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Indicadores econômicos Estudo das Dívidas em Atraso das Pessoas Jurídicas SPC Brasil e CNDL Dados referentes a novembro de 2014 RELEASE DE IMPRENSA RESUMO ANÁLISE ECONÔMICA Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil Dívidas em atraso na base do SPC Brasil – Pessoa Jurídica METODOLOGIA DOS INDICADORES INFORMAÇÕES RELEVANTES Presidentes Roque Pellizzaro Junior (CNDL) Roberto Alfeu Pena Gomes (SPC Brasil)

Número de empresas inadimplente cresce 7,44%

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Page 1: Número de empresas inadimplente cresce 7,44%

Indicadores econômicos

Estudo das Dívidas em Atraso das Pessoas Jurídicas

SPC Brasil e CNDL

Dados referentes a novembro de 2014

RELEASE DE IMPRENSA

RESUMO

ANÁLISE ECONÔMICA

Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil

Dívidas em atraso na base do SPC Brasil – Pessoa Jurídica

METODOLOGIA DOS INDICADORES

INFORMAÇÕES RELEVANTES

Presidentes Roque Pellizzaro Junior (CNDL)

Roberto Alfeu Pena Gomes (SPC Brasil)

Page 2: Número de empresas inadimplente cresce 7,44%

Número de empresas inadimplente cresce 7,44%, aponta indicador do SPC Brasil

Baixa atividade econômica tem impactado a capacidade de pagamento das empresas. Segmento de serviços e região sudeste lideram ranking dos atrasos.

O número de empresas inadimplentes voltou a crescer no mês de novembro. De acordo com o

indicador calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) a quantidade de empresas com

contas em atraso registrou alta de 7,44% na comparação com novembro de 2013. A variação foi

maior do que a apresentada em outubro de 2014 (6,23%). Já na passagem de outubro de 2014 para

novembro do mesmo ano, sem ajuste sazonal, houve crescimento de 1,1% na quantidade de pessoas

jurídicas inadimplentes. É a maior alta mensal desde abril deste ano.

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a dificuldade dos empresários em

manter em dia os compromissos financeiros em atraso está diretamente relacionada à inflação

persistente, ao encarecimento do crédito e a estagnação da economia. "A piora da confiança dos

empresários e o crescimento da inadimplência da pessoa física também são fatores que influenciam a

deterioração da capacidade de pagamento das empresas", destaca a economista.

Serviços e região sudeste lideram ranking

A abertura do indicador por ramo da economia mostra que as empresas do setor de serviços foram

as que mais atrasaram o pagamento de contas: alta de 11% na comparação entre novembro de 2014

com o mesmo mês de 2013. A segunda maior alta ficou por conta das indústrias (6,93%), seguida por

aquelas que pertencem ao comércio (6,32%) e também pelas empresas que formam o ramo da

agricultura (3,16%). É destaque o crescimento dos devedores com dívidas entre 3 e 5 anos:

10,95%. Também chama a atenção a abertura por tempo de atraso na categoria até 90 dias com

7,53% no aumento da inadimplência e a alta expressiva de 7,55% apresentada na divisão de 181 a

360 dias.

Page 3: Número de empresas inadimplente cresce 7,44%

O maior crescimento no número de empresas inadimplentes foi registrado pelo Sudeste, onde a

quantidade de devedores cresceu 8,07%, seguido pelo Nordeste, cuja alta anual foi de 7,42%. A

menor alta ficou por conta do Sul, cuja variação apresentada no período foi de 3,79%. As regiões

Centro-Oeste e Norte apresentaram crescimento de 5,09% e 4,70%, respectivamente, na quantidade

de empresas que não honraram compromissos financeiros. O Sudeste é a região que concentra a

maior parte das pessoas jurídicas inadimplentes (43,81%), seguido pelo Nordeste (19,24%) e pelo Sul

(17,17%).

