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CURSO ON-LINE - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA TEORIA E SIMULADOS - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPU PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 0 ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA Olá amigos! Como é bom estar aqui! É com enorme satisfação que inicio este novo Curso de Administração Financeira e Orçamentária (AFO) para Analista e Técnico Administrativo do Ministério Público da União e cada vez mais feliz por integrar esta renomada equipe de professores do Ponto dos Concursos! Ressalto que em AFO os tópicos são idênticos para os dois cargos, logo é uma oportunidade única que vai facilitar muito sua preparação! E já começo falando do nosso curso: Conteúdo atualizadíssimo de Administração Financeira e Orçamentária com foco total no edital para Analista e Técnico Administrativo do Ministério Público da União (MPU). Questões comentadas contextualizadas com a teoria; Todas as aulas com um Simulado apenas com questões recentes do CESPE; Fórum de dúvidas; Para os que assim desejarem, contato direto com o professor por e-mail: [email protected] Resumos (mementos) ao final de cada aula. Com esse enfoque começo este curso e cada vez mais motivado em transmitir conhecimentos a estudantes das mais diversas regiões deste país! Sei que muitas vezes as aulas virtuais são as únicas formas de acesso ao ensino de excelência que o aluno dispõe. Outros optam por este tão efetivo método de ensino porque conhecem a capacidade do material elaborado pelo Ponto. Porém, mais importante ainda que um professor motivado são estudantes

Administração financeira e orçamentária sérgio mendes

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Aula 0 ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA

Olá amigos! Como é bom estar aqui!

É com enorme satisfação que inicio este novo Curso de Administração Financeira e Orçamentária (AFO) para Analista e Técnico Administrativo do Ministério Público da União e cada vez mais feliz por integrar esta

renomada equipe de professores do Ponto dos Concursos! Ressalto que em

AFO os tópicos são idênticos para os dois cargos, logo é uma oportunidade

única que vai facilitar muito sua preparação!

E já começo falando do nosso curso:

• Conteúdo atualizadíssimo de Administração Financeira e Orçamentária

com foco total no edital para Analista e Técnico Administrativo do

Ministério Público da União (MPU).

• Questões comentadas contextualizadas com a teoria;

• Todas as aulas com um Simulado apenas com questões recentes do CESPE;

• Fórum de dúvidas;

• Para os que assim desejarem, contato direto com o professor por e-mail:

[email protected]

• Resumos (mementos) ao final de cada aula.

Com esse enfoque começo este curso e cada vez mais motivado em transmitir

conhecimentos a estudantes das mais diversas regiões deste país! Sei que

muitas vezes as aulas virtuais são as únicas formas de acesso ao ensino de

excelência que o aluno dispõe. Outros optam por este tão efetivo método de

ensino porque conhecem a capacidade do material elaborado pelo Ponto.

Porém, mais importante ainda que um professor motivado são estudantes

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motivados! O aluno é sempre o centro do processo e é ele capaz de fazer a

diferença. A razão de ser da existência do professor é o aluno.

Voltando à aula demonstrativa, esta tem o intuito de apresentar ao estudante

como será a metodologia de nosso curso, bem como o conhecimento do perfil

do professor. Já adianto que gosto de elaborar as aulas buscando sempre a

aproximação com o aluno, para que você que está lendo consiga imaginar que

o professor está próximo, falando com você.

Meu nome é Antônio Sérgio Mendes Júnior. Para que me conheçam melhor,

minha experiência em concursos começou quando eu tinha 17 anos. Fui 12°

lugar no concurso público nacional para ingresso na Escola Preparatória de

Cadetes do Exército. Cursei, a seguir, a Academia Militar das Agulhas Negras,

concluindo meu curso de Ciências Militares em 4° lugar, com ênfase em

Intendência (Logística e Administração). Lá tive meus primeiros contatos com

administração pública, orçamento e execução financeira. Como Oficial do

Exército, desempenhei, entre outras diversas funções tipicamente militares, as

funções de Pregoeiro e de Membro da Comissão Permanente de Licitações e

Contratos, nas quais tive contato constante com a ponta da linha do gasto

público, que é a execução financeira.

Comecei a estudar em 2006 visando à Receita Federal, buscando um novo

horizonte, e como o concurso não saía, procurei novas frentes. Surgiu o

concurso para meu cargo atual, analisei o edital e as funções desempenhadas,

quando vislumbrei que tal cargo era muito mais voltado para minhas

preferências pessoais. Até então nem sabia que ele existia! Mesmo mudando o

foco em cima da hora, sem ter estudado algumas matérias, obtive a aprovação,

a qual consegui muito em função do conhecimento de Administração

Financeira e Orçamentária - AFO que sempre tem um peso significativo nesta

prova. Por isso considero AFO tão importante.

Quanto a meu concurso, hoje estou realmente realizado como Analista de

Planejamento e Orçamento (APO) do Ministério do Planejamento, Orçamento e

Gestão. Estou lotado na Secretaria de Orçamento Federal (SOF), onde convivo

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diariamente com esse assunto fascinante que é o Orçamento, chave da nossa

matéria.

A minha experiência anterior como Pregoeiro e em Licitações me ajudou e

ajuda até hoje a ter uma visão mais completa do emprego do dinheiro público,

pois agora estou do outro lado, o da alocação dos recursos. Assim,

compreendo todas as dificuldades e anseios daqueles que efetivamente

“gastam”.

Além de Analista de Planejamento e Orçamento, atualmente sou Instrutor da

Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), das Semanas de

Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas pela

Escola de Administração Fazendária (ESAF) e pós-graduando em Orçamento

Público pelo Instituto Serzedello Corrêa do Tribunal de Contas da União

(ISC/TCU).

Assim, numa divisão mais didática que o edital, buscando ser o mais completo

e objetivo possível, serão 7 aulas (0 a 6), desenvolvidas da seguinte forma:

• Aula 0 – Tópico: 6 Orçamento na Constituição da República.

1º Simulado.

• Aula 1 – Tópico: 3 O ciclo orçamentário. 2º Simulado.

• Aula 2 – Tópicos: 1 Orçamento público. 2 Orçamento público no Brasil.

10 Tipos de créditos orçamentários. 3º Simulado.

Aproveito a oportunidade para informar sobre o lançamento

de mais um livro com o selo Vicente & Marcelo:

Administração Financeira e Orçamentária, Teoria e Questões, Sérgio Mendes, Editora Método. Cobre todo o

edital do MPU da nossa matéria. Acompanhe os meus

artigos na parte aberta do site, que em breve trarei a relação

entre os tópicos do edital e os capítulos do livro, bem como a

data do lançamento oficial. No entanto, informo que o livro já

está disponível nas melhores livrarias de todo o país.

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• Aula 3 – Tópicos: 4 Orçamento-programa. 5 Planejamento no orça-

mento-programa. 1 Orçamento público (Princípios). 4º Simulado.

• Aula 4 – Tópicos: 7 Conceituação e classificação de receita pública.

8 Classificação orçamentária de receita pública por categoria econômica

no Brasil. 5º Simulado.

• Aula 5 – Tópico: 9 Classificação de gastos públicos. 6º Simulado.

• Aula 6 – Tópico: 11 Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar

n° 101/2000. 7º Simulado.

Estou ministrando este curso on-line porque realmente acredito em sua

efetividade. Sou natural de Juiz de Fora – MG e estava morando e trabalhando

lá. Embora seja uma cidade de porte médio (mais de 500 mil habitantes), os

cursinhos preparatórios de lá, apesar de bons, praticamente só ofereciam

cursos para Escolas Militares, Receita Federal e Polícia Federal. Se hoje sou

Analista de Planejamento e Orçamento, devo muito aos cursos on-line.

E quanto a você estudante? Quer mudar de vida? Quer ser reconhecido

profissionalmente? Está se sentindo subempregado? Quer respirar novos

ares? Quer fazer parte de uma das carreiras do Ministério Público da União?

Como motivação lei esta pequena crônica cujo autor eu desconheço:

A mamãe e seu filhote camelo estavam à toa, quando de repente o bebê

camelo perguntou:

__ Mãe, mãe, posso lhe perguntar algumas coisas?

__ Claro! O que está incomodando o meu filhote?

__ Por que os camelos têm corcova?

__ Bem, meu filhinho, nós somos animais do deserto, precisamos das corco-

vas para reservar água e por isso mesmo somos conhecidos por sobreviver

sem água!

__ Certo, e por que nossas pernas são longas e nossas patas arredondadas?

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__ Filho, certamente elas são assim para nos permitir caminhar no deserto.

Sabe, com essas pernas eu posso me movimentar pelo deserto melhor do que

qualquer um!

__ Tá... Então, por que nossos cílios são tão longos? De vez em quando eles

atrapalham minha visão.

__ Meu filho, esses cílios longos e grossos são como uma capa protetora para

os olhos. Eles ajudam na proteção dos seus olhos quando atingidos pela areia

e pelo vento do deserto!

__ Ahhh! – concordou o camelinho.

__ Então a corcova é para armazenar água enquanto cruzamos o deserto, as

pernas para caminhar através do deserto e os cílios são para proteger meus

olhos do deserto.

__ Isso mesmo, meu filho!

__ Então... o que estamos fazendo nesse tal de zoológico?

MORAL DA HISTÓRIA

Não adianta você ter tudo se não está no lugar certo.

Venha comigo nesta empreitada! Busque seus objetivos!

“As ideias e estratégias são importantes, mas o verdadeiro desafio é a sua execução”. (Percy Barnevick)

Nesta aula estudaremos o Orçamento na Constituição da República, tema que

compreende os instrumentos de planejamento e orçamento da Constituição

Federal.

O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei

Orçamentária Anual (LOA) são as leis que regulam o planejamento e o

orçamento dos entes públicos federal, estaduais e municipais. Essas leis

constituem etapas distintas, porém integradas, de forma que permitam um

planejamento estrutural das ações governamentais.

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Na seção denominada “Dos Orçamentos” na Constituição Federal de 1988

(CF/1988) tem-se essa integração, por meio da definição dos instrumentos de

planejamento PPA, LDO e LOA, os quais são de iniciativa do Poder Executivo.

Segundo o art. 165 da CF/1988:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I – o plano plurianual;

II – as diretrizes orçamentárias;

III – os orçamentos anuais.

A Constituição Federal de 1988 recuperou a figura do planejamento na

administração pública brasileira, com a integração entre plano e orçamento por

meio da criação do Plano Plurianual e da Lei de Diretrizes Orçamentárias. O

PPA, assim como a LDO, é uma inovação da CF/1988. Antes do PPA e da

CF/1988, existiam outros instrumentos de planejamento estratégico, como o

Orçamento Plurianual de Investimentos (OPI), com três anos de duração, o

qual não se confunde com o PPA, que possui quatro anos de duração.

O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal

que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas

da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas

decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

A LDO surgiu almejando ser o elo entre o planejamento estratégico (PPA) e o

planejamento operacional (LOA). Sua relevância reside no fato de ter

conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais

dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos

estratégicos existentes antes da CF/1988.

A LOA é um instrumento que expressa a alocação de recursos públicos, sendo

operacionalizada por meio de diversos programas.

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Atenção: as bancas ainda tentam confundir o estudante como se o PPA já

existisse antes da CF/1988, porém com outro nome. Existiam outros

instrumentos de planejamento, mas eles não têm relação com o Plano

Plurianual. O PPA é inovação da atual CF! O PPA substituiu os Orçamentos

Plurianuais de Investimentos, estendendo-lhes a vigência em um exercício

financeiro.

1. PLANO PLURIANUAL

O Plano Plurianual – PPA é o instrumento de planejamento do Governo

Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e

metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras

delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

Retrata, em visão macro, as intenções do gestor público para um período de

quatro anos, podendo ser revisado a cada ano.

Segundo o § 1.o do art. 165 da CF:

§ 1.º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada,

as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as

despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas

aos programas de duração continuada.

Caiu na prova:

(FCC – APO/SP – 2010) A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá, de

forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública

federal para as despesas:

(A) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos projetos de

investimentos.

(B) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de

duração continuada.

(C) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de

duração predeterminada.

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(D) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de

duração continuada.

(E) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas-

meio do governo.

A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as

diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Resposta: Letra D

O PPA deve ser elaborado de forma regionalizada. Um grande desafio do

planejamento é promover, de maneira integrada, oportunidades de

investimentos que sejam definidas a partir das realidades regionais e locais,

levando a um desenvolvimento mais equilibrado entre as diversas regiões do

país. O desenvolvimento do Brasil tem sido territorialmente desigual. As

diversas regiões brasileiras não possuem as mesmas condições para fazer

frente às transformações socioeconômicas em curso, especialmente aquelas

associadas ao processo de inserção do país na economia mundial. Tais

mudanças são estruturais e demandam um amplo horizonte de tempo e

perseverança para se concretizarem, motivo pelo qual devem ser tratadas na

perspectiva do planejamento de longo prazo. O papel do Plano Plurianual

nesse contexto é o de implementar o necessário elo entre o planejamento de

longo prazo e os orçamentos anuais. O planejamento de longo prazo

encontra, assim, nos sucessivos planos plurianuais, as condições para sua

materialização. Com isso, o planejamento constitui-se em instrumento de

coordenação e busca de sinergias entre as ações do Governo Federal e os

demais entes federados e entre a esfera pública e a iniciativa privada. Ao

caracterizar e propor uma estratégia para cada um dos agrupamentos

territoriais (macrorregiões de referência), a expectativa é que ocorra um

processo de convergência das políticas públicas ao nível dos territórios.

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As diretrizes são normas gerais, amplas, que mostram o caminho a ser

seguido na gestão dos recursos pelos próximos quatros anos. Grandes

diretrizes orientam a elaboração e implementação do PPA 2008-2011: a

redução das desigualdades econômicas, sociais e regionais com

sustentabilidade (que deve condicionar todas as demais); a integração

nacional e sul-americana; o fortalecimento das capacidades regionais de

produção e inovação e a inserção competitiva externa; a

conservação/preservação do meio ambiente; o fortalecimento da inter-relação

dos meios urbano e o rural; e a construção de uma rede equilibrada de

cidades.

Os objetivos correspondem ao que será perseguido com maior ênfase pelo

Governo Federal no período do Plano para que, a longo prazo, a visão

estabelecida se concretize. Devem ser passíveis de mensuração, sendo assim

acompanhados de indicadores e metas que permitam o monitoramento e a

avaliação dos resultados alcançados por meio das políticas e programas a eles

associados. As metas correspondem à quantificação física dos objetivos.

As despesas de capital são aquelas que contribuem, diretamente, para a

formação ou aquisição de um bem de capital, como, por exemplo, a

pavimentação de uma rodovia. O termo “e outras delas decorrentes” se

relaciona às despesas correntes que esta mesma despesa de capital irá gerar

após sua realização. Despesas correntes são as que não contribuem,

diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como as

despesas com pessoal, encargos sociais, custeio, manutenção, etc. Neste

mesmo exemplo, após a pavimentação da rodovia, ocorrerão diversos gastos

com sua manutenção, ou seja, gastos decorrentes da despesa de capital

pavimentação da rodovia. Assim, tanto a pavimentação da rodovia (despesa

de capital) quanto o custeio com sua manutenção (despesa corrente

relacionada à de capital) deverão estar previstos no Plano Plurianual.

Os programas de duração continuada são aqueles cuja duração seja

prolongada por mais de um exercício financeiro. Se o programa é de duração

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continuada, deve constar do PPA. Logo, as ações cuja execução esteja restrita

a um único exercício financeiro estão dispensadas de serem discriminadas no

PPA do governo federal, porque não se caracterizam como de duração

continuada.

Quanto aos investimentos, determina o art. 167 da CF:

§ 1.º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro

poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que

autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

Atenção: Investimento, na linguagem do dia a dia, se refere normalmente a

uma aplicação ou aquisição que proporciona algum retorno financeiro.

Exemplo: ações na bolsa de valores. Na linguagem orçamentária, portanto em todo o nosso conteúdo, é diferente: investimentos são despesas com

softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a

aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e

com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.

Exemplo: construção de um prédio público.

Caiu na prova:

(CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) Em nen-

huma hipótese um investimento com duração superior a um exercício

financeiro poderá ser iniciado sem sua prévia inclusão no PPA.

Já vimos que nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício

financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

Logo, há uma hipótese de um investimento com duração superior a um

exercício financeiro ser iniciado sem sua prévia inclusão no PPA: existência de

uma lei que autorize a inclusão.

Resposta: Errada

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A organização das ações do Governo está sob a forma de programas, os

quais são elementos centrais do PPA, integrando o Plano Plurianual aos

orçamentos anuais, à execução e ao controle. O programa é o instrumento de

organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações

orçamentárias ou não-orçamentárias, que concorrem para a concretização de

um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores, visando à

solução de um problema ou o atendimento de determinada necessidade ou

demanda da sociedade. Podem abranger atividades desenvolvidas por

diferentes Ministérios. Exemplos de programas: Brasil Universitário,

Administração Tributária e Aduaneira, Calha Norte, Controle Externo,

Desenvolvimento de Competências em Gestão Pública, Cidadania e

Efetivação do Direito das Mulheres.

Caiu na prova:

(CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Os objetivos

básicos do PPA incluem a organização em programas das ações que resultem

em incremento de bens ou serviços que atendam demandas da sociedade.

A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa

proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e

ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade,

bem como facilitar a mensuração total dos custos necessários ao alcance de

um dado objetivo e elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos.

Assim, toda ação finalística do Governo Federal deverá ser estruturada em

Programas orientados para a consecução dos objetivos estratégicos definidos

para o período do PPA.

Resposta: Certa

Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no Ato das

Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) e estarão em vigor enquanto

não for editada a Lei Complementar prevista na CF/1988 para:

I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a

organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei

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orçamentária anual;

II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração

direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de

fundos.

Estudaremos tal Lei Complementar na aula sobre ciclo orçamentário.

Segundo o ADCT, a vigência do PPA é de quatro anos, iniciando-se no

segundo exercício financeiro do mandato do chefe do executivo e terminando

no primeiro exercício financeiro do mandato subsequente. Ele deve ser

encaminhado do Executivo ao Legislativo até quatro meses antes do

encerramento do primeiro exercício, ou seja, até 31 de agosto. A devolução ao

Executivo deve ser feita até o encerramento do segundo período da sessão

legislativa (22 de dezembro) do exercício em que foi encaminhado.

Atenção: o PPA não se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O

PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo

ano. A partir daí, terá sua vigência até o final do primeiro ano do mandato

seguinte. A ideia é manter a continuidade dos Programas.

Cuidado: um chefe do executivo (presidente, por exemplo) pode governar

durante todo o seu PPA? A resposta é sim, desde que o chefe do executivo

seja reeleito. Porém, como vimos, será o mesmo governante em mandatos

diferentes.

QUADRO DO PPA

Estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da

administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as

relativas aos programas de duração continuada.

Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado

sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de

crime de responsabilidade.

Assim como a LDO, é inovação da CF/1988.

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2. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

A LDO também surgiu por meio da Constituição Federal de 1988, almejando

ser o elo entre o planejamento estratégico (Plano Plurianual) e o planejamento

operacional (Lei Orçamentária Anual). Sua relevância reside no fato de ter

conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais

dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos

estratégicos existentes antes da CF/1988.

Segundo o § 2.o do art. 165 da CF/1988:

§ 2.º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da

administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício

financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual,

disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de

aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

SEGUNDO A CF, A LDO:

Compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal.

Incluirá as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.

Orientará a elaboração da LOA.

Disporá sobre as alterações na legislação tributária.

Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Caiu na prova:

(ESAF – APO – MPOG – 2010) Na integração do Sistema de Planejamento e

Orçamento Federal, indique qual(ais) instrumento(s) legal(is) explicita(m) as

metas e prioridades para cada ano.

a) O Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual.

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b) A Lei de Responsabilidade Fiscal.

c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias.

d) A Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Orçamentária Anual.

e) A Lei Orçamentária Anual.

Atenção: os examinadores tentam confundir o termo “diretrizes, objetivos e

metas” que se refere ao PPA com o termo “metas e prioridades” que se refere

à LDO.

PPA Diretrizes, Objetivos e Metas (DOM)

LDO Metas e Prioridades

Logo, a Lei de Diretrizes Orçamentárias explicita as metas e prioridades para

cada ano.

Resposta: Letra C

A doutrina majoritária afirma que a vigência da LDO é de um ano. Toa, a

LDO extrapola o exercício financeiro, uma vez que ela é aprovada até o

encerramento da 1.ª sessão legislativa e orienta a elaboração da LOA no

segundo semestre, bem como estabelece regras orçamentárias a serem

executadas ao longo do exercício financeiro subsequente. Por exemplo, a

LDO elaborada em 2010 terá vigência já em 2010 para que oriente a

elaboração da LOA e também durante todo o ano de 2011, quando ocorrerá a

execução orçamentária.

O prazo para encaminhamento da LDO ao Legislativo é de oito meses e meio

antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e a devolução ao

Executivo deve ser realizada até o encerramento do primeiro período da

sessão legislativa (17 de julho).

Vimos que as diretrizes orçamentárias fixadas pela LDO têm diversos objetivos,

entre eles as metas e prioridades da administração pública.

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A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o

exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária

anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a

política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Vamos agora destrinchar esse parágrafo:

Definição das metas e prioridades da administração pública federal: as

disposições que constarão do orçamento devem ser comparadas com as

metas e prioridades da administração pública. Assim, pode-se verificar se as

metas e prioridades podem ser concretizadas a partir da alocação de recursos

na LOA.

Orientação à elaboração da lei orçamentária anual: reforça a ideia que a

LDO é um plano prévio à Lei Orçamentária, assim como o Plano Plurianual é

um plano prévio à LDO. É o termo mais genérico, pois incluem também as

metas e prioridades da administração pública, as alterações na legislação

tributária e a política de aplicação das agências oficiais de fomento.

Disposição sobre as alterações na legislação tributária: os tributos têm

diversas funções. A mais conhecida é a função fiscal, aquela voltada para

arrecadação. No entanto, uma outra importante função é a reguladora, em que

o governo interfere diretamente na economia por meio dos tributos,

incentivando ou desestimulando comportamentos para alcançar os objetivos do

Estado. Assim, verifica-se a importância das alterações na legislação tributária

e se justifica sua presença na LDO.

Estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento: objetiva o controle dos gastos das agências que fomentam o

desenvolvimento do país. Sua presença na LDO justifica-se pela repercussão

econômica que ocasionam. Exemplos: Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal

(CEF), Agência de Fomento do Paraná (AFPR), Agência de Fomento do

Estado do Amazonas (AFEAM).

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Além dos dispositivos referentes à LDO previstos na CF/1988, veremos que a

Lei de Responsabilidade Fiscal , em seu art. 4.º, I, a, b, e e f, aumentou o rol

de funções da LDO:

Art. 4.o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2.o do art. 165

da Constituição e:

I – disporá também sobre:

a) equilíbrio entre receitas e despesas;

b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses

previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9.º e no inciso II do § 1.º

do art. 31;

(...)

e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos

programas financiados com recursos dos orçamentos;

f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades

públicas e privadas.

Obs.: As alíneas c e d não foram citadas porque foram vetadas.

Assim:

SEGUNDO A LRF, A LDO DISPORÁ SOBRE:

Equilíbrio entre receitas e despesas.

Critérios e forma de limitação de empenho, caso a realização da receita possa não comportar o

cumprimento das metas de resultado primário ou nominal previstas.

Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados

com recursos dos orçamentos.

Demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas.

Segundo o art. 4.°, § 1.º, da LRF, o Anexo de Metas Fiscais integrará a LDO:

§ 1.o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias o Anexo de Metas

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Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e

constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e

montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois

seguintes.

O resultado primário corresponde à diferença entre as receitas arrecadadas e

as despesas empenhadas, não considerando o pagamento do principal e dos

juros da dívida, tampouco as receitas financeiras. Já o resultado nominal é

mais abrangente, pois corresponde à diferença entre todas as receitas

arrecadadas e as despesas empenhadas, incluindo pagamentos de parcelas

do principal e dos juros da dívida, bem como as receitas financeiras obtidas.

Prosseguindo, temos que o Anexo de Metas Fiscais conterá:

I – avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;

II – demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de

cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as

fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com

as premissas e os objetivos da política econômica nacional;

III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios,

destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de

ativos;

IV – avaliação da situação financeira e atuarial:

a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e

do Fundo de Amparo ao Trabalhador;

b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;

V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da

margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.

Segundo o art. 17 da LRF, considera-se obrigatória de caráter continuado a

despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo

normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um

período superior a dois exercícios.

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Temos também integrando a LDO o Anexo de Riscos Fiscais, em que serão

avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas

públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.

Os riscos fiscais abrangem os riscos orçamentários e os riscos da dívida.

Os passivos contingentes podem ser definidos como dívidas cuja existência

dependa de fatores imprevisíveis, como os processos judiciais em curso e

dívidas em processo de reconhecimento.

Ainda, a mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo

específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem

como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis,

e também as metas de inflação, para o exercício subsequente.

Caiu na prova:

(CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) Os riscos

fiscais que devem ser incluídos em anexo da LDO abrangem os riscos orça-

mentários e os riscos da dívida.

Integra a LDO o Anexo de Riscos Fiscais, em que serão avaliados os passivos

contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando

as providências a serem tomadas, caso se concretizem. Os riscos fiscais

abrangem os riscos orçamentários e os riscos da dívida.

Resposta: Certa

Montamos mais um quadro, desta vez com o Anexo de Metas Fiscais e o

Anexo de Riscos Fiscais:

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INTEGRARÁ O PLDO O ANEXO DE METAS FISCAIS QUE CONTERÁ:

As metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas,

resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se

referirem e para os dois seguintes.

A avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior.

Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que

justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios

anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da

política econômica nacional.

Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a

origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos.

Avaliação da situação financeira e atuarial:

• dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do FAT;

• dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial.

Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de

expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.

INTEGRARÁ O PROJETO DA LDO O ANEXO DE RISCOS FISCAIS

Onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as

contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.

Vamos falar de mais uma característica da LDO, segundo o § 1.o, I e II, do art.

169 da CF/1988:

§ 1.ºA concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a

criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras,

bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos

órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações

instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:

I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções

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de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;

II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias,

ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

Assim, é necessário autorização específica na LDO para a concessão de

qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos,

empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a

admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e

entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e

mantidas pelo poder público. A exceção se dá para as empresas públicas e

para as sociedades de economia mista.

Caiu na prova:

(CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010) A alteração

da estrutura de carreira do pessoal do MPS para 2010 só poderá ser realizada

se a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) aprovada para este exercício

contiver a respectiva autorização.

A alteração da estrutura de carreira do pessoal do Ministério da Previdência

Social (MPS) ou dos demais órgãos e entidades da administração direta ou

indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só

poderá ser realizada se a LDO aprovada para este exercício contiver a

respectiva autorização.

Resposta: Certa

3. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL

3.1 A Lei Orçamentária Anual na CF/1988

A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o poder público prevê a

arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de

um ano. A LOA é o orçamento por excelência ou o orçamento propriamente

dito. A finalidade da LOA é a concretização dos objetivos e metas

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estabelecidas no PPA. É o cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em

consonância com o que foi estabelecido na LDO. Portanto, orientada pelas

diretrizes, objetivos e metas do PPA, compreende as ações a serem

executadas, seguindo as metas e prioridades estabelecidas na LDO.

Quanto à vigência, também segue o ADCT. O projeto da Lei Orçamentária

anual deverá ser encaminhado ao Legislativo quatro meses antes do término

do exercício financeiro (31 de agosto), e devolvido ao executivo até o

encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro) do exercício de sua

elaboração.

Segundo o § 5.o, I, II e III, do art. 165 da CF/1988:

§ 5.º A lei orçamentária anual compreenderá:

I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e

entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e

mantidas pelo Poder Público;

II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou

indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e

órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os

fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Caiu na prova:

(CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças – IBGE – 2010) De

acordo com o disposto na atual Constituição da República Federativa do Brasil,

a lei orçamentária anual contempla os seguintes orçamentos:

a) participativo, previdenciário e atuarial.

b) misto, derivado e legislativo.

c) plurianual, monetário e de investimentos.

d) previdenciário, monetário e social.

e) fiscal, da seguridade social e de investimento das estatais.

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Os orçamentos que compõem a LOA são denominados de orçamento fiscal,

orçamento de investimentos (ou de investimentos das estatais) e orçamento da

seguridade social.

Resposta: Letra E

Cabe ressaltar que até a década de 1980 o que havia era um convívio

simultâneo com três orçamentos distintos: o orçamento fiscal, o orçamento

monetário e o orçamento das estatais. Não ocorria nenhuma consolidação

entre eles.

O orçamento fiscal era sempre equilibrado e era aprovado pelo Legislativo. O

orçamento monetário e o das empresas estatais eram deficitários, sem controle

e, além do mais, não eram votados. Como o déficit público e os subsídios mais

importantes estavam no orçamento monetário, o Legislativo encontrava-se,

praticamente, alijado das decisões mais relevantes em relação à política fiscal

e monetária do País. O orçamento monetário era elaborado pelo Banco Central

e aprovado pelo executivo por decreto, sem o Congresso.

Cuidado: pela CF/1988, a LOA compreende o orçamento fiscal, da seguridade

social e de investimentos das estatais. Não existe mais o orçamento monetário,

porém ele ainda cai em prova para confundir o estudante! Não existem mais

orçamentos paralelos.

Segundo o § 7.º do art. 165 da CF/1988, os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão

entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério

populacional.

Atenção: note que o Orçamento da Seguridade Social não tem a função de

reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa

dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos

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relativos à saúde, à previdência e à assistência social. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas

sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros

agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua

promoção, proteção e recuperação. Quanto à previdência social, fundada na

ideia de solidariedade social, deve ser organizada sob a forma de um regime

geral, sendo este de caráter contributivo e filiação obrigatória. Já a assistência social apresenta característica de universalidade, visto que será prestada a

quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social.

Segundo o art. 195 da CF/1988, a proposta de orçamento da seguridade social

será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde,

previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades

estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a

gestão de seus recursos.

No entanto, as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não

integrando o orçamento da União.

Atenção: o orçamento da seguridade social é aplicado a todos os órgãos que

possuem receitas e despesas públicas relacionadas à seguridade social

(previdência, assistência e saúde) e não apenas àqueles diretamente

relacionados à seguridade social, como os hospitais que atendem ao Sistema

Único de Saúde (SUS). Por exemplo, o Ministério do Planejamento possui

despesas de assistência médica relativa aos seus servidores e essa despesa

faz parte do orçamento da seguridade social.

A CF/1988 veda o início de programas ou projetos não incluídos na LOA.

Ainda, veda a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos

dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir

déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive daqueles que compõem os

próprios orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e da seguridade

social.

Segundo o Professor Giacomoni, a forma de tratamento e disposição dos três

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orçamentos que constituem a lei orçamentária anual – fiscal, seguridade social e

investimento das empresas estatais – é, igualmente, estabelecida nas LDOs.

Enquanto o orçamento de investimento das empresas é individualizado,

constituindo documento separado, os outros dois – fiscal e seguridade social –

são tratados como categorias classificatórias de receita e despesa, e

apresentados conjuntamente no mesmo documento. Essa solução tem merecido

críticas, pois a falta de separação clara entre os citados orçamentos deixaria

pouco transparentes os valores de um e outro. De qualquer forma, como

praticamente todas as entidades federais têm encargos classificáveis nos dois

orçamentos, a metodologia utilizada é a mais recomendável.

Ao contrário do que pode parecer, não há duas leis, uma com os orçamentos

fiscal e da seguridade social e outra com o orçamento de investimento. Na

verdade, há uma clara divisão dentro da própria lei. Por exemplo, na lei

orçamentária anual (LOA) de 2010 temos o Capítulo II “DOS ORÇAMENTOS

FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL” e o Capítulo III “DO ORÇAMENTO DE

INVESTIMENTO”. Nos volumes que compõem a LOA o orçamento de

investimento também está separado. Esta é a razão da crítica.

Caiu na prova:

(CESPE – Analista – SERPRO – 2008) De acordo com o art. 165

da Constituição Federal, a LOA compreenderá o orçamento fiscal, o

orçamento de investimentos das empresas estatais e o orçamento da

seguridade social. A respeito do orçamento de investimentos das empresas

estatais, julgue o item abaixo.

Terá entre suas funções a de reduzir as desigualdades inter-regionais, segundo

critério populacional.

Segundo o § 7.º do art. 165 da CF/1988, os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão

entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério

populacional.

Resposta: Certa

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3.2 Empresa estatal dependente

Vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre a LOA. Mas, antes,

precisaremos do importante conceito de empresa estatal dependente. Primeiro,

temos que saber que uma empresa controlada é uma sociedade cuja

maioria do capital social com direito a voto pertence, direta ou

indiretamente, a ente da Federação.

Consoante a LRF, empresa estatal dependente é uma empresa controlada,

mas que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de

despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária. Este conceito é importantíssimo, porque, sendo uma empresa estatal

considerada dependente, ela participará do Orçamento Fiscal e da Seguridade

Social. Integram o orçamento de investimentos apenas as chamadas empresas

estatais não dependentes.

Desta forma, a empresa estatal não dependente é autossustentável e não faz

parte do campo de aplicação da LRF, porém seus investimentos integram a

LOA por lidar com o dinheiro público. Isso ocorre para que a empresa tenha

liberdade de atuação e ao mesmo tempo o Poder Público tenha controle sobre

os investimentos dela. Por exemplo, a Petrobrás é uma Sociedade de

Economia Mista e estatal não dependente. Não sofre as restrições da LRF

porque tem que ser dinâmica para concorrer com a iniciativa privada. Por outro

lado, o Estado deve deter o poder para influenciar onde ela aplicará seus

investimentos e a população deve ter conhecimento, por isso ela compõe o

Orçamento de Investimentos.

Já as empresas dependentes recebem recursos do Estado para se manter,

portanto não se sustentam sozinhas. Existem para suprir alguma falha de

mercado em que a iniciativa privada não quis ou não conseguiu êxito e é

relevante para a sociedade. Exemplos: Empresa Brasileira de Pesquisa

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Agropecuária (Empraba) e Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA).

Assim, possuem controle total do Estado, seguem a LRF e fazem parte do

Orçamento Fiscal e da Seguridade Social.

A separação é tão nítida que a Secretaria de Orçamento Federal (SOF) é

responsável pelo Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Já o Orçamento de

Investimentos fica a cargo do Departamento de Coordenação e Governança

das Empresas Estatais (DEST). São duas estruturas totalmente diferentes

integrantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

Caiu na prova:

(ESAF – Analista Administrativo – ANA – 2009) Nos termos da Lei de

Responsabilidade Fiscal, para que uma empresa estatal seja considerada

dependente, é necessário que, além de controlada, ela receba do ente

controlador recursos financeiros para pagamento de despesas:

I. com pessoal.

II. de custeio em geral.

III. de capital, incluídos os provenientes de aumento de participação acionária.

IV. de capital, excluídos os provenientes de aumento de participação acionária.

a) I ou II ou IV.

b) I e II e III.

c) II ou III ou IV.

d) I e II e IV.

e) I ou II ou III.

Vamos interpretar o conceito de empresa estatal dependente da LRF:

QUADRO: EMPRESA ESTATAL DEPENDENTE

É uma empresa controlada, ou seja, é uma sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação.

Porém, que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital.

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Sendo que, no caso das despesas de capital, caso receba apenas recursos provenientes de aumento de participação acionária, não será considerada estatal dependente.

Sendo estatal dependente, integrará o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social.

Se for não dependente, integrará o Orçamento de Investimentos.

I) II) e IV) Corretos. O recebimento de recursos financeiros pela empresa

controlada para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos os provenientes de aumento de participação acionária, a torna empresa estatal dependente.

III) Errado. Devem ser excluídas as despesas de capital provenientes de

aumento de participação acionária.

Logo, I ou II ou IV é a alternativa que responde o item.

Resposta: Letra A.

3.3 A Lei Orçamentária Anual na LRF

A LRF também traz dispositivos sobre a LOA. Segundo o art. 5.º da LRF, o

projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano

plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias:

I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos

orçamentos com os objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da

LDO;

II – será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as

receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e

benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das

medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas

obrigatórias de caráter continuado;

III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante,

definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO,

destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos

fiscais imprevistos.

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A reserva de contingência tem por finalidade atender, além da abertura de

créditos adicionais, perdas que, embora sejam previsíveis, são episódicas,

contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com

vistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais.

O mesmo artigo da LRF determina ainda que constarão da LOA todas as

despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que

as atenderão. Ainda, tem-se que o refinanciamento da dívida pública constará

separadamente na lei orçamentária e nas de crédito adicional.

Finalmente, integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei

orçamentária, as despesas do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e

encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios e

assistência aos servidores, e a investimentos.

Caiu na prova:

(FCC – Técnico de Controle Externo – TCM/PA – 2010) Sobre orçamento, é

correto afirmar que:

(A) o demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas,

decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de

natureza financeira, tributária e creditícia é objeto do plano plurianual.

(B) as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente são objeto

do plano plurianual.

(C) a orientação da elaboração da lei orçamentária anual é objeto da lei de

diretrizes orçamentárias.

(D) as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as

despesas relativas aos programas de duração continuada são previstas na lei

de diretrizes orçamentárias.

