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IMP – INSTITUTO MATOGROSSENSE DE PÓS GRADUAÇÃO ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO Prof. MSer. Leonardo Adam Poth Prof. MSer. Leonardo Adam Poth CRC-MT 009132-8 CRC-MT 009132-8 Bacharel em Ciências Contábeis, Especialista em Bacharel em Ciências Contábeis, Especialista em Didática do Ensino Superior, Mestrando em Gestão de Didática do Ensino Superior, Mestrando em Gestão de Empresas Empresas S.F.ARAGUAIA-MT, DEZEMBRO DE 2010.

Custos completo

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Completo de custos empresariais. Full course of business costs.

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Page 1: Custos completo

IMP – INSTITUTO MATOGROSSENSE DE PÓS GRADUAÇÃOADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO

Prof. MSer. Leonardo Adam PothProf. MSer. Leonardo Adam PothCRC-MT 009132-8CRC-MT 009132-8

Bacharel em Ciências Contábeis, Especialista em Bacharel em Ciências Contábeis, Especialista em

Didática do Ensino Superior, Mestrando em Gestão de EmpresasDidática do Ensino Superior, Mestrando em Gestão de Empresas

S.F.ARAGUAIA-MT, DEZEMBRO DE 2010.

Page 2: Custos completo

•Problemas especiais da produção.

•Caracterização dos Sistemas de Custeamento.

•Os principais sistemas de custeamento,

•Lucro e Margem de Contribuição.

•Fixação do Preço de Venda. Relações Custo/Volume/Lucro.

•O controle da Produção e os Custos.

•A apropriação dos Custos aos portadores finais.

Page 3: Custos completo

OBJETIVO DO CURSO

Capacitar e preparar o cursista para participar no

processo de apuracão de resultados e decisório das

entidades, com base em literatura contábil e fiscal,

Podendo emitir e sugerir pareceres e decisões que

Possam contribuir para melhoria da situação

patrimonial da entidade, contribuindo assim, com

sua perpetuação no mercado.

Page 4: Custos completo

REFERÊNCIAS

NEVES, Silvério das & VICECONTI, Paulo Eduardo V. – Contabilidade de Custos: Um enfoque direto e objetivo. 7ª edição, São Paulo: Editora FRASE, 2003.

MARTINS, Eliseu – Contabilidade de Custos. 9ª edição, São Paulo: ATLAS, 2003.

RIBEIRO, Osni Moura – Contabilidade de Custos – Fácil, 6ª edição-revista e atualizada, 5ª TIRAGEM EM 2005, São Paulo: SARAIVA, 199.

Page 5: Custos completo

Ambiente Remoto

Sociedade

Política

Recursos Naturais

Clima

Demografia

Tecnologia

Economia

Legislação e Tributos

Educação

Cultura

Ambiente Próximo

Clientes

Comunicação

SindicatosAcionistas

Governo

Comunidades

Fornecedores

Entradas

MateriaisEquipamentosEnergiaPessoasInformações

Processamento

A Empresa

Saídas

ProdutosBensServiços

Concorrentes

A EMPRESA COMO UM SISTEMA ABERTO

Page 6: Custos completo

CONCEITO:Conjunto de registros especiais utilizados para identificar, mensurar e informar os custos dos produtos/serviços.

Segundo George Leone:"ramo da função financeira que acumula, organiza, analisa e interpreta os custos dos produtos, dos estoques, dos serviços, dos componentes de organização, dos planos operacionais e das atividades de distribuição, para determinar o lucro, para controlar as operações e para auxiliar o administrador no processo de tomada de decisões e de planejamento".

Page 7: Custos completo

O PATRIMÔNIO, OS INVESTIMENTOS E AS FONTES DE FINANCIAMENTO.

O patrimônio da empresa é constituído pelo conjuntode bens, direitos e obrigações desta.

REPRESENTACÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIOPATRIMÔNIO

BENS

DIREITOS

OBRIGACÕES

Page 8: Custos completo

INVESTIMENTOS

Page 9: Custos completo

Capitais de Terceiros(Passivo Exigível)Débitos de FuncionamentoDébitos de FinanciamentoCapitais Próprios (PL)CapitalReservasLucros Acumulados

Bens NumeráriosCréditos de FuncionamentoBens de VendaCréditos de FinanciamentoBens de RendaBens FixosValores Imateriais

PassivoAtivo

FINANCIAMENTOS(ORIGEM DOS RECURSOS)

INVESTIMENTO(APLICAÇÃO DE RECURSOS)

Page 10: Custos completo

CONTABILIDADE DE CUSTOS

A Contabilidade de Custos, nos seus primórdios, teve comoprincipal função a avaliação de estoques em empresas indus-triais, que é um procedimento muito mais complexo do quenas comerciais, uma vez que envolve muito mais que a sim-ples compra e revenda de mercadorias, são feitos pagamen-tos a fatores de produção tais como: salários, aquisições eutilização de matérias-primas etc. Ademais, estes gastos devem ser incorporados ao valor dos estoques da empresa noprocesso produtivo e, por ocasião do encerramento do balan-ço, haverá dois tipos de estoque: produtos que ainda não es-tão acabados (produtos em elaboração) e produtos prontospara venda (produtos acabados).

Page 11: Custos completo

Uma classificação para os objetivos da contabilidade de custos:

A. Inventariar os produtos fabricados e vendidos

-Determinar o valor inicial e final de matéria-prima em

estoque;

-Determinar o valor final dos produtos terminados e em

processamento;

-Elaborar demonstrativos do custo de produção de cada

produto fabricado;

- Elaborar demonstrativos do custo dos produtos vendidos;

- Elaborar demonstrativos de lucros e prejuízos.

Page 12: Custos completo

A. Planejar e controlar as atividades empresariais

-Analisar o comportamento dos custos (análise vertical e horizontal);

- Preparar orçamentos com base no custo de fabricação;

- Determinar o custo padrão de fabricação;-Determinar as responsabilidades dentro do processo de produção;

- Determinar o preço de venda de cada item de produção;

-Determinar o volume da produção (além do ponto de e- quilíbrio, porém dentro da capacidade física da empresa).

Page 13: Custos completo

A. Servir como instrumento para tomada de decisão

-Formar preço de venda;

-Eliminar, criar, aumentar ou diminuir a linha de pro- dução de certos produtos;

-Produzir ou adquirir no mercado;

-Aceitar ou rejeitar encomendas;

- Alugar ou comprar.

Page 14: Custos completo

O custeio por absorção está baseado nos seguintes Princípios Fundamentais Contábeis:

O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

I - a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada;

II - uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão ter alterados seus valores intrín- secos;

III - o valor original será mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimônio, inclusive quan- do da saída deste;

Page 15: Custos completo

O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA

As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuraçãodo resultado do período em que ocorrerem, sempre simulta-neamente quando se correlacionarem, independentementede recebimento ou pagamento.

§ 1º - O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou di- minuição no patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da observân cia do Princípio da OPORTUNIDADE.

§ 2º - O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quan do correlatas, é conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração.

Page 16: Custos completo

FÓRMULA PARA APURAR O RESULTADO NAS EMPRESAS INDUSTRIAIS

CPV= Estoques Iniciais + Gastos de Produção – Estoques Finais

Lb = Vendas – Custo dos Produtos Vendidos (CPV)

Page 17: Custos completo

Todas as empresas, independentemente de seu porte, de-

vem utilizar a contabilidade gerencial para direcionar seus

negócios, utilizando-a também como um instrumento de

análise de desempenho e de monitoramento dos resultados

auferidos, pois tal prática proporcionará segurança nas ope-

rações presentes e futuras.

Page 18: Custos completo

Concluímos que:

“A contabilidade gerencial não se preocupa apenas com a

gestão dos recursos, ela é uma gestão de custos e receitas,

preocupa-se com o resultado. Ela surge como uma ferra-

menta que está atrelada aos modelos de gestão, interagin-

do com as contabilidades financeira e de custos. É uma

ferramenta que permite aos gestores do negócio saber se

tem capacidade ou não de competitividade no mercado.”

Page 19: Custos completo

No que diz respeito à função administrativa de controle, a

função da Contabilidade de Custos é fornecer informações

para o estabelecimento de padrões, orçamentos ou previsões

e, a seguir, acompanhar o efetivamente acontecido com os

valores previstos. Esse tipo de custeamento é chamado de

Custeio Padrão, tem um papel muito importante no sentido

de detectar ineficiências ou desperdícios nas atividades pro-

dutivas.

Page 20: Custos completo

TERMINOLOGIA CONTÁBIL

Page 21: Custos completo

GASTO: Sacrifício financeiro com que a entidade arca para

a obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício

esse representado por entrega ou promessa de entrega de

ativos (normalmente, dinheiro).

