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Ao voltarem das batalhas os cruzados traziam consigo produtos desconhecidos da maioria dos europeus.
Por haverem estabelecido feitorias nessas regiões mais afastadas, os europeus abriram um novo eixo comercial ligando o Ocidente ao Oriente.
A Europa ocidental sofreu grandes transformações entre os séculos XI E XIV. Pondo fim ao sistema feudal. Para isso contribuíram:
Burgos e burgueses.
Graças a essa retomada do comércio, muitos europeus deixaram o campo e foram viver dentro dos burgos
vilas fortificadas com muralhas.
Essa população, formada principalmente por artesãos, operários e comerciantes, acabou dando origem a novos burgos em vários pontos da Europa.
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Seus habitantes ficaram conhecidos como burgueses. Com o tempo, os centros urbanos tornaram-se mais importantes que as regiões rurais.
Desta forma apareceram as primeiras casas bancárias, responsáveis pelas operações de câmbio e empréstimos a juros.
O dinheiro passa a ser a base da riqueza na Europa.
A burguesia ganhava prestígio e aproximava-se dos reis, emprestando-lhes dinheiro em troca de medidas políticas
favoráveis ao comércio.
O dinheiro.
Com o renascimento do comércio, o uso de moedas
tornou-se essencial, substituindo o escambo ou troca
de mercadorias.
O conhecimento deixou de ser algo exclusivo da Igreja Católica e o ensino tomou-se laico, voltado cada vez mais para questões
mundanas.
Desse modo, o homem passou a se preocupar mais com as coisas terrenas do que com as espirituais.
Humanismo.
Homem Vitruviano desenho de Leonardo Da Vinci
No século XIV A Europa entrou em crise:
colapso no abastecimento agrícola. Peste Negra, Guerra dos Cem Anos, conflito que se estendeu de 1337 a 1453 e
outras guerras ocorreram também na Península ibérica, na Itália e na Alemanha.
Guerra, fome e peste.
Em meio a essa situação de fome, doenças, guerras e mortes, as camadas mais baixas da população sofriam também com a elevada
carga de trabalho e com os altos impostos
Fugindo da exploração muitos servos saíram dos feudos e foram para as cidades, onde passaram a trabalhar como assalariados.
A ascensão da burguesia, a expansão do comércio, o aparecimento da mão-de-obra assalariada, aliados ao fortalecimento do poder real - e a
consequente formação dos Estados Nacionais, geraram o
Capitalismo Comercial
Mercantilismo ou capitalismo comercial:
Quando as cidades passaram a ser centros comerciais , artesanais e manufatureiros
recuperando timidamente sua antiga importância, começou o Renascimento Urbano.
Muitos servos acabavam por fugir dos feudos ou eram expulsos de suas terras, indo engrossar a população das vilas. Assim, essas
pequenas localidades começaram a crescer e se tornar importantes concentrações de trabalhadores livres e
comerciantes, onde passaram a ser organizadas feiras permanentes, como as feiras de Champagne (França), Flandres
(Bélgica), Gênova e Veneza (Itália) e Colônia e Frankfurt (Alemanha)
A produção das oficinas artesanais era regulada pelas corporações de
ofício (associações que reuniam todos os artesãos de uma cidade,
quando ligados à mesma atividade produtiva).
A regulamentação tinha por
finalidade manter o equilíbrio entre a produção e o consumo, bem como evitar a concorrência
entre os produtores.
Fixando preços, quantidades, qualidade dos produtos,
pagamentos aos trabalhadores, horas de trabalho, etc.
No início, a forma de produção era
ARTESANAL
O mestre-artesão, dono dos meios de produção, vendia diretamente aos consumidores.
Trabalhavam com ele os oficiais ou companheiros, cuja remuneração se baseava em participação nas vendas.
Na oficina havia ainda os aprendizes.
Estes trabalhavam entre sete e nove anos sem remuneração, em troca de moradia, alimentação
e de aprenderem a profissão.
Os mestres perceberam que saia mais barato pagar os jornaleiros do que os oficiais, logo, teriam mais lucro.
Mesmo com o aumento dos assalariados, o mestre-artesão
continuava a trabalhar na oficina juntamente com alguns oficiais e funcionários.
Continuava a existir produção artesanal.
A demanda do mercado obrigou os mestres a aumentarem a produção.
Para isso tiveram de contratar jornaleiros
(trabalhadores pagos por jornada de trabalho)
Outro fator que colaborou para o renascimento das antigas cidades ou até mesmo a criação de novas vilas foram as feiras.