(E) o objeto do plano plurianual vem definido na Lei Complementar n° 101/00 -

Lei de Responsabilidade Fiscal.

a) Errada. O projeto da LOA será acompanhado do demonstrativo

regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções,

anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e

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creditícia, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao

aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado.

b) Errada. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e

prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da

lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e

estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de

fomento.

c) Correta. A orientação da elaboração da lei orçamentária anual é objeto da lei de diretrizes orçamentárias. d) e) Erradas. Segundo o art. 165 da CF/88, a lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e

metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras

delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

Resposta: Letra C

E aqui terminamos nossa aula demonstrativa.

Conforme combinamos, segue ao final de cada aula o “memento do

concurseiro”, a lista de questões comentadas nesta aula e o 1° simulado com

seus respectivos gabaritos. Lembro que o memento é apenas um lembrete dos principais pontos do conteúdo abordado. Logo, é uma diretriz para o

estudante, porém recomendo que você o complemente de acordo com suas

necessidades e não deixe de constantemente consultar o conteúdo da aula.

Não se prenda apenas ao memento.

Na próxima aula trataremos do Ciclo Orçamentário.

Forte abraço!

Sérgio Mendes

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MEMENTO 0

PPA

Estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da administração pública

federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração

continuada.

Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia

inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

Assim como a LDO, é inovação da CF/1988.

LDO

SEGUNDO A CF, A LDO:

Compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal.

Incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.

Orientará a elaboração da LOA.

Disporá sobre as alterações na legislação tributária.

Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

SEGUNDO A LRF, A LDO DISPORÁ SOBRE:

Equilíbrio entre receitas e despesas.

Critérios e forma de limitação de empenho, caso a realização da receita possa não comportar o

cumprimento das metas de resultado primário ou nominal previstas.

Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com

recursos dos orçamentos.

Demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas.

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Integrará o PLDO o Anexo de Metas Fiscais que conterá:

As metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e

primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.

A avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior.

Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os

resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a

consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional.

Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação

dos recursos obtidos com a alienação de ativos.

Avaliação da situação financeira e atuarial:

• dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do FAT;

• dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial.

Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das

despesas obrigatórias de caráter continuado.

Integrará o PLDO o Anexo de Riscos Fiscais

Onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas,

informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.

LOA

SEGUNDO A CF, A LOA COMPREENDERÁ:

I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração

direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a

maioria do capital social com direito a voto;

III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da

administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder

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Público.

Seu projeto será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas,

decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e

creditícia.

Os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão

entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

É vedada a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da

seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive

daqueles que compõem os próprios orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e da seguridade

social.

SEGUNDO A LRF, A LOA:

Deve ter seu projeto elaborado de forma compatível com o PPA e a LDO.

I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os

objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da LDO;

II – será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente

de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem

como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de

caráter continuado;

III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita

corrente líquida, serão estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros

riscos e eventos fiscais imprevistos.

Constarão todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as

atenderão.

O refinanciamento da dívida pública constará separadamente na LOA e nas de crédito adicional.

EMPRESA ESTATAL DEPENDENTE

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É uma empresa controlada, ou seja, é uma sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto

pertence, direta ou indiretamente, a ente da Federação.

Porém, que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou

de custeio em geral ou de capital.

Sendo que, no caso das despesas de capital, caso receba apenas recursos provenientes de aumento de

participação acionária, não será considerada estatal dependente.

Sendo estatal dependente, integrará o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social.

Se for não dependente, integrará o Orçamento de Investimentos.

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1) (FCC – APO/SP – 2010) A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá,

de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração

pública federal para as despesas:

(A) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos projetos de

investimentos.

(B) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de

duração continuada.

(C) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de

duração predeterminada.

(D) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de

duração continuada.

(E) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos pro-

gramasmeio do governo.

2) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) Em nenhuma

hipótese um investimento com duração superior a um exercício financeiro

poderá ser iniciado sem sua prévia inclusão no PPA.

3) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Os objetivos

básicos do PPA incluem a organização em programas das ações que resultem

em incremento de bens ou serviços que atendam demandas da sociedade.

4) (ESAF – APO – MPOG – 2010) Na integração do Sistema de Planejamento

e Orçamento Federal, indique qual(ais) instrumento(s) legal(is) explicita(m) as

metas e prioridades para cada ano.

a) O Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual.

b) A Lei de Responsabilidade Fiscal.

c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias.

d) A Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Orçamentária Anual.

e) A Lei Orçamentária Anual.

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5) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) Os riscos fiscais

que devem ser incluídos em anexo da LDO abrangem os riscos orçamentários

e os riscos da dívida.

6) (CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010) A

alteração da estrutura de carreira do pessoal do MPS para 2010 só poderá ser

realizada se a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) aprovada para este

exercício contiver a respectiva autorização.

7) (CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças – IBGE – 2010) De

acordo com o disposto na atual Constituição da República Federativa do Brasil,

a lei orçamentária anual contempla os seguintes orçamentos:

a) participativo, previdenciário e atuarial.

b) misto, derivado e legislativo.

c) plurianual, monetário e de investimentos.

d) previdenciário, monetário e social.

e) fiscal, da seguridade social e de investimento das estatais.

8) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) De acordo com o art. 165 da

Constituição Federal, a LOA compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de

investimentos das empresas estatais e o orçamento da seguridade social. A

respeito do orçamento de investimentos das empresas estatais, julgue o item

abaixo.

Terá entre suas funções a de reduzir as desigualdades inter-regionais, segundo

critério populacional.

9) (ESAF – Analista Administrativo – ANA – 2009) Nos termos da Lei de

Responsabilidade Fiscal, para que uma empresa estatal seja considerada

dependente, é necessário que, além de controlada, ela receba do ente

controlador recursos financeiros para pagamento de despesas:

I. com pessoal.

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II. de custeio em geral.

III. de capital, incluídos os provenientes de aumento de participação acionária.

IV. de capital, excluídos os provenientes de aumento de participação acionária.

a) I ou II ou IV.

b) I e II e III.

c) II ou III ou IV.

d) I e II e IV.

e) I ou II ou III.

10) (FCC – Técnico de Controle Externo – TCM/PA – 2010) Sobre orçamento,

é correto afirmar que:

(A) o demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas,

decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de

natureza financeira, tributária e creditícia é objeto do plano plurianual.

(B) as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente são objeto

do plano plurianual.

(C) a orientação da elaboração da lei orçamentária anual é objeto da lei de

diretrizes orçamentárias.

(D) as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as

despesas relativas aos programas de duração continuada são previstas na lei

de diretrizes orçamentárias.

(E) o objeto do plano plurianual vem definido na Lei Complementar n° 101/00 -

Lei de Responsabilidade Fiscal.

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1° SIMULADO

1) (CESPE – Contador – DPU – 2010) O orçamento da seguridade social

abrange a chamada área social e, destacadamente, previdência, saúde e

educação.

2) (CESPE – Técnico Administrativo – ANEEL – 2010) A lei orçamentária anual

compreende três tipos de orçamento: fiscal, seguridade social e de

investimentos.

3) (CESPE – Analista Administrativo – ANTAQ – 2009) Os programas de

duração continuada, constantes dos planos plurianuais (PPAs), compreendem

despesas de capital destinadas tipicamente à realização das atividades-meio

dos órgãos e entidades integrantes do orçamento público.

4) (CESPE – Contador – DPU – 2010) A lei orçamentária anual (LOA) contém,

destacadamente, as despesas de custeio das empresas estatais não

dependentes.

(CESPE – Analista Administrativo – ANEEL – 2010) A respeito das disposições

da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), julgue o item a seguir.

5) A LDO dispõe acerca das normas relativas ao controle de custos e à

avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos

orçamentos.

6) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) O período de vigência

do PPA coincide integralmente com o do mandato do chefe do Poder

Executivo.

7) (CESPE – Contador – DPU – 2010) O critério adotado para a redução

das desigualdades interregionais, no orçamento fiscal, levava em conta o

fator populacional.

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8) (CESPE – Especialista em Regulação - ANATEL – 2009) Enquanto o

orçamento de investimento das empresas estatais é individualizado,

constituindo documento separado, os orçamentos fiscal e da seguridade social

são apresentados conjuntamente no mesmo documento, o que tem ensejado

críticas por parte dos que entendem que a falta de separação dos dois últimos

compromete a necessária transparência dos respectivos valores, como, por

exemplo, os referentes à previdência social.

9) (CESPE - Analista Judiciário – TJDFT - 2008) A fixação de diretrizes

orçamentárias tem entre seus objetivos fixar as prioridades e metas da

administração pública e orientar a elaboração da lei orçamentária anual.

10) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) As metas fiscais

constantes da LDO devem ter o seu efeito obrigatoriamente regionalizado.

11) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) A avaliação da evolução do

patrimônio líquido por unidade administrativa é parte integrante da lei de

diretrizes orçamentárias, destacando-se a origem e a aplicação dos recursos

obtidos com a alienação de ativos.

12) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) É vedado o início de programas ou

projetos não incluídos na LOA.

13) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Se o Banco do

Brasil S.A. pretende conceder, em 2009, aumento salarial para seus

empregados, então tal elevação somente poderá ser efetivada se prevista na

LDO que tramitou no Congresso Nacional em 2008.

14) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) A partir da LRF,

além de opcional, a reserva de contingência terá o seu montante fixado na

LPPA, discriminado o valor de cada exercício financeiro, em percentual da

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receita corrente líquida, e os seus recursos serão destinados exclusivamente

ao atendimento dos passivos contingentes relacionados no anexo de riscos

fiscais da LDO.

15) (CESPE –Planejamento e Execução Orçamentária –Min. da Saúde – 2008)

A Lei Orçamentária Anual compreende o orçamento fiscal, o orçamento de

investimentos e o orçamento da seguridade social.

16) (CESPE – Contador – DPU – 2010) As disposições relativas às alterações

na legislação tributária para o exercício subsequente devem constar

detalhadamente da LDO, no anexo de metas fiscais.

17) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) O TRE/BA

recebe dotações de recursos unicamente do orçamento fiscal, não podendo

executar despesas que são do orçamento da seguridade social, pois não é

órgão ou entidade das áreas de saúde, previdência social nem de assistência

social.

18) (CESPE– Planejamento e Execução Orçamentária– Min. da Saúde – 2008)

A instituição do PPA teve por objetivo, entre outros, substituir os Orçamentos

Plurianuais de Investimentos, estendendo-lhes a vigência em um exercício

financeiro.

(CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Julgue os itens

seguintes em conformidade com o que dispõe a Lei de Responsabilidade Fiscal

(LRF).

19) Para efeitos da LRF, uma sociedade cuja maioria do capital social com

direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a um município, enquadra-se

no conceito de empresa controlada.

20) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) Metas fiscais são

valores projetados para o exercício financeiro e que, depois de aprovados pelo

Poder Legislativo, servem de parâmetro para a elaboração e a execução do

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orçamento. Para obrigar os gestores a ampliar os horizontes do planejamento,

as metas devem ser projetadas para os próximos três anos, isto é, o exercício

a que se referem e os dois seguintes.

GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

D E C C C C E C A C

GABARITO DO 1° SIMULADO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

E C E E C E C C C E

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

C C E E C E E C C C

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Aula 1 CICLO ORÇAMENTÁRIO

Olá amigos! Como é bom estar aqui!

É com enorme alegria que tenho você como aluno e assim ter a satisfação de

que você inicialmente aprovou nossa aula demonstrativa, decidindo continuar o

curso, onde farei imediatamente o possível para atender as suas expectativas,

já que como diria um famoso primeiro-ministro inglês:

"Iremos fazer imediatamente aquilo que é possível, o impossível irá demorar

um pouco mais de tempo". (Winston Churchill)

Na aula inaugural comentei sobre o livro. Permita-me apenas fazer um convite

àqueles que estiverem em Brasília às 19h de sexta-feira, 16 de julho de 2010:

Por favor, repasse o convite aos seus amigos e aos colegas de cursinho e peça

para enviar o e-mail com o nome para [email protected]

confirmando presença, pois dará direito a um desconto para quem quiser

adquirir o livro no lançamento. Para os que não estiverem em Brasília na

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referida data ou não puderem comparecer, informo que o livro já está à venda

nas melhores livrarias de todo o país. Não se preocupe que não falo mais de

livro neste curso, desta vez foi apenas para divulgar uma oportunidade de

confraternização com os que estão mais próximos, já que pelo menos por

enquanto não será possível conhecer todos os alunos.

Nesta aula estudaremos o ciclo orçamentário, o qual corresponde ao período

de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público,

desde sua concepção até a apreciação final.

É um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se

elabora/planeja, aprova, executa, controla/avalia a programação de dispêndios

do setor público nos aspectos físico e financeiro.

O exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia-se em 1.º de

janeiro e se encerra em 31 de dezembro de cada ano, conforme dispõe o

art. 34 da Lei 4.320/1964.

Atenção: o ciclo orçamentário não se confunde com o exercício financeiro.

Aquele envolve um período muito maior, iniciando com o processo de

elaboração do orçamento, passando por discussão, execução e encerramento

com o controle.

No nosso país identificam-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou processo

orçamentário:

• elaboração/planejamento da proposta orçamentária;

• discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento;

• execução orçamentária e financeira; e

• avaliação/controle.

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Caiu na prova:

(FCC – Analista Judiciário - Administrativo – TRT 5° Região – 2008)

Elaboração, estudo/aprovação, execução e avaliação são sequências das

etapas desenvolvidas pelo processo orçamentário denominado:

(A) plano de diretrizes orçamentárias.

(B) plano plurianual.

(C) ciclo orçamentário.

(D) plano de orçamentos anuais.

(E) sistema de planejamento integrado.

Elaboração, estudo/aprovação, execução e avaliação são sequências das

etapas desenvolvidas pelo processo orçamentário denominado ciclo orçamentário. O PPA, a LDO e a LOA integram o ciclo orçamentário, ou seja,

são partes dele.

Resposta: Letra C.

1. ELABORAÇÃO/PLANEJAMENTO

1.1 Alocação de recursos e o papel dos agentes no processo

O primeiro ponto do ciclo orçamentário é a elaboração da proposta, a qual

consiste nas atividades preliminares relacionadas à alocação de recursos,

considerando o cenário fiscal. Assim, o Manual de Elaboração do PPA, ao

tratar do tema Cenário Fiscal, esclarece como ocorre a alocação de recursos.

A consistência fiscal é elemento central para sua posterior execução, motivo

pelo qual o cenário fiscal é uma das etapas mais relevantes do processo de

elaboração. A compatibilidade entre capacidade de financiamento e dispêndio

dos recursos previstos ocorre em função de um processo de alocação de

recursos que se compõe das seguintes etapas: fixação da meta fiscal, projeção

das receitas, projeção das despesas obrigatórias e apuração das despesas

discricionárias.

Na etapa de fixação da meta fiscal, as metas de resultado fiscal para o

período são definidas. Dada a orientação da política fiscal, de estimular o

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crescimento da economia sem que isso represente riscos à sua estabilidade,

as metas fiscais são definidas tendo em vista a produção de resultados

primários positivos compatíveis com a redução da relação dívida pública sobre

o Produto Interno Bruto – PIB.

O passo seguinte refere-se à projeção das receitas não financeiras. De

maneira geral, as receitas não financeiras são as receitas administradas

(impostos e contribuições em geral), a arrecadação líquida do INSS e as

receitas não administradas (dividendos, receitas próprias, etc.). Para estimativa

da receita líquida disponível para alocação, desconta-se da receita total o

montante das transferências para Estados e Municípios, previstas na

Constituição.

A etapa seguinte de construção do cenário fiscal refere-se à projeção de recursos destinados às despesas obrigatórias, as quais constituem

obrigações constitucionais ou legais da União.

As principais despesas obrigatórias estão associadas ao pagamento de

pessoal e encargos, de benefícios da previdência e assistenciais vinculados ao

salário-mínimo e subsídios e subvenções, entre outros. A alocação das

despesas obrigatórias é realizada posteriormente de forma diferenciada, dado

que, por força de determinação legal, não existe discricionariedade por parte do

gestor público quanto ao montante de recursos a ser associado a essas

despesas.

Projetada a receita líquida, descontado o montante de recursos correspondente

à meta de resultado primário e da previsão das despesas obrigatórias, tem-se

então o montante de recursos que os órgãos setoriais poderão manejar para

alocação no seu conjunto de programas para o período do plano. Essa etapa é

denominada de apuração das despesas discricionárias.

O montante de recursos previstos para a realização das despesas

discricionárias será distribuído pelo Ministério do Planejamento entre os órgãos

setoriais, tendo como base para essa repartição o perfil de gasto de cada órgão

e as prioridades de governo. Definido o limite de gasto discricionário para o

período, cada Ministério procederá à alocação desses recursos em seus

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respectivos programas, devendo ter como parâmetro para essa repartição a

orientação estratégica de governo e as orientações estratégicas dos

ministérios.

Caiu na prova:

(CESPE – Inspetor de Controle Externo - TCE/RN – 2009) A primeira etapa do

processo de elaboração orçamentária deve ser sempre o estabelecimento

da meta de resultado fiscal.

A primeira etapa do processo de elaboração orçamentária é a fixação da meta

fiscal, em que as metas de resultado fiscal para o período são definidas. Dada

a orientação da política fiscal, de estimular o crescimento da economia sem

que isso represente riscos à sua estabilidade, as metas fiscais são definidas

tendo em vista a produção de resultados primários positivos compatíveis com a

redução da relação dívida pública sobre o Produto Interno Bruto – PIB. Res-

posta: Certa

O Manual Técnico de Orçamento - MTO determina o papel dos agentes no

processo de elaboração do Orçamento, individualizando as atribuições da

Secretaria de Orçamento Federal (SOF), dos órgãos setoriais e das unidades

orçamentárias. A SOF tem entre suas atribuições principais a coordenação, a

consolidação e a elaboração da proposta orçamentária da União,

compreendendo os orçamentos fiscal e da seguridade social. O orçamento de

investimentos cabe ao Departamento de Coordenação e Governança das

Empresas Estatais (DEST), órgão de assistência direta e imediata ao Ministro

de Estado do Planejamento, sendo ligado diretamente à Secretaria-Executiva.

Assim, o DEST é responsável pela elaboração do Programa de Dispêndios

Globais – PDG – e da proposta do Orçamento de Investimentos das empresas

estatais não dependentes.

A classificação institucional, estudada em aula sobre Despesas Públicas,

reflete a estrutura organizacional e administrativa governamental e está

estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade

orçamentária. As dotações orçamentárias, especificadas por categoria de

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programação em seu menor nível são consignadas às unidades orçamentárias,

que são as estruturas administrativas responsáveis pelas dotações e pela

realização das ações.

Secretaria de Orçamento Federal: o trabalho desenvolvido pela SOF, no

cumprimento de sua missão institucional, como órgão específico e singular de

orçamento do Órgão Central do Sistema de Planejamento e de Orçamento

Federal, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, compreende:

• definição de diretrizes gerais para o processo orçamentário federal;

• coordenação do processo de elaboração dos Projetos de Lei de

Diretrizes Orçamentárias Anuais – PLDO e do orçamento anual da

União;

• análise e definição das ações orçamentárias que comporão a estrutura

programática dos órgãos e unidades orçamentárias no exercício;

• fixação de normas gerais de elaboração dos orçamentos federais;

• orientação, coordenação e supervisão técnica dos órgãos setoriais de

orçamento;

• fixação de parâmetros e referenciais monetários para a apresentação

das propostas orçamentárias setoriais;

• análise e validação das propostas setoriais;

• consolidação e formalização da proposta orçamentária da União; e

• coordenação das atividades relacionadas à tecnologia de informações

orçamentárias necessárias ao trabalho desenvolvido pelos agentes do

sistema orçamentário federal.

Órgão Setorial: o órgão setorial desempenha o papel de articulador no seu

âmbito, atuando verticalmente no processo decisório e integrando os produtos

gerados no nível subsetorial, coordenado pelas unidades orçamentárias. Sua

atuação no processo de elaboração envolve:

• estabelecimento de diretrizes setoriais para elaboração da proposta

orçamentária;

• avaliação da adequação da estrutura programática e mapeamento das

alterações necessárias;

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• formalização ao Ministério do Planejamento da proposta de alteração da

estrutura programática;

• coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento da

qualidade das informações constantes do cadastro de programas e

ações;

• fixação, de acordo com as prioridades setoriais, dos referenciais

monetários para apresentação das propostas orçamentárias das

unidades orçamentárias;

• definição de instruções, normas e procedimentos a serem observados

no âmbito do órgão durante o processo de elaboração da proposta

orçamentária;

• coordenação do processo de elaboração da proposta orçamentária no

âmbito do órgão setorial;

• análise e validação das propostas orçamentárias provenientes das

unidades orçamentárias; e

• consolidação e formalização da proposta orçamentária do órgão.

• Exemplos: Setorial do Ministério da Educação, do Ministério da Saúde,

etc.

Unidade Orçamentária: a unidade orçamentária desempenha o papel de

coordenadora do processo de elaboração da proposta orçamentária no seu

âmbito de atuação, integrando e articulando o trabalho das unidades

administrativas componentes. Trata-se de momento importante do qual

dependerá a consistência da proposta do órgão, no que se refere a metas,

valores e justificativas que fundamentam a programação.

De acordo com o art. 14 da Lei 4.320/1964, constitui unidade orçamentária o

agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que

serão consignadas dotações próprias. Em casos excepcionais, serão

consignadas dotações a unidades administrativas subordinadas ao mesmo

órgão.

As unidades orçamentárias são responsáveis pela apresentação da

programação orçamentária detalhada da despesa por programa, ação

orçamentária e subtítulo. Seu campo de atuação no processo de elaboração

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compreende:

• estabelecimento de diretrizes no âmbito da unidade orçamentária para

elaboração da proposta orçamentária;

• estudos de adequação da estrutura programática do exercício;

• formalização ao órgão setorial da proposta de alteração da estrutura

programática sob a responsabilidade de suas unidades administrativas;

• coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das

informações constantes do cadastro de ações orçamentárias;

• fixação, de acordo com as prioridades, dos referenciais monetários para

apresentação das propostas orçamentárias das unidades

administrativas;

• análise e validação das propostas orçamentárias das unidades

administrativas; e

• consolidação e formalização da proposta orçamentária da unidade

orçamentária.

• Exemplos: cada uma das Universidades Federais, cada um dos

Institutos Federais de Educação, etc.

São muitas atribuições. O mais importante é entender como funciona o

processo, o que facilita a compreensão.

O que vem a seguir é para facilitar o entendimento de todas as atribuições

acima, não para escrever em uma prova discursiva. É uma explicação bem

simplificada:

Exemplo: Ministério da Defesa

Exemplo: Comando do Exército

Exemplo: Batalhão

UO

UA

SOF

SETORIAL

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SOF: coordenação, diretrizes e consolidações gerais. Todos os órgãos

setoriais seguem a SOF e sugerem alterações a ela. A SOF analisa e valida o

que vem de todos os órgãos setoriais.

Órgão Setorial: meio-de-campo entre a SOF (geral) e a UO (específica).

Coordenação, diretrizes e consolidações intermediárias, ou seja, apenas no

seu âmbito. Segue as regras gerais da SOF. O Setorial analisa e valida o que

vem de todas as suas UOs.

Unidade Orçamentária (UO): é quem efetivamente recebe a dotação

diretamente na LOA. É onde você vê o crédito consignado. Coordenação,

diretrizes e consolidações específicas, ou seja, apenas no seu âmbito restrito.

Segue as regras gerais da SOF e as regras intermediárias do órgão setorial a

que está ligado. A UO analisa e valida o que vem das suas UAs.

Unidade Administrativa (UA): não tem dotação consignada diretamente na

LOA. Depende da UO, que descentraliza o crédito para a UA. Segue as regras

gerais da SOF, as intermediárias do Órgão Setorial e as específicas da UO a

que está ligada.

Agora releia as atribuições segundo o MTO tentando relacionar com a

explicação bem simplificada.

Caiu na prova:

(CESPE– Planejamento e Execução Orçamentária– Min. da Saúde – 2008)

Cabe aos órgãos setoriais de orçamento a análise e validação das propos-

tas orçamentárias das unidades administrativas.

Cabe às Unidades Orçamentárias a análise e validação das propos-

tas orçamentárias das unidades administrativas.

Resposta: Errada

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1.2 Iniciativas

Segundo o art. 165, I a III, da Constituição Federal de 1988:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo

estabelecerão: I – o plano plurianual;

II – as diretrizes orçamentárias;

III – os orçamentos anuais.

De acordo com esse artigo, as leis do PPA, LDO e LOA são de iniciativa do

Poder Executivo: Presidente, Governadores e Prefeitos.

Na esfera federal, a Constituição Federal, em seu art. 84, XXIII, determina que

a iniciativa das leis orçamentárias é de competência privativa do Presidente da

República:

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

(...)

XXIII – enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de

diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta

Constituição.

Importantes doutrinadores consideram tal competência exclusiva. Embora ela

seja do titular do Executivo, seu chefe está obrigado a seguir o prazo

determinado sob pena de crime de responsabilidade. Segundo o art. 85 da

CF/1988, constituem crime de responsabilidade os atos do Presidente da

República que atentem contra a lei orçamentária.

Consoante a LRF, o Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos

demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo

final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as

estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente

líquida, e as respectivas memórias de cálculo.

Isso ocorre porque todos os Poderes (Legislativo, Judiciário e mais o Ministério

Público) elaboram suas propostas orçamentárias parciais e encaminham para o

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Poder Executivo, o qual é o responsável constitucionalmente pelo envio da

proposta consolidada ao Legislativo.

Consoante o art. 99 da CF/1988, ao Poder Judiciário é assegurada autonomia

administrativa e financeira. O § 1.º ressalta que os tribunais elaborarão suas

propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os

demais Poderes na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

De acordo com o art. 127, ao Ministério Público é assegurada autonomia

funcional e administrativa. O § 3.º ressalta que o Ministério Público elaborará

sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes

Orçamentárias.

Caiu na prova:

(CESPE - Analista Judiciário – STJ - 2008) A CF assegura autonomia

administrativa e financeira ao Poder Judiciário; com isso, a proposta

orçamentária elaborada pelo STJ não precisa obedecer aos limites estipulados

aos poderes na LDO.

Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. No

entanto, os tribunais, como o STJ, elaborarão suas propostas orçamentárias

dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na

Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Resposta: Errada

1.3 Prazos e Lei Complementar (art. 165, § 9.º, da CF/1988)

Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no § 2.o, I a III,

do art. 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT):

§ 2.º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, §

9.º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas:

I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício

financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro

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meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para

sanção até o encerramento da sessão legislativa;

II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito

meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para

sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa;

III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses

antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o

encerramento da sessão legislativa.

Nos estados e municípios os prazos do ciclo orçamentário devem estar,

respectivamente, nas Constituições Estaduais e nas Leis Orgânicas.

O prazo de encaminhamento corresponde à data limite para o Executivo enviar

ao Legislativo os projetos dos instrumentos de planejamento. Já o prazo de

devolução corresponde à data limite para o Poder Legislativo retornar os

projetos para a sanção.

Esses prazos estarão em vigor enquanto não for editada a Lei Complementar prevista nos incisos I e II do § 9.o do art. 165 da CF/1988:

§ 9.º Cabe à lei complementar:

I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e

a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da

lei orçamentária anual;

II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração

direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de

fundos.

Repare que desde a Constituição de 1988 está prevista a edição de uma lei

complementar sobre finanças públicas e até o presente momento ela não foi

editada, logo, não existe um modelo legalmente constituído para organização,

metodologia e conteúdo dos PPAs, LDOs e LOAs. Assim, é ainda a Lei

4.320/1964, recepcionada com status de lei complementar, que

estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e

controle dos

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orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito

Federal. Porém ela não atende mais às nossas necessidades. Desta forma,

quem cumpre esse vácuo legislativo e complementa a Lei 4.320/1964 é a Lei

de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que todo ano acaba tendo, entre suas

diversas atribuições que veremos a seguir, que legislar como se fosse a lei

complementar prevista na CF/1988, o que a transforma num “calhamaço” de

artigos.

Cuidado: a Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), estabelece normas de finanças públicas

voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, porém sua função não foi de

preencher as lacunas da Lei 4.320/1964. Ela também não é a Lei prevista no §

9.º do art. 165, apesar de tratar de alguns temas comuns. Outra lei

complementar deve ser editada. Atualmente, na ausência dessa lei, naquilo

que a Lei 4.320/1964 não dispõe, é a LDO que preenche esse vácuo

legislativo.

Caiu na prova.

(CESPE - Analista Judiciário – STJ - 2008) Dependerá de lei complementar

a regulamentação do PPA, da LDO e do orçamento anual, no tocante a

exercício financeiro, vigência, prazos, elaboração e organização. A referida

lei deverá estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da admin-

istração direta e indireta e condições para instituição e funcionamento dos

fundos. Enquanto isso, na esfera federal, os prazos para o ciclo orçamentário

estão estabelecidos no ADCT.

Vamos montar um quadro para a lei complementar:

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QUADRO DA LEI COMPLEMENTAR

Cabe à lei complementar prevista no § 9.º do art. 165 da CF e ainda não editada:

I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do

PPA, LDO E LOA;

II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta

bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.

A LRF não é a Lei Complementar do § 9.º do art. 165.

Na ausência dessa Lei, quem cumpre esse vácuo legislativo a cada ano é a LDO.

Porém, na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no ADCT.

Tal Lei Complementar ainda não foi editada. Enquanto isso, na esfera federal,

os prazos para o ciclo orçamentário estão estabelecidos no Ato das

Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT).

Resposta: Certa.

Importante: diferença entre legislatura, sessão legislativa e período legislativo:

A legislatura, segundo a CF/1988, é o período de quatro anos. Cada legislatura

possui quatro sessões legislativas, que ocorrem anualmente de 2 de fevereiro a

22 de dezembro. Por sua vez, cada sessão legislativa possui dois períodos

legislativos, o primeiro de 2 de fevereiro a 17 de julho e o segundo de 1.º de

agosto a 22 de dezembro. Em suma:

QUADRO: LEGISLATURA

Legislatura 4 anos. Divide-se em 4 sessões legislativas anuais.

Sessão Legislativa Anual, de 02 Fev a 22 Dez. Divide-se em 2 períodos.

Período Legislativo 1.º período: 02 Fev a 17 Jul

2.º período: 1.º Ago a 22 Dez

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A Lei 4.320/1964 dispõe sobre o caso do Executivo não enviar no prazo a sua

proposta para apreciação do Legislativo:

Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas

Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo

considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente.

Assim, caberá ao Poder Legislativo apreciar novamente o orçamento vigente como se fosse uma nova proposta! Ignora que diversos programas se exaurem

ao longo do exercício, mas essa é a única previsão legal, já que a CF/1988 não

traz nenhuma diretriz.

Atenção: tal previsão está na Lei 4.320/1964 e não na Constituição Federal.

Quanto à rejeição das Leis Orçamentárias, há impossibilidade do Poder

Legislativo rejeitar o PPA e a LDO. A CF/1988 estabeleceu que ambas devem

ser devolvidas para a sanção, ficando afastada a possibilidade de rejeição.

Também a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação da LDO.

Em relação à LOA, é permitida a rejeição, pois, segundo o § 8.o do art. 166:

§ 8.º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto

de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser

utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares,

com prévia e específica autorização legislativa.

O caso do Legislativo não devolver o PLOA para a sanção é tratado apenas

nas LDOs, que estabelecem regras para a realização de despesas essenciais

até que ele seja devolvido ao Executivo.

A cada ano, as LDOs determinam que se o Projeto de Lei Orçamentária –

PLOA não for sancionado pelo Presidente da República até 31 de dezembro do

ano corrente, a programação dele constante poderá ser executada até o limite

de 1/12 (um doze avos) do total de cada ação prevista no referido Projeto de

Lei, multiplicado pelo número de meses decorridos até a sanção da respectiva

lei. Por exemplo, se o PLOA não for aprovado até o fim de março (3 meses) do

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ano que deveria estar em vigor, cada ação poderá ser executada em 3/12 do

valor original.

No entanto, o limite previsto de 1/12 ao mês não se aplica ao atendimento de

algumas despesas, de acordo com o que determinar a LDO daquele ano. Por

exemplo, as despesas com obrigações constitucionais ou legais da União e o

pagamento de bolsas de estudos podem ser dispensadas da regra pela LDO e

serem executadas como se o PLOA já tivesse sido aprovado.

Vale ressaltar que o calendário das matérias orçamentárias e o não

cumprimento de prazos nos trazem diversos problemas.

Quanto ao calendário, temos problemas em virtude da não edição da Lei

Complementar sobre o assunto. Temos que no 1.° ano do mandato do

Executivo é aprovada a LDO para o ano seguinte antes do envio do PPA! E

mais, o PPA é enviado e aprovado nos mesmos prazos da LOA! Veja que

incongruência, pois neste primeiro ano não há integração. A LDO deveria

sempre seguir o planejamento do PPA.

Quanto ao não cumprimento de prazos, com destaque para o nível federal, já

houve ano em que a LOA foi aprovada pelo congresso no fim do ano

subsequente, ou seja, no final do ano em que deveria estar em vigor. Para a

LOA-2010 isso não ocorreu e o Congresso aprovou o orçamento às 23h30 do

dia 22 de dezembro de 2009, meia hora antes do prazo final. A falta de rigor nos

prazos também compromete a integração entre PPA e LOA.

Caiu na prova:

(ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) Se o

Congresso Nacional não receber no tempo devido a proposta de lei

orçamentária, será considerado como proposta:

a) a Lei de Orçamento vigente.

b) a proposta orçamentária enviada no exercício anterior.

c) a média dos valores constantes dos orçamentos dos dois últimos anos.

d) a despesa executada no exercício vigente até a data limite para o envio da

proposta.

e) a proposta elaborada pela Comissão Mista de Orçamento.

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A Lei 4.320/1964 dispõe sobre o caso do Executivo não enviar no prazo a sua

proposta para apreciação do Legislativo. Caberá ao Poder Legislativo apreciar

novamente o orçamento vigente como se fosse uma nova proposta! Ignora

que diversos programas se exaurem ao longo do exercício, mas essa é a única

previsão legal, já que a CF/1988 não traz nenhuma diretriz.

Resposta: Letra A

2. DISCUSSÃO/ESTUDO/APROVAÇÃO

A fase de discussão corresponde ao debate entre os parlamentares sobre a

proposta, constituída por: proposição de emendas, voto do relator, redação

final e proposição em plenário.

Segundo o art. 166 da CF/1988, os projetos de lei relativos ao plano plurianual,

às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão

apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes

orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados

pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

A mensagem presidencial é o instrumento de comunicação oficial entre o

Presidente da República e o Congresso Nacional, com a finalidade de

encaminhar os projetos do PPA e da LOA. A elaboração da mensagem

presidencial referente ao PPA é coordenada pela SPI/MP. Já a elaboração da

mensagem presidencial referente à LOA é realizada sob a coordenação da

SOF/MP.

No Poder Legislativo Federal, os projetos dos instrumentos de planejamento e

dos créditos adicionais transitam por uma comissão mista permanente

composta por senadores e deputados, denominada de Comissão Mista de

Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. Nos demais entes é uma

comissão comum, pois possuem apenas uma casa legislativa, composta por

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deputados nos estados e vereadores nos municípios.

Consoante a CF/1988, caberá à Comissão mista permanente de Senadores e

Deputados:

I – examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA,

créditos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo

Presidente da República;

II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais

e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a

fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do

Congresso Nacional e de suas Casas criadas de acordo com a CF/1988.

Quanto às emendas, serão apresentadas também na Comissão Mista que

emitirá seu parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas

casas do Congresso Nacional.

Cada parlamentar poderá apresentar emendas. As Comissões Permanentes do

Senado Federal e da Câmara dos Deputados, cujas competências estejam

direta e materialmente relacionadas à área de atuação pertinente à estrutura da

administração pública federal, também poderão apresentar emendas. Ainda, as

Bancadas Estaduais no Congresso Nacional poderão apresentá-las, desde que

relativas a matérias de interesse de cada Estado ou Distrito Federal. Assim, as

emendas podem ser individuais, de comissão e de bancada estadual.

Segundo o art. 63 da CF/1988, a regra é que não será admitido aumento da

despesa prevista nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da

República, ressalvadas as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou

aos projetos que o modifiquem e as emendas ao projeto de lei de diretrizes

orçamentárias. Assim, não será admitido aumento da despesa prevista no

projeto de lei do Plano Plurianual.

Importante: diferença entre sessão conjunta e sessão unicameral: quando

ocorrem as sessões conjuntas do Congresso Nacional, os parlamentares se

reúnem no mesmo espaço para apreciarem juntos os projetos, porém, havendo

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a fase de votação, a maioria deve ser alcançada tanto no âmbito dos Senadores

quanto no âmbito dos Deputados Federais. A discussão é conjunta, mas, na hora da votação, procede-se como se houvesse votação simultânea na Câmara e no Senado. Na verdade, a sessão é conjunta, porém a votação é

bicameral. Ao contrário, na sessão unicameral, a votação é “por cabeça”. Considera-se o

todo, independentemente de o parlamentar ser Senador ou Deputado. Cada

parlamentar tem direito a um voto e a apuração é feita considerando que há

uma única votação. Por exemplo, se estiverem presentes os 594 congressistas

(senadores + deputados), a maioria será alcançada pela metade +1, não

importando se é voto de senador ou deputado. A votação unicameral

aconteceu na revisão constitucional.

As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes

orçamentárias;

II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de

anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;

b) serviço da dívida;

c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito

Federal; ou

III – sejam relacionadas:

a) com a correção de erros ou omissões; ou

b) com os dispositivos do texto do projeto de lei (são chamadas de emendas de

redação, pois visam melhorar o texto, tornando-lhe mais claro e preciso).