Empresas devem para bancos e serviços

Dentre os setores credores, ou seja, aqueles que deixaram de receber os valores que lhes são

devidos, o segmento de serviços, que engloba bancos e financeiras, é quem mais se destaca

concentrando 71,78% do total de dívidas a receber. A segunda maior participação no total pertence

ao comércio (15,37%), seguido pela indústria (10,87%).

As dívidas mais antigas, que venceram há um prazo entre três e cinco anos, apresentaram a maior

variação: alta de 9,98% em relação a novembro de 2013. As dívidas mais novas, atrasadas em até 90

dias, mostraram o segundo maior crescimento, com variação positiva de 7,87%. Em seguida

aparecem as pendências atrasadas entre 181 e 360 dias, com um crescimento de 6,11%.

Informações à imprensa:

Vinícius Bruno

(11) 3251-2035 | (11) 9-7142-0742 | (11) 9-4161-6181

[email protected]

Page 4: Número de empresas inadimplente cresce 7,44%

RESUMO

Em novembro de 2014, tanto o indicador de pessoas jurídicas inadimplentes (setor devedor) quanto

aquele de dívidas em atraso (setor credor) mostraram crescimento anual: o primeiro de 7,44%, e o

segundo de 5,81%. Ambas as variações representam uma aceleração da inadimplência frente ao mês

anterior, apesar de se manterem em patamares baixos em relação a série histórica como um todo. O

gráfico a seguir mostra que a inadimplência do segmento pessoa jurídica tem apresentado uma

acomodação nas variações a partir de meados de 2014.

É interessante notar, ainda, que o indicador de devedores vem crescendo à taxas um pouco maiores

do que aquele de dívidas desde junho de 2013, tendência que foi mantida no resultado de novembro.

O mês de junho do último ano representa um ponto de inflexão da tendência observada até então,

de forma que as pendências de pessoas jurídicas cresciam de forma mais expressiva até aquele

período.

Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil por tempo de atraso de dívida

Gráfico 1 - Variação Anual (nov/14)

Fonte: SPC Brasil.

A abertura por tempo de atraso de dívida mostra em ambos os indicadores uma alta expressiva das

categorias ligadas à pendências antigas: tanto o número de empresas inadimplentes há mais de 3

anos, quanto o número de dívidas com atraso superior à este período, mostraram as maiores

variações em relação às demais divisões. A categoria até 90 dias também ocupa lugar de destaque no

aumento da inadimplência nos dois indicadores. Chama atenção, ainda, no indicador de empresas

inadimplentes, a alta expressiva de 7,55% apresentada na divisão de 181 a 360 dias.

7,44%

5,81%

0%

3%

6%

9%

12%

15%

18%

11/2

011

03/2

012

07/2

012

11/2

012

03/2

013

07/2

013

11/2

013

03/2

014

07/2

014

11/2

014

Devedores

Dívidas

Page 5: Número de empresas inadimplente cresce 7,44%

Número de empresas Inadimplentes

(setor devedor)

Número de Dívidas detidas por PJ

(setor credor)

Gráfico 2 - Variação Anual % - por tempo de atraso Gráfico 3 - Variação Anual % - por tempo de atraso

Fonte: SPC Brasil.

Já a abertura por região de ambos os indicadores mostra algumas diferenças entre si. No que diz

respeito ao indicador de empresas inadimplentes, o Sudeste ocupa destaque, ao mostrar a maior alta

anual: 8,07%. O Nordeste mostrou a segunda maior variação (+7,42%), seguido pelo Centro-Oeste

(+5,09%). Em relação ao indicador de quantidade de dívidas, o Nordeste passa a assumir a posição de

destaque, mostrando uma alta de 7,66%. A região é seguida pelo Sudeste (+5,42%) e pelo Centro-

Oeste (+4,29%).

Em ambos os indicadores, o Sul foi a região que mostrou o menor aumento da inadimplência, com

variações de +3,79% e +2,48% nos indicadores de empresas e dívidas, respectivamente. O Norte

apresentou a segunda menor variação, com altas de 4,70% e 3,46%.

Número de empresas Inadimplentes

(setor devedor)

Número de Dívidas detidas por PJ

(setor credor)

Gráfico 4 - Variação Anual % - por região Gráfico 5 - Variação Anual % - por região

Fonte: SPC Brasil.