Page 22: Custos completo

Gasto• Investimento• Custo• Despesa• Perda• Desembolso

Terminologia:

Page 23: Custos completo

Exemplos:

•Gasto com aquisição de mercadorias para revenda

•Gasto c/ aq. de matérias-prima p/ industrialização

•Gasto com aq. de máquinas e equipamentos

•Gasto com mão-de-obra = aquisição d serviços

•Gasto com aluguel de edifício (aq. de serviços)

•Gasto com Reorganização Administrativa (serviço)

Page 24: Custos completo

Gastos:

Terminologia:

Investimento

Custo

Despesa

Page 25: Custos completo

Tipos de gastos: Os gastos podem ser classificadosem: Investimentos, Custos ou Despesas

Investimento: Gasto com bem ou serviço ativado em funçãode sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos futuros.

EXEMPLOS:Aquisição de móveis e utensílios;Aquisição de imóveis;Despesas pré-operacionais;Aquisição de Marcas e Patentes;Aquisição de Matéria-Prima;Aquisição de Material de Escritório.

Page 26: Custos completo

Investimento: Gasto com bem ou serviço ativado em funçãode sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos futuros.

Page 27: Custos completo

EM RELAÇÃO AOS NÍVEIS DE PRODUÇÃO

Custos fixos são aqueles cujos valores são os mês-mos qualquer que seja o volume de produção da em-presa. É o caso, por exemplo, do aluguel da fábrica.Este será cobrado pelo mesmo valor qualquer queseja o nível da produção, inclusive no caso de a fá-brica nada produzir.

Custos

$

Custos Fixos

Volume de Produção

Page 28: Custos completo

EM RELAÇÃO AOS NÍVEIS DE PRODUÇÃO

Observe que os custos fixos são fixos em relação aovolume de produção, mas pode variar de valor nodecorrer do tempo. Outros exemplos: Imposto Predial, depreciação dos equipamentos (pelométodo linear), salários de vigias e porteiros da fábrica,prêmios de seguros.

Page 29: Custos completo

Outros exemplos:

Materiais indiretos consumidos;Depreciação dos equipamentos quando esta for feita em função das horas/máquina trabalhadas;gastos com horas-extras na produção.

Page 30: Custos completo

Custos semivariáveis são custos que variam com o nível de produção que, entretanto, têm uma parcela fixa mesmo que nada seja produzido. É o caso, por exemplo, da conta de energia elétrica da fábrica que a concessionária cobra uma taxa mínima mesmo que nada seja gasto no período, embora o valor total da conta dependa do número de quilowatts consumidos e, portanto, do volume de produção da empresa.

Page 31: Custos completo

HIPÓTESES DE COMPORTAMENTO

Assume-se normalmente que os custos variáveis

(CV) sejam diretamente proporcionais à quantidade

produzida. Isto implica em que o custo variável

unitário (CVu), ou seja,

o custo variável dividido

pela quantidade produ-

zida, é fixo (constante).

Page 32: Custos completo

Por outro lado, o custo fixo (CF), pela sua própria

definição, é constante qualquer que seja o volume

de produção. Entretanto, o custo fixo unitário (CFu),

ou seja, o custo fixo dividido pela quantidade, é sem-

pre decrescente.

Custo Fixo

Quantidade produzida

Page 33: Custos completo

-110,0060,0043,3335,00

---

11,0111,00

-10,0010,0010,0010,00

---

10,0010,00

-100,0050,0033,3325,00

---

1,011,00

100,00110,00120,00130,00140,00

---

1.090,001.100,00

0,0010,0020,0030,0040,00

---

990,001.000,00

100,00100,00100,00100,00100,00

---

100,00100,00

01234---

99100

C MÉDIO (CMe)

R$

C VARIÁVEL UNIT (CVu)

R$

C FIXO UNIT (CFu)

R$

C TOTAL (CT) R$

C VARIÁVEL (CV)

R$

C FIXO (CF)

R$

Q

.

Exemplo: O contador da Cia. XX fez o seguinte quadropara apresentar os custos de produção de zero a 100(cem) unidades, em R$:

Page 34: Custos completo

DESPESAS FIXAS E VARIÁVEIS

As despesas também

podem receber esta

classificação de

variáveis e fixas,

porém definidas em

função do volume de

vendas e não do

volume de produção.

