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TRABALHO DE PORTUGÊS Hugo Alemida Bachega N- 32 2ª A

A moreninha (14)hugo

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TRABALHO DE PORTUGÊS

Hugo Alemida Bachega N- 32

2ª A

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JOAQ

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O autor de A moreninhaJoaquim Manoel de Macedo é um médico que nunca exerceu a profissão, pois dedicou sua vida a literatura.

Nasceu: 24 de Junho de 1820Faleceu: 11 de Abril de 1882 (61 anos)

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OBRA A MORENINHA

O romance A Moreninha conta a história de amor entre Augusto e D. Carolina (a moreninha). Tudo começa quando Augusto, Leopoldo e Fabrício são convidados por Filipe para passar o feriado de Sant’Ana na casa de sua avó. Os quatro amigos estudantes de medicina vão para a Ilha passar o feriado e lá encontram D. Ana, a anfitriã, duas amigas, a irmã de Filipe, D. Carolina e suas primas Joana e Joaquina. Antes de partirem Filipe havia feito uma aposta com Augusto: se este voltasse da Ilha sem ter se apaixonado verdadeiramente por uma das meninas, Filipe escreveria um romance por ter perdido a aposta. Caso se apaixonasse, Augusto é quem deveria escrevê-lo. 

Augusto era um jovem namorador e inconstante no amor. Fabrício revela a personalidade do amigo a todos num jantar, o que faz Augusto ser desprezado pelas moças, menos por Carolina. Sentindo-se sozinho, Augusto revela a D. Ana, em uma conversa pela Ilha, que sua inconstância no amor tem a ver com as desilusões amorosas que já viveu e conta um episódio que lhe aconteceu na infância. 

O fim de semana termina e os jovens retornam para os estudos, mas Augusto se vê com saudades de Carolina e retorna a Ilha para encontra-la. O pai de Augusto, achando que isso estava atrapalhando seus estudos, proíbe o filho de visitar Carolina. Depois de um tempo distantes, Augusto volta a Ilha para se declarar a Carolina. Mas ela o repreende por estar quebrando a promessa feita a uma garotinha há anos atrás. Augusto fica confuso e preocupado, até que Carolina mostra o seu camafeu que recebeu anos atrás por ele . O mistério é desfeito, e, para pagar a aposta, Augusto escreve o livro A Moreninha

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TRECHO DO ROMANCE A MORENINHA Em uma das ruas do jardim duas rolinhas mariscavam: mas, ao sentirem passos, voaram e pousando

não muito longe, em um arbusto, começaram a beijar-se com ternura: e esta cena se passava aos olhos de Augusto e Carolina!...Igual pensamento, talvez, brilhou em ambas aquelas almas, porque os olhares da menina e do moço se encontraram ao mesmo tempo e os olhos da virgem modestamente se abaixaram e em suas faces se acendeu um fogo, que era pejo. E o mancebo, apontando para ambos, disse:- Eles se amam!E a menina murmurou apenas:- São felizes.-Pois acredita que em amor possa haver felicidade?-Às vezes.-Acaso, já tem a senhora amado!... -Eu?!...e o senhor?- Comecei a amar há poucos dias.A virgem guardou silêncio e o mancebo, depois de alguns instantes, perguntou tremendo:- E a senhora já ama também?Novo silêncio; ela pareceu não ouvir, mais suspirou. Ele falou menos baixo:- Já ama também?...Ela abaixou ainda mais os olhos e com voz quase estinta disse:- Não...Não sei...talvez...- E a quem?...-Eu não perguntei a quem o senhor amava.-Quer que lho diga?...-Eu não pergunto.-Posso eu fazê-lo?-Não lho impeço.-É a senhora.D. Carolina fez-se cor-de-rosa e só depois de alguns instantes pôde perguntar, forcejando um sorriso:-Por quantos dias?-Oh! Para sempre!... - respondeu Augusto, apertando-lhe vivamente o braço.

Como de costume, a tarde teve de ser empregada em passeios à borda do mar e pelo jardim. O maior inimigo do amor é a civilidade. Augusto o sentiu, tendo de oferecer o braço à Srª D. Ana: mas esta lhe fez cair a sopa no mel, rogando-lhe que o reservasse para sua neta.

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TRECHO COMENTADO DO ROMANCE O romance A Moreninha (1844) concedeu ao seu

autor, Joaquim Manoel de Macedo , imenso prestígio nos salões sociais na época em que foi publicado. O romantismo inscrevia-se como o movimento literário em voga, favorecendo a criação de narrativas fundamentadas sobre temas amenos: o amor "açucarado" com um ligeiro e suave suspense que termina em páginas brandas e felizes para todos... e para sempre.

A Moreninha surge como um modelo exemplar desse estilo. A obra retrata os costumes da alta sociedade carioca dos meados do século 19, onde as mulheres tinham seus momentos de flerte nos saraus, bailes e óperas de teatro.

É nesse ambiente circundado pelas paisagens da Tijuca e pelas praias cariocas (ainda desertas) que vemos se desenrolar a narrativa do romance.

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PERSONAGENS PRINCIPAIS

D. Carolina - É muito jovem e "moreninha" e também travessa, inteligente, astuta e persistente na obtenção de seus objetivos. Carolina encarna a jovem índia Ahy, que espera incansavelmente por seu amado Aoitin – uma antiga história da ilha que D. Ana conta a Augusto. No final ela revela para Augusto que era a menina para quem ele prometeu se casar.

Augusto - A figura de Augusto resume um certo tipo de estudante alegre, inteligente e namorador. Tendo vários princípios morais, fez no início da adolescência um juramento amoroso que compromete seu amor por Carolina. Esse impedimento continuará até o final da história, Carolina revelará ser ela a menina cuja Augusto havia jurado amor eterno.