7,44% 7,53%

1,66%

7,55%

5,38%

10,95%

TOTAL Até 90dias

91 a 180dias

181 a 360dias

361 dias a3 anos

3 a 5 anos

5,81%

7,87%

3,87%

6,11%

2,64%

9,98%

TOTAL Até 90dias

91 a 180dias

181 a 360dias

361 dias a3 anos

3 a 5 anos

7,44%

5,09%

7,42%

4,70%

8,07%

3,79%

TOTA

L

Ce

ntr

o-O

est

e

No

rdes

te

No

rte

Sud

este Su

l

5,81%

4,29%

7,66%

3,46%

5,42%

2,84%

TOTA

L

Ce

ntr

o-O

est

e

No

rdes

te

No

rte

Sud

este Su

l

Page 6: Número de empresas inadimplente cresce 7,44%

A análise da abertura por segmento da economia nos mostra resultados bastante diferentes entre os

dois indicadores. Quando se trata do número de empresas devedoras, todos os segmentos

mostraram alta anual da inadimplência, com exceção à divisão outros. É possível notar uma alta

bastante expressiva do número de devedores ligados ao segmento de serviços, cuja variação foi de

+11,00%. O segundo maior crescimento, por sua vez, foi apresentado pelas pessoas jurídicas

pertencentes à indústria (+6,93%).

O indicador de dívidas em atraso, por outro lado, mostrou as pendências contraídas junto a empresas

ligadas à agricultura como a divisão com maior alta anual: 22,38%. A indústria também aparece em

segundo lugar, com variação do número de dívidas de 11,68%.

Número de empresas Inadimplentes

(setor devedor)

Número de Dívidas detidas por PJ

(setor credor)

Gráfico 6 - Variação Anual % - por setor Gráfico 7 - Variação Anual % - por setor

Fonte: SPC Brasil.

7,44%

3,16%

6,93% 6,32%

11,00%

-6,48%

TOTA

L

Agr

icu

ltu

ra

Ind

úst

ria

Co

mér

cio

Serv

iço

s

Ou

tro

s

5,81%

22,38%

11,68%

7,41% 4,77%

0,04%

TOTA

L

Agr

icu

ltu

ra

Ind

úst

ria

Co

mér

cio

Serv

iço

s

Ou

tro

s

Page 7: Número de empresas inadimplente cresce 7,44%

Resumo da evolução do número de pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil (setor devedor)

Fonte: SPC Brasil. Um mesmo CNPJ é contado neste indicador apenas uma vez, mesmo que tenha mais de uma dívida em atraso.

Resumo da evolução do número de dívidas de pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil (setorcredor)

Page 8: Número de empresas inadimplente cresce 7,44%

Fonte: SPC Brasil.

Page 9: Número de empresas inadimplente cresce 7,44%

ANÁLISE ECONÔMICA

Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil

(detalhamento por setor devedor)

Em novembro de 2014, o número de pessoas jurídicas inadimplentes registradas nas bases às quais o SPC

Brasil tem acesso cresceu 7,44%, na base de comparação anual. A alta foi maior do que aquela apresentada

em outubro (+6,23%) e manteve-se no mesmo patamar daquela apresentada em novembro do último ano,

quando o indicador apresentou alta anual de 7,37%. A análise da série histórica motra uma acomodação do

número de empresas devedoras, que vem crescendo a taxas mais modestas do que aquelas apresentadas no

início da série.

Na passagem de outubro para novembro, por sua vez, houve crescimento da quantidade de pessoas jurídicas

inadimplentes de 1,1% . É a maior alta mensal desde abril deste ano, quando o indicador apresentou variação

de +1,42%. Em novembro do último ano, por sua vez, o número de empresas devedoras havia mostrado

retração de 0,40% na margem.

Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil por tempo de atraso de dívida

Gráfico 8 - Variação Anual (nov/14) Gráfico 9 - Variação Anual (nov/14)

Fonte: SPC Brasil. Os dados não refletem apenas o aumento do número de pessoas jurídicas inadimplentes no Brasil, mas também o aumento dos

registros nas bases de dados às quais o SPC Brasil tem acesso.

14,69% 14,90%

11,89%

10,83%

7,97% 7,37%

6,23% 7,44%

ou

t/1

1

no

v/1

1

ou

t/1

2

no

v/1

2

ou

t/1

3

no

v/1

3

ou

t/1

4

no

v/1

4

nov/11; 14,90%

nov/12; 10,83%

nov/13; 7,37%

nov/14; 7,44%

0%

4%

8%

12%

16%

mai

/11

no

v/1

1

mai

/12

no

v/1

2

mai

/13

no

v/1

3

mai

/14

no

v/1

4

Page 10: Número de empresas inadimplente cresce 7,44%

Abertura por tempo de atraso da dívida do devedor

A abertura do indicador por tempo de atraso da dívida mostra um aumento expressivo do número de

empresas detentoras de pendências mais recentes, com até 90 dias de atraso, na base de comparação mensal

(+6,15%). A variação é a maior de novembro para a categoria de toda a série histórica. As pessoas jurídicas

com pendências entre 91 e 180 dias, por sua vez, apresentaram em 2014 a menor variação para o mês, com

retração de 2,00%. Já o número de empresas inadimplentes entre 181 e 360 dias aumentou de forma tímida

no período (0,49%), após mostrar queda na passagem de outubro para novembro nos dois últimos anos. Em se

tratando daquelas empresas com dívidas mais antigas, a categoria de 1 a 3 anos mostrou alta de 0,32%,

variação menor do que a apresentada por novembro dos últimos dois anos, enquanto que as empresas

endividadas entre 3 e 5 anos apresentaram alta de 1,44% na passagem de outubro para novembro, a maior

dos últimos dois anos para a categoria.

Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil por tempo de atraso de dívida

Gráfico 10 - Variação Mensal (meses de novembro)

Fonte: SPC Brasil. Os dados não refletem apenas o aumento do número de pessoas jurídicas inadimplentes no Brasil, mas também o aumento dos

registros nas bases de dados às quais o SPC Brasil tem acesso.

A comparação com novembro de 2013, por sua vez, mostrou alta do número de empresas inadimplentes ligadas a

todas as faixas de tempo de atraso. A maior variação, entretanto, ficou por conta das empresas detentoras de

dívidas mais antigas, com mais de 3 anos (+10,95%). A variação da categoria foi bastante superior àquela mostrada

em novembro de 2013, quando o aumento apresentado foi de 3,72%. A segunda maior alta ficou por conta das

empresas com dívidas entre 180 dias e 1 ano (+7,55%), seguidas por aquelas com até 90 dias de atraso (+7,53%).

Já em termos de participação, as empresas que possuem dívidas atrasadas entre 1 e 3 anos constituem maioria

frente ao total, representando 38,13% deste. A segunda maior participação pertence àquelas com dívidas entre 3 e

5 anos (+34,35%).

1,10%

6,15%

-2,00%

0,49% 0,32%

1,44%

-4%

-2%

0%

2%

4%

6%

8%

TOTAL Até 90 dias 91 a 180 dias 181 a 360 dias 361 dias a 3 anos 3 a 5 anos

11/2011 11/2012 11/2013 11/2014

Page 11: Número de empresas inadimplente cresce 7,44%

Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil por tempo de atraso de dívida

Gráfico 11 – Variação Anual (nov/14) Gráfico 12 – Participação em relação ao total

Fonte: SPC Brasil

A partir do cruzamento entre as variações anuais de cada categoria e sua representatividade junto ao total de

empresas inadimplentes, seguindo a tendência observada nos meses anteriores, podemos perceber um maior

impacto exercido pelas detentoras de dívidas mais antigas junto ao resultado total: o número de empresas com

pendências superiores a 3 anos de atraso contribuiu com 3,64 p.p. para a alta anual de 7,44%. O segundo maior

impacto, por sua vez, ficou por conta das pessoas jurídicas com dívidas entre 1 e 3 anos (2,09 p.p.), seguidas por

aquelas com pendências atrasadas de 181 a 360 dias (0,88 p.p.)