As principais feiras ficavam nas regiões do Champagne, na França, na atual Itália (Gênova e Veneza) e em Flanders (atual Bélgica).
O Renascimento nasceu em Itália;
A partir de Itália expandiu-se para o resto da Europa;
Foi um movimento intelectual e artístico que ocorreu entre os séculos XIV e XVI na Europa.
Se desenvolveu após o desenvolvimento comercial e urbano
que se iniciou no final da Idade Média.
Os burgueses, que durante o renascimento comercial
haviam enriquecido, no entanto sem ganhar poder
político significativo, passaram a patrocinavam os
artistas e cientistas como forma de projeção social.
Estes burgueses recebiam o nome de mecenas.
Lorenzo de Medici Cósimo de Médici Florença – Século XV
O renascimento italiano se divide em:
Trecento Inicio da ruptura com a Idade Média. Pintura religiosa com elementos realistas e na literatura aparece o uso do toscano no lugar do latim.
Quattrocento Intensa produção artística e intelectual.
Cinquecento Roma supera Florença como centro das artes e a Igreja Católica se torna o “Grande mecena”. Uso do italiano na literatura.
Seguindo pelas rotas comerciais as ideias do renascimento se difundiram pela Europa.
Os valores do Renascimento são:
Antropocentrismo
Individualismo
Classicismo
Naturalismo
Experiencialismo
Espírito crítico
Antropocentrismo Em oposição ao pensamento medieval que era
voltado para a total submissão a Deus (teocêntrico), o renascimento valorizava o homem.
Individualismo
O Homem tem capacidade
para escolher, decidir e pensar
por sí mesmo e deve ser
valorizado pelo seu potencial
de criação.
Classicismo
Busca de inspiração na cultura clássica, gregos e romanos. Pensadores, artes e valores.
Naturalismo
Interesse pelo estudo da Natureza física e
humana em todos os seus aspectos.
Experiencialismo
Necessidade de comprovar pela observação
e pela experiência.
Espírito crítico
O Homem passa a pensar por si próprio, a questionar a sociedade e o mundo que o rodeia.
Arquitectura Renascentista
Horizontalidade;
Simetria (proporção, harmonia);
Elementos estruturais: colunas ou pilastras das ordens clássicas, abóbada de berço, arco de volta perfeita, frontão triangular ou semicircular, cúpula, aletas.
Basílica de S. Pedro, Vaticano, Roma
Descoberta da pintura a óleo (atribuída a Van Eyck).
Contribui para dar à composição mais vivacidade, mais brilho, maior durabilidade.
Pintura
Aplicação da lei da perspectiva à pintura, o que permite:
criar a ilusão de profundidade/ tridimensionalidade;
dar à composição um aspecto de total equilíbrio (distribuição ordenada das formas).
“ASSASSINATO DE ABEL” (1550-1555), de Tintoretto
tratamento das enfermidades dos cães , pintura de Gaston Phoebus
Afresco
É uma técnica artística onde a pintura ocorre em tetos ou paredes. Esta técnica consiste em pintar sobre camada de revestimento de cimento fresco, gesso ou nata de cal. A pintura também pode ser realizada em revestimento úmido, desde que a tinta possa ser fixada.
Afresco de Michelangelo na Capela Sistina
O Retrato
Retrato a ¾ com fundo escuro. Mais realista.
Busto tendo como fundo uma janela ou uma paisagem
(Retrato de Homem, Antonello da Messina)
(Monalisa, da Vinci);
Escultura
Realismo/naturalismo: grande semelhança com o real, perfeito conhecimento do corpo humano (revela conhecimentos de anatomia);
Dinamismo: sensação de movimento (nas pregas da roupa, na contracção dos músculos, na posição do corpo…);
Expressividade: captação de sentimentos/ emoções (angústia, tristeza, êxtase, tranquilidade, …);
A Pietá de Michelangelo
Racionalismo: recurso a esquemas compositivos geometricamente simples como o triângulo (Pietà) ou linhas / contornos que acompanham o movimento do corpo (David);
Harmonia/ equilíbrio/ proporção: recurso aos cânones clássicos (ex: cabeça = 1/7 da altura total do corpo).
Davi – Mão esquerda e cabeça Michelangelo
Moisés - de Michelangelo A Virgem e a Criança (c. 1270-1280). Alto Renocm, esculpida em calcário
Grandes Nomes do Renascimento
Galileu Galilei (1564 – 1642) Físico, astrônomo e matemático italiano. Construiu a primeira luneta astronômica, comprovou matematicamente a teoria do heliocentrismo. Entre outrs descobertas.
