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Dada de Publicação: 23 de julho de 2014 Indicadores econômicos Estudo das Dívidas em Atraso das Pessoas Jurídicas SPC Brasil e CNDL Dados referentes a julho de 2014 SUMÁRIO RELEASE DE IMPRENSA................................................................................................................. 2 ANÁLISE ECONÔMICA................................................................................................................... 4 METODOLOGIA DOS INDICADORES............................................................................................. 8 INFORMAÇÕES RELEVANTES........................................................................................................ 9 Presidentes Roque Pellizzaro Junior (CNDL) Roberto Alfeu Pena Gomes (SPC Brasil)

Indicadores da Inadimplência de PJ

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Apontamentos da inadimplência com Pessoas Juridicas

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Page 1: Indicadores da Inadimplência de PJ

Dada de Publicação: 23 de julho de 2014

Indicadores econômicos

Estudo das Dívidas em Atraso das Pessoas Jurídicas

SPC Brasil e CNDL

Dados referentes a julho de 2014

SUMÁRIO

RELEASE DE IMPRENSA................................................................................................................. 2

ANÁLISE ECONÔMICA................................................................................................................... 4

METODOLOGIA DOS INDICADORES............................................................................................. 8

INFORMAÇÕES RELEVANTES........................................................................................................ 9

Presidentes

Roque Pellizzaro Junior (CNDL) Roberto Alfeu Pena Gomes (SPC Brasil)

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Com atividade econômica estagnada, número de empresas inadimplentes cresce 7,11%

Dívidas nos setores dos bancos, do comércio e da indústria foram as que mais contribuíram para a alta nos atrasos, mostra novo indicador lançado hoje pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil)

As empresas brasileiras estão com mais dificuldades para pagar suas contas. Segundo o novo indicador SPC

Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) de inadimplência da Pessoa Jurídica, lançado nesta quarta-feira, dia 27,

a quantidade de empresas com dívidas em atraso cresceu 7,11% no mês de julho, na comparação com o

mesmo período do ano passado. Apesar da leve desaceleração em relação à alta de junho (7,80%), este é o

quarto mês seguido em que o crescimento se mantém acima de 7%. Já na passagem de junho para julho, os

dados do SPC Brasil mostram que houve uma ligeira aceleração e o crescimento ficou em 0,37%.

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o atual cenário de estagnação da economia e custos

maiores impactaram o fluxo de caixa das empresas. “O aumento do custo dos financiamentos com juros

elevados, inflação no limite da meta e o ambiente de baixa atividade econômica estão impondo dificuldades à

situação financeira das empresas. Além disso, a piora da confiança do consumidor e o crescimento da

inadimplência da pessoa física são fatores que influenciam”, explica a economista.

Na comparação anual, a região nordeste apresentou o maior crescimento do número de pessoas jurídicas

inadimplentes (9,2%), seguida pelos Estados do Norte (6,9%), Sudeste (6,3%), Centro-oeste (4,6%) e Sul

(4,0%). Apesar da variação abaixo da média nacional, os Estados da região Sudeste concentram 43,29% do

total de empresas com dívidas em atraso no Brasil.

Dívidas em atraso

A alta do número de dívidas em atraso, que ficou em 6,17% na base anual de comparação, foi puxada

principalmente pelo crescimento de compromissos financeiros atrasados em que o comércio é o setor credor.

O segmento respondeu por 1,8 pontos percentuais da alta total, mesma contribuição do setor de bancos e

pouco à frente da indústria, que contribuiu com 1,3 pontos percentuais do crescimento global das dívidas em

atraso.

Na avaliação dos economistas do SPC Brasil, o levantamento de julho denota que as empresas estão com

dificuldades para pagar seus compromissos financeiros no curto prazo. Exemplo disso é que na análise das

empresas com dívidas pendentes por tempo de atraso, observa-se uma perda de fôlego das dívidas atrasadas

em até 90 dias. Em junho, o crescimento desta faixa de atraso estava em 17,45% e desacelerou para uma alta

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de 8,23% em julho. Por outro lado, as empresas com dividas em atraso de 91 a 180 dias foram as que mais

crescerem na comparação anual: partindo de um crescimento de 10,37% em junho para 11,07 em julho. O

movimento do indicador mostra que as dívidas estão se mantendo na base de compromissos em atraso,

passando da categoria de até 90 dias para a categoria de 90 a 180 dias.

Novo indicador

A partir deste mês de julho, o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e a CNDL (Confederação Nacional de

Dirigentes Lojistas) passam a divulgar o Indicador Mensal de Inadimplência da Pessoa Jurídica. O objetivo é

proporcionar uma ferramenta de análise e indicador de tendências para as empresas brasileiras, a exemplo do

que já acontece com o indicador de inadimplência da Pessoa Física, divulgado mensalmente pelas duas

instituições.

