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Apresentação de slides sobre a Reforma Protestante, ou Reforma Religiosa, desenvolvida pela professora Fernanda Alves, da rede pública do RJ.
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A Reforma Protestante
• As críticas ao domínio da Igreja Católica criaram um ambiente favorável ao desenvolvimento de novas interpretações da Bíblia, que originaram a Reforma Protestante e novas Igrejas Cristãs.
Os Hereges• Durante a Idade Média, a Igreja Católica era poderosa. As
pessoas que discordavam dos ensinamentos e práticas da Igreja eram consideradas hereges, ou seja, transgressoras da doutrina e dos dogmas católicos, sendo perseguidas pela Igreja. Entre eles podemos citar: John Wyclif (na Inglaterra) e Jan Hus (na Boêmia, atual República Tcheca).
• As críticas dessas pessoas apontavam:• Venda de cargos para pessoas sem vocação religiosa.• Luxo e riqueza que o alto clero desfrutava.• Despreparo intelectual da maioria dos padres.• Venda de indulgências – perdão dos pecados de uma
pessoa em troca de dinheiro.
A Crise Religiosa• No século XV, o fortalecimento da burguesia e o
interesse dos reis em ampliar seu poder foram decisivos para fortalecer a crítica à Igreja Católica e provocar sua divisão.
• A burguesia pretendia aumentar lucros e acumular riquezas, o que era condenada pela Igreja, apesar dela ser rica e grande proprietária de terras.
• Os reis precisavam aumentar seu poder, mas viam na força da Igreja um obstáculo.
• Tais mudanças foram fundamentais para que as críticas se transformassem em ruptura e levassem à Reforma Religiosa do Século XVI.
O início da Reforma• Em 1517 o papa Leão X decretou a venda de
indulgências, destinando o dinheiro para o término da construção da basílica de São Pedro, em Roma.
• Na Alemanha, o Monge Martinho Lutero revoltou-se com o escândalo das indulgências. Como resposta, pregou na porta da catedral de Wittemberg um documento com 95 teses contrárias aos ensinamentos e às práticas católicas da época.
• Recusando-se a voltar atrás nas ideias defendidas, Lutero foi declarado Herege e excomungado da Igreja.
• Apoiado por príncipes alemães, ele continuou difundindo sua doutrina e criou a Igreja Luterana. Assim começou a Reforma Protestante.
A Doutrina Luterana
• Justificação pela fé: A pessoa é salva por meio da fé e não pelas obras que pratica.
• Sacerdócio universal: Todos os crentes podem interpretar por si mesmos os textos sagrados.
• Negação da infalibilidade da Igreja: A única fonte da verdade é a Bíblia, e não a tradição ensinada pela Igreja.
• Lutero manteve apenas dois sacramentos católicos: batismo e eucaristia. Negou a infalibilidade do papa, a existência de uma hierarquia dentro da Igreja e suprimiu o culto à Virgem Maria e aos santos.
Outros movimentos
reformadores• A Reforma Luterana abriu caminho a novos movimentos reformadores, como o Calvinismo e o Anglicanismo.
Calvinismo• O francês João Calvino, protegendo-se das perseguições
religiosas, refugiou-se na Suíça. Defensor da Reforma de Lutero, teve contato com outras ideias protestantes, que o ajudaram a formar uma nova doutrina.
• Calvino manteve quase todos os princípios luteranos. Porém, estabeleceu diferenciação radical ao criar a ideia da predestinação absoluta, segundo a qual Deus já havia escolhido as pessoas que seriam salvas e as condenadas.
• Assim, a fé não levava à salvação, mas era sinal da graça divina: o eleito é o que trabalha com dedicação, para alegria de Deus. A riqueza e o lucro deixavam de ser pecado para ser meios de glorificar a Deus.
• O calvinismo estimulou o capitalismo e teve ampla aceitação entre a burguesia na Suíça. Na França, os calvinistas ficaram conhecidos como huguenotes, na Inglaterra como puritanos e na Escócia como presbiterianos.
Anglicanismo• Movimento de origem política, a Reforma Anglicana foi
realizada pelo rei inglês Henrique VIII, da dinastia Tudor. • O rei desejava divorciar-se de sua esposa Catarina de
Aragão (filha de reis católicos espanhóis), pois ela não conseguira lhe dar sucessores homens.
• Henrique VIII queria casar-se com a dama da corte Ana Bolena. Diante da recusa do papa, o rei, em 1531, rompeu com a Igreja Católica. Em 1534 o Parlamento inglês aprovou o Ato de Supremacia, que proclamou o rei como o único e supremo chefe da Igreja Inglesa, com poder de nomear bispos, desapropriar terras da Igreja Católica e distribuí-las entre nobres ingleses.