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José Saramago José Saramago

6. sequências narrativas

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Memorial do Convento

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José SaramagoJosé Saramago

Sequências NarrativasSequências Narrativas

Parte/

CapítuloSequências Narrativas

I

Relação Rei/Rainha e a promessa da construção do Convento

em Mafra

•Apresentação do propósito da construção do convento;

•Narração irónica /satírica das motivações desta intenção:

promessa do rei, D. João V, de construir um convento caso a

esposa, D. Maria Ana Josefa, lhe desse um herdeiro destas

motivações;

•Sonhos do casal régio com a futura descendência.

Parte/

CapítuloSequências Narrativas

II

Os milagres conseguidos pelos franciscanos e o seu desejo na

construção do convento

•«o célebre caso da morte de Frei Miguel da Anunciação» que

conservara o corpo intacto; a locomoção da imagem de Santo

António, numa janela, que assustou os ladrões; a recuperação das

lâmpadas do convento de S. Francisco, que tinham sido roubadas…

•Gravidez da Rainha;

•O desejo dos Franciscanos desde 1624 de possuírem um convento

Parte/

CapítuloSequências Narrativas

III

A situação socioeconómica: excesso de riqueza/extrema pobreza

•Excessos do Entrudo e Penitência na Quaresma;

•A impostura de alguns penitentes que «têm os seus amores à janela

e vão na procissão menos por causa da salvação da alma do que por

passados ou prometidos gostos do corpo».

•Falsa devoção das mulheres que, com a liberdade de percorrerem as

igrejas sozinhas, aproveitavam, muitas vezes, para encontros com os

amantes;

•A situação da rainha que, grávida, só podia sonhar com o cunhado,

D. Francisco;

•A sátira a “mais uns tantos maridos cucos…”.

Parte/

CapítuloSequências Narrativas

IV

Baltasar Sete-Sóis regressa da guerra maneta

•O passado «heróico» de Baltasar Mateus, que perde a mão

esquerda nas lutas de Olivença;

•A viagem até Lisboa por Évora, Montemor, Pegões e Aldegalega,

matando um ladrão que tenta assaltá-lo

•Em Lisboa, anda pela ribeira, pelo Terreiro do Paço, pelo Rossio, por

bairros e praças, juntando-se a outros mendigos

•Com João Relvas vai passar a noite «num telheiro abandonado»

onde «…falaram de crimes acontecidos…»

Parte/

CapítuloSequências Narrativas

V

O auto-de-fé no Rossio e o conhecimento travado entre Baltasar, Blimunda e o padre Bartolomeu•A rainha D. Maria Ana, no quinto mês da gravidez, não pode assistir ao auto-de-fé.•Descrição de um auto-de-fé e os condenados pelo Santo Ofício.•A mãe de Blimunda, Sebastiana de Jesus, acusada de ser feiticeira e cristã-nova, condenada «a ser açoitada em público e a oito anos de degredo no reino de Angola».•O encontro com o padre Bartolomeu e Baltasar•O convite de Blimunda para Baltasar permanecer em sua casa até voltar a Mafra.•O ritual do casamento e a consumação do amor entre Baltasar e Blimunda.

Parte/ Capítulo

Sequências Narrativas

VI

O padre Bartolomeu Lourenço e a “máquina voadora”

•O trigo holandês para saciar Lisboa.

•Experiências da “máquina de voar” em S. Sebastião da

Pedreira, numa quinta do duque de Aveiro;

•A aceitação de Baltasar para ser ajudante do padre

Bartolomeu.

Parte/

CapítuloSequências Narrativas

VII

O nascimento da filha de D. João V e de D. Maria Bárbara

•Apesar de alguma deceção, uma vez que não se trata de

um filho varão, o rei mantém a promessa de elevar o

convento.

Parte/

CapítuloSequências Narrativas

VIII

• O mistério de Blimunda que come o pão de olhos

fechados e possui o poder de olhar por dentro das

pessoas.

• Nascimento do segundo filho de D. João V, o infante D.