Leia a metodologia e baixe a série histórica em: https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos

Informações à imprensa:

Guilherme de Almeida

(61) 3213-2030 | (61) 8350 3942

[email protected]

Vinícius Bruno

(11) 3251-2035 | (11) 9-7142-0742 | (11) 9-4161-6181

[email protected]

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ANÁLISE ECONÔMICA

Número de empresas inadimplentes cresceu 7,11% em julho

A partir deste mês de junho, o SPC Brasil passa a divulgar o indicador de inadimplência da Pessoa Jurídica. O

objetivo é proporcionar uma ferramenta de análise e indicador de tendências para as empresas brasileiras, a

exemplo do que já acontece com o Indicador de Inadimplência da Pessoa Física, divulgado mensalmente pelo SPC

Brasil.

O número total de empresas inadimplentes nas bases as quais o SPC tem acesso cresceu 7,11% em julho, o quarto

mês consecutivo de altas acima de 7%. Com relação ao total de dívidas em atraso das pessoas jurídicas o

crescimento em julho foi de 6,17% na comparação com o mesmo mês de 2013. Em ambos os casos, foi verificada

uma desaceleração em relação ao mês anterior. No entanto, é importante ressaltar que ela não interrompe a

tendência de crescimento, mas mantém o registro de aumento na comparação anual.

Na comparação mensal, por outro lado, os dados do SPC Brasil mostraram, em julho, altas menores do que no mês

anterior. Com relação ao número de pessoas inadimplentes a alta 0,37%, ante +0,34% no mês anterior. Na variação

mensal a alta do total de dívidas em atraso foi de 0,66% em julho, ante 0,19% em junho.

Com relação ao setor credor, destacam-se as altas anuais no número de dívidas verificadas nos setores de

administração pública, luz e gás e indústria. Como a participação dos dois primeiros segmentos no total de dívidas é

pequena, as altas de bancos, comércio e indústria prevalecem como as mais importantes para explicar o forte

crescimento anual.

Na análise da inadimplência de pessoa jurídica por regiões, destaca-se principalmente o crescimento anual

observado no Norte e Nordeste, tanto do número de empresas devedoras quanto do número de dívidas em atraso.

O Sudeste, no entanto, ainda concentra a maior parte das dívidas em atraso de pessoas jurídicas no país (cerca de

44%).

Em resumo, os dados mostram crescimentos importantes e estáveis de dívidas em atraso e de empresas

inadimplentes ao longo de 2014, ainda que em intensidade mais fraca do que o registrado em anos anteriores. Tal

movimento pode ser baseado em comparações sobre uma base mais alta, o que faz com que as variações sejam

menores. Em linha com este argumento, os dados de julho mostram altas mensais tanto no indicador do número de

dívidas quanto no indicador do número de inadimplentes. Em ambos os casos a alta é maior do que a verificada no

mês anterior.

O cenário da inadimplência ainda crescente das empresas é reflexo do cenário econômico atual. Além das taxas de

juros em níveis elevados1, o empresário brasileiro convive com inflação crescente2 que age para diminuir as

margens de lucro. A isso se soma a perda de fôlego recente da atividade econômica3, a piora na confiança e na

inadimplência do consumidor que atuam sobre a confiança dos empresários4.

1 A taxa básica de juros, Selic, tem sido mantida em 11% desde abril de 2013 após um ciclo de alta iniciado no início de

2013. 2 Em julho o IPCA acumulado em 12 meses ficou em 6,5%; na banda superior da meta.

3 Dados do IBGE apontam uma queda mensal de 0,7% nas Vendas no Varejo em junho e um recuo de 1,4% na Produção

Física Industrial em maio na comparação com o mês anterior. 4 A FGV apurou que a Confiança dos Empresários do Comércio recuou 6,4% no trimestre findo em junho/ 14 sobre o

mesmo período do ano anterior. A Confiança do Empresário da Indústria caiu 15,7% em junho na comparação anual.

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Tabela 1 - Resumo da evolução do número de pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil

Fonte: SPC Brasil. Um mesmo CNPJ é contado neste indicador apenas uma vez, mesmo que tenha mais de uma dívida em atraso.

Tabela 2 – Evolução do número de dívidas em atraso na base do SPC Brasil

Fonte: SPC Brasil.

