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Sérgio Alfredo Macore Nível de execução orçamental das despesas públicas: Estudo de caso do Gabinete do Governador da Província de Nampula (2014 2015). (Licenciatura em Gestão de Empresas com Habilitações em Gestão Financeira) Universidade Pedagógica Nampula 2017

Nível de execução orçamental das despesas públicas estudo de caso do gabinete do governador da província de nampula

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Sérgio Alfredo Macore

Nível de execução orçamental das despesas públicas: Estudo de caso do Gabinete do

Governador da Província de Nampula (2014 – 2015).

(Licenciatura em Gestão de Empresas com Habilitações em Gestão Financeira)

Universidade Pedagógica

Nampula

2017

i

Sérgio Alfredo Macore

Nível de execução orçamental das despesas públicas

Estudo de caso do Gabinete do Governador da Província de Nampula (2014 – 2015).

Monografia Científica Apresentada no

Departamento de Contabilidade e Gestão, Para a

Obtenção do Grau Académico de Licenciatura em

Gestão de Empresas com habilitações em Gestão

Financeira.

Supervisor

Dr. Benedito Machado

Universidade Pedagógica

Nampula

2017

ii

ÍNDICE

LISTA DE TABELAS .................................................................................................. v

LISTA DE GRAFICOS ............................................................................................... vi

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................. vii

LISTA DE ABREVIATURAS ................................................................................... viii

DECLARAÇÃO .......................................................................................................... ix

DEDICATÓRIA ........................................................................................................... x

AGRADECIMENTOS ................................................................................................. xi

RESUMO ................................................................................................................... xii

CAPITULO I - INTRODUÇÃO ................................................................................... 1

1.1.Introdução ........................................................................................................... 1

1.2.Objectivos ........................................................................................................... 2

1.2.1.Objectivo Geral ............................................................................................. 2

1.2.2.Objectivos Específicos .................................................................................. 2

1.3.Justificativa da Pesquisa ...................................................................................... 2

1.4.Problematização .................................................................................................. 3

1.5.Hipóteses ............................................................................................................. 4

1.6.Delimitação do tema ............................................................................................ 4

1.7.Estrutura do trabalho............................................................................................ 4

CAPITULO II – REVISÃO DE LITERATURA ........................................................... 5

2.1.Teoria de base ...................................................................................................... 5

2.2.Sistema da Administração Financeira do Estado - SISTAFE ................................ 5

2.2.1.Princípios ...................................................................................................... 6

2.2.2.Âmbito de aplicação ...................................................................................... 7

2.2.3.Objectivos ..................................................................................................... 7

2.2.4.Princípios Fundamentais ............................................................................... 7

2.2.5.Exercício económico ..................................................................................... 8

2.3.Autonomia ........................................................................................................... 8

2.3.1.Autonomia Administrativa ............................................................................ 8

2.3.2.Autonomia Administrativa e Financeira ........................................................ 8

2.4.Subsistemas do SISTAFE .................................................................................... 9

2.4.1.Subsistema do Orçamento do Estado (SOE) .................................................. 9

iii

2.4.2.Subsistema do Tesouro Público (STP) ........................................................... 9

2.4.3.Subsistema da Contabilidade Pública (SCP) ................................................ 10

2.4.4.Subsistema do Património do Estado (SPE) ................................................. 10

2.4.5.Subsistema do Controlo Interno (SCI) ......................................................... 11

2.5.Sistemas Integrados de Gestão ........................................................................... 11

2.5.1.Sistemas Integrados de Gestão na Gestão Pública ........................................ 11

2.6.Conceito do e-SISTAFE .................................................................................... 11

2.7.Finanças públicas............................................................................................... 12

2.8.Despesas públicas .............................................................................................. 13

2.9.Literatura focalizada .......................................................................................... 13

CAPITULO III – METODOLOGIA DA PESQUISA ................................................. 15

3.1.Introdução ......................................................................................................... 15

3.2.Tipos de Pesquisas ............................................................................................. 15

3.3.Método de Abordagem ...................................................................................... 15

3.4.Descrição da População e Processo de Amostragem .......................................... 16

3.5.Técnicas de Recolha de Dados ........................................................................... 16

3.6.Critérios para Análise de Dados ......................................................................... 16

3.7.Delimitação do Tema ......................................................................................... 17

3.8.Limitações da Pesquisa ...................................................................................... 17

3.9.Aspectos Éticos do Estudo ................................................................................. 17

CAPITULO IV – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

................................................................................................................................... 18

4.1.Introdução – Gabinete do Governador da Província de Nampula........................ 18

4.1.1Natureza ....................................................................................................... 18

4.1.2.Princípios de funcionamento ....................................................................... 18

4.1.3.Princípio da legalidade administrativa ......................................................... 18

4.1.4.Princípio da organização e funcionamento ................................................... 18

4.1.5.Princípio do Relacionamento ....................................................................... 18

4.1.6.Principio da boa administração .................................................................... 19

4.1.7.Princípio de Imparcialidade ......................................................................... 20

4.1.8.Competências .............................................................................................. 20

4.2.Estrutura Orgânica ............................................................................................. 20

4.3.Gabinete do Governador da Província ................................................................ 21

4.3.1.Competência do Chefe do Gabinete ............................................................. 21

iv

4.3.2.Assessores ................................................................................................... 21

4.3.3.Competência do assessor Jurídico................................................................ 22

4.3.4.Competência do Assessor Económico ......................................................... 22

4.3.5.Competência do assessor para área de sociedade Civil ................................. 23

4.3.6.Secção de Contabilidade.............................................................................. 23

4.3.7.Distinções e Prémios ................................................................................... 23

4.4.Analise e interpretação de dados ........................................................................ 24

4.5.Sistafe / Despesas .............................................................................................. 25

4.5.1.Nível de Racionalidade do sistafe ................................................................ 28

4.6.Ponto de vista dos funcionários .......................................................................... 33

4.7.Avaliação de hipóteses....................................................................................... 35

CAPITULO V – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ......................................... 37

5.1.Conclusão .......................................................................................................... 37

5.2.Recomendações ................................................................................................. 38

Bibliografia ................................................................................................................. 39

Apêndices ................................................................................................................... 41

v

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Respostas dada na entrevista aos funcionários.............................................. 33

vi

LISTA DE GRAFICOS

Gráfico 1: Faixa etária ................................................................................................. 24

Gráfico 2: Género ....................................................................................................... 24

Gráfico 3: Grau académico.......................................................................................... 25

Gráfico 4: Existência de implicação de não uso e uso do sistafe .................................. 25

Gráfico 5: Conhecimento dos técnicos acerca do sistafe .............................................. 26

Gráfico 6: Livros obrigatórios na execução de despesas .............................................. 27

Gráfico 7: Existência de procedimentos de execução de despesas ................................ 27

Gráfico 8: Princípios de prestação de contas no Gabinete do governador ..................... 28

Gráfico 9: Participação sobre capacitação do e-sistafe ................................................. 28

Gráfico 10: Conhecimentos da lei que cria sistafe ....................................................... 29

Gráfico 11: As despesas realizadas são acompanhadas por um documento de suporte . 29

Gráfico 12: Os documentos são remetidos para autorização das despesas .................... 30

Gráfico 13: Na efectuação da despesa tem se observado as fases de realização ............ 31

Gráfico 14: Os documentos são cancelados após ao pagamento das despesas .............. 31

Gráfico 15: Realização de reconciliação em cada mês ................................................. 32

vii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Vista frontal do edifício do governo da província de Nampula ..................... 19

viii

LISTA DE ABREVIATURAS

SISTAFE Sistema de Administração Financeira do Estado

RAF Repartição de Administração e Finanças

GGPN Gabinete do Governador da Província de Nampula

NPL Nampula

MZ Moçambique

EO Execução Orçamental

DP Despesas Públicas

FP Finanças Publicas

SPE Subsistema do Património do Estado

SCI Sistema de Controlo Interno

SOE Subsistema do Orçamento do Estado

STP Subsistema de Tesouro Público

ix

DECLARAÇÃO

Declaro por minha honra que este trabalho é da minha autoria, resulta da minha

investigação e sob orientação do meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as

fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia

final. Esta é a primeira vez que submeto numa instituição académica para obtenção do

grau de Licenciatura em Gestão de Empresas com Habilitações em Gestão Financeira.

Nampula ao _____ / ________________ / 2017

_______________________________________________

/ Sérgio Alfredo Macore /

Nome do Supervisor

________________________________________________

/ Dr. Benedito Machado /

x

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais por serem pessoas idóneas, bom carácter desde meu

nascimento ate a minha fase adulta.

Dedico também a minha esposa, aos meus filhos que considero e amo muito, sem

esquecendo dos meus irmãos, primos, tios, sobrinhos e entre outros familiares que

fizerem com que este trabalho fosse uma realidade.

O meu muito obrigado a todos eles.

xi

AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus todo-poderoso.

Em segundo lugar, agradeço ao meu supervisor Dr. Benedito Machado, pelo apoio

incondicional, roubando-lhe ate os raros tempos de repouso dele para a consecução da

primeira versão ate a ultima.

Agradeço também aos meus amigos da faculdade.

Meus colegas da turma.

A todos, o meu muito obrigado.

xii

RESUMO

O nível de execução orçamental das despesas públicas, é o título deste estudo, cujo

principal enfoque é avaliar o grau de cumprimento ou alcance dos objectivos, planos e

metas estabelecidos pela Lei 09/2002 de 12 de Fevereiro que cria o SISTAFE, seguindo

uma relação aceitável nas regras e procedimentos de programação, gestão, execução e

controlo do erário público, concretamente para as Instituições pública como o caso do

Gabinete do Governador de Nampula, durante o período compreendido entre 2014 a

2015. Procurou-se, com este estudo, promover uma verificação sobre a disseminação

dos métodos e procedimentos de controlo que devem ser prestado atenção nas entidades

públicas no que diz respeito ao processo de execução das despesas. Para tanto, realizou-

se um estudo exploratório e descritivo, e também pesquisas bibliográfica, documental e

estudo de caso, sendo este último aplicou-se por meio de um guião de perguntas

fechadas destinado aos responsáveis da Repartição de Administração e Finança. Da

análise de dados colectados, concluiu-se que, os procedimentos de execução das

despesas públicas no gabinete do governador de Nampula proporcionam uma

informação financeira muito aproximada às regras e procedimentos previstos na Lei do

SISTAFE.

