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MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL - MI SUPERINTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA - SUDAM ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS - OEA PROJETO DE AÇÕES INTEGRADAS PARA O PLANEJAMENTO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA AMAZÔNIA PRODESAM CONTRATO CPR - 221.072 PLANO REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA - PRDA PORTFÓLIO DE PROJETOS ESTRATÉGICOS PRDA 2012-2015 PROGRAMA ESTRUTURANTE - SAÚDE Projeto - Rondon da Amazônia Versão Preliminar Belém Março-2012

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MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL - MI

SUPERINTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA - SUDAM ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS - OEA

PROJETO DE AÇÕES INTEGRADAS PARA O PLANEJAMENTO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA AMAZÔNIA – PRODESAM

CONTRATO CPR - 221.072

PLANO REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA - PRDA

PORTFÓLIO DE PROJETOS ESTRATÉGICOS – PRDA 2012-2015

PROGRAMA ESTRUTURANTE - SAÚDE

Projeto - Rondon da Amazônia

Versão Preliminar

Belém

Março-2012

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Sumário

1 ESPACIALIZAÇÃO DO PROJETO .................................................................................................. 2

2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................................... 4

3 OBJETIVO DO PROJETO ................................................................................................................. 5

4 RESULTADOS ESPERADOS ........................................................................................................... 5

5 METAS .................................................................................................................................................. 6

6 INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E FONTES DE INFORMAÇÃO............................. 6

7 METODOLOGIA ................................................................................................................................ 10

8 PRESSUPOSTOS/RISCOS ............................................................................................................ 11

9 CRONOGRAMA ................................................................................................................................ 11

10 RECURSOS FINANCEIROS E FONTES DE FINANCIAMENTO .......................................... 11

11 PARCERIAS ESTRATÉGICAS/MODELO DE GESTÃO ......................................................... 14

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................... 18

Relação de Quadros

Quadro 1 Regiões socialmente mais vulneráveis da Amazônia e municípios-alvo do projeto. . 2

Quadro 2 Fonte de Recursos dos Planos Plurianuais dos Estados e União Relacionados aos

Projetos Estratégicos .............................................................................................................................. 13

Relação de Figuras

Figura 1 Vulnerabilidade em Saúde na Amazônia por Mesorregião, utilizando o Índice FIRJAN 2009 ........................................................................................................................................... 3

Figura 2 Vulnerabilidade em Saúde na Amazônia por Mesorregião, utilizando o Índice FIRJAN 2009 ........................................................................................................................................... 3

Figura 3 Organograma da estrutura de governança do PRDA ....................................................... 17

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Programa Saúde -. Projeto: Rondon Amazônia

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1 ESPACIALIZAÇÃO DO PROJETO

As ações do Projeto Rondon Amazônia, no período 2012-2015, serão

realizadas nas comunidades dos municípios amazônicos pertencentes às

mesorregiões socialmente mais vulneráveis da Amazônia brasileira. O indicador

utilizado para determinar as mesorregiões mais vulneráveis foi o Indicador de Saúde

do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal referente ao ano de 2010,

priorizando-se no máximo duas mesorregiões que estão abaixo da média amazônica

por estado no índice referido.

Assim, de acordo com o critério referido acima foram priorizadas as seguintes

regiões: Acre: Vale do Juruá; Amazonas: Norte Amazonense e Sul Amazonense;

Amapá: Sul e Norte do Amapá; Maranhão: Oeste maranhense; Pará: Marajó e

Nordeste Paraense e Roraima: Norte de Roraima. Em cada estado serão objeto das

ações do projeto comunidades de três municípios selecionados segundo o critério já

exposto, conforme tabela abaixo:

Quadro 1 Regiões socialmente mais vulneráveis da Amazônia e municípios-alvo

do projeto.

ESTADO MESORREGIÃO MUNICÍPIOS-ALVO

AMAPÁ Norte do Amapá

Sul do Amapá

Oiapoque e Calçoene

Laranjal do Jarí

PARÁ Marajó

Nordeste Paraense

Soure, Breves

Bragança

TOCANTINS Oriental do Tocantins Porto Nacional, São Félix

do Tocantins e Almas

MARANHÃO Oeste Maranhense Imperatriz, Santa Luzia e

Açailândia

AMAZONAS Norte Amazonense

Sul Amazonense

São Gabriel da Cachoeira

Humaitá e Lábrea

RORAIMA Sul de Roraima Caracaraí, Iracema e

Rorainópolis

ACRE Vale do Juruá Cruzeiro do Sul, Tarauacá

e Feijó

MATO GROSSO Nordeste Matogrossense Barra do Garças

RONDÔNIA Madeira-Guaporé Guajará-Mirim

Fontes: IBGE; FIRJAN.