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Indicador 1: Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil

Crescimento anual do número de empresas inadimplentes em julho se mantém acima de 7%

O número de empresas inadimplentes cresceu 7,11% em julho na comparação anual. Este foi o quarto mês

consecutivo com crescimento anual acima de 7% das pessoas jurídicas com dívidas em atraso no segmento de

pessoa jurídica (Gráfico 1). Em junho a alta anual havia sido de 7,80%, levemente superior à variação mais recente.

O resultado de julho mostra que o número de empresas inadimplentes tem crescido, em 2014, a uma taxa mais

modesta do que aquela registrada ao longo de 2013 e dos anos anteriores. O crescimento menor pode ser explicado

pela base mais alta. Nesta situação, ainda que o número absoluto de empresas inadimplentes se mantenha em

expansão, a comparação com uma base maior gera um crescimento menor.

Na comparação mensal, a alta foi de 0,37%, o que representa uma leve aceleração em relação ao crescimento de

0,34% verificado em junho.

Gráfico 1 - Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior

Fonte: SPC Brasil.

Abertura por tempo de atraso de dívida

Na análise das empresas com dívidas pendentes por tempo de atraso observa-se uma perda de fôlego das dívidas

até 90 dias. Em junho o crescimento desta faixa de atraso estava em 17,45% e em julho passou para uma alta de

8,23%. Por outro lado, as empresas com dívidas em atraso de 91 a 180 dias foram as que mais cresceram na

comparação anual: 11,07% em julho (acima do crescimento de 10,37% no mês anterior) (Gráfico 1). O movimento

de perda de força nas dívidas com menor tempo de atraso e a aceleração no crescimento de dívidas mais antigas

indica que as empresas não estão conseguindo quitar seus compromissos pendentes no curto prazo e são mantidas

nas bases de inadimplentes as quais o SPC Brasil tem acesso. Por fim, as empresas com dívidas entre 181 e 360 dias,

que vinham apresentando forte crescimento em 2013, vem apresentando leves recuos em 2014 e em julho

apresentaram queda de 1,04% na comparação anual.

Com relação à participação no total, observa-se que as empresas com dívidas em atraso mais longas são a maior

parte da base. Quando se fala em dívidas de 361 dias a 3 anos a participação é de 38,03% e as aquelas em atraso de

3 a 5 anos tiveram participação de 33,16% do total. Por outro lado, as empresas com dívidas de 91 a 180 dias tem a

menor participação no total: 7,40% (Gráfico 3).

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Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil por tempo de atraso de dívida Gráfico 2 - Variação Anual (jul/14) Gráfico 3 -Participação em relação ao total

Fonte: SPC Brasil.

Abertura por região do devedor

O Nordeste foi a região que apresentou o maior crescimento do número de pessoas jurídicas inadimplentes em

julho: 9,18%. A região tem liderado o crescimento no número de empresas inadimplentes desde o ano passado,

mas o dado de julho mostrou crescimento mais fraco do que havia sido registrado no mês anterior (11,16%). Por

outro lado, a inadimplência na região Sul cresceu abaixo da média nacional: 3,96% no mês de julho. Com relação à

participação, a região Sudeste tem o maior número de empresas com dívidas em atraso: 43,29% do total, o que

reflete a concentração da atividade econômica na região.

Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil por região Gráfico 4 - Variação Anual (jul/14) Gráfico 5 -Participação em relação ao total*

Fonte: SPC Brasil.

*Os percentuais não somam 100% devido à existência de uma parcela de inadimplentes residentes em regiões não determinadas na

base de dados

7,11% 8,23%

11,07%

-1,04%

8,13% 7,80%

Total Até 90dias

91 a 180dias

181 a360 dias

361 diasa 3 anos

3 a 5anos

5,77%

19,42%

9,28%

43,29%

17,52%

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Indicador 2: Dívidas em atraso na base do SPC Brasil – Pessoa Jurídica

Número de dívidas ainda não pagas por empresas cresceu 6,17% em julho

Pelo quarto mês consecutivo o número de empresas inadimplentes cresceu acima de 6% na comparação anual. Em

julho, a alta do indicador com relação ao mesmo mês de 2014 foi de 6,17%, o que se segue à alta de 6,31% em

junho (Gráfico 6). Na comparação mensal, a alta foi de 0,66%, uma aceleração em relação aos 0,19% do mês

anterior (Gráfico 7).

Gráfico 6 – Dívidas em Atraso PJ Gráfico 7 – Dívidas em Atraso PJ Variação anual (jun/14) Variação mensal

Fonte: SPC Brasil. O dado não reflete apenas o número de dívidas em atraso no Brasil, mas também o aumento do registro das dívidas registradas nas bases de dados a que o SPC tem acesso.

