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A nossa Princesa Leopoldina Natania A. Silva Nogueira Mestranda em História do Brasil Especialista em História Local

A nossa Princesa Leopoldina

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Palestra apresenta no dia 28 de março, iniciando as comemorações do aniversário da emancipação do município de Leopoldina

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A nossa Princesa Leopoldina

Natania A. Silva NogueiraMestranda em História do Brasil

Especialista em História Local

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A Princesa Dona Leopoldina Teresa Francisca Carolina Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon foi a filha caçula do Imperador Dom Pedro II.

Nasceu em 13 de julho 1847. No dia 07 de setembro de 1847, uma parada

militar comemorou o batizado da princesinha. Ainda em início do ano de 1848 o Imperador

ainda recebia felicitações pelo nascimento da filha, publicadas em jornais.

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Correio Mercantil e Instructivo, Político, Universal. Rio de Janeiro, 11 de janeiro de 1848, n. 10, ano V, p. 03 (Arquivo da Hemeroteca Digital Brasileira - Fundação Biblioteca Nacional)

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A formação

A princesa Leopoldina foi instruída, assim como sua irmã a princesa Isabel, pela condessa de Barral.

Filha de senhores de engenho do Recôncavo Baiano, Luísa Margarida de Barros Portugal foi uma das mulheres mais influentes do II Reinado, tendo ficado famosa pelo seu relacionamento amoroso com o Imperador, Dom Pedro II.

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Condessa de Barral, na juventude aos 49 anos de idade (Fonte: DEL PRIORI. A Condessa de Barral: a paixão do Imperador. Rio de Janeiro, Objetiva, 2008.

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Casou-se com Eugène de Barral, Conde de Barral e 4.° Marquês de Montferrat.

Morou muitos anos na Europa, onde era prestigiada na corte do rei Luiz Filipe I.

Inteligente, instruída e muito culta, preparou Leopoldina para se tornar enfrentar as cortes europeias, por onde circulou depois de seu casamento.

Supõe-se que teve mais influência sobre as filhas do que a própria mãe, a Imperatriz Tereza Cristina.

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Dona Leopoldina, aos seis anos (Fonte: Wikipédia)

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As princesas Isabel e Leopoldina em momento de lazer, 1855. (SCHWARCZ, Lilia Moritz. As barbas do Imperador : D. Pedro II, um monarca nos trópicos . — São Paulo : Companhia das Letras, 1998.

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Princesa Leopoldina. Disponível em

http://www.almanachdegotha.org/id8.html, acesso em 16/03/2014.

Princesa Leopoldina.Disponível em http://goo.gl/46wju3, acesso em

23/03/2014)

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Dona Leopoldina e Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota (1865) – Fonte: Wikipédia

O casamento Leopoldina casou-se com Luís

Augusto de Saxe-Coburgo-Gota, o Duque de Saxe (que inicialmente veio ao Brasil para se casar coma Princesa Isabel), no dia 15 de dezembro de 1864.

Dessa União nasceram quatro filhos: Dom Pedro Augusto, Dom José, Dom Augusto Leopoldo e Dom Luís Gastão.

Passou a viver entre a Áustria e Brasil.

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A união de Leopoldina e Luís Augusto foi acertada através de uma convenção matrimonial.

O contrato previa que, enquanto dom Pedro II não considerasse assegurada a sucessão da princesa Isabel, o casal deveria, entre outras coisas, residir parte do ano no Brasil e ter seus filhos em território brasileiro

Foi assim com dom Augusto Leopoldo e dom José Fernando - nascidos em 1867 e 1869.

Ao contrário do que acontecia com outras princesas, Leopoldina parece ter encontrado o seu “príncipe encantado”.

