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JORNADAS CIENTIFICAS 2014

Contributo das Microfinancas na reducacao da pobreza

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Publicado por Helldriver Rapper, by Sergio Alfredo Macore. 846458829...Pemba Mocambique

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Page 1: Contributo das Microfinancas na reducacao da pobreza

JORNADAS CIENTIFICAS 2014

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Sérgio Alfredo Macore

Estudante da Universidade Pedagógica - Delegação de Nampula, faculdade ESCOG, curso de Licenciatura

em Gestão de Empresas.

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IMPACTOS DAS MICRO FINANÇAS NA REDUÇÃO DA POBREZA

ESTUDO DE CASO LETSHEGO (2012-2014)

NAMPULA CIDADE

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Estrutura de Apresentação

Introdução ;

Fundamentação Teórica;

Análise e Interpretação dos dado;

Conclusão e recomendações.

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Introdução

As microfinanças concretizam uma possibilidade de criação de riqueza, e mais valias na economia nacional, na produtividade e no emprego. A criação de um projecto de Microcrédito dá resposta a uma dificuldade estrutural de natureza social, política, cultural e a aversão ao risco.

Infelizmente, ainda existe em Moçambique, uma noção de que as pessoas que começam pequenos negócios não são merecedoras de tanta admiração como as que seguem carreiras continuadas, no sector público ou no sector privado. Este preconceito só se conseguirá ultrapassar com um acentuado esforço de educação e continuidade ao longo das gerações.

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Objectivos

Objectivo geral Analisar o papel das micro finanças para o desenvolvimento sócio

económico do país.

Objectivos específicos Identificar a base de sobrevivência das micro finanças; Avaliar o contributo do micro finanças para o desenvolvimento das

PME’s; Analisar a extensão dos serviços micro financeiros quanto as

associações.

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Problematização

O papel das micro finanças tem sido debate nos espaços económicos, pois o desenvolvimento das zonas rurais necessita de serviços financeiros que sejam convenientes, flexíveis e acessíveis.

Constatou-se que, o surgimento das micro finanças tem sido uma medida de grande importância para reduzir a pobreza que assola todo o nosso país, neste âmbito surge a seguinte questão:

Em que medida a oferta de serviços micro financeiros contribuem para o melhoramento da vida da população?

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Hipóteses

As micro finanças contribuem para o melhoramento da vida da população nas zonas rurais.

Os serviços micro financeiros têm sido uma das melhores formas de expansão do acesso ao crédito para muitas PME’s e associações.

Os investimentos micro financeiros garantem uma boa medida para redução da pobreza em Moçambique.

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Justificativas

A ideia de analisar o papel das ofertas de serviços micro financeiros em Moçambique deve-se em parte a importância que a intermediação financeira pode ter no crescimento e desenvolvimento económico do país.

Neste trabalho o desafio das instituições micro financeiras quanto ao seu papel, consiste em promover serviços financeiros adequados as iniciativas locais, a partir de reforços de sistemas financeiros e seus bens e serviços em cobertura nacional de modo a aumentar a poupança e que as pequenas cidades tenham um número satisfatório das micro finanças assim como o crédito.

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Metodologia

A metodologia utilizada na presente pesquisa pode ser caracterizada da seguinte maneira:

Quanto aos objectivos; Quanto aos procedimentos; Quanto à abordagem do problema.

Universo e Amostra

Alguns beneficiários da Área de Nampula – LETSHEGO A amostra é de 8 beneficiários dos serviços micro financeiros da

Letshego – Cidade de Nampula.

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Enquadramento teórico

Origem da Microfinança e Microcrédito

O conceito de Microcrédito nasceu no Bangladesh, nos finais dos anos 70, com o Professor de Economia Rural, Muhammad Yunus e o Grameen Bank (Índia), “O Banco das ideias” que tinha como premissa básica, a criação de um sistema bancário baseado no mutualismo, na confiança, participação e criatividade, concedendo empréstimos de baixo valor a pequenos empreendedores informais e micro-empresas sem acesso ao sistema de crédito tradicional, principalmente, por não oferecerem garantias reais.

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Características de micro créditoSegundo Muhammad Yunus e o Grameen Bank, existem varias

classificações e categorias de Micro-Crédito, cujas características são:

Promover o crédito como um direito do Homem; Conceder crédito dirigido aos pobres, especialmente mulheres, tendo

por missão ajudar as famílias pobres a ultrapassar o limiar da pobreza; Basear-se na confiança e não em garantias reais ou contratos

judicialmente accionáveis; Créditos concedidos para a criação de auto-emprego através de

actividades geradoras de rendimentos; Desafiar os bancos convencionais que rejeitam os pobres por não os

considerar dignos de um crédito, Providenciar serviços ao domicílio baseado no princípio de que o

banco deve ir ao encontro dos indivíduos.

