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Elite durante o Império

A vida das crianças de elite durante o Império

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A Vida das Crianças de Elite durante o Império

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Imagine a cena: a jovem professora alemã ao entrar na classe encontra as meninas na maior bagunça e falação. Na confusão de sua pouca experiência recorre ao método Bormann, de disciplina alemã, ordenando-as a levantar e a sentar repetidamente, até o número de cinco vezes. A jovem professora só consegue exaltar as alunas que, ao tomarem o castigo por uma boa brincadeira, pulavam ainda mais. Desconcertada, a professora concluiu que as crianças brasileiras, em absoluto, não devem ser educadas por alemães; é trabalho perdido.• O meio sempre interferiu na educação• Ina é uma de tantas viajantes que chegaram ao Brasil depois de 1808, com a abertura dos portos promovida por Dom João VI.• Faziam relatos de suas experiências e vivencias, em crônicas, correspondências, diários, relatórios etc.• A maioria das experiências eram queixas dos mosquitos, calor, falta de cuidado com a cidade e das crianças.• "Uma criança brasileira é pior que mosquito hostil(...) crianças no sentido inglês não existem no Brasil“• Criança??

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Olhar adulto

• A rotina do mundo adulto que ordenava o cotidiano infantil e juvenil.

• No século XIX se confirma a infância e a adolescência como idades da vida.

• Em 1830 o termo criança, adolescente e menino começam a parecer no dicionário.

• Menina surge primeiro como tratamento carinhoso e só mais tarde como designativo de "criança ou pessoa do sexo feminino que esta no período da meninice.

• Criança e a cria da mulher Infância Puerícia Meninice

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Monumentos Infantis e Atributos da Infância e Adolescência

• As fotografias não são janelas que se abrem para o passado, são monumentos, vestígios de uma vontade de ver perenizada, na superfície sensível do papel, uma determinada imagem de si próprio e dos seus.

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• O que a fotografia mostra é o enquadramento do olhar adulto para o objeto do olhar: a criança e o adolescente.

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• Não existia uma roupa voltada para o adolescente.

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• Aos poucos os brinquedos feitos fora de casa passam a se tornar objeto dos desejos infantis.

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Princípios da educação e instrução oitocentista

• A especificidade da infância era motivo para polêmicas e controvérsias cuja temática central era a oposição entre educação e instrução.• Era no lar que a base moral deveria ser plantada, sem confundir educação com instrução.

• No caso da educação dos príncipes imperiais, a instrução era ministrada por professores de diferentes disciplinas e coordenados por um diretor de estudos que era alicerçada em princípios educacionais claramente definidos pelo preceptor das realezas.

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Em 1838 Marques de Itanhem escreveu um documento com 12 artigos que versavam sobre:

1. Autoconhecimento como regra primeira;2. Ensinar a relação entre natureza física e natureza social,

baseado nos princípios de bondade e justiça;3. Condenar a tirania e valorizar o amor fraternal;4. Harmonia entre religião e política;5. Uma educação eminentemente masculina, sem palavrões de

erudição estéril: “Lembrem-se pois os mestres que o imperador he Homem...”;

6. Priorizar o conhecimento em detrimento da memorização: “saber por meio das letras”;

7. Nada de grandes devaneios abstratos: “que o imperador, sem abraçar nunca a nuvem por Juno, comprhenda bem que pão he pão e o queijo he queijo”;

8. O professor de física deverá apresentar suas leis cuja origem é divina;

9. Ensinar o monarca a incentivar o trabalho produtivo;10.Trabalho como princípio e virtude maior;11.Encaminhar o imperador “com seu gênio dócil e cordial para a

compreensão da verdade e do bem”;12.Inculcar na cabeça do imperador que ele é o soberano e que

não pode ficar a mercê dos ministros, portanto deve-se inteirar do que ocorre na Corte tanto por periódicos, quanto por audiências.

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• Os meninos da elite iam para a escola aos sete anos e só terminavam sua instrução, dentro ou fora do Brasil, com um diploma de doutor, geralmente de advogado.

• A educação feminina, iniciada aos sete anos e terminada na porta da igreja, aos 14 anos. Das meninas da alta sociedade, exigia-se perfeição no piano, destreza em língua inglesa e francesa, e habilidade no desenho, além de bordar e tricotar.