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Figura 1 Vulnerabilidade em Saúde na Amazônia por Mesorregião,

utilizando o Índice FIRJAN 2009

Fonte: Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – FIRJAN

Figura 2 Vulnerabilidade em Saúde na Amazônia por Mesorregião,

utilizando o Índice FIRJAN 2009

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2 JUSTIFICATIVA

2.1 Breve Histórico

Com o objetivo de levar a juventude universitária a conhecer a realidade do

país, em todas as suas dimensões, continental, multicultural e multirracial, além de

proporcionar aos estudantes universitários a oportunidade de contribuir para o

desenvolvimento social e econômico do Brasil, foi criado em 1966 o Projeto Rondon,

que teve o nome inspirado no trabalho do Marechal Cândido Mariano da Silva

Rondon.

Os primeiros estudantes seguiram para Rondônia em 1967, para trabalhar em

beneficio da Região Norte do País. O projeto seguiu desenvolvendo suas atividades

até ser desativado em 1989.

O projeto só voltou a ser discutido, a partir de demanda feita pela União

Nacional dos Estudantes ao Presidente da República em novembro de 2003. Com o

intuito de viabilizar a proposta apresentada, criou-se, em março de 2004, um Grupo

de Trabalho Interministerial, que estabeleceu as diretrizes e objetivos do Projeto e

definiu a sistemática de trabalho. Em janeiro de 2005, o Projeto Rondon foi

relançado em Tabatinga, município do Estado do Amazonas.

2.2 Foco na Saúde

A nova versão do projeto tem como finalidade levar estudantes de ensino

superior às regiões brasileiras menos favorecidas, dando-lhes a oportunidade de

conhecerem outras realidades, socializarem o conhecimento aprendido em sala de

aula e, através da interação com as comunidades, contribuírem para o bem-estar

das populações locais, e, simultaneamente, consolidar a formação dos universitários

como cidadãos.

A Amazônia brasileira é reconhecidamente uma das regiões menos

favorecidas do país, com enorme deficiência no atendimento de serviços essenciais,

tais como saúde pública, convivendo freqüentemente com problemas como falta de

profissionais (médicos, enfermeiros, etc) e equipamentos adequados para

atendimento. Estas dificuldades podem em parte ser explicadas por fatores como: as

grandes distâncias encontradas entre as comunidades e a sede dos municípios, as

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condições precárias de estradas, a temperatura e clima da região, entre outras, que

favorece o aparecimento de doenças tais como dengue, malária, etc.

Desta forma, a potencialização das ações de saúde do Projeto Rondon em

áreas que apresentem maiores índices de pobreza e exclusão social que possa

contar com uma colaboração ainda mais efetiva dos governos estaduais poderia,

além de auxiliar na troca de experiências entre estudantes e comunidade, promover

a capacitação de agentes de saúde locais em assuntos de interesse dos municípios

atendidos, como: saúde da família, educação sexual de jovens e adolescentes,

doenças endêmicas, prevenção do uso de álcool e de drogas, além de projetos e

atividades que promovam a cidadania e o bem-estar social dessas comunidades.

3 OBJETIVO DO PROJETO

Contribuir para a formação do universitário como cidadão, estimulando a

produção de projetos coletivos locais, em parceria com as comunidades assistidas,

socializando conhecimento, técnicas, práticas e oferta de serviços básicos de

medicina e saúde preventiva para populações de comunidades amazônicas

socialmente mais vulneráveis.

4 RESULTADOS ESPERADOS

Comunidades dos municípios amazônicos socialmente mais vulneráveis atendidas.

Programas interinstitucionais de prevenção de saúde desenvolvidos e

implementados.

Agentes de Saúde das secretarias de saúde dos municípios-alvo capacitados em

Atenção primária.

Mortalidade infantil reduzida nas comunidades-alvo.

