12
FORMAÇÃO TECNOLÓGICA Rik Página 1 As Folhas - Tipos de folha e sua função fotossintética Em botânica, as folhas são órgãos das plantas especializados na captação de luz e trocas gasosas com a atmosfera para realizar a fotossíntese e respiração. Salvo raras exceções, associadas a plantas de climas áridos, as folhas tendem a maximizar a superfície em relação ao volume, de modo a aumentar tanto a área da planta exposta à luz, quanto a área da planta onde as trocas gasosas são possíveis por estar exposta à atmosfera. Espécies diferentes de plantas têm folhas diferentes, e existem vários tipos especializados de folhas, com fins diferentes dos das folhas comuns, como por exemplo as pétalas das flores. Anatomia das folhas das plantas vasculares As folhas possuem três estruturas diferentes: Bainha Estrutura que liga a folha ao caule; Pecíolo Estrutura, semelhante a um pedúnculo; e Limbo A parte laminar ou mais evidenciada da folha.

3 morfologia vegetal_folhas

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: 3 morfologia vegetal_folhas

FORMAÇÃO TECNOLÓGICA

Rik Página 1

As Folhas

- Tipos de folha e sua função fotossintética

Em botânica, as folhas são órgãos das plantas especializados na captação de luz e trocas

gasosas com a atmosfera para realizar a fotossíntese e respiração. Salvo raras exceções,

associadas a plantas de climas áridos, as folhas tendem a maximizar a superfície em

relação ao volume, de modo a aumentar tanto a área da planta exposta à luz, quanto a

área da planta onde as trocas gasosas são possíveis por estar exposta à atmosfera.

Espécies diferentes de plantas têm folhas diferentes, e existem vários tipos

especializados de folhas, com fins diferentes dos das folhas comuns, como por exemplo

as pétalas das flores.

Anatomia das folhas das plantas vasculares

As folhas possuem três estruturas diferentes:

Bainha – Estrutura que liga a folha ao caule;

Pecíolo – Estrutura, semelhante a um pedúnculo; e

Limbo – A parte laminar ou mais evidenciada da folha.

Page 2: 3 morfologia vegetal_folhas

FORMAÇÃO TECNOLÓGICA

Rik Página 2

Em algumas plantas, as folhas podem não apresentar uma ou mais destas estruturas. Do

ponto de vista da histologia, ou seja, dos tecidos e outras formações da folha, este órgão

é formado por:

Epiderme

Mesofilo

A epiderme é uma camada de células transparentes muitas vezes recoberta por uma

cutícula de um material semelhante à cera que reduz a perda de água por transpiração.

Nas plantas de climas áridos, a cutícula pode ser tão espessa que dá às folhas uma

consistência coriácea.

As trocas gasosas entre a folha e o meio ambiente são efetuadas principalmente através

de pequenos orifícios na epiderme chamados estomatos, que são formados por duas

células em forma de rim ou feijão, que podem controlar a abertura e fecho para, por

exemplo, reduzir a transpiração. Os estomatos são geralmente mais numerosos na parte

inferior da folha.

Muitas plantas apresentam ainda na epiderme (não só das folhas, mas também do caule

ou das flores) apêndices formados por tricomas, ou seja "cabelos" que podem ser uni –

ou multicelulares e podem ter origem não apenas na epiderme, mas noutros tecidos da

folha. O conjunto destes apêndices chama-se indumento. Algumas destas estruturas

podem ter funções especiais, como por exemplo, a produção de compostos químicos

que podem servir para proteger a planta contra os animais ou para os atrair (por

exemplo, para a polinização).

Page 3: 3 morfologia vegetal_folhas

FORMAÇÃO TECNOLÓGICA

Rik Página 3

O interior da folha, o mesofilo, é formado por parênquima, um tecido de células

semelhantes e muito permeáveis que possuem normalmente grande quantidade de

cloroplastos, caso em que o tecido passa a chamar-se clorênquima. A função principal

deste tecido é realizar a fotossíntese e produzir as substâncias nutritivas que

permitem a vida da planta. Este tecido pode também possuir células especializadas

na reserva de água ou outros fluidos - folhas carnudas, como as das Crassuláceas.

O mesofilo pode estar diferenciado em dois tipos diferentes de parênquima:

O tecido em paliçada, formado por células alongadas e dispostas

transversalmente à superfície da folha, para lhe dar consistência; e

O tecido esponjoso, formado por células mais arredondadas.