Contribuição para a variação anual - em p.p.

Total 7,44

Até 90 dias 0,71

91 a 180 dias 0,11

181 a 360 dias 0,88

361 dias a 3 anos 2,09 3 a 5 anos 3,64

Fonte: SPC Brasil.

Abertura por região do devedor

A abertura por região da empresa devedora mostrou crescimento anual do número de inadimplentes em

todas as regiões. A maior variação foi mostrada pelo Sudeste, onde a quantidade de devedoras cresceu 8,07%,

seguido pelo Nordeste, cuja alta anual foi de 7,42%. A menor alta ficou por conta do Sul, cuja variação

apresentada no período foi de +3,79%. Em termos de participação, o Sudeste é a região que concentra a maior

parte da pessoas jurídicas inadimplentes (43,81%), seguido pelo Nordeste (19,24%) e pelo Sul (17,17%).

7,44% 7,53%

1,66%

7,55%

5,38%

10,95%

TOTAL Até 90dias

91 a 180dias

181 a 360dias

361 dias a3 anos

3 a 5 anos

9,50% 6,32%

11,69%

38,13%

34,35% Até 90 dias

91 a 180 dias

181 a 360 dias

361 dias a 3anos3 a 5 anos

Page 12: Número de empresas inadimplente cresce 7,44%

Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil por região

Gráfico 13 - Variação Anual (nov/14) Gráfico 14 - Participação em relação ao total* (nov/14)

Fonte: SPC Brasil. Os dados não refletem apenas o aumento do número de pessoas jurídicas inadimplentes no Brasil, mas também o aumento dos

registros nas bases de dados às quais o SPC Brasil tem acesso.

*Os percentuais não somam 100% devido à existência de uma parcela de inadimplentes residentes em regiões não determinadas na base de dados

A análise do impacto de cada região para a alta anual de 7,44% do número de empresas devedoras do país

como um todo, cujo cálculo leva em conta a relação entre suas respectivas participação e variação, mostra que

o Sudeste é a região que mais contribuiu para a alta anual do Brasil em novembro, impactando com 3,51 p.p. A

segunda maior contribuição ficou por conta do Nordeste (1,43 p.p.), seguido pelo Sul (0,67 p.p.).

Contribuição para a variação anual - em p.p.

Total 7,44 Sudeste 3,51

Nordeste 1,43 Sul 0,67

Centro-Oeste 0,48 Norte 0,27

Fonte: SPC Brasil.

*Os percentuais não somam 100% devido à existência de uma parcela de inadimplentes residentes em regiões não determinadas na base de dados

Abertura por setor do devedor

A análise da abertura por setor da empresa devedora mostrou alta anual do número de inadimplentes

pertencentes a todos os principais setores. A maior variação foi mostrada pelo segmento de Serviços

(+11,00%), cuja alta manteve-se acima da média total, de 7,44%. A segunda maior alta ficou por conta das

indústrias (+6,93%), seguida por aquelas que pertencem ao comércio (+6,32%).

Em termos de participação, as pessoas jurídicas inadimplentes que estão ligadas ao setor de comércio

representam praticamente metade do total de empresas devedoras, concentrado 49,55% destas. O setor de

7,44%

5,09%

7,42%

4,70%

8,07%

3,79%

TOTA

L

Ce

ntr

o-O

est

e

No

rdes

te

No

rte

Sud

este Su

l

5,70%

19,24%

9,25%

43,81%

17,17%

Page 13: Número de empresas inadimplente cresce 7,44%

serviços é aquele que possui a segunda maior participação junto ao total de devedores, representando

36,25%.

Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil por tempo de atraso de dívida

Gráfico 15 - Variação Anual (nov/14) Gráfico 16 – Participação em relação ao total (nov/14)

A partir do cruzamento de dados de variação e participação, é possível mensurar, em pontos percentuais, o

impacto de cada segmento sobre a alta de 7,44% de empresas inadimplentes em novembro. Assim, o maior

destaque foi o setor de serviços, que respondeu por 3,86 p.p do avanço do período. A segunda maior

contribuição ficou por conta do segmento de comércio, com 3,16 p.p.

Contribuição para a variação anual - em p.p.

Total 7,44 Agricultura 0,02

Indústria 0,68 Comércio 3,16 Serviços 3,86 Outros -0,28

7,44%

3,16%

6,93% 6,32%

11,00%

-6,48%

TOTA

L

Agr

icu

ltu

ra

Ind

úst

ria

Co

mér

cio

Serv

iço

s

Ou

tro

s

0,67%

9,77%

49,55%

36,25%

3,77%

Agricultura

Indústria

Comércio

Serviços

Outros

Page 14: Número de empresas inadimplente cresce 7,44%

Dívidas em atraso na base do SPC Brasil – Pessoa Jurídica

(detalhamento por credor)

O número de dívidas ligadas à pessoas jurídicas aumentou 0,94% em novembro de 2014, na base de

comparação mensal. A alta é a maior para o mês dos últimos dois anos, já que em novembro de 2012 e 2013 o

indicador mostrou variações de +0,32% e -0,15%, respectivamente.

Na comparação com novembro de 2013, por sua vez, a alta mostrada pelo indicador foi de 5,81%. A variação

manteve-se no mesmo patamar daquela apresentada no mesmo mês do último ano, sendo que ambas foram

bastante inferiores às altas apresentadas em 2011 e 2012 (gráfico 18).

Dívidas em Atraso PJ

Gráfico 17 - Variação mensal (nov/14) Gráfico 18 - Variação anual (nov/14)

Fonte: SPC Brasil. O dado não reflete apenas o número de dívidas em atraso no Brasil, mas também

o aumento do registro das dívidas registradas nas bases de dados a que o SPC tem acesso.

Abertura por tempo de atraso da dívida do credor

A abertura por tempo de atraso da dívida mostra aumento da quantidade de dívidas de todas as faixas de

atraso, na base de comparação anual. O destaque fica por conta das pendências mais antigas, entre 3 e 5 anos,

que apresentou a maior variação entre as categorias (+9,98%). A alta foi a maior para a divisão dos últimos 18

meses. As dívidas mais novas, atrasadas em até 90 dias, mostraram a segunda maior variação, crescendo

7,87% em relação a novembro de 2013. Em seguida aparecem as pendências atrasadas entre 181 e 360 dias,

com um crescimento de 6,11%.

Em termos de participação, nota-se que as dívidas mais antigas constituem a maior parte da base: enquanto

aquelas atrasadas entre 1 e 3 anos representam 40,84% do total, as dívidas com tempo de atraso superior a 3

anos concentram 30,85% das pendências.

1,57% 1,66%

0,32%

-0,15%

0,94%

nov/10 nov/11 nov/12 nov/13 nov/14

nov/11; 16,62%

nov/12; 12,66%

nov/13; 5,81%

nov/14; 5,81%

0%

6%

12%

18%m

ai/1

1

no

v/1

1

mai

/12

no

v/1

2

mai

/13

no

v/1

3

mai

/14

no

v/1

4

Page 15: Número de empresas inadimplente cresce 7,44%

Gráfico 19 – Dívidas em Atraso PJ Gráfico 20 – Dívidas em Atraso PJ

Variação anual (nov/14) Participação em relação ao total (nov/14)

Através do cruzamento entre variação e participação de cada uma das divisões, é possível concluir o impacto

de cada uma para alta anual total de 5,81% em novembro. Assim, dada a sua expressiva alta anual, bem como

sua significativa participação no total de pendências, a categoria de 3 a 5 anos de atraso foi aquela que mais

impactou o resultado anual, contribuindo com 2,96 p.p.. A segunda maior contribuição adveio das pendências

entre 1 e 3 anos (1,11 p.p.) que, apesar de ter apresentado a menor variação, possui a maior

representatividade junto ao total.

