20
COMÉRCIO À ESCALA MUNDIAL História 8º ano Professora: Carla Freitas

25 - Comércio à escala mundial

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Rotas de comércio internacional Comércio triangular Modificações no quotidiano Novos produtos e novos hábitos Lisboa, Sevilha e Antuérpia

Citation preview

Page 1: 25 - Comércio à escala mundial

COMÉRCIO

À ESCALA MUNDIAL

História 8º ano Professora: Carla Freitas

Page 2: 25 - Comércio à escala mundial

”Esperavam-se as notícias de Portugal sobre a chegada das suas

caravelas, e aguardava-se uma tal notícia com medo e apreensão [...]. Na feira alemã de Veneza, há muito poucos negócios. E isto porque os Alemães não querem comprar a altos preços correntes [...] dado a pequena quantidade de especiarias que se encontram em Veneza. [...] E, na verdade, havia muito menos trocas do que se poderia ter previsto. E isto provinha do facto de os alemães não comprarem de imediato o que necessitavam; porque não sabiam que especiarias seriam trazidas pelas caravelas portuguesas.”

Diário de um mercador veneziano, 1508, em Les Mémoires de l´Europe, Paris, 1972

“Na última década do século XV, a visão mediterrânico-continental foi substituída pela visão oceânica do Globo. (...)No primeiro quartel do séc. XVI, a produção e a circulação de bens multiplicam-se e a economia passa a desenvolver-se à escala do Mundo”

Vitorino Magalhães Godinho, Os descobrimentos e a Economia Mundial, Lisboa, 1983

Page 3: 25 - Comércio à escala mundial

Comércio à escala mundial

Rotas AtlânticasComércio triangular

Rota do Cabo Rotas do Extremo Oriente

Rota de Manila

Page 4: 25 - Comércio à escala mundial

Açú

car, tab

aco,

caf

é, c

acau

,

algod

ão, ou

ro

Pro

duto

s m

anufa

ctura

dos

Tabaco, aguardente

Escravos

Escravos, marfi

m, m

alagueta, ou

ro

Pan

os, armas q

uin

quilh

arias, álcool

Portugal

ÁfricaBrasil

Comércio Triangular

Page 5: 25 - Comércio à escala mundial

Comércio à escala mundial

Rotas Atlânticas

Comércio triangular

Ligavam o continente europeu ao africano e americano. Corresponde ao comércio triangular:• Europa enviava metais,

bugigangas e panos para África.• De África iam escravos para a

América.• Da América ia açúcar, tabaco,

ouro e prata para a Europa.Rota do CaboRota que ligava a Europa à Ásia e à costa oriental africana, através do Cabo da Boa Esperança, permitindo acesso aos ricos produtos orientais, como especiarias.

Rotas do Extremo Oriente

Rota de Manila

Ligava a índia à China e ao Japão, permitindo aos portugueses acesso a produtos como a porcelana, o chá, a seda, papel, etc.Ligava a Espanha à América e às Filipinas atravessando o Índico. Permitia à Europa o acesso a prata e a ouro.

Page 7: 25 - Comércio à escala mundial

Produtos oriundos de África

• Ouro • Escravos • Marfim• Malagueta• Café • Melancia

Page 8: 25 - Comércio à escala mundial

Produtos oriundos da Ásia

• Especiarias• Sedas• Produtos de Luxo• Arroz• Cana-de-açúcar• Coco• Algodão• Chá• Banana• Manga• Laranja-doce

Page 9: 25 - Comércio à escala mundial

Produtos oriundos da América• Madeira• Açúcar• Ouro• Prata• Tomate• Tabaco• Mandioca• Batata• Milho• Cacau• Feijão• Ananás• Perú

Page 10: 25 - Comércio à escala mundial

Em Portugal tem-se como uma grande desonra exercer alguma profissão. Os escravos

pululam por toda a parte. Todo o serviço é feito por negros e por mouros cativos. Portugal

está a abarrotar com essa raça de gente [...] Estou em crer que em Lisboa os escravos e as

escravas são mais do que os portugueses livres de condição. Nicolau Clenardo, Carta a Látomo