Abertura por tempo de atraso de dívida

A análise das dívidas pendentes por tempo de atraso mostra que as dívidas não pagas a partir de meados do

primeiro trimestre não foram quitadas e se mantém nas bases as quais o SPC Brasil tem acesso. Reflexo disto é o

crescimento de 11, 15% das dívidas até 90 dias em forte desaceleração em relação ao mês anterior (23,50%). Por

outro lado, o crescimento das dívidas de 91 a 180 dias acelerou para 4,22% de 1,45% no mês anterior. (Gráfico 8).

Gráfico 8 – Número de dívidas pendentes por tempo de atraso Variação anual (jul/14)

Fonte: SPC Brasil. O dado não reflete apenas o número de dívidas em atraso no Brasil, mas também

o aumento do registro das dívidas registradas nas bases de dados a que o SPC tem acesso

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Abertura por região do devedor

O destaque no crescimento do número de dívidas foi da região Nordeste, com alta de 10,36% em relação ao mesmo

mês do ano passado. Também houve crescimento importante do número de dívidas da região Norte (7,08% em

relação a julho de 2013). O crescimento mais modesto foi verificado na região Sul, que apresentou alta de 2,70%.

Com relação à participação, a região Sudeste tem o maior número de empresas com dívidas em atraso: 43,87% do

total, o que reflete a concentração da atividade econômica na região.

Inadimplentes por Região Gráfico 9 - Variação anual (mesmo mês do ano anterior) Gráfico 10 – Participação no total de inadimplentes*

Número de dívidas em atraso por setor credor

A alta anual do número de dívidas em atraso foi puxada principalmente pelo crescimento de dívidas em que o

comércio é o setor credor. O segmento, que tem participação de 16,08% no total de dívidas em atraso de pessoas

jurídicas, mostrou crescimento anual de 11,84% (Gráficos 10 e 11) e respondeu, portanto, 1,81 pontos percentuais

da alta de 6,17% nos atrasos (Gráfico 12). Em seguida, destacou-se o crescimento da indústria que tem importante

participação (9,84%) e apresentou intenso crescimento anual de 14,63%. Por fim, o setor de bancos, que tem a

maior participação no total de dívidas (35,85%) cresceu a ritmo mais fraco (4,96%), mas respondeu por 1,6 pontos

percentuais no crescimento total do número de dívidas.

Gráfico 10 – Inadimplente PJ Gráfico 11 – Dívidas em Atraso PJ Participação por setor credor Variação anual (jun/14)

Fonte: SPC Brasil. O nome do setor credor é uma simplificação da classificação CNAE. Para mais detalhes, veja a seção

de metodologia.

Importante ressaltar que uma forte alta na comparação anual não implica sempre em impacto importante porque

sua participação no número total de dívidas é pequena. É o caso, mais uma vez das dívidas em atraso devidas à

administração pública. Em que pese a alta anual de 43,41%, a sua participação no número total de dívidas é

5,59%

18,21%

9,05%

43,87%

17,91%

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pequena (apenas 1,52%). Desta forma, o setor responde por somente 0,49 pontos percentuais da alta total (Gráfico

12).

Gráfico 12 – Número de dívidas em atraso Participação de cada setor no crescimento anual (6,17%)

Fonte: SPC Brasil. O nome do setor credor é uma simplificação da classificação CNAE. Para mais detalhes, veja a seção

de metodologia.

Variação anual total:

6,17%

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METODOLOGIA DOS INDICADORES

Os indicadores de inadimplência apresentados neste material sumarizam todas as informações disponíveis nas

bases de dados a que o SPC Brasil tem acesso (simplificadamente chamados de "Bases de dados do SPC Brasil"). A

abrangência dos dados é nacional, com informações de capitais e interior de todos os 26 estados da federação,

além do Distrito Federal.

Quando uma empresa deixa de pagar um título a empresa associada ao SPC Brasil pode (mas não é obrigada a)

registrar essa inadimplência junto ao SPC Brasil. Em geral, as empresas credoras costumam registrar a inadimplência

depois de verificar que o pagamento não ocorre mesmo após 30 dias após o vencimento. Entretanto, não há regra,

e o registro pode ocorrer no dia seguinte ao vencimento ou mais de um ano após o vencimento.

A empresa devedora é informada via correspondência sobre o registro e poderá, a qualquer momento, pagar a

dívida ou renegociá-la. Em ambos os casos, o registro referente àquela pendência será retirado da base do SPC

Brasil, mas a empresa ainda pode constar como inadimplente (“negativado”) se tiver outras pendências.

