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Teorias da Aprendizagem Aluna: Camila Aguiar Professor: Dr. Alisson Martins A teoria dos modelos mentais de Johnson-Laird

A teoria dos modelos mentais de Johnson-Laird

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Teorias da AprendizagemAluna: Camila Aguiar

Professor: Dr. Alisson Martins

A teoria dos modelos mentais de Johnson-Laird

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Ciência cognitivaformada pela soma de campos como: psicologia,

inteligência artificial, lingüística, neurociência,

antropologia e filosofia. a abordagem teórica mais fértil tem sido a de

entender a mente em termos de representação e

computação.

COSTA (2005)

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Psicologia Cognitiva

Fracasso do behaviorismo como proposta de cognição humana

Abandono da visão tradicional de ciência (Eysenck e Keane, 1990 apud Costa 2005) Sujeito ativo Determinação hierárquica e recursiva do

comportamento Não é reducionista a E-R

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Psicologia Cognitiva

Do ponto de vista externo, a emergência do cognitivismo sofreu a influência de fatores sociais, históricos e de outras disciplinas científicas.

resulta de um insight científico, da organização tecnológica e de certos interesses produtivos dominantes nas sociedades tecnologicamente mais desenvolvidas na segunda metade do séc. XIX.

referencial da inteligência artificial (Gardner, 1985 apud Costa, 2005).

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O que são?

As representações mentais ou representações internas são maneiras de “re-presentar” o mundo externo.

As pessoas não camptam o mundo exterior diretamente, elas constroem representações mentais internas dele.

(Eisenck e Keane, 1990, p.202 apud Lagreca 1997)

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Representações Mentais

Representações proposicionais: cadeias de símbolos que correpondem à

linguagem natural Modelos mentais:

análogos estruturais do mundo Imagens:

correlatos perceptivos dos modelos sob um particular ponto de vista

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Representações mentais

Representações externas: mapas e diagramas (pictoriais e linguísticas)

Representações internas (mentais): não captam o mundo externo diretamente

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Representações Mentais

I Internas1) Simbólicasa) Análogas: imagem visual, auditiva, olfativa, não-discreta e flexívelb) Proposicionais: conceitos subjacentes (linguagem matemática), discretas e rígidas.2) Distribuídas

II Externas 1) Pictóricas ou

diagramáticas: são representadas por diagramas.

2) Linguísticas: dependem de palavras ou de notações escritas.

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Princípios

1. Princípio da computabilidade: procedimentos que podem ser executados por uma máquina mente como um computador

2. Princípio da finitude: não podem representar um domínio infinito cérebro finito

3. Princípio do construtivismo: é construído de elementos básicos (“tokens”), organizados em uma certa estrutura para representar um determinado estado de relações — a função primária de um modelo mental é a de representarmentalmente estados de relações

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Princípios

4. Princípio da economia: um estado de relação é representada por um único modelo mental construído a partir do discurso

5. Princípio da não-indeterminação: modelos mentais não podem resultar em incomputabilidade decorre do primeiro princípio

6. Princípio da predicabilidade: um predicado pode ser aplicável a todos os termos aos quais um outro predicado é aplicável, desde que seus alcances de aplicaçãosejam compatíveis entre si — permite identificar um conceito artificial ou não natural no conteúdo de um modelo mental

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Princípios

7. Princípio do inatismo: todos os primitivos conceituais são inatos. Primitivos conceituais subjazem nossa capacidade de representar o mundo. Primitivos procedimentais são inatos pois são acionados automaticamente quando um indivíduo constrói um modelo.8. Princípio do número finito de primitivos conceituais: existe um conjunto finito de primitivos conceituais que geram um conjunto correspondente de campos semânticos e outro conjunto finito de “operadores” (conceitos) semânticos que,em cada campo semântico servem para construir conceitos mais elaborados9. princípio da identidade estrutural: as estruturas dos modelos mentais são idênticas às estruturas dos estados de relações do mundo que eles representam

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Modelos físicos

relacional: quadro formado por elementos, suas propriedades e relações entre eles

espacial: relações espaciais (localizações) temporal: seqüência de quadros de dimensão constante,

em ordem temporal cinemático: temporal, psicologicament contínuo;

representa mudanças e movimentos dinâmico: cinemático com relações causais imagem: vista da representação

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Modelos conceituais

monádico: representa asserções sobre indivíduos, suas propriedades e identidades: elementos, = e ≠ e incerteza

relacional: relações abstratas entre entidades do modelo monádico

meta-lingüístico: expressões lingüísticas e relações entre elas e elementos do monádico

conjunto-teórico: conjuntos, suas propriedades e relações entre eles

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Exemplos

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Aplicação ao ensino

Aprender: construir modelos mentias Ensinar: facilitar a construção de modelos mentais Professor: Apresenta modelos conceituais que ajudam no

desenvolvimento de de modelos mentais (logo ao ensino) Alunos: contrução de modelos mentais a partir dos

modelos conceituais

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Modelos mentais e Sociedade

Constructo psicológico que os indivíduos formam ao interagir com outras pessoas, com o meio ou com algum artefato tecnológico

Processos de pensamento das pessoas em relação ao entendimento do mundo

Moldam ações e comportamentosDefinem como os indivíduos confrontam e resolvem problemas

Condiciona reaçoẽs

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Modelos Mentais eAprendizagem Importância dos MM na compreensão e uso dos conceitos

físicos Seu estudo é promissor para dar respostas a

interrogações sobre a persistência das concepções alternativas

A idéia de aprender ciências consiste em adquirir modelos mentais mais elaborados e consistentes acerca de certos aspectos do mundo.

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Referências COSTA, S. S. C. Modelos mentais e resolução de problemas em Física. 2005. 293 f. Tese (Doutorado em Física) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Orientador: Marco Antonio Moreira.EYSENCK, M.W.; KEANE, M.T. Cognitive Psychology: A Student’s Handbook. Hove:Lawrence Erlbaum, 1990.GARDNER, H. The Mind’s New Science: A History of the cognitive Revolution. New York:Basic Book, 1985.MOREIRA, M. A.; KREY, Isabel . Dificuldades dos alunos na aprendizagem da lei de Gauss em nível de Física Geral à luz da teoria dos modelos mentais de Johnson-Laird. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 28, n.3, p. 1-8, 2006LAGRECA, M. C. B. ; MOREIRA, M. A. . Tipos de representações mentais utilizados por estudantes de Física Geral na área de Mecânica Clássica e possíveis modelos mentais nessa área. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 21, n.1, p. 202-215, 1999.LAGRECA, M. C. B Tipos de representações mentais utilizadas por estudantes de Física Geral na área da Mecânica Clássica e possíveis modelos mentais nessa área.. 1997. 0 f. Dissertação (Mestrado em Física) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: Marco Antonio Moreira.MOREIRA, M. A.; OLIVEIRA, A. P. . Dificuldades dos alunos na aprendizagem da Lei de Ampère, a luz da teoría dos modelos mentais de Johnson-Laird.. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 25, 2003.MOREIRA, M. A.; GRECA, I. M. ; RODRÍGUEZ, María Luz . Modelos mentales y modelos conceptuales en la enseñanza/aprendizaje de las ciencias.. Revista Brasileira de Pesquisa Em Educação Em Ciências, Porto Alegre, v. 2, n.3, p. 37-57, 2002.VASCONCELLOS, J. L. C. . Representações Mentais: uma abordagem cognitivista. Textura (Canoas) , CANOAS-RS, v. 03, n.2, p. 115-121, 2000.