Palavras-chave: Sistafe. Despesas Públicas.

1

CAPITULO I - INTRODUÇÃO

1.1.Introdução

A presente pesquisa tem como o tema: O Nível de Execução das Despesas Públicas, em

particular no Gabinete do Governador da Província de Nampula, nos anos

compreendido entre 2014 a 2015. Como se pode ver pelo tema, o desenvolvimento e

crescimento económico que tem se registado nos últimos anos em Moçambique, faz

com que haja sempre uma crescente preocupação por parte do Governo em modernizar

e actualizar o seu papel como responsável na administração financeira da coisa pública.

Para que se possa perceber exaustivamente a eficácia do SISTAFE, é preciso que a

contabilidade pública moçambicana tenha consistência, comparabilidade, materialidade

e oportunidade (João, 2010).

O autor afirma que, o papel principal do Estado é garantir a satisfação das necessidades

colectivas, nesse sentido, os gestores públicos devem agir conforme os preceitos da

administração pública. O papel do controlo surge como forma de garantir que os

objectivos da administração pública sejam cumpridos, dando maior transparência na

aplicação dos recursos, procurando, no decorrer da gestão, actuar preventivamente na

detecção e correcção de irregularidades.

A Lei nº 09/2002, de 12 de Fevereiro, a Lei do SISTAFE, preconiza que a partir de

1997, houve a necessidade de se introduzir legislação e modelos de gestão mais

adequados às necessidades actuais de administração do erário público no que se refere a

gestão e controlo da despesa pública, nesse contexto, deixa de lado as regras e normas

utilizadas a mais de 100 anos, sendo de destacar o Regulamento de Fazenda, que data de

1901 e o Regulamento de Contabilidade Pública, de 1881.

Assim, a Lei 09/2002 de 12 de Fevereiro, o decreto 23/2004, de 20 de Agosto e o

Diploma Ministerial nº 169/2007 de 31 de Dezembro, estabelece de uma forma global

mais abrangente e consistente os princípios básicos e normas gerais da gestão e controlo

das despesas públicas de um sistema integrado de administração financeira dos órgãos e

instituições do Estado, ao abrigo do disposto no nº 1 do artigo 135 da Constituição da

República.

2

1.2.Objectivos

1.2.1.Objectivo Geral

Assim a pesquisa tem como objectivo geral:

Analisar o nível de execução orçamental das despesas publicas, em particular no

Gabinete do Governador da província de Nampula.

1.2.2.Objectivos Específicos

Assim a pesquisa tem como objectivos específicos

Compreender o modelo de administração financeira aplicado no Gabinete do

Governador na execução das despesas públicas;

Compreender as razões do não uso deste sistema na gestão dos recursos

financeiros;

Verificar o nível de racionalidade, economicidade e eficiência na gestão de

recursos atribuídos ao Gabinete do Governador na província de Nampula;

Mostrar as consequências do não uso do sistafe na gestão financeira no contexto

da descentralização.

1.3.Justificativa da Pesquisa

A informação prestada pelos gestores públicos sobre a execução das despesas públicas é

preponderante para o país, partindo da ideia de que os recursos são escassos e a

administração pública tem como objectivo principal a prestação de serviços sociais ao

público. Actualmente os gestores financeiros e contabilistas públicos são exigidos por

lei a aplicar regras, políticas e princípios estabelecidos de modo a mostrar a situação

financeira das entidades públicas, para o melhor controlo do bem público e permitir a

realização eficaz e económica das despesas públicas.

A motivação para o estudo deste tema e do local resultou das seguintes razões:

Por se tratar de um tema muito importante na vida de qualquer instituição ou

entidade pública; o SISTAFE é um instrumento que harmoniza as regras e

procedimentos de programação, execução do erário público, bem como produzir

informações de forma integrada e antecipada, concernente à administração

financeira dos órgãos e instituições do Estado.

3

No Gabinete do Governador, o e-SISTAFE foi instalado recentemente, de modo

a contribuir positivamente nos pagamentos das despesas, a transparência na

elaboração do Orçamento do Estado e no combate à corrupção.

A relevância do estudo deste tema é uma larga medida mais-valia, pois de certa forma

contribui significativamente em ajudar ao Estado a prestar muita atenção aos problemas

actuais, às oportunidades e prever o futuro das decisões tomadas pelo mesmo, não só,

mas também, os demais que o forem a consultar servirá de uma referência bibliográfica

para a efectividade de certos trabalhos de calibre didáctico, científico, social e mais.

1.4.Problematização

Com a aprovação da Lei 09/2002 de 12 de Fevereiro, lei que cria o SISTAFE,

regulamentado pelo Decreto n.º 23/2004 de 20 de Agosto, e o Diploma Ministerial n.º

169/2007, de 31 de Dezembro, observou-se mais um avanço instrumento de controlo

das despesas públicas em Moçambique.

Todavia, o controlo dá ao Administrador suporte e confiança na gestão do património

do Estado e ou, dos entes públicos. Este compreende uma relevante ferramenta no

domínio preventivo, detectivo e correctivo, que deve ser operado com todo o rigor e

independência, a fim de cumprir as finalidades que se propõe.

Qualquer entidade precisa de instrumentos e planos para acompanhamento da execução

e avaliação do cumprimento de normas e procedimentos financeiros e administrativos

que salvaguardem o património da mesma. Existem relatos que indicam os inúmeros

casos de impropriedades, práticas perversas sobre a gestão de fundos públicos,

duplicação de pagamentos das despesas (salários), que continuam abalando a confiança

e a credibilidade da população, em relação as entidades públicas moçambicanas.

Diante destes factos a questão que se coloca é:

Até que ponto o não uso do sistafe condiciona a execução orçamental despesas

públicas, em particular no Gabinete do Governador da província de Nampula?

4

1.5.Hipóteses

Hipótese 1: O não uso do sistafe condiciona a execução orçamental das despesas

públicas no gabinete do governador da província de Nampula.

Hipótese 2: O não uso do sistafe não condiciona a execução orçamental das despesas

públicas no gabinete do governador da província de Nampula.

1.6.Delimitação do tema

De forma a delimitar o objecto do estudo, o tema vai abordar no concreto a questão do

Nível de Execução das Despesas Públicas, nos anos compreendido entre 2014 a 2015,

tendo em conta que a pesquisa foi levada a acabo na província de Nampula, no gabinete

do governador.

1.7.Estrutura do trabalho

O trabalho está dividido em cinco (5) capítulos:

O capítulo 1 apresenta a introdução, o tema, delimitação do tema e o problema de

pesquisa, seguido dos objectivos a serem alcançados, a justificativa onde se relata sobre

a relevância da pesquisa.

No capítulo 2 é feito um levantamento bibliográfico sobre sistafe, despesas públicas,

vantagens do sistafe, suas leis e funções.

O capítulo 3 tem a metodologia onde aborda-se as tipologias da pesquisa, população,

amostra da pesquisa assim como o software usado.

O capítulo 4 encontramos a apresentação, análise e interpretação de dados.

O capítulo 5 é composto pelas conclusões e recomendações para melhor funcionamento

da empresa.

5

CAPITULO II – REVISÃO DE LITERATURA

2.1.Teoria de base

Durante o ano de 2001 o Governo iniciou a implementação de uma estratégia

abrangente de reforma do sector público a qual integra o programa de modernização da

administração financeira do Estado (componente de Gestão Financeira e Prestação de

Contas). Foram registados progressos significativos na implementação do programa de

modernização da administração financeira do Estado, sendo de salientar:

A aprovação do Decreto de classificação da despesa que fornece um maior

detalhe da classificação funcional;

O aumento da transparência do orçamento através da disponibilização de

informação mais detalhada;

A introdução de novos procedimentos de recolha de informação que permitem

integrar no OE uma parte dos projectos e programas “offbudgets’’;

A aprovação (em 2001) e promulgação (em 2002) da Lei nº. 9/2002, que cria o

Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE), bem como a

aprovação do regulamento da Lei.

E é sobre este último item que o presente trabalho se desenvolve, apresentando numa

primeira fase o conceito deste sistema, o seu âmbito de aplicação, principais

características, e numa segunda fase falaremos da plataforma informática que sustenta

este sistema, o e-SISTAFE.

2.2.Sistema da Administração Financeira do Estado - SISTAFE

O Sistema de Administração Financeira vigente assenta em normas legais que

remontam de mais de cem anos, sendo a destacar o Regulamento de Fazenda, de 1901, e

o Regulamento de Contabilidade Pública, de 1881.

A necessidade de reforma com vista a introduzir legislação e modelos de gestão mais

adequados às necessidades actuais de administração do erário público, determinou a

adopção e implementação pontuais de algumas medidas.

Desde 1997 tem se vindo a desenvolver esforços de modernização nas áreas do

Orçamento do Estado, impostos indirectos e alfândegas, entre outras. Estas Reformas

procuravam melhorar o sistema de programação e execução orçamental, harmonizar o

6

sistema dos impostos indirectos e a pauta aduaneira com os sistemas vigentes nos países

da região em que Moçambique se insere, e, delinear circuitos de registo na área da

contabilidade pública, visando torná-los mais eficientes, eficazes e transparentes.