Cientistas
Nicolau Copérnico (1473 – 1543). Seus estudos mostravam que era
a Terra que girava em torno do Sol e não o contrário, como se acreditava anteriormente. O
heliocentrismo.
Johannes Kepler (1571 – 1630) Astrônomo e matemático alemão. Estudos na área de gravitação, formulou as leis fundamentais da mecânica celeste.
Andreas Vesalius (1514 – 1564) Anatomista belga, foi muito importante para o avanço da Medicina.
Leonardo da Vinci (1452 – 1519) Além de se destacar na pintura, da Vinci foi de grande importância seus estudos científicos, principalmente, nas áreas de hidrostática, engenharia e matemática.
Grandes Nomes do Renascimento Pintores
Giotto di Bondone (1266-1337) Pintor e arquiteto italiano. Um dos precursores do Renascimento. Obras principais: O Beijo de Judas, A Lamentação e Julgamento Final.
Fra Angelico (1395 - 1455) Fase inicial do Renascimento. Pintou iluminuras, altares e afrescos. Obras principais: A coração da virgem, A Anunciação e Adoração dos Magos.
Michelangelo Buonarroti (1475-1564) Destacou-se em arquitetura, pintura e escultura. Obras principais: Davi, Pietá, Moisés, pinturas da Capela Sistina.
Rafael Sanzio (1483-1520) Pintou várias madonas (representações da Virgem Maria com o menino Jesus) e a famosa Escola de Atenas.
Sandro Botticelli - (1445-1510) Pintor italiano, abordou temas mitológicos e religiosos. Obra principal: O nascimento de Vênus e Primavera.
Tintoretto (1518-1594) Importante pintor veneziano da fase final do Renascimento. Obras principais: Paraíso e Última Ceia.
Veronese - (1528-1588) Pintor maneirista do Renascimento Italiano. Obras principais: A batalha de Lepanto e São Jerônimo no Deserto.
Ticiano - (1488-1576) O mais importante pintor da Escola de Veneza do Renascimento Italiano. Sua grande obra foi O imperador Carlos V em Muhlberg de 1548
Leonardo da Vinci (1452-1519) Pintor, escultor, cientista, engenheiro, físico, escritor, etc. Obras principais: Mona Lisa, Última Ceia.
Boccaccio: Decameron.
Obra que satiriza a igreja e a sociedade da época.
Grandes Nomes do Renascimento Literatura
Itália
Giovanni Boccaccio, por Andrea del Castagno
Dante: Divina Comédia.
Condução de Dante ao inferno, passando pelo purgatório até
chegar ao paraíso.
Dante Alighieri, por Sandro Botticelli
Maquiavel: O Príncipe.
Obra que analisa os fundamentos do Estado moderno.
Nicolau Maquiavel, de Santi di Tito,
“Nenhum indício melhor se pode ter a respeito de um homem do que a companhia que freqüenta: o que tem companheiros decentes e honestos adquire, merecidamente, bom nome, porque é impossível que não tenha alguma semelhança com eles.”
“Creio que seriam desejáveis ambas as coisas, mas, como é difícil reuní-las, é mais seguro ser temido do que amado.”
“Os fins justificam os meios”
Rabelais:
Gargantua, Pantagruel. Ridicularizou a filosofia cristã.
França
Montaigne: Ensaios.
Ensina que o homem deve ser corajoso e desafiar a morte.
“Conheço muitos que não puderam, quando deviam, porque não quiseram quando podiam.”
“Não podendo regularizar os outros, regularizo-me a mim mesmo.”
Cervantes: D. Quixote. Cavaleiro espanhol medieval incapaz de resolver problemas do mundo moderno.
Espanha
Don Quijote e Sancho Panza. (Jesus Helguera)
Shakespeare: Romeu e Julieta, Hamlet. Estampou virtudes e defeitos do humanismo renascentista.
Inglaterra
Pintura a óleo de 1870 por Ford Madox Brown retratando a famosa cena do terraço de Romeu e Julieta.
Camões: Os Lusíadas. Narração da expansão marítima portuguesa.
Portugal
Erasmo de Rotterdam: Elogio da Loucura. Fala sobre o fanatismo e sobre os abusos do clero.
Holanda
“Rir de tudo é coisa dos tontos, mas não rir de nada é coisa dos estúpidos.”
“A felicidade consiste essencialmente em querer-se ser o que é.”
“Não convencerás, se também não estiveres convencido.”
“A pior das loucuras é, sem dúvida, tentar ser sensato em um mundo de loucos.”