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Vantagens do microcredito

Area social Politicas empreendedoras

Promove a iniciativa comercial Cria novas empresas

Promove a diminuição da taxa dedesemprego e exclusão social

Cria novos Negócios

Promove uma boa imagem dos bancos.

Cria novos empregos

Promove a formação qualificante dosBeneficiários.

Cria a sustentabilidade e prosperidadedas populações desfavorecidas

Promove estratégias e medidas alternativas.para as pessoas desempregadas,inactivas e reformadas.

Cria a competitividade e crescimentoda economia local e nacional

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Microfinanças em Moçambique

Em Moçambique as microfinanças emergiram a quando do estabelecimento relativo do clima de paz. Apesar do sucesso das experiências do Grammen Bank (Bangladesh), os empreendedores em Moçambique pouco acreditavam no desenvolvimento desta actividade no país.

Consequentemente, quando a World Relief anunciou em 1993 que iria começar uma operação de pequenos bancos nas vilas com intenção de atingir o mais pobre dos pobres, os investidores encararam a ideia com muito cepticismo (De Vletter, 1999:2).

O conceito de Microfinança nasce em 1995, tendo como intervenientes principais a AJM actualmente Secretaria da Cooperação Internacional (SCI) e a Cooperação Suíça para pesquisa das formas tradicionais de crédito e de poupança em Moçambique, tendo como missão primária, o apoio ao lançamento de um projecto-piloto de Micro-Crédito para futuros micro-empresário, tendo como sector alvo a Educação e Saúde,

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Cont.A 13 de Outubro, é promulgado o Decreto do Conselho de

Ministro nº 53/98 que autoriza a abertura da primeira Instituição de Micro-Finanças em Moçambique (Tchuma), tendo como capital social 70.000.000,00 mt e como accionistas institucionais o Fundo de Desenvolvimento Comunitário (FDC) e a SCI.

Em Moçambique, o sector de Microfinanças é ainda muito deficitário, em 2008 apenas contava com 55000 clientes e uma carteira de 15,4 milhões de USD. Moçambique é um país em fraco desenvolvimento; isto deve-se ao facto de Moçambique possuir um sistema financeiro pouco desenvolvido, um défice de crescimento e graves disparidades sectoriais e espaciais entre Maputo e o resto do país.

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Enquadramento legal da Microfinança e Microcrédito em Moçambique

Na verdade as Microfinanças em Moçambique sao caracterizados de duas maneiras: Micro-Finanças autorizadas a captar depósitos e Micro-Finanças autorizado apenas a conceder crédito.

Micro-Finanças autorizadas a captar depósitos, ou seja a realização de operações bancárias restritas, nos termos definidos pela lei 9/2004 (lei das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras) de momento ainda não carece de uma legislação específica (em preparação).

Microfinanças autorizado apenas a conceder crédito hoje estão regulamentadas pelo Decreto nº47/98 de 22 de Setembro e pelo aviso 1/GGBM/99, que fixa fundos mínimos a afectar no exercício das Microfinanças. Foi estabelecido no Decreto nº 47/98 um montante de 50 Milhões para Entidades autorizadas a desenvolver actividade de Micro-Finanças, o montante dos créditos não pode exceder ao valor declarado ao BM, alocado à sua actividade, devendo aplicar taxas de juros livres.

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Impacto do Microcrédito em Moçambique

O Microcrédito desempenha um papel activo no combate a redução do índice de incidência da pobreza, neste momento o impacto é mais notório nas zonas rurais, onde a taxa passou de 70,5%, para 54,6%, esta redução reflecte-se no melhoramento das condições de vida da população, sobretudo na provisão dos serviços sociais básicos. Actualmente, 70,5% dos agregados familiares tem um mercado ao alcance em menos de uma hora de caminhada.

A implementação de estratégias da Comercialização Agrícola tem permitido a identificação dos problemas rurais e o plano de soluções multisectoriais que vão desde a reabilitação de vias de acesso, à recolha e compilação de informações sobre mercados, preços dos produtos agrícolas e a sua disseminação em línguas locais com o uso das rádios comunitárias.

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Principais actividades das Microfinanças

Segundo Ledgerwood, as actividades de microfinanças normalmente envolvem:

•Emprestimos pequenos, tipicamente para capital de trabalho (fundo de maneio);

•Avaliação informal dos mutuários e de investimentos;•Substituição de garantias de credito tais como grupos

solidários ou poupanças obrigatórias;•Permite a repetição e aumento de emprestimos, baseado na

performance dos reembolsos;•Facilidade de credito e monitoramento;•Produtos de poupanças assegurados.

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Razões de crescimento das Microfinanças

Segundo Ledgerwood, as microfinanças estão a crescer por diversas razoes:

A promessa de alcançar o pobre, as actividades de Microfinanças podem apoiar a geração de renda a camada de baixa renda;

A promessa de sustentabilidade financeira, a actividade de microfinanças pode ajudar a auto-suficiência financeira;

Reconhecimento da necessidade de expandir o sistema financeiro existente;

Podem aplicar o sistema financiero existente, como cooperativas de credito e poupanças, bancos comerciais e instituições públicas, através da expansão dos seus nichos de actuação;

A disponibilidade de bons produtos financeiros como resultado de experiências e inovações.