O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional

para propor modificação nos projetos a que se refere o art. 166 da CF/1988

enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é

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proposta.

Cuidado: o Presidente da República envia mensagem (e não emenda) ao

Congresso Nacional propondo as modificações nas leis orçamentárias. Por sua

vez, as alterações propostas pelos parlamentares ocorrem por meio de

emendas.

Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei

orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser

utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares,

com prévia e específica autorização legislativa.

No afã de conseguir mais recursos para emendas, o Poder Legislativo poderia

tentar, sem embasamento técnico, reestimar os valores de receitas

apresentados pelo Poder Executivo. Para prevenir isso, o § 1.o do art. 12

da LRF determina:

§ 1.º Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se

comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal.

Atenção: repare que a LRF é restritiva, porém admite reestimativa da receita

pelo Poder Legislativo se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou

legal.

A sanção é a aquiescência do Chefe do Poder Executivo ao projeto de lei

aprovado no Legislativo. Ou seja, corresponde à concordância do Chefe do

Executivo com o que foi discutido e aprovado no parlamento. Já o veto

corresponde à discordância do Executivo com o projeto aprovado no

Legislativo. Essa discordância pode ser de uma parte do texto (veto parcial) ou

com todo o projeto (veto total). Pode ocorrer caso o titular do Executivo

considere o projeto inconstitucional ou contrário ao interesse público. De

qualquer forma, ocorrendo o veto, ele deve ser apreciado pelo parlamento,

podendo ser confirmado ou rejeitado.

A Constituição Federal dispõe que a sessão legislativa não será interrompida

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sem a aprovação da LDO. Tal regra não se aplica à LOA ou ao PPA.

Vamos elaborar um quadro sobre emendas:

QUADRO: EMENDAS

Serão apresentadas também na Comissão Mista, que emitirá seu parecer, e apreciadas, na forma

regimental, pelo Plenário das duas casas do Congresso Nacional.

As emendas ao projeto da LDO não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o PPA.

As emendas ao PLOA ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:

I – sejam compatíveis com o PPA e a LDO;

II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,

excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;

b) serviço da dívida;

c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e DF; ou

III – sejam relacionadas:

a) com a correção de erros ou omissões; ou

b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do PLOA, ficarem sem despesas

correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou

suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

Caiu na prova:

(FCC – ACE - TCE/AM – 2008) Emendas legislativas ao orçamento podem

financiar-se mediante anulação de dotações vinculadas a:

(A) serviços de terceiros.

(B) repasses ao INSS, FGTS e regime próprio de previdência.

(C) juros, encargos e principal da dívida.

(D) despesas de pessoal.

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(E) transferências tributárias constitucionais.

Vamos fixar o conteúdo porque nem sempre a questão apresentará

literalmente as despesas que não são passíveis de anulações. Voltando ao

nosso Quadro, as emendas apresentadas somente podem ser aprovadas caso

indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de

anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:

• Dotações para pessoal e seus encargos;

• Serviço da dívida;

• Transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e DF.

a) Correta. Se não está entre as exclusões, é porque se admite a anulação da

despesa decorrente de recursos vinculados a serviço de terceiros para a

apresentação de emendas.

b) Errada. Repasses ao INSS, FGTS e regime próprio de previdência são

encargos de pessoal, logo não é admitida anulação de despesa que incida

sobre esses itens para a apresentação de emendas.

c) Errada. Juros, encargos e principal da dívida são serviços da dívida, assim

também não é admitida anulação de despesa que incida sobre esses itens

para a apresentação de emendas.

d) e) Erradas. Recursos vinculados às despesas de pessoal e transferências

tributárias constitucionais estão literais na proibição de anulação para a

apresentação de emendas.

Resposta: Letra A

3. EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA

A fase de execução orçamentária e financeira consiste na arrecadação das

receitas e realização das despesas. É a transformação, em realidade, do

planejamento elaborado pelos chefes do Executivo e aprovado pelo Legislativo.

Segundo o art. 168 da nossa Constituição, os recursos correspondentes às

dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e

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especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do

Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, até o dia 20 de cada mês. O artigo ainda ressalta que será na

forma da Lei Complementar, que ainda não foi editada.

A LRF trata do assunto “execução orçamentária e cumprimento das metas” nos

seus arts. 8.º e 9.º. Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos

termos em que dispuser a LDO, o Poder Executivo estabelecerá a programação

financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.

Destaca, ainda, que os recursos legalmente vinculados à finalidade específica

serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.

Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não

comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal

estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público

promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias

subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os

critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. Logo, além do Poder

Executivo, há a extensão da limitação de empenho aos Poderes Legislativo,

Judiciário e Ministério Público. Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações

constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.

No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a

recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas.

Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo

demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada

quadrimestre, em audiência pública na comissão mista referida na

Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais.

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A LRF trata de previsão e arrecadação de receitas nos arts. 11 a 13.

Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a

instituição, a previsão e a efetiva arrecadação de todos os tributos da

competência constitucional do ente da Federação.

Atenção: É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que

não institui, prevê e efetivamente arrecadada todos os impostos.

A previsão da receita orçamentária ocorre no ano anterior à execução do

Orçamento, durante o processo de elaboração. Assim, na execução

orçamentária, poderá haver frustração da arrecadação, tornando-se necessário

limitar as despesas para adequá-las aos recursos arrecadados.

As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão

os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do

crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão

acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da

projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de

cálculo e premissas utilizadas.

Já vimos na elaboração que o Poder Executivo de cada ente colocará à

disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício

subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de

cálculo.

Em até trinta dias após a publicação dos orçamentos, as receitas previstas

serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de

arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas

de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações

ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante

dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa.

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Caiu na prova:

(CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) Os recursos

legalmente vinculados a uma finalidade específica devem ser utilizados

exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em

exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.

Segundo a LRF:

Art. 8o Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que

dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do

inciso I do art. 4o, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o

cronograma de execução mensal de desembolso.

Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica

serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação,

ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.

Resposta: Certa

4. AVALIAÇÃO E CONTROLE

4.1 Avaliação

A avaliação orçamentária é a parte do controle orçamentário que analisa a

eficácia e eficiência dos cursos de ação cumpridos, e proporciona elementos

de juízo aos responsáveis da gestão administrativa para adotar as medidas

tendentes à consecução de seus objetivos e à otimização do uso dos recursos

colocados à sua disposição, o que contribui para realimentar o processo de

administração orçamentária. O propósito da avaliação é de contribuir para a

qualidade da elaboração de uma nova proposta orçamentária, reiniciando um

novo ciclo orçamentário. Esta definição traz dois critérios de análise, o de

eficiência e o de eficácia.

• Análise da eficiência: é a medida da relação entre os recursos

efetivamente utilizados para a realização de uma meta para um projeto,

atividade ou programa frente a padrões estabelecidos. O teste da

eficiência na avaliação das ações governamentais busca considerar os

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resultados em face dos recursos disponíveis.

• Análise da eficácia: é a medida do grau de atingimento das metas

fixadas para um determinado projeto, atividade ou programa em relação

ao previsto. Procura considerar o grau em que os objetivos e as

finalidades do progresso foram alcançados dentro da programação de

realizações governamentais.

Pelas formas modernas de estruturação dos orçamentos são possíveis as

análises da eficácia e da eficiência. A explicitação das metas físicas

orçamentárias e a classificação por programas e ações (projetos e atividades)

viabilizam os testes de eficácia, enquanto a incorporação de custos

estimativos no orçamento e custos efetivos durante a execução auxilia as

avaliações da eficiência.

A efetividade é a dimensão do desempenho que representa a relação entre os

resultados alcançados (impactos observados) e os objetivos (impactos

esperados) que motivaram a atuação institucional. É a medida do grau de

atingimento dos objetivos que orientaram a constituição de um determinado

programa, expressa pela sua contribuição à variação alcançada dos

indicadores estabelecidos. Permite verificar se um dado programa produziu

efeitos no ambiente externo em que interveio, em termos econômicos, técnicos,

socioculturais, institucionais ou ambientais. Assim, define-se como a

capacidade de se transformar uma realidade a partir do objetivo estabelecido

e sua continuidade ao longo do tempo.

Como exemplo, vamos supor a vacinação em um posto de saúde. Se o

Governo preparou toda a logística (compra de vacinas, transporte, pessoal,

etc.) com melhor custo-benefício, foi eficiente. Se o percentual de crianças

vacinadas foi atingido, a campanha foi eficaz, cumpriu a meta física. Se

conseguiu erradicar a paralisia infantil, foi efetivo, pois teve o impacto esperado

na sociedade, mudando uma realidade existente.

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Caiu na prova:

(ESAF – APO/SP - 2009) A realidade que surge da atuação do Estado

moderno exige a adoção de novos enfoques de avaliação orçamentária do

setor público. A avaliação também é instrumento de promoção do

aperfeiçoamento dos processos relacionados à gestão de recursos humanos,

financeiros e materiais utilizados na execução dos programas. Uma das opções

abaixo é incorreta. Identifique-a.

a) O teste da eficiência, na avaliação das ações governamentais, busca

considerar os resultados obtidos em face dos recursos disponíveis.

b) Efetividade é a medida do grau de atingimento dos objetivos que orientaram

a constituição de um determinado programa, expressa pela sua contribuição à

variação alcançada dos indicadores estabelecidos pelo Plano.

c) Eficácia é a medida do grau de atingimento das metas fixadas para um

determinado projeto, atividade ou programa em relação ao previsto.

d) A incorporação de custos, estimativos (no orçamento) e efetivos (na

execução), auxilia as avaliações da eficácia.

e) Eficiência é a medida da relação entre os recursos efetivamente utilizados

para a realização de uma meta para um projeto, atividade ou programa, frente

a padrões estabelecidos.

a) Correta. O teste da eficiência na avaliação das ações governamentais busca

considerar os resultados em face dos recursos disponíveis.

b) Correta. A efetividade mede o grau de atingimento dos objetivos relacionado

à variação alcançada dos indicadores, visualizando se o programa foi capaz ou

não de transformar uma realidade.

c) Correta. A avaliação da eficácia procura considerar o grau em que os

objetivos e as finalidades do progresso foram alcançados dentro da

programação de realizações governamentais. Visa, especificamente, à

consecução dos objetivos colocados pelo governo em cada programa ou

atividade.

d) É a incorreta. A classificação por programas, projetos e atividades e a

explicitação das metas físicas orçamentárias viabilizam os testes de eficácia,

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enquanto a incorporação de custos, estimativos (no orçamento) e efetivos (na execução), auxilia as avaliações da eficiência. e) Correta. Na análise da eficiência busca-se representar as realizações em

índices e indicadores, para possibilitar a comparação com parâmetros técnicos

de desempenho e com padrões já alcançados anteriormente.

Resposta: Letra D

4.2 Controle

O Orçamento surge como um instrumento de controle. Tradicionalmente, é

uma forma de assegurar ao Executivo (controle interno) e ao Legislativo

(controle externo) que os recursos serão aplicados conforme previstos e

segundo as leis. Atualmente, além desse controle legal, busca-se o controle

de resultados, em uma visão mais completa da efetividade das ações

governamentais.

Segundo a Lei 4.320/1964:

Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá:

I – a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a

realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;

II – a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens

e valores públicos;

III – o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e

em termos de realização de obras e prestação de serviços.

A Lei 4.320/1964 determina a coexistência de dois sistemas de controle da

execução orçamentária: interno e externo. O controle interno é aquele realizado

pelo órgão no âmbito da própria Administração, dentro de sua estrutura. O

controle externo é aquele realizado por uma instituição independente e

autônoma.

Segundo o art. 74 da CF/1988, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário

manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a

finalidade

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de:

I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução

dos programas de governo e dos orçamentos da União;

II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e

eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e

entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos

públicos por entidades de direito privado;

III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como

dos direitos e haveres da União;

IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer

irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da

União, sob pena de responsabilidade solidária.

Consoante o art. 71 da CF/1988, o controle externo, a cargo do Congresso

Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual

compete:

I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República,

mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar

de seu recebimento;

II – julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros,

bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as

fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as

contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de

que resulte prejuízo ao erário público;

III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de

pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as

fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as

nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das

concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias

posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;

IV – realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado

Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de

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natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas

unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e

demais entidades referidas no inciso II;

V – fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital

social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado

constitutivo;

VI – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União

mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a

Estado, ao Distrito Federal ou a Município;

VII – prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer

de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a

fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e

sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

VIII – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou

irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre

outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;

IX – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências

necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;

X – sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a

decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

XI – representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos

apurados.

A LRF trata da fiscalização da gestão fiscal no art. 59. O Poder Legislativo,

diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle

interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das

normas da LRF, com ênfase no que se refere a:

• atingimento das metas estabelecidas na LDO;

• limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição

em Restos a Pagar;

• medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal;

• providências tomadas para recondução dos montantes das dívidas

consolidada e mobiliária aos respectivos limites;

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• destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos;

• cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais,

quando houver.

Compete privativamente ao Presidente da República prestar, anualmente, ao

Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão

legislativa, as contas referentes ao exercício anterior.

Caiu na prova:

(CESGRANRIO – Auditor – Casa da Moeda – 2009) Sob a ótica da

Constituição da República e da Lei n. 4.320/64, no que tange aos sistemas de

controle interno e externo da administração pública federal, considere as

afirmações a seguir.

I. O controle externo das contas públicas é exercido pelo Poder Judiciário, com

o auxílio do Tribunal de Contas.

II. Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à

eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos e das

entidades da administração pública federal, bem como da aplicação de

recursos públicos por entidades de direito privado, compete ao sistema de

controle interno.

III. Compete ao Tribunal de Contas apreciar, para fins de registro, a legalidade

dos atos de admissão de pessoal, assim como os de concessão de

aposentadoria, reforma e pensão dos servidores em cargo de provimento

efetivo.

Está correto o que se afirma em:

a) I, apenas.

b) II, apenas.

c) I e III, apenas.

d) II e III, apenas.

e) I, II e III.

I) Errado. Consoante o art. 71 da CF/1988, o controle externo, a cargo do

Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da

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União.

II) Correto. Segundo o art. 74 da CF/1988, os Poderes Legislativo, Executivo e

Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a

finalidade, entre outros, de comprovar a legalidade e avaliar os resultados,

quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial

nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de

recursos públicos por entidades de direito privado.

III) Correto. Consoante o art. 71 da CF/1988, o controle externo, a cargo do

Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da

União, ao qual compete, entre outros, julgar as contas dos administradores e

demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração

direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas

pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda,

extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

Logo, apenas os itens II e III estão corretos.

Resposta: Letra D

E assim terminamos a aula 1.

Seguem o memento, a lista de questões comentadas, o 2° Simulado e os gabaritos.

Forte abraço!

Sérgio Mendes

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MEMENTO I

ELABORAÇÃO

O ciclo orçamentário não se confunde com o exercício financeiro.

O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no

mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os

estudos e as estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as

respectivas memórias de cálculo.

Todos os poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e mais o Ministério Público) elaboram suas

propostas orçamentárias e encaminham para o Poder Executivo.

Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado erro ou omissão

de ordem técnica ou legal.

PRAZOS

PPA:

Encaminhamento ao CN: até 4 meses antes do encerramento do 1.° exercício financeiro (31.08).

Devolução para sanção: até o encerramento da sessão legislativa (22.12).

LDO:

Encaminhamento ao CN: até 8 meses e 1/2 antes do encerramento do exercício financeiro (15.04).

Devolução para sanção: até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa (17.07).

LOA:

Encaminhamento ao CN: até 4 meses antes do encerramento do exercício financeiro (31.08).

Devolução para sanção: até o encerramento da sessão legislativa (22.12).

LEI COMPLEMENTAR

Cabe à lei complementar prevista no § 9.º do art. 165 da CF e ainda não editada:

I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do PPA, LDO e LOA;

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II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.

A LRF não é a Lei Complementar do § 9.º do art. 165.

Na ausência dessa Lei, quem cumpre esse vácuo legislativo a cada ano é a LDO.

Porém na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no ADCT.

DISCUSSÃO

Os projetos de lei relativos ao PPA, à LDO, à LOA e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas

Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

COMISSÃO MISTA

Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:

I – examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA, créditos adicionais e sobre

as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;

II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na

Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das

demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas criadas de acordo com a CF/1988.

Os projetos de lei relativos ao PPA, LDO, LOA e créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas

do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos

projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja

alteração é proposta.

O Presidente da República envia mensagem (e não emenda) ao Congresso nacional propondo as

modificações nas LOAs. Já as alterações propostas pelos parlamentares ocorrem por meio de emendas.

EMENDAS

Serão apresentadas também na Comissão Mista que emitirá seu parecer, e apreciadas, na forma

regimental, pelo Plenário das duas casas do Congresso Nacional.

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As emendas ao projeto da LDO não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o PPA.

As emendas ao PLOA ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:

I – sejam compatíveis com o PPA e LDO;

II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,

excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;

b) serviço da dívida;

c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e DF; ou

III – sejam relacionadas:

a) com a correção de erros ou omissões; ou

b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do PLOA, ficarem sem despesas

correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares,

com prévia e específica autorização legislativa.

CONTROLE

O controle da execução orçamentária compreenderá:

I. A legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento

ou a extinção de direitos e obrigações.

II. A fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos.

III. O cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de realização de

obras e prestação de serviços.

Segundo a CF/1988, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada,

sistema de CONTROLE INTERNO com a finalidade de:

Avaliar o cumprimento das metas previstas no PPA, a execução dos programas de governo e das LOAs;

Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária,

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financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de

recursos públicos por entidades de direito privado;

Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;

Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Segundo a CF/1988, o CONTROLE EXTERNO, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com

o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

Apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que

deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

Julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da

administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder

Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que

resulte prejuízo ao erário público;

Apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na

administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,

excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de

aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento

legal do ato concessório;

Realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de

inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial,

nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário;

Fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de

forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;

Fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou

outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;

Prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer

das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e

patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

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Aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções

previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;

Assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da

lei, se verificada ilegalidade;

Sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e

ao Senado Federal;

Representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

Ainda segundo a CF/1988:

A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da

administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das

subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e

pelo sistema de controle interno de cada Poder.

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1) (FCC – Analista Judiciário - Administrativo – TRT 5° Região – 2008)

Elaboração, estudo/aprovação, execução e avaliação são sequências das

etapas desenvolvidas pelo processo orçamentário denominado:

(A) plano de diretrizes orçamentárias.

(B) plano plurianual.

(C) ciclo orçamentário.

(D) plano de orçamentos anuais.

(E) sistema de planejamento integrado.

2) (CESPE – Inspetor de Controle Externo - TCE/RN – 2009) A primeira etapa

do processo de elaboração orçamentária deve ser sempre o estabelecimento

da meta de resultado fiscal.

3) (CESPE– Planejamento e Execução Orçamentária– Min. da Saúde – 2008)

Cabe aos órgãos setoriais de orçamento a análise e validação das propostas

orçamentárias das unidades administrativas.

4) (CESPE - Analista Judiciário – STJ - 2008) A CF assegura autonomia

administrativa e financeira ao Poder Judiciário; com isso, a proposta

orçamentária elaborada pelo STJ não precisa obedecer aos limites estipulados

aos poderes na LDO.

5) (CESPE - Analista Judiciário – STJ - 2008) Dependerá de lei complementar

a regulamentação do PPA, da LDO e do orçamento anual, no tocante a

exercício financeiro, vigência, prazos, elaboração e organização. A referida lei

deverá estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração

direta e indireta e condições para instituição e funcionamento dos fundos.

Enquanto isso, na esfera federal, os prazos para o ciclo orçamentário estão

estabelecidos no ADCT.

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6) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) Se o

Congresso Nacional não receber no tempo devido a proposta de lei

orçamentária, será considerado como proposta:

a) a Lei de Orçamento vigente.

b) a proposta orçamentária enviada no exercício anterior.

c) a média dos valores constantes dos orçamentos dos dois últimos anos.

d) a despesa executada no exercício vigente até a data limite para o envio da

proposta.

e) a proposta elaborada pela Comissão Mista de Orçamento.

7) (FCC – ACE - TCE/AM – 2008) Emendas legislativas ao orçamento podem

financiar-se mediante anulação de dotações vinculadas a:

(A) serviços de terceiros.

(B) repasses ao INSS, FGTS e regime próprio de previdência.

(C) juros, encargos e principal da dívida.

(D) despesas de pessoal.

(E) transferências tributárias constitucionais.

8) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) Os recursos

legalmente vinculados a uma finalidade específica devem ser utilizados

exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em

exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.

9) (ESAF – APO/SP - 2009) A realidade que surge da atuação do Estado

moderno exige a adoção de novos enfoques de avaliação orçamentária do

setor público. A avaliação também é instrumento de promoção do

aperfeiçoamento dos processos relacionados à gestão de recursos humanos,

financeiros e materiais utilizados na execução dos programas. Uma das opções

abaixo é incorreta. Identifique-a.

a) O teste da eficiência, na avaliação das ações governamentais, busca

considerar os resultados obtidos em face dos recursos disponíveis.

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b) Efetividade é a medida do grau de atingimento dos objetivos que orientaram

a constituição de um determinado programa, expressa pela sua contribuição à

variação alcançada dos indicadores estabelecidos pelo Plano.

c) Eficácia é a medida do grau de atingimento das metas fixadas para um

determinado projeto, atividade ou programa em relação ao previsto.

d) A incorporação de custos, estimativos (no orçamento) e efetivos (na

execução), auxilia as avaliações da eficácia.

e) Eficiência é a medida da relação entre os recursos efetivamente utilizados

para a realização de uma meta para um projeto, atividade ou programa, frente

a padrões estabelecidos.

10) (CESGRANRIO – Auditor – Casa da Moeda – 2009) Sob a ótica da

Constituição da República e da Lei n. 4.320/64, no que tange aos sistemas de

controle interno e externo da administração pública federal, considere as

afirmações a seguir.

I. O controle externo das contas públicas é exercido pelo Poder Judiciário, com

o auxílio do Tribunal de Contas.

II. Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à

eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos e das

entidades da administração pública federal, bem como da aplicação de

recursos públicos por entidades de direito privado, compete ao sistema de

controle interno.

III. Compete ao Tribunal de Contas apreciar, para fins de registro, a legalidade

dos atos de admissão de pessoal, assim como os de concessão de

aposentadoria, reforma e pensão dos servidores em cargo de provimento

efetivo.

Está correto o que se afirma em:

a) I, apenas.

b) II, apenas.

c) I e III, apenas.

d) II e III, apenas.

e) I, II e III.

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2° SIMULADO

1) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) A rejeição ao

projeto de lei orçamentária anual é inadmissível, devendo as deliberações

continuar até a sua aprovação.

2) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) Com base no projeto

de lei de diretrizes orçamentárias, a SOF elabora a proposta orçamentária para

o ano seguinte, em conjunto com os ministérios e as unidades orçamentárias

dos poderes Legislativo e Judiciário.

3) (CESPE – Analista Administrativo - ANATEL – 2009) Em atendimento ao

disposto no texto constitucional, estabelecendo a necessidade de lei

complementar em matéria orçamentária, editou-se a Lei de Responsabilidade

Fiscal (LRF), que preencheu as lacunas da Lei nº 4.320/1964.

4) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTAQ – 2009) Cada unidade gestora,

no seu âmbito de atuação, desempenha papel de coordenadora do processo

de alterações orçamentárias.

5) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) A competência

para rejeição do projeto de lei de diretrizes orçamentárias é do Congresso

Nacional, que pode entrar em recesso por ocasião da sua aprovação ou

rejeição.

6) (CESPE - Analista Judiciário – STF - 2008) Tem-se observado, no Brasil,

que o calendário das matérias orçamentárias e a falta de rigor no cumprimento

dos prazos comprometem a integração entre planos plurianuais e leis

orçamentárias anuais.

7) (CESPE – Analista Administrativo – ANEEL – 2010) Acerca do processo de

elaboração do projeto de lei orçamentária anual (PLOA), julgue o item seguinte.

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O processo de elaboração do PLOA se desenvolve no âmbito do Ministério da

Fazenda e envolve um conjunto articulado de tarefas complexas,

compreendendo a participação dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário,

o que pressupõe a constante necessidade de tomada de decisões nos seus

vários níveis.

8) (CESPE– Gestão Econômico-Financeira e de Custos-Min. da Saúde- 2008)

No primeiro ano do mandato presidencial, não há condições objetivas de

compatibilizar a LDO com o PPA.

9) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) O processo

orçamentário é autossuficiente: cada etapa do ciclo orçamentário envolve

elaboração e aprovação de leis independentes umas das outras.

(CESPE – Analista – SERPRO – 2008) A lei orçamentária anual (LOA), a lei

das diretrizes orçamentárias (LDO) e o plano plurianual (PPA) são instrumentos

de planejamento da ação governamental. Com relação às características

desses instrumentos, julgue o item a seguir.

10) As emendas ao projeto de LDO não poderão ser aprovadas quando forem

incompatíveis com o PPA.

11) (CESPE – Promotor – MPE/RN – 2009) O MP, apesar de dotado de

autonomia financeira, não é obrigado a elaborar sua proposta orçamentária

dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

12) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) O órgão setorial

desempenha papel de articulador no processo de elaboração do orçamento,

atuando horizontalmente no processo decisório e integrando os produtos

gerados no nível setorial.

13) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) O Poder

Executivo Federal tem o dever de, até 31 de agosto do primeiro ano do

mandato presidencial, enviar ao Congresso Nacional a proposta de LDO.

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(CESPE - Analista Judiciário – TRT - 17ª Região - 2009) O ciclo orçamentário,

também denominado processo orçamentário, corresponde ao período de

tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público, desde

sua concepção até sua apreciação final. Com relação ao período de discussão,

votação e aprovação do orçamento público, julgue o item que se segue.

14) A LRF não permite que o produto da reestimativa da receita orçamentária,

feita no âmbito do Poder Legislativo, seja utilizado como fonte de recursos para

a aprovação de emendas parlamentares.

15) (CESPE– Gestão Econômico-Financeira e de Custos-Min. da Saúde- 2008)

Segundo a Constituição Federal, a definição sobre o que deve acontecer na

hipótese de o Congresso Nacional não votar a proposta de lei orçamentária

anual até o final do exercício financeiro deve constar da LDO.

16) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) O controle da

execução orçamentária deve compreender, simultaneamente, a legalidade dos

atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o

nascimento ou a extinção de direitos e obrigações; a fidelidade funcional dos

agentes da administração responsáveis por bens e valores públicos; e o

cumprimento do programa de trabalho, expresso em termos monetários e em

termos de realização de obras e prestação de serviços.

17) (CESPE – Administrador – Ministério dos Esportes - 2008) Se o projeto de

lei orçamentária não for aprovado pelo Congresso Nacional antes do início do

exercício financeiro a que se refere, a programação de todas as dotações dele

constantes poderá ser executada, desde que respeitado o limite de um doze

avos do total de cada ação, multiplicado pelo número de meses decorridos até

a sanção da respectiva lei.

18) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) A administração do

processo de elaboração do projeto de lei orçamentária por meio de cronograma

gerencial e operacional, com etapas claramente especificadas e produtos

definidos e configurados, é desejável porque envolve a necessidade de

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articulação de tarefas complexas e a participação de diferentes órgãos —

central, setoriais e unidades orçamentárias.

19) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) Ao examinar o

projeto de lei relativo ao orçamento anual da União, os deputados federais

podem apresentar emendas modificando os recursos destinados de dotações

para pessoal e serviço da dívida. Já os senadores podem aprovar emendas

modificando a dotação orçamentária referente às transferências tributárias

constitucionais para estados, municípios e Distrito Federal.

20) (CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010) O

calendário estabelecido no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias

para a tramitação do plano plurianual (PPA), da LDO e da lei orçamentária

anual (LOA) provoca distorções, como, por exemplo, o fato de somente para o

terceiro ano do mandato presidencial o projeto da LDO ser encaminhado após

a aprovação do respectivo PPA.

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GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

C C E E C A A C D D

GABARITO DO 2° SIMULADO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

E E E E E C E C E C

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

E E E E E C E C E C

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Aula 2 TIPOS DE CRÉDITOS E ORÇAMENTO PÚBLICO

Olá amigos! Como é bom estar aqui!

Motivação é quando se tem uma razão para agir. Ter motivação significa ter um

desejo por trás de suas ações. Ela é responsável pela persistência de uma

pessoa para atingir uma meta.

Há casos em que a motivação existe de forma fácil e natural no aluno. Ela pode

surgir pela própria curiosidade ou pela vontade de se progredir na vida.

Entretanto, para muitos, manter-se motivado é um desafio.

Uma excelente forma de motivação é através da visualização. Visualizar seu

objetivo e sentir as sensações do sucesso — como se ele já tivesse acontecido

— faz com que você se torne mais confiante. Se o seu objetivo é passar em um

grande concurso, imagine você sendo aprovado, depois de tanto esforço e

dedicação. Sinta a emoção como se você tivesse acabado de ver o seu nome

na lista de aprovados.

Outra maneira de obter motivação é mantendo contato com pessoas com os

mesmos sonhos e ideais que o seu. Criar grupos de estudo com pessoas

otimistas e animadas — um incentivando e ajudando o outro — faz com que

todos se mantenham ativos e estudando de forma eficiente. (extraído de texto

da Simplus, com adaptações).

Vamos lá! Mantenha a motivação! Vamos estudar os tipos de créditos

orçamentários e, concluindo o item orçamento na CF/1988, as vedações

constitucionais em matéria orçamentária. Dentro dos itens Orçamento Público e

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Orçamento Público no Brasil, estudaremos o histórico, a natureza jurídica e as

funções clássicas.

A partir desta aula teremos breves comentários sobre as questões do

Simulado. Como isso não ocorreu nas aulas 0 e 1, tais questões serão

comentadas também ao final desta aula 2.

PARTE I – TIPOS DE CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS

1. INTRODUÇÃO

Por crédito orçamentário inicial entende-se aquele aprovado pela lei

orçamentária anual, constante dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de

investimento das empresas estatais. O orçamento anual consignará

importância para atender determinada despesa a fim de executar ações que

lhe caiba realizar. Tal importância é denominada de dotação.

O orçamento anual pode sofrer alterações qualitativas e quantitativas por meio

de créditos adicionais. Por crédito adicional, entendem-se as autorizações de

despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na lei orçamentária.

Segundo o MTO, as alterações qualitativas e quantitativas do orçamento

viabilizam a realização anual dos programas mediante a alocação de recursos

para as ações orçamentárias ou para a criação de novos programas, e são de

responsabilidade conjunta dos órgãos central e setoriais e das unidades

orçamentárias (UO).

A necessidade de alteração orçamentária pode ser identificada pela UO ou

pelo Órgão Setorial. Em qualquer caso, a solicitação de alteração deverá ser

elaborada de forma a atender as condições dispostas nas Portarias da

Secretaria de Orçamento Federal (SOF) que estabelecem procedimentos e

prazos para solicitação de alterações orçamentárias para o exercício.

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As solicitações de alterações orçamentárias que tiverem início na UO deverão

ser elaboradas em seu momento específico, que em seguida deve encaminhar

a solicitação para o respectivo Órgão Setorial. O Órgão Setorial

correspondente procederá a uma avaliação global da necessidade dos créditos

solicitados e das possibilidades de oferecer recursos compensatórios. Após a

verificação do crédito e aprovação da sua consistência, os Órgãos Setoriais

deverão encaminhar à SOF as solicitações de créditos adicionais de suas

unidades.

Ao receber a solicitação de crédito adicional a SOF elabora o pleito de créditos

e, por meio de uma análise criteriosa da solicitação, decide por atendê-la ou

não. Os Analistas de Planejamento e Orçamento (APOs) da SOF verificam se a

solicitação está em conformidade com a metodologia utilizada e se atende aos

parâmetros legais vigentes, fazem os ajustes necessários e avaliam a

viabilidade de atendimento da solicitação. Caso seja aprovado o pedido de

crédito adicional, serão preparados os atos legais necessários à formalização

da alteração no orçamento.

Em outras palavras, as dotações inicialmente aprovadas na LOA podem

revelar-se insuficientes para a realização dos programas de trabalho, ou pode

ocorrer a necessidade de realização de despesa inicialmente não autorizada.

Assim, a LOA poderá ser alterada no decorrer de sua execução por meio de

créditos adicionais.

Os créditos adicionais são alterações qualitativas e quantitativas realizadas no

orçamento. Segundo o art. 40 da Lei 4.320/1964, são créditos adicionais as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.

Relembro que, segundo o art. 166 da CF/1988, “os projetos de lei relativos ao

plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos

créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum”.

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O ato que abrir o crédito adicional, que pode ser um decreto, uma medida

provisória ou uma lei, de acordo com sua classificação, deve indicar a

importância, a espécie e a classificação da despesa até onde for possível.

Segundo o art. 46 da Lei 4.320/1964:

Art. 46. O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a espécie do

mesmo e a classificação da despesa, até onde for possível.

Os créditos adicionais classificam-se em:

• Suplementares: são os créditos destinados a reforço de dotação

orçamentária;

• Especiais: são os créditos destinados a despesas para as quais não

haja dotação orçamentária específica;

• Extraordinários: são os créditos destinados a despesas urgentes e

imprevisíveis, como em caso de guerra, comoção intestina ou

calamidade pública.

Atenção: o crédito suplementar incorpora-se ao orçamento, adicionando-se à

dotação orçamentária que deva reforçar, enquanto os créditos especiais e

extraordinários conservam sua especificidade, demonstrando-se as despesas

realizadas à conta destes, separadamente.

Nesse sentido, entende-se que o reforço de um crédito especial ou de um

crédito extraordinário deve dar-se, respectivamente, pela abertura de créditos

especiais e extraordinários. Ou seja, não se pode reforçar um crédito especial

ou extraordinário que se mostrou insuficiente por meio de créditos

suplementares.

2. CRÉDITOS SUPLEMENTARES

São os destinados a reforço de dotação orçamentária. Os créditos

suplementares terão vigência limitada ao exercício em que forem autorizados.

Note que sua abertura depende da existência de recursos disponíveis e de

exposição que a justifique. A LOA poderá conter autorização ao Poder

Executivo para abertura de créditos suplementares até determinada

importância ou percentual, sem a necessidade de submissão do crédito ao

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Poder Legislativo. São autorizados por Lei (podendo ser a própria LOA ou outra Lei especial), porém são abertos por decreto do Poder Executivo. Na

União, para os casos em que haja necessidade de outra lei específica, as

LDOs a cada ano dispõem que são considerados autorizados e abertos com a

sanção e publicação da respectiva lei.

QUADRO DE CRÉDITOS SUPLEMENTARES

FINALIDADE Reforço de dotação orçamentária já prevista na LOA.

AUTORIZAÇÃO

LEGISLATIVA

É anterior à abertura do crédito. São autorizados por lei (podendo

ser já na própria LOA ou outra lei específica).

ABERTURA

Abertos por decreto do Poder Executivo. Na União, para os casos

em que haja necessidade de outra lei específica, são considerados

autorizados e abertos com a sanção e publicação da respectiva lei.

INDICAÇÃO DA ORIGEM

DOS RECURSOS Obrigatória.

VIGÊNCIA Vigência limitada ao exercício em que forem autorizados.

3. CRÉDITOS ESPECIAIS

São os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária

específica, devendo ser autorizados por lei. Note também que sua abertura

depende da existência de recursos disponíveis e de exposição que a justifique.

Os créditos especiais não poderão ter vigência além do exercício em que forem

autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro

meses daquele exercício, casos em que, reabertos nos limites dos seus saldos,

poderão viger até o término do exercício financeiro subsequente. São autorizados por lei especial (não pode ser na LOA), porém são abertos por

decreto do Poder Executivo. Na União, por meio de disposição das LDOs a

cada ano, são considerados autorizados e abertos com a sanção e publicação

da respectiva lei.

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QUADRO DE CRÉDITOS ESPECIAIS

FINALIDADE Destinados a despesas para as quais não haja dotação

orçamentária específica.

AUTORIZAÇÃO

LEGISLATIVA

É anterior à abertura do crédito. São autorizados por Lei

específica (não pode ser na LOA).

ABERTURA

Abertos por decreto do Poder Executivo. Na União são

considerados autorizados e abertos com a sanção e

publicação da respectiva lei.

INDICAÇÃO DA ORIGEM

DOS RECURSOS Obrigatória.

VIGÊNCIA

Vigência limitada ao exercício em que forem autorizados,

salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos

quatro meses daquele exercício, casos em que, reabertos

nos limites dos seus saldos, poderão viger até o término

do exercício financeiro subsequente.

Segundo o art. 168 da nossa Constituição, os recursos correspondentes às

dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do

Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em

duodécimos, até o dia 20 de cada mês. O artigo ainda ressalta que será na

forma da Lei Complementar, que ainda não foi editada.

Caiu na prova:

(CESPE – Contador – DPU – 2010) A abertura de créditos suplementares e

especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a

despesa e será precedida de exposição justificada.

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Como vimos, a abertura de créditos suplementares e especiais depende da

existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de

exposição justificada.

Resposta: Certa

4. CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS

São os destinados a despesas urgentes e imprevisíveis, tais como em caso de

guerra ou calamidade pública, conforme o art. 167 da CF/1988. Os créditos

extraordinários podem reforçar dotações orçamentárias (como os

suplementares) ou criar novas dotações (como os especiais), pois o que os

define é a imprevisibilidade e urgência. Serão abertos por Medida Provisória, no caso federal e de entes que possuem tal instrumento, e por decreto do Poder Executivo para os demais entes, dando imediato conhecimento deles

ao Poder Legislativo. Os créditos extraordinários não poderão ter vigência além

do exercício em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for

promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, casos em que,

reabertos nos limites dos seus saldos, poderão viger até o término do exercício

financeiro subsequente.

