15

A religião. Trabalho realizado pelos alunos António Fernandes, Diogo Mendonça, Hugo Almeida e Pedro Faustino do 10ºB

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: A religião. Trabalho realizado pelos alunos António Fernandes, Diogo Mendonça, Hugo Almeida e Pedro Faustino do 10ºB
Page 2: A religião. Trabalho realizado pelos alunos António Fernandes, Diogo Mendonça, Hugo Almeida e Pedro Faustino do 10ºB

Neste trabalho vamos falar substancialmente sobre Religião. Vamos também discutir diferentes teorias e argumentos, mas também posições relativas de alguns filósofos.

Serão abordados temas como a questão da existência de Deus e a relação de determinados conceitos, como a fé e a razão.

Esperamos que apreciem.

Page 3: A religião. Trabalho realizado pelos alunos António Fernandes, Diogo Mendonça, Hugo Almeida e Pedro Faustino do 10ºB

Religião

Religare ou Relegere

(voltar a juntar; unir) (respeitar; prestar culto)

Com base nas definições de duas entidades - Cícero (político, filósofo e orador do séc. I a.C.) e Michael Petterson (professor contemporâneo de Filosofia), podemos explicitar o conceito de Religião:

É o respeito profundo que cada um sente por qualquer ser que disso seja

digno, particularmente o divino ou o sagrado. Manifesta-se através de ritos e outras formas tradicionais de prática do culto a tal divindade. Constitui também um conjunto de experiências tanto individuais como colectivas e, consoante a crença, baseia-se num conceito de Realidade Última (uma realidade transcendente) ou insere-se no próprio quotidiano imanando do sensível.

Page 4: A religião. Trabalho realizado pelos alunos António Fernandes, Diogo Mendonça, Hugo Almeida e Pedro Faustino do 10ºB

Albert Einstein afirma que podemos conceber a religião, ou seja, explicar o porquê da sua existência, de três formas distintas:

A religião-temor, quando há a necessidade de compensar as grandes dificuldades da vida a nível mundial, como a fome, a doença, a morte e a guerra; há a esperança de que Deus, com o seu poder, possa remediar a situação ou mudar o rumo dos acontecimentos

(Kant designa este tipo por religião do simples culto)

A religião-moral, existe para reforçar os mecanismos de controlo social, aludindo à imagem de Deus como Pai, Legislador e Juíz Supremo e expressa-se através do respeito pelos mandamentos

A religiosidade-cósmica, baseia-se numa admiração pela majestosidade e grandiosidade da Natureza e da perfeição do seu funcionamento

Page 5: A religião. Trabalho realizado pelos alunos António Fernandes, Diogo Mendonça, Hugo Almeida e Pedro Faustino do 10ºB

Trata-se de movimentos e actos extremistas levados a cabo em nome de certa religião. Um fundamentalista acredita nos seus dogmas como verdade absoluta e indiscutível, sem se submeter ao diálogo. Como exemplos de fundamentalismos religiosos temos, por exemplo:

o Cristão - criação da Inquisição, tribunal que

combatia a heresia na Igreja Católica, isto é, a oposição e pensamento contrário

o Muçulmano - que se manifesta actualmente

com os atentados de bombistas suicidas palestinianos que se fazem explodir em Israel.

Page 6: A religião. Trabalho realizado pelos alunos António Fernandes, Diogo Mendonça, Hugo Almeida e Pedro Faustino do 10ºB

Sagrado: Plano ou dimensão de realidade para além do

sensível ( o sobrenatural) Natureza espiritual Captável apenas através da experiência religiosa Hierofania (manifestação do sobrenatural) Experiência que provoca tanto perturbação ou

serenidade  Profano: contrariamente ao sagrado, designa o plano

ou dimensão de realidade com o qual lidamos no quotidiano

Page 7: A religião. Trabalho realizado pelos alunos António Fernandes, Diogo Mendonça, Hugo Almeida e Pedro Faustino do 10ºB

Dimensão pessoal de carácter intimista, baseia-se nas orações

que cada um formula

Dimensão social prática colectiva do culto como, por exemplo,

baptizados, peregrinações, etc..

