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Art. 102, § 1°, CF/88: A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei . Lei 9.882/99

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Art. 102, § 1°, CF/88: A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.

Lei 9.882/99

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• forma de controle concentrado de constitucionalidade;

• objetiva evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público ou mesmo de atos normativos federais, estaduais, municipais e distritais;

• também pode incidir sobre leis e atos normativos anteriores à CF/88;

• competência originária do STF;

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• A CF não definiu preceito fundamental.

• Ficou a cargo da doutrina e da jurisprudência do STF essa definição.

• No entanto, podemos citar alguns preceito considerados fundamentais (de acordo com o professor Cássio Juvenal Faria, citado por Pedro Lenza):

“(...) normas qualificadas, que veiculam princípios e servem de vetores de interpretação das demais normas constitucionais (...)”

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Alguns exemplos da CF/88:

→ princípios fundamentais (art. 1º a 4º);

→ cláusula pétrea (art. 60, § 4º);

→ princípios constitucionais sensíveis (art. 34,

VII);

→ direitos e garantias fundamentais (Título II, art.

5º a 17);

→ princípios gerais da atividade econômica (art.

170).

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• os mesmos para a ADI e para a ADC, nos termos do art. 103, I

a IX, CF/88; e art. 2°, I, da Lei 9.882/99: o Presidente da República; a Mesa do Senado Federal; a Mesa da Câmara dos Deputados; Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do

Distrito Federal; o Governador de Estado ou do Distrito Federal; o Procurador-Geral da República; o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; partido político com representação no Congresso Nacional; confederação sindical ou entidade de classe de âmbito

nacional.

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• subsidiariedade;

• irrecorribilidade;

• efeito contra todos (erga omnes);

• efeito vinculante;

• efeito retroativo (ex tunc); no entanto, o STF pode, por maioria qualificada (2/3 dos ministros) restringir os efeitos da ADPF;

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Lei 9.882/99Art. 1°. A argüição prevista no § 1° do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público.

Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental:

I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição;

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CF/88:Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal,

precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:I - processar e julgar, originariamente:a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo

federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;

A lei infra-constitucional deu ao STF atribuição que a própria

Constituição não havia previsto, qual seja o controle concentrado

sobre leis ou atos normativos municipais ou anteriores à CF/88.

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Lei 9.882/99:(...)Art. 5º. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida liminar na argüição de descumprimento de preceito fundamental.§ 1º. Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em período de recesso, poderá o relator conceder a liminar, ad referendum do Tribunal Pleno.§ 2º. O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, bem como o Advogado-Geral da União ou o Procurador-Geral da República, no prazo comum de cinco dias.§ 3º. A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais suspendam o andamento de processo ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto da argüição de descumprimento de preceito fundamental, salvo se decorrentes da coisa julgada.

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ADPF 33/02: relator: ministro Gilmar Mendes.

• Argüente: Governador do Estado do Pará.

• Argüido: Instituto do Desenvolvimento Econômico-Social do Pará (IDESP).

• Objetivo: impugnação do art. 34 do Regulamento de Pessoal do IDESP (de 1986), que vinculava os salários dos servidores desta autarquia ao salário-mínimo, contrariando o art. 7º da CF/88, e também o princípio da autonomia federativa, uma vez que o salário-mínimo é definido pelo governo federal, não podendo os Estados e Municípios serem obrigados a seguirem tal determinação.

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DECISÃO DO STF, EM 07/12/2005

TRECHO DO EXTRATO DE ATA

O Tribunal, por sua maioria, conheceu da argüição,

vencido, em parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio,

que dela não conhecia por falta de capacidade

postulatória do argüente, o governo do Estado,

facultando-lhe a regularização da representação

processual. No mérito, por unanimidade, julgou-a

procedente, nos termos do voto do relator, para

declarar a ilegitimidade do decreto questionado, a partir

da Constituição de 1988, sem se pronunciar sobre o

período anterior. (...)