QUADRO DE CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS

FINALIDADE Destinados a despesas urgentes e imprevisíveis.

AUTORIZAÇÃO

LEGISLATIVA

Independe de autorização legislativa prévia. Após a sua abertura

deve ser dado imediato conhecimento ao Poder Legislativo.

ABERTURA

Abertos por Medida Provisória, no caso federal e de entes que

possuem previsão deste instrumento; e por decreto do Poder

Executivo, para os demais entes que não possuem medida provisória.

INDICAÇÃO DA ORIGEM

DOS RECURSOS Facultativa.

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VIGÊNCIA

Vigência limitada ao exercício em que forem autorizados, salvo se o

ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele

exercício, casos em que, reabertos nos limites dos seus saldos,

poderão viger até o término do exercício financeiro subsequente.

Caiu na prova:

(ESAF – AFC/CGU - 2008) Ao longo do exercício financeiro, pode ocorrer a

necessidade de abertura de créditos adicionais para cobrir despesas não-

computadas ou insuficientemente dotadas. Com base na legislação vigente,

relativa a esse assunto, identifique a opção incorreta.

a) A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de

recursos disponíveis para atender à despesa e será precedida de exposição

justificada.

b) Somente será admitida a abertura de crédito extraordinário para atender a

despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção

interna ou calamidade pública, observado o disposto na Constituição Federal.

c) A vigência dos créditos especiais não pode ultrapassar o exercício financeiro

em que foram autorizados, em respeito ao princípio orçamentário da

anualidade.

d) Terão vigência até o final do exercício financeiro os créditos extraordinários

cujo ato de autorização tenha sido promulgado nos primeiros 4 (quatro) meses

do exercício financeiro.

e) Para fins de abertura de créditos suplementares e especiais, consideram-se

recursos disponíveis os provenientes do excesso de arrecadação, ou seja, do

saldo positivo das diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação

prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.

A abertura de créditos adicionais ocorre em virtude da necessidade de cobrir

despesas não-computadas ou insuficientemente dotadas na Lei Orçamentária

Anual. A questão pede a opção incorreta sobre o assunto:

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a) Correta. Tanto para a abertura de créditos suplementares como para a de

créditos especiais é obrigatória a indicação dos recursos disponíveis utilizados.

Ela deve, ainda, ser precedida de exposição justificada.

b) Correta. Consoante dispõe a CF/88, a abertura de crédito extraordinário

somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes,

como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública.

c) É a incorreta. A vigência dos créditos especiais é limitada ao exercício em

que forem abertos, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos

quatro meses daquele exercício, casos em que, reabertos nos limites dos seus

saldos, poderão viger até o término do exercício financeiro subsequente.

d) Correta. Se abertos nos primeiros 8 meses do ano, a vigência limite para os

créditos extraordinários será até o final do exercício financeiro.

e) Correta. Uma das possibilidades de fontes de recursos para a abertura de

créditos suplementares e especiais é o excesso de arrecadação, que é o saldo

positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e

a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.

Resposta: Letra C

5. FONTES PARA A ABERTURA DE CRÉDITOS ADICIONAIS

Para a abertura dos créditos suplementares e especiais, é necessária a

existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa. Ela deve, ainda, ser

precedida de exposição justificada.

Segundo o art. 43 da Lei 4.320/1964, consideram-se recursos para esse fim,

desde que não comprometidos:

I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;

II – os provenientes de excesso de arrecadação;

III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou

de créditos adicionais, autorizados em Lei;

IV – o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que

juridicamente possibilite ao poder executivo realizá-las.

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Superávit financeiro é um conceito estudado na Contabilidade Pública, que

corresponde à diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro,

conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as

operações de crédito a eles vinculadas.

Já excesso de arrecadação é o saldo positivo das diferenças acumuladas mês

a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a

tendência do exercício.

Ressalta-se, ainda, que para o fim de apurar os recursos utilizáveis,

provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.

Caiu na prova:

(CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) Quando órgão

público necessita abrir créditos adicionais dos recursos disponíveis por excesso

de arrecadação, a apuração dos recursos utilizáveis deverá deduzir a

importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.

Uma das fontes para a abertura de créditos adicionais é o excesso de

arrecadação, o qual corresponde ao saldo positivo das diferenças acumuladas

mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda,

a tendência do exercício. Para o fim de apurar os recursos utilizáveis,

provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.

Resposta: Certa

Temos ainda mais uma fonte de recursos, segundo o § 8.o do art. 167 da CF:

§ 8.º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto

de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão

ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suple-

mentares, com prévia e específica autorização legislativa.

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A Portaria Interministerial SOF/STN 163/2001, alterada pelo Manual de

Contabilidade Aplicada ao Setor Público – 2.ª edição (Portaria Conjunta

STN/SOF 2, de 6 de agosto de 2009), define ainda como fonte de recursos

para créditos adicionais a reserva de contingência, que são os destinados ao

atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais

imprevistos. Relembro que a LOA conterá reserva de contingência, cuja

forma de utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida,

serão estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de passivos

contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.

Art. 8.º A dotação global denominada Reserva de Contingência, permitida para

a União no art. 91 do Decreto-Lei n. 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em

atos das demais esferas de Governo, a ser utilizada como fonte de recursos

para abertura de créditos adicionais e para o atendimento ao disposto no art.

5º, inciso III, da Lei Complementar n. 101, de 2000, sob coordenação do órgão

responsável pela sua destinação, bem como a Reserva do Regime Próprio de

Previdência do Servidor – RPPS, quando houver, serão identificadas nos

orçamentos de todas as esferas de Governo pelo código

“99.999.9999.xxxx.xxxx”, no que se refere às classificações por função e

subfunção e estrutura programática, onde o “x” representa a codificação das

ações correspondentes e dos respectivos detalhamentos.

Parágrafo único. As Reservas referidas no caput serão identificadas, quanto à

natureza da despesa, pelos códigos “9.9.99.99.99” e “7.7.99.99.99”,

respectivamente.

O referido manual destaca que a reserva do RPPS também poderá ser

utilizada durante o exercício, caso necessário, para a abertura de créditos

adicionais com o objetivo de atender a compromissos desse Regime.

Assim, é uma fonte específica para atender ao RPPS, que não pode ser

utilizada em outras situações.

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QUADRO DAS FONTES DE RECURSOS PARA

A ABERTURA DE CRÉDITOS ADICIONAIS

Superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior.

Excesso de arrecadação.

Anulação total ou parcial de dotações.

Operações de créditos.

Recursos sem despesas correspondentes.

Reserva de contingência.

Cuidado: não confunda fontes de recursos para créditos adicionais com fonte

de recursos para emendas à LOA. Esta última terá como fonte apenas as

anulações de despesas, excluindo a dotação para pessoal e seus encargos,

serviço da dívida e transferências tributárias constitucionais para Estados,

Municípios e Distrito Federal.

Caiu na prova:

(ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) Assinale a

opção falsa a respeito dos créditos adicionais de que tratam os artigos 40 a 46

da Lei n. 4.320/64.

a) Crédito extraordinário é uma das classificações de créditos adicionais.

b) Créditos especiais e suplementares são autorizados por lei.

c) Créditos suplementares não podem ser abertos sem a indicação da fonte de

recursos.

d) Os créditos suplementares abertos no exercício não podem exceder a um

terço daqueles originalmente consignados na lei orçamentária.

e) O superávit financeiro apurado no balanço patrimonial pode ser fonte de

recursos para a abertura de créditos adicionais.

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a) Correta. Os créditos adicionais se classificam em suplementares, especiais e

extraordinários.

b) Correta. Os créditos especiais e suplementares são autorizados por lei,

podendo ser a própria LOA apenas no caso dos créditos suplementares.

c) Correta. Para a abertura de créditos especiais e suplementares a indicação

de recursos é obrigatória.

d) Errada. Não há essa regra na Lei 4320/64. Os créditos suplementares

autorizados na LOA seguem diversas regras que variam a cada ano, de acordo

com o disposto nas LDOs e nas LOAs.

e) Correta. O superávit financeiro apurado no balanço patrimonial é uma das

possíveis fontes de recursos para a abertura de créditos adicionais.

Resposta: Letra D

Artigo importante da LDO: segundo o art. 4.º da LRF, integrará o projeto da

LDO o anexo de metas fiscais, que conterá as metas anuais, em valores

correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e

para os dois seguintes.

Consoante esse dispositivo, as LDOs todos os anos dispõem que as alterações

promovidas na programação orçamentária têm que se compatibilizar com a

obtenção da meta de resultado primário estabelecida no Anexo de Metas

Fiscais.

Usualmente, o crédito adicional é iniciativa do Executivo. No entanto, a cada

ano, mesmo que com pequenas variações em seu texto, as LDOs prevêem

situações em que o crédito adicional pode ser aberto no âmbito dos Poderes

Legislativo e Judiciário e do Ministério Público por atos, respectivamente, dos

Presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Tribunal de

Contas da União; dos Presidentes do Supremo Tribunal Federal, do Conselho

Nacional de Justiça, do Conselho da Justiça Federal, do Conselho Superior da

Justiça do Trabalho, dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Justiça do

Distrito Federal e dos Territórios; e do Procurador-Geral da República e do

Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público. Nesses casos, são ainda

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maiores as restrições: deve ser aberto pelas autoridades citadas, ser do tipo

suplementar, autorizado na respectiva LOA, com indicação de recursos

compensatórios (anulação total ou parcial de dotações) e observar as normas

da SOF.

Ainda, para esse caso específico, as LDOs dispõem que as aberturas de

créditos no âmbito do Poder Judiciário deverão ser enviadas ao Conselho

Nacional de Justiça e, no âmbito do MPU, ao Conselho Nacional do Ministério

Público, com exceção do Supremo Tribunal Federal, do Conselho Nacional de

Justiça, do Ministério Público Federal e do Conselho Nacional do Ministério

Público.

Caiu na prova:

(CESPE – Analista Judiciário – TST – 2008) Os créditos suplementares

autorizados na lei orçamentária de 2008, no âmbito do TST, serão abertos por

ato do presidente do STF, dispensada a manifestação do Conselho Nacional

de Justiça.

Os créditos suplementares autorizados na lei orçamentária, no âmbito do

Tribunal Superior do Trabalho - TST, serão abertos por ato do presidente do

próprio TST (já que se trata de um Tribunal Superior), com a manifestação do

Conselho Nacional de Justiça.

Os créditos suplementares autorizados na lei orçamentária, no âmbito do STF,

é que serão abertos por ato do presidente do STF. Neste caso, seria

dispensada a manifestação do Conselho Nacional de Justiça.

Resposta: Errada.

Veja um tipo de questão que pode aparecer no concurso. Caiu na prova:

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(CESPE - Analista Judiciário – Controle Interno - TJDFT - 2008) Suponha-se

que um ente público necessite da abertura de um crédito especial e que sua

situação inclua os seguintes dados.

Excesso de arrecadação acumulado no exercício: . . . . . . . . . . R$ 4.500.000,00

Despesas contingenciadas:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 1.300.000,00

Deficit financeiro do balanço patrimonial do exercício anterior:. R$ 2.400.000,00

Com base nesses dados, é correto afirmar que é possível propor a abertura do

crédito de até R$ 3.400.000,00.

Nota-se que desses três valores apenas o excesso de arrecadação é fonte

para abertura de créditos adicionais:

O item despesas contingenciadas não é fonte de recursos. O

contingenciamento equivale a um congelamento, pois se deixa de efetuar o

empenho, mas permanece a dotação. Não se confunde com reserva de

contingência, a qual seria uma fonte.

O superávit financeiro do balanço patrimonial do exercício anterior é fonte de

recurso, porém o valor do déficit financeiro não deve ser abatido das outras

fontes.

Assim, é possível propor a abertura de crédito especial de até R$ 4.500.000,00 da fonte excesso de arrecadação.

Resposta: Errada.

6. VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS EM MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA

A CF/1988 estabelece diversas vedações em matéria orçamentária. Algumas

dessas vedações nós já vimos nas primeiras aulas. Outras estudaremos nas

próximas. No entanto, vamos consolidá-las:

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São vedados:

• O início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária

anual. Estudamos em Orçamento na CF.

• A realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que

excedam os créditos orçamentários ou adicionais. Estudamos nesta aula.

• A realização de operações de créditos que excedam o montante das

despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos

suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo

Poder Legislativo por maioria absoluta. É a regra de ouro. Estudaremos

em Despesas Públicas.

• A vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,

ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que

se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e

serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do

ensino e para realização de atividades da administração tributária, como

determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2.º, 212 e 37, XXII, e a

prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de

receita, previstas no art. 165, § 8.º, bem como o disposto no § 4.º deste

artigo. É o princípio da não vinculação de receitas. Estudaremos em

Princípios Orçamentários.

• A abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização

legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes. Estudamos

nesta aula.

• A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma

categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem

prévia autorização legislativa. É o princípio da proibição do estorno.

Estudaremos em Princípios Orçamentários.

• A concessão ou utilização de créditos ilimitados. É o princípio da quantificação dos créditos orçamentários. Estudaremos em

Princípios Orçamentários.

• A utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos

orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir

déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive daqueles que compõem

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os próprios orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e

da seguridade social. Estudamos em Orçamento na CF.

• A instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização

legislativa.

• A transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos,

inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais

e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal

ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios.

• A realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime

geral de previdência social com recursos provenientes das contribuições

sociais a seguir: do empregador, da empresa e da entidade a ela

equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salários e demais

rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa

física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; e do

trabalhador e dos demais segurados da previdência social.

A CF/1988 ainda ressalta que:

• Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro

poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei

que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

Estudamos em Orçamento na CF.

• Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício

financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for

promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que,

reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento

do exercício financeiro subsequente. Estudamos nesta aula.

• A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender

a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra,

comoção interna ou calamidade pública. Estudamos também nesta aula.

• É permitida a vinculação para a prestação de garantia ou contragarantia

à União e para pagamento de débitos para com esta de receitas próprias

geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos

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recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, tudo da

Constituição Federal. É uma das exceções ao princípio da não vinculação de receitas. Estudaremos em Princípios Orçamentários.

Caiu na prova:

(FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) No que diz respeito aos

orçamentos, NÃO são vedadas, entre outras situações ou procedimentos,

(A) a instituição de fundos de qualquer natureza com prévia autorização

legislativa.

(B) a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que

excedam os créditos adicionais.

(C) a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra

sem prévia autorização legislativa.

(D) a iniciação de projetos não incluídos na lei orçamentária anual e a

concessão ou utilização de créditos ilimitados.

(E) a abertura de crédito especial sem autorização legislativa e sem indicação

dos recursos correspondentes.

No que diz respeito aos orçamentos, é vedada a instituição de fundos de

qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. Logo, não é vedada a

instituição de fundos de qualquer natureza com prévia autorização legislativa.

Resposta: Letra A

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PARTE II – ORÇAMENTO PÚBLICO E ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL

1. INTRODUÇÃO1

Em um processo de planejamento e orçamento integrados, ressalta a

imperiosa necessidade de que os fins e os meios orçamentários sejam tratados

de uma forma equilibrada. Considerando que, desde o Decreto-lei 200, de 25

de fevereiro de 1967, a Administração Pública Federal estabeleceu o

orçamento-programa anual como um instrumento de planejamento, a ideia de

discriminar a despesa pública por objetivo, ou seja, de acordo com os seus fins,

já é bastante familiar a todos nós que atuamos nessa área.

Os processos de planejamento e orçamento assumiram, a partir do exercício

de 2000, uma feição especial. A nova concepção de Estado, aliada à

abordagem crítica da experiência acumulada nessa área, deu ensejo a que se

introduzisse uma maneira diferente de pensar o planejamento e a

orçamentação.

O Decreto 2.829/1998 estabeleceu normas para a elaboração e execução do

Plano Plurianual e dos orçamentos da União; a Portaria 117/1998, substituída,

posteriormente, pela Portaria 42, de 14 de abril de 1999, com a preservação

dos seus fundamentos, atualizou a discriminação da despesa por funções da

Lei 4.320/1964 e revogou a Portaria 9, de 28 de janeiro de 1974 (Classificação

Funcional – Programática); e a Portaria 51/1998 instituiu o recadastramento

dos projetos e atividades constantes do orçamento da União.

Na verdade, tais modificações, que em razão da Portaria 42/1999 assumiram

uma abrangência nacional, com aplicação também para Estados, municípios e

Distrito Federal, representam a segunda etapa de uma reforma orçamentária

1 Introdução baseada no artigo de CORE, Fabiano Garcia. Reforma gerencial dos processos de planejamento e orçamento. In: GIACOMONI, J.; PAGNUSSAT, J. L. Planejamento e orçamento governamental. Brasília: ENAP, 2006. v. 2.

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que se delineou pelos idos de 1989, sob a égide da nova ordem constitucional

recém-instalada.

A Constituição Federal de 1988, cumprindo a tradição das anteriores, ocupou-

se profusamente de matéria orçamentária, chegando até a definir instrumentos

de planejamento e orçamento com elevado grau de detalhe. A atual

Constituição optou por um modelo fortemente centralizado, a partir da

constatação de que havia uma excessiva fragmentação orçamentária, inclusive

com importantes programações e despesas inteiramente (previdência social,

por exemplo) fora da lei orçamentária, sem a observância, portanto, do

princípio da universalidade.

Nesse sentido, a Constituição de 1988, em seu art. 165, na seção denominada

“Dos Orçamentos”, introduziu o que se pode chamar de um processo integrado

de alocação de recursos, compreendendo as atividades de planejamento e

orçamento, mediante a definição de três instrumentos. Para relembrar:

I – Plano Plurianual (PPA), que estabelecerá, de forma regionalizada, as

diretrizes, os objetivos e metas da Administração Pública Federal para as

despesas de capital e outras delas decorrentes, e para as relativas aos

programas de natureza continuada.

II – Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que compreenderá as metas e

prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as despesas de capital

para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da Lei

Orçamentária Anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e

estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de

fomento.

III – Lei Orçamentária Anual (LOA), compreendendo o orçamento fiscal

referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da

administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo

poder público; o orçamento de investimento das empresas em que a União,

direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

e o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a

ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e

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fundações instituídos e mantidos pelo poder público.

Segundo Aliomar Baleeiro, o orçamento público é o ato pelo qual o Poder

Executivo prevê e o Poder Legislativo autoriza, por certo período de tempo, a

execução das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e

outros fins adotados pela política econômica ou geral do país, assim como a

arrecadação das receitas já criadas em lei.

2. HISTÓRICO DO ORÇAMENTO

2.1 Origens

Historicamente, a Carta Magna, outorgada no início do Século XIII pelo Rei

João Sem Terra, é considerada o embrião do orçamento, por meio de seu

art. 12:

“Nenhum tributo ou auxílio será instituído no Reino senão pelo seu conselho

comum, exceto com o fim de resgatar a pessoa do Rei, fazer seu primogênito

cavaleiro e casar sua filha mais velha uma vez, e os auxílios serão razoáveis

em seu montante”.

Veja que esse artigo não trata da despesa pública, mas aparece como a

primeira tentativa formal de controle das finanças do Rei, ou trazendo para a

atualidade, do Legislativo sobre o Executivo. E olha que interessante: já nasce

com exceções! Veja que a ideia permanece a mesma do nosso conceito atual!

O orçamento é elaborado pelo Executivo e aprovado previamente pelo

Legislativo, sendo que hoje também há exceções. Por exemplo, temos os

créditos extraordinários, os quais são destinados a despesas urgentes e

imprevisíveis, tais como em casos de guerra ou calamidade pública, e por isso

são abertos pelo executivo antes da autorização do Poder Legislativo. Neste

tipo de crédito, a comunicação ao Legislativo deve ser feita imediatamente

após a abertura do crédito.

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No entanto, apenas por volta de 1822, na Inglaterra, o Orçamento Público

passa a ser considerado um instrumento formalmente acabado. Nessa época,

tem-se o desenvolvimento do liberalismo econômico, o que acarretava em

oposição a quaisquer aumentos de carga tributária, necessários para o

crescimento das despesas públicas. Nesta visão de orçamento tradicional,

típica do liberalismo, as finanças públicas deveriam ser neutras e o equilíbrio

financeiro impunha-se naturalmente pelo próprio mercado. Para o estudante

relacionar com outras matérias, esse posicionamento vem ao encontro do

conceito de “mão invisível” de Adam Smith, para descrever que numa

economia de mercado a interação dos indivíduos resulta numa determinada

ordem, sem a necessidade de intervenção do Estado (laissez-faire). Assim, o

aspecto econômico do Orçamento tinha posição secundária, privilegiando o

aspecto controle.

Antes do final do mesmo século XIX, percebe-se que o Orçamento elaborado

com base na neutralidade não mais atendia às necessidades do Estado.

Desenvolveu-se a tese de um Orçamento moderno, o qual deveria ser um

instrumento de administração.

2.2 Orçamento nas Constituições brasileiras

Vamos falar agora resumidamente do Orçamento em nossas Constituições:

A Constituição Imperial de 1824 foi a pioneira nas exigências para

elaboração de orçamentos formais. A competência da proposta era do

Executivo e da aprovação do Legislativo (assembleia-geral composta

pelos deputados e senadores).

Com a República e a Constituição de 1891, a elaboração do orçamento

tornouse privativa do Congresso Nacional, com iniciativa da Câmara dos

Deputados. Na Constituição outorgada de 1934, no governo de

Getúlio Vargas, o orçamento passa a ter destaque, com capítulo

próprio. Ao Presidente da República cabia a elaboração da proposta or-

çamentária e, ao Legislativo, a votação. Assim, havia participação conjunta

dos poderes, já que a Constituição não trazia limitações ao poder de emendas

do Legislativo.

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Na Constituição de 1937, do Estado Novo, o orçamento passa a ser elaborado

por um departamento administrativo ligado à Presidência e votado pela Câmara

e pelo Conselho Federal, o qual contava com membros nomeados pelo

Presidente. Na prática, era elaborado e decretado pelo Executivo.

Com a redemocratização na Constituição de 1946, voltamos à elaboração pelo

Executivo e à votação com a possibilidade de emendas pelo Legislativo.

Na Constituição de 1967 do Regime Militar, o Executivo elaborava a proposta e

cabia ao Legislativo a aprovação, praticamente sem a possibilidade de

emendas.

E chegamos à nossa Constituição atual de 1988. A competência para a

elaboração do Orçamento é do Executivo e, ao Legislativo, cabe a votação e a

proposição de emendas. Têm-se ainda novidades como a LDO e o PPA.

Caiu na prova:

(CESPE – Analista Judiciário – STF – 2008) Com a Constituição de 1891, que

se seguiu à Proclamação da República, a elaboração da proposta orçamentária

passou a ser privativa do Poder Executivo, competência que foi transferida

para o Congresso Nacional somente na Constituição de 1934.

Na Constituição de 1891, que se seguiu à Proclamação da República, a

elaboração da proposta orçamentária passou a ser privativa do Congresso Nacional e não do Poder Executivo. E, ainda, a competência foi transferida

para o Presidente da República somente na Constituição de 1934.

Resposta: Errada.

3. ASPECTOS DO ORÇAMENTO

Político: tem a característica do grupo partidário que detém a maioria,

consoante a escolha dos cidadãos. O parlamento autoriza a despesa pública,

levando em consideração as necessidades coletivas. Parte da ideia de que os

recursos são limitados e as necessidades são ilimitadas, logo são definidas

prioridades.

Econômico: busca racionalizar o processo de alocação de recursos, zelando

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pelo equilíbrio das contas públicas, com foco nos melhores resultados para a

Sociedade. É ainda um instrumento de atuação do Estado na Economia, por

meio do aumento ou diminuição do gasto público.

Jurídico: o processo orçamentário é regido por normas legais que compõem o

ordenamento jurídico brasileiro.

Financeiro: caracterizado pelo fluxo monetário na execução, por meio de

entrada de receitas e saída de despesas.

Técnico: relacionado à observância de técnicas e classificações claras,

coerentes, racionais e metódicas.

4. NATUREZA JURÍDICA DO ORÇAMENTO

Antes de tratarmos da natureza jurídica do orçamento, vamos entender uma

importante diferença entre lei em sentido formal e lei em sentido material. Lei

em sentido formal representa todo o ato normativo emanado de um órgão com

competência legislativa, sendo o conteúdo irrelevante. Todos os Poderes

possuem a função legislativa. Por exemplo, o Executivo possui também a

função legislativa, apesar de não ser a principal, o que fica claro quando o art.

84 da CF/1988 enumera as competências privativas do Presidente da

República, dispondo no inciso III que compete privativamente ao

Presidente iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição. Ele exerce a função legislativa por meio de Medidas

Provisórias, Decretos Autônomos, Leis Delegadas, Leis Orçamentárias, etc.

Assim, a Lei Orçamentária é uma lei formal. Já lei em sentido material

corresponde a todo o ato normativo, emanado por órgão do Estado, mesmo

que não incumbido da função legislativa. O importante agora é o conteúdo, que

define qualquer conjunto de normas dotadas de abstração e generalidade, ou

seja, com aplicação a um número indeterminado de situações futuras.

Desta forma, a partir desses conceitos, nota-se que há leis que são

simultaneamente formais e materiais. Por outro lado, há leis somente formais,

mas não em sentido material. São estas as denominadas leis de efeitos concretos (ou leis individuais), pois seu conteúdo assemelha-se a atos

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administrativos individuais ou concretos.

Embora existam divergências doutrinárias, o orçamento é uma lei formal, pois

apenas prevê as receitas públicas e autoriza os gastos. O orçamento não

modifica as leis financeiras e tributárias, tampouco cria direitos subjetivos. O

orçamento é uma condição, um pré-requisito para que a despesa seja realizada

(ato-condição), já que a arrecadação de receitas e a realização de despesas,

na maioria das vezes, decorrem de leis ou contratos anteriores (atos-regra).

Assim, judicialmente, não se pode exigir que determinada despesa prevista no

orçamento seja realizada. O orçamento é concreto, por exemplo, quando diz

que com R$ 20 milhões pré-determinados o Governo poderá construir a

Universidade Luso-afro-brasileira (UNILAB) no Ceará. Logo, é apenas uma lei

formal, por isso é chamada de lei de efeitos concretos.

As características da lei orçamentária são as seguintes:

• Lei formal: a lei orçamentária não obriga o administrador público a

realizar determinada despesa, apenas autoriza os gastos. Falta

coercibilidade, pois nem sempre obriga o Poder Público, que pode, por

exemplo, deixar de realizar uma despesa autorizada pelo legislativo. É

considerada uma lei de efeitos concretos.

• Lei temporária: vigência limitada ao período de um ano.

• Lei ordinária: as leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) e os créditos

suplementares e especiais são leis ordinárias. Não se exige quorum

qualificado para sua aprovação, sendo necessária apenas a maioria

simples.

• Lei especial: possui processo legislativo diferenciado, como vimos ao

estudar o ciclo orçamentário. Possui iniciativa do Executivo e trata de

matéria específica: previsão de receitas e fixação de despesas.

A Lei Orçamentária é ainda denominada de Lei de Meios, porque possibilita os

meios para o desenvolvimento das ações relativas aos diversos órgãos e

entidades que integram a administração pública.

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Os orçamentos públicos podem ainda ser classificados em orçamentos de

natureza impositiva e de natureza autorizativa:

• Orçamento impositivo: é aquele em que, uma vez consignada uma

despesa no orçamento, ela deve ser necessariamente executada. Nesta

visão, o orçamento, por se tratar de uma lei, deve ser rigorosamente

cumprido.

• Orçamento autorizativo: não existe obrigatoriedade de execução das

despesas consignadas no orçamento público, já que o Poder Público

tem a discricionariedade para avaliar a conveniência e oportunidade do

que deve ou não ser executado. O STF entende que em nosso país o

orçamento não é impositivo, mas sim autorizativo. O fato de ser fixada

uma despesa na LOA não gera o direito de exigência de sua realização

por via judicial.

Os defensores do orçamento impositivo alegam que ele evita a superestimativa

de receita. O intuito de superestimar a receita da LOA é para aumentar também

a despesa, acomodando interesses políticos, já que pelo princípio do equilíbrio,

os valores totais de receitas e despesas devem ser iguais. As superestimativas

de receita em uma proposta orçamentária somente são possíveis porque a

LOA tem o caráter autorizativo, ou seja, não existe obrigatoriedade de

execução das despesas consignadas.

Caso a LOA tivesse caráter impositivo, todas as despesas deveriam ser

necessariamente executadas, logo não seria possível criar receitas fictícias que

não se efetivariam para cobrir as despesas.

Caiu na prova:

(CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças - IBGE – 2010)

Segundo a doutrina majoritária, o regime orçamentário adotado no Brasil

é denominado:

(A) privativo.

(B) executivo.

(C) legislativo.

(D) impositivo.

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(E) autorizativo.

O STF entende que em nosso país o orçamento não é impositivo, mas sim

autorizativo, no qual não existe obrigatoriedade de execução das despesas

consignadas no orçamento público, já que o Poder Público tem a

discricionariedade para avaliar a conveniência e oportunidade do que deve ou

não ser executado. O fato de ser fixada uma despesa na LOA não gera o

direito de exigência de sua realização por via judicial.

Resposta: Letra E

5. FUNÇÕES CLÁSSICAS DO ORÇAMENTO

O Governo desenvolve funções com objetivos específicos, porém relacionados,

utilizando os instrumentos de intervenção de que dispõe o Estado.

A classificação cobrada em concursos é a de Richard Musgrave, a qual se

tornou clássica. Ele propôs uma classificação denominada de funções fiscais.

Entretanto, considerando o orçamento como principal instrumento de ação do

Estado na economia, o próprio autor as considera também como as próprias

funções do Orçamento:

Função alocativa: visa à promoção de ajustamentos na alocação de recursos.

É o Estado oferecendo determinados bens e serviços necessários e desejados

pela sociedade, porém que não são providos pela iniciativa privada. O setor

público pode atuar produzindo diretamente os produtos e serviços ou via

mecanismos que propiciem condições para que sejam viabilizados pelo setor

privado. Tal função é evidenciada quando no setor privado não há a necessária

eficiência de infraestrutura econômica ou provisão de bens públicos e bens

meritórios. Investimentos na infraestrutura econômica são fundamentais para o

desenvolvimento, porém são necessários altos valores com retornos

demorados que muitas vezes desestimulam a iniciativa do setor privado nessa

área. Quanto aos bens públicos e meritórios, suas demandas possuem

características peculiares que tornam inviável seu fornecimento pelo sistema

de mercado. Bens públicos são aqueles usufruídos pela população em geral e

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de uma forma indivisível, independentemente de o particular querer ou não

usufruir desse bem. Já os bens meritórios excluem a parcela da população que

não dispõe de recursos para o pagamento. Assim, podem ser explorados pelo

setor privado, no entanto podem e devem também ser produzidos pelo Estado,

em virtude de sua importância para a sociedade, como a educação e a saúde.

Função distributiva: visa à promoção de ajustamentos na distribuição de

renda. Surge em virtude da necessidade de correções das falhas de mercado,

inerentes ao sistema capitalista. Os instrumentos mais usados para o

ajustamento são os sistemas de tributos e as transferências. Cita-se como

exemplo de medida distributiva o imposto de renda progressivo, realocando as

receitas para programas de alimentação, transporte e moradia populares. Outro

exemplo é a concessão de subsídios aos bens de consumo popular,

financiados por tributos incidentes sobre os bens consumidos pelas classes de

rendas mais altas.

Os tributos transferem recursos da iniciativa privada para o setor público. Já as

transferências são mecanismos utilizados pelos governos para promoverem

ajustes na distribuição de renda de uma população, com o objetivo de

transferirem recursos do setor público para os mais necessitados do setor

privado.

Função estabilizadora: visa a manter a estabilidade econômica,

diferenciando-se das outras funções por não ter como objetivo a destinação de

recursos. O campo de atuação dessa função é principalmente a manutenção

de elevado nível de emprego e a estabilidade nos níveis de preços. Destaca-se

ainda a busca do equilíbrio no balanço de pagamentos e de razoável taxa de

crescimento econômico. O mecanismo básico da estabilização é a atuação

sobre a demanda agregada, que representa a quantidade de bens ou serviços

que a totalidade dos consumidores deseja e está disposta a adquirir por

determinado preço e em determinado período. Assim, a função estabilizadora

age na demanda agregada de forma a aumentá-la ou diminuí-la.

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Caiu na prova:

(CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) A intervenção do

Estado na economia, justificada pela função distributiva, tem por objetivo

complementar a ação privada, por meio do orçamento público, com

investimentos em infraestrutura e provisão de bens meritórios.

A intervenção do Estado na economia, justificada pela função alocativa, tem

por objetivo complementar a ação privada, por meio do orçamento público, com

investimentos em infraestrutura e provisão de bens meritórios. Ou seja, tal

função é evidenciada quando no setor privado não há a necessária eficiência

de infraestrutura econômica ou provisão de bens públicos e bens meritórios.

Resposta: Errada

E assim terminamos a aula 2.

Até o nosso próximo encontro!

Forte abraço!

Sérgio Mendes

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MEMENTO II

CRÉDITOS ADICIONAIS

QUADRO COMPARATIVO DOS CRÉDITOS ADICIONAIS

CRÉDITOS

ADICIONAIS SUPLEMENTARES ESPECIAIS EXTRAORDINÁRIOS

FINALIDADE

Reforço de dotação

orçamentária já prevista

na LOA.

Destinados a despesas

para as quais não haja

dotação orçamentária

específica.

Destinados a despesas

urgentes e imprevisíveis.

AUTORIZAÇÃO

LEGISLATIVA

É anterior à abertura do

crédito. São autorizados

por lei (podendo ser já

na própria LOA ou em

outra lei específica).

É anterior à abertura

do crédito. São

autorizados por Lei

específica (não pode

ser na LOA).

Independe de autorização

legislativa prévia. Após a

sua abertura deve ser dado

imediato conhecimento ao

Poder Legislativo.

ABERTURA

Abertos por decreto do

Poder Executivo. Na

União, para os casos em

que haja necessidade de

outra lei específica, são

considerados

autorizados e abertos

com a sanção e

publicação da respectiva

lei.

Abertos por decreto do

Poder Executivo. Na

União são considerados

autorizados e abertos

com a sanção e

publicação da

respectiva lei.

Abertos por Medida

Provisória, no caso federal

e de entes que possuem

previsão deste instrumento;

e por decreto do Poder

Executivo, para os demais

entes que não possuem MP.

INDICAÇÃO DA

ORIGEM DOS Obrigatória Obrigatória Facultativa

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RECURSOS

VIGÊNCIA

Vigência limitada ao

exercício em que forem

autorizados.

Vigência limitada ao exercício em que forem

autorizados, salvo se o ato de autorização for

promulgado nos últimos quatro meses daquele

exercício, casos em que, reabertos nos limites dos

seus saldos, poderão viger até o término do exercício

financeiro subsequente.

FONTES PARA A ABERTURA DE CRÉDITOS SUPLEMENTARES OU ESPECIAIS

Superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;

Excesso de arrecadação;

Anulação total ou parcial de dotações;

Operações de créditos;

Reserva de contingência;

Recursos sem despesas correspondentes.

Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a

importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.

Na utilização do superávit financeiro devem-se conjugar os saldos dos créditos adicionais transferidos

(provenientes do exercício anterior) e as operações de crédito a eles vinculadas.

VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS EM MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA

Início de programas ou projetos não incluídos na LOA.

Realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou

adicionais.

Realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as

autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder

Legislativo por maioria absoluta.

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Princípio da não vinculação de receitas, Princípio da proibição do estorno e Princípio da quantificação

dos créditos orçamentários.

Utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade

social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos.

Instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.

Transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita,

pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com

pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do DF e dos Municípios.

Realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social com

recursos provenientes das contribuições sociais.

ORÇAMENTO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS

ANO Elaboração e apreciação da proposta orçamentária

1824 A competência da proposta era do Executivo e a aprovação do Legislativo (assembleia-

geral composta pelos deputados e senadores).

1891 Elaboração privativa do Congresso Nacional, com iniciativa da Câmara dos Deputados.

1934 Presidente da República elabora e Legislativo vota, porém sem limites para emendas.

1937

Elaborado por um departamento administrativo ligado à Presidência e votado pela

Câmara e pelo Conselho Federal, o qual contava com membros nomeados pelo

Presidente.

1946 Elaboração pelo Executivo e votação com a possibilidade de emendas pelo Legislativo.

1967 Executivo elaborava a proposta e cabia ao Legislativo a aprovação, praticamente sem a

possibilidade de emendas.

1988 Elaboração é do Executivo e ao Legislativo cabe a votação e a proposição de emendas.

CLASSIFICAÇÕES:

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Orçamento impositivo: despesas consignadas no orçamento devem ser necessariamente executadas.

Orçamento autorizativo: não existe obrigatoriedade de execução das despesas consignadas no

orçamento público. É o adotado no Brasil.

ASPECTOS DO ORÇAMENTO

Político, Econômico, Jurídico, Financeiro e Técnico

NATUREZA JURÍDICA

Lei de meios e lei formal (de efeitos concretos), temporária, ordinária e especial.

FUNÇÕES CLÁSSICAS DO ORÇAMENTO

Alocativa: visa à promoção de ajustamentos na alocação de recursos quando no setor privado não há a

necessária eficiência de infraestrutura econômica ou provisão de bens públicos e bens meritórios.