Page 35: Custos completo

DESPESAS FIXAS E VARIÁVEIS

Assim, por exemplo, as comissões pagas aos

vendedores são consideradas como despesas

variáveis, uma vez que o seu valor é função do

volume de vendas da empresa.

Page 36: Custos completo

DESPESAS FIXAS E VARIÁVEIS

O aluguel do escritório da administração é

uma despesa fixa já que deve ser pago

independentemente das vendas realizadas.

Page 37: Custos completo

CUSTO DE PRODUCÃO DO PERÍODO

São os custos incorridos no processo produtivonum determinado período de tempo.

MD + MOD + CIF = CUSTO DE PRODUCÃO DO PERÍODO

MD = Material DiretoMOD = Mão-de-Obra DiretaCIF = Custos Indiretos de Fabricação

Page 38: Custos completo

Os Custos Indiretos de Fabricação também recebemoutros nomes, tais como:

Gastos Gerais de Fabricação,

Gastos Gerais de Produção e

Despesas Indiretas de Fabricação.

Page 39: Custos completo

CUSTO PRIMÁRIO

Custo Primário ou Direto = Material Direto + Mão-de-Obra Direta

CUSTO DE CONVERSÃO OU TRANSFORMACÃO

Custo de Transformação = Mão-de-Obra Direta + Custos Ind. De Fabricação

Page 40: Custos completo

CUSTEIO POR ABSORÇÃO

O Custeio por Absorção ou Custeio Pleno consistena apropriação de todos os custos (sejam eles fixoou variáveis) à produção do período. Os gastos nãofabris (despesas) são excluídos.

Page 41: Custos completo

O Custeio por absorção é o único aceito pela Audito-

ria Externa, porque atende aos princípios contábeis

da Realização de Receita, da Competência e da Con-

frontação. Além disso, é o único aceito pelo Imposto

de Renda.

Imposto de rendaAuditoria Externa

Page 42: Custos completo

CUSTEIO VARIÁVEL

Só são apropriados

à produção os

custos variáveis.

Page 43: Custos completo

Os custos fixos são contabilizados diretamente à débito

de conta de resultado (juntamente com as despesas)

sob alegação (fundamentada) de que estes ocorrerão

independentemente do volume de produção da empresa.

Custos

$

Custos Fixos

Volume de Produção

CUSTEIO VARIÁVEL

Page 44: Custos completo

Fere os princípios contábeis da RealizaçãoRealização, Competência

e Confrontação, porque os custos fixos são reconhecidos

como despesas mesmo que nem todos os produtos fabri-

cados tenham sido vendidos.

Princípio da Realização Princípio da competência

CUSTEIO VARIÁVEL

Page 45: Custos completo

Os custos são apropriados à produção não pelo seu valor efetivo mas sim por uma estimativa do que deveriam ser

CUSTEIO PADRÃO

(custo-padrão). Podem ser utilizados quer a empresa adote o Custeio por Absorção, quer o Custeio Variável.

Page 46: Custos completo

CUSTEIO POR ABSORÇÃO – DETERMINAÇÃO

Custeio por Absorção é um processo de apuração de custos, cujo objetivo é ratear todos os seus elementos (fixos ou variáveis) em cada fase da produção.

Logo um custo é absorvido quando for atribuído a um produto ou unidade de produção, assim cada unidade ou produto receberá sua parcela no custo até que o valor aplicado seja totalmente absorvido pelo Custo dos Produtos Vendidos ou pelos Estoques Finais.

Page 47: Custos completo

Esquema básico do custeio por absorção

MOD

CIP

Receita Vendas

-Impostos prop

Receita Líquida

-CPV

Lucro Bruto

-Despesas

Lucro Operacional

-Desp. não Operac.

LAIR

IR/CS

LLMP PA

Page 48: Custos completo

Uma empresa fabricou 1.000 unidades de um

determinado produto, incorrendo em custos de

R$ 9.000,00 e despesas operacionais de R$ 3.000,00.

Foram vendidas 800 unidades a R$ 20,00, num total

de vendas de R$ 16.000,00.

O custo unitário de cada produto fabricado será:

Custo unitário = R$ 9.000,00 / 1.000 unid. = R$ 9,000

Page 49: Custos completo

A Demonstração de Resultado da empresa será:

Vendas R$ 16.000,00 ( - ) C P V (800 unid. x R$ 9,00) (R$ 7.200,00) ( = ) Lucro Bruto R$ 8.800,00 ( - ) Despesas Operacionais (R$ 3.000,00) ( = ) Lucro Líquido R$ 5.800,00

Page 50: Custos completo

CUSTEIO VARIÁVEL

Só são apropriados

à produção os

custos variáveis.