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A Família Imperial: (em pé) dona Isabel, Conde d'Eu, dona Leopoldina e dom Luís Augusto; (sentados) dom Pedro II e dona Teresa Cristina (Fonte: Wikipédia)

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Minha querida Isabel

Como vai passando com seu maridinho? Eu estou em perfeita saúde assim como o meu. Eu vivo muito feliz com meu Caro; Gusty é excelente para mim. Eu faço tudo o que quero, ele quer, bem entendido, porque a vontade dele é a minha... Mon bien assorti époux – meu marido cheio de qualidades – tem feito lindas caças de pássaros... O tempo que passei sem Gusy pareceu-me compridíssimo.Adeus... Saudades a D. Gaston e meus cumprimentos mais afetuosos aos outros.Sua mana muito do coração e madrinha.

(DEL PRIORE, Mary. O príncipe maldito. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007, p. 31)

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Os Duques de Saxe com seu primogênito, dom Pedro Augusto, em 1866 - (Fonte: Wikipédia).

Três dos filhos dos Duques de Saxe; a partir da esquerda: dom Pedro Augusto, dom José e dom Augusto Leopoldo (1871) - Fonte: Wikipédia

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O falecimento

• A princesa Leopoldina contraiu febre tifoide no início de 1871, possivelmente resultado de ingestão da água contaminada que estava sendo consumida em Viena naquela época.

• A princesa morreu na tarde de 7 de fevereiro de 1871, aos 23 anos de idade.

• Sua morte abalou não apenas a família real quanto a própria nação, uma vez que ela era muito popular e querida pelo povo brasileiro.

• Seus dois filhos mais velhos foram enviados para serem criados pelos avós, no Brasil.

• Seu marido permaneceu em luto, não tendo se casado novamente.

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Os jornais e revistas brasileiras noticiaram o falecimento da princesa.

Escrevendo estas linhas, nos achamos sob pressão na Augusta Família Imperial um nome caro a todos os Brasileiros - pairou o anjo da morte, que não poupa palácios nem cabanas, sobre o teto da habitação de um par afortunado e com suas asas negras tocou a excelsa Princesa D. Leopoldina, cobrindo de luto seu inconsolável esposo, a Augusta Família Imperial e todo o Brasil!

HARING, Almanack Administrativo, Mercantil e Industrial da Corte e Província do Rio de Janeiro.

Rio de Janeiro: E. & H. Laemmert, 1871, p. 37)

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Sua sogra, Clementina, descreveu em carta, o lamentável estado do filho, viúvo.

Que a vontade de Deus seja feita, minha boa Chica, mas o golpe é duro e nós estamos infelizes. O estado de meu pobre Gusty me corta o coração, soluça cada instante, não come, nem dorme, e é uma terrível mudança. Ela o amava tanto! E eram tão perfeitamente felizes juntos! Ver tanta felicidade destruída aos 24 anos é horrível!!

(DEL PRIORE, Mary. O príncipe maldito. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007, p. 60)

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Túmulo de Luís Augusto, em Coburgo. Ele morreu em 14 de setembro de 1907 e foi enterrado ao lado da esposa, Leopoldina

(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Augusto_de_Saxe-Coburgo-Gota,

acesso em 28/03/2014.

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Fontes utilizadas Correio Mercantil e Instructivo, Político, Universal. Rio de Janeiro, 11 de janeiro de

1848, n. 10, ano V. DEL PRIORE, Mary. O príncipe maldito. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. -------------------------. A Condessa de Barral: a paixão do Imperador. Rio de Janeiro,

Objetiva, 2008. Deus Salve a Rainha. Disponível em http://goo.gl/46wju3, Acesso em 28/03/2014. HARING, Almanack Administrativo, Mercantil e Industrial da Corte e Província do

Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: E. & H. Laemmert, 1871. Empire of Brazil Império do Brasil House of Orleans-Braganza. Disponível em:

http://www.almanachdegotha.org/id8.html, acesso em 28/03/2014. Leopoldina de Bragança e Bourbon. Disponível em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Leopoldina_de_Bragan%C3%A7a_e_Bourbon, acesso em: 19/02/2014.

Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Augusto_de_Saxe-Coburgo-Gota, acesso em 28/03/2014.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. As barbas do Imperador : D. Pedro II, um monarca nos trópicos . — São Paulo : Companhia das Letras, 1998.