Distributiva: visa à promoção de ajustamentos na distribuição de renda. Surge em virtude da necessidade

de correções das falhas de mercado, inerentes ao sistema capitalista.

Estabilizadora: visa a manter a estabilidade econômica, principalmente a manutenção de elevado nível

de emprego e a estabilidade nos níveis de preços. Destaca-se ainda a busca do equilíbrio no balanço de

pagamentos e de razoável taxa de crescimento econômico.

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1) (CESPE – Contador – DPU – 2010) A abertura de créditos suplementares e

especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a

despesa e será precedida de exposição justificada.

2) (ESAF – AFC/CGU - 2008) Ao longo do exercício financeiro, pode ocorrer a

necessidade de abertura de créditos adicionais para cobrir despesas não-

computadas ou insuficientemente dotadas. Com base na legislação vigente,

relativa a esse assunto, identifique a opção incorreta.

a) A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de

recursos disponíveis para atender à despesa e será precedida de exposição

justificada.

b) Somente será admitida a abertura de crédito extraordinário para atender a

despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção

interna ou calamidade pública, observado o disposto na Constituição Federal.

c) A vigência dos créditos especiais não pode ultrapassar o exercício financeiro

em que foram autorizados, em respeito ao princípio orçamentário da

anualidade.

d) Terão vigência até o final do exercício financeiro os créditos extraordinários

cujo ato de autorização tenha sido promulgado nos primeiros 4 (quatro) meses

do exercício financeiro.

e) Para fins de abertura de créditos suplementares e especiais, consideram-se

recursos disponíveis os provenientes do excesso de arrecadação, ou seja, do

saldo positivo das diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação

prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.

3) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) Quando órgão

público necessita abrir créditos adicionais dos recursos disponíveis por excesso

de arrecadação, a apuração dos recursos utilizáveis deverá deduzir a

importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.

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4) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) Assinale a

opção falsa a respeito dos créditos adicionais de que tratam os artigos 40 a 46

da Lei n. 4.320/64.

a) Crédito extraordinário é uma das classificações de créditos adicionais.

b) Créditos especiais e suplementares são autorizados por lei.

c) Créditos suplementares não podem ser abertos sem a indicação da fonte

de recursos.

d) Os créditos suplementares abertos no exercício não podem exceder a um

terço daqueles originalmente consignados na lei orçamentária.

e) O superávit financeiro apurado no balanço patrimonial pode ser fonte de

recursos para a abertura de créditos adicionais.

5) (CESPE – Analista Judiciário – TST – 2008) Os créditos suplementares

autorizados na lei orçamentária de 2008, no âmbito do TST, serão abertos por

ato do presidente do STF, dispensada a manifestação do Conselho Nacional

de Justiça.

6) (CESPE - Analista Judiciário – Controle Interno - TJDFT - 2008) Suponha-se

que um ente público necessite da abertura de um crédito especial e que sua

situação inclua os seguintes dados.

Excesso de arrecadação acumulado no exercício: . . . . . . . . . . R$ 4.500.000,00

Despesas contingenciadas:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 1.300.000,00

Deficit financeiro do balanço patrimonial do exercício anterior:. R$ 2.400.000,00

Com base nesses dados, é correto afirmar que é possível propor a abertura do

crédito de até R$ 3.400.000,00.

7) (FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) No que diz respeito

aos orçamentos, NÃO são vedadas, entre outras situações ou procedimentos,

(A) a instituição de fundos de qualquer natureza com prévia autorização

legislativa.

(B) a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que

excedam os créditos adicionais.

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(C) a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra

sem prévia autorização legislativa.

(D) a iniciação de projetos não incluídos na lei orçamentária anual e a

concessão ou utilização de créditos ilimitados.

(E) a abertura de crédito especial sem autorização legislativa e sem indicação

dos recursos correspondentes.

8) (CESPE – Analista Judiciário – STF – 2008) Com a Constituição de 1891,

que se seguiu à Proclamação da República, a elaboração da proposta

orçamentária passou a ser privativa do Poder Executivo, competência que foi

transferida para o Congresso Nacional somente na Constituição de 1934.

9) (CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças - IBGE – 2010)

Segundo a doutrina majoritária, o regime orçamentário adotado no Brasil é

denominado:

(A) privativo.

(B) executivo.

(C) legislativo.

(D) impositivo.

(E) autorizativo.

10) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) A intervenção do

Estado na economia, justificada pela função distributiva, tem por objetivo

complementar a ação privada, por meio do orçamento público, com

investimentos em infraestrutura e provisão de bens meritórios.

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3° SIMULADO

1) (CESPE – Contador – DPU – 2010) Os créditos adicionais terão vigência

limitada ao exercício financeiro em que forem abertos, salvo expressa

disposição legal em contrário quanto aos créditos suplementares.

2) (CESPE – Analista Judiciário – STF – 2008) A adoção do orçamento

moderno está associada à concepção do modelo de Estado que, desde antes

do final do século XIX, deixa de caracterizar-se por mera postura de

neutralidade, própria do laissez-faire, e passa a ser mais intervencionista, no

sentido de corrigir as imperfeições do mercado e promover o desenvolvimento

econômico.

3) (CESPE – Analista Judiciário – TST – 2008) A utilização da política

orçamentária para os propósitos de estabilização econômica implica promover

ajustes no nível da demanda agregada, expandindo-a ou restringindo-a, e

provocando a ocorrência de déficits ou superávits.

4) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) Consideram-se

recursos disponíveis, para fins de abertura de créditos suplementares e

especiais, os provenientes do excesso de arrecadação, que se constituem no

saldo positivo das diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação

prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício e

descontado o percentual do excesso obrigatoriamente destinado pela LDO à

amortização da dívida pública na forma da Lei de Responsabilidade Fiscal

(LRF).

5) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Suponha que,

em decorrência de uma crise cambial, uma série de obrigações do governo

federal contratadas em moeda estrangeira tenham ultrapassado em 10% os

valores originalmente aprovados no orçamento para essa finalidade. Nessa

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situação, para honrar tais compromissos, somente a abertura de crédito

especial poderá suprir a dotação orçamentária do montante necessário.

6) (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) A reserva de

contingência, que compreende o volume de recursos destinados ao

atendimento de passivos contingentes e outros riscos, bem como eventos

fiscais imprevistos, poderá ser utilizada para abertura de créditos adicionais,

desde que definida na lei de diretrizes orçamentárias.

7) (CESPE – TFCE - TCU – 2009) Admite-se a utilização, mediante autorização

legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social

para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos.

(CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) Acerca dos

créditos orçamentários e adicionais, julgue os itens que se seguem.

8) Considere que a arrecadação efetiva do governo federal, mensalmente,

supere as receitas previstas na lei orçamentária, indicando que essa seja a

tendência do exercício financeiro. Nesse caso, é correto afirmar que,

descontando os créditos extraordinários, esse excesso de arrecadação poderá

ser utilizado para abertura de créditos suplementares e especiais.

9) (CESPE – Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde- 2008)

As superestimativas de receita na proposta orçamentária somente são

possíveis porque a lei orçamentária anual tem o caráter autorizativo.

10) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) O Congresso

Nacional, na apreciação de um veto à lei orçamentária anual, pode destinar à

suplementação de dotações que não tenham sido objeto de veto os recursos

que ficarem sem despesas correspondentes.

11) (CESPE - Analista Judiciário – STF - 2008) A CF, ao tratar dos créditos

extraordinários, referiu-se, corretamente, às despesas imprevistas, e não às

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imprevisíveis, pois, no primeiro caso, admite-se que houve erro de previsão,

enquanto, no segundo, as despesas não podiam mesmo ser previstas.

12) (CESPE – Analista Administrativo – ANTAQ – 2009) A LDO estabelece que

os créditos adicionais aprovados pelo Congresso Nacional não requerem a

edição de decreto para a sua abertura, que se dará automaticamente com a

sanção e publicação da respectiva lei.

13) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) É vedado ao

administrador público exceder os créditos orçamentários ou adicionais, e tal

vedação envolve não apenas a realização de despesas, mas, também, a

assunção de obrigações diretas.

14) (CESPE – AFCE - TCU – 2008) A teoria de finanças públicas consagra ao

Estado o desempenho de três funções primordiais: alocativa, distributiva, e

estabilizadora. A função distributiva deriva da incapacidade do mercado de

suprir a sociedade de bens e serviços de consumo coletivo. Como esses bens

e serviços são indispensáveis para a sociedade, cabe ao Estado destinar

recursos de seu orçamento para produzi-los e satisfazer sua demanda.

15) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) As

transferências, da mesma forma que os tributos, são mecanismos utilizados

pelos governos para promoverem ajustes na distribuição de renda de uma

população, com o objetivo de transferirem recursos da iniciativa privada para o

setor público.

16) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Após a

Segunda Guerra Mundial, os déficits públicos excessivamente altos e a crise

econômica mundial levaram à assinatura do Acordo de Bretton Woods e à

criação do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). É correto

afirmar que, nessas circunstâncias, a maior preocupação dos formuladores de

políticas públicas devia ser com a função alocativa dos governos.

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17) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Se o Poder

Executivo Federal promover a transposição de recursos de uma categoria de

programação orçamentária para outra, ainda que com autorização legislativa,

incorrerá em violação de norma constitucional.

18) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) No

período do regime autoritário (1964-1984), o processo orçamentário brasileiro

foi completamente reorganizado com o fortalecimento do Poder Legislativo e a

recuperação do orçamento fiscal, que expressava a totalidade das receitas e

das despesas públicas.

19) (CESPE– Planejamento e Execução Orçamentária– Min. da Saúde – 2008)

A lei orçamentária anual (LOA) não pode mais autorizar a abertura de créditos

suplementares durante o exercício financeiro de execução do respectivo

orçamento, pois a Constituição Federal de 1988 (CF) vedou a abertura de

créditos suplementares sem prévia autorização legislativa.

20) (CESPE - Analista Judiciário – STF - 2008) Suponha a situação em que,

em virtude da criação de um novo órgão, não havia recursos disponíveis.

Verificou-se que:

• havia insuficiência de arrecadação acumulada, durante o exercício, de

R$ 45.000,00;

• até então, registrava-se uma economia de despesas de R$ 60.000,00;

• o saldo, no balanço financeiro, tinha aumentado em R$ 15.000,00

durante o exercício.

Com base nesses dados, é correto concluir que seria possível abrir um crédito

suplementar de R$ 30.000,00.

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GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

C C C D E E A E E E

GABARITO DO 3° SIMULADO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

E C C E E C C C C E

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

E C C E E E E E E E

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ORIENTAÇÕES AO 1° SIMULADO

1) Errada. Abrange previdência, saúde e assistência. Pág. 23.

2) Certa. Pág. 21.

3) Errada. Os programas de duração continuada só poderiam ser despesas

correntes, pois as despesas de capital já estão explícitas no conceito de PPA.

Págs. 9/10.

4) Errada. A LOA contém apenas os investimentos das Estatais não

dependentes. Pág. 25.

5) Certa. Pág 16.

6) Errada. Não coincide, pois começa no início do 2º ano de mandato e termina

ao final do 1º ano do mandato seguinte. Pág. 12.

7) Certa. Apesar do termo “levava” no passado ser inadequado. Pág. 26.

8) Certa. Págs. 23/24.

9) Certa. A fixação de diretrizes orçamentárias (ou seja, a LDO) tem entre seus

objetivos fixar as prioridades e metas da administração pública e orientar a

elaboração da LOA. Pág. 13.

10) Errada. As metas do PPA que devem ser regionalizadas. Pág. 8.

11) Certa. Pág. 17. 12) Certa. Pág. 23.

13) Errada. O BB é exceção, pois é Sociedade de Economia Mista. Pág. 20.

14) Errada. É obrigatória, montante na LDO e recursos destinados ao

atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. Pág. 27.

15) Certa. Pág. 21.

16) Errada. É na LDO, mas não no anexo de metas fiscais. Pág. 15.

17) Errada. Pode executar despesas da seguridade social. Pág. 23.

18) Certa. Pág. 7.

19) Certa. Pág. 25.

20) Certa. Págs. 16/17.

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ORIENTAÇÕES AO 2° SIMULADO

1) Errada. A rejeição do PLOA é admissível. Pág. 15.

2) Errada. Cada um dos Poderes e o MP elabora sua proposta e envia ao

Executivo. Pág. 11.

3) Errada. A LRF não preencheu as lacunas da Lei nº 4.320/1964. Pág. 13.

4) Errada. Cada unidade orçamentária, no seu âmbito de atuação,

desempenha papel de coordenadora do processo de alterações orçamentárias.

O conceito de Unidade Gestora (UG) não aparece na elaboração do

orçamento, apenas na execução. A UG é uma unidade orçamentária ou administrativa investida do poder de gerir recursos orçamentários e financeiros, próprios ou sob descentralização. Pág. 7.

5) Errada. A LDO não pode ser rejeitada e o recesso é por ocasião apenas da

sua aprovação. Pág. 15.

6) Certa. Pág. 16.

7) Errada. O processo se desenvolve no Ministério do Planejamento. Pág.6.

8) Certa. Pág. 16.

9) Errada. As leis são dependentes e interligadas. Vimos em todo o curso.

10) Certa. Pág. 19.

11) Errada. É obrigado. Pág. 11.

12) Errada. É verticalmente e os produtos gerados no nível subsetorial (abaixo

do setorial). Pág. 6.

13) Errada. É o PPA. Págs. 11/12.

14) Errada. A LRF permite. Pág. 20.

15) Errada. A CF não traz essa determinação. Págs. 15/16.

16) Certa. Pág. 28.

17) Errada. Há exceções, não são todas que seguem a regra do 1/12. Pág.

15/16.

18) Certa. Pág. 5.

19) Errada. Nenhuma das Casas pode apresentar emendas modificando as

dotações citadas. Pág. 19.

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20) Certa. Essa questão derrubou muita gente. Tente entender a explicação

com calma que verá que não é tão difícil.

Vimos que no primeiro ano de mandato temos problema no ciclo orçamentário

em virtude dos prazos de encaminhamento. Lembre-se que no primeiro ano

são elaboradas as leis para o segundo ano.

No segundo ano, não há problemas de compatibilização, pois o PPA do

governante estará em vigor e só teremos que nos preocupar com os prazos de

LDO e LOA que são coerentes. Lembre-se que no segundo ano são

elaboradas as leis para o terceiro ano.

E porque a questão derrubou muita gente? Porque ela fala em compatibilidade

“para” o terceiro ano, ou seja, ela trata da elaboração no segundo ano. Muita

gente entendeu que a questão falava em “no” terceiro ano, ou seja, que

teríamos problemas na elaboração no primeiro e no segundo ano, o que

deixaria a questão errada, pois temos incompatibilidade apenas na elaboração

no primeiro ano.

Logo, somente para o terceiro ano do mandato presidencial (ou seja, no segundo ano) o projeto da LDO pode ser encaminhado após a aprovação do

respectivo PPA. Pág. 16.

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ORIENTAÇÕES AO 3° SIMULADO

1) Errada. Apenas os créditos especiais e extraordinários abertos nos últimos

quatro meses podem extrapolar o exercício financeiro. Quadros nas págs 6 a 8.

2) Certa. Pág. 22.

3) Certa. Função Estabilizadora. Pág. 28.

4) Errada. Não há tal desconto. Pág. 10.

5) Errada. O reforço de dotação é feito por meio de crédito suplementar.

Quadro na pág.5.

6) Certa. Pág. 27.

7) Certa. Mediante autorização legislativa específica é permitido. Págs. 16/17.

8) Certa. Pág. 10.

9) Certa. Pág. 26.

10) Errada. Poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos

especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

Pág. 10.

11) Errada. A CF se referiu às despesas imprevisíveis, as quais não podiam

mesmo ser previstas.

12) Certa. Pág.5.

13) Certa. Pág. 16.

14) Errada. É a função alocativa. Pág. 27.

15) Errada. As transferências são do setor público para os mais necessitados

do setor privado. Pág. 28.

16) Errada. Crise enseja a função estabilizadora. Pág. 28.

17) Errada. Com autorização legislativa é permitido. Pág. 16.

18) Errada. Em regimes autoritários há limitações ao Poder Legislativo. Pág.

23. Ainda, o Orçamento Fiscal era enfraquecido devido à existência do

orçamento monetário, como vimos na pág. 22 da aula demonstrativa.

19) Errada. A LOA pode autorizar a abertura de crédito suplementar. Pág. 4.

20) Errada. Com base nesses dados, é correto concluir que não seria possível

abrir um crédito suplementar. O excesso é fonte, porém o valor da insuficiência

de arrecadação acumulada não deve ser abatido das outras fontes. A

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economia da despesa, que ocorre quando a despesa executada durante o

exercício é menor que a despesa fixada na LOA, não é fonte de recursos. O

superávit financeiro do balanço patrimonial do exercício anterior é fonte de

recurso e não o aumento do saldo do balanço financeiro do exercício atual. Ver quadro na pág. 12.

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Aula 3

TIPOS E ESPÉCIES DE ORÇAMENTO

E PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

Olá amigos! Como é bom estar aqui!

“Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na

portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito: ‘Faleceu ontem a pessoa

que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na

quadra de esportes’.

No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum

tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e

bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes

era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do

velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação

aumentava:

_ Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?

_ Ainda bem que esse infeliz morreu !

Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo

visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de

cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto

silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para

suas salas. Todos, muito curiosos, mantinham-se na fila até chegar a sua vez

de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um

deles.

A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?

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No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe

uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única

pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que

pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si

mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO

SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA)

NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É

O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."

O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus

próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que

faz toda diferença. A vida muda, quando você muda".

(Luiz Fernando Veríssimo)

Com o pensamento de que a aprovação só depende de você, trataremos dos

Tipos e Espécies de orçamento na primeira parte de nossa aula, dentro dos

tópicos Orçamento-programa e Planejamento no orçamento-programa. Na

segunda parte, abordaremos os Princípios Orçamentários, dentro do tópico

Orçamento Público.

PARTE I - TIPOS E ESPÉCIES DE ORÇAMENTO

1. TIPOS DE ORÇAMENTO

Nesta ótica sobre os tipos de orçamento, tem-se a visão do regime político em

que é elaborado o orçamento combinado com a forma de governo. O Brasil

vivenciou os três tipos:

• Orçamento Legislativo: a elaboração, a votação e o controle do

orçamento são competências do Poder Legislativo. Normalmente ocorre

em países parlamentaristas. Ao executivo cabe apenas a execução.

Exemplo: Constituição Federal de 1891.

• Orçamento Executivo: a elaboração, a votação, o controle e a

execução são competências do Poder Executivo. É típico de regimes

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autoritários. Exemplo: Constituição Federal de 1937.

• Orçamento Misto: a elaboração e a execução são de competência do

Executivo, cabendo ao Legislativo a votação e o controle. Exemplo: a

atual Constituição Federal de 1988.

Caiu na prova:

(FEC - Analista Técnico Administrativo – MPA – 2010) O tipo de orçamento

utilizado no Brasil é o:

a) Legislativo.

b) Executivo.

c) Judiciário.

d) Moderado.

e) Misto.

O tipo de orçamento misto é o utilizado na atual Constituição Federal do nosso

país. Nesse tipo, a elaboração e a execução são de competência do Executivo,

cabendo ao Legislativo a votação e o controle.

Resposta: Letra E

2. ESPÉCIES DE ORÇAMENTO

2.1 Considerações iniciais

Com o passar do tempo, o conceito, as funções e a técnica de elaboração do

Orçamento Público foram alterados. Acabaram por evoluir para que pudessem

se aprimorar e racionalizar sua utilização, tornando-se um instrumento da

moderna administração pública, com uma concepção de orçamento como um

ato preventivo e autorizativo das despesas que o Estado deve efetuar para

atingir objetivos e metas programadas. Considerando que, desde o Decreto-lei

200, de 25 de fevereiro de 1967, a Administração Pública Federal estabeleceu

o orçamento-programa anual como um instrumento de planejamento (ou desde

a Lei 4320/64 para outros autores), a ideia de discriminar a despesa pública por

objetivo, ou seja, de acordo com os seus fins, já é bastante familiar a todos nós

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que atuamos nessa área.

Essas alterações foram motivadas por novas teorias e técnicas que se

difundiram ao redor do mundo, sendo chamadas de espécies ou por outros

autores também de tipos de orçamento. Utilizaremos a denominação espécies

por ser mais adequada para se diferenciar dos tipos legislativo, executivo e

misto.

2.2 Orçamento tradicional ou clássico

A falta de planejamento da ação governamental é uma das principais

características do orçamento tradicional. Constitui-se num mero instrumento

contábil e baseia-se no orçamento do exercício anterior, ou seja, enfatiza atos

passados. Demonstra uma despreocupação do gestor público com o

atendimento das necessidades da população, pois considera apenas as

necessidades financeiras das unidades organizacionais. Assim, nesta espécie

de orçamento não há preocupação com a realização dos programas de

trabalho do governo, importando-se apenas com as necessidades dos órgãos

públicos para realização das suas tarefas, sem questionamentos sobre

objetivos e metas. Predomina o incrementalismo.

É uma peça meramente contábil – financeira –, sem nenhuma espécie de

planejamento das ações do governo. Portanto, somente um documento de

previsão de receita e de autorização de despesas.

2.3 Orçamento de desempenho ou por realizações

O orçamento de desempenho ou por realizações enfatiza o resultado dos

gastos e não apenas o gasto em si. A ênfase reside no desempenho

organizacional. Caracteriza-se pela apresentação de dois quesitos: o objeto de

gasto (secundário) e um programa de trabalho contendo as ações

desenvolvidas.

Nessa espécie de orçamento, o gestor começa a se preocupar com os

benefícios dos diversos gastos e não apenas com seu objeto. Apesar da

evolução em relação ao orçamento clássico (tradicional), o orçamento de

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desempenho ainda se encontra desvinculado de um planejamento central das

ações do governo, ou seja, nesse modelo orçamentário inexiste um

instrumento central de planejamento das ações do governo vinculado à peça

orçamentária. Apresenta, assim, uma deficiência, que é a desvinculação entre

planejamento e orçamento.

Caiu na prova:

(ESAF – APO/MPOG – 2010) Assinale a opção verdadeira a respeito das

principais características do orçamento de desempenho.

a) Processo orçamentário em que os volumes de recursos são definidos em

razão das metas a serem atingidas.

b) Refere-se ao orçamento em que o maior volume dos gastos está relacionado

com a produção de infraestrutura de prestação de serviços públicos.

c) Processo orçamentário que se caracteriza por apresentar o orçamento sob

duas perspectivas, quais sejam: o objeto de gasto e um programa de trabalho.

d) Processo orçamentário em que ocorre a análise, revisão e avaliação de

todas as despesas propostas e não apenas das solicitações que ultrapassam o

nível de gasto já existente.

e) Processo orçamentário em que a prioridade dos gastos é definida em razão

do critério populacional.

O orçamento de desempenho ou por realizações enfatiza o resultado dos

gastos e não apenas o gasto em si. A ênfase reside no desempenho

organizacional. Caracteriza-se pela apresentação de dois quesitos: o

objeto de gasto (secundário) e um programa de trabalho contendo as

ações desenvolvidas.

Resposta: Letra C

2.4 Orçamento de base zero ou por estratégia

O orçamento de base zero consiste basicamente em uma análise crítica de

todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais. Nesse tipo de

abordagem, na fase de elaboração da proposta orçamentária, haverá um

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questionamento acerca das reais necessidades de cada área, não havendo

compromisso com qualquer montante inicial de dotação.

O processo do orçamento de base zero concentra a atenção na análise de

objetivos e necessidades, o que requer que cada administrador justifique seu

orçamento proposto em detalhe e cada quantia a ser gasta, aumentando a

participação dos gerentes de todos os níveis no planejamento das atividades e

na elaboração dos orçamentos.

Esse procedimento requer ainda que todas as atividades e operações sejam

identificadas e classificadas em ordem de importância por meio de uma análise

sistemática para que os pacotes de decisão sejam preparados. São

confrontados os novos programas pretendidos com os programas em

execução, sua continuidade e suas alterações. Isso faz com que os gerentes

de todos os níveis avaliem melhor as prioridades, confrontando-se incrementos

pela ponderação de custos e benefícios, a fim de que ocorra uma aplicação

eficiente das dotações em suas atividades.

Os órgãos governamentais deverão justificar anualmente, na fase de

elaboração da sua proposta orçamentária, a totalidade de seus gastos, sem

utilizar o ano anterior como valor inicial mínimo.

Alguns autores consideram que o orçamento de base zero é uma técnica do

Orçamento-Programa.

Caiu na prova:

(FCC – APO/SP – 2010) Se uma entidade pública, para a elaboração do

orçamento, baseia-se na preparação de pacotes de decisão e,

consequentemente, na escolha do nível de objetivo por meio da definição de

prioridades, confrontando-se incrementos pela ponderação de custos e

benefícios, ela adota o orçamento

(A) base zero.

(B) em perspectiva.

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(C) tradicional.

(D) de desempenho.

(E) incremental.

O orçamento de base zero requer que todas as atividades e operações sejam

identificadas e classificadas em ordem de importância por meio de uma análise

sistemática para que os pacotes de decisão sejam preparados. São

confrontados os novos programas pretendidos com os programas em

execução, sua continuidade e suas alterações. Isso faz com que os gerentes

de todos os níveis avaliem melhor as prioridades, confrontando-se incrementos

pela ponderação de custos e benefícios, a fim de que ocorra uma aplicação

eficiente das dotações em suas atividades.

Resposta: Letra A

2.5 Orçamento-programa

O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que

articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um

objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no

plano, visando à solução de um problema ou ao atendimento de determinada

necessidade ou demanda da sociedade.

Assim, o orçamento-programa é um instrumento de planejamento da ação do

governo, por meio da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e

atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados

e previsão dos custos relacionados.

O programa surgiu como o módulo comum integrador entre o plano e o

orçamento. Em termos de estruturação o plano termina no programa e o

orçamento começa no programa, o que confere a esses instrumentos uma

integração desde a origem. O programa, como módulo integrador, e as ações,

como instrumentos de realização dos programas. Essa concepção inicial foi

modificada a partir dos PPAs 2000/2003 e 2004/2007, elaborados com nível de

detalhamento de ação.

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Por meio do orçamento-programa, tem-se o estabelecimento de objetivos e a

quantificação de metas, com a consequente formalização de programas

visando ao atingimento das metas e alcance dos objetivos. Com este modelo

passa a existir um elo entre o planejamento e as funções executivas da

organização. É a espécie de orçamento utilizada no Brasil.

A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa

proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e

ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade,

bem como elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos. Portanto,

o orçamento-programa procura levar os decisores públicos a uma escolha

racional, que maximize o dinheiro do contribuinte, destinando os recursos

públicos a programas e projetos de maior necessidade.

A definição dos produtos finais de um programa de trabalho é um dos desafios

do orçamento-programa, já que algumas atividades também adicionam valores

intangíveis, em complemento aos físicos, como uma ação de qualificação do

servidor. O número de servidores qualificados é um resultado tangível, porém a

capacidade de inovação, a melhora do processo de trabalho, a retenção de

talentos no serviço público e a satisfação do cidadão atendido pelo servidor são

metas bem mais subjetivas. É difícil para os sistemas contábeis mensurarem

esse tipo de valor e, particularmente, na administração pública, há dificuldades

para a medição, em termos quantitativos.

Atenção: o orçamento tradicional quase sempre aparece em contraponto a

outro tipo de orçamento, normalmente o orçamento-programa. No memento há

um quadro comparativo Orçamento Tradicional X Orçamento-programa.

Em algumas situações podem ser utilizadas outras espécies de orçamento

como apoio ao orçamento-programa. A elaboração do orçamento de algumas

ações pode ocorrer de maneira incremental, por exemplo, nas ações ligadas ao

funcionamento do órgão. O valor a ser pago, em condições normais, pelas

contas de luz, água e telefone, sofre pequena variação de um ano para outro,

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normalmente apenas a inflação acumulada. Assim, para o cálculo do valor do

orçamento atual, pode ser utilizado o método tradicional, acrescentando sobre

o valor do orçamento desta ação no ano anterior a inflação do período.

Caiu na prova:

(CESGRANRIO – Auditor - IBGE – 2010) Sobre as características do

orçamento, analise as afirmativas a seguir.

I - Na técnica de orçamento-programa, a análise de eficácia das ações de

governo tem como principais critérios classificatórios as unidades

administrativas e os elementos de despesas.

II - O orçamento base zero consiste num processo operacional de

planejamento e orçamento cuja elaboração está calcada na preparação de

pacotes de decisão.

III - No orçamento tradicional, a alocação de recursos visa à consecução de

objetivos e metas, pois a ênfase desse modelo é a avaliação dos resultados.

É(São) correta(s) a(s) afirmativa(s)

(A) II, apenas.

(B) III, apenas.

(C) I e III, apenas.

(D) II e III, apenas.

(E) I, II e III.

I) Errado. Na técnica do orçamento tradicional, a análise de eficácia das

ações de governo tem como principais critérios classificatórios as unidades

administrativas e os elementos de despesas.

II) Correto. O orçamento de base zero requer que todas as atividades e

operações sejam identificadas e classificadas em ordem de importância por

meio de uma análise sistemática para que os pacotes de decisão sejam

preparados.

III) Errado. No orçamento-programa, a alocação de recursos visa à

consecução de objetivos e metas, pois a ênfase desse modelo é a avaliação

dos resultados.

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Logo, apenas a afirmativa II está correta.

Resposta: Letra A

2.6 Orçamento participativo

O orçamento participativo não se opõe ao orçamento-programa. Na verdade,

trata-se de um instrumento que busca romper com a visão política tradicional e

colocar o cidadão como protagonista ativo da gestão pública. Objetiva a

participação real da população no processo de elaboração e a alocação dos

recursos públicos de forma eficiente e eficaz segundo as demandas sociais.

Dessa forma, democratiza-se a relação Estado e Sociedade.

O processo de orçamento participativo tem a necessidade de um contínuo

ajuste crítico, baseado em um princípio de autorregulação, com o intuito de

aperfeiçoar os seus conteúdos democráticos e de planejamento, e assegurar a

sua não estagnação.

Assim, não possui uma metodologia única. Além disso, os problemas são

diferentes de acordo com o tamanho dos municípios, principais

implementadores do processo.

Ressalta-se que, apesar de algumas experiências na esfera estadual, na

experiência brasileira o Orçamento Participativo foi concebido e praticado

inicialmente como uma forma de gerir os recursos públicos municipais. No

nosso país, destaca-se a experiência da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

Não há perda da participação do Legislativo e nem diretamente de legitimidade.

Há um aperfeiçoamento da etapa que se desenvolveria apenas no Executivo, o

qual permanece com a iniciativa do Projeto de Lei. No orçamento participativo,

a comunidade é considerada a parceira do Executivo no processo

orçamentário. O que ocorre é que muitas vezes desigualdades

socioeconômicas tendem a criar obstáculos à participação dos grupos sociais

desfavorecidos.

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Quando a decisão está nas mãos de poucos, torna-se mais rápida a mudança

de direção ou de opiniões. Em um orçamento como o participativo, são feitas

várias reuniões em diversas regiões para se chegar a uma conclusão. Em caso

de necessidade de mudanças, é muito trabalhoso efetuá-las. Por isso no

orçamento participativo considera-se que há uma perda da flexibilidade. Ocorre

uma maior rigidez na programação dos investimentos, pois se tem uma decisão

compartilhada com a comunidade, ao contrário da decisão monopolizada pelo

Executivo no processo tradicional.

Segundo a LRF, deve ser incentivada a participação popular e a realização de

audiências públicas durante os processos de elaboração das leis

orçamentárias. No entanto, segundo a CF/1988, a iniciativa das leis

orçamentárias é privativa do Poder Executivo. Assim, o Poder Executivo não é

obrigado a seguir as sugestões da população, no entanto deve ouvi-las.

Caiu na prova:

(CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010) Uma das

vantagens apontadas com a adoção do orçamento participativo é a sua maior

legitimidade, com a substituição do Poder Legislativo pela participação direta

da comunidade nas decisões sobre a alocação das dotações.

Não há perda da participação do Legislativo e nem diretamente de legitimidade.

Há um aperfeiçoamento da etapa que se desenvolveria apenas no Executivo.

No orçamento participativo, a comunidade é considerada a parceira do

Executivo no processo orçamentário, logo não há a substituição do Poder

Legislativo pela participação direta da comunidade nas decisões sobre a

alocação das dotações.

Resposta: Errada

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PARTE II - PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

Princípios orçamentários são premissas, linhas norteadoras a serem

observadas na concepção e execução da lei orçamentária. Visam a aumentar a

consistência e estabilidade do sistema orçamentário. Por isso são as bases nas

quais se deve orientar o processo orçamentário e são impositivos nos

orçamentos públicos.

Atenção: é um assunto importante para a compreensão geral da matéria e

também muito cobrado em concursos!

Veremos que alguns princípios são explícitos, por estarem incorporados à

legislação, principalmente na Constituição Federal de 1988 (CF/1988) e na

Lei 4.320/1964. Outros são implícitos, porque são definidos apenas pela

doutrina, mas também são importantes para fins de elaboração, execução e

controle do orçamento público.

1. PRINCÍPIO DA UNIDADE

Segundo este princípio, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas

um orçamento, e não mais que um para cada ente da federação em cada

exercício financeiro. Objetiva eliminar a existência de orçamentos paralelos.

Está consagrado na Lei 4.320/1964:

Art. 2.° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de

forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do

Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade.

2. PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE

O orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes

da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta.

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Está também na Lei 4.320/1964:

Art. 2.° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de

forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do

Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade.

Art. 3.º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de

operações de crédito autorizadas em lei.

Art. 4.º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos

órgãos do Governo e da administração centralizada, ou que, por intermédio

deles se devam realizar, observado o disposto no art. 2.°.

O § 5.º do art. 165 se refere à Universalidade, quando o constituinte determina

a abrangência da LOA:

§ 5.° A lei orçamentária anual compreenderá:

I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e

entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e

mantidas pelo Poder Público;

II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou

indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e

órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os

fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Atenção: o § 5.º do art. 165 pode se referir tanto ao princípio da Universalidade

como ao princípio da Unidade (ou Totalidade), pois os orçamentos fiscal, de

investimentos e da seguridade social são partes integrantes do todo e estão

compreendidos numa mesma Lei Orçamentária.

Os examinadores normalmente tentam confundir os dois princípios nas provas.

Cuidado: para ser compatível com os dois princípios, o orçamento uno deve

conter todas as receitas e despesas do Estado.

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• Um hipotético orçamento uno que não contemplar todas as receitas e

despesas estará de acordo apenas com a Unidade.

• Se for mais de um orçamento contendo todas as receitas e despesas,

eles estarão de acordo apenas com a Universalidade.

3. PRINCÍPIO DA ANUALIDADE (OU PERIODICIDADE)

O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um período de um ano,

consoante nossa Constituição:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I – o plano plurianual;

II – as diretrizes orçamentárias;

III – os orçamentos anuais.

É conhecido também como princípio da periodicidade, numa abordagem em

que o orçamento deve ter vigência limitada a um exercício financeiro. No Brasil,

ele coincide com o ano civil, segundo o art. 34 da Lei 4.320/1964:

Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.

Vários artigos da Constituição remetem à anualidade, como o § 1.º do art. 167:

§ 1.º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro

poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que

autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

A Lei 4.320/1964 poderia ser alterada, porém não desconfiguraria o princípio

da unidade. A anualidade não está relacionada ao ano civil, mas com o

exercício financeiro e o período de 12 meses.

Os créditos adicionais especiais e extraordinários autorizados nos últimos

quatro meses do exercício podem ser reabertos no exercício seguinte pelos

seus saldos, se necessário, e, neste caso, viger até o término desse exercício

financeiro. Por esse motivo, alguns autores consideram que se trata de

exceções ao princípio da anualidade.

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Atenção: Anualidade é princípio orçamentário, porém anterioridade não é. Em

várias provas é exigido que o candidato saiba que o princípio constitucional

da anterioridade é princípio tributário e não orçamentário.

4. PRINCÍPIO DA TOTALIDADE

Surgiu após uma remodelação pela doutrina do princípio da unidade, de forma

que abrangesse as novas situações. Foi construído, então, para possibilitar a

coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer

consolidação. A Constituição trouxe um modelo que, em linhas gerais, segue o

princípio da totalidade, pois a composição do orçamento anual passou a ser a

seguinte: orçamento fiscal, orçamento da seguridade social e orçamento de

investimentos das estatais.

É importante destacar que autores como José Afonso da Silva defendem que o

princípio da unidade orçamentária, na concepção de orçamento--programa,

não se preocupa com a unidade documental; ao contrário, desdenhando-a,

postula que tais documentos se subordinem a uma unidade de orientação

política, numa hierarquização dos objetivos a serem atingidos e na

uniformidade de estrutura do sistema integrado. Tem-se também a síntese de

Ricardo Lobo Torres, dispondo que o princípio da unidade não significa a

existência de um único documento, mas a integração finalística e a

harmonização entre os diversos orçamentos.

Assim, o princípio da unidade ou da totalidade não necessariamente significa

um documento único, já que o processo de integração planejamento-orçamento

tornou o orçamento necessariamente multidocumental, em virtude da

aprovação, por leis diferentes, dos vários instrumentos de planejamento, com

datas de encaminhamento diferentes para aprovação pelo Poder Legislativo.

Em que pesem tais documentos serem distintos, devem obrigatoriamente ser

compatibilizados entre si.

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Caiu na prova:

(CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) O princípio da

totalidade, explícito de forma literal na legislação brasileira, determina que

todas as receitas e despesas devem integrar um único documento legal.