Saúde materna melhorada nas comunidades-alvo do projeto;

Profissionais de vigilância epidemiológica e controle de endemias para o

enfrentamento de doenças como malária, dengue e febre amarela capacitados

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5 METAS

Realizar 2 visitas anuais em comunidades de três municípios das regiões

socialmente mais vulneráveis da Amazônia, a partir do ano 2, sendo a 1ª de

diagnóstico e a 2ª de intervenção, pertencentes às regiões socialmente mais

vulneráveis da Amazônia, para os estados com regiões socialmente vulneráveis

abaixo da média, e 4 visitas para os estados de Mato Grosso e Rondônia, totalizando

46 visitas, 16 no ano 3 e 14 no ano 4, em 23 municípios;

Reduzir em 60% o número de óbitos/mil habitantes para crianças de até 1 ano;

Reduzir em 80% o número de óbitos/mil habitantes para crianças de até 5 anos;

Reduzir em 80% o número de óbitos/100 mil nascidos vivos;

Reduzir em 80% a taxa de mortalidade materna;

Reduzir em 80% a taxa de incidência de Aids;

Reduzir em 80% a taxa de incidência de Malária, Dengue e Leishmaniose;

Reduzir em 90% a taxa de incidência de Tuberculose.

6 INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E FONTES DE INFORMAÇÃO

6.1 Taxa de Mortalidade Infantil

A taxa de mortalidade infantil é definida como a relação entre o número de

óbitos de crianças menores de um ano ocorrido em determinado período, em

determinada região, e o número de nascidos vivos no mesmo período e região. Ela

permite estimar o risco de morte dos nascidos vivos no primeiro ano de vida.

TMI = OInfantil t x1000

CrNascVivast

Onde:

TMI =Taxa de mortalidade infantil

OInfantil t = Número de óbitos de crianças menores de um ano no período (T)

CrNascVivast = Número de crianças nascidas vivas no período (T)

Fonte de informação: DATASUS

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6.2 Taxa de Mortalidade da Infância (de menores de 5 anos)

A taxa de mortalidade da infância, também conhecida como mortalidade

infantil abaixo de 5 anos, é a razão entre o número de óbitos de crianças menores

de cinco anos ocorridos em um determinado período, em uma dada região, e a

população com idade entre 0 e 4 anos de idade na mesma região, considerado igual

período. Esta taxa permite estimar o risco de morte nos primeiros cinco anos de

vida.

TMInfancia = Oinfanciat x1000

PopInfanciat

Onde:

TMInfancia = Taxa de mortalidade da infância

OInfanciat = Número de óbitos de crianças menores de cinco anos no período (T)

PopInfanciat = População no grupo etário 0 a 4 anos no meio período (T)

Fonte de informação: DATASUS

6.3 Taxa de Mortalidade Materna

A taxa de mortalidade materna é definida como o número de óbitos femininos

por causas maternas por 100 mil nascidos vivos na população residente em

determinado espaço geográfico, no ano considerado

TMM = OMaternot x100.000

CrNascVivast

Onde:

TMM = Taxa de mortalidade materna

OMaternot = Número de óbitos mulheres residentes por causas e condições consideradas de óbito materno no período (T)

CrNascVivast = Número de crianças nascidas vivas de mães residentes, em determinado espaço geográfico, no período (T)

Fonte de informação: DATASUS

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6.4 Proporção de Partos Assistidos por Profissionais de Saúde Qualificados

O DATASUS não tem dados disponíveis para todos os tipos de partos

efetuados por pessoal qualificado no Brasil. Para estimar essa variável utiliza-se

uma aproximação através da relação entre partos realizados em hospital e o total de

partos registrados. Assim, calcula-se o percentual de partos hospitalares em relação

ao total de partos registrados na população residente, em determinado espaço

geográfico e no ano considerado.

PPHosp = NascVivosHospt x100

CrNascVivasPInf t

Onde:

PPHosp= Percentual de partos hospitalares

NascVivosHospt = Número de crianças nascidas vivas de parto hospitalar de mães

residentes no período (T)

CrNascVivasPInf = Número de crianças nascidas vivas de mães residentes, em

determinado espaço geográfico, com local de parto informado no período (T)

Fonte de informação: DATASUS

6.5 Taxa de Mortalidade Ligada à Malária

A taxa de mortalidade ligada à malária é definida como o número de óbitos ligados à malária expresso pelo número total de óbitos em 100 mil habitantes na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.

TMMal = OMalt x100.000

OTot t

Onde:

TMMal = Taxa de mortalidade de malária

OMalt = Número de óbitos de residentes por malária no período (T)

OTot t = Número total de óbitos em residentes no período (T)

Fonte de informação: DATASUS

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6.6 Taxa de Incidência de Tuberculose

A taxa de incidência é a contagem de todos os novos casos de tuberculose registrados nas unidades de saúde, por 100.000 habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.