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Clientes das Microfinanças

Os clientes de Microfinanças são pessoas de baixa renda, que não tem acesso as instituições formais tradicionais, pessoas que trabalham por conta propria, residem nas zonas rurais e suburbanas, vendedores de rua, pequenos agricultores, cabelereiros, etc.

Apesar da maioria da populacao residir nas zonas rurais e baixo da linha da pobreza absoluta, a oferta de serviços microfinanças centra-se geralmente nas zonas urbanas agravando ainda mais a deficiencia na concessao de credito da populacao mais pobre. Esta deficiencia em credito pode ser suprida em parte atraves de mecanismos informais tais como:

• Stick:. É comum nos centros urbanos, especialmente entre trabalhadores assalariados, mas é também praticado por vendedores de mercado. O Stick facilita a acumulação de fundos para a aquisição de um bem específico.

• Crédito em espécie: Trata-se de uma modalidade de crédito praticado nas zonas rurais urbanas, que no lugar de comprarem dinheiro compram o proprio bem.

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Impacto das Actividades Microfinanceira

Os actividades microfinanceiras podem ser agrupados em três categorias:

Economica• Expansão de negocios;• Aumento do rendimento num subsector de economia informal;• Acumulação agregada de riqueza por parte das familiass e comunidades

Socio-politicos e culturais• Mudanças ao nivel educacional e nutricional das crianças;• Redistribuição do poder ao nivel das familias ( por exemplo, aumentando o poder

de decisão economicas por parte das mulheres);• Contribui para a monetarização da economia nas regiões rurais. Pessoal e psicologiacos

• Aquisição de maior poder na familia como resultado de serviços financeiros;• Abertura de novos horizontes, no caso em que o investimento é feito atraves de

fundos obtidos (emprestimos, donativos, etc).

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ConclusãoAs Microfinança concretizam uma possibilidade de criação de riquezas,

e mais valias na economia nacional, na produtividade e no emprego. A criação de um projecto dá resposta a uma dificuldade estrutural de natureza social, política, cultural e a aversão ao risco.

Infelizmente, ainda existe em Moçambique, uma noção de que as pessoas que começam pequenos negócios não são merecedoras de tanta admiração como as que seguem carreiras continuadas, no sector público ou no sector privado.

Moçambique precisa de apostar mais na formação, informação e capacidade de financiamento e por outro lado existe um excesso de burocracia na criação e gestão corrente de microempresas.

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Cont.Em Moçambique, existem ainda algumas barreiras e problemas no sector do

microcrédito: Poucas Instituições de Microfinanças formalizadas; Défice de política de investimento em formação de recursos humanos; A legislação moçambicana não tem um papel mais activo e positivo sobre o

mercado, na criação de condições legais para que os riscos sejam menores; Nas zonas rurais, existe um défice muito elevado de estruturas e serviços

financeiros.

Em síntese os problemas das Instituições financeiras rurais podem ser agrupados

nas seguintes categorias: Problemas financeiros (adequação de recursos ao seu volume e preços); Falta de recursos humanos com as competências específicas nestas matérias; Existência de um défice na capacidade de liderança e gestão dos recursos à

Postos à disposição

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Recomendações Mais e melhores instituições financeiras e de Microcrédito;

Melhor capacidade institucional pública e privada;

Maior volume global de negócios e de clientes;

Melhor qualidade e diversidade dos produtos e serviços financeiros

disponibilizados quer pela banca comercial quer pelas Microfinanças;

Maior eficiência e sustentabilidade das instituições de Microfinanças,

para tal devem realizar um esforço nas áreas da formação e

informação (metodologias e técnicas racionais).

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Cont.Para a nossa cidade de Nampula, os bancos deveriam utilizar

critérios metodologicas, fidedignas e específicas, com a avaliação dos riscos baseada em:

Estudos técnicos dos fluxos de caixa do negócio do empreendedor;

Avaliação socioeconómica que inclui uma avaliação do contexto social e familiar do empreendedor;

Uma análise a vontade ou prospecção a pagar; Deveria existir na estrutura das instituições de crédito um

agente de crédito que faça a promoção e análise do risco e outro que fosse responsável pela recuperação do crédito.

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Bibliografia Caetano, A; Neves, J; Ferreira, C. M. J.(2001) Manual de

Psicossociologia das Organizações. Amadora, McGraw - Hill.

Dauto, B. U.(2000) Constituição da República de Moçambique. Maputo.

Matlaba, E. H. Z. (2002) Análise da gestão de recursos humanos nas Forças Armadas de Moçambique – no contexto da organização que aprende. Maputo, 198 p-Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa.

www.bancomoc.mz www.microfinmoz.gov.moz.

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MUITO OBRIGADO