Page 51: Custos completo

Os custos fixos são contabilizados diretamente à débito

de conta de resultado (juntamente com as despesas)

sob alegação (fundamentada) de que estes ocorrerão

independentemente do volume de produção da empresa.

Custos

$

Custos Fixos

Volume de Produção

CUSTEIO VARIÁVEL

Page 52: Custos completo

*Convém ressaltar que, no Brasil, somente pode ser

utilizado o Custeio por Absorção para fins de apura

ção do Custo de Fabricação, conforme determina a

legislação do Imposto de Renda.

Page 53: Custos completo

APURAÇÃO

O esquema básico do custeio por absorção é odemonstrado a seguir:

Separação de custos e despesas.

Apropriação dos custos diretos e indiretos à produção realizada no período

Apuração do custo da produção acabada;

Apuração do custo dos produtos vendidos;

Apuração do resultado.

Page 54: Custos completo

DIAGRAMA

INTEGRAÇÃO DA CONTABILIDADE GERAL

COM A CONTABILIDADE DE CUSTOS

Page 55: Custos completo

Contas da Contabilidade Geral

Contas da Contabilidade de Custos

CAIXA, BANCOS ou CTAS A PAGAR

Saldo

Materiais

Folha de Pagamento do pessoal da fábrica

Demais gastos de fabricação

•Energia

•Combustíveis

•Limpeza

•Manutenção

•Aluguéis

MATERIAL DIRETO

PRODUTOS EM

ELABORAÇÃO

MÃO-DE-OBRA DIRETASalários e encargos do pessoal diretamente ligado a produção

CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO PRODUTO

S ACABADOS

DESP.ANTECIPADASSaldo

•Mão-de-Obra Indireta•Demais Gastos•Seguros da Fábrica•Depreciação do prédio, máquinas e equipamentos da fábrica

DEPRECIAÇÃO ACUMULADA

CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS

Page 56: Custos completo

CPV = Estoques Iniciais + Gastos de Produção – Estoques Finais

Page 57: Custos completo

REGISTROS CONTÁBEISREGISTROS CONTÁBEIS

Só é considerado custo a parcela dos

materiais que é utilizada na produção.

Page 58: Custos completo

REGISTROS CONTÁBEISREGISTROS CONTÁBEIS

A conta Materiais Diretos apresenta normalmente, no início do período, um saldo devedor que corresponde aos materiais não utilizados no período. Recebe, a seu débito, todas as compras que foram efetuadas no período.

soja

Embalagem PET para o óleo

Page 59: Custos completo

REGISTROS CONTÁBEISREGISTROS CONTÁBEIS

A contrapartida das compras

é feita, caso haja

desembolso, a crédito de Caixa

ou Bancos, caso não haja o

desembolso, a crédito de Contas

a Pagar.

soja

Embalagem PET para o óleo

D Estoque de Matéria Prima

C Caixa ou Banco ou Dupl. a Pagar….

Page 60: Custos completo

As saídas dos materiais requisitados para utilizaçãona produção são registradas a crédito de MateriaisDiretos e a débito de Produtos em Elaboração.

Page 61: Custos completo

Uma vez realizada a separação entre custos e despesas, o esquema básico contábil do ciclo de custos e seu inter-relacionamento com a Contabilidade Geral pode ser assim visualizado:

DETALHAMENTO DAS CONTAS DE CUSTOS REFERENTES A ESTOQUES

Estoque Final

 CIF

da Produção Acabada)MDOEstoque Final

Acabados (CustoMDpara a produçãoCompras

Saída de ProdutosEstoque inicialSaídas de materiaisEstoque inicial

PRODUTOS EM ELABORAÇÃO MATERIAIS DIRETOS

Page 62: Custos completo

Estoque Final

(Custo dos Produtos Vendidos = CPV)

Custo da Produção Acabada

Saída de Produtos VendidosEstoque Inicial

PRODUTOS ACABADOS

Page 63: Custos completo

REGISTROS CONTÁBEISREGISTROS CONTÁBEIS

A conta Materiais Diretos apresenta normalmente, no início do período, um saldo devedor que corresponde aos materiais não utilizados no período. Recebe, a seu débito, todas as compras que foram efetuadas no período.

soja

Embalagem PET para o óleo

Page 64: Custos completo

A diferença entre os débitos e créditos lançados na conta Material Direto corresponde ao valor dos materiais não empregados no período,que constituirão o estoque final do atual período.

