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O Brasil Depois de Vargas A Volta da Democracia Brasileira O Suicídio de Vargas Depois da renúncia de Getúlio Vargas, houve um governo provisório. Somente quinze anos após a tomada do poder por Getúlio, o povo pôde escolher novamente o seu presidente. Nas eleições o candidato Eurico Gaspar Dutra venceu com o apoio de Getúlio Vargas. O fim da Era Vargas gerou a criação de novos partidos políticos: o PSD, o PCB, o PTB e a UDN - antigetulista, era contra a intervenção do Estado na economia e na relação entre patrão e empregado, além de defender a abertura da economia ao capital estrangeiro. Foi criada a constituição de 1946 que marcou definitivamente o retorno da democracia ao Brasil. Essa constituição estabelecia o voto obrigatório para maiores de 18 anos e estabelecia o direito de greve. O presidente Dutra, em seu governo, realizou a liberação para a importação, o que não foi nada bom para a economia brasileira. Com a importação desenfreada, houve o fim das reservas de moedas estrangeiras acumuladas durante a guerra. Para resolver isso, Dutra passou a permitir somente a importação daquilo que era essencial para a produção industrial. Claro que houve uma melhora, mas o estrago já havia sido feito. A inflação voltou e as contas públicas ficaram em desequilíbrio. Apesar disso, o governo Dutra representou um crescimento econômico. No início houve esse problema com as importações, mas depois o governo que antes era liberalista se tornou intervencionista e então houve o crescimento. Nas eleições de 1950, houve a vitória de Getúlio Vargas e novamente ele vira o presidente do Brasil. Recomeçou seu governo muito bem. Contornou graves problemas econômicos e em 1951 a inflação caiu e houve um superávit comercial. Tudo ia muito bem, até que os EUA pararam de investir no Brasil, o que fez com que os avanços econômicos sofressem

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O Brasil Depois de Vargas

A Volta da Democracia Brasileira

O Suicídio de Vargas

Depois da renúncia de Getúlio Vargas, houve um governo provisório. Somente quinze anos após a tomada do poder por Getúlio, o povo pôde escolher novamente o seu presidente. Nas eleições o candidato Eurico Gaspar Dutra venceu com o apoio de Getúlio Vargas. O fim da Era Vargas gerou a criação de novos partidos políticos: o PSD, o PCB, o PTB e a UDN - antigetulista, era contra a intervenção do Estado na economia e na relação entre patrão e empregado, além de defender a abertura da economia ao capital estrangeiro.  Foi criada a constituição de 1946 que marcou definitivamente o retorno da democracia ao Brasil. Essa constituição estabelecia o voto obrigatório para maiores de 18 anos e estabelecia o direito de greve. O presidente Dutra, em seu governo, realizou a liberação para a importação, o que não foi nada bom para a economia brasileira. Com a importação desenfreada, houve o fim das reservas de moedas estrangeiras acumuladas durante a guerra. Para resolver isso, Dutra passou a permitir somente a importação daquilo que era essencial para a produção industrial. Claro que houve uma melhora, mas o estrago já havia sido feito. A inflação voltou e as contas públicas ficaram em desequilíbrio. Apesar disso, o governo Dutra representou um crescimento econômico. No início houve esse problema com as importações, mas depois o governo que antes era liberalista se tornou intervencionista e então houve o crescimento. Nas eleições de 1950, houve a vitória de Getúlio Vargas e novamente ele vira o presidente do Brasil. Recomeçou seu governo muito bem. Contornou graves problemas econômicos e em 1951 a inflação caiu e houve um superávit comercial. Tudo ia muito bem, até que os EUA pararam de investir no Brasil, o que fez com que os avanços econômicos sofressem redução. Vargas, porém, propôs uma modernização econômica, com crescimento industrial de caráter nacionalista.Em 1952, foi criado o Banco Nacional de Desenvolvimento econômico que tinha como objetivo diversificar a produção industrial, e sugeriu-se a criação da Eletrobrás. No ano seguinte criou-se a Petrobrás, empresa do Estado que tinha o monopólio da exploração do Petróleo brasileiro. Nessa época acreditava-se que o desenvolvimento industrial, a defesa das riquezas nacionais como o petróleo e um regime democrático trariam desenvolvimento ao Brasil.Nas cidades, a elevação constante dos preços afetava a parte da população que era a base da sustentação de Vargas, o povo. Greves eram organizadas. Além disso, as elites e chefes de forças armadas