TIT = NTubt x100.000

Popt

Onde:

TIT = Taxa de incidência da tuberculose

NTubt = Número de novos casos de tuberculose registrados em atendimentos no

sistema de saúde no período (T)

Popt = Número total de residentes no período (T)

Fonte de informação: DATASUS

6.7 Taxa de Mortalidade Ligada à Tuberculose

A taxa de mortalidade ligada à tuberculose é definida como o número de óbitos ligados à tuberculose por número total de óbitos em 100 mil habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.

TMT = OTubt x100.000

OTott

Onde:

TMT = Taxa de mortalidade por tuberculose

OTubt = Número de óbitos de residentes por tuberculose no período (T)

OTot t = Número total de óbitos em residentes no período (T)

Fonte de informação: DATASUS

taxa de incidência de Aids

taxa de incidência de Leishmaniose

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7 METODOLOGIA

Será elaborado um termo de cooperação entre a SUDAM e as instituições

parceiras: Ministério da Defesa, Universidades amazônicas, Ministério da Integração,

Ministério da Saúde, Ministério da Educação, BNDES, Banco da Amazônia, entre

outras, onde constará a atribuição de cada instituição na elaboração e

implementação dos planos de ação para cada município-alvo do projeto.

As atividades principais e estruturantes do projeto constarão de duas visitas

quinzenais por ano, de equipe multidisciplinar (estudantes do último ano de

medicina, odontologia, assistência social, psicologia, nutrição, farmácia e engenharia

sanitária, além de dois professores coordenadores por equipe) nas comunidades

dos municípios selecionados.

O Projeto Rondon Amazônia deverá ser implantado de forma progressiva, e

com acompanhamento das instituições de ensino e governos estaduais, sempre

respeitando as especificidades de cada região, podendo assim, adotar diferentes

estratégias de abordagem.

O projeto priorizará comunidades consideradas mais vulneráveis e com

índices sociais mais preocupantes. O critério de seleção a ser utilizado, como dito

anteriormente, tomará por base o Indicador de Saúde do Índice Firjan de

Desenvolvimento Municipal referente ao ano de 2010.

Após a seleção das /comunidades dos municípios-alvo, será feito o

reconhecimento e diagnóstico pelos dois professores da equipe que atuará no

respectivo município, que identificarão as necessidades prioritárias e as

possibilidades e limitações ao trabalho dos alunos.

O planejamento e a estrutura operacional deverão ser flexibilizados, a fim de

atender às peculiaridades e demandas locais. As parcerias com a iniciativa privada

deverão ser freqüentemente perseguidas pelos governos estaduais.

O Projeto “Rondon Amazônia” priorizará o atendimento às necessidades de

saúde da população, não devendo necessariamente substituir o poder público, não

assumindo suas responsabilidades, nem atribuições, atuando como projeto auxiliar

as políticas públicas desenvolvidas nas comunidades.

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8 PRESSUPOSTOS/RISCOS

Integração das instituições afins nas três esferas de governo

9 CRONOGRAMA

Ano I. Planejamento: Elaboração e assinatura dos Termos de Cooperação;

Definição das universidades e equipes que atuarão nos municípios-alvo;

Ano II. Janeiro: Visita dos professores aos municípios-alvo; Seleção das

comunidades e Pesquisa-Diagnóstico.

Fevereiro a Junho: Elaboração dos Planos de Ação para as comunidades

selecionadas

Julho: Visita de intervenção nas comunidades selecionadas de 27

municípios (3 por estado)

Agosto a Outubro: Elaboração do Relatório das Atividades desenvolvidas

Novembro a Dezembro: Planejamento das visitas diagnóstico a mais 27

municípios

Ano III Idem

Ano IV Idem.

10 RECURSOS FINANCEIROS E FONTES DE FINANCIAMENTO

10.1 Custos Estimados para o Projeto

Para realização das 46 visitas aos municípios os recursos financeiros foram

estimados a partir do custo médio das viagens no 1º e 2º semestre, sendo que as

viagens-diagnóstico serão realizadas no mês de janeiro e as de intervenção no mês

de julho. Assim o custo médio para as viagens diagnóstico será o correspondente a

transporte, hospedagem e alimentação para dois professores e o das viagens-

intervenção, transporte, hospedagem e alimentação para dois professores e treze

alunos.

Orçamento para as ações nos anos 1, 2, 3 e 4.

