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A FORMAÇÃO DA EUROPA FEUDAL 7º ano Professora Salete da Cruz

A formação da europa feudal

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A FORMAÇÃO DA EUROPA FEUDAL7º ano Professora Salete da Cruz

RURALIZAÇÃO DA SOCIEDADE

• A insegurança causada pelos ataques dos povos germânicos e a dificuldade de obter trabalho nas cidades levaram a maior parte da população urbana a mudar-se para o campo em busca de abrigo, trabalho e proteção. Roma, por exemplo, que tinha mais de 1 milhão de habitantes no auge do império, contava apenas com 300 mil quando a crise se agravou.

O COLONATO• No final do século III, o governo romano instituiu

o colonato sistema de trabalho que prendia o colono, sua família e seus descendentes a terra e proibia os proprietários ou colonos de vende-las. Dessa forma o estado conseguiria planejar a produção agrícola e fixar o volume de impostos necessários para manter o império

• O colono cuidava de uma pequena parcela das terras, de onde tirava seu sustento e o de sua família. Como pagamento, ele devia entregar parte do que produzia ao proprietário da terra.

• As terras pertenciam a particulares ou ao estado romano.

OS GERMÂNICOS E A IDADE MEDIA• A guerra era tida como elemento central na vida

dos germânicos;• O chefe guerreiro era uma figura muito importante;• A vitória nas guerras proporcionavam: terras para a

agricultura, garantindo a sobrevivência de todo povo e o poder da aristocracia;

• Inicialmente os lideres guerreiros eram aclamados por uma assembleia “O comitatus” depois da vitória dividiam o butim entre eles.

• Com o tempo a liderança passou a ser hereditária e acreditava-se que o eleito descendia dos deuses ancestrais da tribos e era assim uma figura sagrada.

LIDERES GUERREIROS

REALEZAS GERMÂNICAS • Quando os povos germânicos saqueavam terras e cidades

romanas eles provocavam a fragmentação do poder imperial;

• As realezas germânicas não possuíam instituições ( senado, tribunos de plebe, magistrados) mas assimilavam elementos da cultura romana na organização dos reinos;

• As leis baseavam-se nos costumes, e as antigas tradições eram transmitidas de geração para geração. Era o chamado direito consuetudinário

• Muitas vezes para resolver um conflito era aplicado o ordálio ( juízo dos deuses, que podia ser uma prova pelo fogo (segurar um ferro em brasa) , um duelo ou uma prova pela agua ( ser lançado a agua preso a uma pedra), o resultado da prova era uma manifestação da vontade dos deuses.

Ordálio ou juízo dos deuses

A EUROPA DOS GERMÂNICOS • A fixação dos germânicos nas terras do antigo Império Romano do Ocidente

ocorreu em duas fases:

Primeira fase• Durante o século V e o inicio do século VI, por meio da

guerra de alianças guerreiros germânicos estabeleceram-se em terras da antiga aristocracia romana;

Segunda fase• A partir do século VI, alguns povos germânicos

estabeleceram domínios duradouros em terras da Europa. Esses povos migraram lentamente e consolidaram seu poder sobre grandes extensões de terra a partir de um centro politico mais fortalecido

O REINO FRANCO E O CRISTIANISMO • Dinastia merovíngia • Os francos no inicio do século V ocuparam a

Gália região da atual França. A continua expansão militar e as alianças políticas seladas pelos líderes fizeram com que os francos se destacassem entre os povos germânicos.

• A expansão franca ganhou impulso com Clóvis que descendia de Meroveu, suposto chefe guerreiro que teria fundado a dinastia merovíngia

• Por volta de 495, Clóvis converteu-se ao cristianismo, aproximando as relações com a Igreja Cristã Romana.

OS “MORDOMOS” DO PALÁCIO• Com os merovíngios as regras de sucessão hereditárias

permaneceram muito fortes. • Com a morte de Clóvis seus sucessores deram

continuidade as conquistas, porém, de forma irregular, muitos se tornaram governantes francos, o que permitiu aos aristocratas mais importantes desempenhar suas funções reais, ou seja, defender, ampliar e administrar domínios. Esses aristocratas eram os “prefeitos” ou “mordomos” do palácio.

