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25/6/2013 1 Tauan G. Gomes A história de Marie começa com a história da Polônia em finais do século XIX. A Polônia estava dominada pelo Império Áustro-Húngaro, Prússia e Império Russo, Varsóvia, onde moravam os pais de Marie, estava sobre o domínio do Czar russo. Os invasores oprimiam os poloneses, que quando se revoltavam eram exilados ou enviados para prisões siberianas. O pai de Marie integrava a resistência passiva, dos intelectuais, persistentes na educação científica, que os russos negavam. Devido a suas convicções políticas e a seu patriotismo, ele perdeu o seu emprego (professor). Assim, é em um ambiente de pobreza e subjugação que Marie passa sua juventude.

A mulher mais extraordinária do século xx folheto-2

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Tauan G. Gomes

A história de Marie começa com a história da Polônia em finais do séculoXIX.

A Polônia estava dominada pelo Império Áustro-Húngaro, Prússia ep p gImpério Russo, Varsóvia, onde moravam os pais de Marie, estava sobre odomínio do Czar russo.

Os invasores oprimiam os poloneses, que quando se revoltavam eramexilados ou enviados para prisões siberianas.

O pai de Marie integrava a resistência passiva, dos intelectuais,persistentes na educação científica, que os russos negavam. Devido asuas convicções políticas e a seu patriotismo, ele perdeu o seu emprego(professor).

Assim, é em um ambiente de pobreza e subjugação que Marie passa sua juventude.

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Marie nasceu no dia 7 de novembro de1867 em Varsóvia, capital da Polônia, como nome de Maria Salomea Sklodowska.

Seus pais, Władysław Sklodowski eBronisława Boguska Sklodowska, eramprofessores e tinham outros quatro filho,sendo Maria a caçula.

Fonte: ttp://super.abril.com.br/blogs/superlistas/8-cientistas-que-morreram-ou-se-feriram-em-nome-da-

• Ainda criança Maria perdeu sua mãe e uma irmã. As duas perdasmexeram com a cabeça da futura cientista, que abdicou de todacrença religiosa.

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Desde cedo, Maria demonstrou ser uma excelente aluna. Apesar deter que “fazer uma jornada dupla”, pois havia o currículo russo e opolonês.

Após a morte de Bronisława, os Sklodowski passaram hospedarpensionistas, para pagar suas contas. Assim, Maria passou a dormir nasala de estar, a fazer suas tarefas escolares depois que todos haviamse deitado e a levantar cedo para arrumar a mesa do café na pensão.

Mesmo isso não foi empecilho para Maria, que se formou na escolasecundária como a melhor aluna de sua classe.

Depois da escola, Maria passou por um período de estafe mental efísica. Assim, ela se retirou para uma temporada com seus tios, nocampo, em uma propriedade próxima à fronteira com a Ucrânia.

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Quando retorna à Varsóvia, ela e sua irmã Bronisława passaram afrequentar uma universidade clandestina, conhecida como“universidade itinerante” (flying university, floating university), umprograma educacional que desafiava o sistema educacional russo queprograma educacional que desafiava o sistema educacional russo queproibia que as mulheres polonesas frequentassem as universidades.

Maria e Bronisława sabiam que para se formar profissionalmente,precisariam estudar em uma universidade da Europa Ocidental.Assim, elas firmaram um acordo.

Para cumprir o acordo, Maria passou a trabalhar como governanta.

Cerca de 7 anos depois, Maria partiu para Paris e matriculou-se naFaculdade de Ciências da Universidade de Sorbonne, com o nomede Marie, a forma afrancesada de seu nome.

• Nesta época, a Sorbonne tinhaaproximadamente 1800 estudantes,sendo apena 23 mulheres, das quaismenos de um terço eram francesas

• De acordo com o pensamento daé h ilhépoca era humilhante para asmulheres cursar uma universidade.

Fonte: http://library.thinkquest.org/28383/nowe_teksty/htmla/bcuriea.html

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Marie ingressou na Sorbonne com vinte e quatro anos de idade.Nessa idade, outros cientistas já estavam com as carreirasconsolidadas:

Einstein, por exemplo, descobriu a relatividade aos 25 anos; ep pNewton, aos 24, desenvolveu o cálculo diferencial e integral.

Na universidade, ilustres pesquisadores foram professores deMarie:

Emile Duclaux, professor de Química Biológica, foi um dosprimeiros defensores de Pasteur e de sua teoria de que asdoenças eram espalhadas por micróbios; Gabriel Lippmann,professor de Física que estava prestes a inventar a fotografia emprofessor de Física que estava prestes a inventar a fotografia emcores e Henri Poincaré, professor de Matemática que antecipavaconceitos que mais tarde se tornariam essenciais para amecânica estatística.

Poincaré voltaria a influenciar a vida de Marie, sendo um dosprimeiros a se dedicar ao estudo da “radioatividade”.

Em 1894, um professor lhe apresentou Pierre Curie, para auxiliá-la emum projeto de pesquisa, já que as instalações no laboratório em quetrabalhava na Sorbonne eram inapropriadas.