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estavam contra a permanência de Vargas, o que a tornava cada vez mais ameaçada.Na imprensa, o principal opositor de Vargas era Carlos Lacerda, que se aliava à UDN. Nas colunas do jornal Tribuna da Imprensa, Escreveu que Vargas simpatizava com o comunismo. Na verdade isso não era verídico, pois os argumentos que Lacerda tinha era o corte de relações comerciais com os EUA. Na realidade isso havia sido feito por Vargas para proteger as empresas estatais dos produtos estrangeiros. Por causa dessa oposição, o chefe da guarda pessoal de Vargas, Gregório Fortunato, realizou uma tentativa de assassinato ao jornalista. Lacerda permaneceu vivo. Quem morreu foi o major da Aeronáutica, Rubens Vaz, que o acompanhava. Isso tudo gerou muito pressão para Vargas de todos os lados o que o fez cometer um suicídio no dia 24 de agosto de 1954, no palácio do Catete. A reação popular foi intensa. Como, antes de morrer, Getúlio escreveu uma carta-testemunho acusando os estrangeiros, aliados de seus inimigos por tudo o que o povo brasileiro teve de sofrer, assim que a notícia chegou aos ouvidos da população, houve ataques na embaixada americana e nos jornais que se opunham à Getúlio.

Toda essa reação popular impediu a tomada do poder pelos militares. Quem assumiu um governo provisório foi Café Filho, o vice-presidente, o que fez com que fosse possível ocorrer as eleições de 1955.

A Era JK

Nas eleições de 1955, os vencedores para presidente e vice-presidente foram respectivamente; Juscelino Kubitscheck e João Goulart. Juscelino tinha o slogan de "cinquenta anos em cinco", que era uma forma de modernização do país. João Goulart teve uma vitória fácil por ser herdeiro político de Vargas, ganhou os votos dos trabalhadores públicos.

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JK tinha o chamado plano de metas. Este constituía em realizar trinta objetivos em cinco anos, sendo o último deles o principal que era a criação de Brasília como capital do país.

Nessa época, vivia-se um período de estabilidade política, com um clima de otimismo e confiança no crescimento econômico. Nesse clima foi criada a Sudene, com o objetivo de diversificar a produção industrial no nordeste.No governo de JK não houve a mesma preocupação de nacionalismo que havia na Era Vargas, então os investimentos estrangeiros foram permitidos.As indústrias norte-americanas já se espalhavam pelo mundo, então, JK acreditava que instalando essas indústrias no Brasil isso ajudaria no crescimento econômico. Várias indústrias foram instaladas, mas o auge do crescimento econômico foi com a criação do ABC paulista.

Jânio Quadros e Jango

Nas eleições seguintes quem teve a vitória foi Jânio Quadros como presidente e Jango foi reeleito como vice. Jânio Quadros proibiu o uso

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de maiôs cavados, biquínis, lança-perfumes em bailes de carnaval. Também estabeleceu relações econômicas com a China e acordos diplomáticos com a URSS. Também condecorou Che Guevara, líder da revolução cubana com a ordem do cruzeiro do sul. Em seu governo os preços do combustível aumentou e os investimentos em trigo para a população acabaram.

Jânio Quadros

Para poder governar sem se preocupar com a oposição, Jânio Quadros renunciou mencionando a presença de forças terríveis, com a esperança de que o povo ia realizar uma revolução popular para reelegê-lo, mas não foi o que aconteceu.Nessa época Jango estava numa viagem em visita à China, o que fez com que suspeitassem que ele era a favor do comunismo, a elite, então, não queria que este governasse, queria que houvesse um governo parlamentarista. Assim que Jango soube, voltou ao Brasil. A notícia também chegou nos ouvidos de Leonel Brizola que era cunhado de Jango e exigiu que o que estava na constituição fosse cumprido. Assim aceitaram que Jango fosse chefe de Estado, sendo uma figura sem poderes, pois não era chefe de governo. Para saberem se iria continuar o governo parlamentarista ou a volta a um governo presidencialista, seria realizada uma consulta a população. Essa consulta foi adiantada e assim, foi escolhida a volta ao governo presidencialista. Em seu governo, Jango tentou acabar com a desigualdade social. Assim, realizou reformas agrárias. No campo os trabalhadores sofriam muito com os proprietários de terras, tendo de trabalhar para estes. Além disso, Jango permitiu o voto para analfabetos e acabou com a hierarquia entre os soldados, o que deixou os militares de maior importância muito furiosos.

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João Goulart (Jango) Como o parlamento e as elites não concordavam com as idéias de Jango ele as realizava na forma de comícios.

Ditadura Militar

Os militares e as elites eram completamente opositores a Jango. Achavam que ele queria trazer o socialismo para o país. Então no dia 31 de março, as tropas militares partiram de Minas Gerais e foram até o Rio de Janeiro onde se encontrava Jango. Este não aceitou o golpe, então foi para Brasília tentar articular resistência, mas o controle da situação já estava nas mãos dos militares e estes realizaram o golpe que impôs no Brasil um regime autoritário, a ditadura militar.

Bibliografia:

http://www.blog-br.com/superhistoria/54127/O+Brasil+depois+de+1945.html

http://indoafundo.com