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Transporte: Será viabilizado pela FAB

Diárias R$ 642.600,00

15 dias x 2 professores x 23 municípios x R$120,00 = 82.800,00

15 dias x (2 professores e 13 alunos) x 23 municípios x R$ 120,00 = 621.000,00

Material de Consumo: 3.000,00 x 23 municípios = 69.000,00

Material de Escritório; Kits de Saúde preventiva, etc

TOTAL R$ 772.800,00

10.2 Fontes de Financiamento Identificadas

Este tópico apresenta as possíveis fontes de recursos, que foram

identificadas pela consultoria nos PPAs estaduais.

O processo de identificação das fontes ocorreu a partir da montagem de

banco de dados, baseado em informações sobre programas, ações e recursos

financeiros disponíveis nos Planos Plurianuais - PPA's dos estados e do governo

federal. A busca dessas informações deu-se principalmente por meio eletrônico, nos

sites das secretarias e ministérios.

Algumas dificuldades foram encontradas no processo de elaboração do

referido banco de dados, entre as quais destaca-se o fato de que nem todos os

planos (PPA's) foram disponibilizados pelos estados no período definido pela

consultoria para a coleta de informações, ou seja, no final do mês de fevereiro de

2012.

Outra dificuldade encontrada diz respeito a incompatibilidade metodológica

entre planos, onde foi possível constatar que a metodologia de elaboração do PPA

do governo federal e do estado do Tocantins tem abordagem distinta daquela

adotada pelos demais estados da união. O governo federal e o estado do Tocantins

não utilizaram a agregação orçamentária por ação, quando da elaboração do PPA

2012 – 2015, considerado suma importância para a análise orçamentária, haja vista

que a ação trata da realização do objetivo do Programa, do qual resulta um produto

(bem ou serviço), ofertado à sociedade e/ou ao próprio Estado, que demanda

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recursos orçamentários e/ou recursos não orçamentário. A não existência deste item

tornou difícil a compatibilização orçamentária.

No momento em que foram concluídos o banco de dados e a matriz de

elaboração dos projetos, com suas problemáticas e propostas, deu-se o processo de

confrontação entre objetivos e metas dos projetos do PRDA e os programas e ações

dos PPAs estaduais, para a partir daí poder identificar o volume de recursos

disponíveis para cada temática abordada.

Abaixo apresentamos as o volume de recurso identificado, agrupado por

programas, nos referidos estados.

Quadro 2 Fonte de Recursos dos Planos Plurianuais dos Estados e União Relacionados aos

Projetos Estratégicos

ESTADO/PROGRAMA PPA Nº AÇÕES PPA R$

AMAZONAS 10 51.611.511

Amazonas saúde itinerante 2 9.882.240

Assistência a pacientes portadores de doenças tropicais e infecciosas 2 28.607.858

Assistência à saúde oncológica 3 2.575.922

Fortalecimento da atenção primária em saúde e gestão de políticas 1 6.113.534

Vigilância em saúde 2 4.431.957

MARANHÃO 8 662.692.098

Atenção Integral à Saúde 8 662.692.098

MATO GROSSO 1 8.036.274

Fortalecimento do Ensino Superior 1 8.036.274

PARÁ 11 377.459.482

Atenção primária de saúde 4 234.121.047

Doar é vida 1 24.843.543

Educação na saúde 2 79.877.539

Universidade pública para o desenvolvimento do estado do Pará 4 38.617.353

RONDÔNIA 4 242.396.626

Gestão da assistência hospitalar e ambulatorial 1 180.055.031

Gestão da política de saúde 1 54.844.506

Vigilância em saúde 2 7.497.089

RORAIMA 3 22.812.439

Atenção Integral a Saúde 1 4.120.000

Desenvolvimento da Educação Superior 1 2.874.869

Vigilância em Saúde 1 15.817.570

Total Geral 37 1.365.008.430

Fonte: PPA’s Estaduais

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10.3 Outras Fontes de Captação de Recursos

Ministério da Saúde / Funasa

Ministério da Defesa,

Ministério do Desenvolvimento Social

Ministério da Integração Nacional

BIRD

BID

11 PARCERIAS ESTRATÉGICAS/MODELO DE GESTÃO

A gestão do projeto será feita pelo Comitê Gestor do Projeto Rondon

Amazônia, a ser coordenado pela SUDAM e composto por representantes da OSCIP

Projeto Rondon e pelos Coordenadores estaduais do Projeto Rondon do governo

federal. As parcerias serão as mesmas já firmadas pelas duas organizações, mais os

governos estaduais e as universidades amazônicas.

