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Guia para poupar

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GUIA PARA POUPARAssegure o seu futuro

É uma das mais antigas regras da humanidade,caricaturada na fábula da cigarra e da formiga:a poupança varia em função dos recursos que seconseguem juntar ou que se protegem doconsumo imediato. Se, como a cigarra, tudo gastarno dia-a-dia, nada restará para os dias mais difíceis,que chegarão sem meios para contrariar asdificuldades. Se fizer como a formiga, terá menospara consumir no presente mas pode assegurar umespólio decisivo para fazer frente aos momentosmenos bons no futuro. Com a variedade deaplicações financeiras actualmente disponíveis,poupar pode ser uma actividade de esforçoreduzido. Mas as compensações podem serelevadas numa fase em que o retorno é maisvalorizado: após o final da vida activa. Por outrolado, a poupança é importante para odesenvolvimento da economia nacional, pois éessencial para a realização de investimentos.Consulte neste guia algumas sugestões parapoupar mais:

Page 3: Guia para poupar

CONTROLO DAS ENTRADAS E SAÍDAS DE DINHEIRO

O objectivo do controlo das entradas e saídas de dinheiro é

tornar o dinheiro real. Só quando mede é que sabe quanto

gasta realmente em cada categoria de despesa e todos nós

temos surpresas. Se perguntar quantas horas tem de trabalhar

para pagar a comida que come, saberia responder?

O controlo materializa-se através da elaboração de um mapa

de entradas e saídas de dinheiro, utilizando uma folha de Excel,

um bloco de notas ou um programa de acompanhamento

financeiro – veja como pode fazer para controlar o seu

orçamento familiar através da aplicação Finanças Pessoais que

disponibilizamos no NetBanco. Com uma classificação por

categorias, possibilita o registo regular das receitas e das

despesas, limitando-se às categorias essenciais.

Há pessoas que escolhem guardar recibos e anotar no final

do dia e outras que andam sempre com um telemóvel ou

agenda e registam no acto da despesa o que saiu. Há vários

métodos, mas o importante é ter um que funcione.

Na generalidade, os portugueses olham apenas para a conta

no início e no fim do mês. Não sabem para onde vai o dinheiro

mas pensam que sabem. Mesmo que tenha pouco tempo,

registe pelo menos durante três meses as suas despesas.

Acredite que ajudará ao passo seguinte – pagar primeiro a si

mesmo – e a ter mais dinheiro.

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PAGUE PRIMEIRO A SI MESMO

Pagar primeiro a si mesmo significa retirar parte do seu

ordenado para uma conta poupança assim que o recebe e

antes de pagar a terceiros. Se reparar, o governo, com a

retenção na fonte, paga primeiro a ele próprio: recebe o

ordenado já sem os impostos. Ao pagar primeiro a si mesmo,

pode não saber para onde foi o dinheiro, mas já poupou o que

planeou no início do mês. A poupança recomendada a pagar

primeiro a si mesmo deverá corresponder a pelo menos uma

hora do seu trabalho diário, ou seja, se trabalhar oito horas por

dia, corresponde a 12,5% de poupança. Pagar primeiro a si

mesmo só irá custar nos dois primeiros meses. No primeiro,

deve fazer um orçamento de quanto prevê gastar e retirar logo

a quantia excedente assim que receber o ordenado.

Provavelmente não irá acertar logo à primeira, contudo no

segundo mês já conseguirá ter uma maior consciência dos

gastos e já estará mais à vontade para gerir a sua vida com este

orçamento. Dois meses é o tempo necessário para se habituar

e desenvolver outros métodos de poupança.