Mesmo sendo os orçamentos executados em peças separadas, as informações

acerca de cada uma dessas peças são devidamente consolidadas e

compatibilizadas em diversos quadros demonstrativos.

O princípio da totalidade não necessariamente significa um documento

único, já que o processo de integração planejamento-orçamento tornou o

orçamento necessariamente multidocumental, em virtude da aprovação, por

leis diferentes, dos vários instrumentos de planejamento, com datas de

encaminhamento diferentes para aprovação pelo Poder Legislativo. Em que

pesem tais documentos serem distintos, devem obrigatoriamente ser

compatibilizados entre si.

Resposta: Errada

5. PRINCÍPIO DA UNIDADE DE TESOURARIA (OU UNIDADE DE CAIXA)

É o princípio que respalda a Conta Única do Tesouro, a qual é mantida junto

ao Banco Central do Brasil e sua operacionalização será efetuada por

intermédio do Banco do Brasil, ou, excepcionalmente, por outros agentes

financeiros autorizados pelo Ministério da Fazenda. O objetivo é apresentar

todas as receitas e despesas numa só conta, a fim de confrontar os totais e

apurar o resultado: equilíbrio, déficit ou superávit.

Está consagrado no art. 56 da Lei 4.320/1964:

Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao

princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para

criação de caixas especiais.

O art. 164, § 3.o, da CF/1988 determina o destino das disponibilidades:

§ 3.º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco

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central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou

entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em

instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.

Relembro que a Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000, conhecida

como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), é a lei que estabelece normas

de finanças públicas voltadas para a gestão fiscal. Ela traz uma observação

importante ao princípio da unidade de caixa, pois em seu art. 43, § 1.o,

estabelece que as disponibilidades de caixa relativas à Previdência Social

deverão ser separadas das demais disponibilidades do ente público:

§ 1.o As disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral

e próprio dos servidores públicos, ainda que vinculadas a fundos específicos a

que se referem os arts. 249 e 250 da Constituição, ficarão depositadas em

conta separada das demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas

condições de mercado, com observância dos limites e condições de proteção e

prudência financeira.

Para não deixar dúvidas, segundo a LRF, são entes da Federação: a União,

cada Estado, o Distrito Federal e cada Município.

6. PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO

Existem despesas que, ao serem realizadas, geram receitas ao Ente Público.

Por outro lado, existem receitas que, ao serem arrecadadas, geram despesas.

Por exemplo, quando o Governo paga salários, realiza despesas. No entanto, a

partir de determinado valor, começa a incidir sobre a remuneração o Imposto

de Renda, que é uma receita para o Governo, descontada diretamente pela

fonte pagadora. Assim, ao pagar o salário de um servidor, é efetuada uma

despesa (salário) que ao mesmo tempo gera uma receita (Imposto de Renda).

O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam

incluídas no orçamento nos seus montantes líquidos.

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Também está na Lei 4.320/1964:

Art. 6.º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos

seus totais, vedadas quaisquer deduções.

§ 1.º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra

incluir-se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada a

transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber.

No nosso exemplo, considere uma carreira de alto escalão do Executivo, que

tem como subsídio inicial R$ 12.500,00. Subtraindo os descontos de Imposto

de Renda e Previdência Social, o líquido gira em torno de R$ 9.000,00. Na lei

orçamentária, segundo o princípio do orçamento bruto, deverão constar

todos esses itens, de receitas de despesas, e não somente a despesa líquida

da União de R$ 9.000,00.

Não importa se o saldo líquido será positivo ou negativo, o princípio do

orçamento bruto impede a inclusão apenas dos montantes líquidos e determina

a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais.

7. PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE

Surgiu para evitar que o Orçamento fosse utilizado para aprovação de matérias

sem nenhuma pertinência com o conteúdo orçamentário, em virtude da

celeridade do seu processo.

Determina que a lei orçamentária não poderá conter matéria estranha à

previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá para as

autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por

antecipação de receita orçamentária (ARO). Por exemplo, a LOA não pode

conter autorização para um órgão realizar licitações ou matéria de direito penal.

Possui previsão na nossa Constituição, no § 8.o do art. 165:

§ 8.º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da

receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização

para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de

crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

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E também no art. 7.o, I e II, da Lei 4.320/1964:

Art. 7.° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:

I – Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as

disposições do artigo 43;

II – Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por

antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa.

O inciso II foi parcialmente prejudicado e deve ter sua leitura combinada com o

art. 38 da LRF, por ser mais restritivo. Trataremos de ARO em aula específica.

Em resumo, este princípio significa que:

PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE

Regra: Lei Orçamentária deve conter apenas previsão de receitas e fixação de despesas.

No entanto, admitem-se autorizações para:

• créditos suplementares e apenas este; e

• operações de crédito, mesmo que por antecipação de receita.

A LRF define operação de crédito como compromisso financeiro assumido em

razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição

financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda

a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações

assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros.

Entenda que a operação de crédito se assemelha a um empréstimo que o ente

contrai para aumentar suas receitas e cobrir suas despesas. Por hora, basta

guardar que as exceções ao princípio da exclusividade são créditos

suplementares e operações de crédito, inclusive por ARO.

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8. PRINCÍPIO DA QUANTIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS

Está consubstanciado no inciso VII do art. 167 da CF/1988, o qual veda a

concessão ou utilização de créditos ilimitados:

Art. 167. São vedados:

(...)

VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados.

Assim, não são admitidas dotações ilimitadas, sem exceções.

9. PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO (OU ESPECIALIZAÇÃO OU

DISCRIMINAÇÃO)

Este princípio determina que as receitas e despesas devam ser discriminadas,

demonstrando a origem e a aplicação dos recursos. Tem o objetivo de facilitar

a função de acompanhamento e controle do gasto público, evitando a chamada

“ação guarda-chuva”, que é aquela ação genérica, mal especificada, com

demasiada flexibilidade.

O princípio veda as autorizações de despesas globais. A Lei 4.320/1964, em

seu art. 5.o, cita que:

Art. 5.º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a

atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de

terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo

20 e seu parágrafo único.

As exceções do art. 20 se referem aos programas especiais de trabalho,

como os programas de proteção à testemunha, que se tivessem especificação

detalhada, perderiam sua finalidade. São também chamados de investimentos

em regime de execução especial.

O § 4.º do art. 5.º da LRF estabelece a vedação de consignação de crédito

orçamentário com finalidade imprecisa, exigindo a especificação da despesa.

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Esse artigo apresenta outra exceção ao nosso princípio, que é a reserva de

contingência (art. 5.º, III, da LRF).

A reserva de contingência tem por finalidade atender, além da abertura de

créditos adicionais, perdas que, embora sejam previsíveis, são episódicas,

contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com

vistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais.

Exemplo: despesas decorrentes de uma calamidade pública, como uma

enchente de grandes proporções.

Atenção: as exceções dos programas especiais de trabalho e reserva de

contingência são quanto à dotação global, pois não necessitam de

discriminação. Não confunda com dotação ilimitada, que é aquela sem valores

definidos.

Exemplo: recursos para o programa de proteção à testemunha. Dotação

ilimitada seria não definir o valor no orçamento ou colocar que se pode gastar

o quanto for necessário. Não é permitido, sem exceções. Já dotação global

seria colocar dotação limitada, R$ 20 milhões para o programa, porém sem

detalhamento. Também a regra seria não ser permitido, porém admite

exceções, como nesse programa, pois com um detalhamento poderia haver

risco de morte para as testemunhas.

Atenção de novo: não confundir Orçamento Bruto com Discriminação.

O princípio da discriminação (ou especialização ou especificação)

determina que as receitas e despesas devam ser especificadas, demonstrando

a origem e a aplicação dos recursos. Tem o objetivo de facilitar a função de

acompanhamento e controle do gasto público.

Já o princípio do orçamento bruto impede a inclusão apenas dos montantes

líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais, não

importando se o saldo líquido será positivo ou negativo. Por exemplo, a

apuração e a divulgação dos dados da arrecadação líquida, sem a indicação

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das deduções previamente efetuadas a título de restituições, fere o princípio do

orçamento bruto.

Caiu na prova:

(FGV – Consultor Orçamentário do Senado – 2008) A Lei 4.320/64 consagra

princípios orçamentários que cuidam de aspectos substanciais a serem

observados na elaboração do orçamento. Em relação ao princípio da

especificação assinale a afirmativa correta.

a) As receitas e despesas devem aparecer no orçamento de maneira

discriminada de tal forma que se possa saber, pormenorizadamente, a origem

dos recursos, bem como a sua aplicação.

b) O orçamento deve ser elaborado de maneira a conter todas as receitas e

despesas públicas, sem quaisquer deduções ou compensações entre

devedores e credores.

c) A lei orçamentária anual deverá conter apenas matéria pertinente ao

orçamento público, excluindo-se quaisquer dispositivos estranhos à previsão da

receita e à fixação das despesas, ressalvados os casos previstos na legislação.

d) O orçamento compreende uma unidade que abrange as receitas e despesas

de todos os Poderes e Órgãos da Administração Pública pelos seus totais,

observada a discriminação quanto aos aspectos fiscais, sociais e

previdenciários.

e) As receitas não poderão ter vinculação com quaisquer despesas, órgãos ou

fundos, ressalvada a vinculação prevista para as despesas com educação,

saúde e assistência social.

a) Correta. É exatamente o que o princípio determina: discriminação de

receitas e despesas.

b) Errada. Define o princípio do orçamento bruto, pois veda deduções entre

devedores e credores.

c) Errada. Trata do princípio da exclusividade, que determina que a Lei

Orçamentária deverá tratar de questões atinentes ao tema, permitindo apenas

as exceções constitucionais.

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d) Errada. Possui definição vaga, mistura princípio da unidade e da

universalidade.

e) Errada. Trata do princípio da não-vinculação de receitas, que abordaremos

ainda nesta aula. Além disso, veremos que assistência social não se inclui

entre suas exceções.

Resposta: Letra A

10. PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO ESTORNO

O Princípio da Proibição do Estorno determina que o administrador público

não pode transpor, remanejar ou transferir recursos sem autorização. Quando

houver insuficiência ou carência de recursos, deve o Poder Executivo recorrer

à abertura de crédito adicional ou solicitar a transposição, remanejamento ou

transferência, o que deve ser feito com autorização do Poder Legislativo. Veja

o dispositivo constitucional:

Art. 167. São vedados:

(...)

VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma

categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia

autorização legislativa.

Os termos remanejamento, transposição e transferência são relacionados pela

Constituição Federal às situações de destinação de recursos de uma categoria

de programação para outra ou de um órgão para outro. Foram introduzidos na

CF/1988 em substituição à expressão estorno de verba, utilizada em

constituições anteriores para indicar a mesma proibição. Essa é a origem do

princípio da proibição do estorno.

A doutrina considera que são conceitos que devem ser definidos em lei

complementar (ainda não editada), portanto não poderiam ser definidos por

lei ordinária ou outro instrumento infralegal. Outros doutrinadores consideram

que não há distinção entre os termos.

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Por categoria de programação deve-se entender a função, a subfunção, o

programa, o projeto/atividade/operação especial e as categorias econômicas

de despesas.

Em geral, essa solicitação é encaminhada pelos órgãos setoriais de orçamento

para a Secretaria de Orçamento Federal (SOF), onde é efetuada a análise do

pedido de transposição, remanejamento ou transferência de categoria de

programação para outra ou de um órgão para outro.

11. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE

O art. 37 da Constituição cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela

Administração Pública, que são Legalidade, Impessoalidade, Moralidade,

Publicidade e Eficiência.

O princípio da publicidade também é orçamentário, pois é a garantia de acesso

para qualquer interessado às informações necessárias ao exercício da

fiscalização sobre a utilização dos recursos arrecadados dos contribuintes.

Determina que é condição de eficácia do ato a divulgação em veículos oficiais

de comunicação para conhecimento público.

12. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

Todas as leis orçamentárias, PPA, LDO e LOA e também de créditos adicionais

são encaminhadas pelo Poder Executivo para discussão e aprovação pelo

Congresso Nacional.

O art. 5.º da Constituição determina em seu inciso II que “ninguém será

obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.

O art. 37 cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela Administração

Pública, que são Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e

Eficiência.

Para ser legal, a aprovação do orçamento deve observar o processo legislativo.

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O respaldo ao princípio da legalidade orçamentária também está na

Constituição:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I – o plano plurianual;

II – as diretrizes orçamentárias;

III – os orçamentos anuais.

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes

orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão

apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do

regimento comum.

Em matéria orçamentária, a Administração Pública subordina-se às prescrições

legais. Logo, legalidade também é princípio orçamentário.

Caiu na prova:

(CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) O princípio da

legalidade, um dos primeiros a serem incorporados e aceitos nas finanças

públicas, dispõe que o orçamento será, necessariamente, objeto de uma lei,

resultante de um processo legislativo completo, isto é, um projeto preparado e

submetido, pelo Poder Executivo, ao Poder Legislativo, para apreciação e

posterior devolução ao Poder Executivo, para sanção e publicação.

Todas as leis orçamentárias, PPA, LDO e LOA e também de créditos adicionais

são encaminhadas pelo Poder Executivo para discussão e aprovação pelo

Congresso Nacional.

Para ser legal, a aprovação do orçamento deve observar o processo legislativo.

Resposta: Certa

13. PRINCÍPIO DA PROGRAMAÇÃO

O orçamento deve expressar as realizações e objetivos de forma programada,

planejada. O princípio da programação decorre da necessidade da

estruturação do orçamento em programas, dispondo que o orçamento deva ter

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o conteúdo e a forma de programação.

O princípio da programação vincula as normas orçamentárias à consecução e

à finalidade do Plano Plurianual e aos programas nacionais, regionais e

setoriais de desenvolvimento.

14. PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO

Esse princípio visa assegurar que as despesas autorizadas não serão

superiores à previsão das receitas.

A LRF, em seu art. 4.o, I, a, determina que a Lei de Diretrizes Orçamentárias

(LDO) trate do equilíbrio entre Receitas e Despesas:

Art. 4.o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2.

o do art. 165

da Constituição e:

I – disporá também sobre:

a) equilíbrio entre receitas e despesas.

O art. 9.º da LRF também trata do equilíbrio das finanças públicas. Determina

que “se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá

não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal

estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público

promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias

subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os

critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias”.

A CF/1988 é realista quanto à possibilidade de ocorrer déficit orçamentário,

caso em que as receitas sejam menores que as despesas. Assim, o princípio

do equilíbrio não tem hierarquia constitucional. Mas contabilmente o

orçamento sempre estará equilibrado, pois tal déficit aparece normalmente

nas operações de crédito que, pelo art. 3.º da Lei 4.320/1964, também devem

constar do orçamento.

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Deve-se ressaltar que há limites para essas operações de crédito. A regra de

ouro, que será estudada na aula sobre despesas públicas, veda a realização

de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital. Por

agora, o estudante deve entender que a regra de ouro objetiva evitar que a

Administração Pública se endivide para cobrir despesas de custeio, que são

aquelas do dia a dia do órgão. A Administração deve se endividar apenas para

a realização de investimentos.

Caiu na prova:

(ESAF – Analista Tributário – Receita Federal do Brasil – 2009) Constata-se

que os princípios orçamentários do equilíbrio e da unidade foram respeitados

quando ocorrem, respectivamente:

a) as despesas correntes liquidadas não ultrapassam as receitas correntes

arrecadadas e a Lei Orçamentária Anual disciplinou todas modificações na

legislação tributária necessárias à execução do orçamento.

b) as despesas correntes foram pagas sem a realização de operações de

crédito e as despesas de capital foram cobertas com receitas correntes.

c) a arrecadação total foi suficiente para cobrir todas as despesas liquidadas e

a distribuição dos gastos durante os meses do exercício manteve-se bem

distribuída.

d) as receitas de capital não ultrapassaram as despesas de capital e todas as

despesas realizadas foram autorizadas em lei.

e) todas as despesas autorizadas no exercício não ultrapassam o valor das

receitas estimadas e cada ente da federação apresenta um único orçamento no

exercício.

O princípio do equilíbrio orçamentário visa assegurar que as despesas

autorizadas não serão superiores à previsão das receitas. Já o princípio da

unidade determina que o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas

um orçamento, e não mais que um para cada ente da federação em cada

exercício financeiro

Resposta: Letra E

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15. PRINCÍPIO DA NÃO AFETAÇÃO (OU NÃO VINCULAÇÃO) DAS

RECEITAS

Esse princípio dispõe que nenhuma receita de impostos poderá ser reservada

ou comprometida para atender a certos e determinados gastos.

Está na Constituição Federal, no art. 167, IV:

Art. 167. São vedados:

(...)

IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,

ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se

referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços

públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para

realização de atividades da administração tributária, como determinado,

respectivamente, pelos arts. 198, § 2.º, 212 e 37, XXII, e a prestação de

garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art.

165, § 8.º, bem como o disposto no § 4.º deste artigo.

Pretende-se, com isso, evitar que as vinculações reduzam o grau de liberdade

do planejamento, porque receitas vinculadas a despesas tornam essas

despesas obrigatórias.

EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA NÃO VINCULAÇÃO:

Repartição constitucional dos impostos;

Destinação de recursos para a Saúde;

Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino;

Destinação de recursos para a atividade de administração tributária;

Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita;

Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta (art. 167, § 4.°).

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Importante: caso o recurso seja vinculado, ele deve atender ao objeto de sua

vinculação, mesmo que em outro exercício financeiro. Veja o parágrafo único

do art. 8.º da LRF:

Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados à finalidade específica

serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação,

ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.

Atenção: o princípio veda a vinculação de impostos e não de tributos. Os

examinadores gostam desta troca.

A Constituição pode vincular outros impostos? Sim, por emenda constitucional

podem ser vinculados outros impostos, mas por lei complementar, ordinária ou

qualquer dispositivo infraconstitucional, não pode.

Apenas os impostos não podem ser vinculados por lei infraconstitucional.

16. PRINCÍPIO DA CLAREZA

O orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e

compreensível a todas as pessoas que, por força do ofício ou interesse,

precisam manipulá-lo.

Dispõe que o orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e

completa. Embora diga respeito ao caráter formal, tem grande importância para

tornar o orçamento um instrumento eficiente de governo e administração.

Caiu na prova:

(FCC – Analista Judiciário – Economia – TJ/PA – 2009) Em relação aos

princípios previstos na Constituição brasileira e na Lei n° 4.320, de 1964, que

devem nortear a elaboração do orçamento público em nosso país, é correto

afirmar que o Princípio da:

a) Especificação estatui que o Orçamento não consigne dotações globais para

atender indiferentemente despesas de diferentes naturezas, ressalvadas as

exceções previstas na Lei nº 4.320, de 1964.

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b) Não Afetação das receitas permite a vinculação de impostos a órgãos,

fundos ou despesas e não admite qualquer tipo de exceção.

c) Programação dispõe que o Poder Executivo pode, em alguns casos, como

na implantação dos créditos extraordinários, modificar o orçamento sem

autorização do Poder Legislativo.

d) Anualidade implica que o orçamento deve ter a vigência de um ano, que

coincide com o calendário civil, e não admite exceções, mesmo nos casos de

créditos especiais e extraordinários.

e) Exclusividade implica que o orçamento do Governo Federal somente inclua

as receitas e despesas da administração direta e indireta, vedando, inclusive, a

autorização prévia de créditos suplementares na peça orçamentária.

a) Correta. O princípio da especificação determina que as receitas e despesas

devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a aplicação dos recursos.

Há exceções na Lei 4320/64 e na LRF.

b) Errada. O princípio da não-afetação de receitas dispõe que nenhuma receita

de impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e

determinados gastos. No entanto, admite diversas exceções constitucionais.

c) Errada. Segundo o princípio da programação, o orçamento deve expressar

as realizações e objetivos da forma programada, planejada. Esse princípio

dispõe que o orçamento deve ter o conteúdo e a forma de programação.

d) Errada. Os créditos adicionais especiais e extraordinários autorizados nos

últimos quatro meses do exercício podem ser reabertos no exercício seguinte

pelos seus saldos, se necessário, e, neste caso, viger até o término deste

exercício financeiro. Por esse motivo, alguns autores consideram que se trata

de exceções ao princípio da anualidade.

e) Errada. Exclusividade implica que a lei orçamentária anual não conterá

dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se

incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos

suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por

antecipação de receita, nos termos da lei.

Resposta: Letra A

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E assim terminamos a aula 3.

Na próxima aula trataremos dos temas relacionados à Receita Pública.

Forte abraço!

Sérgio Mendes

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MEMENTO III

TIPOS DE ORÇAMENTO

Orçamento Legislativo: a elaboração, a votação e o controle do orçamento são competências do Poder

Legislativo. Normalmente ocorre em países parlamentaristas. Ao executivo, cabe apenas a execução.

Exemplo: Constituição Federal de 1891.

Orçamento Executivo: a elaboração, a votação, o controle e a execução são competências do Poder

Executivo. É típico de regimes autoritários. Exemplo: Constituição Federal de 1937.

Orçamento Misto: elaboração e execução são de competência do Executivo, cabendo ao Legislativo a

votação e o controle. Exemplo: Constituição Federal de 1988.

ESPÉCIES DE ORÇAMENTO

Orçamento Tradicional ou Clássico: é uma peça meramente contábil – financeira –, sem nenhuma

espécie de planejamento das ações do governo, baseando-se no orçamento anterior. Portanto, somente

um documento de previsão de receita e de autorização de despesas.

Orçamento de Base Zero: determina o detalhamento justificado de todas as despesas públicas a cada

ano, como se cada item da despesa fosse uma nova iniciativa do governo.

Orçamento de Desempenho ou por Realizações: a ênfase reside no desempenho organizacional,

porém há desvinculação entre planejamento e orçamento.

Orçamento-Programa: instrumento de planejamento da ação do governo, por meio da identificação dos

seus programas de trabalho, projetos e atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem

implementados e previsão dos custos relacionados. Privilegia aspectos gerenciais e o alcance de

resultados.

Orçamento Participativo: objetiva a participação real da população e a alocação dos recursos públicos

de forma eficiente e eficaz segundo as demandas sociais. Não se opõe ao orçamento-programa e não

possui uma metodologia única. No entanto, há perda da flexibilidade e maior rigidez na programação

dos investimentos. Experiência brasileira ocorreu principalmente nos municípios.

ORÇAMENTO TRADICIONAL X ORÇAMENTO-PROGRAMA

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TRADICIONAL PROGRAMA

Dissociação entre planejamento e orçamento Integração entre planejamento e orçamento

Visa à aquisição de meios Visa a objetivos e metas

Consideram-se as necessidades financeiras das

unidades

Consideram-se as análises das alternativas disponíveis

e todos os custos

Ênfase nos aspectos contábeis Ênfase nos aspectos administrativos e de

planejamento

Classificação principal por unidades

administrativas e elementos Classificação principal: funcional-programática

Acompanhamento e aferição de resultados

praticamente inexistentes

Utilização sistemática de indicadores para

acompanhamento e aferição dos resultados

Controle da legalidade e honestidade do gestor

público Controle visa a eficiência, eficácia e efetividade

PRINCÍPIOS

PRINCÍPIOS DESCRIÇÃO DOS PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

Unidade O orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento, e não

mais que um para cada ente da federação em cada exercício financeiro.

Universalidade O orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes

da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta.

Anualidade O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um período de um ano.

Totalidade Coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer

consolidação.

Unidade de Caixa (ou

de Tesouraria)

Regra: Todas as receitas devem ser recolhidas em uma única conta.

Obs. 1: Disponibilidades de caixa relativas à Previdência Social deverão ser

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separadas das demais disponibilidades do ente público.

Obs. 2: Respalda a Conta Única do Tesouro, a qual é mantida junto ao

Banco Central do Brasil e sua operacionalização será efetuada por intermédio

do Banco do Brasil, ou, excepcionalmente, por outros agentes financeiros

autorizados pelo Ministério da Fazenda.

Orçamento Bruto Todas as receitas e despesas constarão da lei orçamentária pelos seus totais,

vedadas quaisquer deduções.

Exclusividade

Regra: O orçamento deve conter apenas previsão de receita e fixação de

despesas.

Exceção: Autorizações de créditos suplementares e operações de crédito,

inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO).

Especificação (ou

Discriminação ou

Especialização)

Regra: Receitas e despesas devem ser discriminadas, demonstrando a origem

e a aplicação dos recursos.

Exceção: Programas especiais de trabalho ou em regime de execução

especial e reserva de contingência. As exceções são quanto à dotação global.

Não são admitidas dotações ilimitadas, sem exceções.

Proibição do Estorno

São vedados a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos

de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem

prévia autorização legislativa.

Quantificação dos

Créditos

Orçamentários

É vedada a concessão ou utilização de créditos ilimitados.

Publicidade É condição de eficácia do ato a divulgação em veículos oficiais de

comunicação para conhecimento público.

Legalidade

Orçamentária

Para ser legal, a aprovação do orçamento deve observar o processo

legislativo. Os projetos de lei relativos ao PPA, LDO, LOA e aos créditos

adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na

forma do regimento comum.

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Programação

O orçamento deve expressar as realizações e objetivos da forma programada,

planejada. Vincula as normas orçamentárias à consecução e à finalidade do

PPA e aos programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento.

Equilíbrio Visa a assegurar que as despesas autorizadas não serão superiores à previsão

das receitas.

Não afetação (ou Não

vinculação) de

Receitas

Regra: É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou

despesa.

Exceções:

a) Repartição constitucional dos impostos;

b) Destinação de recursos para a Saúde;

c) Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino;

d) Destinação de recursos para a atividade de administração tributária;

e) Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita;

f) Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta.

Obs.: Os recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão

utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda

que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.

Clareza O orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e completa.

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

 

1) (FEC - Analista Técnico Administrativo – MPA – 2010) O tipo de orçamento

utilizado no Brasil é o:

a) Legislativo.

b) Executivo.

c) Judiciário.

d) Moderado.

e) Misto.

2) (ESAF – APO/MPOG – 2010) Assinale a opção verdadeira a respeito das

principais características do orçamento de desempenho.

a) Processo orçamentário em que os volumes de recursos são definidos em

razão das metas a serem atingidas.

b) Refere-se ao orçamento em que o maior volume dos gastos está relacionado

com a produção de infraestrutura de prestação de serviços públicos.

c) Processo orçamentário que se caracteriza por apresentar o orçamento sob

duas perspectivas, quais sejam: o objeto de gasto e um programa de trabalho.

d) Processo orçamentário em que ocorre a análise, revisão e avaliação de

todas as despesas propostas e não apenas das solicitações que ultrapassam o

nível de gasto já existente.

e) Processo orçamentário em que a prioridade dos gastos é definida em razão

do critério populacional.

3) (FCC – APO/SP – 2010) Se uma entidade pública, para a elaboração do

orçamento, baseia-se na preparação de pacotes de decisão e,

consequentemente, na escolha do nível de objetivo por meio da definição de

prioridades, confrontando-se incrementos pela ponderação de custos e

benefícios, ela adota o orçamento

(A) base zero.

(B) em perspectiva.

(C) tradicional.

(D) de desempenho.

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(E) incremental.

4) (CESGRANRIO – Auditor - IBGE – 2010) Sobre as características do

orçamento, analise as afirmativas a seguir.

I - Na técnica de orçamento-programa, a análise de eficácia das ações de

governo tem como principais critérios classificatórios as unidades

administrativas e os elementos de despesas.

II - O orçamento base zero consiste num processo operacional de

planejamento e orçamento cuja elaboração está calcada na preparação de

pacotes de decisão.

III - No orçamento tradicional, a alocação de recursos visa à consecução de

objetivos e metas, pois a ênfase desse modelo é a avaliação dos resultados.

É(São) correta(s) a(s) afirmativa(s)

(A) II, apenas.

(B) III, apenas.

(C) I e III, apenas.

(D) II e III, apenas.

(E) I, II e III.

5) (CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010) Uma das

vantagens apontadas com a adoção do orçamento participativo é a sua maior

legitimidade, com a substituição do Poder Legislativo pela participação direta

da comunidade nas decisões sobre a alocação das dotações.

6) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) O princípio da

totalidade, explícito de forma literal na legislação brasileira, determina que

todas as receitas e despesas devem integrar um único documento legal.

Mesmo sendo os orçamentos executados em peças separadas, as informações

acerca de cada uma dessas peças são devidamente consolidadas e

compatibilizadas em diversos quadros demonstrativos.

7) (FGV – Consultor Orçamentário do Senado – 2008) A Lei 4.320/64 consagra

princípios orçamentários que cuidam de aspectos substanciais a serem

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observados na elaboração do orçamento. Em relação ao princípio da

especificação assinale a afirmativa correta.

a) As receitas e despesas devem aparecer no orçamento de maneira

discriminada de tal forma que se possa saber, pormenorizadamente, a origem

dos recursos, bem como a sua aplicação.

b) O orçamento deve ser elaborado de maneira a conter todas as receitas e

despesas públicas, sem quaisquer deduções ou compensações entre

devedores e credores.

c) A lei orçamentária anual deverá conter apenas matéria pertinente ao

orçamento público, excluindo-se quaisquer dispositivos estranhos à previsão da

receita e à fixação das despesas, ressalvados os casos previstos na legislação.

d) O orçamento compreende uma unidade que abrange as receitas e despesas

de todos os Poderes e Órgãos da Administração Pública pelos seus totais,

observada a discriminação quanto aos aspectos fiscais, sociais e

previdenciários.

e) As receitas não poderão ter vinculação com quaisquer despesas, órgãos ou

fundos, ressalvada a vinculação prevista para as despesas com educação,

saúde e assistência social.

8) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) O princípio da

legalidade, um dos primeiros a serem incorporados e aceitos nas finanças

públicas, dispõe que o orçamento será, necessariamente, objeto de uma lei,

resultante de um processo legislativo completo, isto é, um projeto preparado e

submetido, pelo Poder Executivo, ao Poder Legislativo, para apreciação e

posterior devolução ao Poder Executivo, para sanção e publicação.

9) (ESAF – Analista Tributário – Receita Federal do Brasil – 2009) Constata-se

que os princípios orçamentários do equilíbrio e da unidade foram respeitados

quando ocorrem, respectivamente:

a) as despesas correntes liquidadas não ultrapassam as receitas correntes

arrecadadas e a Lei Orçamentária Anual disciplinou todas modificações na

legislação tributária necessárias à execução do orçamento.

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b) as despesas correntes foram pagas sem a realização de operações de

crédito e as despesas de capital foram cobertas com receitas correntes.

c) a arrecadação total foi suficiente para cobrir todas as despesas liquidadas e

a distribuição dos gastos durante os meses do exercício manteve-se bem

distribuída.

d) as receitas de capital não ultrapassaram as despesas de capital e todas as

despesas realizadas foram autorizadas em lei.

e) todas as despesas autorizadas no exercício não ultrapassam o valor das

receitas estimadas e cada ente da federação apresenta um único orçamento no

exercício.

10) (FCC – Analista Judiciário – Economia – TJ/PA – 2009) Em relação aos

princípios previstos na Constituição brasileira e na Lei n° 4.320, de 1964, que

devem nortear a elaboração do orçamento público em nosso país, é correto

afirmar que o Princípio da:

a) Especificação estatui que o Orçamento não consigne dotações globais para

atender indiferentemente despesas de diferentes naturezas, ressalvadas as

exceções previstas na Lei nº 4.320, de 1964.

b) Não Afetação das receitas permite a vinculação de impostos a órgãos,

fundos ou despesas e não admite qualquer tipo de exceção.

c) Programação dispõe que o Poder Executivo pode, em alguns casos, como

na implantação dos créditos extraordinários, modificar o orçamento sem

autorização do Poder Legislativo.

d) Anualidade implica que o orçamento deve ter a vigência de um ano, que

coincide com o calendário civil, e não admite exceções, mesmo nos casos de

créditos especiais e extraordinários.

e) Exclusividade implica que o orçamento do Governo Federal somente inclua

as receitas e despesas da administração direta e indireta, vedando, inclusive, a

autorização prévia de créditos suplementares na peça orçamentária.

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4° SIMULADO

1) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) O princípio da

anualidade ou da periodicidade estabelece que o orçamento obedeça a

determinada periodicidade, geralmente um ano, já que esta é a medida normal

das previsões humanas, para que a interferência e o controle do Poder

Legislativo possam ser efetivados em prazos razoáveis, que permitam a

correção de eventuais desvios ou irregularidades verificados na sua execução.

No Brasil, a periodicidade varia de um a dois anos, dependendo do ente

federativo.

2) (CESPE – ACE – TCE/AC – 2008) Em consonância com os princípios da

unidade e da universalidade, a Constituição Federal determina a inclusão, na

Lei Orçamentária Anual (LOA), de três orçamentos: orçamento fiscal;

orçamento de investimentos das empresas em que a União, direta ou

indiretamente, detenha a maioria do capital com direito a voto; e orçamento da

seguridade social.

3) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Se um

administrador público municipal contrai, em nome do município, uma operação

de crédito por antecipação da receita, poderá vincular a receita de IPTU à

operação, dando-a como garantia da dívida.

4) (CESPE – Especialista em Regulação - ANATEL – 2009) Só tem sentido

relacionar o princípio da não-vinculação aos impostos, pois as taxas e

contribuições são instituídas e destinadas ao financiamento de serviços e ao

custeio de atribuições específicas sob a responsabilidade do Estado.

5) (CESPE - Analista Judiciário – Controle Interno - TJDFT - 2008) Considere-

se que a proposta orçamentária traga embutido um deficit a ser coberto com o

excesso de arrecadação que venha a ser obtido com o crescimento econômico

e com o melhor desempenho da administração tributária. Nessa situação, é

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correto afirmar que o princípio orçamentário fundamentalmente violado foi o da

universalidade.

6) (CESPE – Suporte às atividades em direito - Min. da Saúde - 2008) A lei

orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à

fixação da despesa, inclusive quando se tratar de dispositivo que preveja

autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de

operações de crédito.

7) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) A autorização

para um órgão público realizar licitações não pode ser incluída na lei

orçamentária anual em observância ao princípio da exclusividade.

8) (CESPE - Analista Ambiental - Administração e Planejamento - MMA - 2008)

A apuração e a divulgação dos dados da arrecadação líquida, sem a indicação

das deduções previamente efetuadas a título de restituições, fere o princípio da

discriminação.

9) (CESPE – AFCE – TCU – 2009) Em que pese o princípio da não vinculação

da receita de impostos a órgão, fundo ou despesas, a Constituição Federal de

1988 (CF) não veda tal vinculação na prestação de garantais às operações de

crédito por antecipação de receita.

10) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) Segundo o princípio da

universalidade, as despesas devem ser classificadas de forma detalhada, para

facilitar sua análise e compreensão.

11) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) A CF prevê

várias hipóteses que constituem exceções ao princípio orçamentário da não-

afetação das receitas.

12) (CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010) A

execução orçamentária no Brasil, representada pelo modelo gerencial,

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caracteriza-se pelo controle rígido do objeto dos gastos, independentemente da

consecução dos objetivos e das metas.

13) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) O orçamento

participativo, que apresenta vantagens inegáveis do ponto de vista da alocação

de recursos segundo as demandas sociais existentes, não é utilizado no âmbito

do governo federal.

14) (CESPE – Analista Administrativo – ANTAQ – 2009) A necessidade de

definição clara e precisa dos objetivos governamentais é condição básica para

a adoção do orçamento-programa. No caso, por exemplo, de tornar-se um rio

navegável, serão necessárias indicações sobre os resultados substantivos do

programa, que envolverão informações, tais como redução no custo do

transporte e diminuição dos acidentes e das perdas com a carga.

15) (CESPE – Analista Judiciário – TST – 2008) O orçamento-programa se

diferencia do orçamento incremental pelo fato de que este último pressupõe

uma revisão contínua da estrutura básica dos programas, com aumento ou

diminuição dos respectivos valores.

16) (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2010) Tratando-se de orçamento

participativo, a iniciativa de apresentação do projeto de lei orçamentária cabe a

parcela da sociedade, a qual o encaminha para o Poder Legislativo.

17) (CESPE - Analista Judiciário – STF - 2008) O orçamento-programa, como

atualmente concebido, é instrumento do planejamento e, desse modo, tem de

se integrar aos planos e programas governamentais. A esse propósito, uma

das condições para a aprovação de emendas aos projetos de lei do orçamento

anual e de suas alterações é a de que sejam compatíveis com o Plano

Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

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A propósito de métodos, técnicas e instrumentos do orçamento público, julgue

o próximo item.

18) (CESPE– Gestão Econômico-Financeira e de Custos-Min. da Saúde- 2008)

A definição clara e precisa dos objetivos é uma condição essencial para a

adoção do orçamento-programa. O maior número de pacientes atendidos e a

possibilidade de eles serem tratados nas comunidades em que já residem, por

exemplo, não constituem propriamente o objetivo de um novo programa, mas a

construção de novos postos de saúde, sim.

19) (CESPE – Contador – DPU – 2010) O orçamento de desempenho está

dirigido mais para os produtos gerados pela administração pública que pelos

resultados propriamente ditos.

20) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) A metodologia

de elaboração do orçamento-programa foi introduzida no Brasil depois da

promulgação da CF e rompeu completamente com a prática de discriminar os

gastos públicos de acordo com o tipo de despesa a ser realizada.

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GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

E C A A E E A C E A

 

 

 

GABARITO DO 4° SIMULADO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

E C C C E E C E C E

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

C E C C E E C E E E

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ORIENTAÇÕES AO 4° SIMULADO

1) Errada. É Lei Orçamentária Anual para todos os entes. Pág.14.