Os canais dos estomas atravessam a paliçada e terminam no tecido esponjoso.

A cor das folhas pode variar, de acordo com os pigmentos existentes nas suas células.

Estas diferentes colorações podem ser características da própria espécie ou ser causadas

por vírus ou ainda por deficiências nutritivas. Nos climas temperados e boreais, as

folhas de muitas espécies podem mudar de coloração com as estações do ano e soltar-se

(morrer) – folhas caducas ou decíduas – na época em que existe menos luz e em que a

temperatura é baixa; a planta sem folhas irá passar o inverno num estado de

metabolismo reduzido, alimentando-se das reservas nutritivas que tiver acumulado.

No interior das folhas das plantas vasculares existem ainda nervuras onde se encontram

os canais por onde circula a seiva – os tecidos vasculares, o xilema e o floema.

Page 4: 3 morfologia vegetal_folhas

FORMAÇÃO TECNOLÓGICA

Rik Página 4

Forma das folhas das plantas vasculares

A forma das folhas é geralmente característica das espécies, embora com grandes

variações. As formas típicas de folha das plantas vasculares são:

Arredondada ou sub-circular;

Obovada (quando a parte mais estreita da lâmina foliar se encontra perto do

pecíolo ou da bainha);

Ovada (quando a parte mais larga se encontra perto do pecíolo ou da bainha);

Page 5: 3 morfologia vegetal_folhas

FORMAÇÃO TECNOLÓGICA

Rik Página 5

Lanceolada – em forma de lança;

Acicular – em forma de agulha;

Alongada – como as folhas das gramíneas ou capins.

A forma da margem também mostra algumas variantes:

Lisa – como as folhas do cafeeiro;

Dentada – como a folha das roseiras;

Crenada – o oposto de dentada;

Lobada – dividida em lobos;

Fendida – como as folhas do sobreiro; ou

Partida ou secta – em que a divisão do limbo chega até à nervura central.

A lâmina das folhas também pode encontrar-se dividida em Pinas ou pínulas subiguais -

folhas compostas ou recompostas, como são os casos das folhas (frondes) dos fetos ou

das palmeiras. Nestes casos também se usa a notação:

1-pinada – sem divisões ou folha inteira;

2-pinada – dividida em Pinas, como no Polipódio;

3-pinada (igual a "recomposta"); etc.

Nestes casos, o eixo da folha, ou seja, a nervura central pode ser mais grossa, formando

um ráquis.

As folhas compostas também podem ser palmiformes, quando as Pinas saem todas do

mesmo pecíolo (como na mandioca).

Page 6: 3 morfologia vegetal_folhas

FORMAÇÃO TECNOLÓGICA

Rik Página 6

Formas de inserção das folhas das plantas vasculares

Filotaxia:

A -Alternadas

b – Opostas cruzadas

c – Opostas dísticas

d – Verticiladas.

Agulhas de pinheiro Folhas alaranjadas

Quanto à sua inserção no caule, as folhas podem ser:

Alternadas (uma folha por nó), com duas opções:

o Oposto-cruzada (rotação 90 °), e

o Oposto-dística (não girada);

Opostas (duas folhas saindo do mesmo nó);

Verticiladas (várias folhas saindo do mesmo nó ou verticilo);

Em roseta (várias folhas saindo da extremidade dum caule, como na Gerbera).

Page 7: 3 morfologia vegetal_folhas

FORMAÇÃO TECNOLÓGICA

Rik Página 7

Outras classificações das folhas

Quanto à situação:

o Aérea;

o Aquática;

o Subterrânea.

Quanto a consistência:

o Membranácea;

o Coriácea;

o Crassa.

1 – Flor – da - Páscoa, folha – de - sangue, e poinsétia, a

euphorbia é um arbusto semi-lenhoso

Page 8: 3 morfologia vegetal_folhas

FORMAÇÃO TECNOLÓGICA

Rik Página 8

2-Medronheiro (Couro)

3- Tabernaemontana crassa.

Quanto ao posicionamento de suas nervuras:

o Ramificadas (ex. folha da macieira);

o Paralelas (ex. folha do milho).

Nervuras ramificadas Nervuras paralelas

Quanto a coloração:

o Maculada;

o Bicolor;

o Variegada;

o Listrada;

o Concolor.