Page 8: A religião. Trabalho realizado pelos alunos António Fernandes, Diogo Mendonça, Hugo Almeida e Pedro Faustino do 10ºB

Numa tentativa de dar resposta às questões “Para que vivemos?” ou “Qual o valor da vida?”, deparamo-nos com duas respostas possíveis:

Ainda há experiências religiosas que dão sentido ao mundo Segundo estudos efectuados e a própria experiência de vida, a religião

tem vindo a mudar a vida de muitas pessoas, que ao seguirem certa religião ou se converterem encontram um novo sentido para a vida, uma outra orientação. Adoptam uma nova forma de encarar a vida e começam a sentir a alegria de viver. De facto, há também estudos realizados por especialistas da mente que afirmam que as pessoas verdadeiramente crentes se defendem melhor das doenças e têm um sistema imunitário mais forte.

  O mundo não tem sentido: o Existencialismo, uma filosofia do absurdo Esta resposta baseia-se no que defende o Existencialismo. Assim, a vida

não possui por si própria um sentido: as próprias pessoas vão construindo um sentido para as suas vidas. Não é possível uma compreensão racional do Universo e a vida humana encontra-se permanentemente no limiar do absurdo.

Page 9: A religião. Trabalho realizado pelos alunos António Fernandes, Diogo Mendonça, Hugo Almeida e Pedro Faustino do 10ºB

Razão: é a faculdade que nos permite investigar e explicar os fenómenos através do uso de sistemas lógicos e discursivos.

Fé: é a atitude emotiva de aceitação dos mistérios; tem duas vertentes: a) a passiva, que aceita apenas porque se limita a acreditar;

b)activa, que aceita mas não se limita a acreditar, procurando esclarecer-se.

A relação entre a fé e a razão sempre foi incompatível ao longo do tempo. Com a fase terminal da idade média e com o início da idade moderna, devido ao aparecimento progressivo de conhecimento, o cristianismo (assim como outras religiões) foi posto em causa e muitas vezes questionado através da razão e do conhecimento racional.

Assim, a religião nunca aceitou a imposição do conhecimento racional na fé assim como a razão muitas vezes discordava com a religião. Um exemplo é uma frase muito célebre que é “a religião é o ópio do povo”.

Page 10: A religião. Trabalho realizado pelos alunos António Fernandes, Diogo Mendonça, Hugo Almeida e Pedro Faustino do 10ºB

Argumentos a favor da existência de Deus      Cosmológico (ou da Causa Primeira) Teleológico

 1) Verificamos constantemente que Apoia-se na ideia de que umtodas as coisas e acontecimentos têm uma objecto construído pelo Homemcausa, sendo causados por outros acontecimentos (p.e. um relógio) é semelhante anteriores; em vários aspectos a um 2) Como não é possível uma série infinita de objecto natural (como um olho)causas, teve de haver uma primeira causa que mas é concebido de forma muitoiniciou a série de causas e efeitos que deram menos habilidosa, o que apontarácomo resultado o universo tal como o conhecemos para a existência de algo divino hoje. tenha criado a Natureza com

tanta mestria e inteligência. 

Page 11: A religião. Trabalho realizado pelos alunos António Fernandes, Diogo Mendonça, Hugo Almeida e Pedro Faustino do 10ºB

O problema da existência de Deus afecta a forma como orientamos a nossa vida e também como a interpretamos. Desta questão acerca da existência ou não de uma verdadeira divindade, surgem três doutrinas:

O Teísmo, que defende a existência de um Deus único que é omnipotente, omnisciente e benevolente, tendo criado o Universo.