Pierre já era um prestigiado professor, e desenvolvia pesquisas emparecia com seu irmão, Jacques. Juntos eles descobriram o efeito dapiezoeletricidade, o aparecimento de cargas nas faces opostas decristais de quartzo quando pressionado.

A partir de seus experimentos, os irmãos Curie desenvolveram umeletrômetro extremamente sensível que Marie utilizaria naseletrômetro extremamente sensível, que Marie utilizaria nasinvestigações que levaram à conclusão de que o tório emitia osmesmos raios que o urânio, e que estes raios eram capazes de tornar oar um meio condutor de eletricidade.

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Os dois cientistas tinham interesses parecidos e hábitos emcomum (embora Pierre fosse 9 anos mais velho), o que culminoue seu casamento e em uma frutífera pareceria científica.

Os interesses em comum, em suas respectivas áreas depesquisa, aproximaram Marie e Pierre, embora a amizade tenhase prolongado antes do romance surgir.

O casal teve duas filhas, Irène e Eve. O casal teve duas filhas, Irène e Eve.

Fonte: http://chayex-bhe62510yahoocom.blogspot.com.br/2011/01/marie-and-pierre-curie.html /

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Fonte: http://www.ebay.com/itm/1944-Press-Photo-Eve-Curie-Daughter-Marie-Curie-Nobel-Peace-Prize-Speaker-/390494167940?pt=Art_Photo_Images&hash=item5aeb442384

Marie estava à procura de um assunto para sua tese de doutoradoquando conheceu os estudos de Becquerel sobre os raios-X.

Ela decidiu analisar os “raios de urânio” e, juntamente com Pierre,descobriu que as propriedades de radioatividade não eramcaracterísticas dos compostos de urânio, mas sim dos próprios átomosdo elemento.

Levada pela curiosidade de descobrir se outros elementosapresentariam o mesmo fenômeno peculiar, ela descobriu que o tóriotambém era radioativo e que a pechblenda, um mineral com atividaderadioativa maior que a do urânio, continha um metal aindadesconhecido.

Marie e Pierre dedicaram-se, a isolar esse metal, e, após exaustivostrabalhos de refinar a pechblenda, eles isolaram um pó de bismutocontendo o novo elemento. Esse novo elemento foi batizado polônio.

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Os Curie observaram que, mesmo considerando a alta radioatividade dopolônio, a pechblenda ainda emitia mais radioatividade do que oesperado. Assim, voltaram ao laboratório para continuar estudando essefrutífero minério.

Mas, em 1906 a vida de Marie sofre uma reviravolta, Pierre é vítima deum acidente fatal.

Apesar do imenso abalo emocional, Marie recebe uma recompensainédita: a cátedra de física (anteriormente ocupada por Pierre), e setorna a primeira mulher a dar aulas na Sorbonne.

Mesmo viúva, Marie encara outro longo e desgastante período deestudos, refinações e testes (em que teve que purificar quase 10estudos, refinações e testes (em que teve que purificar quase 10toneladas de pechblenda para obter 1 grama do novíssimo elemento).Desse modo, o rádio é segundo elemento radioativo descoberto emdecorrência do trabalho de Marie.

Essa nova descoberta lhe valera seu segundo Prêmio Nobel, em 19011.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Marie dedicou-se às aplicaçõesmédicas dos raios-X, chegando a propor que um aparelho de radiografiamóvel fosse usado no tratamento de feridos.

Depois do fim da guerra, ela voltou suas atenções para a organizaçãodo seu laboratório e a busca de verbas para novas pesquisas, chegandoa, visitar o Brasil, onde proferiu uma conferência sobre a radioatividade esuas aplicações na medicina, na Faculdade de Medicina daUniversidade Federal de Minas Gerais.

Nos últimos vinte anos de sua vida, Marie foi assolada pelas mazelascausadas pela radiação, perecendo de leucemia aos 66 anos, 1934.

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• Entretanto, Mme. Curie não era uma lenda, apesar de serconsiderada a mulher mais extraordinária do século XX, ela eraperfeitamente humana. Sua vida não foi só de trabalho, em algunsde seus muitos diários estão descritos longos passeios românticosde bicicleta, ou férias no campo com Pierre.

• E mais, Após a morte de Pierre, Marie se envolveu com o ex-alunode seu cmarido, Paul Langevin, que vivia um casamento conturbado.O romance foi a público e causou danos à carreira de Marie. O

itê d N b l h li it l dcomitê do Nobel chegou a solicitar que ela recusasse o seu segundoprêmio, o que ela não fez alegando que ele havia sido concedido porsuas pesquisas e não por fatos de sua vida particular.

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Fonte: http://scienceblogs.com.br/dimensional/2009/05/

Fonte: http://jakinstein.com/2006/02/28/the-solvay-conference/

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STRATHERN, P. Curie e a radiatividade em 90 minutos. Tradução: Maria L..X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2000.

SKWARZEC B. Maria Skłodowska-Curie (1867–1934)—her life anddiscoveries. Anal. Bioanal. Chem. DOI 10.1007/s00216-011-4771-3, 2011.

MARTINS, R. de A. As primeiras investigações de Marie Curie sobre elementos radioativos. Revista da Sociedade Brasileira de História da Ciência, Rio de Janeiro, v. 1, n.1, p. 29-41, 2003.