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Sentimentos em relação ao nascimento e a morte de crianças no século XIX

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• No século XIX a criança passava a ser considerada tanto pela perenização da linhagem quanto pelo reconhecimento de certa especialidade dessa etapa da vida. Por tudo isso ela inspirava carinho e cuidados. • A ausência de vacinação regular, o limitado conhecimento de doenças contagiosas e as condições de higiene pouco favoráveis, deixavam as crianças a mercê de doenças variadas, entre as mais letais: a tuberculose, a febre amarela, a febre palustre, a meningite, a congestão pulmonar e a pneumonia.

• Conforme o sentimento de pesar pela perda de uma criança, crescia também a preocupação em cuidar para a sua sobrevivência. Desta tendência surgiu uma série de procedimentos para as diferentes etapas da infância, com ênfase especial nos recém-nascidos e crianças até os sete anos.

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Práticas, cuidados e comportamentos em relação á criança e o adolescente no século XIX

• A resposta da sociedade para a pergunta era única: a mãe, mal havia saído da meninice trocando os brinquedos por uma criança. Além da mãe, o pai, a avó, as tias e uma variedade de coadjuvantes: preceptoras, aias, amas, damas etc. Habitavam o mundo da criança, quanto mais ricos e nobres, mais distantes dos pais estavam às crianças.• Como a amamentação estava associada a um trabalho exaustivo, foi rapidamente associado às Amas de leite. Contrapondo esse costume havia desde os fins do século XVIII, uma literatura medica que incentivava as mães a criar seus filhos com o leite materno para um crescimento saudável.

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• Os chamados Tratados de educação física dos meninos de Rousseau e Bouffon.• O que de fato regia os comportamentos era a tradição das avós: crianças no interior da casa, bem enroladinhas, protegidas do ar frio e mamando de uma negra saudável e bem alimentada.

• No decorrer do século XIX, foi uma gradual adaptação de preceitos médicos ás condições de vida no Brasil. Para os médicos o banho frio era recomendado desde o primeiro ano de vida. Outra pratica cotidiana era a presença do pente fino no enxoval dos nobres meninos da elite. O piolho era uma verdadeira praga democrática.

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• Em relação aos cuidados, eram as avós que recorriam com a sua experiência acumulada sabiam discernir um choro de dor de um choro de fome.As normas interditavam o convívio entre crianças brancas de elite e filhos de escravos. O modelo era pouco aplicado pelas mães de família, tanto as que viviam na cidade quanto nas fazendas. Para essas, as escravas eram uma grande ajuda no trabalho pesado que tinha com vários filhos nascidos um depois do outro.

•  A disciplina domésticaO batismo A escolha dos padrinhosA primeira comunhão 

• Na família imperial, a dura disciplina de estudos das princesas era estabelecida pelo pai, Dom Pedro II. Isabel, meninos e meninas do século XIX deixaram registros de vivências e experiências que recompõem o passado a partir de um novo olhar.

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Passado Recomposto: Vestígios de experiências infantis e juvenis na documentação do século XIX

• Meninos e meninas deixaram vestígios de sua existência em memórias, diários, fotografias e documentos diversos. Do registro de tais vivências surgem temas como os espaços vividos, a disciplina, a rotina domestica relacionamento entre irmãos, passeios e principais diversões que preencheram o cotidiano oitocentista.

• Fora de casa, a diversão envolvia passeios ao zoológico, visitas á casa das irmãs, compras com a mãe e idas ao teatro. Mas eram os eventos especiais, familiares e públicos que mereciam referência em vários dias, contados em tom de excitação.

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ConclusãoDesde cedo, a sociedade aristocrática oitocentista provocava nas crianças e adolescentes, que deviam se submeter ás prescrições e normas de conduta que lhes limitavam os movimentos. Nas fotos eram aprisionados á pose, nas festas de família aos trajes enfeitados nas escolas á disciplina dos estudos e em casa á moral das orações e aos temores a Deus. Contra tudo isso, levantava-se a energia infantil potencializada nos momentos de descontração, quando podia dar vazão ás alegrias e aproveitar o banho de cachoeira, o passeio de barco, a volta de bonde pelo Jardim Botânico ou as cavalgadas pelo campo.

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GRUPO:

Adrielison RamosBeatriz Diogo

Hedilene SantosIzabela Brum

Universidade Severino Sombra

Pesquisa e Prática Pedagógica na Educação Infantil IProfessora: Mônica Teixeira

Pedagogia 2º Período

Vassouras 2013