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DEFINA ORÇAMENTOS DE DESPESA

Ao definir orçamentos para os vários tipos de despesas estará

a gerir o seu mês de acordo com o planeado para cada

categoria de despesa, tal como uma empresa faz com os seus

orçamentos. Para definir orçamentos de despesa, o primeiro

passo é começar a registar todas as saídas de dinheiro e a

agrupá-las por categorias num mapa de despesas. Ao aplicar

este método durante três meses, terá uma visão clara de

como se movimenta o seu dinheiro. Poderá assim definir

valores máximos a gastar em cada uma das categorias, não

esquecendo nunca aquela que define o dinheiro que deve

gastar em pequenas prendas para si próprio.

CRIE UM CESTO DA SEGURANÇA

Se já consegue poupar entre 10 a 15% do seu rendimento por

mês, então deverá começar a preocupar-se em como dividir

essa poupança. É essencial ter sempre uma poupança para

emergências, onde deverá ter dinheiro correspondente a seis

meses da sua média das despesas. Este dinheiro, se aplicado

em produtos de baixo risco e boa liquidez, estará sempre a

crescer, dando-lhe uma rede de segurança para alguma

eventualidade. Após ter esta poupança preenchida, é altura de

juntar dinheiro para os seus investimentos e para cumprir os

seus sonhos. Os seus sonhos também deverão ser

orçamentados e definidos planos financeiros para os poder

realizar! Mais informações em www.kash.pt.

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Desviar algum dinheiro para as poupanças é uma preocupação

que pode estar presente nos actos mais simples do quotidiano.

No supermercado, nos consumos de água e de energia e na

utilização do automóvel é possível fazer opções que

salvaguardem parte do património mensal disponível.

A Associação para o Posicionamento Estratégico e Financeiro

(APEFI) é pioneira no apoio à orçamentação doméstica. No site

da Associação pode encontrar dicas sobre que percentagem do

seu rendimento deve afectar às principais categorias de

despesas de um agregado familiar, incluindo os créditos mais

comuns, para compra de casa e de carro próprio.

Mais informação em www.portal.apefipt.org.

SUPERMERCADO

As idas planeadas ao supermercado permitem poupar bastante

dinheiro – evitam, por exemplo, as saídas de “emergência”

para fazer compras na mercearia de bairro ou na loja de

conveniência, onde os preços são, regra geral, mais elevados.

– Faça uma lista das compras de que necessita e estabeleça

um tecto para a despesa que vai realizar. Se necessário, leve

uma calculadora, para fazer uma avaliação dos gastos que está

a realizar enquanto faz a ronda pelos corredores e prateleiras

do supermercado.

– Faça as compras com algum tempo, permitindo-se uma

análise dos preços e produtos. A maioria dos supermercados

disponibiliza os preços por unidade de medida. Caso estes não

estejam disponíveis, calcule-os.

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– A oferta de produtos brancos é actualmente tão variada

que permite opções com boa relação qualidade-preço. Se

ainda nunca experimentou, tente uma vez e avalie a qualidade.

– A vida moderna criou novos hábitos de consumo que podem

representar uma despesa elevada. Mas alguns são facilmente

revertíveis. Por exemplo, se consome os aconselhados 1,5 litros

de água diários, pode poupar até 140 euros/ano ao optar por

água da torneira em vez de água engarrafada.

– Está na moda, é fácil e pode até ser uma fonte de

divertimento familiar: produza as suas próprias ervas

aromáticas. Mesmo num pequeno apartamento, é possível

plantar salsa, coentros, tomilho, manjericão, entre outras.

Bastam alguns vasos, boa terra e uma zona de exposição solar.

No site (em inglês) www.ehow.com é possível seguir passo a

passo tutoriais sobre como plantar todas as plantas que goste

de usar na cozinha.

A associação de defesa do consumidor DECO publica todos os

anos uma lista dos supermercados mais baratos por zonas do

País. Dê uma vista de olhos no site da associação, em

www.deco.pt.

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ELECTRICIDADE

Uma boa gestão dos consumos eléctricos em casa pode

revelar-se uma óptima surpresa na altura de pagar as contas.