2) Certa. Pág. 13.

3) Certa. Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de

receita é uma das exceções ao princípio da não vinculação. Pág. 28.

4) Certa. O princípio da não vinculação veda a vinculação apenas de

impostos. Pág. 29.

5) Errada. O princípio orçamentário violado foi o do Equilíbrio. Pág. 26.

6) Errada. São exceções os dispositivos que prevejam autorização para

abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito.

Págs. 18/19.

7) Certa. Págs. 18/19.

8) Errada. Fere o princípio do orçamento bruto. Págs. 21/22.

9) Certa. Págs. 28/29.

10) Errada. É o princípio da Especificação. Págs. 20/21.

11) Certa. Págs. 28/29

12) Errada. Caracteriza-se pelo controle rígido do objetivo dos gastos, de

acordo com a consecução dos objetivos e das metas. Págs. 7/8.

13) Certa. Pág. 10.

14) Certa. Págs. 7/8.

15) Errada. É o orçamento-programa que pressupõe uma revisão contínua da

estrutura básica dos programas, pois ao considerar os custos relacionados

consequentemente leva a aumento ou diminuição dos respectivos valores. 7/8.

16) Errada. A iniciativa é sempre do Executivo. Pág. 10.

17) Certa. Vimos na aula sobre o Ciclo Orçamentário (aula 1, Pág.19).

18) Errada. O maior número de pacientes atendidos e a possibilidade de eles

serem tratados nas comunidades em que já residem é que podem ser objetivos

do orçamento–programa, pois este visa metas e resultados. A construção de

novos postos de saúde seria objetivo do orçamento tradicional, pois este se

preocupa com os meios. Págs. 7/8.

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19) Errada. O orçamento tradicional está dirigido mais para os produtos

gerados pela administração pública que pelos resultados propriamente ditos.

Pág. 4.

20) Errada. A metodologia de elaboração do orçamento-programa foi

introduzida no Brasil nos anos 60 (Lei 4320/64 e Decreto-Lei 200/67) e não

rompeu completamente com a prática de discriminar os gastos públicos de

acordo com o tipo de despesa a ser realizada. Pág. 3.

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Aula 4

CLASSIFICAÇÃO DOS GASTOS PÚBLICOS

Olá amigos! Como é bom estar aqui!

Em um das passagens do livro Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll,

Alice está perdida e trava uma conversa com o gato. Ela pergunta qual

caminho deve seguir, o gato retruca perguntando aonde ela quer ir e ela diz

que não sabe. Assim o gato responde: "Se você não sabe para onde quer ir,

então qualquer caminho serve...".

Um estudante interessado em passar em um concurso deve criar um projeto

pessoal de vida e seguir algumas premissas: é necessário sentir que precisa

mudar; que é vantajoso mudar; que é possível mudar; e que chegou a hora de

mudar.

Os fatores que determinam o sucesso são entusiasmo, fazer por prazer,

dedicação, empenho, persistência, atitude positiva, otimismo, bom humor,

inovação, autenticidade, simplicidade, decisão ágil, ação efetiva, comunicação

eficaz e, principalmente, ter clareza para onde se quer ir e como chegar, além

de desenvolver os meios para atingir o compromisso consigo. Os fatores que

impedem o sucesso são negativismo, pessimismo, abatimento, baixa auto-

estima, insegurança, inibição, medo de correr riscos e de errar, mentiras,

trapaças, tramóias e mau humor.

Atenção: fiz uma troca entre os temas das aulas 4 e 5. O motivo é que ao final

da aula 5 tratarei dos estágios da receita e da despesa, que podem ser

cobrados nas provas dentro do ciclo orçamentário. A alteração não prejudica o

aprendizado. Se eu mantivesse a ordem inicial, teríamos uma aula extensa e

outra pequena. Dessa forma, o número de páginas ficará equilibrado nas duas

aulas, o que é melhor para o estudo.

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Assim, nesta aula abordaremos as classificações da Despesa Pública ou

Gastos Públicos. Na seguinte, trataremos das classificações da Receita

Pública e dos Estágios. Em ambas falaremos bastante do que está previsto no

MCASP, no MTO e nas Portarias que regem as classificações, já que as

provas se concentram nesses instrumentos.

Ressalto que a despesa assume fundamental importância na Administração

Pública por estar envolvida em situações singulares, como o estabelecimento

de limites legais impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Ainda,

possibilita a realização de estudos e análises acerca da qualidade do gasto

público e do equilíbrio fiscal das contas públicas.

O conhecimento dos aspectos relacionados com a Despesa no âmbito do setor

público, principalmente em face da LRF, contribui para a transparência das

contas públicas e para o fornecimento de informações de melhor qualidade aos

diversos usuários, bem como permite estudos comportamentais no tempo e no

espaço.

O orçamento é instrumento de planejamento de qualquer entidade, pública ou

privada, e representa o fluxo de ingressos e aplicação de recursos em

determinado período. Dessa forma, despesa orçamentária é fluxo que deriva

da utilização de crédito consignado no orçamento da entidade, podendo ou não

diminuir a situação líquida patrimonial.

Segundo Aliomar Baleeiro, despesa pública é a aplicação de certa quantia em

dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente, dentro de uma

autorização legislativa, para execução de fim a cargo do governo.

No tocante às despesas, as classificações, basicamente, respondem as

principais indagações que habitualmente surgem quando o assunto é gasto

orçamentário.

Essas informações permitirão a mensuração de desempenho e o controle

orçamentário: a cada uma dessas indagações corresponde um tipo de

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classificação.

Ou seja: quando a pergunta é “para que” serão gastos os recursos alocados, a

resposta será encontrada na classificação programática ou, mais

adequadamente, de acordo com a Portaria 42/1999, na ESTRUTURA

PROGRAMÁTICA; “em que” serão gastos os recursos, a resposta consta da

classificação FUNCIONAL; “o que” será adquirido ou “o que” será pago, na

classificação por elemento de despesa; “quem” é o responsável pela

programação a ser realizada, a resposta é encontrada na classificação

INSTITUCIONAL (órgão e unidade orçamentária); “qual o efeito ECONÔMICO

da realização da despesa”, na classificação por categoria econômica; e “qual a

origem dos recursos”, na classificação por fonte de recursos. Outra visão é a

que divide a classificação dos gastos públicos em três: segundo sua finalidade,

sua natureza e quanto a seu agente encarregado da execução do gasto. No

entanto quer dizer a mesma coisa: a finalidade é observada na estrutura

programática assim determinada pela Portaria 42/1999, a natureza na

classificação por natureza da despesa e o agente encarregado do gasto pode

ser observado na classificação institucional. Dessa forma, são as

características básicas de sistemas orçamentários modernos: estrutura

programática, econômica e organizacional para alocação de recursos,

denominadas de classificações orçamentárias da despesa.

A legislação orienta que a classificação da despesa no orçamento público deve

ser desdobrada de acordo com os seguintes critérios: institucional (órgão e

unidade orçamentária), funcional (função e subfunção), por programas

(programa, projeto, atividade e operações especiais) e segundo a natureza

(categorias econômicas, grupos, modalidades de aplicação e elementos).

1. ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA

A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e

organização, as quais são implementadas por meio de um sistema de

classificação estruturado com o propósito de atender às exigências de

informação demandadas por todos os interessados nas questões de finanças

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públicas, como os poderes públicos, as organizações públicas e privadas e os

cidadãos em geral.

A estrutura da programação orçamentária da despesa é dividida em:

Programação qualitativa: o Programa de Trabalho define qualitativamente a

programação orçamentária e deve responder, de maneira clara e objetiva, às

perguntas clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista

operacional, composto dos seguintes blocos de informação: Classificação por

Esfera, Classificação Institucional, Classificação Funcional e Estrutura

Programática.

Programação quantitativa: compreende a programação física e financeira. A

programação física define quanto se pretende desenvolver do produto por

meio da meta física, que corresponde à quantidade de produto a ser ofertado

por ação, de forma regionalizada, se for o caso, num determinado período e

instituída para cada ano. Já a programação financeira define o que adquirir e

com quais recursos, por meio da natureza da despesa, identificador de uso,

fonte de recursos, identificador de operações de crédito, identificador de

resultado primário, dotação e justificativa.

Caiu na prova:

(ESAF – APO/MPOG – 2010) A respeito da programação qualitativa do

orçamento, é correto afirmar:

a) caracteriza-se pela classificação do orçamento, segundo a natureza

econômica da despesa (corrente e capital).

b) decorre do agrupamento dos recursos em unidades orçamentárias.

c) é representada pela divisão do orçamento em fiscal e de seguridade social.

d) é caracterizada pela quantificação dos recursos dos programas e das

naturezas da despesa.

e) é definida pelo Programa de Trabalho e composta por esfera, classificação

institucional, classificação funcional e estrutura programática.

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A programação qualitativa do Orçamento é definida pelo Programa de Trabalho

e composta por esfera, classificação institucional, classificação funcional e

estrutura programática.

Resposta: Letra E

Segundo Fabiano Core1, o qual cita Cunha, com base nas classificações

utilizadas em um determinado processo orçamentário, é possível identificar o

estágio da técnica adotada. Assim, um orçamento que se estrutura apenas com

a informação de elemento de despesa ou objeto de gasto (o que será gasto ou

adquirido), além, naturalmente, do aspecto institucional, caracteriza um

orçamento tradicional ou clássico. Por apresentar somente uma dimensão, isto

é, o objeto de gasto, também é conhecido como um orçamento unidimensional;

já o orçamento em que, além do objeto de gasto, encontra-se presente a

explicitação do programa de trabalho, representado pelas ações desenvolvidas

(em que serão gastos os recursos), corresponderia a um orçamento

bidimensional, também conhecido como orçamento de desempenho ou

funcional; e o orçamento tridimensional seria aquele que agregaria ao tipo

anterior uma outra dimensão, que seria o objetivo da ação governamental (para

que serão gastos os recursos), o que tipifica um orçamento-programa.

2. CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA ORÇAMENTÁRIA

A primeira classificação da programação qualitativa é a classificação por

esfera orçamentária. A esfera orçamentária tem por finalidade identificar se o

orçamento é fiscal, da seguridade social ou de investimento das empresas

estatais, conforme disposto no § 5.º do art. 165 da CF/1988:

• Orçamento Fiscal: referente aos Poderes da União, seus fundos,

órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive

fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

1 CUNHA, Armando Moreira da apud CORE, Fabiano Garcia. Reforma gerencial dos processos de

planejamento e orçamento. In: GIACOMONI, J.; PAGNUSSAT, J. L. Planejamento e orçamento

governamental. Brasília: ENAP, 2006. v. 2.

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• Orçamento de Investimento: orçamento das empresas em que a

União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com

direito a voto; e

• Orçamento da Seguridade Social: abrange todas as entidades e

órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como

os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

A classificação por esfera aponta “em qual orçamento” será alocada a despesa.

Na base do Sistema de Orçamento o campo destinado à esfera orçamentária é

composto de dois dígitos e será associado à ação orçamentária, com os

seguintes códigos:

CÓDIGO ESFERA ORÇAMENTÁRIA

10 Orçamento Fiscal

20 Orçamento da Seguridade Social

30 Orçamento de Investimentos

Caiu na prova:

(CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária – Min. da Saúde – 2008)

Entre os componentes da programação qualitativa do orçamento está a

classificação por esfera orçamentária, que pode ser dividida em orçamento

fiscal, orçamento de investimento, orçamento da seguridade social e orçamento

monetário.

A classificação por esfera orçamentária está entre os componentes da

programação qualitativa do orçamento. Ela é divida em orçamento fiscal (10),

orçamento da seguridade social (20) e orçamento de investimentos (30).

Não existe mais orçamento monetário.

Resposta: Errada.

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3. CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL

A Secretaria de Orçamento Federal - SOF tem entre suas atribuições principais

a coordenação, a consolidação e a elaboração da proposta orçamentária da

União, compreendendo os orçamentos fiscal e da seguridade social.

Essa missão pressupõe uma constante articulação com os agentes envolvidos

na tarefa de elaboração das propostas orçamentárias setoriais das diversas

instâncias da Administração Federal e dos demais Poderes da União.

Esses órgãos e entidades constam dos orçamentos da União e são

identificados na classificação institucional, que relaciona os órgãos

orçamentários e suas respectivas unidades orçamentárias. São eles os

componentes naturais do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal.

A classificação institucional reflete a estrutura organizacional de alocação dos

créditos orçamentários, e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão

orçamentário e unidade orçamentária.

Segundo o art. 14 da Lei 4.320/1964, constitui unidade orçamentária o

agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que

serão consignadas dotações próprias. As dotações orçamentárias,

especificadas por categoria de programação em seu menor nível, são

consignadas às unidades orçamentárias, que são as estruturas administrativas

responsáveis pelas dotações e pela realização das ações. Órgão orçamentário

é o agrupamento de unidades orçamentárias.

A classificação institucional aponta “quem faz” a despesa. Ela permite

comparar imediatamente as dotações recebidas por cada órgão ou unidade

orçamentária, pois identifica o agente responsável pelas dotações autorizadas

pelo Legislativo, para dado programa. Assim, o agente encarregado do gasto

pode ser identificado na classificação institucional.

Um órgão ou uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a

uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos

especiais e com os “órgãos” “Transferências a Estados, Distrito Federal e

Municípios”, “Encargos Financeiros da União”, “Operações Oficiais de Crédito”,

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“Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal” e “Reserva de

Contingência”. No entanto, são um conjunto de dotações administradas por

órgãos do governo que também têm suas próprias dotações.

O código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os

dois primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à unidade

orçamentária:

1.º 2.º 3.º 4.º 5.º

Órgão Orçamentário Unidade Orçamentária

Exemplos: O Órgão 26.000 – Ministério da Educação tem diversas Unidades

Orçamentárias, como 26.105 – Instituto Benjamin Constant; 26.237 –

Universidade Federal de Juiz de Fora; 26.290 – INEP. Todas essas

correspondem a uma estrutura administrativa, com pessoal, espaço físico, etc.

Mas também têm outras Unidades Orçamentárias sob sua supervisão, como

74.902 – Recursos sob Supervisão do Fundo de Financiamento ao Estudante

do Ensino Superior/FIEES – Min. da Educação (Órgão Operações Oficiais de

Crédito) e 73.107 – Recursos sob Supervisão do Ministério da Educação

(Órgão Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios).

São Unidades Orçamentárias, mas não correspondem a uma estrutura

administrativa, são somente fundos que geram recursos.

Caiu na prova:

(ESAF – APO/MPOG – 2010) Segundo definido no Manual Técnico de

Orçamento para o exercício de 2010 – MTO-2010, o sistema de planejamento

e orçamento federal é integrado pelos seguintes órgãos:

a) Todos os órgãos e entidades públicas e privadas que são responsáveis pela

aplicação de recursos oriundos do orçamento.

b) Unidades setoriais de orçamento de cada ministério ou órgão.

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c) Aqueles identificados na classificação institucional do orçamento e que

relacionam os órgãos orçamentários e suas respectivas unidades

orçamentárias.

d) Órgãos de programação orçamentária e financeira dos Poderes da União.

e) Unidades orçamentárias não relacionadas com estruturas administrativas.

A SOF tem entre suas atribuições principais a coordenação, a consolidação e a

elaboração da proposta orçamentária da União, compreendendo os

orçamentos fiscal e da seguridade social.

Essa missão pressupõe uma constante articulação com os agentes envolvidos

na tarefa de elaboração das propostas orçamentárias setoriais das diversas

instâncias da Administração Federal e dos demais Poderes da União.

Esses órgãos e entidades constam dos orçamentos da União e são

identificados na classificação institucional, que relaciona os órgãos

orçamentários e suas respectivas unidades orçamentárias. São eles os

componentes naturais do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal.

Resposta: Letra C

4. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL

A classificação funcional, por funções e subfunções, busca responder

basicamente à indagação “em que” área de ação governamental a despesa

será realizada.

A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria 42, de 14 de abril de

1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão, e é composta por um rol de

funções e subfunções prefixadas, que serve como agregador dos gastos

públicos por área de ação governamental nas três esferas de Governo. A

Portaria 42/1999 atualiza a discriminação da despesa por funções de que trata

a Lei 4.320/1964; estabelece os conceitos de função, subfunção, programa,

projeto, atividade, operações especiais; e dá outras providências.

Trata-se de uma classificação de aplicação comum e obrigatória, no âmbito dos

Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União, o que permite a

consolidação nacional dos gastos do setor público.

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Essa Portaria dispõe em seu art. 4.o que:

Art. 4.º Nas leis orçamentárias e nos balanços, as ações serão identificadas em

termos de funções, subfunções, programas, projetos, atividades e

operações especiais.

A classificação funcional é representada por cinco dígitos. Os dois primeiros

referem-se à função, enquanto os três últimos representam a subfunção, e

podem ser traduzidos como agregadores das diversas áreas de atuação do

setor público, nas esferas legislativa, executiva e judiciária.

1.º 2.º 3.º 4.º 5.º

Função Subfunção

A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas

áreas de atuação do setor público. Está relacionada com a missão institucional

do órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que guarda relação

com os respectivos Ministérios.

No entanto, tem-se a função “Encargos Especiais”, a qual engloba as

despesas em relação às quais não se pode associar um bem ou serviço a ser

gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos,

indenizações, cumprimento de sentenças judiciais e outras afins,

representando, portanto, uma agregação neutra.

Nesse caso, as ações estarão associadas aos programas do tipo “Operações

Especiais”, que constarão apenas do orçamento, não integrando o PPA.

Segundo o art. 1.º, § 2.o, da Lei 11.653/2008 (Lei do PPA 2008-2011):

§ 2.o Não integram o Plano Plurianual os programas destinados exclusivamente

a operações especiais.

A subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à função

e deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da

agregação de determinado subconjunto de despesas e identificação da

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natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções. As

subfunções podem ser combinadas com funções diferentes daquelas às quais

estão relacionadas na Portaria 42/1999.

As ações devem estar sempre conectadas às subfunções que representam sua

área específica. Existe a possibilidade de matricialidade na conexão entre

função e subfunção, ou seja, combinar qualquer função com qualquer

subfunção, mas não na relação entre ação e subfunção.

Deve-se adotar como função aquela que é típica ou principal do órgão. Assim,

a programação de um órgão, via de regra, é classificada em uma única função,

ao passo que a subfunção é escolhida de acordo com a especificidade de cada

ação.

A exceção à matricialidade encontra-se na função 28 – Encargos Especiais e

suas subfunções típicas que só podem ser utilizadas conjugadas.

Atenção: Assunto muito cobrado em provas! As subfunções poderão ser

combinadas com funções diferentes daquelas às quais estejam vinculadas.

Exemplos:

FUNÇÃO SUBFUNÇÃO

12 – Educação

361 – Ensino Fundamental

362 – Ensino Médio

363 – Ensino Profissional

364 – Ensino Superior

365 – Educação Infantil

366 – Educação de Jovens e Adultos

367 – Educação Especial

01 – Legislativa 031 – Ação Legislativa

032 – Controle Externo

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Podemos combinar a subfunção com a função vinculada, como 12.364 –

Educação e Ensino superior; 01.031 – Legislativa e Ação Legislativa.

No entanto, pela regra da matricialidade, também podemos combinar as

subfunções com funções diferentes daquelas vinculadas, como: 01.365 –

Legislativa e Educação infantil, usada na classificação da assistência pré-

escolar aos dependentes de servidores e empregados do Legislativo.

Caiu na prova:

(FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) As despesas referentes

ao cumprimento de sentenças judiciais são classificadas na função:

(A) Essencial à Justiça.

(B) Segurança Pública.

(C) Administração.

(D) Encargos Especiais.

(E) Judiciária.

A função “Encargos Especiais” engloba as despesas em relação às quais não

se pode associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo

corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações, cumprimento de

sentenças judiciais e outras afins, representando, portanto, uma agregação

neutra.

Resposta: Letra D

5. ESTRUTURA PROGRAMÁTICA

Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a

realização dos objetivos estratégicos definidos para o período do Plano

Plurianual – PPA, que é de quatro anos.

O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que

articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um

objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no

plano, visando à solução de um problema ou o atendimento de determinada

necessidade ou demanda da sociedade.

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A estrutura programática também tem previsão na Portaria 42/1999. A

finalidade essencial da classificação programática é demonstrar as realizações

do Governo e a efetividade de seu trabalho em prol da população. É a mais

moderna das classificações orçamentárias da despesa, tendo surgido visando

permitir a representação do programa de trabalho.

A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa

proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e

ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade,

bem como elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos.

Os Programas são classificados em dois tipos:

• Programas Finalísticos: dos quais resultam bens ou serviços ofertados

diretamente à sociedade, cujos resultados sejam passíveis de

mensuração. Exemplos: Brasil Universitário, Calha Norte, Cidadania e

Efetivação do Direito das Mulheres.

• Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais: são

programas voltados aos serviços típicos de Estado, ao planejamento, à

formulação de políticas setoriais, à coordenação, à avaliação ou ao

controle dos programas finalísticos, resultando em bens ou serviços

ofertados ao próprio Estado, podendo ser composto inclusive por

despesas de natureza tipicamente administrativas. Exemplos:

Administração Tributária e Aduaneira, Controle Externo,

Desenvolvimento de Competências em Gestão Pública.

Cuidado: essa é a classificação atual! Alguns livros antigos ainda trazem a

antiga classificação em 4 tipos que não existem mais!

O programa finalístico deve conter objetivo, indicador que quantifica a situação

que o programa tenha como finalidade modificar e os produtos (bens e

serviços) necessários para atingir o objetivo. Para cada programa finalístico é

obrigatório haver pelo menos um indicador. Para os programas de apoio às

políticas públicas e áreas especiais a presença de indicadores é facultativa.

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A partir do programa são identificadas as ações sob a forma de atividades,

projetos ou operações especiais, especificando os respectivos valores e metas

e as unidades orçamentárias responsáveis pela realização da ação. A cada

projeto ou atividade só poderá estar associado um produto, que, quantificado

por sua unidade de medida, dará origem à meta. A finalidade do gasto pode

ser observada na estrutura programática.

As ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que

contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no

conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes

da federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios,

subvenções, auxílios, contribuições, financiamentos, etc.

As ações, conforme suas características, podem ser classificadas como

atividades, projetos ou operações especiais, segundo a Portaria 42/1999:

• Atividade: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o

objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se

realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um

produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo.

Exemplos: “Fiscalização e Monitoramento das Operadoras de Planos e

Seguros Privados de Assistência à Saúde”, “Manutenção de Sistema de

Transmissão de Energia Elétrica”; “Vigilância Sanitária em Serviços de

Saúde”.

• Projeto: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o

objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações,

limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a

expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. Exemplos:

“Implantação da rede nacional de bancos de leite humano”, “Implantação

de Poços Públicos”, “Construção da Interligação das Rodovias

BR 040/262/381 no Estado de Minas Gerais”.

• Operação Especial: despesas que não contribuem para a manutenção,

expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não

resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de

bens ou serviços. Exemplos: Amortização, juros, encargos e rolagem da

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dívida contratual e mobiliária; Pagamento de aposentadorias e pensões;

Transferências constitucionais ou legais por repartição de receita (FPM,

FPE, Salário-Educação, Compensação de Tributos ou Participações aos

Estados, Distrito Federal e Municípios, Transferências ao DF);

Pagamento de indenizações, ressarcimentos, abonos, seguros, auxílios,

benefícios previdenciários, benefícios de assistência social; Reserva de

contingência, inclusive as decorrentes de receitas próprias ou

vinculadas; Cumprimento de sentenças judiciais (precatórios, sentenças

de pequeno valor, sentenças contra empresas, débitos vincendos, etc.).

Nos exemplos acima foram citados os títulos da ação. O título é forma pela

qual a ação será identificada pela sociedade e será apresentada no PPA, LDOs

e LOAs. Expressa, em linguagem clara, o objeto da ação.

No caso de projetos de grande vulto, a individualização do projeto em título

específico é obrigatória. Ou seja, um projeto de grande vulto não pode ser

incluído no título de outra ação, já que deve ter um título próprio.

SUBTÍTULOS (localizador do gasto): a Portaria 42/1999 não estabelece

critérios para a indicação da localização física das ações, mas a adequada

localização do gasto permite maior controle governamental e social sobre a

implantação das políticas públicas adotadas, além de evidenciar a focalização,

os custos e os impactos da ação governamental.

Segundo o MTO, as atividades, projetos e operações especiais serão

detalhados, ainda, em subtítulos, utilizados especialmente para especificar a

localização física da ação, não podendo haver, por conseguinte, alteração da

finalidade da ação, do produto e das metas estabelecidas.

A finalidade expressa o objetivo a ser alcançado pela ação, ou seja, o porquê

do desenvolvimento dessa ação. O produto é o bem ou serviço que resulta da

ação, destinado ao público-alvo, ou o investimento para a produção deste bem

ou serviço. Cada ação deve ter um único produto, como “servidor treinado” e

“estrada construída”. A unidade de medida é o padrão selecionado para

mensurar a produção do bem ou serviço.

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A localização do gasto poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por

Região (NO, NE, CO, SD, SL), por Estado ou Município ou, excepcionalmente,

por um critério específico, quando necessário. A LDO da União veda que na

especificação do subtítulo haja referência a mais de uma localidade, área

geográfica ou beneficiário, se determinados.

Exemplos de Subtítulos:

Localizações Padronizadas (uso SOF):

0001 Nacional NA

0002 No Exterior EX

Regiões Geográficas (baseada no padrão IBGE):

0010 Na Região Norte NO

0020 Na Região Nordeste NE

0030 Na Região Sudeste SD

0040 Na Região Sul SL

0050 Na Região Centro-Oeste CO

Estados da Federação (baseada no padrão IBGE):

0011 No Estado de Rondônia RO

0012 No Estado do Acre AC

0013 No Estado do Amazonas AM

0014 No Estado de Roraima RR

0015 No Estado do Pará PA

0016 No Estado do Amapá AP

Etc.

Na União, o subtítulo representa o menor nível de categoria de programação e

será detalhado por esfera orçamentária, grupo de natureza de despesa,

modalidade de aplicação, identificador de resultado primário, identificador de

uso e fonte de recursos, sendo o produto e a unidade de medida os mesmos

da ação orçamentária.

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Na base do Sistema, o campo que identifica o Programa contém quatro dígitos.

1.º 2.º 3.º 4.º

Programa

Já a Ação é identificada por um código alfanumérico de oito dígitos:

1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º

Ação Subtítulo

Ao observar o 1.º dígito do código pode-se identificar o tipo de ação:

1º Dígito Tipo de Ação

1, 3, 5 ou 7 Projeto

2, 4, 6 ou 8 Atividade

0 Operação Especial

9 Ação não orçamentária (ação sem dotação nos orçamentos da União,

mas que participa dos programas do PPA)

Repare que os números ímpares são projetos (exceto o nove) e os pares são

atividades (exceto o zero).

Caiu na prova:

(CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças - IBGE – 2010) O

ordenador de despesas de determinado órgão público inclui, no planejamento

orçamentário, uma ação de governo visando a alcançar os objetivos de um

programa e que envolve um conjunto de operações limitadas no tempo, das

quais resultará um produto final que concorrerá para a expansão ou o

aperfeiçoamento da ação governamental. De acordo com o disposto na

legislação vigente, essa ação é classificada como:

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(A) projeto.

(B) função.

(C) atividade.

(D) subprograma.

(E) operações especiais.

O projeto é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo

de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo,

das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o

aperfeiçoamento da ação de Governo.

Resposta: Letra A

6. CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DA DESPESA

A Lei 4.320/1964 trata da classificação da despesa por categoria econômica e

elementos nos arts. 12 e 13. Assim como no caso da receita, o art. 8.º

estabelece que os itens da discriminação da despesa mencionados no art. 13

serão identificados por números de código decimal, na forma de anexos dessa

Lei. No entanto, atualmente, devemos seguir o que está consubstanciado no

Anexo II da Portaria Interministerial SOF/STN 163/2001.

O conjunto de informações que formam o código é conhecido como

classificação por natureza de despesa e informa a categoria econômica, o

grupo a que pertence, a modalidade de aplicação e o elemento. Temos ainda o

desdobramento facultativo do elemento da despesa.

1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º

Categoria Econômica

Grupo de natureza

Modalidade de Aplicação

Elemento de despesa

Desdobramento facultativo do

elemento

Atenção: o art. 6.º da referida Portaria dispõe que, na lei orçamentária, a

discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por

categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de

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aplicação.

Caiu na prova:

(CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) Acerca da

padronização dos procedimentos orçamentários e contábeis nos três níveis de

governo, julgue o item abaixo.

Na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, será

feita, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e

modalidade de aplicação.

O art. 6.º da Portaria Interministerial SOF/STN 163/2001 dispõe que, na lei

orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-

á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e

modalidade de aplicação.

Resposta: Certa

1.º nível - Categoria econômica da despesa

Assim como a receita (próxima aula), este nível da classificação por natureza

obedece ao critério econômico. Permite analisar o impacto dos gastos

públicos na economia do país. A despesa é classificada em duas categorias

econômicas, com os seguintes códigos:

3 - Despesas Orçamentárias Correntes: classificam-se nessa categoria todas

as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição

de um bem de capital;

4 - Despesas Orçamentárias de Capital: classificam-se nessa categoria

aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição

de um bem de capital.

2.º nível - Grupo de Natureza da Despesa (GND)

É um agregador de elementos de despesa com as mesmas características

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quanto ao objeto de gasto, conforme discriminado a seguir:

QUADRO: GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA

1 – Pessoal e Encargos Sociais

2 – Juros e Encargos da Dívida

3 – Outras Despesas Correntes

4 – Investimentos

5 – Inversões financeiras

6 – Amortização da Dívida

7 – Reserva do RPPS

9 – Reserva de Contingência

GND das despesas correntes

• Pessoal e Encargos Sociais: despesas de natureza remuneratória

decorrente do efetivo exercício de cargo, emprego ou função de

confiança no setor público, do pagamento dos proventos de

aposentadorias, reformas e pensões, das obrigações trabalhistas de

responsabilidade do empregador, incidentes sobre a folha de salários,

contribuição a entidades fechadas de previdência, outros benefícios

assistenciais classificáveis neste grupo de despesa, bem como soldo,

gratificações, adicionais e outros direitos remuneratórios, pertinentes a

este grupo de despesa, previstos na estrutura remuneratória dos

militares, e, ainda, despesas com o ressarcimento de pessoal

requisitado, despesas com a contratação temporária para atender a

necessidade de excepcional interesse público e despesas com

contratos de terceirização de mão de obra que se refiram à substituição

de servidores e empregados públicos, em atendimento ao disposto no

art. 18, § 1.º, da LRF.

• Juros e Encargos da Dívida: despesas com o pagamento de juros,

comissões e outros encargos de operações de crédito internas e

externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária.

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• Outras Despesas Correntes: despesas com aquisição de material de

consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções, auxílio-

alimentação, auxílio-transporte, além de outras despesas da categoria

econômica “Despesas Correntes” não classificáveis nos demais grupos

de natureza de despesa.

GND das despesas de capital

• Investimentos: despesas orçamentárias com softwares e com o

planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de

imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a

aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.

• Inversões Financeiras: despesas orçamentárias com a aquisição de

imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos

representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer

espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do

capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas, além

de outras despesas classificáveis neste grupo.

• Amortização da Dívida: despesas com o pagamento e/ou

refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da

dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária.

Reservas

Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor: consoante o

Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público da STN/SOF, os

ingressos previstos que ultrapassarem as despesas orçamentárias fixadas

num determinado exercício constituem o superávit orçamentário inicial,

destinado a garantir desembolsos futuros do Regime Próprio de Previdência

Social – RPPS, do ente respectivo. Assim sendo, esse superávit orçamentário

representará a fração de ingressos que serão recebidos sem a expectativa de

execução de despesa orçamentária no exercício e constituirá a reserva

orçamentária para suportar déficits futuros, em que as receitas orçamentárias

previstas serão menores que as despesas orçamentárias.

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Dessa forma, o orçamento do fundo próprio de previdência deve ser

constituído, do lado da receita orçamentária, pela previsão das contribuições

dos segurados e demais receitas, e, do lado da despesa, a dotação das

despesas a serem realizadas durante o exercício, evidenciando a reserva

correspondente dos recursos que não serão desembolsados por se tratar de

poupança para fazer face aos compromissos futuros.

Por ocasião da elaboração do orçamento de um exercício, deve ser apurada a

diferença entre receita orçamentária prevista e despesa orçamentária fixada,

a ser realizada neste exercício, no intuito de evidenciar a Reserva

correspondente ao superávit, utilizando a mesma metodologia da Reserva de

Contingência. Ressalte-se que este procedimento é efetuado apenas para fins

de elaboração e transferência do orçamento, pois a execução correspondente

refletirá o superávit orçamentário fixado pela reserva que será utilizada para

pagamentos previdenciários futuros. Destaque-se que a reserva do RPPS

também poderá ser utilizada durante o exercício, caso necessário, para a

abertura de créditos adicionais com o objetivo de atender a compromissos

desse Regime.

Reserva de Contingência: é definida na LDO com base na Receita Corrente

Líquida. Compreende o volume de recursos destinados ao atendimento de

passivos contingentes e outros riscos, bem como eventos fiscais imprevistos.

Essa reserva poderá ser utilizada para abertura de créditos adicionais, desde

que definida na LDO.

Os Passivos Contingentes são representados por demandas judiciais, dívidas

em processo de reconhecimento e operações de aval e garantias dadas pelo

Poder Público. Os outros riscos a que se refere o § 3.º do art. 4.º da LRF são

classificados em duas categorias: Riscos Fiscais Orçamentários e Riscos

Fiscais de Dívida.

Riscos Fiscais Orçamentários: estão relacionados à possibilidade de as

receitas e despesas projetadas na elaboração do projeto de lei orçamentária

anual não se confirmarem durante o exercício financeiro.

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Com relação à receita orçamentária, algumas variáveis macroeconômicas

podem influenciar no montante de recursos arrecadados, dentre as quais

podem-se destacar: o nível de atividade da economia e as taxas de inflação,

câmbio e juros. A redução do Produto Interno Bruto – PIB, por exemplo,

provoca queda na arrecadação de tributos por todos os entes da federação.

No que diz respeito à despesa orçamentária, a criação ou ampliação de

obrigações decorrentes de modificações na legislação, por exemplo, requer

alteração na programação original constante da Lei Orçamentária.

Riscos Fiscais da Dívida: estão diretamente relacionados às flutuações de

variáveis macroeconômicas, tais como taxa básica de juros, variação cambial

e inflação. Para a dívida indexada ao Sistema Especial de Liquidação e

Custódia – SELIC, por exemplo, um aumento sobre a taxa de juros

estabelecido pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil

elevaria o nível de endividamento do governo.

Atenção: diferenças entre investimentos e inversões financeiras nas

aplicações em imóveis relacionadas ao PIB: o Produto Interno Bruto (PIB)

se refere ao valor agregado de todos os bens e serviços finais produzidos

dentro do território econômico do país, independentemente da nacionalidade

dos proprietários das unidades produtoras desses bens e serviços.

Podemos concluir dos conceitos de investimentos e inversões financeiras que

as despesas do grupo investimento contribuem para a formação do Produto

Interno Bruto. A inversão financeira é a despesa de capital que, ao contrário de

investimentos, não gera serviços e incremento ao PIB. Por exemplo, a

aquisição de um prédio já pronto para a instalação de um serviço público é

inversão financeira, pois se mudou a estrutura de propriedade do bem, mas

não a composição do PIB. Já investimentos são as despesas de capital que

geram serviços e, em consequência, acréscimos ao PIB. Por exemplo, a

construção de um novo edifício é um investimento, pois além de gerar serviços

provoca incremento no PIB.

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Caiu na prova:

(CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) Segundo a natureza da despesa,

amortização, juros e encargos da dívida deverão ser classificados na categoria

econômica de despesas de capital.

Cuidado: assunto muito cobrado em provas! Consoante a natureza da

despesa, o grupo “amortização da dívida” deverá ser classificado na categoria

econômica de despesas de capital. No entanto, o grupo “juros e encargos da

dívida” deverá ser classificado na categoria econômica de despesas

correntes.

Resposta: Errada

3.º nível - Modalidade de aplicação

A modalidade de aplicação destina-se a indicar se os recursos serão aplicados

mediante transferência financeira, inclusive a decorrente de descentralização

orçamentária para outras esferas de Governo, seus órgãos ou entidades, ou

diretamente para entidades privadas sem fins lucrativos e outras instituições;

ou, então, diretamente pela unidade detentora do crédito orçamentário, ou por

outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo nível de Governo. Também

indica se tais recursos são aplicados mediante transferência para entidades

privadas sem fins lucrativos, outras instituições ou ao exterior.

A modalidade de aplicação é uma informação gerencial que objetiva,

principalmente, eliminar a dupla contagem dos recursos transferidos ou

descentralizados.