Para todos os indicadores abaixo, o SPC Brasil considera que uma dívida é a relação de um credor com um devedor,

mesmo que esse credor tenha registrado várias pendências desse devedor junto ao SPC Brasil. Assim, se a empresa

deixa de pagar quatro parcelas de uma mesma compra e tem por isso quatro registros no SPC Brasil, os indicadores

abaixo assumem que essa empresa tem apenas uma dívida, já que os registros foram, todos, feitos pela mesma

empresa credora associada (mesmo CNPJ).

As séries históricas relativas aos dados comentados nesse texto estão disponíveis para download em

https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos.

Indicador 1: Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil Este indicador mostra a variação mês a mês do número de pessoas jurídicas registradas na base do SPC Brasil. Cada

pessoa jurídica inadimplente é contada apenas uma vez, independente do número de dívidas que tenha em atraso.

É importante notar que a variação no número de empresas inadimplentes registradas na base do SPC Brasil não

representa, exatamente, o número de empresas inadimplentes no Brasil, por três motivos.

A base de dados do SPC Brasil é a que tem a maior capilaridade nacional, mas existem outros

serviços de proteção ao crédito, cujos dados não são considerados para este indicador.

Há empresas que, eventualmente ou sempre, decidem não registrar o atraso de seus clientes. Isso

pode ocorrer, por exemplo, porque o cliente tem uma relação de longa data com a empresa.

Há empresas que só registram o atraso de seus clientes muito tempo após o vencimento da fatura,

possivelmente após esgotarem todas as tentativas de negociação. Por isso, pode ocorrer que a

inadimplência tenha aumentado em janeiro, mas o aumento do número de devedores só ocorra

em março na base do SPC Brasil.

Indicador 2: Dívidas em atraso na base do SPC Brasil – Pessoa Jurídica

Este indicador mostra a variação mês a mês da quantidade total de dívidas em atraso de pessoas jurídicas.

As dívidas em atraso são classificadas de acordo com:

Setor credor, identificado de acordo com a CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). As

empresas credoras foram classificadas pelas seções CNAE (identificadas por letras), conforme tabela

abaixo.

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INFORMAÇÕES RELEVANTES Este material foi elaborado e publicado pelo SPC Brasil e tem como único objetivo prover informações sobre os indicadores econômicos produzidos pela Organização. Todos os dados desta publicação foram apurados criteriosamente por profissionais qualificados, a partir de fontes públicas e privadas, não tendo o SPC Brasil qualquer gerência e/ou responsabilidade sobre tais informações. O conteúdo deste documento, eventualmente, poderá apresentar opiniões e análises realizadas pelos profissionais responsáveis no momento da divulgação e poderá estar sujeito a alterações, a qualquer momento, sem aviso prévio. Os dados apresentados neste material poderão representar projeções de variáveis econômicas, elaboradas criteriosamente a partir de dados disponíveis no momento de sua elaboração, tendo em vista o cenário econômico atual macroeconômico. O SPC Brasil não se responsabiliza por eventuais alterações em suas projeções, análises e/ou por desvios de suas projeções em relação às fontes consultadas. Todos os dados apresentados nesse relatório têm caráter meramente informativo, sendo que o SPC Brasil não concede nenhuma segurança ou garantia, seja de forma expressa ou implícita, pela utilização dos mesmos para fins de avaliação ou tomada de decisão por seu consulente. Desta forma, o SPC Brasil não se responsabiliza por nenhuma consequência ou perda, patrimonial ou extrapatrimonial, decorrentes do uso de quaisquer dados ou análises desta publicação, sendo isento de todas as responsabilidades decorrentes do uso deste material. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, sob as penas da lei, exceto com autorização prévia e expressa do SPC Brasil ou com a citação integral da fonte. Sobre a CNDL Fundada em 1960, a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), é a mais antiga entidade representativa do comércio lojista. Reunindo as federações (representação local nos Estados) e câmaras de dirigentes lojistas (representação local nos municípios), a instituição tem como missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa. Sobre o SPC Brasil O SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) é o sistema de informações da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), constituindo-se no maior banco de dados da América Latina em informações creditícias sobre pessoas físicas e jurídicas. A capilaridade alcançada pelo SPC Brasil é a mais representativa do setor. Sua base de dados reúne informações de todos os segmentos da economia nas 27 unidades da Federação. O SPC Brasil reúne informações creditícias de praticamente todos os CPFs do Brasil, estejam eles em situação de inadimplência ou não. Os serviços e soluções oferecidos pelo SPC Brasil auxiliam empresas a proteger-se de prejuízos, maximizar seus lucros e a promover ações de vendas e recuperação de crédito, incluindo prospecção de negócios e gestão de carteira.