Abertura por região do credor

A abertura por região do credor mostrou alta na quantidade de dívidas em todas as regiões, na base de

comparação anual. Seguindo a tendência observada no último mês, a maior alta ficou por conta do Nordeste

(+7,66%), seguido pelo Sudeste (+5,42%) e Centro-Oeste (+4,29%).

No que diz respeito à participação de cada região frente ao total de dívidas do Brasil, o sudeste manteve-se

como a região com a maior representatividade, concentrando 43,84% das pendências. Em seguida, apresenta-

se o Nordeste, cuja participação junto ao total foi de 18,95%, em novembro de 2014.

5,81%

7,87%

3,87%

6,11%

2,64%

9,98%

TOTAL Até 90dias

91 a 180dias

181 a 360dias

361 dias a3 anos

3 a 5 anos

9,27%

6,64%

12,39%

40,84%

30,85%

Até 90 dias

91 a 180 dias

181 a 360 dias

361 dias a 3 anos

3 a 5 anos

Contribuição para a variação anual - em p.p.

TOTAL 5,81 Até 90 dias 0,7 p.p.

91 a 180 dias 0,26 p.p. 181 a 360 dias 0,75 p.p.

361 dias a 3 anos 1,11 p.p. 3 a 5 anos 2,96 p.p.

Page 16: Número de empresas inadimplente cresce 7,44%

Dívidas por Região

Gráfico 21 - Variação anual (nov/14) Gráfico 22 – Participação no total de inadimplentes*

Fonte: SPC Brasil. O nome do setor credor é uma simplificação da classificação CNAE. Para mais detalhes, veja a seção de metodologia.

A partir do cruzamento dos resultados de participação e crescimento regional, é possível observar quais

localidades mais contribuíram, em pontos percentuais, para a alta total de 5,81%. Assim, apesar da grande alta

apresentada pelo Nordeste no período, foi o Sudeste que mais contribuiu para o aumento do número de

dívidas, impactando em 2,39 p.p., o que se deu devido à sua grande participação junto ao total de pendências.

O segundo maior impacto, por sua vez, ficou por conta do Nordeste (1,43 p.p.).

Abertura por setor credor

Quando analisamos o setor credor da dívida, é possível perceber que houve uma alta expressiva das

pendências junto ao segmento de agricultura frente a novembro do último ano (+22,38%). O segmento foi

aquele que apresentou a maior variação. A segunda maior alta do número de dívidas pertence àquelas

relacionadas com a indústria (+11,68%), seguida pela divisão de comércio (+7,41%).

Em termos de participação, por outro lado, vemos que praticamente 3/4 do total de dívidas foi contraído junto

à divisão de serviços. É importante notar que tal representatividade deste segmento deve-se, em grande

parte, aos bancos. A segunda maior participação no total pertence ao comércio (15,37%), seguido pela

indústria (10,87%).

5,81%

4,29%

7,66%

3,46%

5,42%

2,84%

TOTA

L

Ce

ntr

o-O

est

e

No

rdes

te

No

rte

Sud

este Su

l

Contribuição para a variação anual - em p.p.

TOTAL 5,81 Nordeste 1,43 Sudeste 2,39

Centro-Oeste 0,40 Sul 0,52

Norte 0,20

9,30%

17,74%

43,84%

18,95%

5,64%

Page 17: Número de empresas inadimplente cresce 7,44%

Dívidas por setor Credor

Gráfico 23 - Variação anual (nov/14) Gráfico 24 – Participação no total de dívidas

Em termos de contribuição de cada divisão para a alta anual de 5,81% de novembro, observamos que a alta

das pendências ligadas a serviços foi aquela que mais impactou o resultado total. Isso se deu porque, apesar

de mostrar uma variação pequena em comparação as demais categorias, a divisão representa a grande

maioria das dívidas em atraso. A segunda maior contribuição adveio das dívidas com a indústria, segmento

que mostrou a segunda maior variação. Nesse sentido, apesar de agricultura ter mostrado a maior alta, a

divisão não mostrou praticamente nenhum impacto para o crescimento do número de dívidas, graças à sua

participação não significativa junto ao total.