Basta seguir alguns destes conselhos:

– Verifique se a tarifa bi-horária da EDP (que prevê preços mais

baixos à noite e ao fim-de-semana) é uma boa opção para o

seu agregado familiar. É possível realizar uma simulação no site

da empresa (www.edp.pt). Caso opte por este sistema,

concentre os consumos eléctricos mais pesados (como a

lavagem da roupa ou da louça) nas horas mais económicas.

Se os seus electrodomésticos não têm temporizador integrado,

use um dos que se ligam directamente na tomada de

electricidade.

– Ainda mantém as velhas lâmpadas de filamentos nos

candeeiros de sua casa? Se assim é, troque-as rapidamente – as

poupanças podem atingir mais de 70% para uma utilização

normal de quatro horas diárias. Com a poupança realizada, em

menos de seis meses consegue pagar o investimento nas

lâmpadas novas, cujos preços estão em queda.

– Está a pensar trocar de electrodomésticos? Comprou casa e

precisa de a equipar? Não hesite e opte por electrodomésticos

da classe A ou A+, os mais eficientes e mais económicos em

termos de consumos de electricidade. Esteja especialmente

atento aos frigoríficos, pois estão ligados em permanência e

representam uma das facturas mais pesadas dos consumos

eléctricos domésticos.

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– Gasta electricidade no aquecimento de águas domésticas?

A compra de painéis solares pode ser uma boa opção,

sobretudo por causa dos benefícios fiscais que lhes estão

associados.

– Desligar televisores, aparelhagens, leitores de DVD e

descodificadores de TV directamente nos aparelhos reduz os

consumos. Se lavar a roupa a 40ºC em vez de 60ºC pode

poupar até 55% da energia consumida. Desligar o forno ou o

ferro de engomar dez minutos antes de concluída a tarefa não

prejudica a actividade e diminui os consumos. Além de poupar,

está também a contribuir para a preservação do ambiente ao

reduzir o consumo de recursos energéticos com impacto no

aquecimento global do planeta.

Saiba mais em www.eco.edp.pt.

ÁGUA

A boa manutenção das torneiras e a adopção de

comportamentos mais amigos do ambiente – e da carteira –

podem fazer a diferença quando chegar ao final do mês:

– Tome duche, em vez de banho de imersão – poupará 80 mil

litros de água por ano, o que representa, ao preço médio de

0,6 euros por metro cúbico, uma poupança anual de cerca de

50 euros.

– Feche a torneira enquanto lava os dentes ou faz a barba –

consumirá menos 50% de água.

– Se tiver torneiras a pingar, resolva prontamente o problema.

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– Regue o jardim de manhã cedo ou à noite, para não perder

água por efeito do calor e do sol.

Os seus filhos não estão sensibilizados para a necessidade de

poupar água? Em www.epal.pt, na secção Júnior, além de

jogos pedagógicos centrados na poupança, podem consultar

uma animação sobre o funcionamento do ciclo da água.

AUTOMÓVEL

Andar de transportes públicos é a melhor maneira de poupar

dinheiro nas deslocações. Mas também é verdade que nem

sempre a oferta de horários e rotas se adequa a pessoas com

grande necessidade de mobilidade e pouco tempo. É aqui que

entra o automóvel. Realizar uma condução eficiente do ponto

de vista energético não só reduz custos como ajuda a proteger

o meio ambiente. A ecocondução é a melhor forma de poupar

a sua carteira e lutar contra a poluição. É possível obter

poupanças até cerca de 25%, além de diminuir o desgaste do

veículo e aumentar a segurança rodoviária. Aqui ficam alguns

conselhos:

– Reduza o número de acelerações e travagens, melhorando os

consumos médios e aumentando o conforto a bordo. Terá

igualmente maior tempo de reacção, prevenindo situações de

perigo.

– Sempre que possível, opte por utilizar rotações do motor

mais baixas. Para tal, ao gerir a caixa de velocidades utilize

mudanças mais altas.