Page 65: Custos completo

Os demais gastos efetuados na produção e que nãocorrespondam ao consumo de materiais diretos ouao pagamento de mão-de-obra direta são chamadosde Custos Indiretos de Fabricação (CIF).

Page 66: Custos completo

São, entre outros:

Materiais Indiretos

Mão-de-Obra Indireta

Energia Elétrica

Combustíveis

Manutenção de Máquinas

Conta de Telefone da Fábrica

Aluguel da Fábrica ou de Equipamentos

Depreciação e Seguros da Fábrica

Imposto Predial

Page 67: Custos completo

As contas de custo são encerradas contra a conta

de Produtos em Elaboração.

Esta conta, que pode ter um estoque inicial

representativo de produtos ainda não terminados,

oriundos do período de produção anterior, recebe

a seu débito todo o custo de produção do período.

Produtos em elaboração

Estoque inicial

Page 68: Custos completo

A medida em que, no próprio período, os produtos

vão sendo terminados, a conta será creditada pelo

valor de custo a eles relativos. No final do período,

seu saldo devedor corresponderá ao estoque

remanescente de produtos não acabados. e irá

constituir o estoque inicial destes no período

seguinte.

Produtos em elaboração

Estoque inicialMDMODCIF

Saldo

Page 69: Custos completo

CPVCPV

Saldo

A medida em que estes produtos forem sendo vendidos, a conta será creditada pelo valor de custo a eles referentes.

=Custo da produção acabada

ARE

CPV Receita de

Vendas

Page 70: Custos completo

A conta Produtos Acabados recebe a seu débito ovalor de custo dos produtos acabados no período(Custo da Produção Acabada). A medida em queestes produtos forem sendo vendidos, a conta serácreditada pelo valor de custo a eles referentes.

Page 71: Custos completo

Seu saldo, ao final do período, corresponderá aosprodutos acabados que não foram vendidos e cons-tituirá o estoque inicial do período seguinte.

A conta Produtos Acabados recebe a seu débito ovalor de custo dos produtos acabados no período(Custo da Produção Acabada). A medida em queestes produtos forem sendo vendidos, a conta serácreditada pelo valor de custo a eles referentes.

Page 72: Custos completo

5.4 RESUMO

A equação abaixo resume o que foi exposto

(EiPE + EiPA + CPP) = (EfPE + EfPA + CPV)

EiPE = Estoque Inicial de Produtos em Elaboração

EiPA = Estoque Inicial de Produtos Acabados

CPP = Custo de Produção do Período

EfPE = Estoque Final de Produtos em Elaboração

EfPA = Estoque Final de Produtos Acabados

CPV = Custo dos Produtos Vendidos

Page 73: Custos completo

5.5 IMPORTÂNCIA DA DISTINÇÃO ENTRE CUSTO E DESPESA

Um custo lançado como despesa ou uma despesa lançada como custo provoca distorções na apuração do resultado do exercício e conseqüentemente na avaliação dos estoques existentes na data do balanço.

Exemplo:DADOS:Custos R$ 10.000,00Despesas R$ 6.000,00Produção 1.000 unidadesEstoque Final de Produtos Acabados 100 unidadesVendas (900 unidades x R$ 20,00) = R$ 18.000,00

Page 74: Custos completo

APURAÇÃO DO CUSTO REAL

Custo Unitário = R$ 10.000,00 = R$ 10,00 1.000 unid

CPV: 900u x R$ 10,00 = R$ 9.000,00

EFPA: 100u x 10,00 = R$ 1.000,00

Page 75: Custos completo

DEMONSTRATIVO DO RESULTADO

Vendas 18.000,00(-)Custos (CPV) (9.000,00)(=)Lucro Bruto 9.000,00(-)Despesas (6.000,00)(=)Lucro Líquido 3.000,00

Page 76: Custos completo

CUSTO LANÇADO COMO DESPESA

Na hipótese da empresa lançar indevidamenteR$ 1.000,00 de custo como despesa, oscálculos seriam os seguintes:

Custo unitário = R$ 9.000,00 = R$ 9,00 1.000 unidades

CPV = 900 u x R$ 9,00 = R$ 8.100,00

EFPA: 100u x R$ 9,00 = R$ 900,00

Page 77: Custos completo

DEMONSTRATIVO DO RESULTADO

Vendas 18.000,00(-)Custos (CPV) (8.100,00)(=)Lucro Bruto 9.900,00(-)Despesas (7.000,00)(=)Lucro Líquido 2.900,00*

Page 78: Custos completo

*A diferença a menor de R$ 100,00 no lucro em relação ao subitem anterior deveu-se ao fato de ter sido havido registrado:

a)R$ 1.000,00 a mais como despesa; e

b) R$ 1.000,00 a menos nos custos.