Pedro

• Escolha do alto da Vela, em Mafra, para edificar o

convento

Parte/

CapítuloSequências Narrativas

IX

• Mudança de Baltasar e Blimunda para a abegoaria na quinta do

duque de Aveiro, em S. Sebastião da Pedreira para ficarem

junto da passarola.

• Continuação da construção da passarola voadora pelo padre

Bartolomeu Lourenço e por Baltasar e Blimunda.

• O padre Bartolomeu Lourenço parte para a Holanda, enquanto

Baltasar regressa a Mafra, a casa dos pais, acompanhado por

Blimunda

• Tourada no Terreiro do Paço com Baltasar e Blimunda na

assistência, antes de partirem para Mafra.

• Partida para Mafra de Blimunda e Baltasar.

Parte/

CapítuloSequências Narrativas

X

• Ao chegar a casa da família em Mafra, Baltasar, acompanhado de Blimunda, é recebido por sua mãe enquanto o pai trabalhava no campo.

• Baltasar fica a saber que o pai vendeu a el-rei uma terra que tinha na Vela para a construção do convento.

• A única irmã de Baltasar e o marido conhecem a «nova parenta»• Morte do infante D. Pedro, que vai a enterrar em S. Vicente de Fora.• Baltasar vai visitar as obras do convento e passa a ajudar o pai no

campo.• Nascimento do infante D. José, terceiro filho da rainha• Doença do rei, enquanto o seu irmão D. Francisco tenta a

cunhada, revelando à rainha o interesse em tornar-se seu marido• Ida de D. João V para Azeitão para «curar os seus achaques».• Apesar da recuperação da saúde do rei, D. Maria Ana continua os

sonhos com o cunhado.

Parte/

CapítuloSequências Narrativas

XI

Regresso do padre Bartolomeu Lourenço, que deseja que Blimunda

consiga armazenar éter composto de “vontades”

•Bartolomeu é recebido em casa do pároco de Mafra, Francisco

Gonçalves, perto da casa de Baltasar.

•Em conversa com Blimunda e Baltasar, fala-lhes da descoberta na

Holanda de que o éter se encontrava na «vontade» de cada um.

•O padre pede a Blimunda que olhe para dentro das pessoas e

encontre essa «vontade» que é como uma nuvem fechada

•Bartolomeu Lourenço pede a Blimunda que recolha as vontades com

o seu dom.

Parte/

CapítuloSequências Narrativas

XII

• Em Mafra, Blimunda comunga em jejum, pela primeira vez, e vê na hóstia «uma nuvem fechada».

• O padre Bartolomeu pede por carta a Baltasar e Blimunda que regressem a Lisboa.

• Uma tempestade, «comparável ao sopro do Adamastor» destruiu a igreja de madeira, construída especialmente para a cerimónia da inauguração dos alicerces, mas foi reerguida em dois dias, o que passou a ser visto como um milagre.

• Inauguração da primeira pedra do convento, a 17 de Novembro de 1717

• 17 de Novembro de 1717: procissão e inauguração da primeira pedra.• Regresso de Baltasar e Blimunda a Lisboa, onde começam a

trabalhar na passarola• Reflexão do narrador sobre o amor «das almas, dos corpos e das

vontades».

Parte/

CapítuloSequências Narrativas

XIII

•Baltasar e Blimunda constroem a forja.

•O padre Bartolomeu diz a Blimunda que são precisas pelo menos duas

mil «vontades».

•8 de Junho de 1719: a procissão do Corpo de Deus.

•Enumeração dos participantes e descrição com comentários irónicos.

•Monólogos cheios de sarcasmo do patriarca e de el-rei.

Parte/

CapítuloSequências Narrativas

XIV

• O padre Bartolomeu regressa de Coimbra, «doutor em cânones».

• O músico Scarlatti, napolitano de 35 anos, que ensina a infanta

D. Maria Bárbara, toma conhecimento do projeto da passarola

• Diálogo entre Bartolomeu e Scarlatti sobre o poder extraordinário

da música e a essência da verdade.