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– Acelere e desacelere suavemente - Acelerações bruscas levam

a que o seu veículo consuma mais combustível e emita mais

poluentes atmosféricos. As repetidas acelerações e travagens

provocam um maior desgaste mecânico e aumentam o

desconforto a bordo.

– Evite situações ao ralenti - Um automóvel gasta

aproximadamente 1 litro de combustível por hora ao ralenti e

também contribui para o ruído ambiente e para o aumento da

poluição atmosférica.

– Nas descidas e travagens, mantenha uma mudança

engrenada - Um veículo com tecnologia moderna corta a

injecção de combustível quando se retira o pé do acelerador e

se mantém uma mudança engrenada. Assim, ao retirar o pé do

acelerador, mantendo sempre o carro engatado, em descidas

ou situações de travagem controlada, pode aproveitar mais

eficientemente a energia utilizada.

– Saiba analisar os seus consumos - Procure analisar o seu perfil

de condução. Há diversos equipamentos que permitem

monitorizar as viagens e obter alguns parâmetros associados

ao seu estilo de condução.

– Verifique com regularidade a pressão dos pneus, pois atenua

o desgaste dos pneumáticos e baixa as médias de consumo.

– Utilize combustíveis mais eficientes – porque reduzem os

consumos, diminuem as emissões de poluentes e melhoram o

desempenho do motor.

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– Evite pesos desnecessários no carro e transporte de bagagens

no tejadilho, porque prejudicam a aerodinâmica do veículo.

– Racionalize a utilização do ar condicionado, sobretudo no

início das viagens, porque pode representar um aumento de

cerca de 10% de consumo.

Mais informações em www.ecoconducao-portugal.pt.

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Há muitas razões para criar um fundo de emergência e mesmo

que nenhuma surja é sempre bom saber que está preparado.

Pense em situações que podem verificar-se inesperadamente:

• Perda de emprego;

• Doença repentina;

• Acidente de viação;

• Catástrofes ou desastres naturais relacionados com cheias,

incêndios, sismos, etc.;

• Despesas imprevistas (carro, casa, escola dos filhos…).

Ter um fundo de emergência pode poupar-lhe muitos dissabores

em caso de situações inesperadas e ajudá-lo a repor a situação

financeira normal da sua família. Os dias que correm são incertos

e não nos permitem afirmar que a crise financeira global tenha

sido ultrapassada. A criação de um fundo de emergência poderá

ser uma medida de prevenção contra riscos futuros.

Com fazer para criar um fundo de emergência:

• Anote num papel todas as suas despesas fixas, como

gastos com habitação, transportes, alimentação,

educação, saúde, serviços que costuma utilizar, etc.;

• Some todas as despesas e multiplique-as pelo número de

meses nos quais deseja sentir-se seguro (o mínimo é três

meses e o ideal é a partir de seis meses);

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• Mesmo que não consiga pôr de lado de uma só vez o

montante fixo resultante dos encargos mensais, estipule

uma quantia mínima e transfira-a mesmo para o fundo

todos os meses;

• Procure poupar através de gastos dispensáveis, ou até

mesmo supérfluos (restaurantes e roupas são os mais

fáceis de limitar, mas há muitas áreas da sua vida onde

pode poupar);

• Escolha um produto de investimento que seja fácil de

mobilizar e que tenha riscos reduzidos, por exemplo um

depósito a prazo, com prazos mensais e renováveis. Nesse

caso, se precisar de resgatar o dinheiro aplicado, só

perderá os juros do último mês. Pode também optar por

fundos de tesouraria, ou fundos de taxa variável, que

rendem um pouco mais, mas já demoram mais tempo a

resgatar. Os certificados de aforro também são uma boa

alternativa, pois se a dita emergência não chegar, vão

acumulando prémios de permanência interessantes, que,

no longo prazo, fazem uma grande diferença.