Além da redução indevida no resultado, talfato provocou igualmente redução indevidano Estoque Final de Produtos Acabados novalor de R$ 100,00 (R$ 1.000,00 – R$ 900,00)

Page 79: Custos completo

DESPESA LANÇADA COMO CUSTO

Na hipótese de lançar indevidamente R$ 1.000,00 de despesa como custo, os cálculos seriam os seguintes:

Custo unitário = R$ 11.000,00 = R$ 11,00

1.000 unid

CPV = 900u x R$ 11,00 = R$ 9.900,00

EFP em Processo: 100u x R$ 11,00 = 1.100,00

Page 80: Custos completo

DEMONSTRATIVO DO RESULTADO

Vendas 18.000,00(-)Custos (CPV) (9.900,00)(=)Lucro Bruto 8.100,00(-)Despesas (5.000,00)(=)Lucro Líquido 3.100,00*

Page 81: Custos completo

*A diferença a maior de R$ 100,00 no lucro deveu-se ao fato de ter havido um registro:

a)R$ 1.000,00 a mais como nos custos; e

b) R$ 1.000,00 a menor nas despesas.

Além do aumento indevido no resultado, talfato provocou igualmente aumento indevidoNo Estoque Final de Produtos Acabados novalor de R$ 100,00 (R$ 1.100,00 – R$ 1.000,00).

Page 82: Custos completo

CUSTO DE AQUISIÇÃO:Compreende todos os gastos efetivamente incorridospara colocação dos materiais em condição de uso.

a)Vr de aquisição dos materiais (neste vr. Devem ser incluídos os impostos incidentes sobre a compra e subtraído os recuperáveis). Denominamos esse valor de Compras Brutas;

b) As despesas com fretes e seguros, se cobradas em separado do valor dos materiais e arcadas pelo comprador.

Page 83: Custos completo

Compras 150 * 25 = 3.750,00Compras 150 * 25 = 3.750,00(-) IPI a recuperar = (375,00)(-) IPI a recuperar = (375,00)

(-) ICMS a recuperar = (450,00)(-) ICMS a recuperar = (450,00)Custo de aquisição: R$ 2.925,00Custo de aquisição: R$ 2.925,00

(+) Fretes pagos: 100,00(+) Fretes pagos: 100,00Custo final agregado: R$ Custo final agregado: R$

3.025,003.025,00

Page 84: Custos completo

Custos de armazenagem

dos materiais e os valores

gastos com a Seção de

Compras, tais como

recepção, manuseio, etc.

devem ser apropriados aos

custos dos materiais,

(geralmente na prática são

tratados como CIF).

Page 85: Custos completo

O custo de aquisição dos materiais pode serresumido pela seguinte fórmula:

COMPRAS BRUTAS(+) FRETES E SEGUROS SOBRE COMPRAS(-) ABATIMENTOS E DESC INCONDIC S/ COMPRAS(-) DEVOLUÇÕES DE COMPRAS(=) CUSTO DE AQUISIÇÃO DOS MATERIAIS

Page 86: Custos completo

Exemplo:A Cia. XX importou determinada matéria-prima novalor de R$ 20.000,00. Sobre a importação incidiramainda os seguintes custos que foram pagos à vistaatravés de cheques de emissão da empresa:

32.000,00TOTAL DO DESEMBOLSO

1.000,00Fretes e Seguro de Transporte das Mercadorias do porto até a fábrica

4.600,00ICMS

2.400,00IPI

4.000,00Imposto de Importação

Page 87: Custos completo

A empresa fabrica produtos sujeitos à incidência doIPI e do ICMS.