• O padre revela o seu segredo ao músico e apresenta-lhe a

«trindade terrestre» (ele, Sete-Sóis e Sete-Luas) e revela-lhe o seu

segredo .

• O padre Bartolomeu Lourenço prepara um sermão para a festa do

Corpo de Deus questionando os fundamentos da trindade divina.

Parte/

CapítuloSequências Narrativas

XV

•Bartolomeu pede a Blimunda que aproveite a ocasião da epidemia da

cólera e da febre amarela para recolher as vontades que se libertam

do peito dos moribundos.

•Depois de cumprida a tarefa Blimunda fica doente.

•Ao toque de cravo de Scarlatti Blimunda recupera a sua saúde.

•Com as vontades recolhidas e a máquina de voar pronta, o padre

Bartolomeu precisa de avisar el-rei.

Parte/

CapítuloSequências Narrativas

XVI

• O duque de Aveiro recupera a Quinta de S. Sebastião da Pedreira, pois ganha a demanda com a coroa.

• A concretização da viagem da passarola voadora, com o padre Bartolomeu, Baltasar e Blimunda

• O padre Bartolomeu descobre que o Santo Ofício já estava à sua procura.• Os três, depois de retirarem o telhado da abegoaria e colocarem tudo o que

possuem dentro da máquina, decidem levantar voo.• Scarlatti, que chegara a tempo de ver a máquina subir, senta-se ao cravo e toca

uma música, antes de atirar o instrumento para o poço.• Os três sobrevoam a vila de Mafra, mas, com dificuldades de navegação por falta

de vento, têm de aterrar.• O padre Bartolomeu, por emoção ou medo, tenta incendiar a máquina mas é

impedido por Baltasar e Blimunda.• O padre parte sozinho, mata adentro.• Blimunda e Baltasar escondem a máquina sob a ramagem e partem na mesma

direção (Monte Junto).• Chegam a Mafra dias depois, quando uma procissão celebra o milagre que

julgavam ser uma aparição do Espírito Santo e que mais não era que a máquina voadora.

Parte/

CapítuloSequências Narrativas

XVII

• Baltasar inicia o seu trabalho de carreiro nas obras do convento.

• O andamento das obras do convento.

• Notícias do terramoto de Lisboa.

• Dois meses depois de ter chegado a Mafra regresso de Baltasar a

Monte Junto, onde haviam deixado a máquina de voar.

• Manutenção da máquina.

• Domenico Scarlatti em casa do visconde.

• Conversa às escondidas entre Scarlatti e Blimunda.

• Scarlatti anuncia a morte do Voador “Vim-te dizer, e a Baltasar,

que o padre Bartolomeu de Gusmão morreu em Toledo… dizem

que louco…”.

Parte/

CapítuloSequências Narrativas

XVIII

Caracterização dos gastos reais e dos trabalhadores em Mafra

Visão irónica e depreciativa de Portugal.

•Demonstração dos esforços colossais e vítimas causadas pela

construção do convento.

•Outros relatos de histórias pessoais dos trabalhadores: Francisco

Marques, José Pequeno, Joaquim da Rocha, Manuel Milho, João

Anes e Julião Mau-Tempo.

Parte/

CapítuloSequências Narrativas

XIX

Baltasar torna-se boieiro e participa no carregamento da pedra do altar

(Benedictione), verificando-se, durante o transporte, o esmagamento

de um trabalhador

•Baltasar torna-se boeiro através da ajuda de José Pequeno;

•Participa no transporte da pedra de Pêro Pinheiro: “Entre Pêro Pinheiro

e Mafra gastaram oito dias completos. Quando entraram no terreiro…

toda a gente se admirava com o tamanho desmedido da pedra, tão

grande. Mas Baltasar murmurou olhando a basílica, tão pequena.”;

•Morte do trabalhador Francisco Marques esmagado sob o peso de um

dos muitos carros de bois que transportavam a enorme pedra.