Com vista a estabelecer de forma global, abrangente e consistente os princípios básicos

e normas gerais de um sistema integrado de administração financeira dos órgãos e

instituições do Estado e ao abrigo do disposto no n.º 1 do Artigo 135 da Constituição da

República, a Assembleia da República aprovou a Lei 9/2002, de 12 de Fevereiro, que

cria o Sistema de Administração Financeira do Estado, doravante designado por

SISTAFE.

O SISTAFE foi criado pela Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, tendo sido

regulamentado pelo Decreto n.º 23/2004, de 20 de Agosto, onde estão contidas as

principais normas de gestão orçamental, financeira, patrimonial, contabilística e de

controlo interno do Estado.

O SISTAFE estabelece e harmoniza regras e procedimentos de programação, gestão,

execução e controle do erário público, de modo a permitir o seu uso eficaz e eficiente,

bem como produzir a informação de forma integrada e atempada, concernente à

administração financeira dos órgãos e instituições do Estado.

O SISTAFE aplica-se a todos os órgãos e instituições do Estado, tanto no regime geral

(com autonomia administrativa) quanto excepcional (com autonomia administrativa e

financeira). Aplica-se também às autarquias e às empresas do Estado, excepto no

tocante à prestação de contas, por se reger por legislação específica.

2.2.1.Princípios

Consideram-se princípios orientadores, em administração financeira do Estado, cada um

dos critérios fundamentais que devem nortear a actuação de cada actor e interveniente

em qualquer estágio do processo de administração Financeira do Estado, no âmbito da

prossecução da Missão, Visão do SISTAFE. O SISTAFE é orientado por cinco

princípios fundamentais que são:

A regularidade financeira, pela qual a execução do Orçamento do Estado (OE)

deve ser feita em harmonia com as normas vigentes e mediante o cumprimento

dos prazos estabelecidos;

7

A legalidade, que determina a observância integral das normas legais vigentes;

A economicidade, na base da qual se deve alcançar uma utilização racional dos

recursos postos à disposição e uma melhor gestão de tesouraria;

A eficiência, que se traduz na minimização do desperdício para obtenção dos

objectivos delineados; e

A eficácia, que resulta na obtenção dos efeitos desejados com a medida

adoptada, procurando a maximização do seu impacto no desenvolvimento

económico e social.

2.2.2.Âmbito de aplicação

Nos termos do artigo 2º da Lei do SISTAFE, a lei do SISTAFE, aplica-se a todos os

órgãos e instituições do Estado, isto é, as instituições do Estado com autonomia

administrativa e financeira nos termos previstos no artigo 6º da mesma lei.

A lei do SISTAFE aplica-se também às autarquias e empresas do Estado, excepto no

tocante à prestação de contas, que se rege por legislação específica.

2.2.3.Objectivos

São objectivos do SISTAFE:

Estabelecer e harmonizar regras e procedimentos de programação, execução,

controlo e avaliação dos recursos públicos;

Desenvolver subsistemas que proporcionam informação oportuna e fiável sobre

o comportamento orçamental e patrimonial dos órgãos e instituições do Estado;

Estabelecer, implementar e manter um sistema contabilístico de controlo da

execução orçamental e patrimonial adequado às necessidades de registo da

organização da informação e da avaliação do desempenho das acções

desenvolvidas no domínio da actividade dos órgãos e instituições do Estado;

Estabelecer, implementar e manter o sistema de controlo interno eficiente e

eficaz e procedimentos de auditoria interna internacionalmente aceites.

2.2.4.Princípios Fundamentais

São princípios fundamentais do SISTAFE os seguintes:

Regularidade financeira - execução do orçamento do Estado em harmonia com as

normas vigentes e mediante o cumprimento dos prazos estabelecidos;

8

Legalidade – observância das normas legais vigentes;

Economicidade – utilização racional dos recursos disponibilizados, bem como uma

melhor gestão de tesouraria;

Eficiência - minimização dos desperdícios para a obtenção dos objectivos delineados;

Eficácia – obtenção dos efeitos desejados com a medida adoptada, procurando a

maximização do seu impacto no desenvolvimento económico e social.

2.2.5.Exercício económico

De acordo com o artigo 9º da Lei do SISTAFE, o exercício económico no âmbito do

SISTAFE, coincide com o ano civil, e serão consideradas no exercício económico

respectivo: as receitas nele cobradas e recebidas; as despesas nele pagas, e as despesas

por pagar quando regularmente efectuadas.

2.3.Autonomia

2.3.1.Autonomia Administrativa

O regime geral de administração financeira dos órgãos e instituições do Estado é o de

autonomia administrativa, entendendo-se por esta a capacidade destes:

Executarem as fases da receita tendo como limite mínimo os montantes fixados

nas respectivas tabelas;

Recolherem ao Tesouro Público toda a receita cobrada;

Executarem as fases da despesa respeitando o limite máximo fixado nas

respectivas tabelas;

Gerirem o património posto a sua disposição.

2.3.2.Autonomia Administrativa e Financeira

É caracterizada pela capacidade que um órgão e instituição do Estado tem de realizar,

além da execução das fases da receita e da despesa, a programação financeira com base

nas suas receitas próprias.

9

2.4.Subsistemas do SISTAFE

2.4.1.Subsistema do Orçamento do Estado (SOE)

Compete a este subsistema:

Preparar e propor os elementos necessários para a elaboração do Orçamento do

Estado - OE;

Preparar o projecto de Lei Orçamental e respectiva fundamentação;

Avaliar os projectos de orçamentos dos órgãos e instituições do Estado;

Propor medidas necessárias para que o OE comece a ser executado no início do

exercício económico a que respeita;

Preparar, em coordenação com o STP, a programação da execução orçamental e

financeira, de acordo com a legislação vigente;

Avaliar as alterações do OE;

Avaliar os processos de execução orçamental e financeira.

2.4.2.Subsistema do Tesouro Público (STP)

O Subsistema do Tesouro Público, designado abreviadamente por STP, compreende o

conjunto dos órgãos e instituições do Estado que intervêm nos processos de

programação, captação de recursos e gestão de meios de pagamento e abrange ainda as

respectivas normas e procedimentos.

Compete a este subsistema:

Zelar pelo equilíbrio económico financeiro;

Administrar os haveres financeiros e mobiliários;

Elaborar a programação financeira;

Elaborar as estatísticas das finanças públicas;

Gerir a conta única;

Propor a formulação da política de financiamento da despesa pública e

providenciar a sua execução;

Gerir a dívida pública interna e externa;

Realizar e gerir as operações de crédito público.

10

2.4.3.Subsistema da Contabilidade Pública (SCP)

O Subsistema de Contabilidade Pública, designado abreviadamente por SCP,

compreende todos os órgãos e instituições do Estado que intervêm nos processos de

execução orçamental, recolha, registo, acompanhamento e processamento das

transacções susceptíveis de produzir ou que produzam modificações no património do

Estado, e abrange ainda as respectivas normas e procedimentos.

Compete a este subsistema:

Elaborar e propor normas, procedimentos técnicos, relatórios e mapas, bem

como a respectiva metodologia e periodicidade, visando a harmonização e

uniformização contabilística;

Elaborar e manter actualizado o plano de contas;

Proceder à execução do Orçamento do Estado;

Acompanhar e avaliar o registo sistemático e atempado de todas as transacções;

Elaborar os relatórios de informação periódica a apresentar pelo Governo à

Assembleia da República;

Elaborar a Conta Geral do Estado.

2.4.4.Subsistema do Património do Estado (SPE)

O Subsistema do Património do Estado, designado abreviadamente por SPE,

compreende os órgãos ou instituições do Estado que intervêm nos processos de

administração e gestão dos bens patrimoniais do Estado e abrange ainda as respectivas

normas e procedimentos.

Compete a este subsistema:

Coordenar a gestão dos bens patrimoniais do Estado;

Organizar o tombo dos bens imóveis do Estado;

Elaborar anualmente o mapa de inventário físico consolidado e das variações

dos bens patrimoniais do Estado;

Proceder periodicamente ao confronto dos inventários físicos com os respectivos

valores contabilísticos;

Propor normas e instruções regulamentares pertinentes sobre os bens

patrimoniais do Estado.

11

Obs: Compete à entidade onde se localizam os bens e direitos patrimoniais, a

inventariação e gestão do património do Estado, de acordo com a legislação vigente.

2.4.5.Subsistema do Controlo Interno (SCI)

O Subsistema do Controlo Interno, designado abreviadamente por SCI, compreende os

órgãos e entidades que intervêm na inspecção e auditoria dos processos de arrecadação,

cobrança e utilização dos recursos públicos e abrange ainda as respectivas normas e

procedimentos.

Compete a este subsistema:

Verificar a aplicação dos procedimentos estabelecidos;

Verificar o cumprimento da legalidade, regularidade, economicidade, eficiência

e eficácia.

Obs: O Governo pode submeter os órgãos e instituições do Estado à auditoria

independente, pontual ou sistemática.

2.5.Sistemas Integrados de Gestão

2.5.1.Sistemas Integrados de Gestão na Gestão Pública

Segundo Barnabé Fernando J. (2007, pág. 20 citando Gibson et al., 1999), um Sistema

integrado de Gestão é um conjunto integrado de programas que providenciam suporte às

principais actividades organizacionais, como produção e logística, finanças e

contabilidade, vendas e marketing, e recursos humanos.

Para a Gestão Pública este sistema permite um aumento da rapidez na tomada de

decisão, um melhor controlo das operações relacionadas com a arrecadação das receitas

e execução das despesas, e uma melhor disseminação das informações relacionadas com

o OE.

2.6.Conceito do e-SISTAFE

e-SISTAFE é o sistema informático que suporta o SISTAFE, e atende a todos os

procedimentos previstos no mesmo.

O e-SISTAFE é desenvolvido, mantido e disponibilizado considerando:

12

A criticidade e o sigilo das informações nele tratadas, a função típica do Estado

estabelecida nos procedimentos do SISTAFE, e as especificações para as empresas do

Estado.