• Utilize o dinheiro poupado apenas em caso de ser

efectivamente necessário.

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Dar aos seus filhos uma boa educação é o principal

investimento que pode fazer para lhes assegurar um bom

futuro. A educação é a base, o ponto de partida. Mas tem

custos, mesmo que os seus filhos estudem nas escolas ou

universidades públicas. Para poupar para a universidade dos

seus filhos, vá colocando de lado, todos os meses uma

pequena quantia e chegará à altura de os enviar para a

universidade com dinheiro suficiente para as despesas.

Faça as contas e veja quanto dinheiro lhe custará – propinas,

alojamento (se o seu filho for estudar para longe de casa),

alimentação, transportes, material escolar, tudo tem de entrar

nas contas. Se o seu filho quiser ir para a universidade pública

terá menos despesas, mas se o plano é ir para uma privada

reserve muito mais.

Se começar cedo, conte com o poder da capitalização e veja o

seu dinheiro multiplicar-se. Ponha o seu dinheiro a render.

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Quando se deve começar a poupar? A resposta é simples – o

mais cedo possível. Antes de mais, porque se trata de um bom

hábito, depois, porque quanto mais cedo começar a poupar

mais significativos serão os recursos amealhados. Actualmente

existe uma grande variedade de produtos financeiros

disponíveis para aplicar as suas poupanças e cada pessoa

possui diferentes objectivos para o seu aforro.

Uma coisa é certa: o velhinho mealheiro de barro é a pior das

opções, assim como deixar o dinheiro no colchão, pois as

suas poupanças não valorizam e não estão protegidas de

eventual roubo.

DEPÓSITOS A PRAZO

É a mais segura aplicação das suas poupanças, pois está

garantido até um valor de 100 mil euros por depósito, através

do Fundo de Garantia de Depósitos. Por outro lado, de acordo

com o prazo, a rentabilidade varia – quanto mais tempo quiser

manter o seu dinheiro cativo melhores taxas de juro

conseguirá. A “recompensa” também pode variar de acordo

com o montante investido – acima de 50 mil euros

conseguem-se normalmente retornos mais atractivos do que

para montantes mais baixos. O capital está sempre disponível,

embora o resgate possa incorrer em penalizações, parciais ou

totais, no pagamento de juros. Se decidir colocar neste tipo de

produto as suas poupanças, não se esqueça de verificar a taxa

anual líquida – o verdadeiro valor do retorno do capital

depositado.

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PLANOS POUPANÇA REFORMA (PPR)

Os PPR são fundos de poupança nos quais os subscritores

entregam um determinado montante, de forma única ou

periódica, a uma sociedade gestora. O que a entidade faz é

investir o dinheiro para o tentar rentabilizar, apostando em

valores mobiliários, participações em instituições de

investimento colectivo, dívida de curto prazo, depósitos

bancários ou outros activos de natureza monetária.

A grande vantagem destes produtos é que são dedutíveis no

IRS até pelo menos cinco anos antes do vencimento, mas são

sobretudo indicados para pessoas com mais de 40 anos,

quando investem até ao montante que em cada ano permite a

dedução fiscal máxima.

A menos que tenha subscrito um PPR com capital e/ou taxa

garantidos, nunca se sabe ao certo quanto pode receber,

apesar das sociedades gestoras simularem valores.

Os PPR são produtos pouco flexíveis, já que só permitem a sua

mobilização quando atingir a idade da reforma ou a partir dos

60 anos. Há casos em que o reembolso é permitido sem perda

de benefícios fiscais, tais como desemprego de longa duração,

doença grave ou morte, mas, se não forem estas as situações,

perde os benefícios fiscais.

Não se esqueça dos custos de subscrição, gestão e resgate. E

saiba que por lei a cobrança de comissões pela transferência,

total ou parcial, de planos de poupança onde não haja garantia

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de capital ou de rendibilidade é proibida. No caso dos planos

de poupança que garantam capital ou a respectiva

rendibilidade, a comissão de transferência não pode ser

superior a 0,5 % do valor a transferir.