Alimentação e paisagens agrárias

Costumes

Vestuário

Decoração

Mão-de-obra escrava

Modificações no Quotidiano

Biombo Arte nambam

Page 11: 25 - Comércio à escala mundial

“A mesa estava delicadamente ornada e coberta com toalhas da Bretanha e tela da Índia (…) Os manjares eram abundantíssimos (…) e na maior parte pouco agradáveis ao paladar, porque lhes deitavam à toa e em todos grandes quantidades de açúcar, canela, especiarias (…) Dos lados estavam dois criados vestidos de veludo preto chamados porteiros (…) O duque de Bragança (…) vinha vestido com uma capa de pano raso, abotoado o capuz com diamantes e fecho de ouro, e as bandas compridas e apresilhadas com rubis e ouro; o barrete era de veludo com fios de rubis, diamantes, pérolas e ouro; as calças eram de veludo azul-escuro agaloadas de ouro”

Relato de um mercador italiano (séc. XVI)

Page 12: 25 - Comércio à escala mundial

Modificações Vocabulário Português e Japonês

Origem Portuguesa Origem JaponesaAbóbora Bobora Banzai Banzé

Bolo Bolo Byôbu Biombo

Botão Botan Judo Judo

Católico Katorikku Kimono Quimono

Cristão Kirishitan Nippon Japão

Pão Pan Samurai Samurai

Sabão Shabon Tchá Chá

Varanda Beranda Tchawan Chávena

Page 13: 25 - Comércio à escala mundial

A expansão Ibérica possibilitou o intercâmbio de culturas e a miscigenação. O contato entre europeus, africanos, ameríndios e

orientais permitiu atroca de conhecimentos, hábitos, costumes, línguas, religiões...

A este processo chama-se aculturação.

Foi o 1º passo para a globalização.

PORTUGAL DEU NOVOS MUNDOS AO MUNDO

Aculturação

Page 14: 25 - Comércio à escala mundial

Consequências Aumento generalizado dos preços na Europa Alteração da Gastronomia (introdução do feijão,

do tomate, de frutas tropicais e generalização do uso de especiarias)

Introdução de novos hábitos (Bebidas, tabaco, drogas)

Aumento dos hábitos luxuosos como o uso de sedas, tapetes e decoração com materiais exóticos, porcelanas, etc.

Introdução da cultura europeia nos outros continentes e vice-versa (Aculturação)

Aparecimento de novos centros económicos

Page 15: 25 - Comércio à escala mundial

Lisboa

Onde chegam grandes quantidades de especiarias e, mais tarde, de açúcar do Brasil

Lisboa vê-se colocada na convergência das grandes

rotas mundiais, transformando-se num importante entreposto

comercial, científico e cultural da Europa.

Casa da Índia – controlava o comércio colonial

Page 16: 25 - Comércio à escala mundial

Sevilha

Onde afluíam grandes quantidades de metais

preciososSevilha era em finais do

século XVI um dos principais portos

castelhanos no comércio com a Inglaterra, Flandres

e Génova fundamentalmente

Casa de contratacióncontrolava o comércio colonial

Page 17: 25 - Comércio à escala mundial

Antuérpia

Portugal criou, em Antuérpia, uma feitoria portuguesa para onde enviava quase tudo que chegava a Lisboa, vindo da

Ásia.Os comerciantes espanhois instalaram-se também nesta

cidade. Os negócios das coroas ibéricas centraram-se nesta cidade que fazia a redistribuição dos produtos coloniais ibéricos.

Ao longo do século XVI, tornou-se o centro da "economia do mundo".

Page 18: 25 - Comércio à escala mundial

O COMÉRCIO À ESCALA MUNDIAL

Expansão ibérica

Mundialização da economia

Novas rotas do comércio intercontinental

América

Rotas Atlânticas

Importantes centros económicos

Produtos

Rota do Cabo Rota de Manila

África Ásia

Lisboa Sevilha Antuérpia

Política de transporte Redistribuição dos produtos

- Ouro - Escravos- Marfim- Malagueta

Rota do Extremo Oriente

- Especiarias - Tecidos de luxo- Porcelanas- Pedras preciosas- Perfumes

- Metais preciosos- Batata, Tomate- Milho maís- Frutos tropicais- Tabaco

Page 19: 25 - Comércio à escala mundial

Aculturação – Conjunto de mudanças que se processa num grupo

social ou num povo quando mantém contactos frequentes com outro(s).

Conceitos a Reter

Page 20: 25 - Comércio à escala mundial

Metas O que deves saber desta

matéria

1. Justificar a passagem a uma economia mundial.

2. Identificar as principais rotas e os produtos que circulavam em cada uma delas.

3. Identificar produtos oriundos de cada um dos continentes.

4. Avaliar o impacto dos descobrimentos nos hábitos quotidianos e na cultura das várias populações.

5. Definir aculturação.

6. Descrever o papel dos príncipais centros económicos nos séculos XV e XVI