• A importância dos mordomos ficou clara quando o cardo deixou de ser indicação real e passou a ser transmitido de pai para filho.

• O mordomo Carlos Martel foi responsável por expulsar os árabes muçulmanos de Gália.

• O filho de Martel Pepino, o breve destronou o ultimo monarca merovíngio e deu inicio a dinastia Carolíngia.

ALIANÇAS ENTRE REIS E PAPAS • Pepino o Breve, lutou contra os

lombardos na Península Itálica e entregou ao papa os territórios conquistados. Com isso, o governante aprofundou a aliança entre os francos e a igreja e deu origem ao patrimônio de São Pedro ou estados pontifícios. Em troca o papa reconheceu Pepino como rei dos francos e legitimou a dinastia Carolíngia

• O sucessor de Pepino foi seu filho Carlos Magno que consolidou e expandiu os territórios francos e fortaleceu a aliança com a igreja de Roma.

• Em 773 derrotou o rei Lombardo e recebeu a coroa de ferro da Lombardia, tornando-se senhor de toda a Europa Ocidental.

• No natal do ano 800 foi coroado imperador pelo papa Leão III, em Roma. Com esse gesto o papa reafirmava a autoridade da igreja sobre os homens e os reis, ao mesmo tempo que declarava que o poder vinha de Deus.

A ADMINISTRAÇÃO DE CARLOS MAGNO• Carlos Magno dividiu o território e entregou a

administração a funcionários de confiança• Surgiram assim as marcas controladas pelos

marqueses;• E os ducados controlados pelos duques;• Os servidores do reo tinham grande

liberdade para manter os exércitos e administrar com justiça;

• Os demais territórios eram administrados pelos condes e eram chamados de condados,

• Para evitar agitações e traições Carlos Magno estimulou o costume germânico das relações de fidelidade e honra entre senhor e servidores , estabelecendo as relações de vassalagem que criava uma relação de obrigações e direitos recíprocos entre o rei que doava a terra ou outros benefícios e seus servidores que os recebiam.

• Com os sucessores de Carlos Magno o poder real ficou cada vez mais enfraquecido , pois entre reis e servidores surgiram intermediários, que eram senhores de terras.

• Em seus territórios eles eram responsáveis por:• Cunhar moedas • Aplicar justiça • Estabelecer tributos • Punir e chefiar os exércitos locais

A FRAGMENTAÇÃO DO IMPÉRIO CAROLÍNGIO • Luís, o Piedoso, sucedeu Carlos Magno como

Imperador cristão do Ocidente;• Características do seu governo:• interrupção das conquistas territoriais • Reforço da cristianização• Novas disputas pelo poder• Com a morte de Luís seus filhos Lotário,

Carlos o Calvo e Luís o germânico travaram uma disputa pelo poder, depois de muitas guerras assinaram o Tratado de Verdum que estabeleceu a divisão do império e cada um passou a administrar uma área estabelecida no tradado.

• A disputa por territórios e poder enfraqueceu os reis e fortaleceu os senhores locais.

• Durante o século IX, varias regiões da Europa Ocidental foram invadidas pelos Vikings, o que contribuiu para reforçar os poderes locais e esvaziar o poder real.

• Os vikings eram povos que viviam na região onde hoje se situam a Dinamarca, Suécia e Noruega.

• Praticavam a agricultura, a caça, a pesca, o comercio e eram hábeis navegadores.

• Eram associados a ações violentas;

ATIVIDADES:

• 1- Qual foi o principal fator que levou o império Romano a desestruturar-se?• 2- O que causou a ruralização da sociedade na idade media?• 3- O que era o colonato?• 4- como funcionava o colonato?• 5- como funcionavam as leis nas realezas germânicas?• 6- como foi impulsionada a expansão do reino franco durante a dinastia

merovingia?• 7- durante o reinado de carlos Magno quem administrava?• A- as marcas:• B- Os ducados :• C- Os outros territórios:

• 8- como Carlos Magno agiu para evitar agitações e traições no seu reinado?• 9- quais as principais características do governo de luís o Piedoso?• 10- quem eram os vikings e como eles viviam?

“Que meu exército seja a pedra, a árvore e a ave do Céu”! Carlos Magno Sacro - Império Romano Germanico