O usuário do e-SISTAFE deve ser um funcionário público que tem a prerrogativa de

operar o sistema informático com o objectivo de executar um ou mais procedimentos do

SISTAFE, cadastrado num único órgão ou instituição do Estado, sendo este uma

Unidade de Supervisão, Intermédia ou Gestora Executora. Os usários podem ter vários

perfis que lhes permite realizar tarefas pré-estabelecidas, nomeadamente:

Agente Orçamental;

Agente de Execução Orçamental;

Agente Financeiro;

Agente Financeiro da Receita;

Agente de Programação Financeira;

Agente de Execução Financeira;

Agente de Património;

Agente de Controlo Interno;

Agente Contabilista.

2.7.Finanças públicas

Segundo Albuquerque, C. Medeiros, M. e Henrique, P. (2009), finanças públicas é a

realidade económica de um ente público ou com funções públicas, tendente a afectar

bens a satisfação de necessidades que lhe estão confiadas. Os autores sublinham ainda

que finanças públicas são a aquisição e utilização de meios financeiros pelas entidades

públicas que incluem o Estado, as autarquias e entidades para estaduais.

Os mesmos defendem afirmando que o objectivo das finanças públicas3 abrange o

estudo de todos os aspectos que envolvem a utilização pelo sector público de recursos

económicos tendo em vista alcançar adequados níveis de emprego, crescimento,

desenvolvimento e distribuição do rendimento, através de bens ou da prestação de

serviços.

Por seu turno Franco (1996), afirma que a actividade financeira do Estado é aquela que

visa satisfazer as necessidades colectivas ou alcançar outro tipo de objectivos

económicos, políticos e sociais e se concretizam na arrecadação de receitas e na

13

realização de despesas. Onde há utilização de meios económicos por entidades públicas,

há actividade financeira.

O autor acima enfatiza sublinhando que os principais objectivos da actividade financeira

do Estado são: eficiência na afectação de recursos; Distribuição adequada de

rendimentos; Estabilidade económica e Crescimento e desenvolvimento económico.

2.8.Despesas públicas

Segundo Gama Jr (2009), as despesas públicas podem ser conceptualizadas

considerando dois enfoques: sentido lato e sentido restrito.

Em sentido restrito, despesas públicas são despesas orçamentárias que somente poderão

ser executadas se estiverem autorizadas na lei orçamental anual ou nas leis de créditos

adicionais, e que caracterizam os gastos que o Governo realiza para atender as

necessidades da população.

Em sentido lato, as despesas públicas, abrangem além das despesas orçamentárias,

anteriormente citadas, as despesas orçamentais, que são representadas pelas devoluções

de recursos de terceiros, pelas operações de crédito por antecipação de receita e pelos

pagamentos de restos a pagar, serviço da dívida e consignações diversas.

Assim, podemos conceituar segundo Fortes (2005) que a despesa pública, em sentido

estrito, como o conjunto de dispêndios do Estado ou de outra pessoa jurídica de Direito

Público, autorizados no orçamento, para funcionamento e manutenção dos serviços

prestados à sociedade, por meio da realização obras e prestação de serviços públicos.

2.9.Literatura focalizada

Nesta secção vamos nos dedicar em trazer teorias de base para sustentar a lógica de

argumentação dos resultados e conclusões deste trabalho. Portanto, fazemos referência a

teorias que se ajustam ao estudo realizado.

Adoptamos nesta secção uma teoria de base assente na Lei 9/2002, de 12 de Fevereiro e

perspectivas apresentada pelos autores não nacionais que já escreveram sobre

descentralização financeira dos níveis centrais aos locais até institucionais dos órgãos

locais do Estado, isto deve-se insuficiência de literatura sobre o assunto na Província de

Nampula.

14

Na descentralização quer administrativa e quer financeira, é comuns os autores

concordarem que é a transferência de autoridade e responsabilidade, a redistribuição das

verbas públicas que implicam igualmente a transferência de poderes de gestão

financeira do governo central aos níveis mais baixos de hierarquia político –

administrativa e territorial. Por isso, nesta ordem de ideia, a província de Nampula

como a unidade territorial do nível local, tem a autonomia administrativa, financeira e

patrimonial na gestão dos recursos que lhe são atribuídos.

A aprovação da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, institucionalizou a existência do

Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE) em Moçambique pela

primeira vez, constituído por cinco Subsistemas, designadamente, do Tesouro Público,

Orçamento do Estado, Contabilidade Pública, Património do Estado e Controlo Interno.

Desde então a implementação do processo de reformas, tem vindo a lograr sucessos

assinaláveis, particularmente no domínio da sua plataforma informática o (e-SISTAFE)

e da expansão da sua implantação nos diversos Órgãos e Instituições do Estado aos

níveis central, provincial e distrital, como começo igualmente da descentralização

financeira no país. A descentralização financeira em Moçambique é aplicável aos

órgãos locais do Estado até ao nível do Distrito e as Autarquias. O regulamento do

Sistema de Administração Financeira do Estado, refere:

Tem “[…] por objecto o estabelecimento de um sistema integrado, uniforme e

harmonizado de normas e procedimentos para a aplicação do SISTAFE à todos os

órgãos e instituições do Estado, respeitando os limites de autonomia legalmente

estabelecidos” (n.º 1, artigo 2, Decreto n.º 23/2004, de 20 de Agosto).

O citado regulamento acima, quer dizer que o Estado, no seu interesse de garantir o

pleno funcionamento das actividades da Administração Pública até aos níveis mais

baixo, descentraliza, aloca e redistribui os recursos financeiros para os mesmos serem

geridos de forma integrada, uniforme e harmonizada segundo as normas de

Administração de Finanças Públicas. Esta fundamentação é defendida por Casassus

(1990) ao afirmar que a descentralização financeira no Estado é aquela em que o

governo central faz a redistribuição das verbas públicas para os níveis dos órgãos locais,

implicando a transferência de poderes de gestão financeira assentes nos mecanismos,

normas e regulamentos legais vigentes.

15

CAPITULO III – METODOLOGIA DA PESQUISA

3.1.Introdução

O termo monográfico, adoptado nesta pesquisa designa um tipo especial de trabalho

científico. Na verdade, considera-se monografia aquele trabalho que reduz sua

abordagem a um único assunto, a um único problema, com um tratamento

especificado”. Dai que, a presente pesquisa científica pode ser feita na própria realidade

ou em documentos escritos.

3.2.Tipos de Pesquisas

Quanto aos seus objectivos é exploratória, descritiva e explicativa;

Quanto aos procedimentos técnicos nelas envolvidos é bibliográfica,

documental, experimental, levantamento, estudo de campo, pesquisa acção e

estudo de caso.

Para o alcance dos objectivos propostos, este estudo desenvolveu-se por uma pesquisa

descritiva, pesquisa bibliográfica, documental e Estudo de caso.

Descritiva porque objectivou-se na descrição dos procedimentos de execução

orçamental das despesas públicas no gabinete do governador da província de Nampula.

Pesquisa bibliográfica porque realizou-se através da consulta de manuais que abordam

assuntos ligados á finanças e contabilidade pública.

No que diz respeito à pesquisa documental recorreu-se as legislações vigente, com

maior atenção para a Lei do SISTAFE e o respectivo regulamento, a Constituição da

República de Moçambique, o Diploma Ministerial 169/2007 de 31 de Dezembro, o que

enumera normas e princípios básicas de controlo das despesas públicas no país.

3.3.Método de Abordagem

Na definição dos métodos de pesquisa deve-se enfocar o problema de pesquisa e como

este será abordado no estudo, enfatizando que quanto à abordagem do problema,

destacam-se os métodos: quantitativos e os qualitativos. O método qualitativo visa

descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interacção de certas

variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais,

contribuir no processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior nível

16

de profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento dos

indivíduos.

Diante do exposto, este estudo justifica-se quanto a abordagem em nível de abstracção

dos fenómenos da natureza e da sociedade pelo método qualitativo, visto que, analisou-

se a interacção da do SISTAFE e os procedimentos de execução orçamental das

despesas pública.

3.4.Descrição da População e Processo de Amostragem

De acordo com esta descrição, a população deste estudo é caracterizado por todo

edifício do governo. A amostra é caracterizado por aquelas instituições e órgãos do

Estado que responderam o questionário, neste caso corresponde a quinze (15)

funcionários que fizeram parte do estudo.

Entretanto, usou se uma amostragem não-probabilística por conveniência, visto que só

se destinou aos responsáveis da Repartição da Administração, Finanças, contabilidade e

Tesouraria.

3.5.Técnicas de Recolha de Dados

O estudo teve como técnica de colecta de dados o guião de entrevista (questionário).

Para a escolha deste instrumento foram ponderadas as seguintes vantagens:

Uso eficiente do tempo;

Anonimato para o respondente;

Possibilidade de uma alta taxa de retorno;

Perguntas padronizadas.

Examinado a revisão bibliográfica, bem como os objectivos deste estudo foram

formuladas questões (perguntas abertas e fechadas). Por sua vez este guião de pergunta

dividiu-se em duas secções, sendo a primeira secção relaciona-se com informações

pessoais, composta por três questões e a segunda relaciona-se com a execução

orçamental das despesas públicas composta por varias questões.

3.6.Critérios para Análise de Dados

Após a recolha dos dados efectuados com o procedimento indicado anteriormente,

foram elaborados e analisados de forma qualitativa Antes da análise e interpretação, os

17

dados foram seleccionados esta selecção segundo Marconi e Lakatos, (2003), o

pesquisador deve submeter a uma verificação crítica, a fim de detectar falhas ou erros,

evitando assim informações confusas, distorcidas, incompletas, que podem prejudicar o

resultado da pesquisa.