Observa-se que o termo “transferências”, utilizado nos arts. 16 e 21 da Lei

4.320/1964, compreende as subvenções, auxílios e contribuições que

atualmente são identificados em nível de elementos na classificação da

natureza da despesa. Não se confundem com as transferências de recursos

financeiros, representadas pelas modalidades de aplicação, e que são

registradas na modalidade de aplicação constante da seguinte codificação

atual:

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Modalidades de Aplicação

20 transferências à união

30 transferências a estados e ao Distrito Federal

40 transferências a municípios

50 transferências a instituições privadas sem fins lucrativos

60 transferências a instituições privadas com fins lucrativos

70 transferências a instituições multigovernamentais

71 transferências a consórcios públicos

80 transferências ao exterior

90 aplicações diretas

91 aplicação direta decorrente de operação entre órgãos, fundos e entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social

99 a definir

Caiu na prova:

(ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) O

administrador público federal, ao elaborar o orçamento nas modalidades de

aplicação 30, 40, 50 e 90, está sinalizando para a sociedade que:

a) a estratégia na aplicação dos recursos prioriza a região onde se localiza a

entidade, embora mediante transferência.

b) a estratégia será entregar os recursos a outra entidade pública da mesma

esfera de governo e que a aplicação ocorrerá sob sua supervisão.

c) a estratégia, na realização da despesa, será transferir os recursos a estados,

municípios e entidades privadas, bem como aplicar, ela mesma, parte destes.

d) a entidade possui projetos e atividades tanto da área fim quanto da área

meio.

e) os bens e serviços a serem adquiridos serão utilizados pela própria entidade

no desempenho de suas atividades.

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Modalidades de Aplicação

30 transferências a estados e ao Distrito Federal

40 transferências a municípios

50 transferências a instituições privadas sem fins lucrativos

90 aplicações diretas

Logo, o administrador público federal, ao elaborar o orçamento nas

modalidades de aplicação 30, 40, 50 e 90, está sinalizando para a sociedade

que a estratégia, na realização da despesa, será transferir os recursos a

estados, municípios e entidades privadas, bem como aplicar, ela mesma, parte

destes (aplicação direta).

Resposta: Letra C

4.º nível - Elemento de despesa

Tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e

vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros

prestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações,

equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros que a

administração pública utiliza para a consecução de seus fins. Os códigos dos

elementos de despesa estão definidos no Anexo II da Portaria Interministerial

163, de 2001.

É vedada a utilização em projetos e atividades dos elementos de despesa

41-Contribuições, 42-Auxílios e 43-Subvenções Sociais, o que pode ocorrer

apenas em operações especiais.

É também vedada a utilização de elementos de despesa denominados típicos

de gastos (ex.: 30, 35, 36, 39, 51, 52, etc.) em operações especiais.

Isso ocorre porque os projetos e as atividades devem resultar em um produto

ou em contraprestação de bens ou serviços, como acontece com os elementos

típicos de gastos; já as operações especiais não podem gerar produto, por isso

são usados os elementos correspondentes a contribuições, auxílios e

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subvenções sociais.

5.º nível - Desdobramento facultativo do elemento da despesa

Conforme as necessidades de escrituração contábil e controle da execução

orçamentária, fica facultado por parte de cada ente o desdobramento dos

elementos de despesa.

7. CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE USO – IDUSO

Esse código vem completar a informação concernente à aplicação dos

recursos e destina-se a indicar se os recursos compõem contrapartida nacional

de empréstimos, doações ou destinam-se a outras aplicações, constando da lei

orçamentária e de seus créditos adicionais.

Identificador de Uso – IDUSO

0 Recursos não destinados à contrapartida

1 Contrapartida – Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento – BIRD

2 Contrapartida – Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID

3 Contrapartida de empréstimos com enfoque setorial amplo

4 Contrapartida de outros empréstimos

5 Contrapartida de doações

8. CLASSIFICAÇÃO POR FONTES

É uma classificação tanto da receita como da despesa. Veremos que a

classificação por natureza da receita busca a melhor identificação da origem do

recurso segundo seu fato gerador. No entanto, existe a necessidade de

classificar a receita conforme a destinação legal dos recursos arrecadados.

As fontes de recursos constituem-se de determinados agrupamentos de

naturezas de receitas, atendendo a uma determinada regra de destinação

legal, e servem para indicar como são financiadas as despesas orçamentárias.

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É a individualização dos recursos de modo a evidenciar sua aplicação segundo

a determinação legal, sendo, ao mesmo tempo, uma classificação da receita e

da despesa.

A classificação por fontes de recursos consiste em um código de três dígitos:

1.º DÍGITO: GRUPO DE FONTES DE RECURSOS

1 – Recursos do Tesouro – Exercício Corrente

2 – Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente

3 – Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores

6 – Recursos de Outras Fontes – Exercícios Anteriores

9 – Recursos Condicionados

Definições:

• Recursos do Tesouro: são aqueles geridos de forma centralizada pelo

Poder Executivo, que detém a responsabilidade e controle sobre as

disponibilidades financeiras. Essa gestão centralizada se dá,

normalmente, por meio do Órgão Central de Programação Financeira, a

STN, que administra o fluxo de caixa, fazendo liberações aos órgãos e

entidades, de acordo com a programação financeira e com base nas

disponibilidades e nos objetivos estratégicos do governo.

• Recursos de Outras Fontes: são aqueles arrecadados e controlados

de forma descentralizada e cuja disponibilidade está sob a

responsabilidade desses órgãos e entidades, mesmo nos casos em que

dependam de autorização do Órgão Central de Programação Financeira

para dispor desses valores. De forma geral esses recursos têm origem

no esforço próprio das entidades, seja pelo fornecimento de bens,

prestação de serviços ou exploração econômica do patrimônio próprio.

• Exercício Corrente e Exercícios Anteriores: corresponde à

segregação entre recursos arrecadados no exercício corrente daqueles

arrecadados em exercícios anteriores, informação importante já que os

recursos vinculados deverão ser aplicados no objeto para o qual foram

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reservados, ainda que em exercício subsequente ao ingresso (art. 8.º da

LRF). Ressalta-se que os códigos 3 e 6 deverão ser utilizados para

registro do superávit financeiro do exercício anterior, que servirá de base

para a abertura de créditos adicionais, respeitando as especificações

das destinações de recursos.

• Recursos Condicionados: são aqueles incluídos na previsão da receita

orçamentária, mas que dependem da aprovação de alterações na

legislação para a integralização dos recursos. Quando confirmadas tais

proposições, os recursos são remanejados para as destinações

adequadas e definitivas.

Os dígitos seguintes são bastante variados. O estudante deve saber que a

fonte de recursos é composta por 3 dígitos e quais são os grupos do 1.° dígito.

Exemplos de fontes:

• Fonte 100: Recursos do Tesouro – Exercício Corrente (1); Recursos

Ordinários (00);

• Fonte 152: Recursos do Tesouro – Exercício Corrente (1); Resultado do

Banco Central (52);

• Fonte 150: Recursos do Tesouro – Exercício Corrente (1); Recursos

Próprios Não Financeiros (50);

• Fonte 250: Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente (2);

Recursos Próprios Não Financeiros (50);

• Fonte 300: Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores (3); e Recursos

Ordinários (00).

O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público traz algumas

observações importantes:

• Como mecanismo integrador entre a receita e a despesa, o código de

destinação/fonte de recursos exerce um duplo papel na execução

orçamentária. Para a receita orçamentária, esse código tem a finalidade

de indicar a destinação de recursos para a realização de determinadas

despesas orçamentárias. Para a despesa orçamentária, identifica a

origem dos recursos que estão sendo utilizados. Assim, o mesmo código

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utilizado para controle das destinações da receita orçamentária também

é utilizado na despesa, para controle das fontes financiadoras da

despesa orçamentária.

• A destinação de recursos é o processo pelo qual os recursos públicos

são correlacionados a uma aplicação, desde a previsão da receita até a

efetiva utilização dos recursos. A destinação pode ser classificada em

destinação vinculada e destinação ordinária. A destinação vinculada é o

processo de vinculação entre a origem e a aplicação de recursos, em

atendimento às finalidades específicas estabelecidas pela norma. Já a

destinação ordinária é o processo de alocação livre entre a origem e a

aplicação de recursos, para atender a quaisquer finalidades.

• O argumento utilizado na criação de vinculações para as receitas é o de

garantir a despesa correspondente, seja para funções essenciais, seja

para entes, órgãos, entidades e fundos. Deve ser pautada em

mandamentos legais que regulamentam a aplicação de recursos. Outro

tipo de vinculação é aquela derivada de convênios e contratos de

empréstimos e financiamentos, cujos recursos são obtidos com

finalidade específica.

• Na execução orçamentária, a codificação da destinação da receita indica

a vinculação, evidenciando, a partir do ingresso, as destinações dos

valores. Quando da realização da despesa, deve estar demonstrada

qual sua fonte de financiamento (fonte de recursos), estabelecendo-se a

interligação entre a receita e a despesa.

• Assim, no momento do recolhimento/recebimento dos valores, é feita

classificação por natureza de receita e destinação de recursos, sendo

possível determinar a disponibilidade para alocação discricionária pelo

gestor público, e aquela reservada para finalidades específicas,

conforme vinculações estabelecidas.

• Portanto, o controle das disponibilidades financeiras por fonte de

recursos deve ser feito desde a elaboração do orçamento até a sua

execução, incluindo o ingresso, o comprometimento e a saída dos

recursos orçamentários.

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Caiu na prova:

(CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) O controle das

disponibilidades financeiras por destinação/fonte de recursos deve ser feito

apenas durante a execução orçamentária.

O controle das disponibilidades financeiras por fonte de recursos deve ser feito

desde a elaboração do orçamento até a sua execução, incluindo o

ingresso, o comprometimento e a saída dos recursos orçamentários.

Resposta: Errada

9. CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE DOAÇÃO E DE OPERAÇÃO

DE CRÉDITO – IDOC

O IDOC identifica as doações de entidades internacionais ou operações de

crédito contratuais alocadas nas ações orçamentárias, com ou sem

contrapartida de recursos da União. Os gastos referentes à contrapartida de

empréstimos serão programados com o Identificador de Uso – IDUSO – igual a

1, 2, 3 ou 4 e o IDOC com o número da respectiva operação de crédito,

enquanto que para as contrapartidas de doações serão utilizados o IDUSO 5 e

o respectivo IDOC.

O número do IDOC também pode ser usado nas ações de pagamento de

amortização, juros e encargos para identificar a operação de crédito a que se

referem os pagamentos.

Quando os recursos não se destinarem à contrapartida nem se referirem a

doações internacionais ou operações de crédito, o IDOC será 9999. Neste

sentido, para as doações de pessoas, de entidades privadas nacionais e as

destinas ao combate à fome, deverá ser utilizado o IDOC 9999.

10. CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO

O identificador de resultado primário, de caráter indicativo, tem como finalidade

auxiliar a apuração do resultado primário previsto na Lei de Diretrizes

Orçamentárias, devendo constar no Projeto de Lei Orçamentária Anual – PLOA

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e na respectiva Lei em todos os grupos de natureza da despesa, identificando,

de acordo com a metodologia de cálculo das necessidades de financiamento,

cujo demonstrativo constará em anexo à Lei Orçamentária.

Conforme estabelecido no § 5.º do art. 7.º do PLDO-2011, nenhuma ação

poderá conter, simultaneamente, dotações destinadas a despesas financeiras e

primárias, ressalvada a reserva de contingência.

Identificador de Resultado Primário

0 Financeira

1 Primária obrigatória, ou seja, aquelas que constituem obrigações constitucionais ou

legais da União e constem da Seção I do Anexo IV do PLDO – 2011.

2 Primária discricionária, assim consideradas aquelas não incluídas no anexo específico

citado no item anterior.

3 Primária discricionária relativa ao PAC.

4 Despesas constantes do orçamento de investimento das empresas estatais que não

impactam o resultado primário.

11. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES

Segundo a doutrina, a despesa pública pode ainda ser classificada nos

seguintes aspectos: quanto a sua forma de ingresso ou natureza, competência

institucional, entidades executoras do orçamento, afetação patrimonial e

regularidade:

Forma de ingresso ou natureza:

• Orçamentária: são as despesas fixadas nas leis orçamentárias ou nas

de créditos adicionais, instituídas em bases legais. Obedecem aos

estágios da despesa: fixação, empenho, liquidação e pagamento.

Exemplos: construção de prédios públicos, manutenção de rodovias,

pagamento de servidores, etc.

• Extraorçamentária: são as despesas não consignadas no orçamento

ou nas leis de créditos adicionais. Correspondem à devolução de

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recursos transitórios que foram obtidos como receitas

extraorçamentárias, ou seja, pertencem a terceiros e não aos órgãos

públicos, como as restituições de cauções, pagamentos de restos a

pagar, resgate de operações por antecipação de receita orçamentária,

etc.

Vários autores utilizam o termo “natureza” nesta classificação. Atente para não

confundir com a classificação por natureza da despesa. Entendo que o termo

“forma de ingresso” é o mais apropriado neste caso.

Competência institucional: classifica as despesas de acordo com o ente

político competente a sua instituição ou realização, quais sejam: Governo

Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal.

Entidades executoras do orçamento:

• Despesa Orçamentária Pública: aquela executada por entidade

pública e que depende de autorização legislativa para sua realização,

por meio da Lei Orçamentária Anual ou de Créditos Adicionais,

pertencendo ao exercício financeiro da emissão do respectivo empenho.

• Despesa Orçamentária Privada: aquela executada por entidade

privada e que depende de autorização orçamentária aprovada por ato de

conselho superior ou outros procedimentos internos para sua

consecução.

Afetação patrimonial:

• Despesa Orçamentária Efetiva: aquela que, no momento da sua

realização, reduz a situação líquida patrimonial da entidade. Exemplos:

despesas correntes, exceto aquisição de materiais para estoque e a

despesa com adiantamento, que representam fatos permutativos e,

assim, são não efetivas.

• Despesa Orçamentária Não Efetiva: aquela que, no momento da sua

realização, não reduz a situação líquida patrimonial da entidade e

constitui fato contábil permutativo. Exemplo: despesas de capital, exceto

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as transferências de capital que causam decréscimo patrimonial e,

assim, são efetivas.

Regularidade:

• Ordinárias: compostas por despesas perenes e que possuem

característica de continuidade, pois se repetem em todos os exercícios,

como as despesas com pessoal, encargos, serviços de terceiros, etc.

• Extraordinárias: não integram sempre o orçamento, pois são despesas

de caráter não continuado, eventual, inconstante, imprevisível, como as

despesas decorrentes de calamidade pública, guerras, comoção interna,

etc.

12. ESTRUTURA COMPLETA DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Esta é a estrutura completa da programação orçamentária:

Fonte: MTO/2010

Exemplo:

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Fonte: MTO/2010

Caiu na prova:

(ESAF – AFC/CGU - 2008) A classificação funcional e a estrutura programática

visam ao fornecimento de informações das realizações do governo e é

considerada a mais moderna das classificações orçamentárias da despesa. A

junção das duas, quando da execução da despesa no SIAFI , forma o

Programa de Trabalho com a seguinte estrutura:

Programa de Trabalho: AA.BBB.CCCC.DDDD.EEEE

Com relação ao assunto, indique a opção correta.

a) Na estrutura do Programa de Trabalho, a codificação CCCC representa o

Programa e a codificação EEEE a ação governamental.

b) A ação, reconhecida na estrutura pelo código DDDD, determina a escolha da

subfunção, reconhecida pela codificação BBB, estabelecendo uma relação

única.

c) A subfunção, código BBB, poderá ser combinada com qualquer função,

código AA, em razão da competência do órgão responsável pelo programa.

d) Quando o primeiro dígito da codificação DDDD for um número ímpar

significa que a ação é uma atividade.

e) As operações especiais são ações que não contribuem para a manutenção

das ações de governo, das quais não resultam um produto, e não geram

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contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços e são identificadas pelo

primeiro dígito da codificação EEEE.

A parte da estrutura programática extraída pela questão é a seguinte:

A A B B B C C C C D D D D E E E E

Função Subfunção Programa Ação Subtítulo

a) Errada. Na estrutura do Programa de Trabalho, a codificação CCCC

representa o Programa e a codificação EEEE é o Subtítulo.

b) Correta. A ação, reconhecida na estrutura pelo código DDDD, determina a

escolha da subfunção, reconhecida pela codificação BBB, estabelecendo uma

relação única. As ações devem estar sempre conectadas às subfunções que

representam sua área específica.

c) Errada. A subfunção, código BBB, poderá ser combinada com qualquer

função, código AA, mesmo que diferentes daquelas às quais estão

relacionadas na Portaria 42/99. No entanto, trata-se de uma classificação

independente dos programas. Cuidado ainda com a exceção à

matricialidade, a função 28 – Encargos Especiais e suas subfunções típicas

que só podem ser utilizadas conjugadas.

d) Quando o primeiro dígito da codificação DDDD for um número ímpar

significa que a ação é um projeto, com exceção do dígito 9, o qual

corresponde às ações não-orçamentárias.

e) As operações especiais são ações que não contribuem para a manutenção

das ações de governo, das quais não resultam um produto, e não geram

contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços e são identificadas pelo

primeiro dígito (zero) da codificação DDDD.

Resposta: Letra B

13. ARTIGO 12 DA LEI 4320/64

Vamos dar uma atenção especial a este artigo da Lei 4320/64 por ser um dos

mais cobrados em concursos. Repare que há diferenças entre os conceitos

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estudados na classificação da despesa por natureza. Quando a questão exige

tais conhecimentos, o enunciado geralmente é claro e cita que se refere à Lei

4320/64.

Segundo o art. 12, a despesa será classificada nas seguintes categorias

econômicas:

DESPESAS CORRENTES:

• Despesas de Custeio: as dotações para manutenção de serviços

anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de

conservação e adaptação de bens imóveis.

• Transferências Correntes: as dotações para despesas as quais não

corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para

contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de

outras entidades de direito público ou privado.

DESPESAS DE CAPITAL:

• Investimentos: as dotações para o planejamento e a execução de

obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados

necessários à realização destas últimas, bem como para os programas

especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material

permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não

sejam de caráter comercial ou financeiro.

• Inversões Financeiras: as dotações destinadas a aquisição de imóveis,

ou de bens de capital já em utilização; aquisição de títulos

representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer

espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do

capital; constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas

que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações

bancárias ou de seguros.

• Transferências de Capital: as dotações para investimentos ou

inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado

devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens

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ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições,

segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei

especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da

dívida pública.

Consideram-se subvenções, para os efeitos da Lei 4320/64, as transferências

destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas,

distinguindo-se como:

• Subvenções sociais: as que se destinem a instituições públicas ou

privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa;

• Subvenções econômicas: as que se destinem a empresas públicas ou

privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril.

Caiu na prova:

(FCC – Assessor - MPE/RS – 2008) Com base no artigo 12 da Lei 4.320/64, é

correto afirmar que:

(A) classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a

aquisição de imóveis considerados necessários a execução de obras.

(B) subvenções sociais são transferências que se destinam a instituições

privadas de caráter industrial.

(C) classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas

as quais corresponda contraprestação indireta em bens ou serviços.

(D) subvenções econômicas são as que se destinam a empresas públicas ou

privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa.

(E) classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a

execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis

considerados necessários à realização destas últimas.

Nossa questão deve ser respondida com base no art. 12 da Lei 4.320/64:

a) Errada. Classificam-se como Investimentos as dotações destinadas a

aquisição de imóveis considerados necessários a execução de obras.

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b) Errada. Segundo o inciso II do § 3º são subvenções econômicas as que se

destinem a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial,

agrícola ou pastoril.

c) Errada. Consoante o § 2º, classificam-se como Transferências Correntes

as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta

(ou corresponda contraprestação indireta) em bens ou serviços, inclusive para

contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras

entidades de direito público ou privado.

d) Errada. Segundo o inciso I do § 3º, são subvenções sociais as que se

destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural,

sem finalidade lucrativa.

e) Correta. Segundo o § 4º, classificam-se como investimentos as dotações

para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à

aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas,

bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações,

equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de

empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro.

Resposta: Letra E.

E assim terminamos a aula 4.

Na próxima aula trataremos da Receita Pública e dos Estágios da Receita e da

Despesa.

Forte abraço!

Sérgio Mendes

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MEMENTO IV

CLASSIFICAÇÕES:

CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA ORÇAMENTÁRIA

10 – Orçamento Fiscal

20 – Orçamento da Seguridade Social

30 – Orçamento de Investimentos

CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL

1.º e 2.º dígitos: Órgão orçamentário

3.º, 4.º e 5.º dígitos: Unidade orçamentária (UO)

Um órgão ou uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a uma estrutura administrativa.

As dotações orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu menor nível, são consignadas às UOs, que são as estruturas administrativas responsáveis pelas dotações e pela realização das ações.

CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL

1.º e 2.º dígitos: Função

3.º, 4.º e 5.º dígitos: Subfunção

A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. Está relacionada com a missão institucional do órgão.

A subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da agregação de determinado subconjunto de despesas e identificação da natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções. As subfunções podem ser combinadas com funções diferentes daquelas às quais estão relacionadas.

As ações devem estar sempre conectadas às subfunções que representam sua área específica.

ESTRUTURA PROGRAMÁTICA

Os Programas são classificados em dois tipos:

Programas Finalísticos: dos quais resultam bens ou serviços ofertados diretamente à sociedade,

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cujos resultados sejam passíveis de mensuração;

Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais: são programas voltados aos serviços típicos de Estado, ao planejamento, à formulação de políticas setoriais, à coordenação, à avaliação ou ao controle dos programas finalísticos, resultando em bens ou serviços ofertados ao próprio Estado, podendo ser composto inclusive por despesas de natureza tipicamente administrativas.

Tipos de ações:

Atividade: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo.

Projeto: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo.

Operação Especial: despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.

Subtítulo (localizador do gasto):

As atividades, projetos e operações especiais serão detalhados, ainda, em subtítulos, utilizados especialmente para especificar a localização física da ação, não podendo haver, por conseguinte, alteração da finalidade da ação, do produto e das metas estabelecidas.

CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA POR NATUREZA

Na LOA, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação.

1.º nível: Categoria Econômica

3 – Despesas Correntes;

4 – Despesas de Capital.

2.º nível: Grupo de natureza da despesa – GND

Despesas Correntes Despesas de Capital

1 – Pessoal e Encargos Sociais

2 – Juros e Encargos da Dívida

3 – Outras Despesas Correntes

4 – Investimentos

5 – Inversões financeiras

6 – Amortização da Dívida

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Reservas

7 – Reserva do RPPS

9 – Reserva de Contingência

3.º nível: Modalidade de Aplicação

4.º nível: Elemento da Despesa

5.º nível: Desdobramento Facultativo do Elemento da Despesa

CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE USO – IDUSO

Esse código vem completar a informação concernente à aplicação dos recursos e destina-se a indicar se os recursos compõem contrapartida nacional de empréstimos ou de doações ou destinam-se a outras aplicações, constando da lei orçamentária e de seus créditos adicionais.

CLASSIFICAÇÃO POR FONTES

As fontes de recursos constituem-se de determinados agrupamentos de naturezas de receitas, atendendo a uma determinada regra de destinação legal, e servem para indicar como são financiadas as despesas orçamentárias.

É a individualização dos recursos de modo a evidenciar sua aplicação segundo a determinação legal, sendo, ao mesmo tempo, uma classificação da receita e da despesa.

1.º DÍGITO: GRUPO DE FONTES DE RECURSOS

1 – Recursos do Tesouro – Exercício Corrente

2 – Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente

3 – Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores

6 – Recursos de Outras Fontes – Exercícios Anteriores

9 – Recursos Condicionados

CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE DOAÇÃO E DE OPERAÇÃO DE CRÉDITO – IDOC

O IDOC identifica as doações de entidades internacionais ou operações de crédito contratuais alocadas nas ações orçamentárias, com ou sem contrapartida de recursos da União.

CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO

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O identificador de resultado primário, de caráter indicativo, tem como finalidade auxiliar a apuração do resultado primário previsto na LDO e na LOA.

OUTRAS CLASSIFICAÇÕES:

FORMA DE INGRESSO OU NATUREZA

Orçamentária e Extraorçamentária

COMPETÊNCIA INSTITUCIONAL

Governo Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal

ENTIDADES EXECUTORAS DO ORÇAMENTO

Despesa Orçamentária Pública e Despesa Orçamentária Privada

QUANTO À AFETAÇÃO PATRIMONIAL

Efetivas e por mutação patrimonial (não efetivas)

QUANTO À REGULARIDADE

Ordinárias e Extraordinárias

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1) (ESAF – APO/MPOG – 2010) A respeito da programação qualitativa do

orçamento, é correto afirmar:

a) caracteriza-se pela classificação do orçamento, segundo a natureza

econômica da despesa (corrente e capital).

b) decorre do agrupamento dos recursos em unidades orçamentárias.

c) é representada pela divisão do orçamento em fiscal e de seguridade social.

d) é caracterizada pela quantificação dos recursos dos programas e das

naturezas da despesa.

e) é definida pelo Programa de Trabalho e composta por esfera, classificação

institucional, classificação funcional e estrutura programática.

2) (CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária – Min. da Saúde – 2008)

Entre os componentes da programação qualitativa do orçamento está a

classificação por esfera orçamentária, que pode ser dividida em orçamento

fiscal, orçamento de investimento, orçamento da seguridade social e orçamento

monetário.

3) (ESAF – APO/MPOG – 2010) Segundo definido no Manual Técnico de

Orçamento para o exercício de 2010 – MTO-2010, o sistema de planejamento

e orçamento federal é integrado pelos seguintes órgãos:

a) Todos os órgãos e entidades públicas e privadas que são responsáveis pela

aplicação de recursos oriundos do orçamento.

b) Unidades setoriais de orçamento de cada ministério ou órgão.

c) Aqueles identificados na classificação institucional do orçamento e que

relacionam os órgãos orçamentários e suas respectivas unidades

orçamentárias.

d) Órgãos de programação orçamentária e financeira dos Poderes da União.

e) Unidades orçamentárias não relacionadas com estruturas administrativas.

4) (FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) As despesas

referentes ao cumprimento de sentenças judiciais são classificadas na função:

(A) Essencial à Justiça.

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(B) Segurança Pública.

(C) Administração.

(D) Encargos Especiais.

(E) Judiciária.

5) (CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças - IBGE – 2010) O

ordenador de despesas de determinado órgão público inclui, no planejamento

orçamentário, uma ação de governo visando a alcançar os objetivos de um

programa e que envolve um conjunto de operações limitadas no tempo, das

quais resultará um produto final que concorrerá para a expansão ou o

aperfeiçoamento da ação governamental. De acordo com o disposto na

legislação vigente, essa ação é classificada como:

(A) projeto.

(B) função.

(C) atividade.

(D) subprograma.

(E) operações especiais.

6) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) Acerca da

padronização dos procedimentos orçamentários e contábeis nos três níveis de

governo, julgue o item abaixo.

Na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, será

feita, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e

modalidade de aplicação.

7) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) Segundo a natureza da despesa,

amortização, juros e encargos da dívida deverão ser classificados na categoria

econômica de despesas de capital.

8) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) O

administrador público federal, ao elaborar o orçamento nas modalidades de

aplicação 30, 40, 50 e 90, está sinalizando para a sociedade que:

a) a estratégia na aplicação dos recursos prioriza a região onde se localiza a

entidade, embora mediante transferência.

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b) a estratégia será entregar os recursos a outra entidade pública da mesma

esfera de governo e que a aplicação ocorrerá sob sua supervisão.

c) a estratégia, na realização da despesa, será transferir os recursos a estados,

municípios e entidades privadas, bem como aplicar, ela mesma, parte destes.

d) a entidade possui projetos e atividades tanto da área fim quanto da área

meio.

e) os bens e serviços a serem adquiridos serão utilizados pela própria entidade

no desempenho de suas atividades.

9) (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) O controle das

disponibilidades financeiras por destinação/fonte de recursos deve ser feito

apenas durante a execução orçamentária.

10) (ESAF – AFC/CGU - 2008) A classificação funcional e a estrutura

programática visam ao fornecimento de informações das realizações do

governo e é considerada a mais moderna das classificações orçamentárias da

despesa. A junção das duas, quando da execução da despesa no SIAFI , forma

o Programa de Trabalho com a seguinte estrutura:

Programa de Trabalho: AA.BBB.CCCC.DDDD.EEEE

Com relação ao assunto, indique a opção correta.

a) Na estrutura do Programa de Trabalho, a codificação CCCC representa o

Programa e a codificação EEEE a ação governamental.

b) A ação, reconhecida na estrutura pelo código DDDD, determina a escolha da

subfunção, reconhecida pela codificação BBB, estabelecendo uma relação

única.

c) A subfunção, código BBB, poderá ser combinada com qualquer função,

código AA, em razão da competência do órgão responsável pelo programa.

d) Quando o primeiro dígito da codificação DDDD for um número ímpar

significa que a ação é uma atividade.

e) As operações especiais são ações que não contribuem para a manutenção

das ações de governo, das quais não resultam um produto, e não geram

contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços e são identificadas pelo

primeiro dígito da codificação EEEE.

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11) (FCC – Assessor - MPE/RS – 2008) Com base no artigo 12 da Lei

4.320/64, é correto afirmar que:

(A) classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a

aquisição de imóveis considerados necessários a execução de obras.

(B) subvenções sociais são transferências que se destinam a instituições

privadas de caráter industrial.

(C) classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas

as quais corresponda contraprestação indireta em bens ou serviços.

(D) subvenções econômicas são as que se destinam a empresas públicas ou

privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa.

(E) classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a

execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis

considerados necessários à realização destas últimas.

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5° SIMULADO

1) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) O código de

classificação de fontes de recursos é composto por três dígitos, sendo que o

primeiro indica o grupo de fontes de recursos, e o segundo e terceiro, a

especificação das fontes de recursos. O indicador de grupo de fontes de

recursos identifica se o recurso é ou não originário do Tesouro Nacional e se

pertence ao exercício corrente ou a exercícios anteriores.

(CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) No que se refere ao

mecanismo de utilização da fonte de recursos, à elaboração e execução do

orçamento e a suas características, julgue o seguinte item.

2) Ao se fixar a despesa orçamentária, deve-se incluir na sua classificação a

fonte de recursos que irá financiá-la, juntamente com a natureza da despesa

orçamentária, a função, a subfunção e o programa, bem como outras

classificações necessárias para estabelecer uma interligação entre

determinado gasto e o recurso que irá financiá-lo. Por conseguinte, o controle

das disponibilidades financeiras por fonte de recursos deve ser feito desde a

elaboração do orçamento até a sua execução, incluindo-se o ingresso, o

comprometimento e a saída dos recursos orçamentários.

3) (CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária – Min. da Saúde – 2008)

A classificação funcional é composta por um rol de funções e subfunções

prefixadas e padronizadas para a União, os estados, o DF e os municípios, as

quais servirão de agregador dos gastos públicos por área de ação

governamental.

4) (CESPE - Analista Judiciário – STJ - 2008) A função representa o maior

nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor

público. A subfunção identifica a natureza básica dos projetos que se aglutinam

em torno da unidade orçamentária e não pode ser combinada com funções

diferentes daquelas a que estejam vinculadas.

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5) (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) A destinação ordinária de

recursos consiste no processo de alocação livre entre a origem e a aplicação

de recursos, para atender a quaisquer finalidades.

6) (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2010) O princípio da legalidade em

matéria de despesa pública significa que se exige a inclusão da despesa em lei

orçamentária para que ela possa ser realizada, com exceção dos casos de

restituição de valores ou pagamento de importância recebida a título de

caução, depósitos, fiança, consignações, ou seja, advindos de receitas

extraorçamentárias que, apesar de não estarem fixados na lei orçamentária,

sejam objeto de cumprimento de outras normas jurídicas.

7) (CESPE–Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde- 2008)

Quando um ente de determinada esfera efetua uma transferência para ente de

outra esfera da administração, a classificação da respectiva despesa, baseada

no critério de modalidade de aplicação, é satisfatória do ponto de vista da

classificação econômica, pois permite associar essa transferência à

contrapartida necessária em bens e serviços.

8) (CESPE – TFCE - TCU – 2009) Com base na Lei nº 4.320/1964 e nos

conceitos e aplicações dela decorrentes, julgue o item:

A lei em questão distinguiu as aplicações em imóveis ora como investimentos

ora como inversões financeiras. Daí a diferença entre a construção e a simples

aquisição para uso de imóveis já concluídos e em utilização. No primeiro caso,

gera-se um incremento no PIB; no segundo, mera transferência da propriedade

de bens já produzidos.

9) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) Os programas dos quais resultam bens

ou serviços públicos diretamente à sociedade são classificados como

programas de apoio às políticas públicas e áreas especiais.

10) (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) No momento do

recolhimento/recebimento dos valores é feita a classificação por natureza de

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receita e destinação de recursos, sendo possível a determinação da

disponibilidade para alocação discricionária pelo gestor público, exceto

daquelas reservadas a finalidades específicas, conforme vinculações

estabelecidas.

11) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) A classificação por esfera aponta em

qual orçamento será alocada a despesa, ao passo que a classificação

institucional aponta em que área da despesa a ação governamental será

realizada.

12) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Na

classificação institucional há órgãos setoriais e unidades orçamentárias que

não correspondem aos órgãos e entidades que compõem a administração

pública. Essas unidades orçamentárias, todavia, são um conjunto de dotações

que são administradas por órgãos do governo que também têm suas próprias

dotações.

13) (CESPE – Analista - INMETRO – 2009) A despesa orçamentária é

classificada pelas categorias econômicas função e subfunção.

14) (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) O orçamento do fundo

próprio de previdência deve ser constituído, no âmbito da receita corrente, pela

previsão das contribuições dos segurados e demais receitas e, no âmbito da

despesa corrente, pela dotação das despesas a serem realizadas durante o

exercício, evidenciando-se a reserva correspondente dos recursos que não

serão desembolsados por constituírem poupança para fazer frente a

compromissos futuros.

15) (CESPE –Planejamento e Execução Orçamentária –Min. da Saúde – 2008)

As unidades orçamentárias correspondem, necessariamente, a cada órgão da

administração pública federal direta que recebe recursos do orçamento da

União.

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16) (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) Na execução

orçamentária, a codificação da destinação da receita indica a vinculação,

evidenciando-se, a partir do ingresso, as destinações dos valores. Ao se

realizar despesa, deve-se demonstrar a sua fonte de financiamento (fonte de

recursos), estabelecendo-se, desse modo, a interligação entre receita e

despesa.

17) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTAQ – 2009) Os programas,

conforme suas características, podem ser classificados em atividades, projetos

e operações especiais.

18) (CESPE – Analista - INMETRO – 2009) Cada ação orçamentária do

INMETRO, entendida como a atividade, o projeto ou a operação especial, deve

identificar a função e a subfunção às quais se vincula. Nesse sentido, a

operação especial refere-se às despesas do órgão diretamente relacionadas ao

aperfeiçoamento das ações do governo federal.

19) (CESPE - Analista Judiciário – TRT - 17ª Região - 2009) No SIAFI, os

conceitos de órgão e unidade orçamentária podem ser considerados

sinônimos.

20) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTAQ – 2009) A ação orçamentária

articula um conjunto de programas que concorrem para a concretização de um

objetivo comum.

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GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

E E C D A C E C E B E

GABARITO DO 5° SIMULADO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

C C C E C C E C C E

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

E C E E E C E E E E

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ORIENTAÇÕES AO 5° SIMULADO

1) Certa. Págs. 28 e 29.

2) Certa. Vimos as classificações citadas durante toda a aula.

3) Certa. Págs. 9 e 10.

4) Errada. As subfunções podem ser combinadas com funções diferentes

daquelas às quais estão relacionadas. Pág. 11.

5) Certa. Pág. 30.

6) Certa. As despesas extraorçamentárias, apesar de não estarem fixadas na

LOA, são objetos de cumprimento de outras normas jurídicas, como a Lei de

Licitações e Contratos, que trata da exigência ao licitante do depósito em

caução em determinados casos. Págs. 32 e 33.

7) Errada. A modalidade de aplicação é uma informação gerencial que objetiva,

principalmente, eliminar a dupla contagem dos recursos transferidos ou

descentralizados. Ela não permite associar transferência à contrapartida

necessária em bens e serviços. Pág. 24.

8) Certa. Pág. 23.

9) Certa. Pág. 13.

10) Errada. No momento do recolhimento/recebimento dos valores, é feita

classificação por natureza de receita e destinação de recursos, sendo possível

determinar a disponibilidade para alocação discricionária pelo gestor público, e

aquela reservada para finalidades específicas, conforme vinculações

estabelecidas. Pág. 30.

11) Errada. A classificação institucional aponta “quem faz” a despesa. A

classificação funcional é a que aponta “em que” área da despesa a ação

governamental será realizada Págs. 6 a 9.

12) Certa. Págs. 7 e 8.

13) Errada. A despesa orçamentária é classificada pelas categorias

econômicas corrente e de capital. Pág. 19.

14) Errada. O orçamento do fundo próprio de previdência deve ser

constituído, do lado da receita orçamentária (não apenas da corrente), pela

previsão das contribuições dos segurados e demais receitas, e, do lado da

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despesa (não apenas da corrente), a dotação das despesas a serem

realizadas durante o exercício, evidenciando a reserva correspondente dos

recursos que não serão desembolsados por se tratar de poupança para fazer

face aos compromissos futuros. Pág. 22.

15) Errada. As unidades orçamentárias não correspondem, necessariamente, a

cada órgão da administração pública federal direta que recebe recursos do

orçamento da União. Págs. 7 e 8.

16) Certa. Pág. 30.

17) Errada. As ações, conforme suas características, podem ser classificados

em atividades, projetos e operações especiais. Pág. 14.

18) Errada. O projeto refere-se às despesas do órgão diretamente

relacionadas ao aperfeiçoamento das ações do governo federal. Pág. 14.

19) Errada. Os conceitos de órgão e unidade orçamentária não são

considerados sinônimos. Págs. 7 e 8.

20) Errada. O programa articula um conjunto de ações que concorrem para a

concretização de um objetivo comum. Pág. 14.