OBRIGADO

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