CERTIFICADOS DE AFORRO

São instrumentos de dívida pública, criados com o objectivo de

captar a poupança das famílias. Têm como característica

principal serem distribuídos a retalho, isto é, serem colocados

directamente junto dos aforradores e terem montantes

mínimos de subscrição reduzidos. O valor nominal de cada

certificado de aforro é de 1 euro e o limite mínimo de

subscrição é de 100 unidades, sendo que cada pessoa só pode

deter 250 mil unidades, no máximo.

Este é um dos produtos mais seguros e acessíveis, uma vez que

pode ser subscrito no Instituto de Gestão do Crédito Público

(IGCP), no serviço AforroNet e em qualquer balcão dos CTT e

tem a garantia do Estado, não havendo custos de manutenção

ou qualquer outra ordem.

Os certificados de aforro só podem ser emitidos a favor de

particulares e não são transmissíveis, excepto em caso de

falecimento do titular.

Não deixe de consultar o Guia para Investir, disponível

também no netbanco.

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A poupança e o investimento são conceitos próximos que se

interligam entre si, uma vez que a poupança é o motor do

investimento. No entanto, poupar não significa investir, ou

seja, mesmo que poupe, não significa que esteja a aumentar

directamente o valor do seu capital.

A poupança refere-se à preservação de recursos para consumo

futuro, em resultado de uma decisão consciente no sentido de

não consumir de imediato os bens disponíveis. Já o

investimento significa rentabilizar as suas poupanças

e dessa rentabilidade depende um conjunto de

factores como, por exemplo, a taxa de juro ou a

inflação que irão determinar o seu poder de

compra mais tarde. O objectivo de qualquer

investidor é gerar valor acrescentado ao seu

património e, para tal, aplica o capital que

poupou em algum produto financeiro que lhe

ofereça rendimento.

Por outras palavras, poupar significa “pôr

dinheiro de lado”, não gastar os recursos que

detém por inteiro e adiar decisões de consumo.

Esforço de economizar ou controlar custos.

Ao decidir não consumir de imediato o rendimento de que

dispõe na compra de bens e serviços, as pessoas podem em

alternativa investir os seus recursos e aumentar o valor das suas

poupanças e consumir no futuro. O investimento é o motor do

crescimento económico, uma vez que a poupança dos

cidadãos é utilizada para financiar os bancos que por sua vez

GUIA PARA POUPAR

financiam a actividade económica. Ao aplicar o dinheiro num

produto financeiro, está a ceder temporariamente os seus

recursos, que decidiu consumir no futuro, a outras pessoas ou

entidades que os querem consumir de imediato.

O investidor vai então cobrar um preço por isso, ao qual se

chama de taxa de rendibilidade do seu investimento. Por outras

palavras, está a disponibilizar o dinheiro que pretende gastar a

longo prazo, para que outros se financiem a curto prazo.

No entanto, é importante não esquecer que

aumento da poupança não corresponde

necessariamente ao aumento do investimento.

Desta forma, por mais dinheiro que

“mantenha debaixo do colchão”, não está a

aumentar o capital disponível. Lembre-se que

dinheiro em casa, numa conta de depósito à

ordem, ou mesmo numa conta de depósito a

prazo que lhe garanta uma remuneração

abaixo da inflação, significa perder ou

desvalorizar a sua poupança.

Ou seja, está a poupar, mas no futuro vai poder

consumir menos do que poderia consumir hoje com o mesmo

dinheiro, pois o preço dos bens evolui ao longo do tempo. Pelo

contrário, se optar por depositar o seu dinheiro numa conta

que lhe renda juros superiores ao nível da inflação ou se

investir em produtos mais rentáveis, então sim, está a procurar

preservar ou aumentar as suas poupanças e está efectivamente

a investir.

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