O registro do custo de aquisição na conta deMateriais Diretos será:

24.000,00(=) Compras Brutas

7.000,00(-) Tributos recuperáveis (ICMS e IPI)

11.000,00(+) Tributos incidentes na compra

20.000.00Valor de aquisição

COMPRAS BRUTAS

25.000,00(=) Custo

1.000,00(+) Fretes e Seguros

24.000,00Compras Brutas

CUSTO DE AQUISIÇÃO

Page 88: Custos completo

CONTABILIZAÇÃO:D – DiversosD – Materiais Diretos 25.000,00D – ICMS a Recuperar 4.600,00D – IPI a Recuperar 2.400,00C – Banco conta Movimento 32.000,00

A Cia. XX importou determinada matéria-prima no valor de R$ 20.000,00. Sobre a importação incidiram ainda os seguintes custos que foram pagos à vista através de cheques de emissão da empresa:

32.000,00TOTAL DO DESEMBOLSO

1.000,00Fretes e Seguro de Transporte das Mercadorias do porto até a fábrica

4.600,00ICMS

2.400,00IPI

4.000,00Imposto de Importação

Page 89: Custos completo

MÃO-DE-OBRA - Mão-de-Obra Direta (MOD)Compreende os gastos com o pessoal envolvido na produção da empresa industrial, englobandosalários,encargos sociais, refeições e estadias, seguros, etc.

Page 90: Custos completo

Mão-de-Obra Indireta (MOI)Compreende os gastos com o pessoal daprodução que necessitam de algum critériode rateio para sua apropriação ao produto.Ex.: Pessoal da limpeza, pessoal da manutenção,supervisor de mais de uma linha de produção, etc.

Page 91: Custos completo

Classificação ContábilEnquanto os gastos com MOD podem ser debitadosdiretamente nas contas de PRODUTOS, os gastoscom MOI são classificados como CIF, a seremrateados aos diversos produtos.

CÁLCULO DO CUSTO DA MÃO-DE-OBRA DIRETAPara o cálculo da MOD, além do número de horasefetivamente trabalhadas na tarefa, é preciso tambémse apurar o custo por hora do trabalhador. Nestecusto, além do salário propriamente dito, devem serconsiderados os encargos sociais incidentes sobrea mão-de-obra e também os direitos trabalhistas(Descanso Semanal Remunerado, 1/3 de Adicionalde Férias, 13º. Salários, etc.).

Page 92: Custos completo

PERDAS DE MATERIAIS

PERDAS NORMAIS OU ANORMAIS

As perdas normais de materiais, são aquelasinerentes ao processo produtivo e fazem partedo custo dos produtos elaborados.

As perdas anormais caracterizam-se por sereminvoluntárias. Nesse caso, providencia-se a baixano estoque do material em contrapartida de umaconta de resultado.

Page 93: Custos completo

PERDAS DE MATERIAIS

As perdas anormais caracterizam-se por sereminvoluntárias. Nesse caso, providencia-se a baixano estoque do material em contrapartida de umaconta de resultado.

D Despesas EventuaisC Matéria Prima (MD) Baixa que se processa tendo em vista perdas ocorridas em função de….. Conforme laudo tal Quantidade, valor….

Esta conta encerra no A.R.E.

Page 94: Custos completo

Todo processo produtivo pode gerar restos decorrentes da atividade desenvolvida (previsionais), estes são consideradosnormais à atividade,portanto devemenglobar ocusto do produtofabricado.

É importante diferenciar perdas normais e anormais.

D Estoque de Subprodutos

C Custo de Produção

Page 95: Custos completo

Já as perdas anormais como provenientes de errosde produção, incêndios, obsolescência, erroshumanos etc., são consideradas perdas do período,sendo contabilizadas como tal, incidindo diretame-nte no resultado do exercício, não sendo ativadas(não compõem os custos dos produtos, simples-mente reduzem o resultado do período).

É importante diferenciar perdas normais e anormais.

Page 96: Custos completo

Ou seja, perda é bem ou serviço consumido deforma anormal e involuntária. Não se confundecom a despesa (muito menos com o custo),exatamente pela sua característica de anormali-dade, não é um sacrifício feito com intenção deobtenção de receita.

PERDAS ANORMAIS/INVOLUNTÁR

IA

ARE

Page 97: Custos completo

PERDAS DE MATERIAIS

RECUPERAÇÃO DE PERDASOs materiais perdidos no processo de produçãopodem, em alguns casos, ter seus custosrecuperados pela empresa. Se essas perdastiverem comercialização normal serão consideradossubprodutos. Caso contrário, sucatas.D Estoque de Subprodutos

C Custo da Produção

Aparas ou restos destinados a venda

D Caixa

C Estoque de subprodutos

Page 98: Custos completo

MÃO-DE-OBRA

Mão-de-Obra Direta (MOD)