3.7.Delimitação do Tema

O estudo delimita-se pela avaliação do nível de execução orçamental das despesas

públicas, e decidiu-se realizá-lo junto aos representantes da Repartição da

Administração e Finanças (RAF), contabilidade e tesouraria, cujas departamentos

sediadas no gabinete do governador, os quais são responsáveis das informações sobre o

SISTAFE naquela instituição.

Tendo em conta estes pressupostos teóricos, as variáveis independentes deste estudo são

procedimentos do nível de execução orçamental das despesas pública. Do ponto de vista

temporal, este estudo está enquadrada no período compreendido entre 2014 a 2015.

3.8.Limitações da Pesquisa

Uma das grandes limitações considerada na extrapolação dos resultados obtidos neste

estudo é o facto de amostra utilizada não ser probabilística, impedindo assim

inferências. E não deixando de lado o escassez dos recursos financeiro que dificultaram

a abrangência deste estudo. Mas, essas dificuldades fora ultrapassadas, uma vez que,

foram pesquisados no gabinete do governador com o sistema em funcionamento e os

dados tratados foram possíveis fornecidos.

3.9.Aspectos Éticos do Estudo

O número de amostra ser inferior devido, a criatividade e o sigilo das informações

tratadas no SISTAFE e os nomes desta instituição que participaram no estudo não foram

revelados, tendo em vista o compromisso assumido em garantir o sigilo da autoria das

respostas.

18

CAPITULO IV – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

4.1.Introdução – Gabinete do Governador da Província de Nampula

4.1.1Natureza

O gabinete do Governador é um órgão de apoio directo, de carácter organizativo técnico

administrativo e protocolar ao Governador Provincial

4.1.2.Princípios de funcionamento

No desempenho das suas atribuições e/ou competências o gabinete do Governador

funcionara com base nos seguintes princípios:

a) Princípio da legalidade administrativa.

b) Princípio de organização e funcionamento;

c) Princípio de relacionamento.

d) Princípio de boa administração.

e) Principio imparcialidade.

4.1.3.Princípio da legalidade administrativa

Os funcionários do Gabinete do Governador realizam as suas actividades, observando a

constituição da Republica e demais leis, dentro dos limites das suas competências e em

conformidade com os fins para que os mesmos poderes lhes foram conferidos.

4.1.4.Princípio da organização e funcionamento

No seu funcionamento, a par das normas de funcionamento dos serviços da

administração pública legalmente do Governador observam os princípios preconizados

na lei específica sobre a matéria, do respeito pelos direitos subjectivos e pelos interesses

legítimos dos administrados.

4.1.5.Princípio do Relacionamento

Nas suas relações com os administrados, os funcionários do Gabinete do Governador

observam os princípios da justiça, igualdade de tratamento dos cidadãos perante a lei,

imparcialidade, transparência e proporcionalidade.

19

Figura 1: Vista frontal do edifício do governo da província de Nampula

Fonte: Foto tirada pelo pesquisador, 2017

4.1.6.Principio da boa administração

1. Os funcionários e os agentes do Gabinete do Governador devem tramitar e/ou

responder as solicitações dentro dos prazos estabelecidos pela legislação em

vigor.

2. Os funcionários e agentes do Gabinete do Governador nos exercícios das suas

funções actuam de acordo com os valores democráticos e profissionais baseados

na ética e respeitos pelos cidadãos.

3. Os valores democráticos se consubstanciam nos seguintes:

a) Fornecer aos superiores hierárquico informações ou opinião fundamentada e

imparcial sobre questões a decidir a por a sua disposição informações

pertinentes para a tomada de decisões.

b) Executar lealmente as decisões dos superiores hierárquicos sem prejuízo da

legalidade administrativa.

4. Os funcionários e agentes do Gabinete do Governador nos exercícios das suas

funções, actuam em conformidade com os seguintes valores profissionais:

a) Servir com eficiência, efectividade, objectividade e imparcialidade;

b) Respeitar a ordem jurídica vigente;

20

c) Utilizar racionalmente os recursos do Estados, em particular, os recursos

monetários;

d) Melhorar constantemente a qualidade de serviços publico, inovando para

adaptar-se a dinâmica das necessidades.

5. Os funcionários e agentes do Estados afectos ao Gabinete do Governador, no

exercício das suas funções, actuam em conformidade com os valores da pessoa

humana, tais como:

a) Respeitar a dignidade humana;

b) Tratar as pessoa com cortesia e equidade;

c) Atender o publico com urbanidade, zelo e diligencia.

4.1.7.Princípio de Imparcialidade

1. Os funcionários e agentes dos Estados do Gabinete do Governador actuam com

isenção e inserção e imparcialidade;

2. Imparcialidade implica que os funcionários do Gabinete do Governador se

abstêm de praticar ou participar actos ou tomar decisões que visem interesse

afim, bem como de outras entidades com as quais possa ter conflito de interesse

nos termos da Lei.

4.1.8.Competências

1. É atribuição do Gabinete do Governador Provincial executar as tarefas de

carácter organizativo, técnico e protocolar de apoio ao Governador da

Província.

2. O Gabinete do Governador Provincial é dirigido por um chefe de Gabinete,

nomeado pelo Governador da Provincial.

4.2.Estrutura Orgânica

O Gabinete do Governador da Província de Nampula tem a seguinte estrutura orgânica:

a) Governador da Província

b) Chefe do Gabinete

c) Assessores

d) Secretariado

e) Repartições

21

f) Secções

Os assessores e os Secretários (as) particulares subordinam-se directamente ao

Governador da província.

4.3.Gabinete do Governador da Província

1. O Gabinete do Governador Provincial é dirigido pelo chefe do Gabinete;

2. Nas suas ausências ou impedimentos por período igual ou inferior a 30 dia, o

Chefe do Gabinete designara o seu substituto;

3. Na falta de indicação expressa, coordenara as actividades um Chefe de

repartição, escolhido pelo chefe de gabinete.

4.3.1.Competência do Chefe do Gabinete

1. Compete ao Chefe do Gabinete do Governador da Província:

a) Garantir a organização e planificação das actividades do Governador da

província;

b) Assegurar o funcionamento dos serviços sob sua responsabilidade, garantir a

administração adequada dos recursos humanos, materiais, patrimoniais e

financeiros do Gabinete do Governador Provincial;

c) Promover e assegurar a interligação entre o Governador Provincial e os

Directores Provinciais, Administradores Distritais e Chefe dos serviços.

2. Ao Chefe do Gabinete do Governador compete ainda:

a) Assegurar a execução de tarefas de apoio organizativo e técnicas ao

Governador Provincial;

b) Assinar a correspondência do Gabinete;

c) Elaborar a proposta do orçamento do Gabinete e proceder a gestão financeira

e patrimonial.

4.3.2.Assessores

O Gabinete do Governador integra 3 assessores, na área jurídica, económica, sociedade

Civil.

22

4.3.3.Competência do assessor Jurídico

1. Ao assessor jurídico compete:

a) Prestar apoio jurídico ao Governador da Província;

b) Encarregar se dos inquéritos sindicância a que houver lugar por

determinação superior;

c) Permitir pareceres sobre determinado assuntos como processos disciplinares

instruídos pelo Gabinete do Governador e outras instituições públicas;

Reclamações ou recursos graciosos e contenciosos, bem como petições ou exposições

sobre actos ou omissões dos órgãos da administração pública;

d) Prestar apoio jurídico na elaboração de minutais, contratos, adendas aos

contratos protocolos e memorandos de entendimentos celebrados entre o

Gabinete do Governador e outras entidades.

e) Garantir o arquivo das directivas, regulamentos Leis e regulações para

posterior consulta.

f) Elaborar discursos relacionados com área jurídica.

g) Elaborar relatórios e actas das reuniões do concelho restritos;

4.3.4.Competência do Assessor Económico

1. Ao assessor económico compete:

a) Analisar relatório de natureza económica e social e produzir respectivos

pareceres;

b) Elaborar a matriz de indicadores de pés e actualizar o ponto de situações

trimestral.

c) Acompanhar o ponto de situação dos pés e orçamento Provincial e dar

parecer técnico.

d) Elaborar e manter actualizado o folheto sobre as potencialidades da

Província de Nampula

e) A acompanhar projectos de âmbitos económicos;

f) Acompanhar a avaliação de programa quinquenal do Governo e plano de

acção para a reprodução da pobreza absoluta.

g) Sistematizar periodicamente informes sectoriais;

h) Elaborar discursos relacionados com área económica.

i) Participar na elaboração e acompanhamento do plano estratégico provincial

23

j) Elaborar relatórios e actas das reuniões dos concelhos restritos;

4.3.5.Competência do assessor para área de sociedade Civil

1. Ao acessório para a área da sociedade civil compete:

a) Acompanhar e monitorar os assuntos ligados a sociedade civil

b) Apoiar na resolução e esclarecimento de conflitos relacionado com a

sociedade civil.

4.3.6.Secção de Contabilidade

1. São atribuições do sector da contabilidade:

a) Elaborar manualmente a proposta do orçamento do Gabinete e proceder a

gestão financeira e patrimonial;

b) Assegurar o pagamento de salários e outros abonos inerentes aos

funcionários do Gabinete do Governador;

c) Garantir o registo dos livros contabilísticos do Gabinete do Governador;

d) Assegurar a aquisição de todo material para o funcionamento da instituição;

e) Garantir a liquidação de despesas devidamente autorizadas pelo dirigente

competente;

f) Velar pela logística do Governador da Província.

g) Velar pelo controlo de receitas e despesas.

h) Emitir cheques e proceder os devidos pagamentos.

2. O sector de contabilidade é dirigido os devidos por chefe.

4.3.7.Distinções e Prémios

Pelo cumprimento exemplar das suas obrigações, elevação de eficiência de

trabalho, melhoria da qualidade de serviços e trabalho prolongado e

meritório, inovação laboral e outros méritos, aos funcionários do Gabinete

do Governador são atribuídas as distinções e prémios seguintes:

1. Distinções

a) Apreciação oral

b) Apreciação escrita

c) Louvor público

d) Inclusão do nome do funcionário em livros ou quadro de honra.