5,81%

22,38%

11,68%

7,41%

4,77%

0,04%

TOTA

L

Agr

icu

ltu

ra

Ind

úst

ria

Co

mér

cio

Serv

iço

s

Ou

tro

s

0,13%

10,87%

15,37%

71,78%

1,85%

Agricultura

Indústria

Comércio

Serviços

Outros

Contribuição para a variação anual - em p.p.

TOTAL 5,81 Agricultura 0,02 p.p.

Indústria 1,20 p.p. Comércio 1,12 p.p. Serviços 3,46 p.p. Outros 0,00 p.p.

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METODOLOGIA DOS INDICADORES

Os indicadores de inadimplência apresentados neste material sumarizam todas as informações disponíveis nas

bases de dados a que o SPC Brasil tem acesso (simplificadamente chamados de "Bases de dados do SPC Brasil"). A

abrangência dos dados é nacional, com informações de capitais e interior de todos os 26 estados da federação,

além do Distrito Federal.

Quando uma empresa deixa de pagar um título a empresa associada ao SPC Brasil pode (mas não é obrigada a)

registrar essa inadimplência junto ao SPC Brasil. Em geral, as empresas credoras costumam registrar a inadimplência

depois de verificar que o pagamento não ocorre mesmo após 30 dias após o vencimento. Entretanto, não há regra,

e o registro pode ocorrer no dia seguinte ao vencimento ou mais de um ano após o vencimento.

A empresa devedora é informada via correspondência sobre o registro e poderá, a qualquer momento, pagar a

dívida ou renegociá-la. Em ambos os casos, o registro referente àquela pendência será retirado da base do SPC

Brasil, mas a empresa ainda pode constar como inadimplente (“negativado”) se tiver outras pendências.

Para todos os indicadores abaixo, o SPC Brasil considera que uma dívida é a relação de um credor com um devedor,

mesmo que esse credor tenha registrado várias pendências desse devedor junto ao SPC Brasil. Assim, se a empresa

deixa de pagar quatro parcelas de uma mesma compra e tem por isso quatro registros no SPC Brasil, os indicadores

abaixo assumem que essa empresa tem apenas uma dívida, já que os registros foram, todos, feitos pela mesma

empresa credora associada (mesmo CNPJ).

As séries históricas relativas aos dados comentados nesse texto estão disponíveis para download em

https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos.

Indicador 1: Pessoas jurídicas inadimplentes na base do SPC Brasil Este indicador mostra a variação mês a mês do número de pessoas jurídicas registradas na base do SPC Brasil. Cada

pessoa jurídica inadimplente é contada apenas uma vez, independente do número de dívidas que tenha em atraso.

É importante notar que a variação no número de empresas inadimplentes registradas na base do SPC Brasil não

representa, exatamente, o número de empresas inadimplentes no Brasil, por três motivos.

A base de dados do SPC Brasil é a que tem a maior capilaridade nacional, mas existem outros

serviços de proteção ao crédito, cujos dados não são considerados para este indicador.

Há empresas que, eventualmente ou sempre, decidem não registrar o atraso de seus clientes. Isso

pode ocorrer, por exemplo, porque o cliente tem uma relação de longa data com a empresa.

Há empresas que só registram o atraso de seus clientes muito tempo após o vencimento da fatura,

possivelmente após esgotarem todas as tentativas de negociação. Por isso, pode ocorrer que a

inadimplência tenha aumentado em janeiro, mas o aumento do número de devedores só ocorra

em março na base do SPC Brasil.

Indicador 2: Dívidas em atraso na base do SPC Brasil – Pessoa Jurídica

Este indicador mostra a variação mês a mês da quantidade total de dívidas em atraso de pessoas jurídicas.

As dívidas em atraso são classificadas de acordo com:

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Setor credor, identificado de acordo com a CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). As

empresas credoras foram classificadas pelas seções CNAE (identificadas por letras), conforme tabela

abaixo.