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A QUEDA DUM ANJO Camilo Castelo Branco GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE LETRAS Por Bruno Luiz Diel, Keila Massolla Florentino e Patricia Moraes Miranda, acadêmicos do Curso de Letras – UNEMAT/ Sinop

A queda dum anjo de Camilo Castelo Branco

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Resumo da obra do prezado romancista Camilo Castelo Branco.

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Page 1: A queda dum anjo de Camilo  Castelo Branco

A QUEDA DUM ANJO

Camilo Castelo Branco

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSOSECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOCAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP

DEPARTAMENTO DE LETRAS

Por Bruno Luiz Diel, Keila Massolla Florentino e Patricia Moraes Miranda, acadêmicos do Curso de

Letras – UNEMAT/ Sinop

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SOBRE O AUTOR

Nasceu em 16 de março de 1825, em Lisboa. Ficou órfão de mãe aos 2 anos e de pai aos 8. Casou-se aos 16 anos, logo largou a esposa e foi morar no Porto para cursar Medicina, projeto que não foi adiante. Foi preso por adultério depois de se envolver com uma prima, mas após a morte da primeira mulher, em 1847, casa-se com Patrícia ( a prima ), e a larga após a gravidez. É absolvido junto com a terceira mulher Ana, com quem tem dois filhos e oficializa a relação em 1888. Antes de sua morte uma sífilis desencadeou na saúde do escritor uma cegueira. Suicidou-se em 1º de junho de 1890.

Camilo Ferreira Botelho Castelo

Branco (1825-1890)

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“CAIU O ANJO E FICOU

SIMPLESMENTE O HOMEM...

HOMEM COMO QUASE TODOS OS

OUTROS...E COM MAIS

ALGUMAS VANTAGENS QUE O

COMUM DOS HOMENS.”

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RESUMO

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Calisto Elói era conservador e defensor dos costumes portugueses e suas vestes características do interior denunciavam isso. Sua vocação como orador o levou para a Câmara dos deputados de Lisboa.

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Calisto passa a adquirir os costumes modernos que antes condenava.  Antes era muito preso ao passado e as tradições, mas ao final deixa crescer o bigode e o cavanhaque, veste roupas mais modernas, esquece a esposa Teodora, passa a gastar muito dinheiro, muda para a oposição e separa-se definitivamente da mulher, que acaba se casando com um primo.

“Como tu estás mudado! Não me pareces o meu homem!. Corta essas barbas; por alma da tua mãe, corta-me essas barbas, que pareces o diabo, Deus me perdoe!”

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ANÁLISE DA OBRA

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A “queda” do personagem ocorre quando ele vai para Lisboa. Lá, ele se deixa corromper pelo luxo e pelas vantagens trazidas pelo desenvolvimento. Neste caso, a “queda” se dá em relação a sua personalidade, por ter sido sempre uma pessoa conservadora. Também ocorre uma “queda” moral a partir do seu envolvimento com Ifigénia, de quem Calisto se torna amante.

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Durante a transformação de Calisto, podemos apontar para uma crítica construída no livro. Existe uma reflexão sobre a concepção de literatura e de suas funções na sociedade moderna. O questionamento se dá por conta do hábito de leitura da época, o público lia apenas folhetins e romances franceses. Assim, não existia uma reflexão profunda sobre as mudanças que estavam acontecendo em Portugal. A leitura, desta forma, só poderia contribuir para a manutenção de um bom padrão linguístico e não como forma de reflexão social. 

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ESTRUTURA DO TEXTO

A história começa com a valorização dos costumes e valores de um autêntico português e termina com a desfiguração desse homem perante aos costumes de Lisboa.

O principal conflito é entre o velho e o novo, o nacionalismo e a dominação estrangeira.

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TEMPO A história se passa perto da metade do século XIX e,

durante alguns fatos, o narrador cita exatamente o ano em que se sucede o acontecimento. Sendo assim, o tempo é cronológico, e a história inteira dura aproximadamente cinco anos.

ESPAÇO

A história se passa em seu início na cidade natal de Calisto (Miranda), porém se desenvolve principalmente em Lisboa, nos lugares onde Calisto transitava, como a Câmara dos deputados, sua casa, etc.

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FOCO NARRATIVO

A narração é em terceira pessoa, com apenas alguns pequenos trechos em primeira pessoa.

Há uma grande participação do narrador, o próprio autor, que conta a história. O narrador emite opiniões, principalmente através dos personagens, e algumas vezes diretamente através de seus comentários e narração.

Há uma predominância do discurso direto, com muitos diálogos, discursos e cartas. A narração é predominante e quase não há descrição.

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CONCLUINDO

A obra de Camilo Castelo Branco aborda o conflito vivido pelo personagem Calisto Elói que se vê em decadência após se apaixonar por uma viúva brasileira. Homem clássico, defensor dos velhos costumes vai sendo engrandecido pelo amor e pelo poder. Chega a mudar a aparência física, o que retrata a queda: de anjo para homem.

A ideia de um embate entre o velho e o novo, entre o antigo e o moderno sintetiza a estrutura de A queda dum anjo. Camilo Castelo Branco pareceu, de fato, vivenciar o embate entre o velho e o novo, como seu personagem.

A mensagem é clara: mesmo uma pessoa conservadora, culta e racionalista deixa-se levar pelo seu ambiente, se adequando ao novo lugar e mudando sua maneira de pensar e agir, mesmo que para pior.

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FIM