24

e) Concessão de diploma de honra.

f) Atribuição de condecorações.

2. Prémios

a) Preferência na escolha para cursos de formação e de reciclagem e

outras formas de valorização.

b) Atribuição de prendas materiais.

4.4.Analise e interpretação de dados

Gráfico 1: Faixa etária

Fonte: Adaptado pelo pesquisador, 2017

Quanto a idade como se pode ver pelo gráfico, mostra que a percentagem máxima varia

dos 31 a 45 anos. 20% deles encontra-se distribuído entre 18 a 30 anos para os

funcionários que começaram a trabalhar a poucos anos atrás.

Gráfico 2: Género

Fonte: Adaptado pelo pesquisador, 2017

25%

50%

20%

5%

18 a 30 anos

31 a 45 anos

46 a 60 anos

Outra

IDADE

Idade

70%

30%

Masculino

Feminino

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%

SEXO

Sexo

25

No que tange o sexo dos funcionários, verifica-se a maioria deles são do género

masculino com uma percentagem de 70%, isso quer dizer que, tem mais homens em

relação as mulheres com uma percentagem de 30%.

Gráfico 3: Grau académico

Fonte: Adaptado pelo pesquisador, 2017

Quanto ao nível de escolaridade dos funcionários pode-se ver que, 60% são o nível

médio e técnico profissional isso deve-se pelo facto de os funcionários não ter ideia de

querer estudar mais ou seja em aprofundar. Comparativamente ao nível superior

encontra-mos uma percentagem de 35 onde esta dividido entre Licenciandos, Mestrados

e Doutoramento.

4.5.Sistafe / Despesas

Gráfico 4: Existência de implicação de não uso e uso do sistafe

Fonte: Adaptado pelo pesquisador, 2017

Pelas afirmações acima apresentadas, encontrou-se dois grupos de consequências pelo

não uso e uso do SISTAFE.

0%

5%

60%

35%

Nivel elementar

Nivel Basico

Nivel Medio

Nivel Superior

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

HABILITACOES LITERARIAS

Habilitacoes literarias

60%

40%

SIM

NAO

0% 20% 40% 60% 80%

EXISTÊNCIA DE IMPLICAÇÃO DE NÃO USO E

USO DO SISTAFE

Existência de implicação de não uso e uso do sistafe

26

No primeiro encontrou-se as consequências pelo não uso que se assentam na demora de

execução das despesas públicas (pagamento de salários, outras despesas com pessoal,

bens e serviços, entre outras); dificuldades na gestão dos recursos financeiros

disponibilizados no gabinete do governador, pelo facto desses serem canalizados a partir

da Conta Única do Tesouro (CUT), cumprimento de prazos, dificuldades do Subsistema

de Controlo e Supervisão poder monitorar a execução dos recursos financeiros do

Estado dentro do órgão.

No segundo encontrou-se as consequências de natureza positiva, pois o uso do sistema

informático e-SISTAFE, cria eficiência na execução e gestão dos fundos na

administração financeira, para além de que, pela obrigação da lei, toda a despesa na

Administração Pública deve ser efectuada no e-SISTAFE, pelo facto de existirem lá as

dotações orçamentais para a execução da despesa pública.

Gráfico 5: Conhecimento dos técnicos acerca do sistafe

Fonte: Adaptado pelo pesquisador, 2017

Com este gráfico, Fica aqui confirmada que os técnicos de contabilidade com perfis

para manuseamento do SISTAFE, têm conhecimento sólido, pois eles passaram por

uma formação ministrada pelos técnicos da Direcção Provincial do Plano e Finanças e

esses assessorados pelos técnicos da Direcção Nacional da Contabilidade Pública.

Os agentes de execução orçamental e de execução financeira referidos na Lei 9/2002, de

12 de Fevereiro, existem na Repartição de Administração e Finanças da Administração

do gabinete do governador e esses estão devidamente capacitados.

70%

30%

SIM

NAO

0% 20% 40% 60% 80%

CONHECIMENTO DOS TÉCNICOS ACERCA DO SISTAFE

Conhecimento dos técnicos acerca do sistafe

27

Gráfico 6: Livros obrigatórios na execução de despesas

Fonte: Adaptado pelo pesquisador, 2017

Como se pode ver pelo gráfico quanto aos livros obrigatórios encontramos lá diversos,

mas usa-se frequentemente o balancete onde os funcionários afirmaram com uma

percentagem de 40%. Mas também existe outros livros muito interessantes que se usa e

que são livros obrigatórios.

Gráfico 7: Existência de procedimentos de execução de despesas

Fonte: Adaptado pelo pesquisador, 2017

Quanto aos procedimentos é lógico que sim. Praticamente não existe nenhuma

instituição seja ela publica ou privada sem procedimentos a ter em conta. Dai que, não

foge da regra do gabinete do governador sendo um organismo muito importante para

uma nação.

Dai que, existe procedimentos, como podemos ver com uma percentagem de 60%, que

há consistência, objectividade e racionalidade.

20%

15%

40%

25%

Razao

Diario

Balancete

Outra

0% 10% 20% 30% 40% 50%

LIVROS OBRIGATÓRIOS NA EXECUÇÃO DE

DESPESAS

Livros obrigatórios na execução de despesas

60%

30%

10%

SIM

NAO

NAO SABE

0% 20% 40% 60% 80%

EXISTÊNCIA DE PROCEDIMENTOS DE

EXECUÇÃO DE DESPESAS

Existência de procedimentos de execução de despesas

28

Gráfico 8: Princípios de prestação de contas no Gabinete do governador

Fonte: Adaptado pelo pesquisador, 2017

No que tange a prestação de conta o gabinete do governador tem sido feito

Mensalmente e as vezes trimestralmente. Isso deve-se pelo facto de fazer as coisas tão

cedo para não poder acumular as tarefas para mais tarde e isso ajuda para que as

informações sejam claras e apresentadas ao nível mais alto para ser revistas pelo

analista principal ou pelos revisores oficiais de contas (ROC).

4.5.1.Nível de Racionalidade do sistafe

Gráfico 9: Participação sobre capacitação do e-sistafe

Fonte: Adaptado pelo pesquisador, 2017

Assim, para esta secção, posso afirmar que o nível de racionalidade, economicidade e

eficiência na gestão de recursos financeiros atribuídos a Administração do gabinete do

governador é observado com irregularidades, visto que a deslocação acima de 3 (três)

técnicos e sempre que haver necessidade (sem regularidade definida), perde-se o

princípio de racionalidade / economicidade, que segundo é a base no qual se deve

40%

15%

35%

10%

Mensal

Semestral

Trimestral

Annual

0% 10% 20% 30% 40% 50%

PRINCÍPIOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS NO

GABINETE DO GOVERNADOR

Princípios de prestação de contas no Gabinete do governador

Sim

Nao

Nao Sabe

Talves

0% 20% 40% 60% 80%

PARTICIPAÇÃO SOBRE CAPACITAÇÃO DO E-

SISTAFE

Participação sobre capacitação do e-sistafe

29

alcançar uma utilização racional nos recursos postos à disposição e uma melhor gestão

de tesouraria. Igualmente, a Administração do gabinete do governador entrega o

dinheiro físico aos técnicos para pagamento de passagem nos transportadores semi-

colectivos, como alternativa de redução de custos, caso se disponibilizasse ajudas de

custos, viatura e combustível.

Gráfico 10: Conhecimentos da lei que cria sistafe

Fonte: Adaptado pelo pesquisador, 2017

Como se pode ver os funcionários do gabinete do governador conhecem a lei que cria o

sistafe (Lei 09/2002 de 12 de Fevereiro, lei que cria o SISTAFE) com uma percentagem

de 40%. Mas por outro lado, 30% deles afirmaram que desconhecem da lei.

Gráfico 11: As despesas realizadas são acompanhadas por um documento de suporte

Fonte: Adaptado pelo pesquisador, 2017

40%

30%

20%

10%

Sim

Nao

Nao sabe

Talves

0% 10% 20% 30% 40% 50%

CONHECIMENTOS DA LEI QUE CRIA SISTAFE

Conhecimentos da lei que cria sistafe

50%

15%

25%

10%

Sim

Nao

Nao sabe

Talves

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

AS DESPESAS REALIZADAS SÃO ACOMPANHADAS POR

UM DOCUMENTO DE SUPORTE

As despesas realizadas são acompanhadas por um documento de suporte

30

Para garantir uma gestão e controlo eficaz é necessário que as entidades ao realizarem

uma despesa devem anexar um documento de suporte de modo a ter prova desta

realização.

O registo da conformidade documental sem restrição possibilita o encerramento do

Processo Administrativo.

A falta de conformidade documental ou conformidade documental com restrição

impede o encerramento do Processo Administrativo. Entretanto, os resultados do

gráfico acima monstra que cerca de 50% dos afirmaram que sim e foram unânime em

afirmar a certificação de que a documentação correspondente ao processo

administrativo (processo da realização da despesa) está correctamente anexa ao mesmo.

Gráfico 12: Os documentos são remetidos a nível mais alto para autorização das

despesas

Fonte: Adaptado pelo pesquisador, 2017

Com base nos comprovativos de despesa onde conste a formalização da liquidação

procede-se ao registo da liquidação da despesa, onde a documentação é remetida para o

órgão com competências para autorizar o pagamento.

Para todas as despesas pagas por esta modalidade deve-se verificar se os documentos

que compõem o processo estão devidamente autorizados pela entidade competente.

Segundo os resultados do gráfico acima, os funcionários foram unânimes em afirmar

que os documentos são remetidos ao órgão superior para a autorização do pagamento.