O Ateísmo (ateus) que afirma não haver razões que nos levam a afirmar a existência de Deus, o que leva a exclui-la.

O Agnosticismo, que não se posiciona nem a favor nem contra, ou seja, considera possível a existência de Deus, mas também que não temos dados suficientes para o provar.

 

Page 12: A religião. Trabalho realizado pelos alunos António Fernandes, Diogo Mendonça, Hugo Almeida e Pedro Faustino do 10ºB

Kant verificou que os argumentos tradicionais acerca da existência de Deus não apresentam provas lógicas sobre ela, ou seja, que não se baseiam em nenhum conhecimento objectivo. Assim, perante a questão “Como será possível o conhecimento da existência de Deus?”, Kant formula o seu argumento:

Nós, humanos, não podemos ter experiências extra-sensoriais Deus, se existir, tem de ter uma natureza extra-sensorial ou extra-

fenoménica (para além da experiência sensorial) Assim, só podemos conhecer o mundo sensorial e não podemos

afirmar que Deus existe

Mas o facto de não termos uma verdade objectiva acerca desta existência, não significa que não haja uma e que Deus não exista. Por isso, Kant afirma também que embora não conheçamos, podemos agir como se conhecêssemos.

 

Page 13: A religião. Trabalho realizado pelos alunos António Fernandes, Diogo Mendonça, Hugo Almeida e Pedro Faustino do 10ºB

O Cristianismo é uma religião monoteísta centrada na vida e nos ensinamentos de Jesus de Nazaré, tais como são apresentados no Novo Testamento. A fé cristã acredita essencialmente em Jesus como o Cristo, Filho de Deus, Salvador e Senhor.

Os seguidores do cristianismo acreditam que Jesus seja o Messias profetizado na Bíblia Hebraica. A teologia cristã ortodoxa alega que Jesus teria sofrido, morrido e ressuscitado, de forma a abrir o caminho para o céu aos humanos. Os cristãos acreditam que Jesus teria ascendido aos céus, e na maior parte dos ensinamentos consta que Jesus irá regressar para julgar todos os seres humanos, vivos e mortos, e conceder a imortalidade aos seus seguidores. Jesus também é considerado para os cristãos como modelo de uma vida virtuosa e tanto como o revelador quanto a encarnação de Deus.

 

Page 14: A religião. Trabalho realizado pelos alunos António Fernandes, Diogo Mendonça, Hugo Almeida e Pedro Faustino do 10ºB

A Religião, dada a sua importância à escala mundial e a sua existência em qualquer parte do mundo tem estado, ao longo da História, na origem de um grande número de conflitos. Assim, torna-se pertinente explicar o que significa “lutar em nome de Deus”. Será correcto entrar em excessos em defesa daquilo em que acreditamos? Devemos aceitar a posição dos outros, independentemente de não se regerem pelos mesmos ensinamentos?

Pretende-se, desde o nascer da Religião, debater sobre aquele que é o maior problema colocado pela humanidade: “Será que existe, realmente, Deus?”.

É aqui que a Filosofia entra em cena, com a sua habitual procura de respostas, entrando num jogo entre argumentos e posições onde não há vitória prevista. Devemos acreditar pelo facto de acreditar ou devemos, por outro lado, partir em busca de factos que nos permitam dar sentido a essa fé?

São incontáveis os problemas gerados pelo assunto que abordámos. Como referido anteriormente, “o problema da existência de Deus afecta a forma como orientamos a nossa vida e também como a interpretamos”, o que dependerá daquilo em que cremos e daquilo em que temos fé.

Page 15: A religião. Trabalho realizado pelos alunos António Fernandes, Diogo Mendonça, Hugo Almeida e Pedro Faustino do 10ºB

Manual adoptado: “Pensar Azul” Websites: Wikipédia e Google

Trabalho realizado por: António Fernandes, nº2 Diogo Mendonça, nº7 Hugo Almeida, nº12 Pedro Delfino, mº25