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Pró-Ordem C. Formação: 21 752 43 80; Gab. Jurídico: 21 752 40 77 Sede Nacional: Tel.: 96 801 48 77; Fax: 21 759 07 01; R. Prof. Vieira de Almeida, 7- 4 N, 1600-664 LISBOA Email: [email protected] www.federacaodosprofessores.com Negociações evoluem mas ainda sem acordo com o ME No âmbito da Federação Portuguesa de Professores de que faz parte, a Pró-Ordem realizou esta tarde a quinta ronda negocial com o Ministério da Educação, com vista à revisão do atual regime jurídico dos concursos para a docência e a uma Vinculação Extraordinária dos docentes contratados. Na reunião participou a Secretária de Estado Adjunta e da Educação mas não nos foi entregue novo documento escrito. Por uma questão de igualdade este apenas será enviado às direções sindicais no final do dia, após a realização das reuniões com todas as associações sindicais. No que respeita à Vinculação Extraordinária o membro do Governo presente afirmou que o Ministério, depois de ter refletido e ponderado devidamente as propostas anteriormente apresentadas por todas as associações sindicais, propõe o seguinte: - manter a exigência dos 12 anos de tempo de serviço acumulado, mas passa a contar o tempo antes e após a aquisição de qualificação profissional para a docência (profissionalização); - retira a exigência de este tempo de serviço ter sido prestado no mesmo grupo de docência; - o docente deve possuir cinco contratos em seis anos, desde que no ano letivo de 2016/17 tenha um horário anual e completo. Isto para evitar uma “contaminação” direta dos efeitos da BCE, pois apenas este ano esta foi suprimida. Se o docente possui

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Pró-Ordem C. Formação: 21 752 43 80; Gab. Jurídico: 21 752 40 77

Sede Nacional: Tel.: 96 801 48 77; Fax: 21 759 07 01;

R. Prof. Vieira de Almeida, 7- 4 N, 1600-664 LISBOA

Email: [email protected]

www.federacaodosprofessores.com

Negociações evoluem mas ainda sem acordo com o ME

No âmbito da Federação Portuguesa de Professores de que faz parte, a Pró-Ordem

realizou esta tarde a quinta ronda negocial com o Ministério da Educação, com vista à

revisão do atual regime jurídico dos concursos para a docência e a uma Vinculação

Extraordinária dos docentes contratados.

Na reunião participou a Secretária de Estado Adjunta e da Educação mas não nos foi

entregue novo documento escrito. Por uma questão de igualdade este apenas será

enviado às direções sindicais no final do dia, após a realização das reuniões com todas

as associações sindicais.

No que respeita à Vinculação Extraordinária o membro do Governo presente afirmou

que o Ministério, depois de ter refletido e ponderado devidamente as propostas

anteriormente apresentadas por todas as associações sindicais, propõe o seguinte:

- manter a exigência dos 12 anos de tempo de serviço acumulado, mas passa a contar o

tempo antes e após a aquisição de qualificação profissional para a docência

(profissionalização);

- retira a exigência de este tempo de serviço ter sido prestado no mesmo grupo de

docência;

- o docente deve possuir cinco contratos em seis anos, desde que no ano letivo de

2016/17 tenha um horário anual e completo. Isto para evitar uma “contaminação”

direta dos efeitos da BCE, pois apenas este ano esta foi suprimida. Se o docente possui

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estes cinco contratos em seis anos significa que existe uma necessidade permanente no

sistema educativo e que a mesma se arrasta até ao presente ano letivo.

Quanto ao projeto de revisão do regime jurídico dos Concursos, em sede de segunda

prioridade do concurso externo, os opositores deverão apresentar 365 dias de serviço

nos últimos 6 anos. Esta parece-nos ser uma opção mais equilibrada.

Também é positivo o facto de o Ministério se comprometer a abrir novas vagas de

QA/QE.

Introduz-se a faculdade de o docente se poder voluntariar para DACL (destacamento

por ausência de componente letiva). Deste modo gozará de prioridade em sede de

mobilidade interna.

Sem prejuízo de melhor analisarmos o texto escrito com a proposta do Ministério,

quando ele nos for entregue, na reunião de hoje a Pró-Ordem voltou a insistir

nomeadamente no seguinte:

- a necessidade de reduzir de 12 para 10 anos o tempo de serviço que garanta a

vinculação extraordinária;

- o direito a um concurso interno anual (ou, no mínimo, bienal) baseado unicamente

na graduação profissional e que permita a aproximação à residência familiar;

- não ser aceitável agravar de 6 para 8 horas letivas os “horários zero”.

O Ministério mostrou boa fé negocial ao ter proporcionado esta reunião “extra”, porém

não foi ainda possível a Pró-Ordem ter chegado a acordo, pelo que irá requerer

negociação suplementar. Ao abrigo da legislação laboral e constitucional em vigor

poderíamos alongar “artificialmente” os prazos e usar de alguma “chantagem” face à

entidade patronal, porém sabendo nós que o Conselho de Secretários de Estado se

realiza no próximo dia 23 e o Conselho de Ministros dia 26, – porque se trata de matéria

relativa a concursos públicos com prazos imperativos – se assim procedêssemos a

abertura do próximo ano letivo poderia ficar comprometida.

Lisboa, 13 de janeiro de 2017

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Pela Direção Nacional

Filipe do Paulo