45%

20%

20%

15%

Sim

Nao

Nao sabe

Talves

0% 10% 20% 30% 40% 50%

OS DOCUMENTOS SÃO REMETIDOS A NÍVEL MAIS ALTO

PARA AUTORIZAÇÃO DAS DESPESAS

Os documentos são remetidos a nível mais alto para autorização das despesas

31

Gráfico 13: Na efectuação da despesa tem se observado as fases de realização

Fonte: Adaptado pelo pesquisador, 2017

Para a realização de uma despesa é necessário que constem da relação de pagamentos e

tem que possuir uma origem, tem que possuir um enquadramento legal, tem que ter um

orçamento para suportá-la e existir fundos para pagar. O gráfico acima, demonstra que

cerca de (50%, n = 5), disseram que as instituições ao realizar as despesas têm seguido

as fases estabelecida pela lei, ou seja nenhuma despesa é realizada sem a observância

das fases que constam no 30 da lei que cria o SISTAFE.

Gráfico 14: Os documentos comprobatórios são cancelados após ao pagamento das

despesas

Fonte: Adaptado pelo pesquisador, 2017

Para que o controlo e a gestão sejam eficaz de modo não haver uma duplicação de

pagamento de despesa é necessário que Todos os documentos de suporte (facturas,

recibos, V.D, guias de marcha, declarações) sejam invalidados com o carimbo “PAGO”

50%

30%

15%

5%

Sim

Nao

Nao sabe

Talves

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

NA EFECTUAÇÃO DA DESPESA TEM SE OBSERVADO AS

FASES DE REALIZAÇÃO

Na efectuação da despesa tem se observado as fases de realização

25%

50%

15%

10%

Sim

Nao

Talves

Nao sabe

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

OS DOCUMENTOS COMPROBATÓRIOS SÃO

CANCELADOS APÓS AO PAGAMENTO DAS DESPESAS

Os documentos comprobatórios são cancelados após ao pagamento das despesas

32

ou seja assinalar como afirma MINED (2012). Mas os resultados dessa pesquisa,

afirmou-se que não se cancela e isso é pura mentira.

Gráfico 15: Realização de reconciliação em cada mês

Fonte: Adaptado pelo pesquisador, 2017

Os órgãos responsáveis das finanças de uma instituição devem elaborar

obrigatoriamente as reconciliações das contas existentes na instituição numa base

mensal, o que irá permitir por um lado, a detecção de falhas que eventualmente possam

ser cometidos de forma involuntária ou voluntaria pelo banco, finanças, secretaria

distrital ou serviços distrais.

Então, a reconciliação deve ser composto por: folha de reconciliação, extracto bancário

do mês ou extracto do e-SISTAFE e mapa do controlo bancário ou mapa de

lançamentos no sistema contabilístico em uso na instituição.

Deste modo, o gráfico acima, revela os dados do gabinete do governador, onde (60%, n

= 6), responderam que é feita mensalmente as reconciliações bancárias de acordo com

as datas estabelecidas na lei 09/2002 de 12 de Fevereiro que cria o SISTAFE.

60%

20%

25%

5%

Sim

Nao

Nao sabe

Talves

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

REALIZAÇÃO DE RECONCILIAÇÃO EM CADA MÊS

Realização de reconciliação bancária em cada mês

33

4.6.Ponto de vista dos funcionários

Tabela 1: Respostas dada na entrevista aos funcionários

NR PERGUNTA RESPOSTAS

1

Qual é a lei que regula os

procedimentos para a

gestão, execução e

controlo das despesas

públicas no gabinete do

governador?

- É Lei 09/2002 de 12 de Fevereiro, lei que cria o SISTAFE;

- Diploma Ministerial 169/2007 de 31 de Dezembro, aprova o MAF.

2

Quais subsistemas que o

gabinete do governador

tem acesso?

Segundo a Lei que cria o SISTAFE no seu artigo 1, o sistema

(SISTAFE) está estruturado com cinco subsistemas que devem

proporcionar informações oportunas e fiáveis de execução das

despesas por parte dos órgãos e instituições do Estado. Entretanto, o

que foi encontrado na prática é de que o gabinete do governador têm

acesso a três subsistemas (Subsistema do Orçamento do Estado,

Subsistema do Património do Estado e Subsistema da Contabilidade

Pública) e não tem acesso a dois subsistemas (Subsistema do Controlo

Interno e Subsistema do Tesouro Público) de acordo com os resultados

revelados aos revisores oficiais de contas. Isso autoriza concluir que as

instituições não têm competências para manipular estes subsistemas.

3

Qual é o tipo de controlo

utilizado no gabinete do

governador?

Como foi afirmado por Botelho (2006) o controlo é tipificado em

interno e externo, por sua vez, a Lei 09/2002 de 12 de Fevereiro, que

cria o SISTAFE, afirma que todas as instituições devem ser realizado

o controlo interno (efectuado pela própria instituição) tanto externo

(efectuado pelo Tribunal Administrativo, ou DPPF). Desta forma, os

resultados da Tabela mostram que todas instituições (100%, n = 10)

foram unânimes em afirmar que são realizados os dois tipos de

controlo (interno e externo) nos pagamentos das despesas. Este

resultado aproxima-se do obtido pelo João (2010), onde afirma que, o

controlo interno do gabinete do governador é feito pela Repartição de

Administração e Finanças (RAF) e pela Inspecção Provincial da

34

DICCN e a as entidades

4

Qual é o processo de

pagamento das despesas

no gabinete do

governador?

Para a realização de uma despesa é necessário que constem da relação

de pagamentos e tem que possuir uma origem, tem que possuir um

enquadramento legal, tem que ter um orçamento para suportá-la e

existir fundos para pagar. As respostas dadas, demonstram que todas

(100%, n = 10) as instituições ao realizar as despesas têm seguido as

fases estabelecida pela lei, ou seja nenhuma despesa é realizada sem a

observância das fases que constam no 30 da lei que cria o SISTAFE.

5

Antes e depois da Lei do

SISTAFE como era feito

a execução, controlo e

pagamento das despesas?

Deste modo observou-se que “antes da introdução do SISTAFE usava-

se um modelo chamado título, funcionava como cheque e os registos

contabilísticos não obedeciam nenhum padrão concreto.

O SISTAFE entra em funcionamento em 2002 com a aprovação pelo

Governo, da Lei nº 09/2002, de 12 de Fevereiro, que na primeira fase

da sua implementação, veio acabar com o sistema de pagamento de

salários através de títulos, extinguiu as Leis ultramarinas,

regulamentos de fazenda e criou-se a conta única que é gerida pelo

Tesouro e com tarefa de concentrar todos os recursos do Estado.

6

O gabinete do

governador está satisfeito

com o sistema quanto a

execução e pagamento

das despesas e Porque?

Em termo de satisfação, as respostas dadas pelos funcionários daquele

organismo, sustentam que 100% estão satisfeito, visto que, o sistema

minimizou o tempo em que estes usuários levavam para efectuar todos

o procedimentos da realização da despesas e o controlo é realizada

directamente do sistema, coisa que ante levava muito tempo.

O SISTAFE trouxe várias mudanças, a extinção por exemplo de título,

os regulamentos de fazenda, os funcionários públicos já não circulam

com dinheiro nos bolsos, minimizou a onda de assaltos dos salários,

alterou toda a filosofia de pagamento de despesas, veio mudar a forma

de pensar a despesa pública, o Pagamento via directa obriga que o

fornecedor passe a factura para pagamento de despesa.

A par dos subsistemas desenvolvidos as instituições têm acesso alguns

35

7

Descreve resumidamente

os aspectos importantes

que deve ser melhorado

no e-SISTAFE em

relação a execução e

pagamento das despesas

no gabinete do

governador?

e outro não tem acesso. Neste caso exclui-se ao acesso os Subsistemas

de Tesouro Público e Subsistema de Controlo onde esses são

desenvolvidos pelo Tribunal Administrativo e Direcções Provinciais

de Plano e Finanças.

No que concerne a comparação dos procedimentos usados no processo

de controlo e pagamentos das despesas públicas nas instituições com

os estabelecidos na lei, constatou-se que nas instituições são

efectuados controlo interno pela própria instituição e externo pela

DPPFM, as despesas realizadas são aprovadas por lei orçamental

sendo estas subdividem-se em despesas correntes e de capital de

acordo com o classificador económico.

Fonte: Adaptado pelo pesquisador, 2017

4.7.Avaliação de hipóteses

Nesta parte do trabalho, são avaliados as hipóteses formuladas, para aprovação ou

rejeição, de acordo com as respostas da questão colocada no questionário.

Foi adoptado o critério, segundo o qual, se a percentagem do indicador for abaixo de

50%, rejeita-se a hipótese, caso contrário, a hipótese é aceite.

Hipótese 1:

O uso do sistafe condiciona a execução orçamental das despesas públicas no gabinete

do governador da província de Nampula.

Fica aceite de acordo com as perguntas que foram impostas e respondidas

positivamente. Pois o sistafe cria eficiência na execução e gestão dos fundos na

administração financeira, para além de que, pela obrigação da lei, toda a despesa na

Administração Pública deve ser efectuada no e-SISTAFE, pelo facto de existirem lá as

dotações orçamentais para a execução da despesa pública.

Nas consequências positivas destacam-se a eficiência na execução e gestão dos fundos

na administração financeira, e a segurança pelo facto de todas as transacções financeiras

são executadas no e-SISTAFE.

36

Hipótese 2:

O não uso do sistafe não condiciona a execução orçamental das despesas públicas no

gabinete do governador da província de Nampula.