Adaptações especiais das folhas

Algumas plantas, como os catos, têm as folhas transformadas em espinhos; são os

caules, carnudos e achatados, que exercem a função fotossintética.

Page 9: 3 morfologia vegetal_folhas

FORMAÇÃO TECNOLÓGICA

Rik Página 9

As folhas dos caules subterrâneos, como na cebola, podem estar transformados em

órgãos de reserva de nutrientes.

O caso mais extremo parece ser das plantas carnívoras, em que a folha está

transformada numa armadilha, como se de um predador se tratasse.

Função Clorofilina; Fotossíntese ou Cloracarbonização.

A luz solar é a fonte primária de toda a energia que mantém a biosfera de nosso planeta.

Por meio da fotossíntese, as plantas, algas e alguns tipos de bactérias convertem a

energia física da luz solar em energia química, e esse processo é essencial para a

manutenção de todas a formas de vida aqui existentes.

A fotossíntese pode ser definida como um processo físico-químico, mediante o qual os

organismos fotossintéticos sintetizam compostos orgânicos a partir de matéria-prima

inorgânica, na presença de luz solar. O processo fotossintético das plantas ocorre nos

cloroplastos e resulta na libertação de oxigénio molecular (o) e na captura de dióxido

de carbono da atmosfera (CO2), que é utilizado para sintetizar carbonatos (Figura 1).

Figura 1. Esquema simplificado da fotossíntese

A fotossíntese pode ser representada pela seguinte equação empírica:

CO2 + H2O + Energia luminosa =====> [CH2O] + O2 + H2O

em que, [CH2O] representa carbonato (açúcares). A síntese de carbonatos a partir de

dióxido de carbono e água requer um grande ingresso de energia. A energia livre para a

redução de um mol de CO2 até o nível de glicose é de 478 kJ mol-1.

Page 10: 3 morfologia vegetal_folhas

FORMAÇÃO TECNOLÓGICA

Rik Página 10

A fotossíntese é um processo muito complexo que compreende muitas reações físicas e

químicas, que ocorrem de maneira coordenada em sistemas de proteínas, pigmentos e

outros compostos associados a membranas. Em geral, o processo fotossintético é

analisado em duas etapas interdependentes e simultâneas: 1) a etapa fotoquímica,

antigamente chamada de fase "luminosa" e 2) a etapa química, também chamada de

ciclo fotossintético redutivo do carbono, antigamente chamada de fase "escura".

Os produtos primários da etapa fotoquímica são o ATP e o NADPH2. Nessa etapa,

também ocorre a liberação do oxigénio, como subproduto da dissociação da molécula

da água. A etapa química da fotossíntese é uma etapa basicamente enzimática, na qual o

CO2 é fixado e reduzido até carbonatos, utilizando o NADPH2 e o ATP produzidos na

etapa fotoquímica (Figura 2).

Todas as plantas e animais respiram e por meio desse processo que ocorre no citoplasma

e mitocôndrios, os carbonatos e outros constituintes celulares são convertidos em

dióxido de carbono e água com a liberação de energia. Assim, a fotossíntese e a

respiração são processos importantes na regulação dos teores de oxigénio e dióxido de

carbono da atmosfera terrestre.

2. Cloroplastos: Estrutura e Organização e função

Nas plantas, o processo fotossintético ocorre dentro dos cloroplastos, que são plastídeos

localizados em células especializadas das folhas (células do mesofilo paliçádico e do

mesofilo lacunoso). O número de cloroplastos por célula varia de um a mais de cem,

dependendo do tipo de planta e das condições de crescimento. Os cloroplastos têm

forma discóide com diâmetro de 5 a 10 micras, limitado por uma dupla membrana

Page 11: 3 morfologia vegetal_folhas

FORMAÇÃO TECNOLÓGICA

Rik Página 11

(externa e interna). A membrana interna atua como uma barreira controlando o fluxo de

moléculas orgânicas e íons dentro e fora do cloroplasto. Moléculas pequenas como CO2,

O2 e H2O passam livremente através das membranas do cloroplasto.

Endereços de referencia:

Page 12: 3 morfologia vegetal_folhas

FORMAÇÃO TECNOLÓGICA

Rik Página 12

http://pt.wikipedia.org/wiki/Folha

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/folha/folhas-3.php

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAUfwAC/fotossintese