Parte/

CapítuloSequências Narrativas

XX

Baltasar e Blimunda renovam a máquina voadora em Monte Junto

•Blimunda acompanha Baltasar ao Monte Junto. Depois de lá

passarem a noite, Blimunda, ainda em jejum, procura certificar-se

de que as vontades ainda estavam guardadas dentro das esferas.

•Renovação da máquina de voar em Monte Junto.

•Viagem de regresso.

•Morte de João Francisco, pai de Baltasar.

Parte/ Capítulo

Sequências Narrativas

XXI

• D. João V manifesta o desejo de construir em Portugal uma basílica como a

de S. Pedro em Roma.

• Chama o arquiteto João Francisco Ludovice (ou Ludwig) para executar tal

tarefa, mas este diz-lhe que o rei não viveria o suficiente para ver a obra

concluída.

• O rei megalómano decide ampliar o projeto do convento de 80 para 300

frades;

• Com «medo de morrer», D. João V decide que a sagração da basílica de

Mafra se fará em 22 de Outubro de 1730, data do seu aniversário (ano de

1730 uma vez que seria o único ano em que o seu aniversário calharia ao

domingo);[41 anos]

• Recrutamento em todo o reino de operários para Mafra, que são

escolhidos como tijolos.

Parte/ Capítulo

Sequências Narrativas

XXII

Casamentos da infanta Maria Bárbara com o príncipe Fernando VI

de Espanha e do príncipe D. José com a infanta espanhola Mariana

Vitória

•Esta “troca de princesas”, em 1729, une as famílias reais de

Portugal e Espanha;

•Viagem ao rio Caia para levar a princesa Maria Bárbara e trazer

Mariana Vitória.

•Um grupo de pedintes acompanha a comitiva até à fronteira.

•A cerimónia do casamento é acompanhada pela música de

Domenico Scarlatti.

Parte/ Capítulo

Sequências Narrativas

XXIII

Baltasar vai sozinho ao Monte Junto para reparar a passarola e,

inesperadamente, quando entrou nela ela levantou voo, desaparecendo•Transporte de várias estátuas de santos para Mafra.•A viagem de trinta noviços, do convento de S. José de Ribamar, em

Algés, para Mafra.••Baltasar vai ao Monte Junto, sozinho, para verificar o estado da

passarola; •A máquina inesperadamente levanta voo quando Baltasar lá entra para

a reparar: sem intenção, Baltasar rasga os panos que tapavam as esferas

“Baltasar viu os panos arredarem-se para o lado com estrondo, o sol

inundou a máquina, brilharam as bolas de âmbar e as esferas. A

máquina rodopiou duas vezes, despedaçou, rasgou os arbustos que a

envolviam, e subiu. Não se via uma nuvem no céu.”

Parte/ Capítulo

Sequências Narrativas

XXIV

• Em Mafra há a sagração do convento, em 22 de Outubro de

1730;

• Blimunda inquieta e angustiada procura incessantemente o seu

homem;

• Usa o espigão de Baltasar para evitar ser violada por um frade.

Parte/ Capítulo

Sequências Narrativas

XXV

Durante 9 anos Blimunda procura Baltasar e vai encontrá-lo em Lisboa a ser queimado num auto-de-fé. Quando Baltasar está para morrer, a sua “vontade” desprende-se e é recolhida dentro do peito de Blimunda.•Sete-Luas procurou Baltasar por todos os lados “Durante nove anos, Blimunda procurou Baltasar. Conheceu todos os caminhos do pó e da lama, a branda areia, a pedra aguda, tantas vezes a geada rangente e assassina, dois nevões de que só saiu viva porque ainda não queria morrer”.•Em 1739, “onze supliciados”, entre eles António José da Silva, o Judeu, estão prestes a ser queimados na fogueira;•Baltasar é um dos condenados: “Naquele extremo arde um homem a quem falta a mão esquerda”. Após reconhecer o seu amado Blimunda viu que “uma nuvem fechada está no centro do seu corpo. Então Blimunda disse, Vem.”

Disciplina: PortuguêsProf.ª: Helena Maria Coutinho