Fica rejeitada a hipótese, de acordo com as respostas dadas pelos funcionários, onde

verifica-se grande demora de execução das despesas públicas (pagamento de salários,

outras despesas com pessoal, bens e serviços, entre outras); dificuldades na gestão dos

recursos financeiros disponibilizados à Administração do Distrito, pelo facto desses

serem canalizados a partir da Conta Única do Tesouro (CUT), cumprimento de prazos,

dificuldades do Subsistema de Controlo e Supervisão poder monitorar a execução dos

recursos financeiros do Estado dentro do órgão.

Nas consequências negativas apontam-se a falta de execução das despesas públicas

(pagamento de salários, outras despesas com pessoal, bens e serviços, entre outras);

dificuldades na gestão dos recursos financeiros disponibilizados à Administração do

Distrito. Nas consequências positivas destacam-se a eficiência na execução e gestão dos

fundos na administração financeira, e a segurança pelo facto de todas as transacções

financeiras são executadas no e-SISTAFE.

37

CAPITULO V – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

5.1.Conclusão

Do estudo feito no Gabinete do governador sobre o nível de execução das despesas

públicas foi possível concluir que existem departamentos (técnicos que operam o

sistema) que ainda não conhecem completamente a lei, pois esta objectiva-se

primordialmente em harmonizar regras e procedimentos de programação, gestão,

execução, controlo e avaliação dos recursos públicos; estabelecer, implementar o

sistema de controlo interno e manter um sistema de procedimentos de pagamentos

adequados a uma correcta, eficaz e eficientes conduções económicas das actividades

resultantes dos programas e demais operações no âmbito da planificação programática

do Estado.

Para além da lei SISTAFE seja o principal regulador existem outra norma que é o

Diploma Ministerial169/2007 de 31 de Dezembro que aprova o Manual de

Administração Financeira, sendo que os objectivos desta norma vão ao encontro dos

estabelecidos pelo SISTAFE. A par dos subsistemas desenvolvidos as instituições têm

acesso alguns e outro não tem acesso.

No que concerne a comparação dos procedimentos usados no processo de execução

orçamental das despesas públicas nas instituições com os estabelecidos na lei,

constatou-se que nas instituições são efectuados controlo interno pela própria instituição

e externo pela DPPFM, as despesas realizadas são aprovadas por lei orçamental sendo

estas subdividem-se em despesas correntes e de capital de acordo com o classificador

económico. Para além desta, constatou-se também que, as despesas são pagas por via

directa, onde são observados todas as fases da sua realização desde o processo

administrativo até ao arquivo (arquivo do documento que suporta a despesas). Diante

disto, a implantação do e-SISTAFE no gabinete do governador, trouxe várias mudanças

na gestão, execução e o controlo do orçamento do Estado.

Mediante todos os procedimentos constatados no gabinete do governador com base das

entrevistas realizadas o problema foi respondido uma vez que a execução orçamental

das despesas públicas no gabinete do governador é feito de maneira eficaz à luz da Lei

do SISTAFE.

38

5.2.Recomendações

Face às conclusões acima apresentadas, e visando o maior aproveitamento possível dos

procedimentos do nível de execução das despesa públicas por parte do gabinete do

governador da província de Nampula, recomenda-se, os departamentos e instituições

reguladoras, tais como o Ministério de Finanças, a influenciar cada vez mais aos órgãos

de gestão das instituições para conhecer os objectivos da criação do SISTAFE e às

principais leis que regulam os processo de execução, controlo e pagamento das despesas

promovendo palestras e seminários (reciclagem dos agentes operadores do e-SISTAFE).

Por outro lado, tendo em conta a impossibilidade de generalização dos resultados deste

estudo de caso, recomenda-se que os futuros pesquisadores possam aprofundar mais

sobre este tema.

39

Bibliografia

BARNABÉ, Fernando Jorge Eduardo Fialho, A implementação de um enterprise

resource planning no sector público português e a mudança organizacional:

oportunidades e condicionamentos -. Lisboa, 2007. Dissertação (Mestrado em Gestão

de Sistemas de Informação) – Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade

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http://www.cedsif.gov.mz/docs/tecnicos/MODELO_CONCEPTUAL.pdf. Acesso em

10/01/17.

Centro de Desenvolvimento de Sistemas de Informação de Finanças:

http://www.cedsif.gov.mz/docs/tecnicos/SISTAFE.pdf. Acesso em 10/01/17.

MOÇAMBIQUE, Decreto 23/2004 de 30 de Junho, aprova o Regulamento de

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de Junho, Boletim da República de Moçambique, Agosto de 2004.

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Andere-gg, Ezequiel (1978). Introdução das técnicas de investigação social: para

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Botelho, Milton Mendes (2006). Manual de Controlo Interno: teoria & prática. [s.ed];

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Castro, C. M. (1978). A Prática da Pesquisa. [s.ed]. McGraw Hill: São Paulo.

40

Costa, Carlos Baptista da; Alves, Gabriel Correia (2008). Contabilidade Financeira. 7ª

Edição. Rei dos Livros: Lisboa.

Fortes, João (2002). Contabilidade Pública. 7ª Edição. Franco & Fortes, Brasília.

Franco, António L. de Sousa (2002). Manual de Finanças Públicas: Ministério do Plano

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Franco, António L. de Sousa (2010). Finanças Públicas e Direito Financeiro. 4ª Edição;

Almedina: Coimbra, Vol. I e II.

Martins, Maura e Parbato, Danilo (2011) Guião de Consulta para a Participação

Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação: Âmbito Distrital.

Mileski, Hélio Saul (2003). O controlo da gestão pública. Revista dos Tribunais: São

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Moçambique, AR (2004). Decreto n° 23/2004, de 20 de Agosto: Aprova o Regulamento

do SISTAFE; Maputo.

Moçambique, Ministério das Finanças (2007). Diploma Ministerial nº 169/2007 de 31

de Dezembro: Aprova o Manual de Administração Financeira e procedimentos

contabilístico (MAF); Maputo.

Moçambique, AR (2002). Lei n° 09/2002, de 12 de Fevereiro: Cria o Sistema de

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Moçambique, AR (2004). Constituição da República de Moçambique, de 16 de

Novembro; Maputo.

Moçambique, Ministério da Educação – MINED (2012). Manual de procedimentos Para

a gestão do FASE. 2ª Edição: Maputo. Disponível em:

www.mined.gov.mz/DN/.../MANUAL%20FASE%20ultima%20versão.p.. Cessado aos

02/01/2017.

41

APÊNDICES

42

Questionário

Este guião de questionário é um instrumento de colecta de dados que tem por finalidade

Avaliar o nível de execução orçamental das Despesas Públicas: Caso de Estudo,

Gabinete do governador. Entretanto, as respostas são para uso exclusivo deste estudo, e

contribuem para o trabalho de conclusão do curso de licenciatura em Gestão de

Empresas com habilitações em Gestão Financeira na Universidade Pedagógica,

delegação de Nampula com o objectivo de melhorar os procedimentos de execução das

despesas públicas.

Por favor marque dentro do quadradinho [ X ] na opção que achar conveniente.

I – DADOS PESSAIS

1.1.Anos de Idade: [ ] 18 a 30 anos, [ ] 31 a 45 anos e [ ] 46 a 60 anos [ ]

Outra _______ anos

1.2.Sexo: [ ] Masculino [ ] Feminino

1.3.Nivel académico: [ ] Elementar, [ ] Básico, [ ] Médio e [ ] Superior

II – SISTAFE / DESPESAS

2.1.Existe alguma inconveniência pelo não uso e uso do sistafe?

[ ] SIM

[ ] NÃO

Se existe, diga qual é a implicação:

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

2.2.Os técnicos de contas têm conhecimentos sobre o sistafe?

[ ] SIM

[ ] NÃO

2.2.1.Se SIM, quem lhes formou?

43

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

2.2.2.Se NÃO, como conseguem atingir os objectivos e manusear o sistafe?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

2.3.Livros de execução das despesas

[ ] Razão

[ ] Diário

[ ] Balancete

[ ] Outra: ___________________________________________________________

2.4.Existencia de normas de execução das despesas no gabinete do governador.

[ ] SIM

[ ] NÃO

[ ] NÃO SABE

2.5.Principios na prestação de contas no Gabinete do governador.

[ ] Mensal

[ ] Semestral

[ ] Anual

[ ] Trimestral

44

III - NIVEL DE RACIONALIDADE DO SISTAFE

LEGENDA (Marque com X): 1 – Sim; 2 – Não; 3 – Não Sabe e 4 – Talvez

Se NÃO, diz os porque.

Ordem Questões Classificador

1 2 3 4

01 Já participou numa capacitação sobre a aplicabilidade do

e-SISTAFE?

02 Tem conhecimento dos objectivos desta Lei que cria o

SISTAFE?

03 Todas as despesas realizadas são acompanhadas por

algum documento de suporte?

04 A documentação é remetida para a entidade com

competência para autorizar a despesa?

05 Ao efectuar uma despesa a instituição tem observado as

fases da realização?

06 Os documentos comprobatórios da despesa são

cancelados após o pagamento?

07 Mensalmente são realizadas as reconciliações de contas

bancárias?

IV - Secção de conteúdo - Entrevista

2.1.Qual é a lei que regula os procedimentos para a gestão, execução e controlo das

despesas públicas no gabinete do governador?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

2.2.Quais subsistemas que o gabinete do governador tem acesso?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

45

2.3.Qual é o tipo de controlo utilizado no gabinete do governador?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

2.4.Qual é o processo de pagamento das despesas no gabinete do governador?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

2.5.Antes e depois da Lei do SISTAFE como era feito a execução, controlo e

pagamento das despesas?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

2.6.O gabinete do governador está satisfeito com o sistema quanto a execução e

pagamento das despesas e Porque?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

2.7.Descreve resumidamente os aspectos importantes que deve ser melhorado no e-

SISTAFE em relação a execução e pagamento das despesas no gabinete do governador?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Muito obrigado por participar nesta pesquisa

Nampula, ______ / _____ / 2017

______________________________________________

/ Assinatura /