Modelo de Gestão dos Projetos Estratégicos do PRDA

A concepção e a gestão de políticas publicas em tempos de globalização,

quando o mundo já vivenciou o término da primeira década do século XXI, não estão

mais alicerçadas no paradigma que norteou a elaboração dos planos nacionais de

desenvolvimento do Brasil e da Amazônia, nas décadas de 1960 a 1990, quando

predominou uma estratégia técnico-burocrática, economicista e centralizadora.

Atualmente o processo de elaboração, execução, acompanhamento e

avaliação das políticas públicas de desenvolvimento regional, têm como paradigma

a participação democrática e qualificada de todos os stakeholders e atores sociais

interessados nos resultados das mesmas.

Essa participação implica que o Estado deva viabilizar a construção de

mecanismos institucionais que promovam a governança eficiente das políticas

públicas, como condição basilar para que os planos, programas e projetos, delas

decorrentes, possam resultar nas mudanças almejadas pela sociedade.

Nesse sentido, o modelo de gestão do PRDA se balizará nesse paradigma,

buscando estreitar a articulação da SUDAM, instituição que tem a missão de

promover o desenvolvimento regional na Amazônia, com as demais organizações

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políticas, sociais, econômicas e educativas que tem atuação ou relação direta ou

indireta, com a implementação das políticas públicas referidas.

A gestão dos projetos estratégicos do PRDA, portanto, será conduzida e

coordenada pela SUDAM, através da articulação permanente e sistemática das

redes institucionais, constituídas pelas organizações responsáveis pela

implementação de ações previstas nos diversos projetos estratégicos do PRDA.

Para tanto, os projetos estão agrupados em quatro redes, a saber:

Rede de Tecnologias Sociais da Amazônia – REDE TECNOLOGIA SOCIAL

AMAZÔNIA:

Projeto “Rondon Amazônia”.

Projeto “Esgotamento Sanitário para 160 mil domicílios”.

Projeto “Escola Amazônica de Tempo Integral”.

Rede de Ciência, Tecnologia e Inovação da Amazônia - RETEC AMAZÔNIA:

Projeto “RETEC AMAZÔNIA”.

Projeto “Alternativas Energéticas Sustentáveis”.

Rede de Arranjos Produtivos Locais da Amazônia - REDE APL AMAZÔNIA:

Projeto “Turismo Regional Segmentado”.

Projeto “Articulação Regional Produtiva”.

Projeto “Valorização de Recursos Florestais não madeireiros”.

Rede de Pesca e Aquicultura da Amazônia - REPAQ AMAZÔNIA:

Projeto “Rede de Informações sobre Pesca e Aquicultura na Amazônia”.

A articulação dessas redes será feita pelo Conselho Gestor do PRDA,

subordinado ao CONDEL, que deverá ser composto pelo Superintendente da

SUDAM, que o presidirá, pelo coordenador geral do PRDA, que exercerá a função

de secretário executivo, pelos diretores da SUDAM e pelos coordenadores de cada

rede. Na reunião de instalação do Conselho Gestor serão definidas as regras e

agenda do mesmo, através da aprovação de Regimento Interno.

As redes referidas – e as demais que vierem a ser instituídas, bem como os

projetos estratégicos, também terão governança similar e serão organizados

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analogamente ao Conselho Gestor do PRDA, através de Comitês Gestores

compostos por representantes das organizações parceiras de cada projeto, que

estão nominadas em cada projeto. Os comitês gestores dos projetos serão

presididos pelos respectivos coordenadores, que, por sua vez, terão assento no

Conselho Gestor da Rede à qual o projeto está vinculado, conforme organogramas a

seguir:

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Figura 3 Organograma da estrutura de governança do PRDA

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REFERÊNCIAS

CELENTANO, Danielle; VERÍSSIMO, Adalberto A Amazônia e os Objetivos do

Milênio

. – Belém, PA: Imazon, 2007.

Região Norte/ [Organização] PNUD, IDHS/PUC Minas, UFPA. – Belo Horizonte:

PUC Minas Virtual, 2007. 209p. – (Coleção de estudos regionais sobre os

objetivos de desenvolvimento do milênio da Rede de Laboratórios Acadêmicos

para Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio)

SANTOS, M. S. S.; MENDES, I. A. C. Projeto Rondon: a metodologia educativo-

assistencial de trabalho dos estagiários universitários. Esc. Anna Nery R Enf,

v.9, n.1, p.124-137, 2005.